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ORGANISMOS MARINHOS

Organismo Marinho é um termo utilizado para caracterizar ecossistemas aquáticos de água


salgada, como mares e oceanos. Um ecossistema é constituído por um conjunto de factores
abióticos e bióticos, presentes em um determinado local, que estão em interação por meio
do fluxo de energia e da ciclagem de materiais. O ecossistema marinho é vasto
em biodiversidade e tem importância ambiental.

CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS MARINHOS


Os organismos que habitam os ecossistemas marinhos podem ser divididos em três grupos:
plâncton, nécton e bento.

Plâncton: do grego planktós, que significa “errante”, é o nome ao conjunto de seres vivos
que vivem em suspensão no ambiente aquático, apresentando pouca ou nenhuma
capacidade de locomoção. Por apresentar um poder de locomoção limitado, o plâncton é
levado passivamente pelo movimento da água. Esse conjunto inclui diferentes organismos,
que vão de microalgas a larvas de insetos.
Na maioria dos casos, o plâncton é constituído por organismos microscópicos, os quais só
podem ser observados com auxílio de microscópio. Apesar de pequenos, eles exercem
importantes funções no ecossistema aquático, sendo fundamentais na cadeia alimentar.
De acordo com a forma de nutrição dos organismos presentes no plâncton, podemos dividi-
lo em: fitoplâncton e zooplâncton. O fitoplâncton inclui organismos autotróficos, e
o zooplâncton é constituído por organismos heterotróficos.

Fitoplâncton: é o nome dado aos organismos planctônicos que fazem fotossíntese. Nesse
grupo, encontramos diferentes espécies de organismos autotróficos, tais como
cianobactérias e microalgas, como diatomáceas e dinoflagelados.
O tamanho da comunidade fitoplanctônica é influenciado diretamente por fatores como
transparência da água, quantidade de luz, disponibilidade de nutrientes, transporte pela
corrente de água e consumo por organismos predadores.
As florações podem ser resultado da ação humana, que, por exemplo, provoca um aumento
de nutrientes na água, ou ocorrem de maneira natural, devido, por exemplo, a alterações
sazonais na temperatura das águas.

Zooplâncton: também chamado de plâncton animal, constitui a parte heterotrófica do


plâncton, ou seja, inclui organismos que não são capazes de sintetizar seu próprio alimento,
como protozoários, vermes, microcrustáceos e larvas de insetos. Os organismos
zooplanctônicos apresentam diferentes hábitos alimentares, existindo espécies herbívoras,
carnívoras, onívoras e detritívoras.
De acordo com o tempo de permanência de um organismo no plâncton, há a classificação
em dois grupos básicos: holoplâncton e meroplâncton. A denominação holoplâncton, ou
zooplâncton permanente, é dada aos organismos que permanecem todo seu ciclo de vida no
plâncton, como os copépodes (grupo de crustáceos). O meroplâncton, por sua vez, inclui os
organismos que passam apenas um período do seu ciclo de vida no plâncton. Esse é o caso,
por exemplo, de ovos e fases larvais de esponjas marinhas.

Importância do plâncton
O plâncton é extremamente importante nos ecossistemas aquáticos. O fitoplâncton, por
exemplo, destaca-se como o principal produtor primário desses ecossistemas, estando
relacionado, portanto, com a sobrevivência da maioria dos organismos encontrados nesses
locais. Além disso, estima-se que o fitoplâncton é responsável pela produção de 95% do
oxigênio presente na atmosfera aproximadamente.
O zooplâncton, por sua vez, apresenta uma posição muito importante nas cadeias
alimentares, funcionando como o elo entre os organismos produtores (fitoplâncton) e os
níveis superiores da cadeia alimentar.
Nécton: é um termo utilizado para definir um grupo de organismos que se deslocam
activamente na água, vencendo a força das correntezas. Trata-se de um conjunto
extremamente diversificado de seres vivos, que inclui peixes, moluscos, crustáceos,
anfíbios, répteis, insetos aquáticos e aves. Os peixes herbívoros e as baleias são
os consumidores secundários mais importantes da comunidade nectônica. Tubarões,
peixes, lulas e outros animais carnívoros estão situados em níveis tróficos superiores
das cadeias alimentares.
Em oposição ao ambiente bentônico, o ambiente nectônico caracteriza-se por não
apresentar nenhum substrato sólido. Nessa região, os organismos se movimentam em
decorrência da densidade da água e de suas características anatômicas. Os peixes, por
exemplo, possuem um corpo hidrodinâmico e nadadeiras que garantem a sua locomoção e
propulsão pela coluna de água.

Os organismos nectónicos podem ser:


 Pelágicos, quando passam a maior parte do tempo pelo menos durante uma fase do
seu ciclo de vida na coluna de água, sem terem um contacto permanente com
o substrato;
 Demersais, quando passam a maior parte do tempo pelo menos durante uma fase do
seu ciclo de vida - em contacto permanente com o substrato.

Do ponto de vista da alimentação, os organismos nectónicos podem


ser herbívoros, carnívoros (normalmente predadores), comensais de outros organismos ou
detritívoros.
Do ponto de vista da reprodução, os organismos nectónicos podem apresentar qualquer
tipo de estratégia reprodutiva, desde a monoicia, podem
ser ovíparos, vivíparos ou ovovivíparos, apresentar ovos e larvas planctónicas ou
bentónicas, ou mesmo nidação e cuidados parentais.
Importância do nécton
Os néctons possuem extrema importância para os ecossistemas aquáticos. Na cadeia
alimentar, esses organismos servem de alimento para outros seres e também atuam como
predadores. Além disso, os seres desse grupo garantem os fluxos de energia e nutrientes
em diferentes ambientes, já que são capazes de se deslocar horizontalmente e
verticalmente.
Economicamente, os néctons servem de fluxo de renda para várias pessoas. Isso porque
eles fazem parte da dieta alimentar de vários indivíduos e são muito utilizados como
animais de estimação. Peixes com cores exuberantes, como palhaços e betas, podem ser
citados como exemplos.

BENTOS: A palavra bentos tem origem grega, significando benthos = profundidade.


São organismos que vivem em associação no fundo dos ambientes aquáticos, vivendo fixos
ou não ao substrato. As espécies variam bastante e, são influenciadas por uma série de
fatores ambientais.
Os organismos bentônicos que vivem sobre a superfície do substrato são denominados
epifauna, já os que se enterram no substrato são chamados de infauna. A distribuição dos
organismos bentônicos é diversificada pela salinidade da água, tipo de sedimento,
temperatura, correntes, energia das ondas, entre outros e tende a ser maior em águas mais
quentes.
A composição e diversidade das comunidades bentônicas diferem de acordo com o
ecossistema, região bioclimática e também com as características específicas de cada
habitat.
Costões rochosos, manguezais, recifes de corais, praias arenosas, marismas, estuários,
comunidades de algas marinhas são exemplos de habitats bentônicos.
Os bentos podem ser formados por animais (zoobentos) e vegetais (fitobentos).

Zoobentos: São organismos heterotróficos, ou seja, não produzem seu próprio alimento.
Animais que vivem no fundo do mar, como caranguejos, são exemplos de organismos
heterotróficos. Ainda de acordo com suas dimensões, podem ser classificados em
microbentos, mesobentos e macrobentos.

Fitobentos: Compõe esse grupo os vegetais e algas que vivem no fundo do ambiente
aquático, ou seja, os organismos autotróficos. Estes organismos dependem de luz, portanto,
vivem em locais rasos e de águas claras.

Características de bentos
Suas características podem ser diferentes de acordo com o tipo de comunidade bentônica e,
podem ser classificados conforme seu tamanho. Assim, macrobentos (maior que um
milímetro), meiobentos (menor que um milímetro, mas maiores que 32 micrômetros)
e microbentos (organismos menores que 32 micrômetros).
Algumas características comuns aos diferentes organismos bentônicas incluem:
 Podem ser sésseis, desenvolvendo estruturas que permitem aderir ao substrato.
Exemplos: rizóides (algas), os discos de fixação (algas, anêmonas), as espécies de
escavação (moluscos), as glândulas de cimentação (crustáceos, moluscos), entre
outros.
 Podem formar colônias, reduzidas em tamanho (por exemplo, espécies de ascídias)
ou adquirir grandes dimensões (recifes de corais).
 Podem viver no substrato (epifauna), ou dentro do substrato (infauna).
 Desenvolvem grande variedade de relações ecológicas, como por exemplo,
parasitismo, simbiose, mutualismo, amensalismo, entre outros.
 Se adaptam ao substrato, tornando-se achatados ou deprimidos.

Organismos bentônicos
Bactérias: Bactérias aeróbias, anaeróbias e facultativas foram identificadas em diferentes
ambientes bentônicos e desempenham papel vital nesses ambientes, porque fazem parte de
muitos ciclos biológicos e químicos.

Algas Marinhas: As comunidades de algas associadas aos substratos bentônicos incluem


quase todos os principais grupos taxonômicos,como clorofitos (algas verdes), rodófitas
(algas vermelhas) e faeófitas (algas marrons).

Fanerógamas: Os tapetes de ervas marinhas são um dos ecossistemas mais produtivos.


Além disso, esses prados protegem as áreas costeiras da erosão das ondas porque são
sumidouros de dióxido de carbono.

Invertebrados: As comunidades bentônicas hospedam um grande número


de invertebrados, tendo os corais como sua maior representação. Estes, formam recifes que
se estendem por quilômetros, fornecendo abrigo e alimento para uma variedade de
organismos, tanto vegetais quanto animais.
Outros exemplos de invertebrados bentônicos são esponjas (porifera), anémonas (cnidaria),
larvas de fogo (anelídeos), caranguejos, camarões, lagostas (crustáceos), caracóis,
amêijoas, polvos (moluscos), estrelas-do-mar, ouriços-do-mar e também pepinos do mar
(equinodermos).

Vertebrados: O peixe é o principal vertebrado dos animais bentônicos e, com maior


adaptabilidade ao ambiente, pode desenvolver características côncavas, de objetos
entremeados e compressivos.
Nutrição dos bentos: A nutrição de organismos bentônicos depende de factores biológicos
e abióticos. Ou seja: Biológicos relação entre cadeias alimentares complexas e os
indivíduos que as compõem. Abióticos: como disponibilidade de luz, profundidade,
salinidade e até temperatura.
Importância do ambiente bêntico.
O ambiente bentônico, em síntese, é extremamente importante para o ecossistema marinho.
Isso porque milhares de espécies que vivem no organismo bentônico têm a capacidade de
reciclar as águas, conjuntamente à matéria orgânica que chega da camada de luz do
oceano. É nesta camada, aliás, que ocorre a fotossíntese e a produção de alimentos.
Dessa maneira, é possível considerar os organismos bentônicos como um bons digestores
biológicos, capazes de reciclar matéria orgânica e fornecer nutrientes para a coluna d’água.
Por fim, o que achou da matéria? Se gostou, não deixe de conferir sobre Hydrozoa, animais
marinhos que vivem em água salgada como os corais.

FACTORES QUE INFLUENCIAM A DISTRIBUIÇÃO DOS ORGANISMOS


MARINHOS EM DIFERENTES ZONAS DO ECOSSISTEMA
A profundidade é um dos factores mais importantes na distribuição dos organismos pois as
condições de luminosidade, pressão e temperatura variam em função dela. A pressão por
exemplo, aumenta em uma atmosfera a cada 10 metros de profundidade, as radiações da
luz solar são absorvidas diferentemente de acordo com a profundidade e a temperatura
geralmente diminui da superfície para o fundo, embora correntes quentes possam ocorrer
em regiões profundas.
Os organismos que formam as comunidades biológicas nos ambientes marinhos estão
submetidos a uma série de outros fatores físicos (profundidade, luminosidade, tipo de
substrato, características das correntes, temperatura, iluminação, pressão hidrostática,
marés e ondas) químicos (pH, nitritos) e de origem biológica (competição e predação).
Os organismos marinhos são influenciados por diversos fatores que afetam sua
distribuição. Alguns desses fatores incluem a geografia do local,
a temperatura e salinidade da água, correntes marinhas, pressão
hidrostática, iluminação, tipo de substrato, competição e predação . A distribuição dos
organismos marinhos é determinada pela interação desses fatores e pode ser bastante
complexa.
ZONA COSTEIRA
As áreas costeiras são comumente definidas como a interface ou áreas de transição entre a
terra e o mar, incluindo grandes lagos interiores. A zona costeira ou faixa litoral
corresponde à zona de transição entre o domínio continental e o domínio marinho. É uma
faixa complexa, dinâmica, mutável e sujeita a vários processos geológicos.
A acção mecânica das ondas, das correntes e das marés são importantes factores
modeladores das zonas costeiras, cujos resultados são formas de erosão ou formas de
deposição.
As formas de erosão resultam do desgaste provocado pelo impacto do movimento das
ondas sobre a costa, abrasão marinha, sendo mais notória nas arribas.
As formas de deposição são consequência da acumulação dos materiais arrancados pelo
mar ou transportados pelos rios, quando as condições ambientais são propícias. Resultam
praias ou ilhas-barreiras.
O dinamismo elevado característico das zonas costeiras traduz-se numa constante evolução
destas áreas. Algumas formas modificam-se, mudam de posição, umas desaparecem e
outras aparecem.
A zona costeira é um sistema que se encontra num equilíbrio dinâmico, que resulta da
interferência de inúmeros factores, quer naturais quer antrópicos.
Dos fenómenos naturais que interagem com a dinâmica das zonas costeiras podem referir-
se a alternância entre as regressões e transgressões marinhas, a alternância entre períodos
de glaciação e interglaciação e a deformação das margens dos continentes.
Entre os fatores antrópicos que afetam a dinâmica das zonas costeiras, destacam-se:
- O agravamento do efeito de estufa;
- A ocupação, muitas vezes excessiva, da faixa litoral;
- A diminuição de sedimentos que chegam ao litoral pela construção de barragens nos
grandes rios;
- A destruição de defesas naturais, que resulta do pisoteio das dunas, da construção
desordenada, do arranque da cobertura vegetal e da extração de inertes.
Zona Costeira – Importância
Uma zona costeira é a interface entre a terra e a água. Essas zonas são importantes porque
a maioria da população mundial habita essas zonas. As zonas costeiras estão mudando
continuamente devido à interação dinâmica entre os oceanos e a terra.
Ondas e ventos ao longo da costa estão erodindo rochas e depositando sedimentos em uma
base contínua, e as taxas de erosão e deposição variam consideravelmente de um dia para o
outro ao longo dessas zonas.
A energia que chega à costa pode se tornar alta durante as tempestades, e essas altas
energias tornam as zonas costeiras áreas de alta vulnerabilidade a desastres naturais.
Assim, uma compreensão das interações dos oceanos e da terra é essencial para
compreender os perigos associados às zonas costeiras.

PRAIA
Uma praia (do latim tardio plagia) é uma formação geológica composta por partículas
soltas de mineral ou rocha na forma de areia, cascalho, seixo ou calhaus ao longo da
margem de um corpo de água (rio ou oceano), seja uma costa ou praia fluvial. Uma praia é
um espaço geológico localizado ao longo da costa litoral onde se acumula material não
consolidado (nomeadamente cascalho e areia), compreendido entre a linha de água das
marés baixas e o ponto mais elevado atingido por ondas de tempestade. As praias
apresentam geralmente um perfil côncavo suave, formato que lhes é dado pela influência
permanente das ondas, marés e correntes oceânicas.
Além das praias que se formam nas costas marítimas (praias marítimas), existem também
as praias lagunares, que se forma nas costas de lagos por acção das ondas, e as praias
fluviais que se formam nas margens dos rios por acumulação de sedimentos transportados
de zonas a montante e aí depositados.
Devido à ação permanente das ondas e das marés, as praias são locais dinâmicos, alterado
muitas vezes a sua forma e dimensão. Por vezes, após um grande tempestade, a areia de
uma praia pode desaparecer completamente.

MANGAIS
Os mangais são ecossistemas naturais tropicais, compostos por espécies de plantas que
toleram água salgada, geralmente localizados em áreas costeiras, de transição entre os
ambientes terrestre e marinho, característicos de regiões tropicais e subtropicais e, sujeitos
ao regime das marés.
Os mangais apresentam diversas vantagens para o ambiente e para as pessoas, tais como na
prevenção de enchentes e inundações, purificação das águas, berçário da vida marinha e
das aves migratórias, retenção de dióxido de carbono, entre muitos outros benefícios
importantes.

ESTUÁRIO
Na geografia, o estuário é um ambiente aquático de transição entre um rio e o mar, que
sofre a influência das marés e apresenta fortes gradientes ambientais, desde águas doces
próximos da sua cabeceira, águas salobras, e águas marinhas próximo da
sua desembocadura. As zonas entre marés são geralmente constituídas de vazas (lama) ou
ostreiras e, outras zonas cobertas de sapais e pântanos, ótimas zonas para o
desenvolvimento de espécies aquáticas. Os estuários são áreas de extraordinária
produtividade e diversidade biológica.
Do ponto de vista da ecologia e da oceanografia, um estuário é uma região semi-fechada
do oceano influenciada pelas descargas de água doce de terra, quer seja um ou mais rios,
ou apenas da drenagem do continente.
Os estuários são classificados em quatro tipos, dependendo de suas origens:
Desembocaduras de rios afogadas: são comuns em todo mundo, particularmente ao
longo da costa atlântica.

Fiordes: são íngremes, sofrem erosões glaciais e tem o canal em forma de U. Eles têm de
300 a 400 metros de profundidade, mas tipicamente terminam em orla ou soleira rasa
formada por depósitos glaciais terminais.

Estuários com barra: formam-se quando uma ilha ou um esporão de barreira são
construídos paralelos à costa, acima do nível do mar. Como esses estuários são rasos e
normalmente tem apenas uma pequena entrada que os conecta ao oceano, a ação da maré é
limitada.

Tectônico: são reentrâncias costeiras formadas por imperfeição e subsidência locais. Tanto
a água doce quanto a do mar fluem na depressão e formam um estuário.

COSTÕES ROCHOSOS
São regiões de transição entre os meios terrestres e marinhos, apesar disso são
considerados ambientes mais marinhos do que terrestre, pois seus organismos estão
predominantemente relacionados ao mar. Os costões são formados por estruturas rochosas
que se estendem desde o assoalho oceânico até alguns metros acima do nível do mar.
O costão rochoso é um importante substrato de fixação para larvas de diversas espécies e
locomoção para muitos organismos. A sua ocupação não ocorre aleatoriamente, ou seja, os
organismos se estabelecem ou se locomovem em faixas bastante distintas normalmente
perpendiculares à superfície do mar.
Estas regiões (ou zonas) são formadas a partir das habilidades adaptativas dos organismos
relacionadas a factores abióticos (ambientais, como o nível da maré), e factores bióticos
(diversos níveis de interações biológicas, como predação e competição por espaço). A esta
distribuição organizada dá-se o nome de zonação e, de maneira geral, três zonas foram
definidas:
1) Supralitoral: região superior do costão rochoso que é permanentemente exposta ao ar,
onde chegam somente borrifos de água do mar. Ela está compreendida entre o limite
inferior de distribuição da vegetação terrestre, e o limite superior de ocorrência de
cirripédios (cracas) ou, por vezes, de gastrópodos do gênero Littorina. Nessa zona os
fatores abióticos como temperatura e radiação solar possuem grande importância na
distribuição dos organismos, os quais são adaptados à perda de água e à variação da
temperatura.

2) Mediolitoral: é a zona que fica submersa durante a maré alta e exposta durante a maré
baixa. Comumente é marcada pela ocorrência de cracas e por algas verdes. Os organismos
sésseis (aqueles que não se movem, são fixos) dessa zona estão adaptados à variação de
maré e a todas as mudanças ambientais impostas por essa oscilação, o que inclui um
período reduzido para alimentação e liberação de larvas.

3) Infralitoral: é a zona que fica sempre submersa, pois está situada abaixo do nível
mínimo da maré baixa. Nessa zona, os fatores abióticos são mais estáveis e as relações
biológicas (como predação, herbivoria, competição) determinam a distribuição dos
organismos.

IMPORTANCIA
Além de sua importância ecológica como substrato consolidado para o crescimento de
tantos organismos, os costões rochosos são também importante área para exploração de
recursos. Mexilhões e outros tantos moluscos bivalves são coletados durante as marés
baixas em muitos desses locais, caracterizando a atividade de mariscagem.

PLATAFORMA CONTINENTAL
Plataforma continental é a superfície do fundo submarino junto à costa, compreendido
entre o litoral e as profundidades que nunca são superiores a 200 metros. Trata-se do
perímetro estendido dos continentes que se encontra coberto por mares não demasiado
profundos.

ZONAS PROFUNDAS
Zona abissal é uma região profunda do oceano, variando entre 2.000 e 6.000 metros, o
lugar é frio e muito escuro. Essa porção dos oceanos responde por grande parte da extensão
terrestre.
O termo zona abissal é usado, principalmente, na biologia marinha para designar a parte
mais profunda de um oceano.

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