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P
Ana Bárbara Lins de Macêdo rocesso de software é o conjunto Espiral, Modelo de Ciclo de Vida Associado ao RUP.
Engenheira Eletrônica com especialização em de atividades que constituem o
Telecomunicações (UFBA) e formação anterior
desenvolvimento de um sistema Para que serve?
em Informática (UCSal). 8 anos de experiência
profissional na indústria automotiva traba- computacional. Estas atividades são O ciclo de vida é a estrutura contendo processos, ati-
lhando para Ford Motor Company na área de agrupadas em fases, como: definição de vidades e tarefas envolvidas no desenvolvimento,
engenharia de desenvolvimento de produtos, requisitos, análise, projeto, desenvolvi- operação e manutenção de um produto de software,
mais especificamente, 2 anos na área de inte- mento, teste e implantação. abrangendo a vida do sistema, desde a deinição de
gração de esforços do times de engenharia e
Em cada fase são definidas, além das seus requisitos até o término de seu uso.
6 anos trabalhando na área responsável pela
rede intraveicular (comunicação digital entre suas atividades, as funções e responsa-
módulos eletrônicos e diagnose veicular). bilidades de cada membro da equipe, e Em que situação o tema é útil?
6 anos adicionais de experiência prévia em como produto resultante, os artefatos. O modelo de ciclo de vida é a primeira escolha a ser
Informática como Analista de Sistemas de O que diferencia um processo de sof- feita no processo de software. A partir desta esco-
software para aplicações em internet, finan-
tware do outro é a ordem em que as fases lha deinir-se-á desde a maneira mais adequada
ças, comerciais e vendas. Atualmente está
cursando Pós-Graduação em Engenharia de vão ocorrer, o tempo e a ênfase dados a de obter as necessidades do cliente, até quando e
Software na Faculdade Ruy Barbosa. cada fase, as atividades presentes, e os como o cliente receberá sua primeira versão opera-
produtos entregues. cional do sistema.
Rodrigo Spínola Com o crescimento do mercado de
rodrigo@sqlmagazine.com.br
software, houve uma tendência a repeti-
Doutor e Mestre em Engenharia de Software
pela COPPE/UFRJ.
rem-se os passos e as práticas que deram ISO/IEC 12207:1998, o ciclo de vida é a
Diretor de Operações – Kali Software certo. A etapa seguinte foi a formaliza- “Estrutura contendo processos, ativida-
(www.kalisoftware.com) ção em modelos de ciclo de vida. des e tarefas envolvidas no desenvolvi-
Editor Chefe – SQL Magazine | WebMobile | Em outras palavras, os modelos de ciclo mento, operação e manutenção de um
Engenharia de Software Magazine de vida são o esqueleto, ou as estruturas produto de software, abrangendo a vida
Professor do Curso de Pós-Graduação em
Engenharia de Software da Faculdade Ruy
pré-definidas nas quais encaixamos as do sistema, desde a definição de seus
Barbosa. fases do processo. De acordo com a NBR requisitos até o término de seu uso.”
Modelo em V
Neste modelo, do Ministério de Defesa
da Alemanha, 1992, o modelo em cascata
é colocado em forma de “V”. Do lado es-
querdo do V ficam da análise de requisitos
até o projeto, a codificação fica no vértice e
os testes, desenvolvimento, implantação e
manutenção, à direita, conforme Figura 2.
A característica principal desse modelo,
que o diferencia do modelo em cascata, é a
ênfase dada à verificação e validação: cada
fase do lado esquerdo gera um plano de
teste a ser executado no lado direito.
Mais tarde, o código fonte será testado,
Figura 1. O modelo em cascata do mais baixo nível ao nível sistêmico
Prototipagem
Prototipagem é a construção de um exemplar
Figura 5. Ciclo de vida RAD do que foi entendido dos requisitos capturados
A iteração no RUP tem por objetivo minimizar os riscos. de Ferramentas”, que explicam o uso da ferramenta para
Como pode ser visto na Figura 9, a iteração pode acontecer executar a atividade. Os artefatos de cada fase (documentos,
dentro de cada fase, gerando incrementos, ou em todo o proces- modelos, códigos, etc.) são criados, juntamente com templates
so. Por exemplo, dentro da concepção, a iteração pode ocorrer e exemplos, para melhor entendimento da equipe e do cliente
até que todos os requisitos sejam perfeitamente entendidos. (ver Figura 10).
O plano de iterações identificará quais e quantas iterações são Os templates também ajudam no gerenciamento, pois definem
necessárias durante o processo. o que precisa ser executado. Servem também como guia para que
Em geral, essas fases demandam esforço e programação dife- as boas práticas de especificação de projeto não sejam esquecidas
rentes. Para um projeto de médio porte, de acordo com o fabri- no processo de desenvolvimento daquele software.
cante será seguida a distribuição apresentada na Tabela 1. Assim, toda a preocupação dada pelo RUP em disciplinar o
O RUP usa templates que descrevem o que é esperado no processo através de frameworks, guias, templates, faz com que
resultado de cada fase ou cada iteração IBM, 2004 , identii- haja uma melhor alocação de pessoas na equipe, padronização
cando as competências e responsabilidades arquiteto, analista, do sistema, visão concreta do andamento do projeto.
testador,... , as atividades e os artefatos. A escolha do RUP deve ser feita por empresas de software
Para descrever as atividades (codificação de uma classe, com prévia experiência, pois a definição de framework, templa-
integração de sistemas,...) o RUP faz o uso de manuais (gui- tes, guias, métodos, entre outros, demandam tempo e exigem
delines), que descrevem técnicas e heurísticas; e de “Mentores aderência às boas práticas de processo de software.
Referências
Finalizando este artigo sobre os modelos de ciclo de vida A Engenharia de Software Magazine tem que ser feita ao seu gosto.
sobre e
de software, segue uma tabela comparativa das principais Para isso, precisamos saber o que você, leitor, acha da revista!
s
ta
edição
características que devem ser observadas antes de escolher o Dê seu voto sobre este artigo, através do link:
ciclo ou os ciclos de vida a serem adotados (ver Tabela 2). www.devmedia.com.br/esmag/feedback