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22/03/2019

INTRODUÇÃO À GEODESIA ESPACIAL


Prof. Rejane Ennes Cicerelli

MODELOS TERRESTRES
MODELO MODELO MODELO
REAL FÍSICO MATEMÁTICO

b
a

• Difícil representação  Sujeito a alterações  Fácil representação


• Não serve como  Atuação de campos  Modelo rígido
referência de força

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MODELOS TERRESTRES
O Geóide é uma superfície de
nível ondulada e não possui
uma forma matemática (ou
geométrica) conhecida.
Ela não pode, portanto, ser
usada como uma superfície de
referência de pontos da
superfície topográfica, embora,
ela possa ser usada como
superfície de referência para
as altitudes.

MODELOS TERRESTRES
MODELO MATEMÁTICO

• considerações exclusivamente • Elipsóide escaleno -


geométricas triaxial
SIMPLIFICAÇÃO

• Elipsóide de revolução
• Esfera
• Plano

Para fins geodésicos => ELIPSÓIDE DE REVOLUÇÃO

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MODELOS TERRESTRES
ELIPSÓIDE DE
REVOLUÇÃO
ELEMENTOS DA ELIPSE
 a = semi-eixo maior
b
 b = semi-eixo menor

 f = achatamento = (a-b)/a a
 Parâmetros mais freqüentes:
“a” e “1/f” a
 Se a=b, o modelo será uma
esfera

SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA

b
a

TERRA MODELO
“Amarraçã
o”

SISTEMA GEODÉSICO

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SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA

SISTEMAS GEODÉSICOS DE
REFERÊNCIA

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Parâmetros dos principais elipsóides usados


no Brasil

MODELOS TERRESTRES
• ONDULAÇÃO GEOIDAL ou DESNÍVEL GEOIDAL

Superfície Superfície
Real Real
P P
ALTITUDE ELIPSOIDAL=h ALTITUDE ELIPSOIDAL=h
ELIPSÓIDE H=ALTITUDE
ORTOMÉTRICA
ELIPSÓIDE
N=ONDULAÇÃO GEOIDAL H=ALTITUDE
ONDULAÇÃO GEOIDAL=N
ORTOMÉTRICA

H=h-N
N é negativo  O geóide está abaixo do elipsóide
N é positivo  O geóide está acima do elipsóide

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MODELOS TERRESTRES
 ONDULAÇÃO GEOIDAL ou DESNÍVEL GEOIDAL
Normal ao Elipsóide Desvio da Vertical
Sup Topográfica
Vertical do Lugar (gravidade)

P
Geóide H
h

N
Elipsóide

SISTEMAS GEODÉSICOS DE REFERÊNCIA


DATUM HORIZONTAL
 É a referência para o posicionamento horizontal (coordenadas planimétricas)
 Determina a posição do elipsóide em relação ao geóide (vértice)

DATUM VERTICAL
• É a referência para o posicionamento das altitudes
• Cada região ou país banhado por um oceano pesquisa em sua costa
lugares onde a variação de marés é mínima
• Nestes locais são instalados instrumentos que medem a variação das
marés, denominados Marégrafos, onde um destes é escolhido como
referência (Datum de Controle Vertical)

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TOPOGRAFIA

PRINCÍPIOS DA GEODESIA ESPACIAL

Professora: Rejane Ennes Cicerelli


Email: rejaneig@unb.br

Fundamentos Posicionamento
pelo GNSS (Sistema Global de
Navegação por Satélites)

MONICO, 2008

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O QUE É GNSS
Global Navigation Satellite System (GNSS) é um termo
genérico para um conjunto de Sistemas de Navegação por
Satélite que permitem o posicionamento em uma
abrangência Global.

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MÉTODOS DE POSICIONAMENTO E EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS

Precisão: 0,50 m

Precisão RTK:
1–2 cm

Precisão Autônoma: 5 m

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STATUS GNSS
• http://mgex.igs.org/

Constelação Indiana
3 dos satélites geoestacionários
4 restantes na órbita geossíncrona

Uso da Organização Internacional de


aprimoramento do GPS
Aviação Civil (ICAO) satélites
que cobre no Japão
geoestacionários para controle de precisão
com base no tempo.
posicional em fases mais críticas do voo

VANTAGENS

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VANTAGENS
• Fácil transmissão de informação;
• Melhor relação custo benefício;

Linha de visada não é necessária!

DESVANTAGENS
• Proximidade de montanhas;

• Estruturas metálicas;

• Arvores altas;

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GPS

• GPS – Global Positioning System - Sistema de Posicionamento


Global;
• Através de uma constelação de satélites artificiais é possível obter a
localização, tempo e velocidade de um receptor GPS.

• Foi desenvolvido e é mantido e operado pelo Departamento de Defesa dos Estados


Unidos desde 1973
• Objetivo de ser o principal sistema de navegação das forças armadas americanas;

• Devido a alta acurácia proporcionada, surgiram diversos usuários


civis, em inúmeras aplicações;

GPS
• Princípio – Conhecendo as distância entre um receptor e pelo
menos 4 satélites, conhecendo também as coordenadas
desses satélites, é possível calcular as coordenadas da antena
do receptor no mesmo sistema de referência dos satélites.

• Porque 4 satélites ao em vez de 3?


• São necessários pelo menos 4 satélites devido ao não sincronismo dos
relógios do satélite e receptor – comparece a incógnita relativa ao
tempo

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DETERMINAÇÃO DA POSIÇÃO
• A partir de distâncias de vários satélites pode-se obter a
posição através de uma equação matemática;
• Uma medição fornece a posição sobre a superfície de uma esfera;
4 incógnitas:
1. Latitude O receptor está
20.000 km
2. Longitude em algum ponto
20.000 km
3. Altitude sobre a esfera
4. Tempo

São necessárias 4
equações 21.000 km

Interseção:
circunferência

DETERMINAÇÃO DA POSIÇÃO
• Na prática, 3 medições são suficientes para determinar a
posição. Um dos pontos (solução) é descartado, já que é
uma solução impossível, no espaço;

A interseção de três esferas


são só dois pontos

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DETERMINAÇÃO DA POSIÇÃO
• A quarta medição permite resolver (remover) o erro do relógio
(tempo) do receptor

A quarta medição apontará


para só um dos pontos

MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS
• Fórmula simples: distância=velocidade X Tempo
• Distância=Distância ao satélite (Pseudodistância)
• Tempo=tempo de percurso do sinal satélite-receptor
• Quando o sinal deixou o satélite?
• Quando o sinal chegou no receptor?
• Velocidade=Velocidade da Luz (≈300.000 km/s)

Tempo SV
Tempo SV

Tempo receptor

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GPS
• NAVigation Satellite with Time And Ranging) ou como é conhecido
Sistema de Posicionamento Global (GPS)
• O GPS foi declarado operacional em 1995, com 24 satélites em
órbita, mas desde 1993 já estava sendo utilizado no
posicionamento geodésico.

GPS
• O sistema proporciona dois tipos de serviços:
• SPS (Standard Positioning Service);:
• Serviço de posicionamento e tempo padrão disponível para todos os
usuários do globo, sem cobrança de qualquer taxa. Até o dia 10 de Maio
de 2000 o nível de acurácia era limitado pela SA (Selective Availability -
Disponibilidade Seletiva);
• Para grande surpresa da comunidade usuária, essa técnica de
deterioração da acurácia foi abolida do sistema às 0 h TU do dia 2
de Maio de 2000, melhorando a acurácia em torno de 10 vezes.

• PPS (Precise Positioning Service).


• Restrito para uso dos militares e usuários autorizados.

• O GPS é composto por 3 segmentos: espacial, de controle e de


usuários.

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GPS – SEGMENTO ESPACIAL

GPS – SEGMENTO ESPACIAL

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GPS – SEGMENTO ESPACIAL


• O segmento espacial consiste de:
• Mínimo 24 satélites;
• Nos últimos anos a constelação está sendo mantida com 31 satélites;
• Seis planos orbitais igualmente espaçados;
• Altitude aproximada de 20200 km.
• Planos orbitais inclinados 55° em relação ao equador;
• Sistema de referência WGS84;
• Período orbital de aproximadamente 12 horas siderais;
• A posição dos satélites se repete, a cada dia, aproximadamente quatro minutos
antes que a do dia anterior;
• Garantia de, no mínimo, 4 satélites GPS visíveis em qualquer local da superfície
terrestre, a qualquer hora, independente das condições Climáticas.
• Todos os satélites transmitem na mesma frequência, mas podem ser identificados
pelo código exclusivo de cada satélite.
• Concepção original: 4 tipos de satélites fizeram - satélites do Bloco I, II, IIA e IIR.

GPS – SEGMENTO ESPACIAL


• Bloco 1 – protótipos - 11 satélites - o último satélite foi
desativado no final de 1995.
• Blocos II e IIA (‘A’ Advanced) - compostos por 28 satélites,
primeira e segunda geração de satélites GPS.
• 9 do blocoII  Lançados de 1989 a 1990;
• 19 do bloco IIA Lançados de 1990 a 1997;
• Agosto de 2013 - 8 satélites do bloco IIA permanecem na
constelação GPS, dois satélites com mais de 20 anos.

• O primeiro satélite pesava mais de 1500 kg, com custo


estimado em 50 milhões de dólares americanos.

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GPS – SEGMENTO ESPACIAL


• Bloco IIR (‘R’ Replenishment) - terceira geração – objetivo
de substituir os satélites do bloco II/IIA
• 13 satélites;
• Lançamentos de 1997 a 2004;
• Agosto de 2013 – 12 satélites em operação.

• Bloco IIR(M) (‘M’ Modernized) – Novos sinais civis e


militares
• 8 satélites;
• Lançamentos de 2005 a 2009;
• Em Agosto de 2013 – 7 satélites em operação;

• Em 09/2005 foi lançado o primeiro satélite modernizado


com código civil na portadora L2 (L2C).

GPS – SEGMENTO ESPACIAL


• Bloco IIF (‘F’ Follow-on) - Existencia da terceira portadora – L5
• 12 satélites;
• Primeiro lançamento em Maio de 2010;
• Agosto de 2013 – 4 satélites em operação (último em 15/05/13).

• Bloco III – Em desenvolvimento, será o novo bloco de satélites


GPS com lançamentos realizados em 2014
• Melhorias na Confiabilidade, Acurácia e Integridade.

GPS III - construção


• http://www.lockheedmartin.com/us/products/gps.html
• http://www.gps.gov/systems/gps/space/

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https://www.glonass-iac.ru/en/GPS/index.php

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SINAIS GPS
• Cada satélite GPS emite 2 ondas portadoras: L1 eL2 .
• Os satélites GPS do bloco IIF enviam também a portadora L5;
• São geradas a partir da frequência fundamental de 10,23 MHz.
• L1 = 154*10,23 = 1575,42 MHz e λ de aproximadamente19 cm
• L2 = 120*10,23 = 1227,60 MHz e λ de aproximadamente 24 cm
• L5 = 115*10,23 = 1176,45 MHz e λ de aproximadamente 25,5 cm

• Com L1 e L2 é possível corrigir os efeitos da refraçãoionosférica no


posicionamento (observável Ion Free).

SINAIS GPS

 Protegido

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SINAIS GPS – MENSAGEM DE NAVEGAÇÃO


• Cada satélite transmite um conjunto de dados chamados Mensagem de Navegação:

• Efemérides (informações dos parâmetros orbitais)


• correções dos relógios dos satélites
• Saúde dos satélites, etc.
• Parâmetros orbitais: para cálculo das posições dos satélites para fins de posicionamento;
• Almanaque dos satélites: para cálculo aproximado das posições dos satélites - para fins de
planejamento de missão GPS;
• Modelos da ionosfera.

• Penetram nevoeiros, chuvas, nevascas, poeiras e tempos instáveis.

• Não consegue atravessar matas densas (absorvido pelas folhas das árvores) e sólidos que
possuam alguns centímetros de espessura.

GPS – SEGMENTO DE CONTROLE


• Estação de controle principal (Master Control Station) –
localizada no Colorado.
• Comanda e controla a constelação GPS .
• Gera e atualiza as mensagens de navegação e assegura a saúde e acurácia
dos satélites.

• Estações monitoras (Monitor Stations) – 16 estações.


• Rastreia as observações dos satélites e envia para a estação
• principal;
• Coleta dados atmosféricos, medidas de fase e distância e sinais de
navegação.

• Antenas (ground antennas)


• Usadas para se comunicar com os satélites
• GPS com propósito de comando e controle.

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GPS – SEGMENTO DE CONTROLE

GPS – SEGMENTO DO USUÁRIO


• Composto pelo conjunto dos receptores GPS, destinados aos
diversos fins.

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GPS – SEGMENTO DO USUÁRIO

GPS – SEGMENTO DO USUÁRIO

• Desapropriação
• Geologia
• Saneamento
• Energia
• Meio-ambiente
• Interferências

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GPS – SEGMENTO DO USUÁRIO

GPS – SEGMENTO DO USUÁRIO


• Meça um ponto mesmo com o bastão inclinado até 15°.

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GPS – SEGMENTO DO USUÁRIO


• Diferentes tipos de antenas e receptores.
• Podem permitir a recepção de sinal de uma ou duas ondas
portadoras (L1 ou L1/L2).
• Mais recentemente da L5 também.
• Podem rastrear GPS, GPS+GLONASS ou GPS+GLONASS+GALILEO.

SEGMENTO DO USUÁRIO
• Receptores:

• Código C/A;

• Código C/A e portadora L1;

• Código C/A e portadora L1 e L2;

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O SISTEMA GLONASS
 O GLONASS (Global’naya Navigatsionnay Sputnikovaya Sistema – Sistema de Navegação Global
por Satélite)
 Desenvolvido pela ex-URSS , no início dos anos 70, sendo atualmente mantido pelo governo
russo através da Russian Federation Space Force.
 O sistema também apresenta os códigos C/A e P.
 Frequências Portadoras: L1 e L2
 O sistema GLONASS é estruturado em três segmentos: espacial, usuário e controle
 O GPS e o GLONASS possuem características semelhantes, tanto no que se refere aos
aspectos orbitais quanto aqueles de controle terrestre, fato que possibilita a sua utilização
para os mesmos tipos de aplicação.
 GLONASS são referidas ao sistema de referência PZ-90 (Parametry Zemli 1990).
 Quantidade de planos orbitais (6 para o GPS e 3 para o GLONASS)

O SISTEMA GLONASS

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GLONASS X GPS

GALILEO

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GALILEO

16 Satélites em operação

Galileo reference frame (GTRF)

• Houve o lançamento de 4 satélites Galileo no dia 17/11/16. O lançamento foi realizado na Guiana
Francesa.
• aumentou assim para 18 a sua cobertura.
• Em 2017 e 2018 estão previstos mais dois voos do Ariane 5 que colocarão em órbita os satélites que
faltam na constelação Galileo.

https://www.gsc-europa.eu/system-status/Constellation-Information
http://gpsworld.com/galileos-begin-launcher-hardware-integration-for-nov-17-launch/

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GALILEO  Será um sistema de navegação global por satélite próprio


da Europa, que fornecerá um serviço altamente exato,
garantido sob o controle civil. Será compatível com GPS
e GLONASS, oferecendo duplas frequências como padrão.

 O sistema completo terá 30 satélites (27 + 3


sobressalentes operacionais), posicionados em três
planos médios circulares da órbita da terra (MEO –
Medium Earth Orbits) em 23.616 km de altitude, e em
uma inclinação dos planos orbitais de 56o em referência
ao plano equatorial.

 A integração GPS e GLONASS inclui o Galileo no sistema


de navegação global (GNSS) que, com um maior número
de satélites, permitirá a determinação de posições
exatas para a maioria de lugares na terra, inclusive onde
hoje existe a obstrução do sinal;

 Galileo Terrestrial Reference Frame(GTRF)

Sistema BEIDOU (COMPASS) (2020)

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SISTEMA BEIDOU (COMPASS) (2020)

• Definido oficialmente como uma das “indústrias estratégicas


emergentes” da China, sua meta para 2020 é prestar serviços
globais de posicionamento, navegação e cronometragem,
com 35 satélites. Quer dizer, disputar o mercado global com os
outros sistemas.
• trinta deles localizados em órbita média, enquanto que os cinco
restantes serão geoestacionários.

O SISTEMA GNSS

 O atual GNSS é o resultado da junção dos sistemas GPS, GLONASS


e GALILEO, com a finalidade de garantir melhoria na geometria,
disponibilidade para todas as regiões do globo terrestre,
integridade e confiança aos usuários.
1. A geração GNSS-2 resultará num sistema completamente
novo, com nova tecnologia para os satélites e os meios de
comunicação. Nesta geração serão incluídos os satélites do
Bloco IIF do GPS e o GALILEO. O controle deste sistema será
realizado por uma comissão civil internacional visando a
atender a comunidade civil.

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CARACTERÍSTICAS DOS SINAIS GNSS


• Uma das boas ideias do GNSS:
• Usar o mesmo código no satélite e no receptor;
• Sincronizar satélite e receptor, gerando o mesmo código ao mesmo
tempo;
• Quando o código chega do satélite, se conhece quanto tempo atrás o
receptor gerou o mesmo código.

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OBSERVÁVEIS GNSS

- Medida baseada no código C/A (pseudodistância): Diferença entre o


tempo registrado no receptor no instante da recepção do sinal e o
tempo registrado no satélite no instante de transmissão do sinal,
multiplicado pela velocidade da luz

- Medida baseada na onda portadora (medida de fase):


- Muito mais precisa que a pseudodistância
- Fase de batimento da onda portadora
- Os receptores medem a parte fracional da portadora e efetuam a contagem do número
de ciclos que entram no receptor.

OBSERVÁVEIS GNSS
Medida baseada na onda portadora (medida de fase):

t2
t3
Fp
λ
t1 λ Ciclo Fase
..
.

Fc λ F

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ERROS ENVOLVIDOS NO GNSS


• Satélite: Erro de órbita, relógio,
centro de fase da antena do
satélite..;
• Propagação do Sinal: Refração
troposférica e ionosférica,
perdas de ciclo, multicaminho...
• Receptor/Antena: Erro do
relógio, erro entre os canais,
centro de fase da antena do
receptor;
• Estação: Erro nas coordenadas,
multicaminho, marés terrestres,
movimento do polo....

DILUIÇÃO DA PRECISÃO - DOP


• Um indicador da estabilidade na posição resultante.
• DOP depende da geometria da constelação;
• DOP é um fator multiplicativo que reflete o ruído da medição aos satélites (input)
no ruído da solução (output);
• Menor DOP => posição mais precisa;
• Maior DOP=> posição menos precisa
• Em levantamento PDOP e RDOP são mais importantes
• PDOP=DOP da posição – referido à geometria instantânea dos SV’s
• RDOP=DOP relativo – Referido à mudança da geometria dos SV’s no período de
observação;

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DILUIÇÃO DA PRECISÃO - DOP


• Posição relativa dos satélites podem produzir erros;
PDOP BOM PDOP RUIM

6 seg
4 seg
pseudorange pseudorange

posicionamento
posicionamento disperso
representado por um
quando os satélites são
quadrado
próximos

DILUIÇÃO DA PRECISÃO - DOP

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MÉTODOS DE POSICIONAMENTO
• O posicionamento, que consiste da determinação da posição de objetos
em repouso (estático) ou em movimento (cinemático), na superfície
terrestre ou próximo a ela, utilizando GPS, pode ser realizado na forma
absoluta, relativa ou DGPS. Pode então ser classificado em:
• Posicionamento absoluto (ou por ponto), quando as coordenadas estão associadas
diretamente ao geocentro;
• Posicionamento relativo: no caso em que as coordenadas são determinadas com
relação a um referencial materializado por um ou mais vértices com coordenadas
conhecidas;
• DGPS, um receptor GPS é posicionado numa estação de referência onde são
calculadas correções de coordenadas ou de pseudodistâncias, que são transmitidas
para o usuário da estação a ser posicionada em tempo real;

POSICIONAMENTO ABSOLUTO OU POR PONTO


• Apenas um receptor;
• • Pseudodistância (por Código) ou
• • Fase da onda portadora ou
• • Fase da onda portadora e Pseudodistância

• Navegação de baixa precisão e em levantamentos expeditos


–Código C/A – efemérides transmitidas (WGS84-GPS; PZ90
GLONASS);  GPS de Navegação
• PPP: Posicionamento por Ponto Preciso: efemérides precisas e
as correções dos relógios, com dados da fase da onda
portadora (ITRF);
• Serviço IBGE (Geodetic Survey Division of Natural Resources of Canada
(NRCan).)

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POSICIONAMENTO ABSOLUTO OU POR PONTO

• Pode ser por: ƒ

• Por ponto (simples) Utiliza efemérides transmitidas Referencial vinculado


ao WGS84 ƒ

• Por ponto preciso (PPP) Utiliza efemérides e precisas e correções do


relógio Referencial vinculado ITRF2005

POSICIONAMENTO ABSOLUTO OU POR PONTO

Variação da precisão em função do tempo Variação da precisão em função do tempo no


no processamento IBGE-PPP com L1. processamento IBGE-PPP com L1&L2 (L3).

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POSICIONAMENTO RELATIVO
• Posição de um ponto determinada com relação à de
outro, cujas coordenadas são conhecidas.
• As coordenadas dos pontos conhecidos devem estar
referenciadas em WGS84 ou compatível (SIRGAS2000,
ITRF2000, ITRF2005, etc).
• Os elementos que compõem a linha de base, ou seja,
∆X, ∆Y, ∆Z, são estimados e, ao serem acrescentados
às coordenadas da estação referência,
proporcionam as coordenadas da estação desejada.
• Métodos: Estático, Estático-rápido, cinemático e semi-
cinemático e etc.
• Fase da onda portadora é indispensável

POSICIONAMENTO RELATIVO
• minimiza as fontes de erro através da diferença
entre observações recebidas simultaneamente
por receptores que ocupam duas estações.
• Em condições de ionosfera “calma”, os erros
atmosféricos e de órbita dos satélites são
praticamente eliminados em levantamentos
envolvendo linhas de base com até 10 km,
proporcionando inclusive a solução das
ambigüidades.
• Uso da RBMC
• L1 – até 20 Km
• L1/L2 – 50 Km com tempo de três horas de observação

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POSICIONAMENTO RELATIVO
• Método Relativo Estático:
• L1 ou L1/L2
• 20 minutos até várias horas
• Dados normalmente gravados a cada 15 segundos – taxa
de sincronismo;
• Uma ocupação (estação) por arquivo de dados;
• No caso de linhas de base maiores que 10 km
recomenda-se a utilização de receptores de dupla
frequência, bem como a utilização de efemérides e do
erro do relógio do IGS.
• Uso da Fase da Onda Portadora e pseudodistância no
pré-processamento (estimar o erro do relógio do
receptor);

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POSICIONAMENTO RELATIVO
• Método Relativo Estático Rápido:
• L1 ou L1/L2
• Tempo de observação entre 5 a 20 minutos.
• Não há necessidade de rastrear durante o deslocamento
entre as estações o que permite desligar o receptor
• Linhas de base de até 10 km;
• Ocupação múltipla é possível num só arquivo de dados;
• Este tipo de posicionamento é adequado quando se
deseja alta produtividade e como alternativa ao método
semicinemático em locais onde há muitas obstruções,
pois o receptor móvel é desligado entre as sessões de
coleta

POSICIONAMENTO RELATIVO
• Método Relativo Semicinemático (Stop and go):
• L1 ou L1/L2
• Tempo de observação entre 5 a 20 minutos.
• Entendida como um estágio de desenvolvimento
intermediário entre o posicionamento relativo estático e
cinemático.
• Ocupação múltipla é possível num só arquivo de dados;
• A técnica conhecida como stop and go está inserida
nesta categoria. Esta técnica de posicionamento é similar
ao estático-rápido, onde o diferencial está no tempo de
permanência em cada estação e na necessidade do
receptor permanecer ligado durante todo o período do
levantamento.
• Deve-se manter o sinal de no mínimo 2SV’s o tempo todo, ou
reocupar uma base (dx,dy,dz) conhecida;

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POSICIONAMENTO POR DGPS


• Receptor estacionado em uma estação de referência.
Diferenças são calculadas, quer entre as coordenadas
estimadas (PPP) e as conhecidas, quer entre as
pseudodistâncias observadas e as determinadas a partir
das posições dos satélites e da estação;
• Precisão na ordem de 0,5 a 3 metros.
• Capacidade em tempo real e pós-processado

• Diferença para o Posicionamento Relativo: O DGPS aplica


as correções na estação base, enquanto o relativo há um
vetor ligando as duas estações;
• No DGPS e no relativo, as correções deterioram-se com o
afastamento em relação à estação base (máximo 200
km). (Aprimoramento WADGPS - Rede)

RTK E DGPS
• O conceito de posicionamento pelo RTK (Real Time Kinematic)
e DGPS (Differential GPS) baseia-se na transmissão
instantânea de dados de correções dos sinais de satélites
do(s) receptor(es) instalado(s) no(s) vértice(s) de referência
ao(s) receptor(es) que percorre(m) os vértices de interesse.
• Desta forma, proporciona o conhecimento instantâneo
(tempo real) de coordenadas precisas dos vértices
levantados.
• RTK – Fase da onda portadora
• DGPS - Pseudodistância

• O RTK convencional os
dados são transmitidos
por meio de um link de
rádio;

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RTK E DGPS
• O RTK em rede tem-se uma rede de estações de referência - RBMC

RTK E DGPS Solução RTK GNSS


Base NetR9
Transmissão de Dados
CMR/CMR+
Antena GNSS
Download e
Armazenamento de
Dados para Pós-
Rádio HPB450 Processamento.

Internet

Geração e Armazenamento de
TCP/IP

dados

Tecnologia Ntrip
e VRS integrada.

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RTK E DGPS Solução RTK GNSS


Base NetR9

PRECISÃO DAS TÉCNICAS DE


POSICIONAMENTO

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ORIENTAÇÕES
• Coletar os dados de forma contínua;
• Locais sem interferências que possam acarretar em
perdas de ciclo;
• Evitar superfícies ao redor da antena que possam
provocar multicaminho;
• Evitar abalos na estrutura de suporte da antena;
• Seguir as instruções contidas no manual do
equipamento; e
• Outros.

TRABALHO – T6
• 1) PPP online IBGE – A partir do arquivo Rinex obtido em campo com um
receptor geodésico de simples frequência, realizar o PPP online a partir do
site do IBGE. Apresentar o arquivo e um relatório com a explicação dos
itens do documento gerado pelo PPP online.
• Altura da antena do equipamento: XXX
• Tipo da Antena: Desconhecido

• 2) Coletar coordenadas com GPS de navegação dos vértices de uma


poligonal, inserir os pontos no Google Earth PRO.
• Apresentar printscreen da representação do polígono e pontos representados
• Calcular área e perímetro;
• As coordenadas deverão ser obtidas em sistema de projeção UTM, fuso 23, Sistema de
referência WGS 84.

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Monografia dos Marcos – TOP11

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REFERÊNCIAS
• MENESES, P. M. L.; FERNANDES, M. C. Roteiro de Cartografia.
Oficina de textos, 2013
• MONICO, J. F. G. Posicionamento pelo GNSS – Descrição,
fundamentos e aplicações. Unesp. 2008, 476 p.
• Material de ensino da Professora Daniele Barroca Marra Alves

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