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MÉTODOS E MEDIDAS DE

POSICIONAMENTO GEODÉSICO – GNSS


UNIDADE II
REDES DE REFERÊNCIAS
Elaboração
Prof. Ms. Márcio Felisberto da Silva

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE II
REDES DE REFERÊNCIAS..................................................................................................................................................................... 5

CAPÍTULO 1
NORMA TÉCNICA PARA GEORREFERENCIAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS (3A EDIÇÃO INCRA/2014)............ 5

CAPÍTULO 2
REDES DE MONITORAMENTO............................................................................................................................................... 17

CAPÍTULO 3
REDES ATIVAS DE MONITORAMENTO RBMC (IBGE) E RIBAC (INCRA)................................................................... 23

CAPÍTULO 4
RBMC-IP – REDE BRASILEIRA DE MONITORAMENTO CONTÍNUO DOS SISTEMAS GNSS EM
TEMPO REAL................................................................................................................................................................................. 31

CAPÍTULO 5
RIBAC – INCRA............................................................................................................................................................................. 35

CAPÍTULO 6
INTRODUÇÃO AO PROGRID, PROCESSAMENTO PPP E AJUSTAMENTO DE REDE GNSS................................. 38

REFERÊNCIAS................................................................................................................................................43
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REDES DE REFERÊNCIAS UNIDADE II

CAPÍTULO 1
NORMA TÉCNICA PARA GEORREFERENCIAMENTO DE
IMÓVEIS RURAIS (3A EDIÇÃO INCRA/2014)

O Georreferenciamento é a descrição dos limites de um imóvel rural por um profissional


credenciado contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis
rurais georreferenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional
fixada pelo Incra e apresentadas neste capítulo.

A Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais que já está em sua


terceira edição publicada em 2013, traz em seu conteúdo todas as condições que se
exigem para a execução dos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais.

De início, a referida Norma já fixa de forma pontual a necessidade de se seguir o que


dispõe a Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, em seus artigos 176 e 225, os quais
trazem os seguintes textos:

Art. 176...

§ 3o Nos casos de desmembramento, parcelamento ou remembramento


de imóveis rurais, a identificação prevista na alínea a do item 3 do inciso
II do § 1o será obtida a partir de memorial descritivo, assinado por
profissional habilitado e com a devida Anotação de Responsabilidade
Técnica - ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores dos
limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico
Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada pelo INCRA, garantida
a isenção de custos financeiros aos proprietários de imóveis rurais cuja
somatória da área não exceda a quatro módulos fiscais. (Parágrafo
acrescido pela Lei no 10.267, de 28/8/2001)

§ 4o A identificação de que trata o § 3o tornar-se-á obrigatória para


efetivação de registro, em qualquer situação de transferência de imóvel

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rural, nos prazos fixados por ato do Poder Executivo. (Parágrafo


acrescido pela Lei no 10.267, de 28/8/2001).

Art. 225...

§ 3o Nos autos judiciais que versem sobre imóveis rurais, a


localização, os limites e as confrontações serão obtidos a partir de
memorial descritivo assinado por profissional habilitado e com a
devida Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, contendo as
coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais,
georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão
posicional a ser fixada pelo INCRA, garantida a isenção de custos
financeiros aos proprietários de imóveis rurais cuja somatória da área
não exceda a quatro módulos fiscais. (Parágrafo acrescido pela Lei no
10.267, de 28/8/2001)”.

A lei foi elaborada em substituição a um decreto de 1969 que foi revogado e dessa
forma, quatro anos depois, foi publicado o novo texto legal em questão Lei no 6.015
que, como já mencionado, versa sobre o registro de imóveis.

No ano de 2001, uma nova lei foi criada para alterar alguns temas da Lei no 6.015. Essa
lei é a no 10.267/2001, a qual representa grande importância pelo fato de atuar, entre
outras coisas, como elemento unificador do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais e o
Registro de Imóveis.

Além da legislação na qual foi apresentada, a Norma Técnica para Georreferenciamento


de Imóveis Rurais ainda determina que tanto as terras públicas quanto privadas
devem seguir esta normativa de forma indistinta e sua aplicação está condicionada às
especificações dos seguintes documentos:

» Manual Técnico de Limites e Confrontações, publicado pelo INCRA.

» Manual Técnico de Posicionamento, publicado pelo INCRA.

Durante toda a rotina de trabalho do profissional que está realizando o


georreferenciamento de imóveis rurais, deve se levar em consideração de forma
determinante, a aplicação das informações contidas nos manuais acima colocados, no
que consta quando citados nessa Norma.

Quando aos procedimentos referentes ao trabalho com GNSS, é imprescindível que se


atente aos conteúdos do manual técnico de Posicionamento.

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Normas e resoluções do IBGE sobre o Sistema Geodésico


Brasileiro - SGB
O desenvolvimento do Sistema Geodésico Brasileiro - SGB, composto pelas redes
altimétrica, planimétrica e gravimétrica pode ser dividido em duas fases distintas: uma
anterior e outra posterior ao advento da tecnologia de observação de satélites artificiais
com fins de posicionamento. No Brasil, essa tecnologia possibilitou, por exemplo, a
expansão do SGB na região amazônica, permitindo o estabelecimento do arcabouço de
apoio ao mapeamento sistemático daquela área.

Inicialmente, na década de 70, eram observados os satélites do Sistema TRANSIT. Em


fins da década de 80, o IBGE, por meio do seu Departamento de Geodésia, criou o
projeto GPS com o intuito de estabelecer metodologias que possibilitassem o uso pleno
da tecnologia do Sistema NAVSTAR/GPS, que se apresentava como uma evolução dos
métodos de posicionamento geodésico até então usados, mostrando-se amplamente
superior nos quesitos rapidez e economia de recursos humanos e financeiros.

Rede Planimétrica

O início dos primeiros levantamentos geodésicos no Brasil foram realizados em


outubro de 1939 pelo então Conselho Nacional de Geografia (CNG). O objetivo desses
levantamentos era determinar coordenadas astronômicas em cidades e vilas para a
atualização da Carta do Brasil ao Milionésimo de 1922. Em 1944, foi medida a primeira
base geodésica nas proximidades de Goiânia, iniciava-se o estabelecimento sistemático
do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) em sua componente planimétrica, pelas
medições de latitudes e longitudes materializados por um conjunto de pontos (pilares,
marcos ou chapas) situados sobre a superfície terrestre pelo método da triangulação
e densificado pelo método de poligonação. Tais métodos, denominados de “clássicos”,
foram aplicados até meados da década de 90 e os equipamentos utilizados eram os
teodolitos e medidores eletrônicos de distâncias.

Concomitantemente, na década de 70, iniciaram-se as operações de rastreio de satélites


artificiais do sistema Navy Navigation Satellite System (NNSS) da Marinha Americana,
também conhecido por sistema TRANSIT. Esta metodologia foi inicialmente aplicada
no estabelecimento de estações geodésicas na Amazônia, nos quais os métodos clássicos
eram impraticáveis devido às dificuldades impostas pelas características da região.

No ano de 1991, o IBGE adquiriu quatro receptores do Global Positioning System


(GPS) e começou a utilizar a tecnologia GPS na densificação dos marcos planimétricos
do Sistema Geodésico Brasileiro. Teve início, assim, a era GPS no IBGE, que prevalece

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até os dias de hoje. A primeira campanha ocorreu no início de 1991, inserida em um


projeto de âmbito mundial conhecido como GPS for IERS and Geodinamics (GIG91).

A operacionalização da RBMC (Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo do Sistema


GPS) em 1996 implantou o conceito de redes ‹ativas› por meio do monitoramento
(rastreio) contínuo de satélites do Sistema GPS. Diariamente, todos os dados coletados
nas estações da RBMC são transferidos automaticamente e disponibilizados aos
usuários em formato RINEX.

O Projeto Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas (SIRGAS) tem a


participação de países da América Latina e Caribe. No contexto deste projeto foram
estabelecidas 2 redes de referência para o continente, uma estabelecida em 1995 e
outra em 2000. A partir destas redes, de precisão científica, serão apoiadas as redes
nacionais americanas.

No Workshop do Grupo de Trabalho I - Sistema de Referência, realizado em agosto


de 2006, foram estabelecidos 5 «Centros de Análises» com o objetivo de processar,
comparar e combinar os dados GPS das estações permanentes localizadas nos países
da América Latina e Caribe. O trabalho realizado por estes centros visa à manutenção
da Rede de Referência SIRGAS e a integração desta com a Rede Global do International
GNSS Service (IGS).

Rede Altimétrica

Em 13 de Outubro de 1945, a Seção de Nivelamento (SNi) iniciava os trabalhos de


Nivelamento Geométrico de Alta Precisão, dando início ao estabelecimento da Rede
Altimétrica do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). No Distrito de Cocal, Município de
Urussanga, Santa Catarina, onde está localizada a Referência de Nível RN 1-A, a equipe
integrada pelos Engenheiros Honório Beserra - Chefe da SNi -, José Clóvis Mota de
Alencar, Péricles Sales Freire e Guarany Cabral de Lavôr efetuou a operação inicial de
nivelamento geométrico no IBGE.

No mês de dezembro de 1946, foi efetuada a conexão com a Estação Maregráfica de


Torres, Rio Grande do Sul, permitindo, assim, o cálculo das altitudes das Referências
de Nível já implantadas. Concretizava-se, assim, o objetivo do Professor Allyrio de
Mattos de dotar o Brasil de uma estrutura altimétrica fundamental, destinada a apoiar
o mapeamento e servir de suporte às grandes obras de engenharia, sendo de vital
importância para projetos de saneamento básico, irrigação, estradas e telecomunicações.

Em 1958, quando a Rede Altimétrica contava com mais de 30.000 quilômetros de linhas
de nivelamento, o Datum de Torres foi substituído pelo Datum de Imbituba, definido

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pela estação maregráfica do porto da cidade de mesmo nome, em Santa Catarina. Tal
substituição ensejou uma sensível melhoria de definição do sistema de altitudes, uma
vez que a estação de Imbituba contava na época com nove anos de observações, bem
mais que o alcançado pela estação de Torres.

Ajustamentos da RAAP

A Rede Altimétrica de Alta Precisão (RAAP) do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB)


passou por diversos processos de ajustamento manuais das observações de nivelamento
(1948, 1952, 1959, 1962, 1963, 1966, 1970 e 1975), conforme seu desenvolvimento e as
ferramentas de cálculos disponíveis a cada época. O último ajustamento, denominado
Ajustamento Altimétrico Global Preliminar (AAGP), foi finalizado em 1993 e corrigiu
alguns problemas dos ajustamentos anteriores, como a aplicação da redução
pseudo-ortométrica, que trata apenas do efeito do não paralelismo das superfícies
equipotenciais do campo da gravidade normal. Contudo, devido à limitação dos
programas, o AAGP foi realizado de forma a particionar a RAAP em vários macrocircuitos
(MMCC) e ajustamentos independentes.

Somente no início de 2005, foi possível iniciar o processo que levou ao ajustamento
simultâneo, concluído em maio e disponibilizado em 20 de junho deste ano.
A organização e a preparação de todos os dados da RAAP, observações e memoriais
descritivos, demandaram a geração de programas específicos de crítica dos dados,
no qual foram identificadas e corrigidas as inconsistências encontradas. Assim, foi
possível incluir estações que anteriormente receberam valores preliminares e cerca
de 12.000 que ainda não haviam sido calculadas. Também foram identificadas áreas
que precisam de novas medições, confirmada a necessidade de manutenção de várias
estações geodésicas existentes e construção de novas.

Para o cálculo do ajustamento foi utilizado o software canadense denominado GHOST


(Geodetic adjustment using Helmert blocking Of Space and Terrestrial data), que
permite o ajustamento simultâneo de grandes redes geodésicas. Neste ajustamento
foram incluídas todas as RRNN medidas e não calculadas, antes e depois do AAGP,
e as RRNN pertencentes aos “ramais” das linhas de nivelamento. Como resultado,
foram disponibilizadas altitudes ajustadas de aproximadamente 69000 RRNN,
juntamente com seus respectivos desvios-padrão, propagados desde a origem da Rede,
no marégrafo de Imbituba/SC.

Com a impossibilidade de estabelecimento de Referências de Nível no entorno do baixo


Rio Amazonas, a pequena porção da Rede Altimétrica existente no estado do Amapá

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não pode ser conectada a Imbituba, levando a utilização do nível médio do mar no
Porto de Santana entre 1957 e 1958, originando o Datum Santana.

É importante ressaltar que a introdução de novas observações, a metodologia utilizada


e as inconsistências corrigidas ocasionaram mudanças nas altitudes das antigas
estações.

Rede Gravimétrica xz

A informação gravimétrica reveste-se de primordial importância em diversas áreas


das ciências da Terra, como, por exemplo, na Geodésia (estudo da forma -geoide- e
dimensões da Terra), na geologia (investigação de estruturas geológicas) e na geofísica
(prospecção mineral).

Em 1956, o IBGE iniciou um programa visando o estabelecimento do datum (sistema


geodésico de referência) horizontal para o Brasil. Durante o projeto, foram determinadas
mais de 2.000 estações gravimétricas em torno do VT Chuá, ponto origem, situado
em Minas Gerais. Com o término dos trabalhos, o IBGE executou diversos outros
levantamentos gravimétricos em conjunto com universidades e institutos de pesquisa.

Contudo, a gravimetria somente adquiriu um caráter sistemático a partir de 1990,


quando o IBGE estabeleceu estações gravimétricas visando recobrir os grandes vazios
de informação de aceleração da gravidade que existem, especialmente nas regiões
norte, centro-oeste e nordeste do Brasil. Desde então, mais de 26.000 estações foram
estabelecidas nestas regiões.

Com a tecnologia GPS, a determinação do geoide reveste-se de grande importância no


posicionamento vertical. Apesar do GPS ser um sistema tridimensional, as altitudes
fornecidas por ele estão em um sistema altimétrico diferente daquele em que estão
as obtidas pelos métodos clássicos de nivelamento (geométrico, trigonométrico e
barométrico). Isso faz com que as altitudes GPS não possam ser diretamente comparadas
com as altitudes e mapas fornecidos pelo IBGE e outros institutos brasileiros. O mapa
geoidal representa a conversão entre os dois sistemas de altitude. Para que essa
tecnologia GPS seja plenamente aproveitada, proporcionando economia de tempo e
recursos, necessita-se de um mapa geoidal cada vez mais preciso, já que a precisão da
transformação é função da precisão na determinação do geoide.

O IBGE, em convênio de cooperação científica com a Escola Politécnica da USP,


mantém um projeto cujo objetivo é a determinação e o constante refinamento do mapa
de ondulações geoidais brasileiro. Neste sentido, tem disponibilizado versões cada vez
mais precisas e atualizadas do mapa geoidal, sendo a última versão o MAPGEO2004.

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A determinação de altitudes científicas (ortométricas, normais etc), requer de


informação gravimétrica para sua determinação. Assim sendo, desde 2006 campanhas
de levantamentos gravimétricos vêm sendo executadas sobre as linhas principais
de nivelamento, com a finalidade de auxiliar no cálculo destas altitudes e facilitar a
conexão da Rede Altimétrica Brasileira com as Redes dos países vizinhos.

Redes Estaduais GPS

Com as demandas cada vez maiores da sociedade para a utilização do GPS como
ferramenta, as redes GPS estaduais procuram suprir essas demandas atuais que tendem
a crescer cada vez mais ampliadas devido à utilização das técnicas de posicionamento
por satélites artificiais. Como exemplo dessas necessidades da sociedade, podemos
citar a Lei no 10.267/2001 estabelecida pelo INCRA, visando georreferenciar todas as
propriedades rurais existentes no país, tendo como referência o Sistema Geodésico
Brasileiro - SGB.

Pretende-se, ao estabelecê-las, que todas as Unidades da Federação possuam uma rede


altamente precisa e conectada entre si, tendo como referência a Rede Brasileira de
Monitoramento Contínuo (RBMC) como mostra a figura a seguir, a qual é a principal
estrutura geodésica no território nacional.

Figura 13. Rede RBMC.

Fonte: <www.ibge.gov.br>.

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Até dezembro de 2006 foram estabelecidas 13 redes GPS estaduais (abrangendo 18


estados) são eles: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Acre e
a rede Nordeste. A rede Nordeste foi um caso a parte, pois foi estabelecida em uma única
campanha de medição contemplando os estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco,
Paraíba e Rio Grande do Norte.

A localização de cada marco é previamente escolhida juntamente com representantes


de instituições federais, estaduais e municipais de forma a zelar pela integridade física
do marco, isto é, evitar abalos que possam interferir nas coordenadas ou até mesmo a
sua destruição. Em muitos casos, os marcos ficam em instituições de ensino.

A implantação de uma rede geodésica estadual vem a colaborar na elaboração dos


seguintes produtos e informações:

» Confecção de mapas e cartas;

» Referência para obras de engenharia tais como: construção e pavimentação de


rodovias e estradas, construção de pontes, viadutos e túneis;

» Demarcação de unidades estaduais, unidades municipais, áreas indígenas, áreas de


proteção ambiental;

» Regulamentação fundiária;

» Transmissão de energia;

» Abastecimento de água etc.

Portanto, o IBGE de 1939 até a presente data, tem acompanhado todo o desenvolvimento
das instalações das redes de monitoramento, no sentido de dotar o país de uma estrutura
planimétrica compatível com o nível de precisão proporcionado pela tecnologia atual.

Banco de Dados Geodésicos

O BDG reúne informações formando assim um conjunto que é composto de estações


geodésicas, na qual a sua posição tem como a finalidade de ser referência das atividades
de mapeamento em todo o território nacional. Além disso, esse Banco de Dados agrega
a rede altimétrica, com o início das atividades em 1945, tinha o objetivo de proporcionar
aos usuários altimetria com alta precisão e com abrangência nacional. Atualmente, no
território nacional estão disponíveis, aproximadamente, 65 mil referências de níveis
espalhadas principalmente ao longo das rodovias.

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Informações disponíveis no BDG

Estão disponíveis as seguintes informações no BDG nos sistemas SAD69 e SIRGAS2000,


no qual destacamos as seguintes:

» Coordenadas geodésicas de alta precisão.

» Coordenadas geodésicas de precisão.

» Coordenadas UTM.

» Altitude de precisão.

» Altitude de alta precisão.

» Descritivo de localização e acesso.

» Informações sobre a situação física dos marcos.

» Informações de municípios.

» Valor da aceleração da gravidade, anomalias etc.

Reúne informações de estações de referência, com os seus respectivos valores de


coordenadas e dados auxiliares, que constituem o Sistema Geodésico Brasileiro – SGB.

A sua materialização se efetiva por meio dos conjuntos de estações, que constituem
as redes:

» Altimétrica: Referência de Nível – RN.

» Planimétrica: Estação de satélite GPS e DOPPLER.

» Estação de Poligonal – EP.

» Vértice de Triangulação – VT.

» Gravimétrica: Estação Gravimétrica – EG.

Para ter acesso ao banco de dados geodésico

Acesso: Banco de Dados Geodésicos/Banco de Dados Geodésicos – Modo Textual/


Opções de consulta:

1ª Passo: Informe o número da estação (ou estações, separadas por vírgula) e clique
no botão “OK”.

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Figura 14. Consulta BDG. Parte superior do formulário.

Fonte: <www.ibge.gov.br>.

2ª Passo: Selecione o tipo de estação e UF desejada;

Figura 15. Consulta BDG. Parte média do formulário.

Fonte: <www.ibge.gov.br>.

3ª Passo: Área de interesse (enquadramento geográfico).

» Selecione o tipo de estação;

» Insira o formato e valores das coordenadas manualmente, ou clique em dois


pontos da área do mapa;

» Clique em OK.

Figura 16. Consulta BDG. Parte inferior do formulário.

Fonte: <www.ibge.gov.br>.

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No formato grau, minuto e segundo, informar latitude e longitude separados por


espaço e com sinal.

Modelo de Ondulação Geoidal

Com o uso cada vez maior do Sistemas de Navegação Global por Satélite (GNSS) para o
posicionamento, principalmente na obtenção de altitudes, associado às novas informações
geodésicas e modelos de geopotencial e de terreno disponíveis recentemente, identificou-se
a necessidade de atualização do modelo de ondulações geoidais, possibilitando a conversão
de altitudes geométricas ou elipsoidais (referidas ao elipsoide) em ortométricas (referidas
ao nível médio do mar - NMM) com uma melhor confiabilidade. É com este objetivo que
o MAPGEO2010, assim como os modelos anteriores (MAPGEO92 e MAPGEO2004), foi
concebido e produzido conjuntamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), pela Coordenação de Geodésia (CGED), e pela Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo – EPUSP. O modelo MAPGEO2010 foi calculado com uma resolução de
5’ de arco, e o Sistema de Interpolação de Ondulações Geoidais foi atualizado. Através
deste sistema, os usuários podem obter a ondulação geoidal em um ponto, ou conjunto
de pontos, em coordenadas SIRGAS2000.

Figura 17. O Modelo MAPGEO2010 em SIRGAS2000.

Fonte: IBGE.

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Para converter a altitude geométrica ou elipsoidal (h), obtida pela GNSS, em altitude
ortométrica (H), utiliza-se a equação:

H = h – N.

Onde N é a ondulação geoidal fornecida pelo programa, dentro da convenção que


considera o geoide acima do elipsoide se a altura geoidal tiver valor positivo e abaixo
em caso contrário.

Figura 18. Equação para conversão.

Fonte: IBGE.

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CAPÍTULO 2
REDES DE MONITORAMENTO

Desde as eras mais remotas da espécie humana os indivíduos migram em busca de


mais recursos. Mesmo após os grupos se fixarem a uma região esse fenômeno persistiu.
Tal fenômeno associado às novas atividades desenvolvidas coexiste a necessidade de
se saber a localização, quer do homem ou das demais coisas, sejam elas objetos ou
informações, contidos no espaço terrestre ou fora dele.

A Geodésia está intimamente ligada a essa necessidade da nossa espécie. Ela foi capital
em muitos processos de desenvolvimento e continua sendo na atualidade; pelo que
podemos observar, cada vez mais. Foi importante, por exemplo, nos descobrimentos
portugueses, no desenvolvimento do cadastro, na corrida espacial e é hoje importante
nas telecomunicações, na agricultura e nas questões ambientais. No caso brasileiro
ela é uma peça chave mais uma vez: na questão do gerenciamento do território e no
encaminhamento para uma solução dos problemas fundiários que assolam este País
por centenas de anos.

Com o desenvolvimento da Geodésia vieram os sistemas de posicionamento por


satélite, entre os quais temos hoje, como o mais conhecido e empregado, o Sistema de
Posicionamento Global ou GPS. Sobreveio também um novo conceito de se produzir
Geodésia, mais difundida no cotidiano das pessoas, por conta principalmente desses
sistemas de posicionamento hora em expansão.

Já não falamos mais em termos de GPS ou do GLONASS somente, falamos em GALILEO


também, que em um futuro próximo se integrará ao conceito de Global Navigation
Satellite System (GNSS).

Para termos uma simples noção da difusão dos sistemas de posicionamento na era
da globalização basta uma pesquisa com a sigla GPS pela internet. Essa utilidade
geodésica norte-americana se entranhou de tal forma nas atividades humanas que, se
alguém “desligar a chave” poderá causar sérios problemas em todo o planeta, pois ela é
referência de posição e tempo para boa parte da navegação, das telecomunicações, das
operações logísticas militares e civis entre muitas outras atividades.

Mudaram também os conceitos de se produzir Geodésia, no sentido das redes de


pontos de referência, ou dos vértices geodésicos. Há aproximadamente 15 anos vemos
o desenvolvimento de uma nova forma de se determinar pontos geodésicos com a
tecnologia de posicionamento por satélites. Temos um novo conceito conhecido como
redes ativas.

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UNIDADE ii | REDES DE REFERÊNCIAS

A Geodésia está intimamente ligada à necessidade inerente de localização da


espécie humana.

Rede ativa
Basicamente, uma rede ativa é um conjunto de pontos de coordenadas precisamente
determinadas em um sistema de referência geodésico. Instalados sobre esses pontos
conhecidos, operam receptores de sinais de satélite de posicionamento com sistemas
de comunicação de dados. A operação pode se dar por um período ou continuamente,
gerenciada por um centro operacional responsável por manter o sistema e divulgar os
dados via rede.

Existem as redes ativas que produzem dados para após o processamento, ou seja, o
usuário realiza a sua coleta de dados e depois obtém os dados da rede ativa e processa
os seus em conjunto. Há ainda redes com capacidade para tempo real (RTK), ou seja,
numa determinada área de ação, menor que a anterior, o usuário com receptor integrado
ao sistema de telemetria, recebe dados do sistema ativo e obtém um posicionamento
em tempo real mais preciso do que aquele conseguido pelo método absoluto.

Algumas conforme o objetivo, podem também divulgar correções DGPS para navegação
mais precisa em tempo real.

As redes que se destinam a proporcionar precisão a uma gama mais ampla de usuários
devem ser realizadas com monumentos estáveis, geralmente pilares próprios com fundação,
construídos em locais mais protegidos e com adequada visibilidade para a constelação.

Os pontos devem ser monitorados para que seja assegurado que o vértice não alterou a
sua posição ou para acompanhar as alterações .

Para exemplificar tal necessidade podemos tomar o caso de num dos vértices da rede
do Ordnance Survey do Reino Unido que, instalado em um farol e após um período de
chuvas intensas sofreu um deslocamento devido à movimentação da encosta. Por causa
do monitoramento diário este evento foi detectado e os usuários informados.

Os receptores instalados devem possuir pelo menos a capacidade de armazenar dados


com dupla frequência, para que possam proporcionar melhor aproveitamento e um
raio de ação mais amplo.

Existem redes mantidas por instituição pública ou por privada, rede regional ou
mundial, tal como é o caso da rede do International GNSS Service IGS.

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Figura 19: Rede International GNSS Service IGS.

Fonte <www.igscb.jpl.nasa.gov>.

Figura 20. Rede do Nacional Geodetic Survey NGS.

Fonte <www.ngs.noaa.gov>.

Podemos verificar pela legenda da figura acima que a rede do NGS é composta por
sub-redes de várias instituições, conferindo maior abrangência e racionalização de
recursos. Para que isso seja mais eficiente as estações devem possuir uma padronização
mínima.

Também contamos com uma estrutura geodésica deste gênero no Brasil, que vem sendo
mantida e ampliada pelo IBGE, desde 1994, em parceria com diversas instituições

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brasileiras, inclusive a Universidade de São Paulo. A Rede Brasileira de Monitoramento


Contínuo (RBMC) tem sido empregada desde então para diversos fins de posicionamento.
Embora muitos usuários ainda não tenham se habituado ao seu uso, ele vem aumentando
e tende a crescer cada vez mais.

Figura 21. Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo.

Fonte <www.ibge.gov.br>.

Paralelamente à RBMC, temos outras redes ativas mantidas por Órgãos Públicos
como o INCRA e a Marinha ou por entidades particulares, tal como empresas que
comercializam equipamentos. As características dessas redes podem diferir daquela
da RBMC, por exemplo, a do INCRA, denominada Rede INCRA de Bases Comunitárias
RIBaC, emprega receptores com uma frequência, mas o órgão pretende melhor
adequá-la aos conceitos necessários.

Uma das características fundamentais para uma rede ativa de uso público é que o vértice
estabelecido para a estação ativa, deva fazer parte do Sistema Geodésico Brasileiro
(SGB). Sem este princípio básico a utilização é limitada e os valores determinados
exclusivamente a partir dela não possuem as características necessárias a atividade
como por o georreferenciamento de imóveis rurais, por exemplo.

Desde 1994, o IBGE mantém a RBMC, utilizada pelos usuários para diversos
fins. As estações da RBMC e de outras redes homologadas estruturam o
georreferenciamento no Brasil.

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Portanto, as entidades que mantêm estações ativas vêm procurando homologá-las


junto ao IBGE, o que requer que seja realizado um projeto adequado. Para tanto, o
instituto disponibiliza normas em seu site.

Homologada a estação geodésica, esta se equipara a uma obra pública, nos termos
do Decreto Lei no 243, de 28 de fevereiro de 1967, capítulo VII: Dos Marcos, Pilares e
Sinais Geodésicos; artigo 13o, devendo ser de livre acesso e estando “protegido por Lei
(Código Penal e demais leis civis de proteção aos bens do patrimônio público).”

Os dados da RBMC podem ser obtidos pelo site do IBGE <www.ibge.gov.br/geodésia>,


no qual estão os acessos aos diversos serviços e dados, dentre eles o banco de dados da
RBMC. Basta cadastrar um e-mail para ter acesso gratuito.

Os dados são dispostos em um formato padrão que é aceito pelos programas de


processamento de várias marcas do mercado e são compostos por arquivos no formato
RINEX, com duração de aproximadamente 24 horas e taxa de aquisição de 15 segundos.
Além disso, podem ser facilmente escolhidos por estação e por dia. Como existem
problemas com uma ou outra estação, quando isso ocorre são emitidos avisos, para
que o usuário possa ter previamente melhor capacidade de programação.

As estações ativas homologadas pelo IBGE apresentam procedimentos semelhantes


quanto ao descarregamento dos dados. Uma diferença, contudo, consiste na disposição
de dados por períodos de uma hora o que requer a concatenação de arquivos para as
observações que envolvem vetores com distâncias maiores ou mais precisas, bem como
o acesso aos dados em algum caso.

Uma das características fundamentais para uma rede ativa de uso público é que o
vértice para a estação ativa deve fazer parte do Sistema Geodésico Brasileiro.

A RBMC constitui uma estrutura geodésica eficiente e abrangente cuja utilidade


não se resume somente ao posicionamento. Os dados produzidos por suas estações
são importantes em outras áreas do conhecimento, como, por exemplo, em estudos
relativos a atmosfera.

No momento atual do Brasil, o seu papel é chave, frente à vigência da Lei no 10.267, de 28
de agosto de 2001, e demais documentos legais pertinentes. Embora possamos contar
com as Redes Geodésicas Estaduais, as estações ativas da RBMC e demais estações
homologadas proporcionam um importante arcabouço para o georreferenciamento.

21
UNIDADE ii | REDES DE REFERÊNCIAS

Alguns representantes dos setores que envolvem a questão do cadastro no Brasil


chegam a alegar que não estamos preparados para desenvolvê-lo, pois teríamos ainda
deficiência no aspecto de uma disponibilidade suficiente de pontos geodésicos em todo
o território nacional. Realmente, temos ainda necessidade de desenvolver o SGB em
termos de uma realização mais abrangente e na escala adequada ao tamanho do País.
Basta ver o exemplo dos Estados Unidos, o país tem dimensões próximas ao Brasil em
termos de território, porém com um desenvolvimento mais antigo em Geodésia e com
maior organização e aporte de recursos; possui, portanto, maior quantidade de pontos
de referência, isto só para falar em termos de rede ativa.

Entretanto, afirmar que a viabilidade de nosso cadastro de imóveis rurais é


comprometida pela falta de apoio geodésico não reflete a nossa realidade, pois temos
uma rede ativa que – embora ainda pequena – é, minimamente, suficiente para
viabilizar este georreferenciamento.

Faz-se necessário, entretanto, proporcionar aos profissionais acesso aos equipamentos


adequados e, sobretudo, uma melhor capacitação frente à alteração do paradigma que
nos trouxeram a evolução da ciência e das leis; mesmo porque não é simplesmente o
acesso ao equipamento que o capacita para a elaboração do georreferenciamento de
imóveis rurais.

O acesso aos equipamentos pode ser dado por meio de linhas especiais de crédito e os
bens adquiridos serão pagos pelos serviços prestados pelo profissional.

Uma parcela dos profissionais, percebendo antes a evolução, já procurou se adequar


mediante cursos de pós-graduação e o País conta com vários cursos de engenharias de
agrimensura e de cartografia em instituições públicas.

Aqueles que adquiriram conhecimento e investiram seu capital da forma adequada


estão capacitados a produzir levantamentos em qualquer parte do País, contando
somente com as redes Estaduais e a RBMC.

Com a evolução do GNSS em andamento é provável que tenhamos acesso a equipamento


de dupla frequência com menor custo.

Avaliando o que tem ocorrido no mundo nas últimas seis décadas, falando principalmente
em termos de Geodésia, o observador percebe que será cada vez maior a difusão do uso
desses sistemas de posicionamento e, com eles, as redes ativas. Talvez em pouco tempo
possamos contar no Brasil com um sistema mais abrangente, combinando as redes
ativas em operação, modernizando e ampliando as redes públicas existentes.

22
CAPÍTULO 3
REDES ATIVAS DE MONITORAMENTO RBMC (IBGE) E RIBAC
(INCRA)

Sobre a RBMC
A utilização da tecnologia GNSS (Global Navigation Satellite System) provocou uma
verdadeira revolução nas atividades de navegação e posicionamento. Os trabalhos
geodésicos e topográficos passaram a ser realizados de forma mais rápida, precisa e
econômica. À medida que as técnicas de posicionamento evoluem, diversas aplicações
em tempo real e pós-processado têm surgido, tornando o papel da RBMC cada vez
mais amplo.

O RBMC aplica-se:

» Suporte a posicionamento relativos GPS em geral.

» Mapeamento sistemático, topográfico e cadastral.

» Delimitação de áreas (político-administrativas, ambientais, entre outros.

» Uso da Terra (Reforma agrária, agricultura com maior precisão).

» Suporte a estudos de climatologia e meteorologia.

» Integração às redes mundiais.

Nas aplicações geodésicas e topográficas do GNSS estão implícitas a utilização do


método relativo, isto é, ao menos uma estação de coordenadas conhecidas é também
ocupada, simultaneamente, à ocupação dos pontos desejados. As estações da RBMC
desempenham justamente o papel do ponto de coordenadas conhecidas pertencentes
ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB), eliminando a necessidade de que o usuário
imobilize um receptor em um ponto que, muitas vezes, oferece grandes dificuldades
de acesso. Além disso, os receptores que equipam as estações da RBMC são de alto
desempenho, proporcionando observações de grande qualidade e confiabilidade.

Caracterização

As estações da RBMC são materializadas pelos pinos de centragem forçada, especialmente


projetados, e cravados em pilares estáveis. A maioria dos receptores da rede possui a
capacidade de rastrear satélites GPS e GLONASS, enquanto alguns rastreiam apenas
GPS. Esses receptores coletam e armazenam continuamente as observações do código

23
UNIDADE ii | REDES DE REFERÊNCIAS

e da fase das ondas portadoras transmitidas pelos satélites das constelações GPS
ou GLONASS.

Cada estação possui um receptor e antena geodésica, conexão de Internet e fornecimento


constante de energia elétrica que possibilita a operação contínua da estação.

As coordenadas das estações da RBMC são outro componente importante na


composição dos resultados finais dos levantamentos referenciados. Nesse aspecto,
a grande vantagem da RBMC é que todas as suas estações fazem parte da Rede de
Referência SIRGAS (Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas),
cujas coordenadas finais têm precisão da ordem de ± 5 mm, configurando-se como
uma das redes mais precisas do mundo. Outro papel importante da RBMC é que suas
observações vêm contribuindo, desde 1997, para a densificação regional da rede do IGS
– International GPS Service for Geodynamics –, garantindo uma melhor precisão dos
produtos do IGS – tais como órbitas precisas – sobre o território brasileiro.

Com a modernização das tecnologias e a transmissão de dados em tempo real


torna-se uma alternativa para a redução do tempo de serviço em campo, justamente
pelo fato da utilização da internet.

Operação

A operação das estações da RBMC é totalmente automatizada. As observações são


organizadas, ainda na memória do receptor, em arquivos diários, correspondendo a
sessões iniciando às 00h 01min e encerrando às 24h 00min (tempo universal), com
intervalo de rastreio de 15 seg.

Com o encerramento de uma sessão, os arquivos com as respectivas observações


produzidas são transferidos do receptor para o Centro de Controle da Rede Brasileira
de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS - RBMC - Kátia Duarte Pereira, na
Coordenação de Geodésia (Rio de Janeiro-RJ). A partir deste ponto são gerados novos
arquivos em formato padrão RINEX2, a partir deste ponto é realizado um controle
de qualidade das observações. Em seguida os arquivos de dados RINEX2 e as órbitas
transmitidas são compactados e disponibilizados na área de download do portal do
IBGE.

Mesmo com a tecnologia avançando para melhorar os trabalhos, ainda ocorrem, algumas
perdas de dados devido a problemas de conexão de Internet e de falta de energia quando
acontecem logo são imediatamente comunicados pelo Twitter da RBMC <http://
twitter.com/IBGE_RBMC> e na página de informações <http://www.ibge.gov.br/home/
geociencias/geodesia/rbmc/rbmc_inf.php>.

24
REDES DE REFERÊNCIAS | UNIDADE ii

Os dados são recuperados, na medida do possível, assim que a situação é normalizada.


Devido à limitação de memória em alguns receptores, os dados podem ser perdidos.
Diante disso, antes de realizar um levantamento, recomendamos verificar a situação da
estação que será utilizada pelos canais fornecidos.

As vantagens da RBMC podem ser classificadas em três principais vertentes:

» Custos – os usuários não ocupam as estações constituintes (redes ativas), na qual o


usuário usará apenas o receptor de sinais GPS para a execução dos levantamentos
de campo, uma vez que os dados relacionados a RBMC são fornecidos pelo IBGE.

» Precisão – no que diz respeito a precisão pode-se destacar a possibilidade de alcance


e agilidade, mesmo com o sistema que não está completamente implementado,
estabelecem-se rapidamente posições com erros de 2 ppm.

» Aplicabilidade – em boa parte do mundo vários pesquisadores e


usuários estão desenvolvendo novas aplicações do sistema. A rede torna-se
aplicável a todos que desejam informações de posicionamento estático ou
cinemático como por exemplo: Mapeamentos.

Podemos concluir que a RBMC constitui uma estrutura de referência nacional com
mais precisão, integrando diversas estruturas globais, com uma referência que é a
utilização do novo sistema de coordenadas SIRGAS 2000.

Estações
Figura 22. Rede brasileira de monitoramento contínuo. Estações estabelecidas (coordenadas
aproximadas).

Fonte: IBGE.

25
UNIDADE ii | REDES DE REFERÊNCIAS

Quadro 2. Estações ativadas da RBMC.

Longitude
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox.
aprox.
Afogados da Ingazeira PE PEAF 93318 -07º 46’ -37º 38’
Alegrete RS RSAL 94048 -29º 47’ -55º 46’
Altamira PA PAAT 99510 -3º 12’ -52º 10’
Aracaju - São Cristóvão SE SEAJ 93314 -10º 55’ -37º 06’
Araçatuba SP SPAR 99540 -21º 11’ -50º 26’
Arapiraca AL ALAR 93237 -9º 44’ -36º 39’
Araquari SC SCAQ 96171 -26º 23’ -48º 44’
Bacabal MA MABB 96561 -04º 14’ -44º 49’
Balsas MA MABS 96551 -7º 32’ -46º 2’
Barra do Garças MT MTBA 93965 -15º 53’ -52º 15’
Barreiras BA BABR 93260 -12º 9’ -44º 59’
Belém PA BELE 93620 -1º 24’ -48º 27’
Belém INPE PA BEPA 95011 -01º 27’ -48º 26’
Belo Horizonte MG MGBH 93922 -19º 56’ -43º 55’
Boa Vista RR BOAV 93910 2º 50’ -60º 42’
Bom Jesus da Lapa BA BOMJ 93030 -13º 15’ -43º 25’
Botucatu SP SPBO 99537 -22º 51’ -48º 26’
Brasília DF BRAZ 91200 -15º 56’ -47º 52’
Cachoeira Paulista SP CHPI 93920 -22º 41’ -44º 59’
Campina Grande PB PBCG 92447 -7º 12’ -35º 54’
Campinas - UNICAMP SP SPC1 96181 -22º 49’ -47º 04’
Campo Grande MS MSCG 93956 -20º 26’ -54º 32’
Campos dos Goytacazes RJ RJCG 93963 -21º 45’ -41º 19’
Cananéia SP NEIA 91716 -25º 1’ -47º 55’
Canarana MT MTCN 96144 -13º 33’ -52º 16’
Cascavel PR PRCV 96165 -24º 58’ -53º 28’
Cerro Largo RS RSCL 94053 -28º 09’ -54º 45’
Chapecó SC SCCH 94026 -27º 8’ -52º 35’
Coari AM AMCO 96170 -4º 52’ -65º 20’
Coari UEA AM COAM 96163 -04º 05’ -63º 08’
Colider MT MTCO 96040 -10º 48’ -55º 27’
Colorado d’Oeste RO ROCD 96047 -13º 7’ -60º 33’

26
REDES DE REFERÊNCIAS | UNIDADE ii

Longitude
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox.
aprox.
Corrente PI PICR 96559 -10º 26’ -45º 10’
Corumbá MS MSCO 96174 -19º 00’ -57º 38’
Crato CE CRAT 92300 -7º 14’ -39º 24’
Cruzeiro do Sul AC CRUZ 93912 -7º 36’ -72º 40’
Cuiabá MT CUIB 92583 -15º 33’ -56º 4’
Curitiba PR UFPR 93970 -25º 26’ -49º 13’
Dourados - UFGD MS MSDR 92859 -22º 12’ -54º 56’
Dracena SP SPDR 99586 -21º 27’ -51º 33’
Fernandópolis SP SPFE 99596 -20º 16’ -50º 14’
Floriano PI PIFL 96562 -06º 47’ -43º 02’
Florianópolis SC SCFL 91852 -27º 36’ -48º 31’
Fortaleza CE BRFT 93793 -3º 52’ -38º 25’
Fortaleza CE CEEU 92450 -3º 52’ -38º 25’
Fortaleza CE CEFT 92448 -3º 42’ -38º 28’
Franca SP SPFR 99538 -20º 31’ -47º 23’
Goiânia GO GOGY 92860 -16º 40’ -49º 15’
Gov. Valadares - Rede CEMIG MG GVA1 96178 -18º 51’ -41º 57’
Guajará-Mirim RO ROGM 93980 -10º 47’ -65º 20’
Guarapuava PR PRGU 96049 -25º 23’ -51º 29’
Gurupi TO TOGU 93241 -11º 44’ -49º 2’
Ilha Solteira SP ILHA 96037 -20º 26’ -51º 21’
Ilhéus BA BAIL 93313 -14º 48’ -39º 10’
Imbituba SC IMBT 94024 -28º 14’ -48º 39’
Imperatriz MA IMPZ 92165 -5º 29’ -47º 29’
Inconfidentes MG MGIN 93940 -22º 19’ -46º 20’
Irecê BA BAIR 93259 -11º 18’ -41º 52’
Itacoatiara AM ITAM 96164 -03º 08’ -58º 26’
Itaituba PA PAIT 99530 -4º 17’ -56º 2’
Jaboticabal SP SPJA 99539 -21º 14’ -48º 17’
Jaíba MG JAMG 99599 -15º 21’ -43º 46’
Jataí GO GOJA 93959 -17º 53’ -51º 44’
Ji-Paraná RO ROJI 93964 -10º 52’ -61º 58’
João Pessoa PB PBJP 96557 -07º 08’ -34º 52’

27
UNIDADE ii | REDES DE REFERÊNCIAS

Longitude
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox.
aprox.
Juína IFMT MT MTJI 96128 -11º 26’ -58º 43’
Lages SC SCLA 94025 -27º 48’ -50º 18’
Laranjal do Jari AP APLJ 96179 -00º 49’ -52º 30’
Lins - UNILINS SP SPLI 99587 -21º 40’ -49º 44’
Macapá AP MAPA 93630 0º 05’ -51º 06’
Manaus AM NAUS 93770 -3º 1’ -60º 3’
Manaus - UEA AM AMUA 96131 -03º 06’ -60º 01’
Marabá PA MABA 93914 -5º 21’ -49º 7’
Maringá PR PRMA 96048 -23º 25’ -51º 56’
Montes Claros - Rede CEMIG MG MCL1 96177 -16º 43’ -43º 53’
Montes Claros - CODEVASF MG MGMC 93947 -16º 43’ -43º 51’
Mossoró RN RNMO 92449 -5º 12’ -37º 20’
Natal RN RNNA 96500 -5º 50’ -35º 12’
Ourinhos SP OURI 96039 -22º 57’ -49º 54’
Palmas TO TOPL 93240 -10º 10’ -48º 20’
Parintins AM AMPR 95012 -02º 38’ -56º 44’
Pau dos Ferros RN RNPF 96558 -06º 08’ -38º 12’
Pelotas RS RSPE 96172 -31º 48’ -52º 25’
Petrolina PE PEPE 93238 -9º 23’ -40º 30’
Piracicaba SP SPPI 99588 -22º 42’ -47º 37’
Porto Alegre RS POAL 91850 -30º 4’ -51º 7’
Porto Velho RO POVE 93780 -8º 43’ -63º 54’
Pres. Prudente SP PPTE 93900 -22º 7’ -51º 25’
Recife PE RECF 93110 -8º 3’ -34º 58’
Rio Branco AC RIOB 93911 -9º 58’ -67º 48’
Rio de Janeiro - ON RJ ONRJ 93921 -22º 54’ -43º 13’
Rio de Janeiro - IBGE RJ RIOD 91720 -22º 49’ -43º 18’
Rio Paranaíba MG MGRP 96111 -19º 13’ -46º 08’
Rosana SP ROSA 96041 -22º 31’ -52º 57’
Salvador - Porto BA SSA1 93236 -12º 59’ -38º 31’
Salvador - INCRA BA SAVO 93235 -12º 56’ -38º 26’
Santa Maria RS SMAR 92013 -29º 43’ -53º 43’
Santana AP APSA 96100 -0º 3’ -51º 10’

28
REDES DE REFERÊNCIAS | UNIDADE ii

Longitude
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox.
aprox.
São Carlos SP EESC 99560 -22º 0’ -47º 54’
São Félix do Araguaia MT MTSF 96050 -11º 37’ -50º 40’
São Gabriel da Cachoeira AM SAGA 93913 -0º 09’ -67º 3’
São José do Rio Preto SP SJRP 96042 -20º 47’ -49º 22’
São José dos Campos SP SJSP 91537 -23º 12’ -45º 52’
São Luís MA SALU 93950 -2º 36’ -44º 13’
São Paulo SP POLI 93800 -23º 33’ -46º 44’
São Raimundo Nonato PI PISR 96521 -9º 02’ -42º 42’
Sobral CE CESB 96560 -03º 41’ -40º 20’
Sorocaba SP SPSO 99589 -23º 29’ -47º 25’
Sorriso MT MTSR 96143 -12º 33’ -55º 44’
Tefé AM AMTE 96173 -03º 21’ -64º 42’
Teixeira de Freitas BA BATF 93244 -17º 33’ -39º 45’
Teresina PI PITN 96552 -05º 06’ -42º 48’
Tupã SP SPTU 99590 -21º 56’ -50º 30’
Ubatuba (Marégrafo) SP UBA1 99550 -23º 30’ -45º 7’
Uberlândia - UFU MG MGUB 93930 -18º 55’ -48º 15’
Uberlândia - Rede CEMIG MG UBE1 96176 -18º 53’ -48º 19’
Varginha - Rede CEMIG MG MGV1 96175 -21º 33’ -45º 26’
Viçosa MG VICO 91696 -20º 46’ -42º 52’
Vila Bela da Santíssima
MT MTVB 96141 -15º 00’ -59º 57’
Trindade
Vitória ES CEFE 93960 -20º 19’ -40º 19’
Vitória da Conquista BA BAVC 93245 -14º 53’ -40º 48’
Fonte: IBGE.

Quadro 3. Estações desativadas ou substituídas.

Longitude
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox.
aprox.
Campinas SP SPCA 99520 -22º 48’ -47º 3’
Curitiba PR PARA 91105 -25º 26’ -49º 13’
Dourados MS MSDO 93957 -22º 13’ -54º 48’
Fortaleza CE FORT 92009 -3º 52’ -38º 25’
Gov. Valadares MG GVAL 91932 -18º 51’ -41º 57’

29
UNIDADE ii | REDES DE REFERÊNCIAS

Longitude
Cidade UF Sigla Código SAT Latitude aprox.
aprox.
Humaitá AM AMHU 93990 -7º 30’ -63º 02’
Juína MT MTJU 96142 -11º 25’ -58º 46’
Manaus AM MANA 91300 -3º 6’ -60º 3’
Montes Claros - CEMIG MG MCLA 91929 -16º 43’ -43º 53’
Presidente Prudente SP UEPP 91559 -22º 7’ -51º 24’
Salvador BA SALV 93111 -13º 0’ -38º 30’
Santarém PA PAST 95010 -2º 30’ -54º 43’
Ubatuba SP UBAT 91902 -23º 30’ -45º 7’
Uberlândia - CEMIG MG UBER 91909 -18º 53’ -48º 19’
Varginha MG VARG 91930 -21º 32’ -45º 26’
Varginha - CEMIG MG MGVA 96140 -21º 33’ -45º 26’
Fonte: IBGE.

Informações:

» Estações Inoperantes.

» Estações Atualizadas.

» Estações Atualizadas.

» Estações Novas.

» Estações Desativadas.

Consulta de disponibilidade de dados:

Por meio dessa ferramenta, é possível visualizar a disponibilidade dos dados de


cada estação ao longo de cada dia.

<http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geodesia/rbmc/rbmc_inf.php>

30
CAPÍTULO 4
RBMC-IP – REDE BRASILEIRA DE MONITORAMENTO
CONTÍNUO DOS SISTEMAS GNSS EM TEMPO REAL

É um serviço para posicionamento em tempo real a partir das estações da RBMC, para
usuários que fazem uso da técnica RTK (relativo cinemático em tempo real) ou DGPS
(GPS diferencial) nos seus levantamentos. Os dados são disponibilizados via protocolo
Internet conhecido por Networked Transport of RTCM via Internet Protocol (NTRIP),
em formato RTCM. O NTRIP foi projetado para disseminar a correção de dados
diferencial ou outros tipos de dados GNSS para usuários, móveis ou estacionários, pela
Internet, permitindo conexões simultâneas de computadores, Laptops e PDAs que
possuem acesso a Internet sem fio, como, por exemplo, GPRS, GSM ou modem 3G.

A transmissão dos dados é realizada da seguinte forma: um receptor GNSS envia


continuamente mensagens RTCM até um servidor «caster» localizado no IBGE. Um
usuário, com um aplicativo «cliente», tais como GNSS Internet Radio ou BNC (BKG
NTRIP Client) e com uma conexão Internet, se conecta ao servidor do IBGE e escolhe
a(s) estação(ões) da RBMC-IP cujos dados ou correções diferenciais deseja receber.
As correções são recebidas pelo receptor GPS (ou GNSS) do usuário pela porta serial
padrão e desta forma obtêm-se as posições corrigidas. Atualmente, o servidor «caster
«do IBGE recebe dados de 93 estações da RBMC, sendo elas:

Quadro 4. Estações RBMC.

Alegrete (RSAL) Campos dos Goytacazes (RJCG) Florianópolis (SCFL)


Altamira (PAAT) Cananeia (NEIA) Floriano (PIFL)
Aracaju - São Cristóvão (SEAJ) Canarana (MTCN) Goiânia (GOGY)
Arapiraca (ALAR) Cascavel (PRCV) Governador Valadares - CEMIG (GVA1)
Araquari (SCAQ) Cerro Largo (RSCL) Guajará-Mirim (ROGM)
Balsas (MABS) Chapecó (SCCH) Guarapuava (PRGU)
Belo Horizonte (MGBH) Colorado d’Oeste (ROCD) Gurupi (TOGU)
Belém (BELE) Colíder (MTCO) Ilha Solteira (ILHA)
Belém INPE (BEPA) Corumbá (MSCO) Ilhéus (BAIL)
Boa Vista (BOAV) Crato (CRAT) Imbituba (IMBT)
Bom Jesus da Lapa (BOMJ) Cruzeiro do Sul (CRUZ) Imperatriz (IMPZ)
Brasília (BRAZ) Cuiabá (CUIB) Inconfidentes (MGIN)
Campina Grande (PBCG) Curitiba (UFPR) Irecê (BAIR)
Campinas - UNICAMP (SPC1) Dourados - UFGD (MSDR) Itaituba (PAIT)
Campo Grande (MSCG) Eusébio (CEEU) Jaíba (JAMG)

31
UNIDADE ii | REDES DE REFERÊNCIAS

Jataí (GOJA) Petrolina (PEPE) São José dos Campos (SJSP)


Ji-Paraná (ROJI) Piracicaba (SPPI) São Luís (SALU)
João Pessoa (PBJP) Porto Alegre (POAL) São Paulo (POLI)
Juína (MTJI) Porto Velho (POVE) São Raimundo Nonato (PISR)
Lages (SCLA) Presidente Prudente (PPTE) Sobral (CESB)
Macapá (MAPA) Recife (RECF) Sorocaba (SPSO)
Manaus (NAUS) Rio Branco (RIOB) Sorriso (MTSR)
Marabá (MABA) Rio de Janeiro (RIOD) Tefé (AMTE)
Maringá (PRMA) Rio de Janeiro - ON (ONRJ) Teixeira de Freitas (BATF)
Montes Claros - CEMIG (MCL1) Rio Paranaíba (MGRP) Teresina (PITN)
Montes Claros CODEVASF (MGMC) Salvador (SSA1) Ubatuba (UBA1)
Mossoró (RNMO) Salvador INCRA (SAVO) Uberlândia - CEMIG (UBE1)
Natal (RNNA) Santa Maria (SMAR) Varginha - CEMIG (MGV1)
Ourinhos (OURI) Santana (APSA) Vitória (CEFE)
Palmas (TOPL) São Carlos (EESC) Vitória da Conquista (BAVC)
Pelotas (RSPE) São Gabriel da Cachoeira (SAGA) Viçosa (VICO)
Fonte: IBGE.

O servidor pode ser acessado pelo endereço IP 186.228.51.52 e opera na porta 2101.
A porta 2101 é reservada para a transmissão das correções diferenciais obtidas pelos
programas cliente NTRIP, citados anteriormente. Acessando em qualquer navegador
de Internet <http://186.228.51.52:2101>, é possível visualizar as informações sobre as
estações no servidor «caster « do IBGE.

O acesso ao servidor do IBGE é gratuito, entretanto o usuário precisa preencher o


cadastro e se registrar como usuário do serviço. Algumas restrições de acesso se fazem
necessárias visando evitar congestionamento de tráfego nesse servidor, sendo elas:

1. Será permitido somente o acesso a cinco estações por usuário.

2. Serão permitidos no máximo 1.000 acessos simultâneos ao serviço.

Os programas cliente a serem instalados no computador ou PDA do usuário podem ser


encontrados nas plataformas Windows, Linux e Windows CE no seguinte endereço
<http://igs.bkg.bund.de/ntrip/download>.

O microcomputador do usuário não poderá estar dentro de uma rede corporativa


protegida por firewall ou que necessite de um proxy para acessar a Internet, pois dessa
forma o serviço RBMC-IP pode não funcionar. Existem vários receptores GNSS que
possuem integrada a opção de acesso à Internet mediante o protocolo NTRIP. Maiores
informações podem ser encontradas com os representantes de equipamentos, ou no
portal do NTRIP <http://igs.bkg.bund.de/ntrip/about>.

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REDES DE REFERÊNCIAS | UNIDADE ii

PPP em tempo real

Posicionamento por Ponto Preciso em tempo real. O Projeto IGS em tempo real
desenvolveu uma forma de acesso às órbitas e erros dos relógios precisos, através de
correções inseridas nas mensagens transmitidas em tempo real; ü Rede IGS-RT possui
mais de 150 estações; Órbitas em tempo real com precisão de alguns centímetros e
correções de relógio sub-ns; ü Necessita cadastro de acesso ao servidor NTRIP Caster
do IBGE.

A Coordenação de Geodésia do IBGE passou a disponibilizar através do servidor “caster”


NTRIP um novo serviço chamado “Posicionamento por Ponto Preciso em tempo real”,
ou simplesmente “PPP em tempo real”. O Projeto IGS em tempo real desenvolveu uma
forma de acesso às órbitas e erros dos relógios precisos, através de correções inseridas
nas mensagens transmitidas em tempo real.

Sendo assim, para a realização do PPP em tempo real o usuário deve dispor de um
receptor que envie os dados para um PC, pelo formato RTCM 3.0, e ter acesso aos fluxos
de correção, à órbita e ao relógio disponibilizados por meio do servidor «caster «do IBGE.
Os fluxos de correção são usados para realizar o processamento juntamente com o fluxo
de dados GNSS que está sendo recebido no aplicativo cliente BNC (BKG NTRIP Client)
no PC. O aplicativo BNC está disponível em <http://igs.bkg.bund.de/ntrip/download>.

Os fluxos de correções e órbitas recebem as seguintes identificações no servidor «caster


«do IBGE:

Quadro 5. Correções de Órbitas.

Identificação ou Mountpoint Sistema de Referência GNSS Descrição


Correções às órbitas e
IGS03 ITRF2008 GPS+GLONASS
relógio
Correções às órbitas e
SIRGAS200001 SIRGAS2000 GPS
relógio
Correções às órbitas e
SIRGAS200002 SIRGAS2000 GPS+GLONASS
relógio
RTCM3EPH GPS Assistido GPS+GLONASS Órbitas transmitidas
Fonte: IBGE.

O usuário cadastrado no serviço RBMC-IP possui automaticamente acesso aos fluxos


relacionados acima, sendo que para uma solução SIRGAS devem ser selecionados os
fluxos SIRGAS00001 (somente para receptores GPS) ou SIRGAS0002 (para receptores

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UNIDADE ii | REDES DE REFERÊNCIAS

GNSS) e RTCM3EPH. Esses fluxos são recebidos pelo aplicativo cliente BNC através
do IP 186.228.51.52 porta 2101.

Vale lembrar que não é recomendado que o usuário utilize uma rede corporativa
protegida por firewall ou que necessite de um proxy para acessar à Internet, pois dessa
forma o serviço pode não funcionar.

Análise dos dados


Disponibilização de gráficos para análise da qualidade dos dados da RBMC.

O Centro de Controle da RBMC disponibiliza gráficos com indicadores da qualidade dos


dados das observações GPS. Os gráficos são gerados de forma rotineira pelo programa
BNC (BKG NTRIP Client). São obtidos quatro tipos de gráficos por estação:

1. Número de observações diárias.

2. Número diário de perdas de ciclo.

3. Erro Médio Quadrático devido ao Multicaminho em L1 e L2 por dia.

4. Erro Médio Quadrático da Relação Sinal-Ruído (SNR) por dia.

Para o usuário consultar os gráficos, é necessário selecionar o ano e a estação desejados.

Para consultar os gráficos de anos anteriores, desde o início da operação da RBMC,


selecione um dos relatórios abaixo:

» Análise dos Dados da RBMC - 1996 a 2000.

» Análise dos Dados da RBMC - 2001 a 2005.

» Análise dos Dados da RBMC - 2006 a 2010.

» Análise dos Dados da RBMC - 2011 a 2012.

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CAPÍTULO 5
RIBAC – INCRA

A Rede INCRA de Bases Comunitárias (RIBaC) quando totalmente estabelecida será


composta por 82 estações. Atualmente, 44 estações já se encontram implantadas ao
longo do território, e têm por objetivo auxiliar a execução dos serviços desenvolvidos,
direta ou indiretamente, pelo INCRA quando do emprego do sistema GPS. Emprega
aparelhos de uma frequência (L1), sendo seu raio de ação estimado em 30km.
Os arquivos de observação são disponibilizados via Internet. Há necessidade de cadastro
para ter acesso aos dados.

O assunto é a Rede Incra de Bases Comunitárias GPS (RIBaC), que aumentou


significativamente o número de estações e que agora cobre praticamente todo o Brasil.

A inclusão de 80 novas estações de referência L1/L2 pode ser considerada como um


marco na história da cartografia nacional.

O processo de inclusão de novas bases e o sistema de comunicação são minuciosamente


detalhados, assim como as especificações técnicas dos novos equipamentos que são
usados como referência.

Figura 23. Bases RIBAC.

Fonte:<www.mundogeo.com>.

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UNIDADE ii | REDES DE REFERÊNCIAS

Figura 24. Bases RIBAC.

Fonte:<www.incra.gov.br>.

Cadastramento
O cadastramento para acesso à Rede INCRA de Bases Comunitárias do GNSS – RIBaC
– começa pela solicitação do de cadastramento para acesso aos dados da Rede e para
tanto é necessário o fornecimento dos dados pessoais que deverão ser adotados para
acessar o sistema.
Quadro 6. Dados pessoais para cadastro RIBAC.

Dados Pessoais
1 – CPF (somente números)*
2 – Senha **
3 – Nome completo
4 – Profissão
5 – Empresa
6 – Cidade/Estado
7 – (DDD) Telefone
8 – E-mail
* Usuário
** Criada pelo usuário, devendo possuir pelo menos 06 (seis) caracteres alfanuméricos
Considerar que o software faz diferença entre letras maiúsculas e minúsculas.
Fonte: IBGE.

Este formulário deverá ser enviado para o seguinte endereço:

<ribac@incra.gov.br>

A resposta sobre esta solicitação de cadastramento de usuário para acesso à RIBaC


será encaminhado para o e-mail informado no quadro acima.

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REDES DE REFERÊNCIAS | UNIDADE ii

No portal é possível acessar informações individuais de cada estação, referentes ao


nome, coordenadas, código, tipo, características dos equipamentos, data de instalação
e atualizações, bem como os arquivos que são gerados.

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CAPÍTULO 6
INTRODUÇÃO AO PROGRID, PROCESSAMENTO PPP E
AJUSTAMENTO DE REDE GNSS

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou, no final do ano passado, o


novo programa de transformação de coordenadas geodésicas ProGriD. Muitas das
funcionalidades empregadas no software foram definidas a partir de sugestões de usuários,
por meio de diversas consultas em eventos científicos e de um questionário on-line.

Desenvolvido dentro do Projeto Mudança do Referencial Geocêntrico (PMRG) e do


Projeto Infraestrutura Geoespacial Nacional (PIGN), o ProGriD promete substituir à
altura o TCGeo, programa lançado pelo IBGE em 2005 e atualmente em uso. O programa
apresentará resultados mais precisos e com mais opções de referenciais.

O ProGriD está disponível para download gratuito na área de Geociências do site do


IBGE <www.ibge.gov.br>. Dentre outras funcionalidades, o software transforma
coordenadas nos referenciais SAD 69 e Córrego Alegre para o novo sistema Sirgas2000,
adotado como referencial geodésico oficial na região em fevereiro de 2005.

Com o objetivo de oferecer à comunidade de usuários de dados geoespaciais uma


ferramenta que facilite a transição para o Sirgas2000, o ProGriD representa um
avanço no tratamento da transformação de coordenadas entre referenciais geodésicos
em relação ao TCGeo.

Em geral, dois referenciais geodésicos se relacionam pelos parâmetros de transformação


constantes para qualquer área coberta por estes referenciais. O que esses parâmetros
não conseguem transformar, tornam-se resíduos, representando as distorções da rede
geodésica. O ProGriD modela essa distorção da rede e possibilita um resultado final
mais preciso.

O ProGriD se vale de arquivos contendo uma grade de valores em latitude e longitude


que permite a direta transformação entre o Córrego Alegre, SAD69 e Sirgas2000,
seguindo o formato NTv2. A escolha da grade NTv2 se deve ao fato de que muitos dos
programas computacionais de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) ou GPS têm
capacidade para ler esse formato.

O ProGriD efetiva a transformação entre as coordenadas pertencentes às seguintes


materializações:

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REDES DE REFERÊNCIAS | UNIDADE ii

» A materialização de 1961 do Córrego Alegre, referida no ProGriD como Córrego


Alegre (1961).

» As materializações de 1970 e 1972 do Córrego Alegre, tratadas em conjunto, e


referida como Córrego Alegre (1970+1972).

» A materialização original do SAD69, incluindo apenas a rede clássica, chamada


simplesmente de SAD69 Rede Clássica.

» A materializacão de 1996 do SAD69, incluindo apenas a rede clássica, chamada


de SAD69/96 Rede Clássica.

» SAD69 Técnica Doppler ou GPS.

Deve ser ressaltado que, para as transformações de coordenadas entre as opções


SAD69 Técnica Doppler ou GPS e Sirgas2000 (e vice-versa), o ProGriD usa os mesmos
parâmetros e produz os mesmos resultados obtidos pelo programa TCGeo.

Os parâmetros foram estimados adotando um conjunto de 63 estações geodésicas


pertencentes à Rede GPS do Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Considerando que a
Rede GPS do SGB tem um padrão de distorção muito menor que aqueles determinados
pelos métodos clássicos (triangulação e poligonação), não existe a necessidade de
modelar as distorções, já que elas são homogêneas e diminutas. Estas opções aceitam
também como entrada e saída o formato de coordenadas cartesianas, que podem ser
selecionadas pelo usuário quando as coordenadas de entrada foram obtidas pelos
levantamentos do GPS ou Doppler.

As coordenadas das estações Doppler do SGB foram estabelecidas aplicando-se o método


de posicionamento por ponto, ou seja, elas foram obtidas de forma completamente
independente das redes clássicas e GPS, não sendo pertinente a aplicação da modelagem
de distorções neste caso.

Os tipos de coordenadas utilizadas associadas a cada um dos referenciais são:

» Córrego Alegre (1961): latitude / longitude e UTM (E, N).

» Córrego Alegre (1970+1972): latitude / longitude e UTM (E, N).

» SAD69 Rede Clássica: latitude / longitude e UTM (E, N).

» SAD69/96 Rede Clássica: latitude / longitude e UTM (E, N).

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» SAD69 Técnica Doppler/GPS: latitude / longitude / altura geométrica, Cartesianas


(X, Y, Z) e UTM (E, N).

» Sirgas2000: latitude / longitude / altura geométrica, Cartesianas (X, Y, Z) e UTM


(E, N).

Além das mudanças de coordenadas entre cada um dos referenciais e o Sirgas, o


ProGriD também permite outras 162 transformações entre sistemas. Além disso,
os dados para entrada e saída incluem formatos populares de arquivos, como por
exemplo o GML.

1. Para fazer o download do arquivo de instalação do ProGriD, acesse: <www.ibge.gov.


br/home/geociencias/geodesia> e baixe o ProGriD_instala.zip. O arquivo tem
aproximadamente 190 MB.

2. Extraia os arquivos de instalação. Antes de instalar o software, é indicado ler


primeiro as dicas do arquivo Manual de Instalação ProGriD v.1.pdf.

3. Clique em setup.exe. O ProGriD deve ser instalado somente em sistemas


operacionais Microsoft Windows XP e Vista 32 bits. É recomendável que a
instalação do programa seja realizada utilizando-se a conta de usuário como
Adminstrador Local para o computador no qual o programa está sendo instalado.

4. Quando o programa inicia, a tela mostrada na figura a seguir será exibida. Para
converter as coordenadas, os seguintes itens deverão ser selecionados:

› Sistema de referência de entrada.

› Sistema de referência de saída.

› Tipo de coordenada de entrada.

› Tipo de coordenada de saída.

› Método pelo qual se deve entrar as coordenadas (os dados podem ser informados
ao ProGriD pelo teclado ou por um arquivo de texto formatado).

› As coordenadas transformadas resultantes podem ser disponibilizadas pela


saída em tela, um arquivo texto ou um arquivo PDF.

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REDES DE REFERÊNCIAS | UNIDADE ii

Figura 25. Interface Progrid.

Fonte: IBGE.

5. Selecione o sistema de referência de entrada, clicando na caixa “Referencial” sob a


opção “Referencial de Entrada”. Quando a lista de opções for exibida, selecione o
campo correspondente ao sistema de referência de entrada desejado.

6. Selecione o sistema de referência de saída, clicando na caixa “Referencial” sob a


opção “Referencial de Saída”. Quando a lista de opções for exibida selecione o campo
correspondente ao sistema de referência de saída desejado.

7. Selecione o tipo de coordenada de entrada, clicando na seta na caixa “Tipo de


Coordenadas” sob a opção “Referencial de Entrada”. Quando a lista for exibida,
selecione o campo correspondente ao tipo de coordenadas de entrada desejado
(latitude, longitude, altitude, E, N ou X, Y, Z).

8. Selecione o tipo de coordenada de saída, clicando na seta na caixa “Tipo de


Coordenadas” sob a opção “Referencial de Saída”. Quando esta for exibida, selecione
o campo correspondente ao tipo de coordenadas de saída desejado.

9. Defina como as coordenadas a serem transformadas serão importadas ao sistema.


Existem três opções para entrada dos dados: entrada via teclado, entrada via
arquivo de texto e GML.

10. Escolha para onde as coordenadas transformadas deverão ser enviadas. Existem
quatro métodos para o registro: resultado em tela, resultado em arquivo de texto,
GML e PDF.

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11. Após todas as opções de transformação requeridas tenham sido definidas, a tecla
“Processar” fica habilitada. Quando esta tecla for clicada, os dados das coordenadas
são preparados internamente pelo ProGriD, que executa a transformação.

O diálogo de configuração possibilita que se altere a localização de alguns arquivos


acessados pelo ProGriD e permite visualizar os retângulos que definem o limite da área
de cobertura para cada um dos sistemas de referência. Para exibir o diálogo, selecione a
opção “Arquivo/Configurar”, localizada no canto superior esquerdo da janela principal.

Os itens exibidos incluem os valores mínimos e máximos das coordenadas geográficas


(latitude, longitude e altura geométrica, quando for o caso), das coordenadas UTM (E, N)
e das coordenadas cartesianas (X, Y, Z), além da identificação do sistema de referência.

O ProGriD é o resultado de uma parceria entre o IBGE, a Universidade New Brunswick


(Canadá), o Instituto Militar de Engenharia (IME) e a Universidade Estadual Paulista
(Unesp). O software foi desenvolvido pela empresa canadense Optex, com bibliotecas
de rotinas do IBGE e do Natural Resources Canada (NRCan).

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REFERÊNCIAS

IBGE. Manual do Usuário Posicionamento Por Ponto Preciso. Diretoria de Geociências, 2009.

IBGE. RBMC - Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS. 2014.

Klein, I.; Matsuoka, M.T.; de Souza, S.F.: Análise do serviço on-line de PPP (GDGPS – APPS) para
Receptores de Dupla Frequência: um estudo envolvendo dados de estações da RBMC. Gaea -
Journal of Geoscience, v. 6, no 2, pp. 90-98, 2010.

Klein, I.; Matsuoka, M.T.; de Souza, S.F.: Análise do serviço on-line de PPP (GDGPS – APPS)
para Receptores de Dupla Frequência: um estudo envolvendo dados de estações da RBMC. In:
Simpósio Brasileiro de Ciências Geodésicas e Tecnologias da Geoinformação, 3.,
2010, Recife. Anais...Porto Alegre: UFRGS, 2010. Artigos, pp. 001-007. On-line. ISBN 978-85-
63978-00-4.

Matsuoka, M.T.; Azambuja, J.L.F.; Souza, S.F. Potencialidades do serviço on-line de Posicionamento
por Ponto Preciso (CSRS-PPP) em aplicações geodésicas. Gaea - Journal of Geoscience, v. 5,
no 1, pp. 42-49, 2009.

Monico, J.F.G. Posicionamento pelo GNSS: Descrição, fundamentos e aplicações. São Paulo:
Editora Unesp, 2008, 476 p.

Site
<http://www.ufpe.br/cgtg/SIMGEOIII/IIISIMGEO_CD/artigos/Cad_Geod_Agrim/Geodesia%20
e%20Agrimensur a/A_216.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2014.

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