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Parte de uma palestra do Prof. Dr. Clovis de Barros Filho sobre autodescobrimento,
felicidade e viver uma vida que vale a pena ser vivida
https://www.youtube.com/watch?v=UXBF1ZkdIQI
Objetivo da aula: Apresentação geral da disciplina, professor e alunos. Ter ciência dos
procedimentos de avaliação práticos e teóricos que serão realizados ao longo do semestre.
Exercícios de revisão para teste de “nivelamento” da turma. Conhecer o plano diretor do
município onde reside e interpretar as informações contidas nele.
Definição:
A palavra "Topografia" deriva das palavras gregas "TOPOS" (LUGAR) e
"GRAPHEN" (DESCREVER), o que significa a descrição exata e minuciosa de um lugar.
Finalidade:
A topografia tem por finalidade determinar o contorno, dimensão e posição relativa
de uma porção limitada da superfície terrestre, do fundo dos mares ou do interior de minas,
desconsiderando a curvatura resultante da esfericidade da Terra. A topografia é a ciência
que estuda uma área de terra limitada, e pode constar de um Memorial Descritivo, onde
conseguem elementos que permitam formar idéias da área descrita, ou pode estar contida
de modo convencional em uma folha de papel chamada, então, Planta Topográfica.
Compete ainda à Topografia, a locação, no terreno, de projetos elaborados de Engenharia.
Generalidades:
A topografia teve início no antigo Egito as margens do Rio Nilo, devido as cheias
destruírem os limites das terras e as necessidades de novas demarcações, levantamentos
cadastrais e avaliações de áreas rurais. A partir daí foram desenvolvidas técnicas que
possibilitaram a restituição das áreas inundadas, chegando hoje com equipamentos
eletrônicos modernos utilizando-se de automação para a segurança e rapidez dos
levantamentos e estudos.
Assim podemos dizer que a topografia é uma ciência aplicada na geometria e na
trigonometria, de âmbito restrito, pois é um capitulo da geodésia, que tem por objetivo o
estudo da forma e dimensões da terra.
A topografia como ciências, fornece os meios necessários à completa descrição
(caracterização) de um terreno, possibilitando as seguintes determinações: forma de
contorno do terreno, dimensões, posicionamento relativo, tanto das linhas do contorno,
como de todos os objetos significativos que se encontram à superfície do terreno, cálculo e
construção da planta do terreno (porção limitada da superfície de nosso planeta).
Os meios a que nos referimos, constituem-se basicamente, no desenvolvimento de
fundamentos teóricos, de processos de medição no campo, de tecnologia para construção
de instrumental topográfico, além de um elenco de normas e procedimentos para confecção
das plantas topográficas.
É fácil entender que a topografia atua somente em áreas de dimensões restritas
(pequenas relativamente), cujo interesse maior é a definição dos limites (contorno) e o
conhecimento da grande maioria dos objetos situados no interior dessa área e também
aqueles objetos localizados exteriormente, porém nas proximidades do contorno.
Os objetos a que nos referimos constituem o que si designa por detalhe planimétrico.
Exemplificando: edificações, cercas, rios, áreas cultivadas e benfeitorias em geral, córregos,
vales, espigões, postes, pontes, viadutos, estrada de rodagem, ferrovias, açudes, linhas
telefônicas, linhas de transmissão de energia elétrica, linhas de adutoras de água, redes
coletoras de esgotos sanitários, galerias de águas pluviais, aeroportos etc. São detalhes
planimétricos.
Importância da Topografia:
Analisando as etapas da construção civil pode-se constatar que esta atividade está
envolvida no desenvolvimento principalmente urbano e social. O construtor tem a idéia de
adquirir uma propriedade para nela construir um empreendimento imobiliário. A primeira
coisa que o construtor deverá fazer é solicitar um serviço de levantamento plani-altimétrico
cadastral do terreno. O levantamento topográfico não serve somente para se ter à certeza
da metragem de uma determinada área, é muito mais do que isso, em mãos do
levantamento plani-altimétrico, o construtor terá como avaliar não somente o preço, como
também se o seu investimento lhe trará retorno financeiro e também constatar o que sobrará
de área para construir levando em conhecimento as Leis do regem o plano diretor de seu
município. Um exemplo é se o cliente vai comprar um imóvel urbano com o lote de 15m x
35m que possui um córrego o qual passa pelos fundos da área. Com a posse de um
levantamento topográfico o cliente tem condições de saber que poderá construir em um raio
de 15m afastado do córrego, outro parâmetro de se levar em conta é o plano diretor, o qual
traz a informação que a área de construção deverá ter mais um recuo na calçada e mais
uma área verde de 5m na parte frontal do terreno. Chegamos à conclusão de que o terreno
com 35m de comprimento vai passar a ter somente 15m disponível para obras de
construção ou até menos dependendo das diretrizes que regem o plano diretor de seu
município. Neste sentido o cliente evita um investimento de grande valor por um que lhe
auxilie na tomada de decisão, que proporciona uma visão mais ampla em relação à compra,
assim o cliente pode informações que sejam relativamente de baixo custo.
A verificação da real geometria e altimetria do terreno também trazem segurança ao
engenheiro ou arquiteto que for realizar um estudo de massa. Um levantamento topográfico
bem apurado deverá considerar todos os elementos existentes no local, tais como: meio
fios, arruamentos internos, alinhamentos de muros e cercas, marcos demarcatórios, árvores,
caixas de drenagem, postes, ralos, edificações existentes, edificações confrontantes,
indicação do sentido do trânsito, existência de rios ou córregos próximos ao terreno, pontos
cotados, curvas de nível, taludes, rochas, etc. Portanto nós profissionais da Eng+ julgamos
que o levantamento topográfico do terreno é imprescindível antes de investir cegamente
num negócio imobiliário. Na fase de execução da obra, a topografia serve de instrumento
técnico para evitar erros, podemos citar os seguintes serviços: Demarcação dos limites do
terreno, locação de nivelamento dos furos de sondagem, demarcação do esquadro da obra,
locação de estacas, locação de pilares, nivelamento do terreno, acompanhamento das
prumadas dos pilares, nivelamento dos pisos e lajes, marcações das áreas de lazer e
jardim, etc.
Logo, ao se projetar qualquer obra de Engenharia, Agronomia ou Arquitetura, se
impõe um prévio levantamento topográfico do lugar onde a mesma deverá ser implantada.
Daí a grande importância que se dá a um levantamento ou medição topográfica que deve
ser precisa e adaptada ao terreno.
Por outro lado, para se executar as obras projetadas na planta, faz-se o transporte
dos elementos projetados para o terreno. Desta maneira, todas as medidas reduzidas do
projeto, devem ser traçadas em medidas naturais. Esta operação se chama "LOCAÇÃO".
Nesta oportunidade, também está presente a TOPOGRAFIA, cuja importância se torna
fundamental.
Em ambas as etapas, do projeto e o da construção, a TOPOGRAFIA, contribui com
os métodos e instrumentos que permitem o adequado conhecimento do terreno, e a correta
implantação da obra.
Para que se execute um desenho técnico (planta de um terreno, por exemplo), além
de materiais e equipamentos de desenho, há necessidade de dados numéricos, tais como:
medidas de distâncias e medidas de ângulo. A obtenção dessas medidas em campo, nos
trabalhos práticos, que possibilitam a execução da representação gráfica, é denominada de
levantamentos topográficos.
A medida da distância entre dois pontos, em topografia, corresponde à medida da
distância horizontal entre esses dois pontos. Como já se deve saber, as distâncias
inclinadas são reduzidas às dimensões de uma projeção horizontal equivalente. As
grandezas lineares podem ser medidas direta ou indiretamente. A medição será direta
quando o instrumento de medida é aplicado diretamente sobre o terreno, e indireta ou
estadimétrica quando se obtém o valor da distância com auxilio de cálculos trigonométricos.
Métodos diretos: Percorrendo a linha: uso de diastímetro (trena de aço, pano, fibra,
plástico,corrente do agrimensor, fio de invar). Com aparelhos especiais: taqueometria, mira
de base, telemetria, métodos das rampas, equipamento eletrônico.
Métodos indiretos: Emprego de Trigonometria
O método é tido como direto quando, para se conhecer uma distância entre dois
pontos (A e B), mede-se a própria distância AB. O método é chamado indireto quando para
se determinar uma distância AB, medem-se qualquer outra reta e determinados ângulos que
permite o cálculo por trigonometria.
h) GPS: É um sistema que utiliza satélites para localizar onde o receptor do sinal do
satélite está naquele momento. O GPS funciona a partir de uma rede de 24 satélites
que ficam distribuídos em seis planos, próximos a órbita do planeta Terra. Estes
satélites enviam sinais para o receptor (o aparelho de GPS), e então, a partir disso, o
aparelho de GPS interpreta esses sinais dizendo onde exatamente você está
naquele momento
ESCALA
Título da Escala
d = dimensão gráfica D = dimensão natural
A escala será a proporção entre estas duas dimensões, onde “d” é proporcional a “D” em
uma razão “R”.
R=d÷D
A escala dever ser indicada sempre pela expressão “d:D” reduzida à sua forma mais
simples, em que “d” seja sempre igual a “1”. A esta forma de expressão da Escala que
chamamos de “Título da Escala”. Ex.1:50.000. O “1” chama-se NUMERADOR DA ESCALA
e sempre se refere às dimensões do mapa. O número à direita chama-se DENOMINADOR
DA ESCALA e refere-se às dimensões reais. É comum a preocupação em saber a qual
unidade do sistema métrico os números se referem. Na verdade, NUMERADOR e
DENOMINADOR indicam apenas uma proporção entre as medidas do mapa e as
correspondentes na realidade.
A precisão das medidas será tanto maior quanto maior for também à escala do
mapa.
- Escala Gráfica
Mostra a proporção entre as dimensões reais e as do mapa através de um gráfico.
- Escala de área
A escala numérica refere-se a medidas lineares. Ela indica quantas vezes foi
ampliada ou reduzida uma distância.
Quando nos referimos à superfície usamos a escala de área, podendo indicar
quantas vezes foi ampliada ou reduzida uma área.
Enquanto à distância em uma redução linear é indicada pelo denominador da fração,
a área ficará reduzida por um número de vezes igual ao quadrado do denominador dessa
fração.
Obs: Lembrem que o youtube é um canal aberto, caso ainda não conseguiram entender,
busquem mais vídeo aulas, corram na biblioteca!
AULA_03 – MODELOS DE REPRESENTAÇÃO DA TERRA, RUMO E AZIMUTE,
RELAÇÕES MÉTRICAS ENTRE O TRIÂNGULO:
SISTEMAS DE COORDENADAS
ORIENTAÇÃO
- Norte Magnético e Geográfico
O planeta Terra pode ser considerado um gigantesco imã, devido a circulação da
corrente elétrica em seu núcleo formado de ferro e níquel em estado líquido. Estas correntes
criam um campo magnético, como pode ser visto na figura abaixo
Este campo magnético ao redor da Terra tem a forma aproximada do campo
Magnético ao redor de um imã de barra simples. Tal campo exerce uma força de atração
sobre a agulha da bússola, fazendo com que mesma entre em movimento e se estabilize
quando sua ponta imantada estiver apontando para o Norte magnético
Figura 1. Campo magnético ao redor da Terra.
Adaptado de: THE EARTHS MAGNETIC FIELD (2004).
RUMO
Rumo é o menor ângulo formado pela meridiana que materializa o alinhamento Norte
Sul e a direção considerada. Varia de 0º a 90º, sendo contado do Norte ou do Sul por leste e
oeste. Este sistema expressa o ângulo em função do quadrante em que se encontra. Além
do valor numérico do ângulo acrescenta-se uma sigla (NE, SE, SW, NW) cuja primeira letra
indica a origem a partir do qual se realiza a contagem e a segunda indica a direção do giro
ou quadrante. A figura 5 representa este sistema.
Figura 5 – Formas de representação do rumo.
IMPORTÂNCIA/USO: Entre as partes presentes nas escrituras dos imóveis está a descrição
geral do imóvel. Nesta, encontra-se o alinhamento do terreno com seus confrontantes e as
dimensões da área. Para cada alinhamento (limites do terreno) existe um azimute que é a
distância medida em graus (ângulo) em relação ao Norte. Com o azimute, pode-se encontrar
a posição correta de um terreno quando ainda não demarcado no caso da abertura de um
novo loteamento, também pode ser utilizado para cálculos de áreas entre outras atividades
de orientações topográficas.
TRIGONOMETRIA
A trigonometria teve origem na Grécia, em virtude dos estudos das relações métricas
entre os lados e os ângulos de um triângulo, provavelmente com o objetivo de resolver
problemas de navegação, Agrimensura e Astronomia.
LEI DOS SENOS “Num triângulo qualquer a razão entre cada lado e o seno do ângulo
oposto é constante e igual ao diâmetro da circunferência circunscrita”.
LEI DOS COSSENOS: “Num triângulo qualquer, o quadrado da medida de um lado é igual
à soma dos quadrados das medidas dos outros dois, menos o dobro do produto das
medidas dos dois lados pelo cosseno do ângulo que eles formam”.
a² = b² + c² – 2.b.c. cos A
ÁREA DO TRIÂNGULO
- Triangulo retângulo:
Área = 10 x 6,5
2
Área = 32,5 m²
- Triângulo irregular
Área = 40,803m²
Trigonometria: https://www.youtube.com/watch?v=UvJ59tLgTug ou
https://www.youtube.com/watch?v=BCr7jwEiVSM
tps://www.youtube.com/watch?v=BCr7jwEiVSM
Obs: Quem ainda não conseguiu entender procura outros vídeos, livros na biblioteca,
vamos a luta!
AULA_04 – Encontrando ângulos dentro de um triângulo qualquer
Tratando-se da forma, é uma figura formada por duas retas com um ponto em
comum. Tratando-se de medida, é o afastamento entre estas duas retas ao longo de uma
circunferência.
- Ângulos Verticais - são ângulos formados sobre qualquer plano de referência vertical. Ou
seja, são aqueles formados pelo afastamento de planos horizontais; correspondem, ao
ângulo formado entre a linha de visada e uma linha de referência, que geralmente é a linha
do horizonte. A linha de visada pode estar acima ou abaixo da linha do horizonte para o
ponto onde está estacionado o equipamento. Deve-se ficar claro que o ângulo vertical é
utilizado principalmente para correções de distâncias e para encontrar diferenças de
nível entre os pontos.
Vídeo aula
Trabalho de campo
A única condição exigida pelo método é de que do ponto escolhido (dentro ou fora da
área), possa-se visar todos os vértices do perímetro, anotando-se então os ângulos
horizontais e as distâncias entre a estação do teodolito e o ponto visado.
Sistemas de Coordenadas
∆X = D . sen Az
∆Y = D . cos Az
O calculo da área pode ser realizado pelo método analítico ou pelo método
trigonométrico.
A área 1 pode ser calculada a partir das áreas dos trapézios formados pelos pontos
2', 2, 1, 1´ e 1', 1, 4, 4'. Na figura 7 é apresentada a fórmula de cálculo da área de um
trapézio qualquer.
Para facilitar a compreensão, será calculada a área do trapézio formado pelos pontos
2', 2, 1, 1' (figura 8).
Figura 8 - Trapézio 2´2 1 1´.
Conforme pode ser visto na figura 10.5, a área do trapézio será dada por:
Desenvolvendo, tem-se:
Maiores detalhes sobre o calculo analítico podem ser visto em (VEIGA, Luis Augusto
Koenig; ZANETTI, Maria Aparecida Z.; FAGGION, Pedro Luis. Fundamentos de
Topografia. UFPR (Apostila), 2007), pg 122 a 127.
Vídeo aula:
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4
3
Quando o caminhamento é feito no sentido anti horário os ângulos horizontais
medidos são chamados ângulos internos.
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Encontrando os Azimutes:
NM
Azimute de 0-1 = 145º 00’
0
5
1 2
4 a
Caderneta de campo
VISADAS ÂNGULO AZIMUTE
ESTACA
RÉ VANTE HORÁRIO LIDO CALC. OBS
0 5 1 267º 40’ 145º 00’ 145º 10’
1 0 2 116º 00’ 81º 00’
2 1 3 295º 00’ 196º 00’
3 2 4 263º 30’ 279º 30’
3 2 A 310º 45’ 326º 45’ CASA
4 3 5 227º 30’ 327º 00’
5 4 0 270º 30’ 57º 30’
Precisão do aparelho x √n ;
Onde n é o número de lados do polígono.
Precisão do aparelho = 0o05’20”
Número de lados = 5
x √n
0o05’20” √5 = 0o 11’55,54”
Tolerância aproximada = 12’
Erro angular = 10’
Como o erro angular cometido foi de 10’ e o permitido é até 12’ neste caso, o erro
angular de fechamento é permitido.
donde,
donde,
Essas projeções são chamadas coordenadas parciais, porque são contadas à partir
da origem do próprio alinhamento; equivale a transportar a origem do sistema de eixos para
cada vértice do polígono. Como as longitudes poderão ser E (+) ou W (-) e as latitudes N (+)
ou S (-), ao se multiplicar a distância do alinhamento pelo seno do rumo, tem-se a longitude
parcial, cujo valor será anotado ou na coluna E ou na coluna W, de acordo com o quadrante
do rumo; igualmente, o produto da distância pelo cosseno do rumo dará a latitude parcial, a
ser lançada na coluna N ou na S, dependendo também do quadrante do rumo.
Dando continuidade ao exemplo, a planilha será acrescida agora das colunas
necessárias para o cálculo das coordenadas parciais, incluídos os espaços reservados à
compensação do erro linear.
Exemplo:
b) Determinação do erro linear de fechamento:
Uma vez determinado e distribuído o erro angular de fechamento, considera-se a
poligonal “fechada” em termos angulares. Resta determinar o valor do erro linear de
fechamento, compará-lo com seu respectivo limite de tolerância e caso seja inferior a este,
efetua-se a compensação do erro linear.
Como a soma algébrica das projeções dos lados de um polígono sobre um sistema
de eixos ortogonais deve ser nula, é óbvio que a soma das longitudes parciais este (E)
deverá ser igual a soma das longitudes parciais oeste (W), o mesmo ocorrendo para as
latitudes, onde deverão ser iguais as somas norte (N) e sul (S). Se não houvesse erro linear,
como iniciou-se o caminhamento em um ponto e retornou-se a ele, o trajeto percorrido ou as
projeções, têm o mesmo valor, mas em sentido contrário, ficando o comprimento de uma
direção anulado pelo comprimento da outra. Entretanto, devido aos erros nas medições de
campo, isto não acontece; havendo erro de fechamento, este será refletido pelas diferenças
entre as direções E e W para as longitudes e entre N e S para as latitudes. O erro linear é
proveniente das imprecisões de leituras da mira e também pelos erros nas leituras dos
ângulos; embora o erro angular já tenha sido anulado pela compensação, as distâncias
ficarão afetadas, pois o erro de campo ainda persiste e provoca distorção nos alinhamentos.
Então, confrontando-se a soma das colunas das coordenadas parciais, tem-se :
∆E - ∆W = ∆X = erro de longitude
∆N - ∆S = ∆Y = erro de latitude
Entretanto, o valor encontrado para o erro linear (E) por si só pouco representa;
necessário será compará-lo com outra grandeza, estabelecendo termos de
proporcionalidade e esta grandeza é o perímetro (P) do polígono levantado. Então:
∆ proporcional às coordenadas :
Se na direção E-W foi encontrado um erro longitude ∆X, e na direção N-S um erro de
latitude ∆Y, a distribuição será feita proporcionalmente em cada direção. Como o erro ∆X foi
encontrado no percurso Leste-oeste, esse erro corresponderá ao total das colunas E e W; o
mesmo ocorre para o erro ∆Y em relação à soma N e S. Então, para cada coordenada faz-
se a distribuição proporcionalmente ao comprimento da mesma. Como a soma das colunas
E e W deveriam ser iguais, o mesmo acontecendo para as colunas, duas a duas. Isto
equivale a repartir o erro de longitude (∆X) entre E e W e o erro de latitude (∆Y) entre N e S,
somando-se metade do erro à coluna de menor soma e subtraindo-se a outra metade da
coluna de maior soma. Para cada coordenada haveria uma correção (c) a ser adicionada ou
subtraída e proporcional ao seu comprimento.
Para Longitude :
Para Latitude
S N + S S = 460,03 + 459,47 = 919,50 m
Para Longitude :
⋅⋅E + ⋅⋅W = 426,00 m
Para Latitude :
∆N +∆S = 919,50 = 920,00 m
Para o alinhamento MP-1, a latitude será = 110,00m, correspondendo a tomar 6 cm
para 100m e 1 cm para 10m, totalizando 11 cm de compensação, negativa, já que a latitude
é norte, a coluna de maior soma. A latitude parcial
compensada seria: 111,91 – 0,07 = 111,84 m.
Eliminando-se dessa forma o erro linear, distribuído pelos alinhamentos, a planilha
prossegue pela adição de mais quatro colunas, compostas dos valores corrigidos das
longitudes e das latitudes. São as coordenadas parciais compensadas, as quais quando
efetuadas as somas terão que apresentar totais iguais para as colunas E e W, o mesmo
ocorrendo em relação às colunas N e S.
A esta altura, com os dados corrigidos, a poligonal se “fechará” totalmente e a
planilha ficará: Exemplo (continuação):
∆ proporcional às distâncias: ao invés de se compensar proporcionalmente às
coordenadas, pode-se efetuar a compensação proporcional às distâncias relacionando os
valores de X e de Y com o perímetro (P) do polígono. A correção (c) para cada distância (D)
será :
⋅⋅Para Longitude:
Em P houve um erro ∆X, para cada distância D haverá uma correção c :
·Métodos Analíticos :
São os que apresentam melhor precisão e com a vantagem de não ser necessário se
utilizar do desenho para o cálculo da área. Entretanto, os métodos analíticos possibilitam a
avaliação de áreas de lados retos apenas, o que equivale a avaliar a área da polígonal da
base. Toda vez que a planta apresentar lados curvos, a mesma não poderá ser, em sua
totalidade, avaliada por este processo. E, no levantamento por caminhamento, mesmo que o
perímetro se constitua tão somente de lados retos, na prática dificilmente a poligonal irá
coincidir com o perímetro, já que torna-se problemático o estacionamento do aparelho
exatamente sobre as divisas (caso de cercas, etc.). Como grande parte da área é abrangida
pela poligonal, emprega-se um método analítico para a área do polígono, mas para a parte
extra-poligonal, ter-se-á que recorrer à decomposição em figuras geométricas, com os
inconvenientes anteriormente citados.
Substituindo :
Para o cálculo da área de cada figura as dimensões serão dadas em função dos valores das
totais:
2 S = X2 Y2 - X2 Y3 + X3 Y2 - X3 Y3 + X3 Y3 - X3 Y4 + X4 Y3 – X4 Y4 + 2
X4 Y4 – X1Y1 – X2 Y2 + X2 Y1 –X2 Y1 – X1 Y2 + X1Y1 – X4 Y4
S = 59.976,15 m 2 = 5,9976 ha
Video aula:
NIVELAMENTO GEOMÉTRICO
O nivelamento geométrico é a operação que visa à determinação do desnível entre dois
pontos a partir da leitura em miras (estádias ou em código de barras) efetuadas com níveis
ópticos ou digitais. Este pode ser executado para fins geodésicos ou topográficos. A diferença
entre ambos está na precisão (maior no caso do nivelamento para fins geodésicos) e no
instrumental utilizado.
- VISADAS IGUAIS
É o método mais preciso e de larga aplicação em engenharia. Nele as duas miras são
colocadas à mesma distância do nível, sobre os pontos que deseja-se determinar o desnível,
sendo então efetuadas as leituras (figura 2). É um processo bastante simples, onde o desnível
será determinado pela diferença entre a leitura de ré e a de vante.
Onde:
hi: altura do instrumento;
LM : Leitura do fio nivelador (fio médio);
LRN: Leitura na mira posicionada sobre a RN;
HRN: altitude da RN;
HB: altitude do ponto B;
∆hAB = desnível entre os pontos AB.
C. F. 95,968
Aspecto do relevo
A cor da representação da altimetria do terreno na carta é, em geral, o sépia. A própria
simbologia que representa o modelado terrestre (as curvas de nível) é impressa nessa cor. Os
areais representados por meio de um pontilhado irregular também é impresso, em geral, na
cor sépia.
À medida que a escala diminui, acontece o mesmo com os detalhes, mas a
correspondente simbologia tende a ser tornar mais complexa. Por exemplo, na Carta
Internacional do Mundo ao Milionésimo (CIM), o relevo, além das curvas de nível, é
representado por cores hipsométricas, as quais caracterizam as diversas faixas de
altitudes.
Também os oceanos além das cotas e curvas batimétricas, têm a sua profundidade
representada por faixas de cores batimétricas.
Figura 14 - Escala de cores Hipsométrica e Batimétrica (CIM).
O relevo de uma determinada área pode ser representado das seguintes maneiras:
curvas de nível, perfis topográficos, relevo sombreado, cores hipsométricas, etc.
As cartas topográficas apresentam pontos de controle vertical e pontos de controle
vertical e horizontal, cota comprovada e cota não comprovada, entre outros.
Curvas de nível
Principais Características:
a) Todos os pontos de uma curva de nível se encontram na mesma elevação.
b) Cada curva de nível fecha-se sempre sobre si mesma.
c) As curvas de nível nunca se cruzam, podendo se tocar em saltos d'água ou despenhadeiros.
d) Em regra geral, as curvas de nível cruzam os cursos d'água em forma de "V", com o vértice
apontando para a nascente.
e) As curvas de nível formam um “M” acima das confluências fluviais.
f) Em geral, as curvas de nível formam um “U”nas elevações, cuja base aponta para o pé da
elevação.
Formas Topográficas
A natureza da topografia do terreno determina as formas das curvas de nível. Assim,
estas devem expressar com toda fidelidade o tipo do terreno à ser representado.
As curvas de nível vão indicar se o terreno é plano, ondulado, montanhoso ou se o
mesmo é íngreme ou de declive suave.
Figura 16 – Formação escarpada e suave
Rede de Drenagem
A rede de drenagem controla a forma geral da topografia do terreno e serve de base
para o traçado das curvas de nível. Desse modo, antes de se efetuar o traçado dessas curvas,
deve-se desenhar todo o sistema de drenagem da região, para que possa representar as
mesmas.
- Rio: Curso d’água natural que deságua em outro rio, lago ou mar. Os rios levam as águas
superficiais, realizando uma função de drenagem, ou seja, escoamento das águas. Seus cursos
estendem-se do ponto mais alto (nascente ou montante) até o ponto mais baixo (foz ou
jusante), que pode corresponder ao nível do mar, de um lago ou de outro rio do qual é
afluente. De acordo com a hierarquia e o regionalismo, os cursos d’água recebem diferentes
nomes genéricos: ribeirão, lajeado, córrego, sanga, arroio, igarapé, etc.
A Bacia Hidrográfica é o conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. É
resultante da reunião de dois ou mais vales, formando uma depressão no terreno, rodeada
geralmente por elevações. Uma bacia se limita com outra pelo divisor de águas. Cabe ressaltar
que esses limites não são fixos, deslocando-se em conseqüência das mutações sofridas pelo
relevo.
Divisor de Águas: Materializa-se no terreno pela linha que passa pelos pontos mais elevados
do terreno e ao longo do perfil mais alto entre eles, dividindo as águas de um e outro curso
d’água. É definido pela linha de cumeeira que separa as bacias.
EQÜIDISTÂNCIA
Na representação cartográfica, sistematicamente, a eqüidistância entre uma
determinada curva e outra tem que ser constante. Eqüidistância é o espaçamento, ou seja, a
distância vertical entre as curvas de nível. Essa eqüidistância varia de acordo com a escala da
carta com o relevo e com a precisão do levantamento. Imprescindível na representação
altimétrica em curvas de nível é a colocação dos valores quantitativos das curvas mestras.
Obs: Normalmente, a curva mestra é a quinta (5ª) curva dentro da eqüidistância normal.
Cores hipsométricas
Nos mapas em escalas pequenas, além das curvas de nível, adotam-se para facilitar o
conhecimento geral do relevo, faixas de determinadas altitudes em diferentes cores, como o
verde, amarelo, laranja, sépia, rosa e branco.
Em se tratando de relevo submarino, passam a chamar-se cores batimétricas. O
problema da representação do relevo através de cores é basicamente a definição número de
intervalos de altitude (intervalos de classe) entre as altitudes extremas, que serão
representadas pelas cores e a escolha das próprias cores que representarão cada intervalo de
classe.
A representação hipsométrica por cores, é uma das possibilidades de representação de
uma distribuição contínua de um fenômeno sobre a superfície terrestre. Pode-se de uma
maneira geral representar qualquer ocorrência de distribuição contínua por este processo.
Relevo sombreado
VÍDEO AULA
https://www.youtube.com/watch?v=zKg2tBGo7aQ
Bibliografia
FRIEDMANN, R. M. P. Fundamentos de orientação, cartografia e navegação terrestre.
Pró Books Editora & CEFET-PR, 2003, 400 pp.
GASPAR, Joaquim (2005) - Cartas e Projecções Cartográficas, 3.ª edição. Lidel Edições
Técnicas, Lisboa.
Manual Técnico de Noções Básicas de Cartografia - Fundação IBGE, 1989.
OLIVEIRA, Cêurio. Curso de Cartografia Moderna/Cêurio de Oliveira, 2 ed., Rio de
Janeiro, IBGE, 1993.
AULA_08 – Corte e Aterro
15.1 - INTRODUÇÃO
O relevo da superfície terrestre é uma feição contínua e tridimensional. Existem diversas
maneiras para representar o mesmo (figura 15.1), sendo as mais usuais as curvas de nível e
os pontos cotados.
O que se faz na prática é, a partir de dois pontos com cotas conhecidas, interpolar a
posição referente a um ponto com cota igual a cota da curva de nível que será representada
(figura 15.14). A curva de nível será representada a partir destes pontos.
Figura 15.14 - Interpolação da cota de um ponto.
a) Diagramas de paralelas
Neste método traça-se um diagrama de linhas paralelas eqüidistantes (figura 15) em
papel transparente, correspondendo as cotas das curvas de nível.
Rotaciona-se o diagrama de forma que as cotas dos pontos extremos da linha a ser
interpolada coincidam com os valores das cotas indicadas no diagrama. Uma vez concluída
esta etapa, basta marcar sobre a linha que une os pontos, as posições de interseção das
linhas do diagrama com a mesma. A figura 15.16 ilustra este raciocínio
Figura 15.16 - Interpolação das curvas empregando diagrama de linhas paralelas.
b) Divisão de segmentos.
O processo de interpolação empregando-se esta técnica pode ser resumido por:
- Inicialmente, toma-se o segmento AB que se deseja interpolar as curvas. Pelo
ponto A traça-se uma reta r qualquer, com comprimento igual ao desnível entre os pontos A
e B, definido-se o ponto B´ (figura 15.17). Emprega-se a escala que melhor se adapte ao
desenho.
Figura 15.17 - Traçado de uma reta r com comprimento igual ao desnível entre os pontos A
e B.
Marcam-se os valores das cotas sobre esta reta e une-se o ponto B´ ao ponto B. São
traçadas então retas paralelas à reta B´B passando pelas cotas cheias marcadas na reta r
(figura 15.18). A interseção destas retas com o segmento AB é a posição das curvas
interpoladas.
É possível calcular o desnível entre o ponto A e a curva de nível com cota 75m ( 75m
- 73,2 = 1,8m). Sabendo-se que em 7,5 cm o desnível entre os pontos é de 12,9 m, em "x"
metros este desnível será de 1,8 m.
Neste caso, a curva de nível com cota 75m estará passando a 1,05cm do ponto A.
Da mesma forma, é possível calcular os valores para as curvas 80 e 85m (respectivamente
3,9 e 6,9cm). A figura 15.20 apresenta estes resultados.
No traçado das curvas de nível, os pontos amostrados podem estar em formato de malha
regular de pontos. Neste caso, as curvas de nível são desenhadas a partir desta malha. A
seqüência de trabalhos será:
- definir a malha de pontos;
- determinar a cota ou altitude de todos os pontos da malha;
- interpolar os pontos por onde passarão as curvas de nível;
- desenhar as curvas.
Quando se utiliza este procedimento aparecerão casos em que o traçado das curvas
de nível em uma mesma malha pode assumir diferentes configurações (ambigüidade na
representação). Nestes casos, cabe ao profissional que está elaborando o desenho optar
pela melhor representação, bem como desprezar as conceitualmente erradas.
Resolução:
PESO 1 PESO 2 PESO 4
4,2 3,0 4,0
4,4 2,8 3,5
7,4 5,1 4,7
7,0 6,3 5,0
6,0
6,2
6,1
5,0
TOTAL: 23,0 40,5 68,8
Peso 1 = 4 Cotas x Pesos
Peso 2 = 8 23,0 x 1 = 23
Peso 4 = 4 40,5 x 2 = 81
Total = 16 17,2 x 4 = 68,8
Cota Final = (23 +81+17,2 + 68,8)/16 = 4,8 metros.
Diferença entre a cota 4,8 m (cota para corte = aterro) e cota final de 4,6 m, é de 0,20 m, em uma área
de 900 m2 (30m X 30m), teremos um volume de bota-fora iguala 180 m3.
VÍDEO – AULA
Altura Média:
https://www.youtube.com/watch?v=vSOXMYJFwBo&src_vid=W4ZBG8Ujl7I&feature=iv&ann
otation_id=annotation_2740762871
https://www.youtube.com/watch?v=TcAQl6xpTxw
https://www.youtube.com/watch?v=H2LLWKhkoBU