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2022/2023
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A RADIAÇÃO SOLAR
A principal fonte de energia da Terra é o Sol. Sem a energia enviada pelo Sol o nosso planeta
seria gelado e não teria vida. A temperatura seria de aproximadamente -238ºC.
A energia solar radiante chega até nós, após percorrer aproximadamente 150 milhões de
quilómetros), sob a forma de ondas eletromagnéticas com diferentes comprimentos de onda, que
no seu conjunto formam o espectro solar.
No espectro eletromagnético solar podem distinguir-se 3 tipos de comprimento de onda
fundamentais os:
Nem toda a energia solar recebida no limite superior da atmosfera chega à superfície
terrestre. Quase metade perde-se ao atravessar a atmosfera, devido a vários processos:
• Absorção (1);
• Reflexão (2);
• Difusão (3).
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1 – Absorção
Portanto, a atmosfera absorve, em média, cerca de 19% da energia solar recebida no seu
limite superior.
2 – Reflexão
Uma parte considerável da energia solar perde-se por reflexão, isto é, ao incidir sobre um
corpo sofre uma mudança de direção, sendo reenviada para o espaço. Designa-se por albedo a
fração da energia refletida por um corpo, em relação à energia incidente.
3 – Difusão
A difusão da radiação solar tem a ver
com a sua dispersão em todas as direções,
provocada pelas moléculas dos gases
atmosféricos e também pelas partículas em
suspensão. Da radiação dispersa pelo
processo de difusão, uma parte perde-se para
o espaço e a outra parte atinge, por processos
indiretos a superfície terrestre, designando-se 1 – Radiação Solar Direta
esta última por radiação difusa. 2 – Radiação Solar Indireta (Difusa)
3 – Vertente Soalheira
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A radiação solar global, que mais não é do que a radiação total que chega à superfície da
Terra, resulta da radiação difusa somada com a radiação solar direta.
A Terra não acumula eternamente a energia solar que recebe durante o dia. Na verdade,
durante a noite, acaba por libertá-la - radiação terrestre. Desta forma, a sua temperatura mantém-
se constante, em média 15ºC. Este valor oscila consoante as estações do ano. Por exemplo, no
Verão, o período de arrefecimento (noite) é insuficiente para libertar toda a energia acumulada
durante o dia. Portanto, pelo facto de a Terra libertar uma quantidade de energia equivalente à que
recebe, diz-se que o planeta se encontra em equilíbrio térmico.
O efeito de estufa
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Fatores de variação da radiação solar
X – Ângulo de Incidência
Os raios solares atingem a superfície da Terra, quer ao longo do dia, quer ao longo do ano,
com diferente inclinação – ângulo formado pelos raios solares com a vertical do lugar –, o que se vai
refletir na variação da intensidade da radiação solar recebida. Quanto maior a inclinação dos raios
solares, maior é a superfície que recebe a radiação, do que resulta uma menor quantidade deenergia
recebida por unidade de superfície.
Para além disso, quando a obliquidade do raio solar é elevada (A), a camada atmosférica que
os raios solares têm de ultrapassar para chegar à Terra é maior, o que gera um menor aquecimento
da superfície. Pelo contrário, quando um raio solar atinge a superfície quase ou na vertical, a
superfície aquecida é menor, mas recebe mais energia, aquecendo mais (B).
Também quanto maior a inclinação dos raios solares, maior é a espessura de camada
atmosférica atravessada, o que se vai refletir numa maior perda energética pelos processos de
difusão, reflexão e absorção.
Devido à esfericidade da
Terra, os rios solares atingem a
superfície com diferente
inclinação, aumentando do
Equador para os Pólos.
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2 – Duração do dia natural
Corresponde ao período de tempo em que o Sol se encontra acima da linha do horizonte,
ou seja o período iluminado do dia e tem uma duração variável, condicionando a radiação recebida.
Quanto maior o período de tempo em que o Sol estiver acima do horizonte, maior o dia natural, o
que se traduz num período mais alongado de receção de radiação solar pela superfície terrestre.
4 – Relevo
O relevo também interfere na radiação solar recebida, quer como consequência da altitude,
quer como consequência da orientação do relevo.
A radiação solar recebida aumenta, no geral, com a altitude, uma vez que, com o aumento da
altitude:
• a espessura da atmosfera a atravessar pelos raios solares diminui;
• a quantidade de vapor de água, de dióxido de carbono e de partículas sólidas e
líquidas da atmosfera diminuem em altitude, decrescendo a absorção de radiação
solar.
Contudo, apesar da variação descrita, à medida que a altitude aumenta, ocorre com frequência
um aumento da nebulosidade, o que origina uma redução da radiação solar recebida e da insolação
recebidas. A partir do limite superior das nuvens, a radiação solar e insolação recebidas voltam a aumentar
com a altitude.
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O relevo também interfere na medida em que a orientação das vertentes montanhosas se
apresentam mais ou menos expostas ao Sol. Assim, as vertentes voltadas a Sul – vertentes soalheiras
–, recebem radiação solar
durante mais tempo e a inclinação dos raios
solares é menor, pelo que aumenta a
quantidade de energia recebida por
unidade de superfície.
O contrário acontece nas vertentes
umbrias, expostas para Norte, as quais ou
não recebem radiação solar, ou recebem
por períodos de tempo mais curtos, registando-se, igualmente, uma maior inclinação dos raios
solares, o que conduz a uma maior perda de energia.
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A variação anual da radiação solar
No Solstício de dezembro, a maior inclinação com que os raios solares atingem a Terra no
Hemisfério Norte e a menor duração do dia em relação à noite dão origem a uma menor receção
de energia solar.
No Solstício de junho, os raios solares incidem no Hemisfério Norte com menor obliquidade,
o que se traduz numa maior quantidade de energia recebida, dada a menor superfície de receção e
a menor espessura da camada atmosférica atravessada. Esta situação é ainda reforçada pela maior
duração do dia natural.
No Hemisfério Sul regista-se a situação inversa.
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A distribuição da temperatura pelo território
• Inverno – 1
• Verão – 2
2 – verão – A distribuição das isotérmicas no mês de julho revela uma situação diferente,
evidenciando um aumento dos valores da temperatura do litoral para o interior. Esta variação
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permite concluir que o fator que mais condiciona a distribuição das temperaturas nesta estação é a
proximidade/afastamento do mar. Os ventos que sopram do mar para terra, são húmidos,
amenizando as temperaturas junto ao litoral. À medida que progridem para o interior tornam-se secos
e perdem capacidade de amenizar as temperaturas, as quais vão registando valores
progressivamente mais elevados. Contudo, a Cordilheira Central, dispondo-se perpendicularmente
(relevo discordante) à linha de costa, favorece a entrada dos ventos húmidos marítimos, que
permitem a amenização das temperaturas em lugares localizados no interior.
Portanto, as regiões litorais apresentam uma Amplitude Térmica Diurna e Anual muito fraca,
já que as temperaturas variam menos ao longo do dia e do ano – sofrem do efeito amenizador do
oceano. Pelo contrário, as regiões do interior apresentam uma Amplitude Térmica Diurna e Anual
muito elevada, já que as temperaturas variam muito ao longo do dia e do ano – sofrem do efeito de
continentalidade.
No que diz respeito aos arquipélagos da Madeira e dos Açores, estes têm características
térmicas que refletem a influência oceânica, o que se traduz numa amplitude térmica diurna e
anual fraca, inferior a 8ºC. De qualquer forma, o centro das ilhas, devido ao fator altitude, apresenta
temperaturas mais baixas.
Em algumas ilhas, conforme a disposição das suas vertentes, é notória a diferença de
temperatura média diurna e anual, entre a vertente sul e a vertente norte, já que as vertentes
expostas a sul são soalheiras e as vertentes expostas a norte são umbrias.
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A radiação solar pode ser aproveitada através dos sistemas solares térmicos ativos, dos
sistemas solares térmicos passivos e, por fim, dos sistemas solares fotovoltaicos. Os primeiros,
são utilizados para aquecer águas domésticas ou mesmo grandes infraestruturas como estufas ou
recintos gimnodesportivos, os segundos correspondem a técnicas utilizadas na construção de
edifícios que os tornam mais eficientes a nível energético (vidros duplos, paredes duplas com
isolamento intermédios, etc.) e, por fim, os terceiros sistemas solares, os fotovoltaicos, que ocupam
vastas áreas de território e são utilizados na produção de energia elétrica.
Em Portugal, de uma forma geral, as regiões com mais possibilidades para o aproveitamento
de energia solar fotovoltaica localizam-se no interior sul, ou seja, o Alentejo Interior.Uma das maiores
centrais de energia solar situa-se na Amareleja, concelho de Moura, distrito de Beja.
O turismo balnear
O turismo constitui, atualmente, uma atividade de interesse económico relevante que tem
vindo a crescer ao longo dos dois últimos séculos, refletindo importantes modificações sociais,
económicas e culturais.
A sua importância não se traduz unicamente nas divisas estrangeiras que gera e que
permitem equilibrar a balança de pagamentos, mas também nos efeitos multiplicadores que origina
e que se refletem nos empregos que cria, nas atividades que dinamiza (serviços, transportes,
construção civil, etc.) e na dinâmica que imprime ao desenvolvimento territorial e à preservação do
património, quer ele seja arquitetónico, gastronómico, paisagístico ou outro.
Portugal apresenta condições excecionais para o desenvolvimento do turismo balnear já que
a um clima mediterrânico, de longos Verãos quentes, secos e luminosos, alia extensas praias de
areia fina e águas tépidas.
As principais regiões de turismo balnear portuguesas são o Algarve, o litoral alentejano e a
Madeira.
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O principal problema que esta forma de turismo encerra é o seu caráter sazonal, pelo que
deve ser complementado com outras que se desenvolvam de forma mais contínua ao longo do ano
(turismo rural, cultural, arquitetónico, etc.)
ANEXO:
As camadas da
atmosfera.
Fontes bibliográficas:
✓ Rodrigues, A. (2022) – Preparar o Exame Nacional; Texto; Lisboa.
✓ Matos, A.; Santos, F.; Lopes, F. (2008) – Espaço Português; Asa; Lisboa.
✓ Queirós, A. (2022) – Preparação para o exame nacional 2022; Porto Editora; Porto.
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