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FATORES BIÓTICOS E ABIÓTICOS

Fatores Bióticos e Abióticos

Os fatores bióticos e abióticos representam as relações existentes que permitem o equilíbrio do ecos-
sistema.

Um ecossistema pode ser tanto uma floresta como um pequeno aquário.

Os elementos físicos e químicos do ambiente (fatores abióticos) é que determinam, em larga escala,
a estrutura e o funcionamento das comunidades vivas (fatores bióticos).

Componentes bióticos e abióticos

Fatores Bióticos

Os fatores bióticos são o resultado da interação entre os seres vivos em uma determinada região.
Juntos, eles formam a biota, ou seja, a comunidade biológica que influencia o ecossistema do qual
fazem parte.

Por exemplo, em um manguezal todas as espécies animais e vegetais compõem a biota daquele am-
biente, como os caranguejos, os guarás, as lontras, o mangue preto e o mangue vermelho.

A influência que os fatores bióticos exercem no ecossistema são baseados principalmente a partir
das relações ecológicas e das cadeias alimentares.

Relações Ecológicas

Relação ecológica interespecífica harmônica

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As relações ecológicas são as interações que ocorrem entre os seres vivos, sendo classificadas da
seguintes forma:

Nível de interdependência

Intraespecíficas (ou Homotípicas): relação entre seres da mesma espécie.

Interespecíficas (ou Heterotípicas): relação entre seres de espécies diferentes.

Benefícios ou prejuízos que apresentam

Harmônicas: quando o resultado da associação entre as espécies é positiva, podendo somente uma
ou as duas espécies serem beneficiados sem o prejuízo de nenhum deles.

Desarmônicas: quando o resultado desta relação for negativo, ou seja, se houver prejuízos para uma
ou ambas as espécies envolvidas.

Os diferentes tipos de relações ecológicas representam a contribuição dos seres vivos para o ecos-
sistema em que vivem. O ecossistema aquático é um exemplo de como os fatores bióticos exercem
sua influência para o equilíbrio do meio.

O manguezal também reflete a importância das relações ecológicas, onde a biota forma um ciclo.
Este é um ambiente considerado o berçário de muitas espécies marinhas, especialmente para muitos
peixes e crustáceos que utilizam essa região para se reproduzir.

Cadeia Alimentar

A Cadeia Alimentar é o percurso de matéria e energia que se inicia sempre com seres produtores e
termina nos decompositores.

Ela corresponde à relação de alimentação, ou seja, à absorção de nutrientes e energia entre os seres
vivos.

Podemos dizer que a cadeia alimentar refere-se ao processo em que um ser vivo serve de alimento
para outro.

Componentes da cadeia alimentar

Os componentes da cadeia alimentar correspondem a toda parte viva que a compõe. Eles são classi-
ficados em produtores, consumidores e decompositores, cada um deles representa um nível trófico.

Produtores

Os produtores são os seres vivos que fabricam o seu próprio alimento através da fotossíntese, ou
seja, são seres autótrofos.

Eles representam o primeiro nível trófico da cadeia alimentar e não precisam se alimentar de outros
organismos. São exemplos de produtores as plantas e o fitoplâncton.

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Consumidores

Os consumidores são os seres heterótrofos, ou seja, não produzem o seu próprio alimento e por isso
necessitam buscar em outros seres a energia para sobreviver.

Eles dividem-se basicamente em:

Consumidores primários: Representados pelos herbívoros, alimentam-se dos seres produtores.

Consumidores secundários: Representados pelos carnívoros, alimentam-se dos consumidores primá-


rios.

Consumidores terciários: Representados pelos carnívoros de grande porte e predadores.

Importante lembrar que nesse nível trófico estão os chamados detritívoros, os animais que se alimen-
tam de restos orgânicos. São exemplos os abutres, minhocas, urubus, moscas, etc.

Os Animais Onívoros também podem ser consumidores primários ou secundários.

Decompositores

Os seres decompositores são importantes para o ciclo da cadeia alimentar, eles alimentam-se da ma-
téria orgânica em decomposição, a fim de obter nutrientes e energia.

Nesse processo, transformam a matéria orgânica em inorgânica, que será utilizada pelos produtores,
recomeçando o ciclo.

São exemplos de decompositores os fungos, bactérias e alguns protozoários.

Exemplos

As cadeias alimentares podem ser terrestres ou aquáticas, vamos conhecer exemplos de cada uma
delas:

Cadeia Alimentar Terrestre

A cadeia alimentar terrestre pode ser demostrada pelo seguinte exemplo:

Representação de uma cadeia alimentar terrestre

Depois de mortos, os restos orgânicos dos seres servirão de alimento para os organismos decompo-
sitores, que depois de realizarem o processo chamado de mineralização (transformação de substan-
cias orgânicas em inorgânicas), impulsionam um novo ciclo, sendo que essas substâncias serão utili-
zadas pelas plantas.

Cadeia alimentar aquática

Podemos representar uma cadeia alimentar aquática do seguinte modo:

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Representação de cadeia alimentar aquática

O fitoplâncton é o principal produtor dos ambientes aquáticos, sendo consumido pelo zooplâncton.
Em uma cadeia alimentar aquática também existem os decompositores.

Nível Trófico

Os níveis tróficos representam a ordem em que a energia flui numa determinada cadeia alimentar.

Em cada nível trófico existe um grupo de organismos com as mesmas características alimentares.
Por exemplo, os consumidores primários alimentam-se apenas de vegetais, enquanto que os consu-
midores secundários e terciários são carnívoros.

As pirâmides ecológicas representam as interações tróficas entre as espécies em uma comunidade.

Teia Alimentar

A teia alimentar consiste na interligação entre várias cadeias alimentares. Elas representam de fato o
que ocorre na natureza, pois demonstram as diversas relações que existem entre os seres vivos.

Em uma cadeia alimentar o fluxo das setas é no sentido unidirecional. Enquanto isso, na teia alimen-
tar existem várias setas devido ao maior número de interações alimentares e fluxo de energia entre
os organismos.

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Cadeias, Teias e Níveis Tróficos

Na cadeia alimentar, organismos estabelecem relação de alimentação em um ecossistema. A cadeia


é composta por produtores, consumidores e decompositores. No meio ambiente, os seres vivos inte-
ragem entre si, transferindo matéria e energia por meio de nutrição.

Essa sequência de seres vivos em que um serve de alimento para o outro pode ser chamada tanto de
cadeia alimentar quanto de teia alimentar, sendo essa última denominação no caso de cadeias ali-
mentares interligadas.

Cada etapa da cadeia alimentar é chamada de nível trófico. Em um ecossistema, o primeiro nível tró-
fico é representado pelos produtores, que nos ecossistemas terrestres são seres autotróficos fotos-
sintetizantes ou quimiossintetizantes, as plantas e as bactérias do solo, respectivamente.

Eles produzem sua própria matéria orgânica, que será utilizada pelo segundo nível trófico, os consu-
midores primários, cujos representantes principais são os herbívoros, como as capivaras, que depen-
dem diretamente dos vegetais para sua nutrição. Os consumidores primários servem de alimento, ou
melhor, são a presa para o terceiro nível trófico, os consumidores secundários, que são carnívoros e
predadores como a onça, por exemplo.

Os onívoros podem participar tanto como consumidores primários, quanto como secundários, uma
vez que se alimentam de vegetais e animais (caso do homem, por exemplo). A seguir, todos os próxi-
mos consumidores serão carnívoros e se alimentarão do nível trófico anterior.

Ao final da cadeia alimentar, ocupando o último nível trófico, encontram-se os decompositores, que
são os seres sapróbios ou saprófagos, principalmente os fungos e bactérias que vivem no solo e na
água e são responsáveis por reciclar a matéria orgânica, que inclui dejetos dos seres detritívoros
(como a minhoca e urubus) e cadáveres.

Com a molécula de glicose (C6H12O6) ocorre a respiração celular (C6H12O6+6O2→6CO2+6H2O),


que libera substâncias minerais (gás carbônico e água) utilizadas pelos produtores (plantas) na fotos-
síntese.

Exemplo de Cadeia Alimentar

Nos ecossistemas aquáticos, os principais produtores são as algas microscópicas, que formam o fito-
plâncton e servem de alimento para o zooplâncton, que são os consumidores primários representa-
dos pelos protozoários, pequenos invertebrados, dentre outros.

Os peixes são considerados os consumidores secundários. Como consumidores terciários, encon-


tram-se peixes maiores e até mesmo o homem. Assim como no ecossistema terrestre, no ambiente
aquático os decompositores são os fungos e as bactérias.

Ao longo da cadeia alimentar, algumas substâncias tóxicas e não biodegradáveis se acumulam nos
seres vivos, como metais pesados, por exemplo, mercúrio e chumbo. Conforme os níveis tróficos vão
aumentando, há uma elevada concentração dessas substâncias no organismo dos seres vivos, tal
processo é denominado bioacumulação ou magnificação trófica. Nos seres humanos, os efeitos des-
sas substâncias tóxicas provocam diversas doenças como câncer, esterilidade e danos aos sistemas
nervoso e muscular.

Um exemplo de teia alimentar pode ser visto na imagem abaixo, que apresenta cadeias alimentares
conectadas.

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O que é a Cadeia Alimentar:

Cadeia alimentar é a sequência unidirecional de matéria e energia trocada entre os seres vivos atra-
vés da alimentação. Desta forma, os organismos vivos dependem uns dos outros para sobreviver nos
diferentes ecossistemas.

A energia e os nutrientes utilizados por todos os seres, através da cadeia alimentar, vai se perdendo
no momento de cada transferência, na forma de calor que não é reaproveitável.

Elementos da cadeia alimentar: níveis tróficos

A cadeia alimentar é composta por três principais grupos de seres vivos: os produtores, os consumi-
dores e os decompositores.

Cada um deles representa um nível trófico do fluxo de energia transmitido através da alimentação. O
primeiro nível trófico é formado pelos produtores e o último são os decompositores.

Produtores

Este é o primeiro nível trófico da cadeia alimentar. Os produtores são aqueles que produzem o seu
próprio alimento (autótrofos), seja através da fotossíntese ou quimiossíntese.

As plantas e os plânctons são os principais exemplos de organismos produtores, pois utilizam os nu-
trientes do solo e da luz solar para obter energia de modo autossuficiente.

Os organismos produtores serão sempre a base da cadeia alimentar e os seres com maior quanti-
dade de energia.

Saiba mais sobre os Autótrofos.

Consumidores

São todos os seres vivos que precisam se alimentar de outro para obter energia e nutrientes (heteró-
trofos).

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Dentro do grupo dos consumidores existem diferentes classificações:

Consumidores Primários: são todos os organismos que se alimentam diretamente dos Produtores.
Neste caso, costumam ser animais herbívoros ou onívoros, pois consomem plantas. Exemplos: coe-
lho e vaca.

Consumidores Secundários: são os seres vivos que se alimentam dos consumidores primários. São
carnívoros ou onívoros. Exemplo: ser humano e gato.

Consumidores Terciários: são os organismos que consomem os secundários. Também podem ser
carnívoros ou onívoros. Exemplo: leão e tubarão.

Os níveis tróficos podem continuar sucessivamente, mas como a energia é perdida a cada nova
transmissão, não costumam existir muitas etapas de consumo numa cadeia alimentar.

Decompositores

Por fim, na última fase trófica da cadeia alimentar, estão os decompositores. Estes são seres que de-
compõe a matéria orgânica morta, retiram os nutrientes que necessitam para sobreviver, e devolvem
ao meio ambiente aquilo que é necessário para recomeçar o ciclo.

Mesmo pertencendo ao último nível trófico da cadeia alimentar, os decompositores estão presentes
em todos os outros níveis. Por exemplo, quando um animal que seja consumidor primário morre, os
organismos decompositores agem na decomposição da matéria orgânica deste. O mesmo ocorre se
morrer um secundário ou terciário.

As bactérias e os fungos são alguns exemplos de organismos decompositores presentes na maioria


dos ecossistemas.

Exemplos de Cadeias Alimentares

As cadeias alimentares são representadas de acordo com o ecossistema. Neste caso, os principais
tipos são:

Cadeia Alimentar Aquática

Nos ecossistemas aquáticos os principais produtores são os filoplânctons, que são um conjunto de
algas unicelulares e microscópicas que fazem fotossíntese.

Como consumidores primários estão os zooplânctons (protozoários, vermes, crustáceos, etc), orga-
nismos que se alimentam dos filoplânctons ou de alguns tipos de bactérias.

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Os zooplânctons, por sua vez, servem de alimento para os peixes e, assim, sucessivamente.

Cadeia alimentar terrestre

Conforme a imagem exemplifica, na cadeia alimentar terrestre temos as plantas como produtores
que, por sua vez, servem de alimento para os consumidores primários (herbívoros ou onívoros), re-
presentados pelo gafanhoto.

Os decompositores (fungos e bactérias) aparecem no fim do ciclo, mas podem agir em qualquer nível
trófico, a partir da decomposição da matéria orgânica morta. Esta é uma atividade fundamental para
garantir o equilíbrio do ecossistema e do ciclo da vida.

Cadeia Alimentar Humana

O ser humano é onívoro, ou seja, se alimenta tanto de plantas como de carnes. Neste caso, pode ser
classificado como um consumidor primário, secundário ou terciário, de acordo com o alimento que
consome.

Por exemplo, o homem é um consumidor secundário quando come carne de vaca, uma vez que este
animal, quando vivo, se alimentava de capim, ou seja, agia como um consumidor primário.

Cadeia Alimentar e Teia Alimentar

A diferença entre ambas está no fato da cadeia alimentar ser uma sequência linear e unidirecional
que indica qual ser vivo serve de alimento para outro.

Já a teia alimentar é o conjunto de várias cadeias alimentares, apresentando de modo mais complexo
a realidade das relações de alimentação existentes nos ecossistemas.

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A teia alimentar é representada graficamente com um grande número de seres vivos, revelando um
conjunto de cadeias alimentares com setas que indicam quem consome quem. As setas desse con-
junto de cadeias alimentares fazem com que haja a semelhança com uma teia de aranha, e por isso
surgiu a designação "teia alimentar".

Assim, na teia alimentar vemos que um mesmo organismo pode estar presente em diferentes níveis
tróficos, seja como consumidor primário, como também secundário ou terciário.

Desta forma, é possível acompanhar todos os diferentes caminhos que a energia pode passar pelo
ecossistema.

Crise na Cadeia Alimentar

O desequilíbrio do ecossistema é um dos principais problemas ambientais da atualidade. Com a ex-


tinção de algumas espécies animais e vegetais, estão ocorrendo cada vez mais problemas em ca-
deias alimentares e por consequência, prejuízos para o ecossistema.

A caça predatória de animais, a poluição das águas, do ar e a contaminação de rios são os fatores
que influem diretamente na cadeia alimentar.

Os organismos na natureza precisam obter energia de diversas formas. A cadeia alimentar é uma se-
quência que liga organismos através das relações de alimentação. Essa cadeia é formada por produ-
tores, consumidores e decompositores.

Níveis Tróficos

Os níveis tróficos são a ordem em que as cadeias alimentares são organizadas:

Seres autotróficos: fazem parte dessa classificação da cadeia alimentar os seres capazes de produzir
seu próprio alimento. Esses seres, representados pelas plantas, as cianófitas (algasazuis e verdes) e
algumas bactérias, são conhecidos como produtores primários;

Seres heterotróficos: fazem parte dessa classificação os seres que não são capazes de produzir o
próprio alimento, ou seja, precisam caçar ou procurar por seus alimentos. Esta classificação inclui to-
dos os animais e fungos. Nesta classificação também estão os seres herbívoros, os carnívoros e
os decompositores.

Herbívoros: animais que se alimentam diretamente dos produtores como, por exemplo, a vaca, que
se alimenta de capim (um produtor primário). Dessa forma, são conhecidos como consumidores pri-
mários pois alimentam-se diretamente de um produtor primário;

Carnívoros: se alimentam diretamente dos seres heterótrofos como, por exemplo, o leãonas selvas.
São conhecidos como consumidores secundários pois alimentam-se da carne dos produtores primá-
rios;

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Decompositores: são seres microscópicos que se alimentam de matéria morta.

Ao longo de toda essa cadeia, há trocas de matéria e energia. Essa troca ocorre sempre dos produto-
res primários (autotróficos) para os consumidores (seres heterótrofos) tendo os nutrientes reciclados
pelos decompositores fazendo com que o ecossistema em questão sempre tenha uma nova remessa
de nutrientes; o ciclo da matéria sempre termina com a ação dos decompositores.

Num ecossistema, a fonte de energia para os seres vivos heterótrofos são os seres autotróficos que
utilizam como fonte de energia a luz do Sol, por meio da fotossíntese. Cadeias alimentares conecta-
das formam as teias alimentares.

Nos ecossistemas aquáticos, as algas microscópicas representam os produtores primários. Zooplânc-


tons alimentam-se dessas algas, ganhando a classificação de consumidor primário. Os peixes são os
consumidores secundários pois alimentam-se diretamente dos zooplânctons. Além disso, também há
a classificação de consumidor terciário que incluem o homem e animais maiores como tubarões e ba-
leias.

A cadeia alimentar também inclui substâncias que, em grande quantidade, podem se mostrar bas-
tante tóxicas e nocivas a muitos organismos. Conforme o tamanho dos níveis tróficos, a quantidade
desses elementos como mercúrio e chumbo pode aumentar causando intoxicação de várias magnitu-
des. Este processo é conhecido como bioacumulação ou magnificação trófica.

Fatores Abióticos

Os fatores abióticos são os elementos não vivos do ambiente, porém que afetam os organismos vivos
da biota. Esses elementos podem ser físicos ou químicos.

Os Fatores Físicos

Variação da maré como exemplo de um fator físico

Os fatores físicos são aqueles que constituem o clima do ecossistema, determinado principalmente
pela radiação solar que chega à Terra.

As radiações, além de proporcionarem a luz, fundamental para que ocorra fotossíntese(produção de


alimento pelos organismos autótrofos), também influenciam na temperatura, que é uma condição eco-
lógica decisiva para a vida na superfície terrestre.

A temperatura influencia outros fatores climáticos tais como ventos, umidade relativa do ar e pluviosi-
dade.

No caso do manguezal, a variação das marés é um fator que afeta bastante a vida dos organismos
que existem ali. Na alta da maré, os terrenos ficam alagados e com a maré mais baixa ficam expos-
tos.

As plantas que vivem no manguezal têm as raízes adaptadas para se fixar bem ao terreno lamacento,
são as raízes escoras que ficam expostas na maré baixa.

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Os Fatores Químicos

Os fatores químicos são representados pelos nutrientes existentes.

Destacam-se os sais minerais, nutrientes importantes e essenciais para garantir a sobrevivência dos
organismos. Outro exemplo são os fosfatos, que desempenham um importante papel para a forma-
ção dos ácidos nucleicos, além do magnésio que participa da clorofila.

Os ciclos biogeoquímicos, do nitrogênio, do oxigênio e do carbono contribuem com a ciclagem dos


nutrientes e o fluxo de energia para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.

O manguezal é um ecossistema formado em locais onde há mistura de água doce com água salgada.
Nele, existe uma concentração maior dos sais, que varia bastante nesses ambientes. Sendo assim,
temos outro fator abiótico que influencia a vida da comunidade biótica.

Diferença Entre o Homem E Animal

Qual a diferença entre o homem e o animal?

O homem, apesar de ser racional, age de uma forma bem diferente do animal, destacando a sua inte-
ligência e a forma do seu comportamento.

O homem tem inteligência, consciência e capacidade para analisar seus atos, executar suas tarefas,
planejar suas atividades e colocá-las em prática.

O homem através de sua inteligência e capacitação, chega a atingir as coisas sensíveis e corporais e
também as realidades imateriais e incorporais. Como por exemplo: a verdade, o tempo, o espaço, o
bem, a virtude etc.

O homem, através das suas diferenças defronta-se com seu comportamento, pois o homem é um ser
surpreendente; sua mudança é constante, seus hábitos, costumes, crenças e culturas. A palavra “ra-
zão”é o que predomina em seu vocabulário.

Hoje é lamentável a forma em que o homem vive, ele se destrói a cada minuto, tanto de uma forma
carnal, como espiritual.

Hoje, nós podemos dizer que o homem luta contra si mesmo. Ele mesmo fabrica armas contra si,
bombas atômicas, não respeita nem seu corpo, nem sua própria vida, ele, tão ganancioso, que pode
um dia chegar ao ponto de se destruir totalmente, como já fez com várias espécies animais, com as
florestas, e como ela, a fauna. Ele, na realidade, é o maior inimigo da natureza.

Os animais, considerados como um ser irracional, por mais que possamos pensar que ele é um ser
livre, realiza seus atos impelido pelas suas sensações, pelos apetites e pelo instinto natural, para um
fim de que ele mesmo ignora e cujas conseqüências não consegue nunca prever.

Os animais também são seres inteligentes, mas sempre se reduz à sensibilidade, é um ser que age
de acordo com seu instinto, porém seus sentimentos são fortes e puros em relação ao homem.

Os animais não visam um conhecimento para o futuro, mas vivem a realidade do momento, se ex-
pressam de uma maneira natural para a vida.

Os animais são na verdade seres organizados, dotados de um sentimento profundo e expressam


essa forma de vida aos olhos dos homens que não entendem, nem compreendem e nem respeitam
um ser que é tão lindo e natural, independente de sua espécie.

O homem domina todo espaço que encontra, ele infelizmente interfere até no espaço animal. O ho-
mem sempre visa o seu objetivo, sem se importar se irá destruir outras vidas, o homem ao mesmo
tempo que constrói, destrói tudo num simples piscar de olhos, o homem fez deste mundo um barril de
pólvora que a qualquer momento pode explodir.

O homem é um ser que tem atitudes que muitas vezes deixam a desejar, nos deixam entristecidos e
com os corações feridos.

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Um dia tudo isso terá um fim, o Criador de todas estas coisas irá nos perguntar: o porque de tanta
maldade, de tanta violência, de tanta desordem e também, falta de humanidade.

Será que a fábula do escorpião e do sapo traduz a verdadeira NATUREZA ANIMAL?

A fábula conta a história de um escorpião que teve seu caminho interrompido por um largo rio, sendo
obrigado a parar para considerar a situação. De repente, ele vê um sapo sentado na margem do rio.
”– Olá, Sr. Sapo”, chamou o escorpião. “Você faria a gentileza de me levar, nas suas costas, para o
outro lado do rio?”.

O sapo desconfiado perguntou ”– Como saberei que você não vai me matar, afinal você é um escor-
pião!”. O escorpião respondeu ”– Porque se eu matá-lo me afogaria, pois não consigo nadar.”. Então,
o sapo concordou com o escorpião, que rastejou para as costas do sapo, espetando a pele macia
com suas patinhas pontiagudas.

E assim, ambos escorregaram para o rio. Passada a primeira metade do caminho, o sapo sentiu uma
forte picada e pelo canto dos olhos, viu o escorpião retirar o ferrão. Um torpor intenso tomou-lhe o
corpo. ”– Seu tolo! Porque fez isso?

Agora nós dois vamos morrer!” gritou o sapo. ”– Desculpe-me, não pude evitar, é da minha natureza.
”, respondeu o escorpião. E ambos afundaram nas águas frias e profundas. A moral da história é que
cada um age conforme sua natureza, mesmo que isso pareça incompreensível, pois a natureza deter-
mina o comportamento.

Será esse o elemento que nos separa das outras criaturas?

De um ponto de vista, se o animal é incapaz de mudar sua maneira de agir, eles são vistos como coi-
sas, como “máquinas” biológicas. E isso se dá, única e exclusivamente, por serem escravos da NA-
TUREZA ANIMAL.

Dessa forma, somos as únicas criaturas dotadas de LIVRE VONTADE, pois possuímos uma MENTE
RACIONAL, ou seja, somos seres RACIONAIS por sermos dotados de RAZÃO. A razão por nos sen-
tirmos dessa forma está no fato de sermos capazes de recordar o passado com grande riqueza de
detalhes, podemos prever um possível futuro, imaginar alternativas, medir experiências, julgar experi-
ências, além de deduzir consequências e premissas.

É inegável que temos impulsos e instintos, portanto possuímos uma NATUREZA ANIMAL. No en-
tanto, nossa MENTE RACIONAL está acima de tudo isso, podendo controlar inclusive nossos refle-
xos. Somos capazes de segurar algo quente e não largar, mesmo queimando nossa pele.

Somos capazes de, até mesmo, desafiar o instinto de sobrevivência por um ato racional de LIVRE
VONTADE para sacrificar a própria vida para salvar uma pessoa amada ou defender algum ideal.

Apesar das diferenças, a divisão entre seres RACIONAIS e IRRACIONAIS não deve ser mantida,
pois mesmo criaturas com sistemas nervosos mais simples, podem apresentar uma RACIONALI-
DADE, ainda que mais precária, pois seu COMPORTAMENTO INATO é mais dominante do que
seu APRENDIZADO pela experiência, que possibilitaria mudanças no comportamento. A diferença
entre seres humanos e outras criaturas deve ser fixada por “mais ou menos” no lugar de um simples
“sim ou não”.

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Mesmo os animais unicelulares, como os protozoários (latim proto “primeiro” e zoon “animal”), apre-
sentam comportamentos diferentes, pois nem sempre dão a mesma resposta diante dos mesmos es-
tímulos. A realidade de uma máquina é completamente diferente, pois esperamos obter, invariavel-
mente, a mesma resposta diante dos mesmos estímulos/circunstâncias.

O protozoário pode agir de diversas formas diante do mesmo estímulo. Por exemplo, quando ele en-
contra algo irritante na água, imagine que ele possa dar quatro tipos de resposta, sendo cada uma,
em ordem crescente, mais extrema que a anterior. Se o irritante da água repetir-se em curtos interva-
los de tempo, o protozoário poderá reagir com a resposta 3 ou 4 de imediato, ignorando as possibili-
dades anteriores. É como se o protozoário tivesse desistido de “meias medidas” e para não perder
tempo com as respostas 1 e 2, ele “aprendeu” a dar uma resposta melhor àquela circunstância.

A mesma facilidade em modificar o comportamento pelo CONDICIONAMENTO acontece em animais


mais complexos, como o rato, pois ele vivia na natureza sem a presença do homem, mas aprendeu a
viver nas cidades, tornando-se uma criatura urbana, exatamente como os humanos. De certo modo,
eles foram mais eficientes do que nós, pois apesar das adversidades criadas pelos humanos, o rato
mudou sua NATUREZA ANIMAL, passando a viver nas cidades.

Existem fatos que não podem ser mudados. Por exemplo, um leão não poderá ser CONDICIO-
NADO a comer capim, pois não possui dentes para a mastigação ou um aparelho digestivo apropri-
ado. Assim, é correto dizer que é INATO ao leão comer zebras e não capim. Trata-se de uma limita-
ção física que também nos limita.

Não podemos, pelo poder do pensamento, aumentar a altura de nossos corpos, ficarmos invisíveis ou
sairmos voando. Apesar do cerébro desenvolvido com sua maravilhosa mente racional, somos tão
escravos das limitações físicas como qualquer ameba.

No caso de organismos mais simples, o APRENDIZADO, no sentido de desenvolvimento de conduta


não-inata, se dá pelo CONDICIONAMENTO. Por exemplo, não é INATO para uma abelha sentir-se
atraída pelas cores cinza ou azul, mas pelo CONDICIONAMENTO podemos fazer com que a abelha
“aprenda” a associar essas cores com alimento. Note que de um ponto de vista, a “máquina” mudou
sua associação, mas o método continua sendo o de máquina.

Animais com sistema nervoso mais complexo, como os mamíferos, apresentam comportamentos
mais complexos. Por exemplo, imagine um gato preso numa sala, onde a única saída é a porta e o
trinco deverá ser acionado.

O gato apresentará comportamento aleatório debatendo-se ao acaso, pulando, arranhando, miando,


etc. Por fim, ele faz algo que aciona o trinco e, acidentalmente, o liberta. Da próxima vez que ficar
preso, ele repetirá os movimentos ao acaso, até que, mais uma vez, consiga baixar o trinco e se liber-
tar. Depois de várias REPETIÇÕES, o gato conseguirá fugir imediatamente, pois ele estará condicio-
nado a baixar o trinco, pois finalmente associou o ato com a fuga.

Claro que a memória é fundamental para que o gato consiga descobrir a saída mais depressa na se-
gunda do que na primeira vez. Quanto mais complexo for o sistema nervoso do animal, maior será
sua memória. Os macacos podem se lembrar por mais tempo, se compararmos com os gatos.

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FATORES BIÓTICOS E ABIÓTICOS

Para interpretar o comportamento animal, o biólogo Lloyd Morgan (foto abaixo) afirmava que o ideal
seria usar o menos possível a “humanidade”. O que se mostra fácil no caso do gato, pois trata-se de
experiência de TENTATIVA E ERRO, com vislumbres de MEMÓRIA e CONDICIONAMENTO sufici-
entes para explicar o comportamento do animal.

Os seres humanos são os que apresentam a melhor MEMÓRIA do reino da vida e, mesmo assim,
quando perdemos algo, muitas vezes abandonamos a RACIONALIDADE e passamos a ter um com-
portamento igual ao do gato, procurando o objeto perdido ao acaso, aqui e ali. Caso o objeto seja en-
contrado, não tera sido pelo uso do RACIOCÍNIO, mas sim pela experiência de TENTATIVA E ERRO.

A diferença da situação do gato é que temos uma grande vantagem, pois podemos examinar lugares
mais prováveis de onde o objeto possa estar, desafiando muitas tentativas de busca aleatórias pela
sala. Ou seja, com base na MEMÓRIA, simplificamos o processo de RACIOCÍNIO. Sempre será pos-
sível voltarmos ao método da TENTATIVA E ERRO, mas de modo sublimado, pois transferimos o
método da ação para o campo mental. Uma pessoa não vai procurar em cada canto da sala, pois
buscará por uma provável localização, eliminando o que a experiência lhe mostra como improvável,
simplificando sua busca.

Dessa forma, a mudança no comportamento animal apresenta três estágios ascendentes:

1º) Condicionamento pelas CIRCUNSTÂNCIAS;

2º) Condicionamento depois do método de TENTATIVA E ERRO;

3º) Condicionamento depois da SUBLIMAÇÃO do método de TENTATIVA E ERRO.

Será que podemos considerar esse último estágio, a SUBLIMAÇÃO do método de TENTATIVA E
ERRO, como a RAZÃO, que nos diferencia dos outros animais? Wolfgang Kohler (foto abaixo) estu-
dou os chimpazés e provou que eles são capazes de resolver problemas por lampejos de intuição, ou
seja, eles apresentaram SUBLIMAÇÃO, sendo impossível negar-lhes o RACIOCÍNIO. Deram ao
chimpanzé uma banana pendurada bem alto e duas varas curtas demais para alcançarem a fruta.
Depois de algum tempo de TENTATIVAS E ERROS, o macaco se convenceu de que as varas eram
muito curtas. Parou por alguns instantes e enganchou uma vara na outra, encompridando-as o sufici-
ente para pegar a banana.

E no caso do elefante? E o golfinho? Não sabemos até que ponto a TENTATIVA E ERRO se SUBLI-
MOU para desafiar a possibilidade de RACIOCÍNIO, pois não foram realizados experimentos suficien-
tes para essa afirmação geral. No entanto, é possível afirmar que a RAZÃO não é suficiente para ex-
plicar a separação do ser humano com outras criaturas. Mas será que o ato de achar uma saída, ou
um objeto perdido, pode ser usado como base científica para comparar seres humanos e outros ani-
mais?

Para John Broadus Watson (foto abaixo), fundador do behaviorismo, a psicologia deveria estudar
apenas os comportamentos objetivos, concretos e observáveis e não se preocupar com questões in-
trospectivas, filosóficas e motivacionais. Como estudioso de psicologia animal, ele priorizava métodos
experimentais não introspectivos para estudar o comportamento de ratos e macacos, e acabou que-
brando a barreira que separa a psicologia humana da animal. Portanto, a APRENDIZAGEM é o resul-
tado de REFLEXOS CONDICIONADOS.

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A diferença entre um reflexo comum e um condicionado é que neste o cérebro entra em ação. Por-
tanto, é razoável considerar que o aumento da complexidade cerebral aumenta a complexidade
dos REFLEXOS CONDICIONADOS. Nos mamíferos, alguns reflexos condionados podem ser consi-
derados tão complexos que há dúvida se podem ser realmente considerados reflexos.

Os psicólogos chamam esse fenômeno de RESPOSTA CONDICIONADA. Um HÁBITO é um conjunto


de respostas condicionadas. Os neurônios vão se engatando cada vez mais, formando “circuitos” que
representam as combinações de condicionamentos. As unidades de memória vão sendo armazena-
das, cada vez mais, até que a tentativa e erro possa ser processada nesses armazenamentos de
lembranças em vez do mundo físico.

Para os behavioristas, assim que as unidades de memória são armazenadas, há muito espaço para
o CONDICIONAMENTO, não sendo necessário mais nada para explicar o comportamento humano.
Por exemplo, uma criança, que esta aprendendo a ler, vê a letra “b” e a associa com um som. Depois
olha para as combinações das letras “boca” e começa a associa-la com uma determinada palavra
que já tinha associado a uma determinada coisa.

A LINGUAGEM é uma complexa série de RESPOSTAS CONDICIONADAS. Ela só é possível por


possuirmos uma excelente MEMÓRIA combinada com processos de SUBLIMAÇÃO de TENTATIVA
E ERRO. Os mesmo elementos podem ser encontrados em outros animais, a diferença está na inten-
sidade.

Mesmo atributos considerados como superiores da mente, como dedução lógica ou criatividade, po-
dem ser reduzidos ao método da TENTATIVA E ERRO com CONDICIONAMENTO. O cérebro possuí
grandes áreas que se dedicam às ASSOCIAÇÕES e não recebem diretamente as SENSAÇÕES ou
dirigem as respostas.

A existência das áreas de associações trouxe a falsa ideia de que usamos apenas 10% de nossa ca-
pacidade cerebral. Seria o mesmo que dizer que, a construção de um prédio utilizou-se apenas 10%
dos empregados, pois estaríam ignorados o trabalho dos diretores, secretários e empregados do es-
critório. A maior parte do cérebro se ocupa com as ASSOCIAÇÕES, de modo que está correto afirmar
que usamos o cérebro todo.

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Na região do lobo temporal do cérebro está a área de associações auditiva, onde certos sons são as-
sociados com as MEMÓRIAS de experiências passadas. Por exemplo, um ruído surdo e prolongado
pode trazer à mente a ideia de um trovão distante ou então, não há associação nenhuma. Normal-
mente, quando não há associação alguma, podemos sentir muito medo.

Do mesmo modo, existe uma área de associação visual no lobo occipital do cérebro e uma área de
associação somestética atrás da área somestética. Todas essas áreas de associação são reunidas e
associadas na área gnóstica que ativa a área ideomotora, traduzindo uma resposta adequada. Essa
informação chega na área premotora no lobo frontal do cérebro, coordenando a atividade muscular
necessária para produzir a resposta desejada, realizada pela área motora.

Em 90% dos casos, a área gnóstica e ideomotora estão localizadas no hemisfério esquerdo do cére-
bro humano. A existência de um hemisfério dominante evita que surjam duas séries separadas de in-
terpretações, o que aconteceria se cada hemisfério tivesse sua própria autonomia.

Mesmo reunindo todas as áreas de associação, as áreas sensoriais e as áreas motoras, temos áreas
do cérebro sem uma função específica conhecida como área silenciosa, localizada no lobo pré-frontal
do cérebro. Tendemos a considerar essa área como a mais significativa, pois a evolução do sistema
nervoso humano tem se baseado em empilhar complicações na extremidade dianteira do cérebro.

Na escala dos peixes aos mamíferos, a parte fronteiriça do cérebro é a que sofre maior desenvolvi-
mento, tornando o cérebro em algo cada vez mais dominante. Na escala do macaco ao homem, nota-
se um desenvolvimento sucessivo no lobo frontal do cérebro. Mesmo depois do cérebro ter atingido
seu tamanho humano completo.

Nos primeiros homínideos, os lobos frontais continuaram se desenvolvendo. O homem de Nean-


derthal tinha um cérebro do tamanho do nosso, porém nós temos o lobo frontal mais desenvolvido em
detrimento do lobo occipital.

O peso é o mesmo, a distribuição que é diferente. Assim, existe a presunção de que os lobos pre-
frontais são usados para o armazenamento das associações.

Hoje em dia, é dificil negar que os nervos e os hormônios são os únicos mediadores físico-químicos
do comportamento, concluindo que todo COMPORTAMENTO humano, por mais complexo que seja,
pode ser reduzido a um plano mecânico de células nervosas e hormônios. A menos que se defenda a
existência de algo abstrato como “alma” ou “espírito”, estamos reduzidos a estudar o comportamento
humano, mesmo sendo o mais elevado e complexo, entre as células do sistema nervoso e as subs-
tâncias químicas no sangue.

Quando o processo de SUBLIMAÇÃO de TENTATIVA E ERRO torna-se tão complexo, como acon-
tece na nossa mente, é útil a tentativa de interpretar a atividade mental diante do COMPORTA-
MENTO. Entratanto há uma grande discussão sobre a interpretação mais útil. Quando a RAZÃO

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atinge um determinado ponto de intensidade, ela se torna suficientemente complexa para permi-
tir abstrações e criar símbolos que representam conceitos.

O som da palavra “porta” não representa uma porta específica, mas um conceito que não existe fisi-
camente, ou seja, representa todas as coisas parecidas com porta.

Atingimos o maior nível de complexidade e compreensão na comunicação, pois concebemos abstra-


ções e as concebemos por meio de sons. São emitidos diferentes tipos de sons para que os concei-
tos se transformem em palavras faladas. A palavra falada marca a diferença que separa os seres hu-
manos dos outros animais, pois sua existência significa uma reunião de experiências e conclusões
que ultrapassam a função individual. Há um compartilhamento de experiências.

Com isso, as tribos ficaram mais unidas e fortes, pois tornaram-se menos ignorantes e mais aptas
à APRENDER. Cada nova geração não precisa começar tudo de novo, como acontece com os outros
seres vivos.

Os pais transmitem suas experiências e conhecimentos aos filhos, não apenas por demonstração,
mas por palavras que representam conceitos, pensamentos e deduções. A transmissão depende das
repetições e associações feitas pelo filho.

Repetir perfeitamente um comando é bem difícil, pois exige muitas repetições para desenvolver preci-
são. Quanto mais praticarmos, mais familiarizados ficamos com uma situação, aumentando o número
de acertos. As tarefas que realizamos podem apresentar ambiguidades e variações que causam difi-
culdades na execução da tarefa. Dessa forma, trabalhamos a todo momento com RUÍDOS SENSO-
RIAIS, de movimento e de tarefa. Nossa sociedade premia aqueles que conseguem reduzir as conse-
quências dos ruídos. Por exemplo, se você for capaz de acertar constantemente uma pequena bola
branca num pequenino buraco, usando uma única tacada, nossa sociedade está disposta a premiá-lo
com muito dinheiro.

O cérebro faz um grande esforço para diminuir todo esse ruído, obtendo informações dos órgãos sen-
soriais, comparando-os com informações da memória de um conhecimento antecedente. Esse pro-
cesso faz com que a pessoa passe a acreditar que determinado movimento é mais apropriado para
aquela situação.

O cérebro comanda os músculos e o movimento acontece gerando uma ação. O resultado dessa
ação abre possibilidade para reforçarmos ou reduzirmos nossa crença sobre aquela situação, po-
dendo, até mesmo, resultar na mudança de crenças e valores.

Imagine-se num jogo de tênis e você deseja saber onde a bola irá ser lançada no seu lado. Existem
duas fontes de informação. Uma é a percepção sensorial (visual, auditiva). Ela te dará a informação
de que a bola acertará um determinado ponto na quadra. Mas você sabe que seus sentidos não são
perfeitos e que existe uma variabilidade, portanto os sentidos indicam uma área possível em que a
bola acertará seu lado da quadra.

Essa informação é sobre aquela bola específica, mas existe uma outra fonte de informação, não dis-
ponível naquela jogada, mas disponível apenas para aqueles que repetiram a experiência várias ve-
zes, durante os treinos e jogos.

Assim, jogadores mais experientes tem como acessar a memória de outros jogos, como fonte de in-
formação, para rebater a bola, lançando-a numa área do lado do adversário que sabem ser mais difí-
cil de rebater.

Ambas as fontes de informação são importantes. O cruzamento dessas informações trará o melhor
resultado, ou seja, trará a melhor percepção de onde a bola irá acertar a quadra. Isso significa que
para ter um melhor resultado, precisamos prever a probabilidade das variações do feedback sensorial
pelas experiências vividas naquela situação.

Sem perceber, nós fazemos isso a todo momento. O cérebro faz previsões diante do feedback senso-
rial, alterando nossa percepção diante daquilo que fazemos, aumentando a previsibilidade do resul-
tado. Diante da percepção sensorial, o cérebro envia um comando e o resultado obtido tem o poder
de transformar nosso comportamento, pois na mente temos como simular nossos sentidos e compor-

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tamento. Por exemplo, quando enviamos um comando para pegar algo frágil, a simulação do movi-
mento da pegada é reproduzida em nossa mente, antecipando as consequências daquela ação. Isso
faz com que possamos aplicar a força necessária para pegar o objeto frágil, sem danificá-lo.

Por que outras pessoas são mais eficazes, do que nós mesmos, para nos fazer cócegas?

Isso acontece, pois nossa sensação é bem diferente da sensação sentida por outra pessoa. Quando
tentamos fazer cócegas em nós mesmos, a sensação ofensiva é subtraída pela simulação gerada an-
teriormente em nossa mente.

Esse tipo de simulação acontece a todo momento. Assim, você nunca será capaz de fazer cócegas
em você mesmo, melhor do que qualquer outra pessoa. Isso significa que nosso cérebro faz previ-
sões precisas, podendo escolher subtrair ou adicionar elementos as nossas sensações.

O CONHECIMENTO se atualiza sempre por meio de novas SENSAÇÕES que encontram experiên-
cias e sensações transformadas em memória. Tudo o que fazemos é movido pelo equilíbrio dos de-
sejos de evitar sofrimento ou buscar prazer.

Todos nós tomamos decisões por razões emocionais e não racionais. A RAZÃO é o convencimento
interno para nos sentirmos emocionalmente bem. As emoções estão ligadas às consequências, com
associações boas e ruins. Tentamos nos afastar de certos estados emocionais e buscamos alcançar
outros. É essa inquietude que gera o hábito de tatear, ver, escutar, sentir, comparar, refletir, temer,
desejar, esperar, querer, julgar, etc.

A mente é gerada pelas SENSAÇÕES que alimentam o pensamento e produzem o efeito de chamar
a atenção. Nós temos a incrível capacidade de selecionar entre todos os sentidos, sempre em funcio-
namento, aquele que merece maior atenção, certamente por produzir e transmitir informações mais
interessantes para os SENTIMENTOS e PENSAMENTOS daquela pessoa.

Os sentimentos, aguçados pelas sensações, fazem o pensamento funcionar tentando compreender


aquilo que é a sensação ou atualizando aquela sensação com o conhecimento anterior registrado na
memória. A memória é o conjunto das sensações que foram experimentadas, registradas e transfor-
madas em experiências, produzindo uma sensação de prazer ou sofrimento; isso faz com que toda a
atenção do pensamento se dirija para o sentimento.

A atenção pode virar memória e conhecimento adquirido, se o pensamento for estimulado por senti-
mentos gerados pelas sensações experimentadas. Por essa memória e sentimentos, atualizados pe-
las sensações, os seres humanos realizam o julgamento da realidade e constroem um juízo oriundo
de um processo notadamente passional.

Um indivíduo com sentidos treinados percebe mais detalhes nas sensações que um não treinado, do
mesmo modo que um pintor tem a capacidade de perceber coisas que um leigo não é capaz. O trei-
namento leva ao aperfeiçoamento da capacidade de interpretar sensações. Esse treinamento nada
mais é do que prover o pensamento de memórias para que, na situação com nova sensação, ele
(pensamento) consiga separar o que é novo como sentimento daquilo que é repetição, diminuindo o
impacto do que é novo. Dessa forma, o PENSAMENTO será capaz de prover uma reação menos
emotiva e acidental por uma mais equilibrada e controlada.

E o que acontece quando refletimos sobre algo?

A REFLEXÃO é o hábito de constatar sensações para gerar IDEIAS. Os sentidos estão sempre cap-
tando informações que geram sensações do nosso PENSAMENTO. Esse estado é comum dos seres
vivos, pois todos estão submetidos a essa mesma condição criada pelos sentidos.

O uso da memória pela experiência reconhece a sensação e percebe a oportunidade de melhorar


o CONHECIMENTO, daí a pessoa passa a prestar mais atenção àquela sensação. Dessa forma, o
indivíduo passa a ter duas sensações, uma que já tinha experimentado e a outra que está experimen-
tando. As duas juntas formam as sensações, uma atua nos sentidos e a outra na forma de memória.
A sensação somente acontece quando o estímulo atual encontra uma sensação que já existia.

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Qualquer nova informação, para se efetivar como conhecimento, deve partir de um conhecimento já
construído, pois, a informação deve ser dosada na medida do conhecimento que o outro já possui da-
quele objeto ou as sensações se amontoarão e a compreensão ficará prejudicada.

O discernimento não é algo inato ao ser humano; ele só pode existir se for aprendido. O discerni-
mento é um processo construído por intermédio de exercícios, em que a pessoa exercita seus senti-
dos, fazendo-os capazes de aprender a olhar, a ouvir e a sentir o mundo que está a seu alcance.

Não basta ver, ouvir e sentir para compreender; as SENSAÇÕES devem encontrar experiências me-
morizadas para que sejam ajustadas e transformadas em novas memórias e em CONHECIMENTO.

A LINGUAGEM permite a análise do pensamento, pois palavras são necessárias para formar ideias.
Os seres humanos pensam com a ajuda das palavras de modo que a inteligência, o pensamento, o
raciocínio e a linguagem formam um conjunto inseparável. A linguagem é um método de análise da
realidade. Uma pessoa só consegue entender o que produziu com o conteúdo de uma fala quando
percebe essa fala nas palavras do outro. As pessoas decompõem as ações e percebem que compre-
endem os outros apenas quando analisam cada parte das ações deles.

O PENSAMENTO tem a necessidade de decompor ideias totais e parciais para formar novas ideias.
Esse é o único método que os seres humanos desenvolveram para analisar o pensamento. Como
não há limites para esse processo, podemos chegar aos mínimos detalhes. No entanto, ideias e situ-
ações pensadas não geram efeito na realidade, pois não criam o contexto relacional necessário para
permitir a medição dos seus efeitos práticos.

A MEMÓRIA é a chave que possibilita a diferenciação do ser humano face a outros animais, pois po-
demos nos lembrar tão bem, a ponto de desenvolvermos um código intricado de símbolos que repre-
senta a LINGUAGEM. Mesmo sem qualquer genialidade, a nossa capacidade mnemônica é o que
nos torna seres únicos.

Essa capacidade evolutiva, a memória, gerou a capacidade da fala, a criação de ferramentas e o con-
trole do fogo, impulsionando nossa espécie num enorme salto evolutivo, pois as informações passa-
ram a ser transmitidas entre as pessoas e gerações.

Do Continente Africano, munidos de “ferramentas” evolutivas, expandimos para o resto do planeta.


Criamos símbolos que evidenciam nosso pensamento simbólico para representar conceitos como a
imagem de uma vaca.

A agricultura fez o homem se sedentarizar e logo aprendemos a plantar cana de açúcar, centeio, ce-
vada, trigo, bem como outros tipos de cereais. Todas as culturas de cereais são tipos de grama. Na
evolução humana, a grama funcionou como um “catalisador” evolutivo, pois nossos ancestrais passa-
ram a caminhar tendo em vista que a grama havia exterminado muitas árvores.

Ou seja, mais uma vez, a grama funcionou como um “catalizador” de nossa evolução, pois com a
agricultura, nossa dieta ficou muito dependente de duas espécies de grama: trigo e cevada. Como
ambas amadurecem na mesma época, fomos obrigados a planejar e guardar para evitar a fome.
Dessa forma, aqueles que dominavam as plantações dominavam a sociedade.

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Algumas espécies de animais são mais suscetíveis para domesticação como bovínos, suínos, ovínos
e caprinos. A região da Europa e da Ásia apresentavam mais animais domesticáveis. Esse fato com-
binado a agricultura, abriu caminho para o domínio do mundo moderno nessas regiões. Diferente-
mente, a America e outros continentes não apresentavam tantos animais domesticáveis.

Quanto mais uma população dominava o comércio, maior era a taxa de seu crescimento. As primei-
ras civilizações surgem das viagens feitas por comerciantes em caravanas de burros e eram a única
forma de comunicação da época.

Ideias e histórias eram transportadas de um lugar a outro e o funcionamento do mundo passou a nos
interessar. Essas ideias sempre tiveram relação direta com poder e dominação.

A domesticação dos cavalos combinadas com a roda, invenção dos sumérios, levou a criação da car-
roça e o intenso intercâmbio cultural da época foi responsável por fazer circular as cinco grandes reli-
giões: cirstianismo, islamismo, judaísmo, budismo e hinduísmo. Em 312 d.C., o Imperador de Roma,
Constantino, converteu-se ao cristianismo e abriu caminho para torná-la a religião dominante do Oci-
dente. O Islã também emerge para unificar uma região duas vezes e meia maior que o Império Ro-
mano.

O comércio árabe trouxe os segredos da invenção do papel, os algarismos arábicos e a pólvora, com
o consequente aperfeiçoamento das armas.

Com o descobrimento da América, o centro do poder moveu-se para a Europa. A invenção da má-
quina à vapor nos liberta dos limites musculares, tendo um papel preponderante na Revolução Indus-
trial, posterior às Revoluções Liberais Burguesas na América e França. E assim, o mundo do Atlântico
tornou-se o líder econômico até a atualidade. Desenvolvemos o motor à combustão interna, a eletrici-
dade, o telégrafo, o telefone, os computadores, os celulares e a internet. Hoje, somos mais de 7 bi-
lhões de seres humanos e dominamos o planeta Terra.

Aproveitamos a energia de forma muito mais eficientes que nossos ancestrais e estamos conectados
numa rede mundial. A grosso modo, devemos tudo isso à nossa MENTE.

Mas como é possível compreender a mente, se supomos que a entidade que compreende deva ser
mais complexa que o objeto a ser compreendido? Onde está o limite da compreensão? Existe esse
limite? Poderíamos supor que a matemática ou a física são reflexos simples de um universo físico?
Em ambas situações, não podemos saber, pois tanto na MENTE quanto no UNIVERSO, não pode-
mos medir toda sua complexidade.

A mente humana ao tentar compreender os trabalhos da mente, nos obriga a uma situação na qual a
entidade que quer compreender é de igual complexidade ao objeto a ser compreendido.

Será que somos impotentes para compreender a mente humana?

Talvez não sejamos impotentes para compreender a MENTE humana. É fato que estamos constru-
indo máquinas cada vez mais complexas, e que tem se aproximado do comportamento humano,
como por exemplo o sistema cognitivo da IBM, Watson, capaz de responder perguntas como um ser
humano. Será que estamos próximos da construção de cérebros positrônicos, mesmo sem a com-
pleta compreensão da mente humana?

Nossa história indica que a resposta é positiva, pois criamos as primeiras máquinas à vapor antes de
compreender completamente suas leis; construímos aparelhos elétricos, antes mesmo de conhecer-
mos a corrente elétrica. Então, quais razões demonstraríam algo diferente quanto ao cérebro positrô-
nico e a mente humana?

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Será que um dia, a máquina nos ajudará a desvendar os mistérios da MENTE?

Existem inúmeros escritores de ficção científica excepcionais e dois deles desenvolveram ideias que
se transformaram em realidade: Arthur C. Clarke e Isaac Asimov. Arthur C. Clarke escreveu o conto
“Um macaco imitador pela casa”, que trata do que nos torna iguais ou diferentes aos animais. E Isaac
Asimov escreveu o provocativo conto “A última pergunta”.

A percepção do futuro é captada pela nossa imaginação ou é a imaginação que determina o futuro?
No fim permanecemos com mais perguntas do que respostas, e isso deixa claro que a MENTE é um
dos objetos de estudo mais complexos do Universo.

Para termos uma noção temporal mais precisa do Universo e nossa existência, imagine se transfor-
mássemos os 14 bilhões de anos do “Big Bang” em apenas 14 anos. Nesse cenário, a existência da
Terra teria 5 anos, a dos dinossauros teria 3 semanas, a dos seres humanos teria 3 minutos e a da
Revolução Industrial teria acontecido nos últimos 6 segundos.

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