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A densidade da água do mar depende dos valores salinos e dos valores de temperatura
que por sua vez controlam os movimentos verticais da água do mar. A densidade
normalmente aumenta com a profundidade dos oceanos. Se a densidade da água na
superfície por alguma razão se tornar maior ela se torna instável gravitacionalmente e
afunda. Nos pólos a densidade das águas de superfície aumenta por esfriamento direto
ou pela formação de gelo que extrai água pura e forma águas com maior salinidade e
maior densidade. Nas regiões polares a circulação de fundo se origina pelo afundamento
das águas de superfície. Em latitudes baixas águas mais densas e salinas são produzidas
pelo excesso de evaporação acoplados a ventos fortes.
Grande parte da radiação ultravioleta é absorvida na camada de ozônio. O céu tem cor
azul devido ao espalhamento da luz de comprimentos de onda curtos pelas moléculas
de gases contidos na atmosfera.
Parte da radiação que chega a superfície da Terra é por sua vez refletida para o espaço
em forma do que se definiu com o albedo. A Tabela 2.1 mostra os valores típicos de
albedo da superfície da Terra. A inclinação com que os raios solares atingem a
superfície e mesmo a hora do dia são fatores que influenciam nos valores de albedo. No
mar as ondas de superfície e pequenas ondas conhecidas como capilares refletem as
ondas solares, mas em geral não tanto quanto a neve os desertos e em geral a vegetação.
Parcela da radiação solar refletida é novamente absorvida pela atmosfera fazendo com
que ela se aqueça. A superfície da Terra, aquecida, reflete sob forma de radiação de
baixa frequência na faixa espectral das radiações infravermelhas. O vapor d'água CO2 e
outros gases absorvem a energia refletida nessa faixa espectral e dessa forma a
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atmosfera age como um cobertor, aprisionando o calor no seu interior. Esse efeito é
chamado efeito " Estufa ". Outros gases estufa são o metano e óxido nitroso e os gases
produzidos artificialmente chamado clofluorcarbonos usados como refrigerantes e em
sistemas sprays.
Esses gases causam grande preocupação devido ao fato de causarem uma diminuição na
concentração da camada de ozônio na parte superior da atmosfera. O Buraco de Ozônio
que se encontrada sobre o continente Antártico tornou-se bastante conhecido em razão
de que uma maior quantidade de radiação ultravioleta poderá atingir a superfície da
Terra causando danos irreparáveis à vida.
A superfície do mar é mais quente que o ar imediatamente acima dela e dessa forma o
calor pode ser transferido do mar para o ar através do fenômeno da condução. Essa
perda é relativamente pequena considerando-se o balanço total de calor do oceano e
seria desprezível se não houvesse também a ação da mistura convectiva produzida pelos
ventos que remove a camada mais quente de logo acima da superfície.
A maior parte da energia incidente nos oceanos é absorvida nos primeiros metros de
profundidade. Essa energia aquece diretamente os oceanos fornecendo energia para
formação das moléculas orgânicas e a realização da fotossíntese. A Figura 2.5 mostras
como é feita a absorção dessa energia. Comprimentos de onda menores (frequências
maiores) próxima a parte azul do espectro visível penetra mais do que os comprimentos
de onda maiores (baixas frequências).
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Entre 200 a 300 metros até 1000 metros a temperatura diminui rapidamente dando
origem ao que se chama termoclina, permanente abaixo da qual não há a ocorrência de
termoclina sazonal e a temperatura decresce gradualmente até atingir cerca de 0 a 3
graus Celsius. Esse range de temperatura é definido em todos os oceanos,
independentemente das estações, pelas águas mais densas e frias que afundam junto as
regiões polares e fluem em direção ao equador junto ao fundo dos oceanos.
O padrão geral das variações dos valores térmicos alongo da profundidade e estações do
ano é mostrado na Fig 2.8. Os valores máximos e mínimos diferem em cerca de 10
graus na superfície diminuindo até 3 a 4 graus a 100 metros de profundidade.
Termoclinas diurnas também ocorrem nos oceanos durante os dias de alta insolação a
profundidades que não excedem 10 a 15 metros com diferenças de 2a 3 graus de range
de temperatura. Fazendo-se a abstração das termoclinas diurnas, sazonais e permanentes
dos oceanos a distribuição do perfil médio ao longo da profundidade pode ser dividido
em três regiões conforme mostrado em esquema na Fig 2.9. As profundidades da
camada de mistura e termoclina permanente são menores em altas latitude e nas
menores latitudes do que nas latitudes médias porque os ventos são mais fracos e há
menor contraste de valores térmicos sazonais em latitudes baixas.
Um grande avanço foi feito com essa tecnologia e muitas usinas com 50 a 100 KW
foram construídas que podem beneficiar populações de pequenas ilhas no Oceano
Pacífico, a Ilha de Nauru no Equador por exemplo. Para maiores usinas OTEC grandes
instalações são necessárias ancoradas a profundidades acima de 1000 m
e plataformas continentais de dimensões semelhantes às dos campos de petróleo no mar
(Fig 2.10 e 2.11).
Essas plantas podem se tornar econômicas se o preço de outras fontes de energia como
o petróleo se tornarem muito dispendiosas.
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Secções e perfis verticais como aqueles mostrados nas Figuras 2.6 e 2.7 representam
médias de valores de temperatura calculada sobre períodos de meses ou anos.
Conhecemos grande variação sazonal ocorre nas águas de superfície (Fig 2.8) e que
podem haver mesmo pequenas flutuações com o tempo nas camadas profundas do
oceano. É essencial levar em conta que enquanto o posicionamento das isotermas
médias não mudam muito ao longo de escalas de décadas e a estrutura delas é mantida.
Mesmo a escalas de décadas a estrutura é mantida dinamicamente. Qualquer porção de
água pode viajar a uma distância equivalente a uma circunavegação global em poucos
anos, mas a estrutura particular de temperatura permanece a mesma. Essa distribuição é
em parte devido a insolação direta. Igualmente importantes são os processos de
advecção horizontal (movimentos horizontais) do ar e das massas de água (Fig 2.12).
De forma similar e generalizada a Fig 2.13 mostra como a subsidência da água fria e
mais densa, nas regiões polares, conduz a circulação no fundo dos oceanos. A água do
mar está em constante movimento. A temperatura (e os valores salinos) de qualquer
local em particular, abaixo da camada de mistura de superfície, varia muito pouco de
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ano a ano, mesmo que a água nesse local esteja sendo constantemente renovada pelas
correntes oceânicas.