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A exposição humana a cianotoxinas pode ocorrer através de contato dermal, inalação, ingestão
oral, intravenosa e bioacumulação na cadeia alimentar. As toxinas podem ser agrupadas
segundo sua origem e forma de dispersão no ambiente em endotoxinas e exotoxinas. As
endotoxinas são constituintes da parede celular de bactérias e cianobactérias e são liberadas
para a água quando as células morrem e entram em senescência. Sua composição é de
polissacarídeos e lipídeos e são consideradas toxinas fracas. As exotoxinas são proteínas
(polipeptídios), específica e possui grande ação tóxica. As duas toxinas podem ser fatais em
doses elevadas.
Segundo a estrutura química as cianotoxinas podem ser reunidas em três classes: peptídeos
cíclicos, alcaloides e lipopolisacarídeos. Os principais grupos de cianotoxinas, em função da
ação farmacológica são: neurotoxinas e hepatotoxinas e dermotoxinas. As neurotoxinas são
produzidas por espécies e cepas dos gêneros: Anabaena, Aphanizomenon, Lyngbya,
Oscillatoria, Trichodesmium e Cylindrospermopsis. Os tipos de neurotoxinas produzidas por
esses gêneros são: anatoxina-a, anatoxina-a (s), saxitoxinas (SXT), neosaxitoxinas e
homoanatoxina-a. Os sinais de envenenamento são: desequilíbrio, fasciculação, respiração
ofegante e convulsões. As hepatoxinas agem diretamente no fígado e constituem-se no tipo
mais comum de intoxicação por cianobactérias. Apresenta ação relativamente lenta e a morte
é causada através de hemorragia e choque hipovolêmico (aumento do fígado). Os sinais de
ingestão são: prostração, anorexia, vômitos, dor abdominal e diarreia. Os gêneros produtores
são: Microcystis, Anabaena, Nodularia, Oscillatoria, Nostoc e Cylindrospemopsis. As
dermotoxinas são toxinas irritantes de contato, produzindo dermatites e são produzidas pelos
gêneros: Lyngbya, Nodularia, Anabaena, Aphanizomenon, Oscillatoria, Gloetrichia e Shizothrix.