Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Plâncton: do grego planktós, que significa “errante”, é o nome ao conjunto de seres vivos
que vivem em suspensão no ambiente aquático, apresentando pouca ou nenhuma
capacidade de locomoção. Por apresentar um poder de locomoção limitado, o plâncton é
levado passivamente pelo movimento da água. Esse conjunto inclui diferentes organismos,
que vão de microalgas a larvas de insetos.
Na maioria dos casos, o plâncton é constituído por organismos microscópicos, os quais só
podem ser observados com auxílio de microscópio. Apesar de pequenos, eles exercem
importantes funções no ecossistema aquático, sendo fundamentais na cadeia alimentar.
De acordo com a forma de nutrição dos organismos presentes no plâncton, podemos dividi-
lo em: fitoplâncton e zooplâncton. O fitoplâncton inclui organismos autotróficos, e
o zooplâncton é constituído por organismos heterotróficos.
Fitoplâncton: é o nome dado aos organismos planctônicos que fazem fotossíntese. Nesse
grupo, encontramos diferentes espécies de organismos autotróficos, tais como
cianobactérias e microalgas, como diatomáceas e dinoflagelados.
O tamanho da comunidade fitoplanctônica é influenciado diretamente por fatores como
transparência da água, quantidade de luz, disponibilidade de nutrientes, transporte pela
corrente de água e consumo por organismos predadores.
As florações podem ser resultado da ação humana, que, por exemplo, provoca um aumento
de nutrientes na água, ou ocorrem de maneira natural, devido, por exemplo, a alterações
sazonais na temperatura das águas.
Importância do plâncton
O plâncton é extremamente importante nos ecossistemas aquáticos. O fitoplâncton, por
exemplo, destaca-se como o principal produtor primário desses ecossistemas, estando
relacionado, portanto, com a sobrevivência da maioria dos organismos encontrados nesses
locais. Além disso, estima-se que o fitoplâncton é responsável pela produção de 95% do
oxigênio presente na atmosfera aproximadamente.
O zooplâncton, por sua vez, apresenta uma posição muito importante nas cadeias
alimentares, funcionando como o elo entre os organismos produtores (fitoplâncton) e os
níveis superiores da cadeia alimentar.
Nécton: é um termo utilizado para definir um grupo de organismos que se deslocam
activamente na água, vencendo a força das correntezas. Trata-se de um conjunto
extremamente diversificado de seres vivos, que inclui peixes, moluscos, crustáceos,
anfíbios, répteis, insetos aquáticos e aves. Os peixes herbívoros e as baleias são
os consumidores secundários mais importantes da comunidade nectônica. Tubarões,
peixes, lulas e outros animais carnívoros estão situados em níveis tróficos superiores
das cadeias alimentares.
Em oposição ao ambiente bentônico, o ambiente nectônico caracteriza-se por não
apresentar nenhum substrato sólido. Nessa região, os organismos se movimentam em
decorrência da densidade da água e de suas características anatômicas. Os peixes, por
exemplo, possuem um corpo hidrodinâmico e nadadeiras que garantem a sua locomoção e
propulsão pela coluna de água.
Zoobentos: São organismos heterotróficos, ou seja, não produzem seu próprio alimento.
Animais que vivem no fundo do mar, como caranguejos, são exemplos de organismos
heterotróficos. Ainda de acordo com suas dimensões, podem ser classificados em
microbentos, mesobentos e macrobentos.
Fitobentos: Compõe esse grupo os vegetais e algas que vivem no fundo do ambiente
aquático, ou seja, os organismos autotróficos. Estes organismos dependem de luz, portanto,
vivem em locais rasos e de águas claras.
Características de bentos
Suas características podem ser diferentes de acordo com o tipo de comunidade bentônica e,
podem ser classificados conforme seu tamanho. Assim, macrobentos (maior que um
milímetro), meiobentos (menor que um milímetro, mas maiores que 32 micrômetros)
e microbentos (organismos menores que 32 micrômetros).
Algumas características comuns aos diferentes organismos bentônicas incluem:
Podem ser sésseis, desenvolvendo estruturas que permitem aderir ao substrato.
Exemplos: rizóides (algas), os discos de fixação (algas, anêmonas), as espécies de
escavação (moluscos), as glândulas de cimentação (crustáceos, moluscos), entre
outros.
Podem formar colônias, reduzidas em tamanho (por exemplo, espécies de ascídias)
ou adquirir grandes dimensões (recifes de corais).
Podem viver no substrato (epifauna), ou dentro do substrato (infauna).
Desenvolvem grande variedade de relações ecológicas, como por exemplo,
parasitismo, simbiose, mutualismo, amensalismo, entre outros.
Se adaptam ao substrato, tornando-se achatados ou deprimidos.
Organismos bentônicos
Bactérias: Bactérias aeróbias, anaeróbias e facultativas foram identificadas em diferentes
ambientes bentônicos e desempenham papel vital nesses ambientes, porque fazem parte de
muitos ciclos biológicos e químicos.
PRAIA
Uma praia (do latim tardio plagia) é uma formação geológica composta por partículas
soltas de mineral ou rocha na forma de areia, cascalho, seixo ou calhaus ao longo da
margem de um corpo de água (rio ou oceano), seja uma costa ou praia fluvial. Uma praia é
um espaço geológico localizado ao longo da costa litoral onde se acumula material não
consolidado (nomeadamente cascalho e areia), compreendido entre a linha de água das
marés baixas e o ponto mais elevado atingido por ondas de tempestade. As praias
apresentam geralmente um perfil côncavo suave, formato que lhes é dado pela influência
permanente das ondas, marés e correntes oceânicas.
Além das praias que se formam nas costas marítimas (praias marítimas), existem também
as praias lagunares, que se forma nas costas de lagos por acção das ondas, e as praias
fluviais que se formam nas margens dos rios por acumulação de sedimentos transportados
de zonas a montante e aí depositados.
Devido à ação permanente das ondas e das marés, as praias são locais dinâmicos, alterado
muitas vezes a sua forma e dimensão. Por vezes, após um grande tempestade, a areia de
uma praia pode desaparecer completamente.
MANGAIS
Os mangais são ecossistemas naturais tropicais, compostos por espécies de plantas que
toleram água salgada, geralmente localizados em áreas costeiras, de transição entre os
ambientes terrestre e marinho, característicos de regiões tropicais e subtropicais e, sujeitos
ao regime das marés.
Os mangais apresentam diversas vantagens para o ambiente e para as pessoas, tais como na
prevenção de enchentes e inundações, purificação das águas, berçário da vida marinha e
das aves migratórias, retenção de dióxido de carbono, entre muitos outros benefícios
importantes.
ESTUÁRIO
Na geografia, o estuário é um ambiente aquático de transição entre um rio e o mar, que
sofre a influência das marés e apresenta fortes gradientes ambientais, desde águas doces
próximos da sua cabeceira, águas salobras, e águas marinhas próximo da
sua desembocadura. As zonas entre marés são geralmente constituídas de vazas (lama) ou
ostreiras e, outras zonas cobertas de sapais e pântanos, ótimas zonas para o
desenvolvimento de espécies aquáticas. Os estuários são áreas de extraordinária
produtividade e diversidade biológica.
Do ponto de vista da ecologia e da oceanografia, um estuário é uma região semi-fechada
do oceano influenciada pelas descargas de água doce de terra, quer seja um ou mais rios,
ou apenas da drenagem do continente.
Os estuários são classificados em quatro tipos, dependendo de suas origens:
Desembocaduras de rios afogadas: são comuns em todo mundo, particularmente ao
longo da costa atlântica.
Fiordes: são íngremes, sofrem erosões glaciais e tem o canal em forma de U. Eles têm de
300 a 400 metros de profundidade, mas tipicamente terminam em orla ou soleira rasa
formada por depósitos glaciais terminais.
Estuários com barra: formam-se quando uma ilha ou um esporão de barreira são
construídos paralelos à costa, acima do nível do mar. Como esses estuários são rasos e
normalmente tem apenas uma pequena entrada que os conecta ao oceano, a ação da maré é
limitada.
Tectônico: são reentrâncias costeiras formadas por imperfeição e subsidência locais. Tanto
a água doce quanto a do mar fluem na depressão e formam um estuário.
COSTÕES ROCHOSOS
São regiões de transição entre os meios terrestres e marinhos, apesar disso são
considerados ambientes mais marinhos do que terrestre, pois seus organismos estão
predominantemente relacionados ao mar. Os costões são formados por estruturas rochosas
que se estendem desde o assoalho oceânico até alguns metros acima do nível do mar.
O costão rochoso é um importante substrato de fixação para larvas de diversas espécies e
locomoção para muitos organismos. A sua ocupação não ocorre aleatoriamente, ou seja, os
organismos se estabelecem ou se locomovem em faixas bastante distintas normalmente
perpendiculares à superfície do mar.
Estas regiões (ou zonas) são formadas a partir das habilidades adaptativas dos organismos
relacionadas a factores abióticos (ambientais, como o nível da maré), e factores bióticos
(diversos níveis de interações biológicas, como predação e competição por espaço). A esta
distribuição organizada dá-se o nome de zonação e, de maneira geral, três zonas foram
definidas:
1) Supralitoral: região superior do costão rochoso que é permanentemente exposta ao ar,
onde chegam somente borrifos de água do mar. Ela está compreendida entre o limite
inferior de distribuição da vegetação terrestre, e o limite superior de ocorrência de
cirripédios (cracas) ou, por vezes, de gastrópodos do gênero Littorina. Nessa zona os
fatores abióticos como temperatura e radiação solar possuem grande importância na
distribuição dos organismos, os quais são adaptados à perda de água e à variação da
temperatura.
2) Mediolitoral: é a zona que fica submersa durante a maré alta e exposta durante a maré
baixa. Comumente é marcada pela ocorrência de cracas e por algas verdes. Os organismos
sésseis (aqueles que não se movem, são fixos) dessa zona estão adaptados à variação de
maré e a todas as mudanças ambientais impostas por essa oscilação, o que inclui um
período reduzido para alimentação e liberação de larvas.
3) Infralitoral: é a zona que fica sempre submersa, pois está situada abaixo do nível
mínimo da maré baixa. Nessa zona, os fatores abióticos são mais estáveis e as relações
biológicas (como predação, herbivoria, competição) determinam a distribuição dos
organismos.
IMPORTANCIA
Além de sua importância ecológica como substrato consolidado para o crescimento de
tantos organismos, os costões rochosos são também importante área para exploração de
recursos. Mexilhões e outros tantos moluscos bivalves são coletados durante as marés
baixas em muitos desses locais, caracterizando a atividade de mariscagem.
PLATAFORMA CONTINENTAL
Plataforma continental é a superfície do fundo submarino junto à costa, compreendido
entre o litoral e as profundidades que nunca são superiores a 200 metros. Trata-se do
perímetro estendido dos continentes que se encontra coberto por mares não demasiado
profundos.
ZONAS PROFUNDAS
Zona abissal é uma região profunda do oceano, variando entre 2.000 e 6.000 metros, o
lugar é frio e muito escuro. Essa porção dos oceanos responde por grande parte da extensão
terrestre.
O termo zona abissal é usado, principalmente, na biologia marinha para designar a parte
mais profunda de um oceano.