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Instituto Superior de Ciências de Educação da Huíla

Licenciatura em Ensino de Geografia


Geografia Física Geral I
Estudo do Clima

Prof. Vladi Pereira


CLIMATOLOGIA, QUESTÕES GERAIS

Def. A Climatologia é a ciência que estuda os climas do planeta; suas causas,


variações, distribuição e tipos.

O objectivo da climatologia é conhecer a diversidade de climas, a fim de encontrar


soluções práticas para problemas sociais, económicos e ambientais relacionados com
ele, bem como, para dar resposta às perguntas que se colocam nos distintos ramos
da investigação científica.

Tipos
• Climatologia regional: é a descrição dos climas em áreas selecionadas da terra.
• Climatologia sinóptica: é o estudo do tempo e do clima em área com relação ao
padrão de circulação atmosférica predominante. É uma nova abordagem da
climatologia regional.
• Climatologia física: Envolve a investigação do comportamento dos elementos do
tempo ou processos atmosféricos em termos de princípios físicos.
• Climatologia dinâmica: Enfatiza os movimentos atmosféricos em várias escalas,
particularmente na circulação geral da atmosfera.
• Climatologia aplicada: Enfatiza-se a aplicação do conhecimento climatológico e dos
princípios climáticos nas soluções dos problemas práticos que afetam a humanidade.
• Climatologia histórica: Estuda o desenvolvimento dos climas através dos tempos.
Uma abordagem alternativa a subdivisão está baseada em escalas:

Macroclimatologia: relacionada com aspetos dos climas de amplas áreas da

Terra e com os movimentos atmosféricos em larga escala que afetam o clima;

Mesoclimatologia: preocupada com o estudo dos climas em áreas


relativamente pequenas, entre 10 e 100 Km de extensão;

Microclimatologia: preocupada com o estudo do clima próximo a superfície


ou de áreas muito pequenas, com menos de 100 Km de extensão.
FATORES QUE INFLUENCIAM NA VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR E DA TEMPERATURA
LATITUDE

• Ângulo de incidência dos raios solares;

• Espessura da atmosfera (massa atmosférica);

• Duração do dia natural;


PROXIMIDADE OU AFASTAMENTO DO MAR

A TERRA AQUECE E ESFRIA MAIS DEPRESSA QUE OS OCEANOS


Comparativamente com os oceanos a temperatura dos continentes é no Verão- mais elevada e no Inverno- mais baixa. Por isso:
No Verão as áreas litorâneas não aquecem, tanto porque o oceano, que está ao seu lado, se encontra mais frio e vai diminuir as
temperaturas.
No Inverno, as temperaturas das áreas litorâneas, não vão esfriar tanto, porque os oceanos vão liberar o calor que haviam
recebido durante o Verão.
À medida que aumenta a distância em relação ao mar, diminui este efeito moderador sobre as temperaturas. Por isso, no interior
dos continentes, existe uma maior diferença entre as temperaturas de Verão e as de Inverno, ou seja, uma maior amplitude
térmica anual.
ALTITUDE

A temperatura vai diminuindo (Gradiente térmico vertical) Diminuição da


temperatura em cerca de 0,65 ºC por cada 100 metros de altitude. Relacionado com a
irradiação terrestre.

RELEVO
ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA DAS
MONTANHAS

1- As vertentes voltadas para a insolação dominante são aquelas onde as temperaturas


são mais elevadas ao longo do ano;
2- A orientação das montanhas em relação à linha de costa pode, por um lado, constituir
um obstáculo à passagem dos ventos húmidos de Oeste ou, por outro, favorecer a sua
passagem.
CORRENTES MARÍTIMAS

Deslocamentos de grandes massas de água, que, de acordo com a orientação dos


movimentos podem ser quentes ou frias.
As quentes contribuem para moderar as temperaturas invernais, permitindo a
amenização das temperaturas dos lugares localizados junto à costa (litoral).
As frias contribuem para um maior esfriamento do ar no Inverno e um maior
aquecimento no Verão. Assim, estão associadas a uma amplitude térmica anual mais
elevada. Ambas estão associadas a regularidade das precipitações.
DISTRIBUIÇÃO DA TEMPERATURA À SUPERFÍCIE

Zona intertropical, que se situa sensivelmente entre os trópicos de Câncer e Capricórnio onde se
verificam as mais elevadas temperaturas.
Zonas Temperadas, situadas uma em cada hemisfério e entre os trópicos e os círculos polares de
cada um dos hemisférios.
Zonas Frias, também situadas uma em cada hemisfério nas latitudes situada acima dos círculos
polares e onde se registam as mais baixas temperaturas do planeta.
Variação anual
•Duração do dia
natural (solstício e
equinócio).

Solstício de Dezembro (Inverno no


HN / Verão no HS)

Equinócios
Vídeo Solstício de Junho
Radiação solar

• Radiação solar é a designação dada à energia radiante emitida pelo Sol, em


particular aquela que é transmitida sob a forma de radiação
electromagnética. A radiação solar fornece anualmente para a atmosfera
terrestre 1,5 x 1018 kWh de energia, a qual, para além de suportar a vasta
maioria das cadeias tróficas, sendo assim o verdadeiro sustentáculo da vida
na Terra, é a principal responsável pela dinâmica da atmosfera terrestre e
pelas características climáticas do planeta.
O espectro Electromagnético

A radiação eletromagnética pode ser considerada como um conjunto de ondas


(elétricas e magnéticas). As várias formas de radiação são caracterizadas pelo seu
comprimento de onda, o que compõem o espectro electromagnético
As células da retina do olho humano são sensíveis a uma radiação num estreito
intervalo chamado luz visível
A maior parte da energia radiante do sol está concentrada nas partes visível e próximo
do visível do espectro. A luz visível corresponde a ~49% do total emitido, 43% estão no
infravermelho próximo e 7% no ultravioleta. Menos de 1% da radiação solar é emitida
como raios X, raios gama e ondas de rádio.
Densidade energética
• A densidade média do fluxo energético proveniente da radiação solar é de
1367 W/m2, quando medida num plano perpendicular à direcção da
propagação raios solares sito no topo da atmosfera terrestre. Aquele valor
médio, designado por constante solar, foi adoptado como padrão pela
Organização Meteorológica Mundial, isto apesar de flutuar umas tantas
partes por mil de dia para dia e de variar com a constante alteração da
distância da Terra ao Sol que resulta da elipticidade da órbita terrestre.

• As variações densidade do fluxo energético resultam da influência das


camadas externas do Sol (cromosfera e coroa solar), as quais apresentam
pontos quentes e frios em constante mutação, para além das erupções
cromosféricas e todos os outros fenómenos se traduzem na formação das
manchas solares e na complexa dinâmica dos ciclos solares.

O valor real recebido à superfície do planeta depende, para além dos factores
astronómicos ditados pela latitude e pela época do ano (em função da posição
da Terra ao longo da eclíptica), do estado de transparência da atmosfera sobre o
lugar, em particular da nebulosidade.
A radiação solar, após atravessar a atmosfera, atinge a superfície
terrestre com três componentes:

Radiação directa
atinge directamente a superfície
Radiação difusa
desviada em diferentes direcções
pelos componentes da atmosfera
Radiação reflectida
reflectida pelo solo (albedo) e
objectos circundantes

A restante radiação solar é absorvida ou reflectida para fora da atmosfera pelos


elementos atmosféricos.
A energia reflectida e o albedo
Parte substancial da energia recebida sobre a superfície terrestre é reenviada
para o espaço sob a forma de energia reflectida. As nuvens, as massas de gelo e
neve e a própria superfície terrestre são razoáveis reflectores, reenviando para o
espaço entre 30 e 40% da radiação recebida (enquanto a Lua reflecte sob a
forma de luar apenas 7 a 12% da radiação incidente). A esta rácio entre a
radiação reflectida e incidente chama-se albedo.
Energia difusa
• Embora a radiação solar incida em linha recta, os gases e aerossóis podem
causar seu espalhamento, dispersando-a em todas as direcções - para
cima, para baixo e para os lados. A radiação difusa é constituída de
radiação solar que é espalhada ou reflectida de volta para a Terra. Esta
insolação difusa é responsável pela claridade do céu durante o dia e pela
iluminação de áreas que não recebem iluminação directa do sol.

O espalhamento por partículas cujo raio é bem menor que o comprimento


de onda da radiação espalhada, como o caso do espalhamento da luz visível
por moléculas de gás da atmosfera, é dependente do comprimento de onda
(espalhamento Rayleigh), Quando a radiação é espalhada por partículas cujos
raios se aproximam ou excedem em aproximadamente até 8 vezes
“aerossóis” o comprimento de onda da radiação, o espalhamento não
depende do comprimento de onda (espalhamento Mie).
Absorção atmosférica
Conforme pode ser observado na
imagem, entre a irradiação do
Sol medida fora da atmosfera
(linha azul) e a energia que
atinge a superfície da Terra (linha
amarela) existem diferenças
substanciais resultantes da
absorção atmosférica. Esta é
selectiva, atingindo o seu
máximo em torno dos pontos
centrais dos espectros de
absorção dos gases atmosféricos
(indicados na imagem).

• Repare-se a elevada absorção do ozono (O3) atmosférica na banda dos ultravioletas e no


efeito do vapor de água (H2O) e do dióxido de carbono (CO2), estes actuando
essencialmente sobre os comprimentos de onda maiores.
• Esta absorção selectiva está na origem do efeito de estufa, devido ao facto da radiação
terrestre, resultante do retorno para o espaço da radiação solar por via do aquecimento
da Terra, ser feita essencialmente na banda dos infravermelhos longos, radiação para a
qual o CO2 tem grande capacidade de absorção.
Atmosfera Terrestre

Atmosfera é a camada gasosa que envolve e acompanha a Terra em todos os seus


movimentos, devido à força da gravidade, além de ter a função de equilibrar a
temperatura do planeta..
Visto do espaço, o planeta Terra aparece como uma esfera de coloração azul
brilhante, devido o efeito dos raios do sol sobre a atmosfera.
Composição da atmosfera

✓ Azoto 78%
✓ Oxigénio 21%
✓ Outros componentes 1%: Árgon,
néon, hélio, metano, hidrogénio,
cripton, dióxido de carbono e vapor
de água
Funções da atmosfera
Capa protectora

-Barreira à entrada de corpos


estranhos na atmosfera

-Absorve uma parte significativa da


radiação ultravioleta

-Evita que a radiação terrestre se


perca para as altas camadas da
atmosfera.
Estrutura da atmosfera
A temperatura da atmosfera da Terra varia entre camadas
em altitudes diferentes, portanto, a relação matemática
entre temperatura e altitude também varia, sendo uma das
bases da classificação das diferentes camadas da atmosfera.

A atmosfera está estruturada em três camadas


relativamente quentes, separadas por duas camadas
relativamente frias. Os contactos entre essas camadas são
áreas de descontinuidade, e recebem o sufixo "pausa", após
o nome da camada subjacente.
Estrutura da Atmosfera
Troposfera

Na zona equatorial a espessura e de 16 a 18 Kms


Na zona polar de 6 a 8 Kms. Causas?
Tropopausa
Troposfera (0 - 6/18 km)
• A tropopausa é o nome dado à
• A Troposfera é a camada camada intermediária entre a
atmosférica que se estende da troposfera e a estratosfera, situada a
superfície da Terra até a base da uma altura média de cerca de 17km
estratosfera. no equador.
• Esta camada responde por • A distância da Tropopausa em relação
ao solo varia conforme as condições
oitenta por cento do peso climáticas da troposfera, da
atmosférico e é a única camada temperatura do ar, a latitude entre
em que os seres vivos podem outros factores.
respirar normalmente. • Se existe na troposfera uma agitação
• A sua espessura média é de climática com muitas correntes de
aproximadamente 16km, convecção, a tropopausa tende a
atingindo até 18km nos trópicos e subir. Isto deve-se ao aumento do
reduzindo-se para em torno de volume do ar na troposfera, este
sete quilómetros nos pólos. aumentando, aquela aumentará, por
consequência, empurrará a
• Todos os fenómenos tropopausa para cima. Ao subir a
meteorológicos estão confinados tropopausa esfria, pois o ar acima
a esta camada. dela está mais frio.
Estratosfera (15-50 km) •• Estratopausa
• Na estratosfera a temperatura •• É próximo da estratopausa que
aumenta com a altitude e se a maior parte do ozono da
caracteriza pelos movimentos de ar atmosfera se situa.
em sentido horizontal, fica situada •• Isto é cerca de 22 quilómetros
entre 7 e 17 até 50 km de altitude acima da superfície, na parte
aproximadamente, sendo a segunda superior da estratosfera.
camada da atmosfera , compreendida
entre a troposfera e a mesosfera, a
temperatura aumenta à medida que
aumenta a altura. Apresenta pequena
concentração de vapor de água e
temperatura constante até a região
limítrofe, denominada estratopausa.
• Muitos aviões a jacto circulam na
estratosfera porque ela é muito
estável. É nesta camada que existe a
camada de ozono e onde começa a
difusão da luz solar (que origina o azul
do céu).
Mesosfera (50 - 80/85 km)
Na mesosfera a temperatura diminui com a altitude, esta é a camada atmosférica onde há
uma substancial queda de temperatura chegando até a -90º C em seu topo, está situada
entre a estratopausa em sua parte inferior e mesopausa em sua parte superior, entre 50 a
85 km de altitude. É nela que se dá a combustão dos meteoritos.

Mesopausa
A mesopausa é a região da atmosfera que determina o limite entre uma atmosfera com
massa molecular constante de outra onde predomina a difusão molecular.

Termosfera (80/85-km)
Na termosfera a temperatura aumenta com a altitude e está localizada acima da
mesopausa, a sua temperatura aumenta com a altitude rápida e monotonicamente até
onde a densidade das moléculas é tão pequena e se movem em trajectórias aleatórias tal,
que raramente se chocam. É a camada onde ocorrem as auroras e onde orbita o Vaivém
Espacial.
Ver Vídeo
O VENTO
Porquê que o ar se move? Quais as
forças que causam esse
movimento?
Este movimento do ar verifica-se a
diferentes escalas; à escala global
(circulação global), à escala média
(tornados) e à escala local (ventos de
montanha). Em algumas regiões os
ventos têm uma direcção
predominante enquanto que em
outras a direcção predominante
muda sazonalmente. Na maior parte
das regiões o vento muda de dia para
dia. O vento é classificado de acordo
com o ponto da bússola da qual
sopra, por exemplo, um vento que
sopra de norte é um vento de norte

O Sol consiste na “força” causadora da maioria dos ventos, mas existem também
outras forças igualmente importantes.
Força do Gradiente de Pressão (FGP) O aquecimento
diferenciado da superfície da Terra pelo Sol causa diferenças
de pressão. Estas diferenças levam ao movimento do ar.
Quanto maior a diferença de pressão, mais intensa será a
força. A distância entre o centro de altas pressões e o centro
de baixas pressões também determina de quanto o ar em
movimento é acelerado.

- + -
2. Gravidade — causa diferença de pressões
na vertical. A força da gravidade é constante a
uma dada altitude.
Força de Coriolis — Assim que o ar inicia o seu movimento, a rotação da
Terra altera a sua direcção. Esta acção é conhecida por efeito de Coriolis.

Resulta na deflexão para a direita da direcção do movimento no hemisfério Norte e na


deflexão para a esquerda no hemisfério Sul. A força de Coriolis tem particular influência no
movimento de objectos de grandes dimensões, como massa de ar, movendo-se durante
longas distâncias. Pequenos objectos, como os navios no mar, são demasiado pequenos
para experimentar deflexões significativas na direcção do seu movimento devido à força de
Coriolis.
Fricção — Tem um efeito muito pequeno nas camadas
superiores da Atmosfera mas é relativamente
importante na camada junto ao solo. O seu efeito
diminui com a altitude até um valor (habitualmente
de 1-2 km) a partir do qual deixa de ter qualquer
importância. A camada da Atmosfera onde se
verificam os efeitos da fricção denomina-se de
camada limite da Atmosfera.
Força Centrifuga — Um objecto com uma trajectória circular comporta-se
como se experimentasse uma força com sentido “para fora” da trajectória.
Esta força, denominada de centrifuga, depende da massa do objecto
(quanto maior for a massa maior intensidade terá a força), da velocidade
angular ou de rotação (quanto maior for a velocidade mais intensa será a
força), e da distância ao centro da trajectória ou raio de curvatura (quanto
menor for esta distância maior intensidade terá a força).

Quase todos experimentamos o efeito da força centrifuga quando andámos


num carrossel, num automóvel quando este descreve uma curva ou numa
rápida mudança de direcção numa bicicleta.
Ventos periodico

Brisas marítimas e continentais


A água tem uma maior capacidade térmica que o solo, isto é, a
água aquece muito mais lentamente que o solo mas pode
manter a sua temperatura durante muito mais tempo.
Durante o dia, junto a grandes corpos de água, o solo e água
verificam uma diferença de temperatura, essencialmente
devido às suas diferentes capacidades térmicas. Tal como já
sabemos, o Sol aquece diferentemente diferentes partes da
Terra o que causa diferenças de pressão. Da mesma forma,
num dia quente de Verão, junto à costa, este aquecimento
diferenciado da água e do solo conduz à criação de ventos
locais denominados de brisa marítima.
Uma brisa marítima desenvolve-se, num
dia de Sol, quando a temperatura do solo é
mais elevada que a da superfície do mar. À
medida que o solo aquece, o ar na sua
vizinhança expande-se, torna-se menos
denso e começa a subir. Para substituir este
ar em movimento ascendente surge o ar,
inicialmente sobre a superfície do mar, a
temperatura mais baixa.

Durante a noite, a água não arrefece tanto


como o solo e a circulação inverte-se,
verificando-se o deslocamento do ar à
superfície sobre o solo para o mar; esta
circulação denomina-se de brisa terrestre ou
continental.
Brisas de vale e de montanha

Nas regiões montanhosas verificam-se sistemas de


vento particulares. As encostas mais inclinadas e as
partes mais estreitas dos vales são aquecidas pelo
Sol de forma mais intensa que as vastas superfícies
dos vales ou os picos. Estas condições conduzem a
bisas de vale durante o dia e brisas de montanha
durante a noite. O que são estas brisas?
Brisas do vale
O ar, na vizinhança das encostas das
montanhas, fica a temperatura mais
elevada e eleva-se durante o dia; o ar
ascendente é substituído pelo ar que se
encontra nos vales. Assim, durante o dia
o ar sobe a encosta. Este processo é
responsável pela formação de nuvens e
ocorrência de precipitação sobre as
montanhas com alguma frequência no
Verão e ao fim da tarde!

Brisas da montanha

Durante a noite, as encostas das montanhas


arrefecem. Este ar frio desce a montanha por
acção da gravidade. Assim, ao amanhecer, o ar
mais frio pode ser encontrado no vale. Se o ar
contiver humidade suficiente, pode formar-se
nevoeiro no vale.
Ventos Locais
Ventos Locais
Ventos Locais
As monções

(húmido, quente, ar marítimo) (seco, frio, ar continental)

A circulação de monção é essencialmente determinada pela diferente capacidade térmica


da água (dos oceanos) e do solo (continente), comparável com a circulação de brisa
marítima/brisa terrestre, exceto por se verificar sobre uma região muito mais vasta. No
Verão, os ventos sopram habitualmente do oceano para o continente provocando
chuvas torrenciais em terra, pois transportam elevada humidade. No Inverno, os ventos
sopram em sentido contrário, de terra para o mar resultando condições de seca.
A circulação de monção mais famosa é a que ocorre sobre a
Índia e sudeste da Ásia. Durante o Verão o ar que se encontra
sobre o continente fica a temperatura mais elevada que o ar
sobre o oceano. Assim, o ar continental sobe enquanto que o
ar sobre o oceano, muito mais húmido, converge para o
continente provocando precipitação sobre terra. Verifica-se
uma ascensão adicional do ar húmido para transpor as
cadeias montanhosas causando precipitação abundante, mais
de 640 mm em alguns locais! Durante o Inverno a circulação
inverte-se fazendo com que os ventos superficiais dominantes
sejam de terra para o oceano.
Ventos alíseos

Os Ventos Alísios são ventos Globais que ocorrem durante todo o ano nas regiões
tropicais, sendo muito comuns na (formando um ciclo. São ventos húmidos, provocando
chuvas nos locais onde convergem (CIT). Por essa razão, a zona equatorial é a região das
calmarias equatoriais chuvosas.
O Alísio de hemisfério Norte sopra de Nordeste para Sudoeste, enquanto o do hemisfério
Sul sopra do Sudeste para o Noroeste.
Circulação Global da Terra na atmosfera terrestre. A célula de Hadley subtropical, a
célula de Ferrell (média latitude) e a célula polar. Os ventos alísios e a Zona de

Convergência Intertropical (ITCZ).


Ver vídeo
A célula de Hadley é um modelo de circulação fechada da atmosfera
terrestre predominante nas latitudes equatoriais e tropicais. Esta circulação
está intimamente relacionada aos ventos alísios, às zonas tropicais húmidas,
desertos subtropicais e jet streams.

A circulação de Hadley se origina pelo transporte de calor desde as zonas


equatoriais até às latitudes médias, onde a quantidade de radiação solar
incidente é normalmente muito menor. As células de Hadley se estendem
desde o Equador até latitudes de aproximadamente 30º, em ambos os
hemisférios. Este calor é transportado em um movimento celular, com o ar
ascendendo por convecção nas regiões equatoriais e deslocando-se até as
latitudes superiores, pelas camadas atmosféricas mais altas.

A subida do ar quente no Equador está acompanhada pela formação


frequente de tempestades convectivas na chamada Zona de Convergência
Intertropical (CIT)
• Na baixa atmosfera, o ar desloca-se tanto no sentido horizontal
gerando os ventos, quanto no vertical, alterando a pressão. Pois,
por diferenças de temperatura, a massa aérea aquecida sobe, e ao
esfriar-se, desce e novamente, gerando assim um sistema
oscilatório de variação de pressão atmosférica.
• Uma das maiores determinantes na distribuição do calor e
humidade na atmosfera é a circulação do ar, pois esta activa a
evaporação média, dispersa as massas de ar quente ou frio
conforme a região e o momento. Por consequência caracteriza os
tipos climáticos. À esta circulação de ar, quando na horizontal,
chama-se vento, que é definido como o movimento do ar paralelo à
superfície da Terra. Quando o deslocamento é na vertical,
denomina-se corrente de ar. Aos movimentos verticais e
horizontais de superfície, somam-se os jet streams, e os
deslocamentos de massas de ar, que determinam as condições
climáticas do planeta.
Nuvens
Nuvem é um conjunto visível de
partículas diminutas de gelo ou água
no estado líquido ou ainda de ambos
ao mesmo tempo (mistas), que se
encontram em suspensão na
atmosfera, após terem se
condensado ou liquefeito em virtude
de fenómenos atmosféricos. A
nuvem pode também partículas
procedentes, por exemplo, de
vapores industriais, de fumaças ou
de poeiras.
Constituição das Nuvens
• As nuvens são constituídas por gotículas de água condensada, oriunda da
evaporação da água na superfície do planeta, ou cristais de gelo que se
formam em torno de núcleos microscópicos, geralmente de poeira suspensa
na atmosfera.

• Após formadas, as nuvens podem ser transportadas pelo vento, tanto no


sentido ascendente quanto descendente. Quando a nuvem é forçada a se
elevar ocorre um resfriamento e as gotículas de água podem ser total ou
parcialmente congeladas. Quando os ventos forçam a nuvem para baixo ela
pode se dissipar pela evaporação das gotículas de água. A constituição da
nuvem depende, então, da sua temperatura e altitude, podendo ser
constituídas por gotículas de água e cristais de gelo ou, exclusivamente,
por cristais de gelo em suspensão no ar húmido.
Formação de Nuvens

As nuvens formam-se a partir da condensação do vapor de água existente


em ar húmido na atmosfera. A condensação inicia-se quando mais
moléculas de vapor de água são adicionadas a ar já saturado ou quando a
sua temperatura diminui. É o arrefecimento de ar húmido que se eleva na
atmosfera que dá origem à formação de nuvens. A elevação do ar é um
processo chave na produção de nuvens que pode ser produzido por
convecção, por convergência de ar, por elevação topográfica ou por
levantamento frontal.
Formação de Nuvens
• Existem nuvens formadas devido ao resfriamento do ar húmido que faz com que a
água se condense, outras devido à subida e expansão do ar, quando ele sobe para
níveis onde a pressão atmosférica é progressivamente menor e se expande,
consumindo energia que é absorvida do calor contido no próprio ar, fazendo com que
a temperatura diminua. Este fenómeno é conhecido por resfriamento adiabático. A
condensação e congelamento ocorrem em torno de núcleos de condensação
microscópicos, como partículas de poeira, processos que resultam no resfriamento
adiabático, seguido pela criação de uma corrente de ar ascendente.

• Uma vez formada, a nuvem poderá evoluir, crescendo ou se dissipando. A dissipação


da nuvem é resultado da evaporação das gotículas de água, que a compõem, em
razão de um aumento de temperatura em virtude da mistura do ar no qual ela está
contida com outra massa de ar mais aquecida, o que é conhecido como aquecimento
adiabático, ou pela mistura com uma massa de ar seco.

• Em outras ocasiões uma nuvem pode surgir quando uma certa massa de ar é forçada
a deslocar-se para cima acompanhando o relevo do terreno. Essas nuvens, conhecidas
como "nuvens de origem orográfica", também ocorrem em virtude da condensação
do vapor de água pelo resfriamento adiabático do ar.
Classificação

• Quanto ao aspecto

• Estratiformes - nuvens de desenvolvimento


horizontal, cobrindo grande área; apresentam pouca
espessura; dão origem a precipitação de carácter
leve e contínuo.
• Cumuliformes - nuvens de desenvolvimento vertical,
em grande extensão; surgem isoladas; dão origem a
precipitação forte, em pancadas e localizadas.
Classificação
• Quanto ao estágio (altura)

• De acordo com o Atlas Internacional de Nuvens da OMM (Organização


Meteorológica Mundial) existem três estágios ou grupo de alturas de
nuvens:

• Altas - base acima de 6 km de altura - constituídas por nuvens sólidas.

• Médias - base entre 2 a 4 km de altura nos pólos, entre 2 a 7 km em


latitudes médias, e entre 2 a 8 km no equador - podendo ser nuvens
líquidas ou mistas.

• Baixas - base até 2 km de altura - constituídas de nuvens líquidas.


• Cirrus (Ci): aspecto delicado, sedoso ou fibroso, cor branca brilhante. Lembram
caldas de cavalo e são popularmente chamadas de "rabos-de-galo". Ficam a 8 mil
metros de altitude, numa temperatura a 0º C. Por isso são constituídas de
microscópicos cristais de gelo.

• Cirrocumulus (Cc): delgadas, compostas de elementos extremamente pequenos e


em forma de grãos e rugas. Servem para indicar a base de corrente de jacto e
turbulência.

• Cirrostratus (Cs): em forma de um véu quase transparente, fino e esbranquiçado,


que não oculta o sol ou a lua, e por isso dão origem ao fenómeno de halo
(fotómetro). Se localizam logo abaixo dos Cirrus e também são formados por
cristais de gelo.
Cirros Cirro-cúmulo

Cirrostratus
• Stratus (St): muito baixas, em camadas uniformes e suaves, cor
cinza; coladas à superfície é o nevoeiro; apresenta topo uniforme
(ar estável) e produz chuvisco (garoa). Quando se apresentam
fraccionadas são chamadas fractostratus (Fs).
• Altostratus (As): camadas cinzentas ou azuladas, muitas vezes
associadas a altocumulus; são compostas de gotículas super
esfriadas e cristais de gelo; não formam halo pois encobrem o sol;
dão origem à precipitação leve e contínua.
• Altocumulus (Ac): lençol ou camada de nuvens brancas ou
cinzentas, tendo geralmente sombras próprias. Constituem o
chamado "céu encarneirado".
Altostratos Altocúmulus
• Stratocumulus (Sc): lençol contínuo ou descontínuo, de cor cinza ou
esbranquiçada, tendo sempre partes escuras. Quando em voo, há
turbulência dentro da nuvem.
• Nimbostratus (Ns): aspecto amorfo, base difusa e baixa, muito espessa,
escura ou cinzenta; produz precipitação intermitente e mais ou menos
intensa.
• Cumulus (Cu): contornos bem definidos, assemelham-se a couve -flor;
máxima freqüência sobre a terra de dia e sobre a água de noite. Podem
ser orográficas ou térmicas (convectivas); apresentam precipitação em
forma de pancadas; correntes convectivas. Quando se apresentam
fraccionadas são chamadas fractocumulus (Fc). As muito desenvolvidas
são chamadas cumulus congestus. É sinal de bom tempo.
Nimbostratos
Estratocúmulos

Cúmulos
• Cumulonimbus (Cb): nuvem
de trovoada; base entre 700 e
1.500 m, com topos chegando
a 24 e 35 km de altura, sendo
a média entre 9 e 12 km; são
formadas por gotas d'água,
cristais de gelo, gotas super
esfriadas, flocos de neve e
granizo. Caracterizadas pela
"bigorna": o topo apresenta
expansão horizontal devido
aos ventos superiores,
lembrando a forma de uma
bigorna de ferreiro, e é
formado por cristais de gelo,
sendo nuvens do tipo
Cirrostratus (Cs).
Cúmulos-nimbos
Precipitação

• Chuva é um fenómeno
meteorológico que consiste
na precipitação de água sobre
a superfície da Terra. A chuva
forma-se nas nuvens. Nem
todas as chuvas atingem o
solo, algumas evaporam-se
enquanto estão ainda a cair, e
acontece principalmente em
períodos/locais de ar seco.
As gotas

As gotas de chuva não se parecem nada com lágrimas, como se pensa. As menores,
com menos de 1mm de raio, são esféricas. As que crescem mais, começam-se a
deformar na parte de baixo, porque a pressão do ar puxando para cima na queda
começa a conseguir contrariar a tensão superficial que a tenta manter esférica.
Quando o raio excede cerca de 4 mm, o buraco interior cresce tanto que a gota,
antes de se partir em gotas menores, fica com uma forma que quase parece um
pára-quedas: a forma de um saco de paredes finas voltado para baixo, com um
anel mais grosso de água em roda da abertura inferior.
Chuvas convectivas
Chuvas orográficas ou de relevo
Chuvas frontais
Chuvas frontais
Precipitação Média
• Classificação climática de Köppen-Geiger, mais conhecida
por classificação climática de Köppen, é o sistema de classificação global
dos tipos climáticos mais utilizada em geografia, climatologia e ecologia.[A
classificação foi proposta em 1900 pelo climatologista russo Wladimir
Köppen, tendo sido por ele aperfeiçoada em 1918, 1927 e 1936 com a
publicação de novas versões, preparadas em colaboração com Rudolf
Geiger (daí o nome Köppen-Geiger). A classificação é baseada no
pressuposto, com origem na fitossociologia e na ecologia, de que
a vegetação natural de cada grande região da Terra é essencialmente uma
expressão do clima nela prevalecente. Assim, as fronteiras entre regiões
climáticas foram seleccionadas para corresponder, tanto quanto possível,
às áreas de predominância de cada tipo de vegetação, razão pela qual a
distribuição global dos tipos climáticos e a distribuição
dos biomas apresenta elevada correlação. Na determinação dos tipos
climáticos de Köppen-Geiger são considerados a sazonalidade e os valores
médios anuais e mensais da temperatura do ar e da precipitação. Cada
grande tipo climático é denotado por um código, constituído por letras
maiúsculas e minúsculas, cuja combinação denota os tipos e subtipos
considerados
Tipos de climas
• Clima Equatorial
• Clima Tropical (Húmido e seco)
• Clima Desértico (Quente)
• Clima Temperado (Mediterrânico, Marítimo e Continental)
• Clima Continental Frio
• Clima Desértico Frio
• Clima Subártico
• Clima Polar
• Clima de Altitude
Tipos de climas
Clima Equatorial
Clima Equatorial

• Localização- entre os 5ºN e os 5ºS. Contudo pode atingir os 25º nas


margens orientais dos continentes, devido a influência dos ventos
Alísios;
• Principais áreas abrangidas- bacias do Congo e do Amazonas, ilhas
da Insulíndia e ainda da costa oriental da América Central, o Brasil e
Madagáscar;
• Temperaturas- a temperatura média anual situa-se entre os 24ºC e
os 27ºC, a temperatura média mensal é sempre superior a 18ºC ( o
Sol anda sempre muito próximo do zénite). A amplitude térmica
anual é inferior a 4ºC. Por sua vez, a amplitude térmica diurna
ronda os 10ºC;
• Precipitação- abundante todo o ano, sendo raramente inferior a
60mm por mês. É de origem convectiva. Por vezes, em algumas
regiões, acontecem dois máximos que estão ligados à passagem do
sol pelo zénite (com algum atraso).
• Caracterização Geral - O clima só tem uma estação (Verão).
Clima Tropical (Húmido)
Clima Tropical (seco)
Clima Tropical
• Localização- entre os 5º e os 15º (N e S). Contudo, prolonga-se um pouco mais além nas margens orientais dos
continentes em função dos ventos Alísios e das correntes marítimas quentes;

• Principais áreas abrangidas- Venezuela, parte da Colômbia, interior do Brasil, Sudão, África Oriental e parte da
África do Sul e norte da Austrália;

• Temperaturas- a temperatura é constantemente elevada ao longo do ano, visto que o sol se encontra quase
sempre próximo da vertical ou do zénite. Assim, os dias e as noites não variam muito, quanto à sua duração, ao
longo do ano. A TMA (temperatura média anual) é semelhante à dos climas equatoriais, embora possam existir
casos um pouco superiores. A TMM (temperatura média mensal) também é sempre superior a 18ºC. A ATA
(amplitude térmica anual) é ligeiramente superior á do clima equatorial. Tal como no clima equatorial, a ATD
(amplitude térmica diária) é superior á ATA;

• Precipitação- é essencialmente de origem convectiva. No entanto, nas regiões montanhosas (significativas) a


precipitação é, essencialmente, de origem orográfica. Nestas regiões montanhosas os totais anuais e mensais
chegam a atingir valores assustadores, como por exemplo no Norte da Índia, numa localidade chamada
Cherrapunji, onde num ano a média é de 11440mm e só num mês caíram 9300mm. Apesar de tudo, nas
regiões tropicais chove menos que nas regiões equatoriais.

• Caracterização Geral -O clima tropical caracteriza-se pela existência de duas estações: a estação húmida e a
estação seca. Na primeira predominam as baixas pressões equatoriais- monção marítima. Na segunda
predominam as altas pressões sub-tropicais- monção terrestre.

• É um clima de transição entre o equatorial e o desértico quente, ou seja, à medida que nos afastamos do
equador a estação húmida vai cedendo lugar à estação seca.

• No clima tropical húmido a estação húmida é mais prolongada que a estação seca. No clima tropical seco é o
inverso.
Clima Desértico (Quente)
Clima Desértico (Quente)
• Localização- entre os 15º e os 30º N e S, coincidindo com as faixas das altas pressões sub-
tropicais. Normalmente não se estende para a margem oriental dos continentes;
• Principais áreas abrangidas- norte do México, o sudoeste dos E.U.A., todo o Norte de África,
a Arábia, o Irão, o Paquistão, o interior da Austrália, o sudoeste da África do Sul e a faixa do
Perú e Chile;
• Temperaturas- sofrem grandes oscilações ao longo do dia. Daí que a ATD atinja valores
superiores a 20º. A TMM é elevada (± 20º), sendo, contudo, inferior à média dos climas
tropical e equatorial. A TMD é elevada sobretudo nos meses mais quentes. A ATA não é
elevada (±15º), embora seja superior às amplitudes dos climas tropicais e equatoriais;
• Precipitação- é fraca ou inexistente, sendo normalmente inferior a 150mm por ano. A
precipitação faz-se sempre de uma forma localizada, sob a forma de aguaceiros, sendo muito
irregular. Pode ser desastrosa visto que, como não há vegetação, o escoamento é muito
rápido e pouco proveitoso, formando-se torrentes de lama e evaporando-se a maior parte da
água que cai.
• Temperaturas - são elevadas e a evaporação é superior à precipitação. Este clima encontra-
se suficientemente longe do equador para não ser influenciado pelas baixas pressões
equatoriais. Por outro lado, está suficientemente perto do equador para não ser influenciado
pelos ventos de Oeste, não sendo também influenciado pelos Alísios húmidos (porque não
atinge, em regra, a margem oriental dos continentes). Ex: Saara, Tar, Calaári, Atacama,
Sonora, deserto australiano.
• Caracterização Geral - A aridez é a principal característica do clima desértico, que é
reforçada pela presença de correntes frias, levando este clima até aos 5º de latitude N e S,
sobretudo nas margens ocidentais dos continentes.
Clima Temperado Mediterrânico
Clima Temperado Mediterrânico
• Localização- entre os 30º e os 40º N e S. Nas regiões para além da bacia
do Mediterrâneo, este clima é designado por sub-tropical seco;
• Principais áreas abrangidas- toda a bacia do Mediterrâneo, Califórnia, o
centro do Chile, o Sul da África do Sul e o sul da Austrália;
• Temperaturas- a ATD não é significativa. Contudo, na época estival há
uma "grande" diferença entre a temperatura máxima obtida durante o dia
e a temperatura mais baixa obtida à noite, em função de um
arrefecimento nocturno acentuado. No Inverno esta situação não se
verifica, visto que nos encontramos na presença de temperaturas suaves.
A ATA é considerável e fica próxima dos 15ºC. A média do mês mais
quente é superior a 20ºC, por sua vez, a média do mês mais frio nunca é
inferior a 0ºC. A TMA, também é próxima dos 15ºC (sendo inferior a 20ºC);
• Precipitação- chove principalmente nos meses de Outono e Inverno,
sendo a precipitação de origem frontal (associada à passagem das
frentes). O total anual de precipitação é superior a 500mm mas é inferior
a 1000mm (média).
• Caracterização Geral - O Verão é quente, seco e prolongado. O Inverno é
suave, pluvioso e curto. É um clima de 4 estações.
Clima Temperado Marítimo
Localização- entre os 40º e os 65º de latitude N e S,
na margem ocidental dos continentes;
Principais áreas abrangidas- desde o norte de
Espanha até ao sul da Escandinávia e grande
parte do seu litoral oeste, o litoral sul do Chile,
ponta Sul da África do Sul, ponta Sul da Austrália,
a Nova Zelândia e a Tazmania, litoral noroeste
dos E.U.A. e o litoral sudoeste do Canadá;
Temperaturas- a TMA é inferior a 20ºC sendo
também inferior à do clima temperado
mediterrânico. A ATA é um pouco inferior à do
clima temperado mediterrânico (10ºC-20ºC). Na
região escandinava verifica-se uma anomalia
positiva da temperatura, em função da deriva do
Atlântico Norte;
Precipitação- chove abundantemente todo o ano.
Contudo, verifica-se uma maior precipitação nos
meses de Outono e Inverno. A chuva é
geralmente de origem frontal. Não há meses
secos (normalmente). A elevada nebulosidade é Caracterização Geral - Apresenta um Verão pouco
uma característica deste clima.
quente e um Inverno moderado, sendo fraca a
variação térmica ao longo do ano. Este fenómeno
deve-se à influência moderadora do mar/oceano
Clima Temperado Continental
• Localização- entre os 35º e os 45º N , no interior dos
continentes, alcançando a margem oriental dos
mesmos (devido aos ventos de oeste e às monções);
• Principais áreas abrangidas- o norte do centro e do
leste dos EUA, península Balcânica, norte da China, a
Coreia e o Japão;
• Temperaturas- a TMA é inferior à dos outros climas
temperados (± 10ºC). A temperatura média do mês
mais quente ultrapassa os 22ºC e a média do mês
mais frio é inferior a 0ºC. A ATA é muito elevada sendo
maior ou igual a 20ºC;
• Precipitação- não é abundante, sendo este o clima
menos pluvioso dos temperados. Apenas nas regiões
montanhosas ela chegue a atingir os 150mm.
Concentra-se nos meses de Verão, sendo
essencialmente de origem convectiva e fazendo-se no
Inverno sob a forma de neve.
• Caracterização Geral - O Verão é quente, curto e
pluvioso, o Inverno é muito frio, pouco pluvioso e
prolongado.
Clima Continental Frio

• Localização- entre os 45º e os 60º/65º N;


• Principais áreas abrangidas- principalmente a
Europa Oriental ( sobretudo a Polónia e a Rússia), o
interior da Sibéria (na faixa dos 55º), a Manchúria
(norte), norte do Japão, norte dos EUA e o sul do
Canadá;
• Temperaturas- a TMA é baixa (inferior à do clima
temperado continental). A temperatura média do
mês mais quente não atinge os 22ºC e a média do
mês mais frio é inferior a 0ºC. A ATA é elevada;
• Precipitação- é reduzida, sendo o total anual,
normalmente inferior a 750mm. É sobretudo de
origem frontal. No Inverno ocorre quase sempre
sobre a forma de neve. É mais acentuada no Verão.
• Caracterização Geral - O Verão é relativamente
quente, mas curto e o Inverno é muito frio e
prolongado.
Clima Desértico Frio
• Localização- no interior dos grandes continentes;
• Principais áreas abrangidas- o Turquistão Chinês
(Takla-Makan), Mongólia e EUA (bacia oeste).
• Temperaturas- a média anual não é significativa
em termos positivos (abaixo de 10ºC). A
temperatura média do mês mais quente chega a
atingir os 20ºC e no mês mais frio é inferior a 0ºC.
A ATD é muito elevada e a ATA também é elevada;
• Precipitação- é inferior a 150mm por ano. Ocorre
sobretudo no Verão, sendo de origem convectiva.
No Inverno é escassa sobretudo em função da
presença dos centros de altas pressões associadas
a baixas temperaturas.
• Caracterização Geral - Caracteriza-se pela
presença de um Verão quente e de um Inverno
frio, bem como pela grande secura.
Clima Subártico

• Localização- entre os 55º e os 65º N. Faz a


transição do clima continental frio para o clima
polar;
• Principais áreas abrangidas- países nórdicos,
Suécia, Finlândia, norte da Rússia (Sibéria),
Alasca, grande parte do Canadá;
• Temperaturas- a TMA é baixíssima. A média do
mês mais quente supera um pouco os 10ºC. A
média do mês mais frio é bastante inferior a 0º
(já se atingiram valores médios de –50ºC). A ATA
muito elevada;
• Precipitação- é escassa (inferior a 500mm),
sendo sobretudo de origem frontal. Chove mais
no Verão. No Inverno cai sobre a forma de neve.
• Caracterização Geral - Apresenta um Verão
muito curto e pouco quente e um Inverno muito
longo e rigoroso.
Clima Polar
• Localização- pertence às latitudes mais elevadas
(acima do círculo polar Ártico);
• Principais áreas abrangidas- toda a região norte
da Sibéria, Alasca, Canadá, toda a Gronelândia, a
maior parte da Islândia, toda a Antárctica;
• Temperaturas- sempre muito baixas, não
havendo Verão. A média do mês mais quente
não alcança os 10ºC e a média do mês mais frio
é muito inferior a 0ºC. A média anual é a mais
baixa de todo o mundo. No "Verão" os dias
naturais têm 24 horas. Contudo, o aquecimento
do ar é escasso devido à inclinação dos raios
solares;
• Precipitação- é muito reduzida e quase sempre
sobre a forma de neve (total anual inferior a
250mm).
• Caracterização Geral - Pode-se dividir em clima
de tundra e clima de regiões geladas. Apresenta
apenas uma estação (Inverno).
Clima de Altitude
Clima de Altitude

• Localização- regiões de grande altitude nas cadeias montanhosas;


• Características gerais- Clima de precipitação abundante que ocorre
normalmente, sob a forma de neve;
• Inverno: muito frio. A temperatura, durante o Inverno, regista valores
negativos.
• Verão: curto e fresco. A temperatura raramente vai além dos 12ºC.
• Amplitude térmica anual: moderada.

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