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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

Curso: Agronomia (Turma A)


Disciplina: Topografia e Cartografia Docente: Almir Stephan Almeida
Discente: Wellington dos Santos Silva (2016008200)

1. Realizar pesquisa sobre a Topografia no Georeferenciamento de Imóveis


Rurais ( Lei 10.267/01); como se dá sua execução atendendo as normas e
fazendo uma relação com a modernidade: equipamentos novos e avançados,
assim como métodos novos.

Em uma área de produção ou florestal, seja pública ou privada, é fundamental que haja
um controle e o monitoramento de sua área, que são os seus imóveis. O mapa dispensa
justificativas, pois é um instrumento de trabalho para a fiscalização, para o
planejamento de atividades e gerenciamento, deve-se realizar o georreferenciamento da
propriedade rural, através de medições angulares, lineares e de desníveis, medidores de
distância e níveis em suas varias combinações e cálculos, para fins de cadastro e
certificação. Aplicando os conhecimentos teóricos e práticos de topografia.

A Lei 10.267/01 levou a criou o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais, que unifica
diferentes cadastros de vários órgãos governamentais brasileiros. Esse novo sistema
cadastral tem uma componente gráfica em que os limites do imóvel rural são
georreferenciados ao Sistema Geodésico Brasileiro. O processo de georreferenciamento
deve ser validado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e realizado
conforme a Norma Técnica de Georreferenciamento de Imóveis Rurais, hoje em sua
terceira edição. Destacase que o georreferenciamento dos vértices que definem os
imóveis rurais auxilia no combate a fraudes imobiliárias e, inclusive, pode também
contribuir a questões relacionadas a segurança nacional, visto que os imóveis rurais têm
sua posição geográfica definida de forma inequívoca propiciando, por exemplo,
verificar a localização destes na Faixa de fronteira e também se extinguindo assim de
velhos problemas nacionais como a grilagem e sobreposição de terras e também
atestando que a uma grande necessidade de cuidados específicos para a correta
realização de projetos em determinadas áreas, seguindo os passos que são:

1. Planejamento: que é feito com a análise da documentação e legislação vigente,


realização de consultas aos órgãos envolvidos e a definição de como realizar o
georreferenciamento;
2. Demarcação: que é realizada com o reconhecimento dos limites da área,
levando em consideração os padrões da Norma Técnica de Georreferenciamento
para realizar a monumentação e codificação dos vértices;
3. Medição: que ocorre com o transporte das coordenadas dos marcos do IBGE até
cada vértice, utilizando também os métodos e precisões estabelecidas pela
Norma Técnica para Georreferenciamento;
4. Relatório: que é elaborado com a descrição dos trabalhos realizados, com os
resultados atingidos e a geração dos produtos finais (como planta, memorial
descritivo e arquivos de controle), além do requerimento de certificação;
5. Certificação: que ocorre quando o processo estiver realizado (com o devido
acompanhamento do INCRA), realizando a certificação para o encaminhamento
junto ao Registro de Imóveis.

Para a etapa de medição é necessário, que seja indicado a identificação e


reconhecimento dos limites do imóvel rural demarcado. Com essa identificação irá
assegurar que o profissional não cometerá erros no trajeto a ser percorrido durante a
medição. O processo de identificação dos limites do imóvel deverá ser iniciado com
uma rigorosa avaliação da sua documentação, especialmente a descrição imobiliária do
Registro de Imóveis e a documentação técnica existente no INCRA, sobretudo
eventuais coordenadas já determinadas e certificadas por essa Autarquia (INCRA,
2010).
Os vértices iguais entre os limitantes e deverá ser mantida no fim dos serviços com as
localizações descritas pelo mesmo par de coordenadas, pois o vértice é todo local onde a
linha limítrofe do imóvel muda de direção ou onde existe interseção desta linha com
qualquer outra linha limítrofe de imóveis contíguos.
Ainda segundo INCRA (2010) os vértices podem ser representados de três formas
distintas, vértices tipo M, P e V.
Os vértices tipo M, contudo, os marcos materializados são aqueles em que as
coordenadas são obtidas a partir de sua ocupação física, sendo assim aterializado para
que haja uma preservação a identificação do limite no terreno.
Os vértices tipo P, ou seja os marcos não materializados, são aqueles em que as
coordenadas são obtidas a partir de sua ocupação física, está localizada na divisa do
imóvel, em casos de acidentes artificiais ou naturais, que são cursos d’água, estradas de
rodagem e de ferro, linhas de transmissão, oleoduto, gasoduto etc. Estes vértices tipo P
não precisam ser materializados no terreno, mais deve haver a ocupação física. Sendo
que esses vértices não podem existir no início e no fim de tal limite (margem do rio, da
estrada, dentre outros), sendo nos extremos desses limites utilizado um vértice tipo M
Os vértices do imóvel serão identificados, individualmente, com um código gerado pelo
responsável técnico credenciado junto ao INCRA. Sendo esse código formado por oito
caracteres, sendo os três primeiros caracteres preenchidos pelo código de
Credenciamento do responsável técnico responsável pelo georreferenciamento, o quarto
caractere será de acordo com o tipo de vértice, e os últimos quarto caracteres, serão a
numeração do vértice. Pois a certificação deve ser feita junto ao INCRA, até no que diz
respeito à entrega da planta e do memorial descritivo para a condução ao cartório de
Registro de Imóveis.
São utilizados vários tipos de tecnologias para um melhor gerenciamento da região
analisada e o levantamento topográfico para georreferenciamento de imóveis como a
aerofotogrametria, tais dados podem ser obtidos a partir da fotogrametria que
representa a criação do espaço-objeto tridimensional que se caracteriza como um
sistema de coordenadas que formam o terreno que serão obtidas imagens. Essas
coordenadas podem ser geodésicas (latitude, longitude, altura e altitude) ou cartesianas
(X,Y,Z), ou seja a fotogrametria é a obtenção de informações confiáveis por meio de
imagens obtidas por sensores. Sensores são dispositivos que detectam e registram a
radiação eletromagnética e as transformam em algum produto de interpretação, como
imagem e forma gráfica, também com o uso da topografia geodésica que utiliza
métodos e instrumentos semelhantes, porém, a Geodésia se preocupa com a forma e
dimensões da Terra, e em conjunto a Topografia são evitadas certas limitações para uma
melhor descrição de área restritas da superfície terrestre, A aplicação da Geodésia nos
levantamento topográficos é justificada quando da necessidade de controle sobre a
locação de pontos básicos no terreno, de modo a evitar o acúmulo de erros na operação
do levantamento conciliando com o uso de equipamentos tecnológicos no que resulta
em um alto rendimento.

2. Descreva os procedimentos de um “memorial descritivo”, mostrando um


exemplo.
 Exemplo de Memorial Descritivo:

“MEMORIAL DESCRITIVO
IMÓVEL RURAL LABIRISICA/ PROPRIETÁRIO JOSÉ ROMÃO
MUNICÍPIO SÃO LUIS-MA

A medição do levantamento in situ iniciou-se a partir do ponto de coordenadasUTM


605244.2379 E; 9721661.0239 N; aqui denominado M1, localizado naRua Adelman
Correa, S/N°, Bairro Tirirical, configurando o vértice de amarração relativo ao local
próximo amargem esquerda do Rio Anil. Localização do Imóvel Rural
Labirisica.“Deste vértice segue no azimute 117° 22’ 43”, distância aproximada
de105.0244 m, até atingir o M2, nas coordenadas UTM 605244.2379 E;9721661.0239
N. Deste vértice segue no azimute 221° 08' 16", distância aproximada de158.2412 m,
até atingir o M3, nas coordenadas UTM 605244.2379 E;9721661.0239 N;Deste vértice
segue no azimute 298° 27' 58", distância aproximada de103.3674 m, até atingir o M4,
nas coordenadas UTM 605244.2379 E;9721661.0239 N. Deste vértice segue no azimute
39° 42' 37", distância aproximada de 164.5975m, até atingir o M1, nas coordenadas
UTM 605244.2379 E; 9721661.0239 N;Deste modo, consolida-se assim a poligonal
referente à Área do Imóvel RuralMeu Xodó, com aproximadamente 16.792 m²
(Dezesseis mil setecentos enoventa e dois metros quadrados) ou 1,6 ha (Um vírgula seis
hectares).Todas as coordenadas aqui descritas estão georreferenciadas ao
SistemaGeodésico Brasileiro e encontram-se representadas no Sistema de ProjeçãoUTM
(Universal Transversa de Mercator). Fuso – 23M, referenciadas ao Meridiano Central
de 45°, tendo como DatumHorizontal o SIRGAS – 2000 (Elipsóide: GRS-80/ Sistema
de ReferênciaGeocêntrico das Américas). Todos os azimutes e distâncias foram
calculadosno plano de projeção UTM.
São Luis-MA, 26/09/2012.”
Referente à descrição do perímetro a redação da referida Norma inicia da seguinte
forma: “O Memorial Descritivo é o documento relativo ao imóvel rural, que descreve o
perímetro e indica as confrontações e sua área, de acordo com dados técnicos
determinados em campo (...), segundo as especificações a seguir:
1. Transcrição dos dados relativos ao perímetro, confrontações e área, em escrita
corrente, sem rasuras, preenchidos os espaços em branco da descrição, guardando
absoluta identidade, com aqueles lançados na respectiva Planta do Imóvel;
2. Desenvolvimento da descrição do perímetro e confrontações no sentido direto
(sentido horário), a partir do ponto situado na posição mais ao norte da área descrita,
indicando as coordenadas UTM referenciadas ao Meridiano Central (MC) da região,
tendo como referencial planimétrico o Datum SAD-69 além da identificação do vértice
do SGB mais próximo, adotado como referência e suas respectivas coordenadas;
3. Os lados do perímetro e as confrontações são caracterizados pelos seus
comprimentos reduzidos ao plano UTM e seus respectivos azimutes planos;
4. Descrever as confrontações, conforme desenvolvimento da descrição do perímetro do
imóvel, não sendo necessário repetir os confrontantes em comum a cada lado do
desenvolvimento;
5. A descrição deverá conter ainda os azimutes, seguidos das respectivas distâncias e as
coordenadas N e E, no Sistema UTM, de todos os vértices, separando cada lado descrito
por ponto e virgula;
6. Os córregos e rios devem ser descritos na forma de pequenos segmentos de reta, com
azimutes, distâncias e as respectivas coordenadas dos pontos extremos de cada
segmento, de forma que o seu desenvolvimento fique perfeitamente caracterizado. É
necessário indicar ainda se o imóvel se desenvolve pela margem direita ou esquerda do
curso d’água e se a jusante ou a montante;
7. Ao se confrontar com estradas federais, estaduais ou municipais a descrição do
perímetro deverá se desenvolver pelo respectivo limite da faixa de domínio da estrada,
seguindo o mesmo princípio adotado para a descrição de rios e córregos, desde que
exista reconhecimento sobre o domínio desta porção do imóvel rural para o governo
federal, estadual ou municipal.

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