Você está na página 1de 12

E.E.B.GOV.

CELSO RAMOS
DISCIPLINA: FÍSICA
ALUNAS: CRISTHINA O. , JESSICA N. F , SONIA E VANESSA
SÉRIE: 3ª TURMA: 301M

Eletricidade na
Atmosfera
Introdução

As descargas atmosféricas (relâmpagos) sempre existiram na Terra, tendo sido mais


violentas e numerosas durante a sua evolução até o resfriamento global. Após este, as
tempestades se estabilizaram, tornando as descargas atmosféricas mais brandas até
entrar em um equilíbrio natural.
Possuem papel fundamental na evolução do planeta e, principalmente, no
desenvolvimento da vida na Terra, pois através da energia dissipada pelas descargas,
numerosos processos químicos se desenvolveram, dando origem a diversos
compostos que colaboraram enormemente para o surgimento das primeiras formas de
vida.
Para os seres humanos, por causa dos seus efeitos, sempre foram temidas,
observadas e associadas a forças sobrenaturais, estando também intimamente ligadas
à descoberta e início da utilização do fogo.
No desenvolvimento das civilizações sempre estiveram associadas a deuses e
divindades. Datam do ano 2000 a.C. os primeiros registros relativos às descargas
atmosféricas, encontrados na Mesopotâmia. Sendo abundantemente encontrados
relatos na literatura grega, a qual associa os raios ao deus Zeus, assim como a
romana associa ao deus Júpiter, a chinesa às divindades Tien Mu e Lien Tsu, na
egípcia pelo deus Typhon, também estando presentes em inúmeras outras culturas
em todos os continentes.
As ocorrências de Descargas Elétricas Atmosféricas (relâmpagos) ligadas às
atividades de tempestades geram vários transtornos para a sociedade em geral, pois
cerca de 50 a 100 Descargas Elétricas Atmosféricas (relâmpagos) da nuvem para o
solo ocorrem no planeta, a cada segundo (Pinto Jr. e Pinto, 2000).
O Brasil, devido à sua grande extensão territorial e pelo fato de estar localizado numa
região predominantemente tropical, é um dos países de maior ocorrência de
Descargas Elétricas Atmosféricas (relâmpagos) do planeta. Estima-se que cerca de
100 milhões de Descargas Elétricas Atmosféricas (relâmpagos) atinjam o Brasil por
ano.
Desenvolvimento

Poder das Pontas

Em materiais condutores, a carga elétrica distribui-se em torno da superfície. Dessa


forma, o campo elétrico é nulo. Mas se o condutor possui uma extremidade
pontiaguda, as cargas em excesso tendem a se acumular nesse local. Esse fenômeno
é chamado de poder das pontas.
De acordo com essa teoria, a carga elétrica distribuída na superfície de um corpo
pontiagudo tem a tendência de acumular-se nas pontas, tornando o ar condutor nas
proximidades desses locais.
Em virtude da alta concentração de cargas, o campo elétrico e a densidade de cargas
são muito maiores nas extremidades de qualquer objeto pontiagudo. Veja na figura
como a carga fica concentrada nesses condutores:

Observe na figura que a carga elétrica acumula-se na ponta do condutor. Nas regiões
regulares, a carga fica distribuída uniformemente

É por esse princípio que não é recomendável permanecer embaixo de árvores ou


regiões desprotegidas para esperar uma tempestade passar, pois a árvore e o corpo
humano podem servir como pontas em relação ao solo e atrair raios.
Blindagem Eletrostática

Quando um corpo condutor de eletricidade é eletrizado por meio de algum dos


processos de eletrização, as cargas elétricas são distribuídas uniformemente em sua
superfície. Isso acontece porque as cargas elétricas tendem a afastar-se, de acordo
com o princípio da repulsão entre cargas de mesmo sinal, até atingirem uma condição
de repouso, o equilíbrio eletrostático.
Uma das propriedades de um condutor em equilíbrio eletrostático é que o campo
elétrico em seu interior é nulo justamente pela sua distribuição de carga. Esse
fenômeno é conhecido como blindagem eletrostática.
A blindagem eletrostática foi comprovada, em 1936, por Michael Faraday (1821-1867)
através de um experimento que ficou conhecido como a gaiola de Faraday. Nesse
experimento, esse estudioso entrou dentro de uma gaiola e sentou-se em uma cadeira
feita de material isolante. Em seguida, essa gaiola foi conectada a uma fonte de
eletricidade e submetida a uma descarga elétrica, porém nada aconteceu com ele.
Com isso, Faraday conseguiu provar que um corpo no interior de um condutor fica
isolado e não recebe descargas elétricas em virtude da distribuição de cargas na
superfície.
Observe na figura a seguir um experimento semelhante ao de Faraday, mas, nesse
caso, a roupa metálica é que faz a blindagem eletrostática e impede que a pessoa
receba uma descarga elétrica.

A roupa metálica impede que a pessoa da figura receba uma descarga elétrica
Esse fenômeno é muito utilizado para proteger equipamentos que não podem ser
submetidos a influências elétricas externas, como é o caso de aparelhos eletrônicos.
Se esses aparelhos forem submetidos a um campo elétrico externo, os seus
componentes poderão ser danificados. Além disso, é também graças à blindagem
eletrostática que, se um carro ou um avião for atingido por um raio, às pessoas em seu
interior não sofrerão nenhum dano, pois a estrutura metálica faz a blindagem
eletrostática de seu interior.
Como se formam: raios, relâmpagos e trovões;

Na verdade os relâmpagos e trovões não são fenômenos isolados, eles fazem parte
de um só, o raio. Um fenômeno caracterizado por uma carga elétrica que cruza a
atmosfera, sendo que o relâmpago é seu efeito visual, enquanto que o trovão é seu
efeito sonoro. Estes, que são gerados em uma nuvem chamada cumulo nimbo, a qual
tem a forma de uma bigorna, devido a seu formato vertical ser mais extenso, propicia a
formação de raios. Essas nuvens se encontram de 2 a 18 km do chão.
Quando o ar está úmido e quente ele tende a subir, devido ao fato dele ser mais leve
que o ar acima dele. Conforme sobe o ar vai esfriando até chegar ao topo da nuvem,
onde a temperatura é muito baixa, cerca de 30 graus negativos. Depois disso ocorrido
o vapor da água que estava misturado ao ar quente se transforma em granizo,
tornando-se mais pesado e assim começa a cair para a base na nuvem. 

Durante a queda o granizo se choca com partículas de gelo, como os cristais de gelo.
Com isso tanto o granizo como o gelo ficam eletricamente carregados. 

As cargas negativas são mais pesadas por isso ficam presas ao granizo e vão para a
base da nuvem, enquanto que as positivas que são mais leves ficam nos cristais de
gelo, e assim sobem com o ar quente que está vindo de baixo e vão para o topo da
nuvem. 

O relâmpago surge quando a intensidade das cargas positivas e negativas aumenta


muito.
Pois para equilibrar as cargas diferentes, a eletricidade anda sozinha pelo ar. 
Na maior parte das vezes que chove não vemos os raios, pois a maioria deles começa
e acaba dentro das nuvens. 
Mas há alguns que saem da nuvem e vão em direção ao chão, nesses casos só
conseguimos ver sua fase final. 
Pois quando o raio vai em direção ao chão, quando a faísca chega a 50 metros do
solo, outra faísca sai da terra em direção à nuvem. 
A luz do raio se dá com o encontro dessas duas correntes. Portanto os raios que
vemos saem da terra para o céu e não o contrário como muitos pensam. 
O que acontece é que devido à ilusão de ótica achamos que o clarão do relâmpago
vem do alto para a terra. 
Já o trovão é gerado através da onda de choque provocada pelo aquecimento e
expansão supersônica do ar atravessado pelo raio, ou seja, é o som originado pelos
raios quando este atravessa o ar. 
A temperatura desse canal pode chegar a 27 mil graus Celsius, que equivale a 5
vezes a superfície do Sol. 

Sempre vemos a luz do relâmpago antes do trovão porque a velocidade da luz é maior
que a do som.
Um raio pode durar de 15 a 30 minutos. 

Nesse meio tempo, ele é dividido em três fases:

Nascimento – fase em que as correntes de ar levam o ar úmido à cumulo nimbo,


então surgem as primeiras cargas e os cristais de gelo produzem partículas de
precipitação.

Maturidade – são produzidos ventos e precipitação fortes e relâmpagos. 

Dissipação – as nuvens começam a se espalhar para os lados em camadas, o ar frio


substitui o quente da superfície, dessa forma diminuindo as chances de se formarem
novos raios, as correntes ficam mais fracas e a precipitação também. 
Há dois tipos de raios, os positivos e os negativos;
Eles se diferenciam pelo local onde se originam. Como dissemos anteriormente a
energia negativa se concentra na parte baixa da nuvem, portanto desta é que saem os
raios negativos, enquanto que os positivos saem do topo da nuvem, onde se encontra
a energia positiva. 

Outra diferença é que a corrente elétrica dos raios positivos é contínua, isto é, ela
persiste até o relâmpago acabar, durando cerca de 200 milésimos de segundo,
enquanto que os raios negativos dura menos da metade.
 Isso se deve ao fato da barreira de ar que os raios positivos têm de atravessar é muito
maior, por isso sua energia também é maior. 

Por isso os raios positivos são mais perigosos e destrutivos, sendo capazes de iniciar
um incêndio florestal e causarem danos à rede elétrica. 
A intensidade de sua corrente elétrica também é maior, sendo o dobro do raio
negativo, aumentando sua capacidade de destruição. 
Pra vocês terem ideia, o país onde se concentram a maior quantidade de raios e ainda
por cima positivos, é o Brasil. A cada 3,15 milhões de raios que golpeiam a Terra
durante um ano, 100 milhões se originam no Brasil.Isso se deve ao fato do Brasil ser o
maior país da zona tropical do planeta, o que favorece a formação de raios, devido ao
excesso de ar quente e úmido. 
Agora quanto a maioria dos raios ter carga positiva, segundo pesquisadores é possível
que esteja relacionado a gigantescas concentrações de nuvens que vêm da região
antártica para o Brasil, sendo assim quando o ar quente das regiões Sul e Sudeste
encontram essas nuvens, alimentam-nas produzindo aglomerados gigantes de cumulo
nimbos. 
O topo desses aglomerados acaba entortando para o lado, formando uma cauda
gigantesca composta somente com cargas positivas. Isso explicaria a maior
quantidade de raios positivos nessas regiões.

Curiosidades

É possível calcular a distância de um raio até nós, em metros. Basta multiplicar 343
pelo número de segundos de diferença entre o raio e o trovão. Por exemplo, se a
diferença for de 3 segundos, multiplicamos 343 por 3 o que dá 1.029 m,
aproximadamente 1 km de distância. A distância máxima em que o trovão pode ser
ouvido é de 15 km. O som dura cerca de 5 a 20 segundos. 
O raio pode se originar não só durante tempestades, como erupções vulcânicas e
tempestades de areia;
Pode parecer estranho, mas realmente acontece. No caso das erupções vulcânicas,
eles podem se originar através do atrito das cinzas vulcânicas, o que proporciona o
aparecimento de cargas elétricas que produzem a descarga. 
Mas nesse caso, não oferece risco ao homem e aos animais, pois os relâmpagos
costumam ficar no interior da nuvem. Só oferecem perigo caso haja alguma floresta
próxima, podendo causar incêndios ou atingir aviões e transmissores de rádio. 
Já no caso das tempestades de areia, os raios se originam através da colisão das
partículas de poeira, causando o acúmulo de grandes cargas que produzem uma
descarga. 

Até mesmo a explosão de uma bomba termonuclear pode dar origem a raios quando
detonadas em solo.
A detonação faz com que as cargas negativas se dirigissem do solo para a atmosfera,
formando longas descargas entre o solo e as nuvens.
Para- raios

O pára-raios foi inventado por Benjamin Franklin em 1752, quando fez uma perigosa
experiência utilizando um fio de metal para empinar uma pipa de papel e observou que
a carga elétrica dos raios descia pelo dispositivo. Provou também que hastes de metal,
quando em contato com a superfície terrestre poderiam servir como condutores
elétricos, inventando assim, o pára-raios.
Um pára-raios é uma haste de metal pontiaguda que é conectada a cabos de cobre ou
de alumínio de pequena resistividade que vão até o solo.

As pontas do pára-raios servem para atrair os raios, assim que o raio é atraído ele é
desviado até o solo pelos cabos e dissipado no solo, sem causar nenhum dano nas
residências. O fato de falar que os pára-raios atraem os raios é uma maneira para
compreendermos melhor, mas na verdade os pára-raios não atraem os raios, apenas
oferecem um caminho para chegar ao solo com pouca resistividade.

Os pára-raios têm de serem colocados em lugares bem altos, pois o raio tende a
atingir o ponto mais alto de uma área. Geralmente eles são colocados em topos de
edifícios, em topos de antenas de transmissões de televisões, rádios, etc.

A função dos pára-raios é proteger construções, como edifícios, casas, etc., contra as
descargas elétricas atmosféricas (raios). Eles evitam a queima de equipamentos
domésticos, como computadores, televisores, aparelhos eletrodomésticos, etc.

Para sabermos o raio de abrangência de um para-raios devemos pegar a altura da


ponta do pára-raios até o solo e multiplicar pela raiz quadrada de três: r = √3 . h

Em temporais a falta de pára-raios pode causar grandes danos não somente aos
equipamentos domésticos como citado acima, mas se um raio cair sobre uma pessoa,
esta pode vir a ter uma parada cardíaca e até falecer. Por estes motivos é muito
importante ter um pára-raios por perto!

Mitos e Verdades

Mitos:
Ao perceber que está em um lugar sem abrigo próximo, o ideal é deitar no chão.
Mito: O correto é ficar agachado no chão, com as mãos na nuca e os pés juntos. Em
dias de temporal, é prudente ficar longe de postes de iluminação e cercas de arame
farpado.
 
Raios não caem duas vezes no mesmo lugar.
Mito: No Cristo Redentor, por exemplo, caem em média, seis raios por ano.

Espelhos atraem raios.


Mito: Isso é um mito popular. Quando uma tempestade iniciar, não é necessário cobrir
os espelhos ou tirá-los da parede.

O pára-raios evita que os aparelhos sejam queimados.


Mito: pára-raios são dispositivos que criam um caminho para que o raio atinja o solo
sem causar raios ao edifício onde ele está instalado. Ele não evita que os aparelhos
sejam queimados.

Verdades:
Carros, ônibus e aviões sempre são lugares seguros durante uma tempestade.
Verdade: Eles são abrigos seguros desde que você esteja dentro. Os raios não
conseguem penetrar esses lugares.

Campos de futebol, quadras de tênis e topos de prédios devem ser evitados.


Verdade: O maior perigo é ficar em lugar descampados, como campos de futebol,
pastagens, estradas, montanhas e à beira de lagos.

Durante uma tempestade, é preciso desligar os aparelhos elétricos.


Verdade: Os aparelhos devem ser desligados da tomada. Com isso, evita-se que eles
queimem e até mesmo provoquem incêndio, no caso da ocorrência de um raio muito
próximo e intenso.

É seguro utilizar telefones sem fio durante uma tempestade.


Verdade: É sempre recomendável utilizar, dentro de casa, o telefone sem fio. Os
telefones com fios ligados a tomada devem ser evitados, pois o fio do telefone
transporta a corrente elétrica de um raio.
Como se proteger em caso de Tempestades

1. Em lugares de altitude como montanhas e morros a probabilidade de ser atingido


por um raio é muito maior. Descer durante a tempestade é arriscado, mas mesmo
assim se houver condições desça de forma rápida, mas sem descuidar da sua
segurança durante o caminho. Permanecer no topo é muito pior.
 
2. Tente sair do lugar antes da tempestade começar, isso evita o pior, ter que descer
com raios caindo. Observe as nuvens, a velocidade do vento tanto na altitude onde
você está quanto no nível das nuvens. Uma bússola pode ajudar nesse momento, aqui
no Rio de Janeiro, ventos Sudoeste indicam aproximação de uma tempestade,
portanto ao detectar formações de nuvens e a presença deste vento cancele a
subida/escalada e procure descer.
 
3. Evite qualquer área descampada, como praias, campos, botes; e não fique embaixo
de árvores. Nesses locais a probabilidade de um raio usar você como caminho para
atingir o solo é muito grande.
 
4. Caso esteja em uma área descampada evite permanecer de pé, mas também não
deite no chão, nessas posições as suas chances de ser atingido aumentam. A posição
correta é ficar abaixado e colocar a cabeça entre os joelhos, formando uma posição
mais esférica e menos alta, o que o tornaria menos vulnerável – a posição pode ser
vista no desenho abaixo:

5. Caso estejam em grupo mantenham-se afastados uns dos outros. Isso evita que
mais de uma pessoa seja atingida se um raio cair sobre alguém.
 
6. Em muitas ocasiões, durante uma tempestade, uma pessoa pode sentir que vai ser
atingida por um raio, porque a pele começa a formigar e os pelos do corpo se eriçam.
Caso isso aconteça não pense duas vezes, faça os indivíduos do grupo de afastarem
uns dos outros e se abaixarem como na figura acima. Isso deve ser rápido e feito de
forma automática, questionamentos numa situação dessas podem fazer alguém de
vítima.
 
7. Barracas não protegem ninguém contra raios, as melhores proteções são
construções com pára-raios e automóveis com os vidros fechados. Prefira ficar fora da
barraca em uma posição mais baixa (algo como um vale).
 
8. Fique longe de qualquer objeto de metal – cercas, postes de fiação, antenas…
Cuidado ao carregar bastões de caminhada, bastões de ski ou varas de pescar, esses
objetos podem servir como um “pára-raio” indesejado…
 
9. Não use aparelhos eletrônicos de comunicação, tais como celulares e rádios.
 
10. É possível prever mais ou menos a distância entre você e a tempestade usando
uma técnica simples. Ao ver um raio caindo comece há contar os segundos, quando
você ouvir um trovão pare a contagem e multiplique o tempo contado (em segundos)
por 300. O resultado será a distância em metros entre você e a tempestade. Isso
acontece por que o som viaja a uma velocidade de 300 metros/segundo. Assim basta
contar os segundos e fazer a conta para saber qual a distância. Um detalhe curioso,
raios podem cair a uma distância de até 15 km do local da tempestade, portanto
cuidado…
 
Outras dicas interessantes

 
As formas de acidente por raio são de quatro tipos:
 
Direta – o raio cai sobre uma pessoa em pé em um lugar aberto, entrando pela cabeça
(entra no crânio pelos orifícios), atravessa externamente e internamente a pessoa e
sai pelo solo. Esse tipo de acidente é o que faz o maior número de vítimas.
 
Por contato – o raio atinge um objeto próximo a pessoa, transferindo-se para ela. Os
objetos de contato podem ser tacos de golf, guarda-chuvas ou, por exemplo, um
molho de chaves.
 
Por espalhamento (splash) – ocorre quando a tempestade está em cima de uma área
cheia de árvores e o raio cai sobre uma delas, e se espalha pelas pessoas em volta.
Pode ocorrer também dentro de casa, se a vítima estiver utilizando telefone com fio. É
o tipo mais comum de acidente.
 
Viajando em ondas – a última forma é quando o raio atinge o solo e viaja em círculos
(igual a quando lançamos uma pedra em um lago) e quem estiver no raio da onda é
atingido.
 
Um fato curioso no caso das mortes por raio é que a causa é realmente uma parada
cardiorrespiratória, que não passa de evento terminal de tantas outras causas de
morte. Porém, o dano ocasionado pelo raio pode ser decorrente da própria voltagem
do relâmpago, do trauma provocado pelo raio ou pelo excesso de contrações
musculares. A maioria das vítimas fica sem respirar e sem batimentos cardíacos, mas
consegue recobrar as funções espontaneamente! Um fato ainda misterioso para a
ciência médica. Queimaduras são raras…
 
Acredita-se que há uma parada dos movimentos respiratórios e circulatórios por curto
espaço de tempo, mas depois disso as funções cerebrais reassumem o comando. Por
esse motivo, recomenda-se sempre iniciar manobras de ressuscitação em quem foi
atingido por raio, mesmo que aparente estar morto. Em outros termos, é como se um
hipotético disjuntor desligasse e, alguém o ligasse novamente, restabelecendo a
energia no organismo, ou seja, os batimentos cardíacos e os movimentos
respiratórios.
 
Cuidado com aventuras em dias mais nublados…
Conclusão
Como sabemos, nosso país é um dos que mais sofrem com a incidência de Descargas
Elétricas Atmosféricas (raios), aproximadamente 100 milhões de ocorrências por ano,
segundo o INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. 
Também conhecemos a dimensão dos estragos causados por esse fenômeno da
natureza, tanto no que tange à perda de vidas humanas (200 pessoas morrem por ano
no Brasil, vítimas de acidentes com raios), quanto em prejuízos de ordem material.
Entre estes, a queima de equipamentos sensíveis como TVs, computadores, portões
automáticos e toda uma gama de equipamentos eletrônicos, cada vez mais presentes
no nosso dia a dia. 
O estudo dos raios é importante do ponto de vista prático, para proteção de pessoas,
animais, florestas, edificações, aeronaves, instalações elétricas e, até de linhas de
transmissão de energia em altas voltagens. Além disso, as radio emissões produzidas
pela corrente transiente podem interromper comunicações e introduz erros em
computadores. 
Referências

http://www.webartigos.com/artigos/eletricidade-atmosferica/44604/
http://www.alunosonline.com.br/fisica/poder-das-pontas-pararaios.html
http://www.mundoeducacao.com/fisica/blindagem-eletrostatica.htm
http://www.jualfiquepordentrodetudo.com/2014/01/como-se-formam-os-relampagos-e-
trovoes.html
http://www.infoescola.com/fisica/para-raio/
http://blog.maisestudo.com.br/top-10-mitos-e-verdades-sobre-raios/
http://www.guepardo.net/blog/?p=137

Você também pode gostar