Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
12. A fecundação e a meiose alternam durante os ciclos de vida sexuados. Nos seres humanos, por exemplo, os ovários e os
testículos produzem gâmetas haploides. Nas plantas, por exemplo no polipódio, anterídios e arquegónios produzem,
igualmente, gâmetas haploides.
Compare os ciclos de vida dos animais com os das plantas, mencionando semelhanças e diferenças.
13. A variabilidade genética é a matéria-prima da evolução. Para além das mutações, que introduzem novidade genética, a
variabilidade genética produzida nos indivíduos com reprodução sexuada constitui um aspeto importante em termos
evolutivos.
Indique e explique três aspetos que contribuem para esta enorme variabilidade genética.
GRUPO II
O dragão-de-komodo, Varanus komodoensis, é a maior espécie de lagarto existente na
Terra e é endémica da Indonésia. Estes répteis encontram-se sob ameaça devido à
diminuição do número de populações selvagens da espécie que, além do declínio acentuado
no número de indivíduos, vão ficando mais fragmentadas. Existem, por isso, várias
instituições que cooperam num programa internacional de criação em cativeiro de dragões-
de-komodo.
Em 2006, Watts e seus colaboradores deram a conhecer ao mundo dois casos isolados de
duas fêmeas em cativeiro que fizeram a postura de vários ovos sem terem qualquer con-
tacto com machos da espécie. Os ovos que não eram viáveis acabaram por ser analisados e,
através da técnica de DNA fingerprinting, concluiu-se que os mesmos teriam sido gerados a
partir do material genético da progenitora, sem que ocorresse fecundação (partenogénese).
A descendência era constituída exclusivamente por machos.
O sistema que determina o sexo destes répteis é o sistema ZW, por oposição ao sistema humano XY. As fêmeas de V.
komodoensis são ZW, enquanto os machos são ZZ. A combinação WW não permite a formação de um embrião viável.
Uma destas fêmeas foi depois cruzada com um macho, tendo produzido descendência (machos e fêmeas), pelo que foi possível
concluir que a partenogénese é uma estratégia reprodutiva facultativa para esta espécie.
1. O dragão-de-komodo é uma espécie que se pode reproduzir sexuada e assexuadamente, com 2n = 40 cromossomas. Os
descendentes resultantes de reprodução assexuada serão _____ e os descendentes originados por reprodução sexuada serão
_____.
(A) diploides haploides (C) haploides diploides
(B) diploides diploides (D) haploides haploides
2. A geração de dragões-de-komodo originada por partenogénese
(A) será constituída por clones da progenitora.
(B) terá genótipo igual à progenitora.
(C) teve todo o seu material genético doado pela progenitora.
(D) tem apenas metade do material genético e metade do número de cromossomas da progenitora.
3. Ao estabelecer um paralelo entre o processo partenogénico das fêmeas de V. komodoensis e o processo meiótico, pode
concluir-se que a formação do _____ corresponde à _____.
(A) primeiro corpo polar ... prófase II da meiose (C) primeiro corpo polar ... etapa reducional da meiose
(B) segundo corpo polar ... etapa reducional da meiose (D) segundo corpo polar ... prófase II da meiose
6. As afirmações seguintes dizem respeito ao processo reprodutivo de diferentes seres vivos. Selecione a opção que as avalia
corretamente.
I. A ocorrência de meiose origina sempre gâmetas.
II. A produção de esporos é sempre realizada através de meiose.
III. Na reprodução sexuada, a fecundação contribui sempre para o aumento da variabilidade genética.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.
7. Faça corresponder a cada uma das descrições da coluna A o termo da coluna B que identifica a respetiva fase da meiose.
Coluna A Coluna B
(a) Os cromossomas homólogos migram para polos opostos da célula. (1) Prófase I
(b) Clivagem dos centrómeros e cada cromatídio passa a constituir um cromossoma (2) Metáfase I
independente. (3) Anáfase I
(c) Os pares de cromossomas homólogos encontram-se alinhados, formando a (4) Telófase I
placa equatorial. (5) Prófase II
(d) Trocas recíprocas de segmentos de cromatídios nos pontos de quiasma. (6) Metáfase II
(e) Os cromossomas atingem os polos da célula. Inicia-se a reorganização de quatro (7) Anáfase II
invólucros nucleares. (8) Telófase II
8. Com base nas informações fornecidas, explique de que forma a adaptação reprodutiva descrita no texto poderá ser
vantajosa para Varanus komodoensis.
Grupo III
Os ascomicetos são uma categoria de fungos produtores de esporos microscópicos. Estes esporos são produzidos no interior de
umas células alongadas (sacos) conhecidas como asci, que se situam numa estrutura maior — o asco. À medida que os esporos
maturam no asco, aumenta a pressão no seu interior até ocorrer a sua rutura, resultando na libertação rápida dos esporos.
Os fungos Penicillium, amplamente conhecidos pelas suas aplicações farmacêuticas e ao nível da indústria alimentar, são
exemplos de ascomicetos.
1. No ciclo de vida dos ascomicetos predomina a
(A) diplofase e a meiose é pós-zigótica. (C) diplofase e a meiose é pré-gamética.
(B) haplofase e a meiose é pós-zigótica. (D) haplofase e a meiose é pré-gamética.
3. Uma população de fungos ascomicetos terá maior capacidade de adaptação a possíveis alterações do meio durante a fase
______ do ciclo de vida e a produção de ascósporos ocorre quando as condições ambientais são _____.
(A) sexuada ... favoráveis (C) assexuada ... favoráveis
(B) sexuada ... desfavoráveis (D) assexuada ... desfavoráveis
5. Durante o ciclo de vida de ascomicetos, o processo que origina variabilidade genética da descendência através de
fenómenos de crossing-over ocorre na formação de _____, que posteriormente originam entidades pluricelulares _____.
(A) ascósporos diploides (C) gâmetas diploides
(B) ascósporos haploides (D) gâmetas haploides
7. As micorrizas são associações simbióticas entre plantas (riza = raiz) e fungos (myco). Existem vários tipos de micorrizas,
sendo as mais comuns ectomicorrizas, nas quais o fungo se instala maioritariamente no exterior e nos espaços intercelulares
da raiz e endomicorrizas, em que o fungo invade o interior das células da raiz.
Avalie as vantagens desta associação para ambos os organismos envolvidos.
O ser humano tem este talento de migrar e de se "espalhar" por todos os continentes. As plantas também. A maior parte é
transportada pelo ser humano. São cada vez mais raros os locais onde predominam espécies nativas: carvalhos, azinheiras,
sobreiros são bem portugueses; os jacarandás e as acácias não são plantas exóticas. Os jacarandás não prosperam muito mais
para lá da beleza que lhe reconhecem. Com os jacintos-de-água ou com as acácias acontece uma adaptação incrível e as
espécies exóticas rapidamente se tornam em invasoras, ameaçando os ecossistemas e a biodiversidade.
O inseto foi libertado pela primeira vez há um ano, na Europa continental (há duas libertações recentes, anteriores a 2015, no
Reino Unido). Esta é uma investigação que dura há uma dúzia de anos e que se demorou na autorização das autoridades
ambientais para a libertação do inseto. Os adultos da vespa emergem da acácia principalmente durante a primavera e o verão,
começando imediatamente a oviposição. Trata-se de uma espécie partenogénica (em que a maioria dos indivíduos adultos que
emerge das galhas são fêmeas e conseguem fazer a oviposição - nas gemas florais ou vegetativas, quando estas ainda são muito
pequenas - sem nunca encontrarem um macho). A postura dos ovos que conduz à formação das galhas (também conhecidas
como bugalhos) ocorre nas gemas florais antes da floração e depois das vagens (figura 6). Os ovos permanecem adormecidos
até ao final do inverno, momento em que eclodem e se começam a desenvolver galhas multiloculares. Cada larva ocupa uma
câmara discreta onde completa o seu desenvolvimento. A maioria das câmaras contém fêmeas que resultaram da fusão do
oócito II com um núcleo polar, no final da meiose, mas machos ocasionais podem também desenvolver-se em câmaras menores
na periferia das galhas.
A oviposição favorece a formação das galhas em vez das flores, pois abortam o desenvolvimento das
gemas, não ocorrendo a floração. Sem flor não há fruto e sem fruto não há semente, impedindo,
portanto, o potencial invasor da acácia-de-espigas.
As galhas representam uma reação da árvore contra a invasão, atuando como sumidouros de
nutrientes, o que acaba por atrasar o desenvolvimento da planta.
3. A maioria das câmaras contém fêmeas, que são indivíduos _____, tendo resultado de reprodução _____.
(A) haploides sexuada (C) diploides sexuada
(B) haploides ... assexuada (D) diploides ... assexuada
4. No ciclo de vida da vespa Trichilogoster acaciaelongifoliae verificam-se fenómenos de recombinação genética durante
____, sendo a meiose _____.
(A) o desenvolvimento dos vários estádios larvares … pré-gamética
(B) o desenvolvimento do ovo ... pós-zigótica
(C) a formação do oócito II e de três núcleos polares ... pré-gamética
(D) a formação de gâmetas … pós-zigótica
5. Tal como na vespa, no ciclo de vida da acácia verifica-se alternância de _____, sendo a meiose _____.
(A) fases nucleares pré-espórica (C) gerações ... pré-espórica
(B) fases nucleares ... pré-gamética (D) gerações ... pré-gamética
6. Ordene as letras de A a E, relativas ao ciclo de vida da acácia-de-espigas, uma angiospérmica (planta com flor), culminando
com a formação das vagens com sementes.
(A) Crescimento e diferenciação de células embrionárias diploides com a formação do esporófito.
(B) Diferenciação de gâmetas: oosfera e grãos de pólen.
(C) Recombinação genética em células diploides.
(D) Dupla fecundação com formação de uma entidade diploide e outra triploide.
(E) Formação de células haploides por meiose.
7. No ciclo de vida da acácia-de-espigas, qual das seguintes opções descreve o processo que conduz diretamente à formação
de gâmetas?
(A) Meiose do esporófito. (C) Mitose do esporófito.
(B) Meiose do gametófito. (D) Mitose do gametófito.
8. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas a ciclos de vida, o respetivo termo ou expressão da
coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Estratégia de reprodução das vespas que corresponde a um processo (1) Partenogénese
rápido e com reduzido dispêndio de energia. (2) Reprodução sexuada
(b) Tipo de ciclo de vida da vespa Trichilogaster ocacioelongifoliae. (3) Prófase II
(c) Tipo de ciclo de vida da acácia-de-espigas. (4) Diplonte
(d) Formação de tétradas cromatídicas ou díadas cromossómicas. (5) Haplonte
(e) Segregação dos cromatídios. (6) Haplodiplonte
(7) Anáfase I
(8) Prófase I
(9) Anáfase II
(10) Metáfase I
9. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, que dizem respeito à meiose e aos ciclos de
vida.
(A) O genoma refere-se ao conjunto de cromossomas cujas características são próprias de uma espécie.
(B) O mesmo gene desempenha a mesma função em diferentes células.
(C) A reprodução assexuada resulta numa descendência idêntica, a não ser que ocorra uma mutação.
(D) Na mitose, a prófase é, geralmente, a etapa do ciclo celular em que, normalmente, os cromossomas são fotografados.
(E) Uma espécie com um número de cromossomas 2n = 16 apresenta 32 cromossomas por célula.
(F) Todos os ciclos de vida apresentam em comum meiose, formação de gâmetas e fecundação.
(G) Nos animais, a meiose resulta na produção de gâmetas e a fecundação, na formação do zigoto.
(H) Após a telófase l, o arranjo cromossómico de cada célula é haploide, sendo a divisão I da meiose equacional.
10. Na África do Sul, a vespa dispersou-se eficazmente por locais de acácias, quer de regiões costeiras quer do interior. No
entanto, informação sobre a sua capacidade de dispersão natural está, em grande parte, ausente. As vespas fêmeas que não
encontram hospedeiro morrem dentro de três dias.
Explique, atendendo ao tipo de reprodução das vespas, por que razão a reprodução com intervenção de machos é mais
vantajosa para assegurar a sua sobrevivência e a sua capacidade de dispersão natural por outras florestas de acácias.
Teste de avaliação global 1
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
3. Os esporos são células geneticamente _____, e o esporófito _____ pares de cromossomas homólogos.
(A) idênticas ... não apresenta (C) idênticas ... apresenta
(B) distintas ... apresenta (D) distintas ... não apresenta
8. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas à reprodução nas plantas, o respetivo termo da coluna
B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Célula reprodutora feminina produzida nos gametângios. (1) Gametófito
(b) Estrutura onde estão presentes os órgãos essenciais que produzem células (2) Esporófito
reprodutoras sexuadas. (3) Arquegónio
(c) Estrutura pluricelular onde se forma o gâmeta feminino. (4) Anterídio
(5) Oosfera
(6) Anterozoide
9. No ciclo de vida dos fetos de Valongo, após a formação do zigoto, desenvolve-se uma plântula que se alimenta a partir do
gametófito, dando origem, depois, ao esporófito maduro.
Mencione uma característica evidenciada no ciclo de vida dos fetos de Valongo que traduza maiores potencialidades evolutivas.
Grupo II - Um distúrbio genético com implicações evolutivas
Teste de avaliação global 2
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Como consequência, as fêmeas apresentam um mosaico de dois tipos de células: umas com o X paterno ativo e outras com o X
materno ativo. Assim, se uma fêmea possui dois alelos diferentes para a cor do pelo no cromossoma X, cerca de metade das
suas células expressarão esse alelo, enquanto as outras expressarão o alelo alternativo. Na figura1 pode observar-se uma fêmea
tricolor resultante da formação destes mosaicos. Refira-se que gatos malhados ou cálicos apresentam também áreas brancas
determinadas ainda por outro gene.
Baseado em K. Mason et al., Biology, McGraw-Hill, 2017
1. As células totipotentes são capazes ____ e podem ser encontradas ____.
(A) de gerar a maioria dos tecidos do animal ... no zigoto
(B) de gerar a maioria dos tecidos do animal ... no zigoto e no recém-nascido
(C) de originar todos os tipos de células e tecidos do animal adulto ... no zigoto
(D) de originar todos os tipos de células e tecidos do animal adulto ... no zigoto e no recém-nascido
2. O gato doméstico apresenta 38 cromossomas nas suas células somáticas. No núcleo de um oócito normal de uma gata
serão esperados
(A) 19 cromossomas simples e 19 moléculas de DNA.
(B) 19 cromossomas duplicados e 38 moléculas de DNA.
(C) 38 cromossomas simples e 38 moléculas de DNA.
(D) 19 cromossomas duplicados e 19 moléculas de DNA.
3. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos
que permitem o desenvolvimento do mosaicismo na pelagem dos gatos, iniciando a sequência pela formação de gâmetas.
Note que uma das afirmações está errada, pelo que deve excluí-la da sua resposta.
A. Citocinese centrífuga por meio de fusão de vesículas do complexo de Golgi.
B. Ocorrência de fecundação entre gâmetas com alelos diferentes para a cor do pelo.
C. Ativação dos corpúsculos de Barr.
D. Inativação de um dos cromossomas X e expressão genética.
E. Citocinese centrípeta por estrangulação do citoplasma.
F. Formação de gâmetas com o cromossoma X ativo.
7. A cor da pelagem depende da presença de feomelanina (pigmentos amarelos a vermelhos) e de eumelanina (pigmentos
castanhos a pretos). A produção desses pigmentos requer a presença de aminoácidos de tirosina e fenilalanina. A síntese de
proteínas que conferem a cor ao pelo
(A) depende da replicação semiconservativa do DNA.
(B) implica a presença de ribossomas e de tRNA.
(C) implica a transcrição seguida imediatamente da tradução do mRNA.
(D) só ocorre após a síntese de aminoácidos.
8. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas à síntese de proteínas do pelo, o respetivo termo ou
expressão da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Sequência de três nucleótidos complementar dos transcritos de DNA. (1) mRNA
(b) Cadeia polinucleotídica simples resultante do processo de transcrição que contém informação (2) DNA
para a síntese proteica. (3) Codão
(c) Polimerização dos aminoácidos ao nível dos ribossomas associados ao retículo endoplasmático. (4) Anticodão
(d) Polímero de ribonucleótidos com um local específico de ligação de um aminoácido. (5) Tradução
(e) Vários codões podem codificar o mesmo aminoácido. (6) Transcrição
(7) tRNA
(8) Degenerescência
(9) Ambiguidade
(10) Especificidade
9. Uma das moléculas que contém a informação para a síntese das proteínas do pelo dos gatos apresentava a sequência
nucleotídica 3' UCA GGA UCC 5'. A molécula a partir da qual ocorreu a sua síntese apresentava a sequência de nucleótidos
(A) 3' AGT CCT AGG 5' (C) 5' AGT CCT AGG 3'
(B) 3' AGU CCU AGG 5' (D) 5' AGU CCU AGG 3'
10. Por vezes ocorrem erros na meiose durante a formação de gâmetas. A probabilidade de surgirem gatos machos com
pelagem tricolor é muito rara (1/3000).
Explique, do ponto de vista cromossómico, o que deverá ocorrer para o surgimento de um gato macho cálico, caso surjam
erros na primeira ou na segunda divisões da meiose.
A malária é uma doença grave, comum e difícil de controlar, sobretudo em países tropicais e subtropicais. Existem quatro
espécies de Plasmodium capazes de infetar o ser humano. Embora cada espécie produza um quadro clínico específico, todas
apresentam ciclos de vida similares nos seus hospedeiros.
O parasita é injetado no ser humano através de uma picada por mosquitos do género Anopheles. O mosquito injeta uma
secreção salivar anticoagulante, veículo para os esporozoítos atingirem a corrente sanguínea. Pela circulação, atingem o fígado,
instalando-se nas células hepáticas. Nelas, o núcleo dos esporozoítos divide-se várias vezes, originando dezenas de milhares de
merozoítos, libertados para o meio extracelular quando ocorre a rutura do hepatócito. Os merozoítos libertados entram nas
hemácias, onde experimentam uma série de ciclos reprodutivos. Quando penetram nas hemácias, tornam-se trofozoítos,
alimentando-se da hemoglobina. Os trofozoítos multiplicam-se dentro da hemácia, produzindo 6 a 36 merozoítos, que,
dependendo da espécie, rompem a hemácia para depois infetar novas células vermelhas.
Quando os glóbulos vermelhos rompem, libertam-se produtos do metabolismo do parasita para a circulação do paciente, o que
resulta em calafrios e febre, característicos da malária.
Após alguns ciclos nas hemácias, a infeção de novas células por alguns dos merozoítos resulta na produção de micro e
macrogametócitos, em vez de uma nova geração de merozoítos.
Ao picar um indivíduo doente, o inseto ingere sangue contendo gametócitos, que, no estômago do mosquito, originam gâmetas
masculinos e femininos, ocorrendo a fecundação com a formação de vários zigotos.
Na parede do estômago, e por divisões múltiplas, produzem-se centenas de esporozoítos que migram para as glândulas
salivares, de onde poderão ser transmitidos a indivíduos saudáveis.
1. No ciclo de vida do protozoário causador da malária, X representa o ciclo _____ e Y representa o ciclo _____.
(A) sexuado … sexuado (C) sexuado ... assexuado
(B) assexuado ... assexuado (D) assexuado ... sexuado
4. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas ao ciclo de vida do Plasmodium, o respetivo termo ou
expressão da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Processo de reprodução assexuada do Plasmodium no interior do fígado. (1) Mosquito Anopheles
(b) Ocorrem fenómenos de recombinação génica, responsáveis pela variabilidade genética do (2) Mitose
parasita. (3) Esporulação
(c) Hospedeiro onde o parasita existe apenas no estado haploide. (4) Meiose
(d) Ciclo de vida do Plasmodium. (5) Diplonte
(e) Processo de reprodução assexuada do parasita no ser humano. (6) Esquizogonia
(7) Haplonte
(8) Haplodiplonte
(9) Multiplicação vegetativa
(10) Ser humano
5. Os mosquitos do género Anopheles, tais como outros insetos, apresentam um eficiente mecanismo de transporte de
oxigénio, porque _____ e o fluido circulante transporta _____.
(A) as superfícies respiratórias são finas, húmidas e intensamente vascularizadas ... gases e nutrientes
(B) as superfícies respiratórias são finas, húmidas e intensamente vascularizadas ... apenas nutrientes
(C) as células contactam diretamente com as superfícies respiratórias ... apenas nutrientes
(D) a sua difusão através da hemolinfa assegura o metabolismo celular ... apenas nutrientes
8. Os mosquitos do género Anopheles pertencem ao reino _____ e o parasita do género Plasmodium pertence ao reino _____.
(A) Protista … Animalia (C) Animalia … Animalia
(B) Animalia … Protista (D) Monera … Animalia
9. Referindo-se ao tipo de reprodução que ocorre na formação de esporozoítos, merozoítos e gametócitos, as diferenças
morfológicas são causadas por genomas diferentes ou por diferenças na expressão génica?
1. A colocação de troncos para fazer de minibarreiras nas encostas, para conter as enxurradas, pode evitar os movimentos em
massa que
(A) ocorrem quando a força de gravidade supera as forças de resistência dos materiais que se encontram nas vertentes.
(B) têm como agente único as águas das chuvas.
(C) surgem apenas em estratos de origem sedimentar, facilmente desagregados.
(D) resultam da ação da água nas diáclases.
3. Após os incêndios há a necessidade de evitar os escoamentos superficiais que contaminam as águas dos aquíferos, que, se
estiverem limitados por duas camadas impermeáveis, denominam-se
(A) aquíferos livres. (C) aquiclusos.
(B) aquíferos confinados. (D) aquíferos impermeáveis.
4. Considerando que o solo da zona ardida é de origem granítica, podemos referir que a rocha-mãe que o originou é
(A) magmática plutónica, sendo a equivalente vulcânica o riólito. (C) metamórfica regional, resultante de alterações do xisto.
(B) magmática vulcânica, sendo a equivalente plutónica o gabro. (D) sedimentar, resultante da diagénese do xisto-grauvaque.
Grupo I
As algas vermelhas (divisão Rhodophyta) são um dos grupos mais antigos de algas eucarióticas. As Rhodophytas constituem um
dos maiores filos de algas, sendo maioritariamente composto por organismos marinhos multicelulares. Este grupo caracteriza-se
pela presença de células eucarióticas não flageladas, sem centríolos, com cloroplastos que não possuem tilacoides empilhados e,
ainda, que utilizam a ficobilina como pigmento acessório, o que confere a estas algas a coloração vermelha.
As algas verdes, membros da divisão Chlorophyta, contêm os mesmos pigmentos fotossintéticos que estão presentes nas
plantas vasculares (clorofilas a e b, carotenos e xantofilas). As algas verdes variam em forma e tamanho, incluindo organismos
unicelulares, coloniais e filamentosos. São um grupo tradicionalmente conhecido, partilhando um mesmo ancestral comum com
as plantas terrestres. As sequências de DNA do núcleo e dos organelos e as características ultraestruturais (em particular a
transferência de genes do cloroplasto para o núcleo) sustentam fortemente a ideia da monofilia para a origem deste grupo. Este
dado terá, provavelmente, perdido as ficobilinas (que estão presentes nas cianobactérias e nas algas vermelhas), mas terá, por
outro lado, adquirido clorofila b (para além da já presente clorofila a).
A linha evolutiva termina nas plantas terrestres vasculares que possuem tecidos lignificados para a condução de água e minerais
e um tecido não lignificado especializado em conduzir produtos da fotossíntese.
Baseado em Lobbar & Wynne, The Biology of Seaweeds, 1981.
1. No ciclo de vida das Rhodophytas, a meiose ocorre imediatamente
(A) antes da formação dos tetrásporos. (C) antes da formação dos gâmetas.
(B) antes da formação dos carpósporos. (D) após a formação do zigoto.
3. O gametófito das algas vermelhas constitui uma entidade _____, em que os gâmetas são gerados por _____.
(A) diploide ... divisões mitóticas (C) haploide ... divisões mitóticas
(B) diploide ... divisões meióticas (D) haploide ... divisões meióticas
4. Se numa espécie de Rhodophytas com 2n = 40 não ocorrer disjunção de um dos pares de cromossomas homólogos durante
a anáfase I da meiose, obter-se-ão, como produto final da meiose,
(A) 4 células com 2n + 1 cromossomas.
(B) 2 células com n + 1 cromossomas e 2 células com n - 1 cromossomas.
(C) 2 células com n cromossomas, 1 célula com n + 1 cromossomas e outra com n - 1 cromossomas.
(D) 4 células com n + 1 cromossomas.
5. As evidências moleculares que atestam a ancestralidade comum de plantas e algas verdes constituem
(A) argumentos paleontológicos. (C) argumentos de anatomia comparada.
(B) argumentos bioquímicos. (D) argumentos citológicos.
6. Nas plantas terrestres, durante a fotossíntese,
(A) ocorre a fixação do carbono no ciclo de Calvin, que se realiza ao nível da membrana dos tilacoides.
(B) a energia conservada na forma de ATP e NADPH na fase fotoquímica é depois usada no ciclo de Calvin.
(C) ocorre redução da molécula de água para regenerar o estado inicial da clorofila do centro de reação.
(D) a cadeia transportadora de eletrões e a formação de ATP são dois processos que ocorrem de forma independente.
7. Nas algas verdes e nas plantas terrestres, durante a fase fotoquímica da fotossíntese, ocorre
(A) redução do pigmento fotossintético. (C) uma cadeia de reações redox.
(B) oxidação do NADPH. (D) fotofosforilação oxidativa.
8. Segundo a hipótese da tensão-adesão-coesão, nas plantas vasculares, o movimento de seiva bruta ocorre
(A) por diminuição da pressão osmótica nos vasos xilémicos foliares.
(B) devido ao transporte ativo de sais ao nível da raiz.
(C) por criação de um défice de água no xilema da raiz.
(D) por carregamento de água no xilema vinda do floema.
10. No ciclo de vida das algas vermelhas é possível identificar a existência de três gerações distintas, existindo apenas
alternância entre duas fases nucleares.
Explique de que modo estão evidenciadas no ciclo de vida apresentado a existência de três gerações e a alternância de fases
nucleares.
Unidade 6. Reprodução
Grupo I
1. (C). A figura evidencia um esquema de uma célula diploide, estando, por isso, presentes cromossomas herdados do progenitor masculino e do progenitor
feminino, e a ocorrência de pares de cromossomas homólogos é uma consequência da reprodução sexuada. Assim, os seis cromossomas presentes são, na
verdade, três conjuntos ou pares de cromossomas - um conjunto materno e outro paterno. Na figura, os cromossomas estão duplicados, isto é, apresentam,
cada um, dois cromatídios-irmãos fortemente associados ao longo de todo o seu comprimento e unidos centralmente pelo centrómero.
2. (B). O esquema da figura 1 refere-se a uma célula diploide (2n) com 6 cromossomas.
3. (D). Após a fase G1, durante a fase S da Interfase, ocorre a replicação semiconservativa do DNA, pelo que os cromossomas passarão a ter dois cromatídios,
isto é, o dobro da quantidade de DNA inicial. No final da meiose I, o número de cromossomas estará reduzido a metade, mas ainda apresenta dois cromatídios.
Na metáfase II, a quantidade de DNA será, portanto, y.
4. Os cromossomas representados na figura estão duplicados, o que significa que cada um apresenta dois cromatídios-irmãos. Cada cromatídio é formado por
uma molécula de DNA. Como estão presentes seis cromossomas (12 cromatídios), teremos, portanto, 12 moléculas de DNA.
5. (a) - (3); (b) - (2); (c) - (1); (d) - (4); (e) - (1).
6. (C). A meiose apresenta duas divisões, a divisão I (reducional) e a divisão II (equacional). No final das duas divisões resultarão quatro células haploides, devido
à redução do número de cromossomas para metade que ocorre durante a primeira divisão.
7. (A). A meiose II e a mitose são ambas divisões equacionais, pois o número de cromossomas mantém-se. Em ambas as divisões ocorre a separação dos
cromatídios-irmãos durante a anáfase. A mitose é precedida de interfase, durante a qual ocorre a replicação semiconservativa do DNA na fase S. Na meiose não
ocorre replicação do DNA entre a divisão I e a divisão II. Na mitose, as células-filhas poderão ser haploides ou diploides; no final da meiose II resultam quatro
células haploides. Os cromossomas estabelecem contacto físico (sinapse) nos pontos de quiasma, onde poderá ocorrer crossing-over, durante a prófase I da
meiose.
8. (B). A mitose, ao contrário da meiose, apresenta apenas uma divisão. Em ambas as divisões da meiose ocorre uma redução da quantidade de DNA para
metade.
9. (B). No final da meiose formam-se quatro células com metade do número de cromossomas da célula-mãe. Durante a primeira divisão da meiose ocorre uma
redução cromática ou cromossómica, pelo que as duas células resultantes apresentarão 23 cromossomas, cada um com dois cromatídios. Na segunda divisão da
meiose ocorre uma redução cromatídica que resulta da separação e distribuição dos cromatídios pelas células resultantes, como é o caso do espermatozoide.
10. (A). Durante a anáfase II, a não disjunção dos cromatídios numa das células leva a que um dos gâmetas tenha dois cromossomas 21 e o outro terá o
cromossoma 21 ausente. A fusão de um gâmeta com dois cromossomas 21 com um oócito com um cromossoma 21 resulta num zigoto com três cromossomas
21 (trissomia). A trissomia 21 pode também dever-se a uma não separação dos cromossomas homólogos do par 21 durante a anáfase I, pelo que, no final, dois
dos gâmetas terão dois cromossomas 21 e os outros dois terão o cromossoma 21 ausente.
11. (A). No ser humano, a meiose é pré-gamética, originando gâmetas, e no polipódio a meiose é pré-espórica, originando esporos.
12. Os animais e as plantas, como o polipódio, reproduzem-se sexuadamente, alternando a meiose com a fecundação. Ambos produzem gâmetas haploides que,
por fecundação, se fundem, originando uma célula diploide, denominada zigoto. O zigoto divide-se mitoticamente, formando um organismo multicelular
diploide. Nos animais, as células haploides resultantes de meiose pré-gamética, denominadas gâmetas, não sofrem mitose, enquanto nas plantas, as células
haploides resultantes da meiose (meiose pré-espórica) sofrem mitose, originando um organismo multicelular haploide, denominado gametófito. Este organismo
apresenta gametângios masculinos (anterídios) e gametângios femininos (arquegónios), os quais produzem gâmetas haploides por mitose.
13. Durante a reprodução sexuada, contribuem para a variabilidade genética: o crossing-over, que ocorre durante a prófase I da meiose, a segregação
independente dos cromossomas homólogos, durante a meiose 1, e a fusão aleatória dos gâmetas, durante a fecundação.
Durante o crossing-over, ocorrem trocas de segmentos de DNA entre cromatídios não irmãos num determinado par de cromossomas homólogos. Assim, cada
cromossoma não será exclusivamente materno ou paterno. Durante a metáfase I, cada par de cromossomas homólogos alinha-se no plano equatorial,
independentemente dos outros pares, pelo que as células-filhas irão herdar aleatoriamente o cromossoma materno ou o cromossoma paterno. A fusão
aleatória de gâmetas durante a fecundação permite um enorme número de combinações possíveis entre gâmetas, contribuindo, igualmente, para assegurar a
variabilidade genética.
Grupo II
1. (B). O cariótipo normal da espécie é 2n = 40 cromossomas. Assim, os descendentes resultantes de reprodução assexuada, ou seja, partenogénicos, terão o
mesmo número de cromossomas que a sua progenitora (40 cromossomas) sem que tenha ocorrido fecundação (ilustrado na figura 3). Os descendentes
originados por reprodução sexuada serão o resultado do cruzamento de um gâmeta feminino (formado por meiose e, por isso, constituído por 20 cromossomas)
com um gâmeta masculino (que é igualmente resultado de um processo meiótico e, por isso, apenas portador de metade da informação genética da espécie - 20
cromossomas). A geração-filha gerada por reprodução sexuada resulta da fusão de dois núcleos com 20 cromossomas e, por isso, terá 2n = 40 cromossomas.
2. (C). Os dragões-de-komodo originados por partenogénese têm material genético unicamente proveniente da progenitora (não ocorre fecundação), mas não
são clones da mesma, já que durante a produção dos gâmetas ocorre meiose e, consequentemente, fenómenos de crossing-over, que originam variabilidade
genética. Por outro lado, o genótipo será diferente, já que há uma duplicação dos cromossomas do oócito (que repõe a diploidia), o que leva a que a
descendência possua os cromossomas sexuais ZZ, enquanto a progenitora é ZW.
3. (C). O primeiro corpo polar forma-se por meiose quer no processo normal de formação de oócitos quer no processo partenogénico dos dragões-de-komodo.
O primeiro corpo polar forma-se durante a etapa reducional da meiose. A célula resultante sofre depois nova divisão, formando-se o segundo corpo polar.
4. (D). Em condições ideais, os dragões-de-komodo reproduzem-se sexuadamente de forma a garantirem o maior número de descendentes (poucos ovos se
tornam viáveis no processo partenogénico) e uma descendência mais variada (uma vez que, por partenogénese, apenas se desenvolverão machos). A
reprodução sexuada também aumenta a diversidade genética de uma população. Neste caso, sendo o dragão-de-komodo um animal diploide, os gâmetas
formam-se por meiose, ocorrendo depois fecundação para restaurar a diploidia, sendo, por isso, um ciclo de vida diplonte.
5. (A). A diferenciação celular é um processo através da qual células idênticas se especializam no sentido de desempenharem uma ou várias funções diferentes.
Esta especialização implica a inativação de alguns genes (que não são transcritos) e a ativação de outros que irão expressar-se. Não é alterado o genoma do
indivíduo, mas sim regulada a transcrição dos seus genes.
6. (C). Nos ciclos de vida, a meiose pode ser pré-gamética (originando gâmetas), pós-zigótica ou pré-espórica (dando origem a esporos). Alguns esporos, no
entanto, são produzidos assexuadamente por mitose (por exemplo, bolor do pão). Na reprodução sexuada, a fecundação contribui sempre para o aumento da
variabilidade genética, uma vez que há recombinação genética.
7. (a) - (3); (b) - (7); (c) - (2); (d) - (1); (e) - (8).
8. As fêmeas de dragão-de-komodo que vivem solitárias em jardins zoológicos encontram-se reprodutivamente isoladas. A possibilidade de se poderem
reproduzir assexuadamente permite que, apesar do isolamento reprodutivo, estas fêmeas possam originar descendência e, assim, dar continuidade à população
num dado local.
Por outro lado, o facto de se reproduzirem por partenogénese garante o nascimento de descendentes machos que, ao atingirem a maturidade sexual, poderão
acasalar com a fêmea progenitora, originando descendentes por reprodução sexuada e garantindo assim o aumento da variabilidade genética.
Grupo III
1. (B). Analisar a figura 4. Nota: Plasmogamia = fusão do citoplasma.
2. (B). No ciclo de vida de ascomicetos, os ascósporos são produzidos por meiose pós-zigótica (figura 4), ocorrendo, por isso, uma divisão reducional. Antes da
germinação dos ascósporos, ocorre ainda mitose para aumentar o número de ascósporos disponíveis. Na mitose, o número de cromossomas das células-filhas
mantém-se, sendo, por isso, uma divisão equacional.
3. (B). A reprodução sexuada aumenta a diversidade genética dos indivíduos e, quanto maior a diversidade genética de uma dada população, maior será a sua
probabilidade de sobrevivência. Assim, sob condições ambientais desfavoráveis, a maior variabilidade genética aumentará a possibilidade de sobrevivência dos
ascomicetos.
4. (C). No fenómeno Y observa-se a junção de dois núcleos (cariogamia), formando-se o zigoto. No fenómeno Z vemos o zigoto originar 4 núcleos, ou seja,
ocorreu meiose.
5. (B). Os ascósporos são originados por meiose e, por isso, são haploides. A germinação dos ascósporos originará um micélio, que é também haploide.
6. (B). Os fungos alimentam-se por absorção, sendo organismos heterotróficos. Segregam enzimas para o substrato que é digerido (fora do corpo e fora das
células), e só após a sua digestão é que são absorvidas as macromoléculas.
7. O termo simbiose pode ser definido como uma associação íntima entre dois ou mais organismos vivos, em que todos eles são beneficiados. No caso das
micorrizas, os parceiros desta associação são fungos que habitam no solo e nas raízes, ou outro órgão subterrâneo, da maioria das plantas. Neste caso particular,
as plantas melhoram a sua nutrição mineral, a absorção de água e a resistência a agentes patogénicos e os fungos, por sua vez, adquirem uma fonte de açúcares
constante.
Grupo IV
1. (C). As vespas apresentam dimorfismo sexual, sendo, por isso, animais gonocóricos. Os ovos apresentam o mesmo número de cromossomas (cariótipo) dos
seus progenitores.
2. (B). A superfície respiratória dos insetos são as traqueias, que comunicam com o exterior através dos espiráculos (pequenas aberturas na superfície do
exosqueleto) e conduzem o ar diretamente até às células e não através de um fluido intermediário (difusão direta).
3. (D). As fêmeas que se encontram no interior das galhas resultaram da fusão do oócito II (n) com um núcleo polar (n), sendo, por isso, diploides. Resultaram de
reprodução assexuada por partenogénese, pois não existe acasalamento com um parceiro do sexo oposto.
4. (C). A recombinação genética deve-se, por exemplo, à meiose, nomeadamente devido à ocorrência de crossing-over durante a prófase I. No final da meiose
formam-se quatro células haploides. No ciclo de vida da vespa descrita (organismo diploide), a meiose é pré-gamética.
5. (A). No ciclo de vida da vespa não se verifica alternância de gerações, pois existe apenas uma geração diploide. Na acácia existe uma geração esporófita e uma
geração gametófita. Em ambos os ciclos ocorre alternância de fases nucleares. No ciclo de vida da acácia, a meiose é pré-espórica, sendo o ciclo haplodiplonte.
6. A, C, E, B, D. As afirmações dizem respeito a algumas etapas do ciclo de vida de uma planta com flor. No esporófito (planta adulta) ocorre a formação de
esporos haploides por meiose (em que ocorre recombinação genética durante o crossing-over). Os esporos originam gametófitos que dão origem aos gâmetas
(oosfera e grão de pólen). A fecundação permite a fusão de um dos núcleos espermáticos do grão de pólen com a oosfera, resultando no ovo ou zigoto (2n), e a
fusão do segundo núcleo espermático com os dois núcleos polares do gametófito feminino, resultando na formação do endosperma (3n), um tecido que contém
reservas nutritivas.
7. (D). Durante a geração gametófita, no gametófito diferenciam-se gametângios, estruturas que contêm células que, por mitose, produzirão gâmetas.
8. (a) - (1); (b) - (4); (c) - (6); (d) - (8); (e) - (9).
9. (A) - F. O conjunto de cromossomas com características próprias de uma espécie designa-se por cariótipo.
(B) - F. Um determinado gene pode desempenhar funções diferentes em diferentes células.
(C) - V.
(D) - F. Os cromossomas são mais visíveis durante a metáfase, por atingirem a máxima condensação ou o máximo encurtamento.
(E) - F. Apresenta 16 cromossomas (oito pares de cromossomas homólogos) por cada célula somática (n = 8).
(F) - F. Na reprodução assexuada não ocorre meiose.
(G) - V.
(H) - F. A divisão I da meiose é reducional.
10. A introdução de machos poderá permitir a ocorrência de reprodução sexuada, situação que assegura um aumento da variabilidade genética e, portanto,
uma maior capacidade de sobrevivência em novos ambientes.
Uma vez que a vespa apresenta uma capacidade de sobrevivência baixa caso não encontre de imediato hospedeiros, os machos poderão ser importantes para a
persistência da população durante mais tempo, garantindo uma maior capacidade de dispersão natural por outras florestas de acácias.
Provas-modelo
Teste de avaliação global 1
Grupo I
1. (A). O feto constitui uma entidade multicelular desenvolvida, tendo função de esporófito. Este esporófito irá formar esporos por meiose, geneticamente
distintos. A fecundação ocorre entre anterozoides e oosferas, que resultam de mitoses ao nível do gametófito. Os anterozoides são flagelados, pelo que a
fecundação é dependente da água.
2. (D). O ciclo de Culcita macrocarpa é haplodiplonte, uma vez que possui duas fases diferenciadas com entidades multicelulares (fetos na geração esporófita,
gametófitos na geração gametófita). A geração esporófita apresenta um grau maior de desenvolvimento.
3. (B). Os esporos resultam de meiose, processo que aumenta a variabilidade genética, sendo, por isso, geneticamente distintos. O esporófito, formado por
mitoses sucessivas do zigoto, crescimento e diferenciação celular, é uma entidade diploide e, por isso, apresenta pares de cromossomas homólogos.
4. (C). Os gametófitos pertencem à fase haploide, tratando-se de entidades multicelulares: o gametófito feminino, designado por arquegónio, e o gametófito
masculino, designado por anterídio. Ambos os gametófitos produzem gâmetas (oosferas e anterozoides, respetivamente), recorrendo a divisões mitóticas.
5. (D). No ciclo de vida dos fetos, os gametófitos apresentam uma reduzida dimensão e os esporófitos são a geração dominante. Ambas são independentes do
ponto de vista trófico.
6. (B). Culcita macrocarpa e Culcita connifolia são duas espécies distintas. Pelas regras de nomenclatura binomial, o primeiro nome de uma espécie representa o
seu género e o segundo nome é o restritivo específico. Neste caso, ambas as espécies pertencem ao género Culcita.
7. (B). Na classificação de Whittaker, o reino Plantae é um reino exclusivamente eucariótico e multicelular, com elevado nível de diferenciação celular. Todos os
organismos deste reino são fotoautotróficos.
8. (a) - (5); (b) - (1); (c) - (3).
9. A conquista do meio terrestre pelas plantas implicou a sua adaptação ao ambiente mais seco. A característica evolutiva prende-se com o facto de o esporófito
(2n) ser mais desenvolvido que o gametófito (n). A planta adulta (esporófito), possuindo 2n cromossomas, tem uma maior capacidade de adaptação ao meio. A
redução progressiva da geração gametófita (n), em relação à esporófita (2n), é uma característica evolutiva.
Grupo II
1. (B). Para a codificação da hemoglobina, é necessário que ocorra a transcrição dos genes de DNA para uma molécula de mRNA, a qual, por sua vez, será
traduzida no citoplasma por intervenção dos ribossomas e de moléculas de tRNA transportadoras dos aminoácidos que integrarão a hemoglobina.
2. (D). A anemia falciforme é uma anomalia genética localizada no cromossoma 11 que afeta a atividade das hemácias (células somáticas). A hemoglobina é uma
proteína, sendo, por isso, constituída por aminoácidos (monómeros), os quais, na sua estrutura química, apresentam C, H, O e N (compostos quaternários).
3. (C). Uma mutação silenciosa ocorre quando a alteração genética provocada não introduz alterações nos aminoácidos codificados. Esta situação verifica-se,
sobretudo, quando a substituição se dá ao nível do terceiro nucleótido, já que o código genético é mais tolerante a oscilações na terceira base dos codões. De
acordo com a figura, o desoxirribonucleótidos normal na terceira posição é o de citosina, que é transcrito para guanina na molécula de mRNA. Podemos ver pelo
código genético que, se a citosina for substituída por uma timina, a transcrição originará uma adenina na molécula de mRNA. Em ambos os casos não se verifica-
rão efeitos negativos na estrutura da proteína, uma vez que a sequência de aminoácidos não fica alterada.
4. (a) - (3); (b) - (4); (c) - (2); (d) - (1); (e) - (5). os nucleótidos de uma determinada cadeia polinucleotídica então ligados entre si por ligações fosfodiéster, isto é,
entre o carbono 3 de um nucleótido e o carbono 5 do nucleótido seguinte por intermédio de fósforo (P). As bases azotadas complementares (ligadas ao carbono
1 da pentose) emparelham entre si por meio de pontes de hidrogénio. A hemoglobina é uma proteína, sendo, por isso, constituída por aminoácidos (os seus
monómeros). Os segmentos de DNA que contêm informação para a síntese de uma determinada proteína designam-se por genes. Num par de cromossomas
homólogos, os alelos representam variações alternativas de um gene para uma determinada característica.
5. (D). Os gâmetas, num indivíduo com reprodução sexuada, resultam da ocorrência de meiose. Assim, se num indivíduo apenas parte dos glóbulos vermelhos é
normal e a outra anormal, significa que este será heterozigótico para essa característica. Neste caso, no par de cromossomas 11, o cromossoma herdado de um
dos progenitores será mutante (M) e do outro progenitor será selvagem ou normal (N). Se considerarmos a representação M - alelo mutante e N - alelo normal,
durante a fase S, os cromossomas replicam, passando a ter dois cromatídios MM e NN. A meiose apresenta duas divisões: na primeira divisão (reducional), uma
célula irá herdar o cromossoma duplicado MM e a outra, o cromossoma NN; na segunda divisão (equacional), ocorrerá a separação dos cromatídios, originando
quatro células com a seguinte configuração: M; M; N; N. Assim, teremos: MN MMNN M; M; N; N, ou seja, quatro gâmetas, 50% normais e 50% mutantes.
6. (A). Antes da divisão celular ocorre, na fase S, a replicação semiconservativa do material genético (DNA). As mutações génicas ocorrem ao nível do DNA.
7. (B). Durante a fase S, o material genético encontra-se descondensado; na metáfase, os cromossomas atingem o máximo encurtamento ou a máxima
condensação.
8. (B). Mesmo tendo ocorrido a mutação que conduz à anomalia genética da anemia falciforme, a razão existente entre as bases azotadas completares é a
mesma, isto é, A + C / T + G = 1. Os ribossomas iniciam o processo de tradução a partir da extremidade 5' da molécula de mRNA. Correspondentes aos codões
(mRNA) existem quatro anticodões possíveis (tRNA) para o aminoácido valina: CAC; CAU; CAG e CAA.
9. B, D, A, E, C. A sequência diz respeito às consequências da anemia falciforme decorrentes de uma mutação genica por substituição (B). O processo de síntese
proteica da hemoglobina anormal inicia-se com a transcrição do gene mutante, que consiste na ligação da enzima RNA polimerase ao DNA. Após a transcrição,
ocorre o processamento da molécula de pré-mRNA, que consiste na remoção dos intrões. Após a migração do filamento de mRNA para o citoplasma e
correspondente tradução, a proteína resultante sofre maturação no complexo de Golgi. A hemoglobina assim resultante, sobretudo em situações de menor
disponibilidade de oxigénio, pode conduzir a uma diminuição da taxa respiratória e da taxa metabólica, uma vez que o oxigénio é o último aceitados de eletrões
na respiração aeróbia, na cadeia transportadora de eletrões, na cadeia respiratória ou no processo de fosforilação oxidativa.
10
10.1. Numa região com maior incidência de malária, indivíduos portadores apenas de genes mutantes terão menos hipóteses de sobrevivência por causa da
mortalidade causada pela anemia falciforme. Da mesma forma, indivíduos portadores apenas de genes selvagens (não mutantes), ao serem infetados pelo
parasita da malária, podem não sobreviver, dada a degradação dos seus glóbulos vermelhos. Uma única cópia para o alelo da anemia falciforme reduzirá a
frequência e a severidade dos ataques de malária, pois a presença de eritrócitos falciformes resultará nula densidade menor do parasita e, por isso, em sintomas
de malária reduzidos. Sendo esta última a condição mais vantajosa, os indivíduos heterozigóticos estarão, portanto, mais aptos e, por isso, a seleção natural não
resultou, em termos evolutivos, no desaparecimento do alelo mutante da população.
10.2. Numa região livre de malária, os indivíduos heterozigóticos estarão em desvantagem comparativamente aos indivíduos portadores apenas de alelos
normais, os quais seriam os selecionados, pois não apresentarão quaisquer sintomas de malária nem de anemia falciforme.
Grupo III
1. (D). Porque é possível observar que é uma rocha sedimentar com clastos envolvidos por um cimento e sem apresentar foliação. O cimento com 95% de
carbonato de cálcio indica tratar-se do calcário. Tem fósseis.
2. (A). A rocha C é, provavelmente, um gabro, pois é uma rocha ígnea (sem cimento e sem foliação), dado que se observa que tem cristais bem desenvolvidos
(intrusiva).
3. (D). A rocha B apresenta textura cristalina, pois é constituída por um conjunto organizado de cristais.
4. (A). A rocha A foi, provavelmente, encontrada na zona b, pois é a zona fora da auréola de metamorfismo onde se encontra o calcário.
5. (A). As rochas B e C foram, provavelmente, encontradas, respetivamente, na zona da auréola de metamorfismo, onde previamente se encontrava o calcário, e
no corpo ígneo, único local onde há rocha ígnea.
6. (C). O arenito, ao sofrer adaptações metamórficas, mineralógicas e texturais, origina uma rocha metamórfica designada por quartzito, com cristais de quartzo.
7. (B). O andesito é uma rocha magmática extrusiva, que tem o diorito como equivalente plutónico e surge em zonas de colisão de placas oceânica-continental.
8. A sequência argilosa apresenta os seguintes minerais de metamorfismo, segundo um aumento crescente do grau de metamorfismo: B, A, E, C, D.
9. (D). Pois a escala de Mohs avalia a dureza e não o traço dos minerais.
10. O metamorfismo de contacto é um tipo de metamorfismo local que resulta da instalação de um magma no seio de rochas preexistentes. O agente de
metamorfismo principal é a temperatura, que é muito elevada, gerando uma auréola onde as rochas são metamorfizadas com recristalização de minerais. Com a
distância ao centro do corpo ígneo, a temperatura diminui e o arrefecimento é mais rápido, gerando rochas com cristais menos desenvolvidos. Os fluidos
emanados pelo magma são também um importante agente de metamorfismo de contacto, contribuindo para a recristalização. A fraca influência da tensão leva
a que as rochas resultantes deste tipo de metamorfismo não sejam foliadas.
Grupo IV
1. (C). O gabro é uma rocha máfica, intrusiva, com cristais bem desenvolvidos e que apresenta uma composição rica em magnésio e ferro.
2. (A). Pela observação dos dados da figura 7.
3. (C). Pela observação dos dados da figura 7.
4. (A). Atendendo à sequência de cristalização dos minerais da série descontínua da série de Bowen.
5. (D). De acordo com a série de Bowen, a plagióclase que cristaliza a temperaturas mais baixas é a plagióclase mais rica em sódio.
6. (A). A anortite, porque tem condições de cristalização semelhantes às da olivina, mineral bem desenvolvido na rocha A.
7. (A). O quartzo, porque foi o que cristalizou em condições de temperatura e pressão mais próximas do meio exterior.
8. A, D, C, B. A ordem corresponde à sequência de cristalização da série descontínua.
9. A olivina é o primeiro mineral a cristalizar a altas temperaturas. Sendo um mineral muito denso por ação da gravidade, deposita e sofre um arrefecimento
muito rápido. Pode posteriormente reagir com magma remanescente, mas mantém-se em níveis profundos de corpos ígneos.
Grupo II
1. (C). No ciclo X ocorre fecundação, logo reprodução sexuada. No ciclo Y ocorrem divisões sucessivas dos merozoítos por mitose, sem ocorrência de
fecundação, tratando-se, portanto, de reprodução assexuada.
2. (A). A meiose ocorre no ciclo sexuado do Plasmodium, no interior do mosquito Anopheles, logo a seguir à formação do zigoto (meiose pós-zigótica). No ciclo
de vida deste parasita, o zigoto é a única célula diploide; todas as outras são haploides, não existindo, por isso, alternância de gerações, e o ciclo de vida é
haplonte.
3. (B). A fase diploide do ciclo de vida deste parasita ocorre no mosquito Anopheles. Os merozoítos que ocorrem no fígado são geneticamente diferentes, pois
resultaram da meiose pós-zigótica de vários zigotos, fenómeno responsável pela introdução de variabilidade genética. Meiose e fecundação são responsáveis
pela alternância de fases nucleares. A divisão dos merozoítos ocorre por mitoses e não por meiose, fenómeno que introduz variabilidade genética.
4. (a) - (7) No interior do fígado, o parasita reproduz-se assexuadamente por divisões múltiplas, pluripartição ou esquizogonia. (b) - (4) Durante a meiose,
ocorrem fenómenos de crossing-over durante a prófase 1, bem como a disposição aleatória dos cromossomas homólogos no plano equatorial durante a
metáfase 1, fenómenos responsáveis pela variabilidade genética. (c) - (10) No ser humano ocorre a proliferação do parasita por mitoses sucessivas de células
haploides resultantes do processo de meiose que ocorreu no mosquito. (d) - (7) O ciclo de vida do parasita é haplonte com meiose pós-zigótica, existindo apenas
uma geração, que é haploide; a fase diploide está reduzida apenas ao zigoto. (e) - (2) A mitose é o tipo de divisão celular associada à reprodução assexuada.
5. (C). A superfície respiratória dos insetos são as traqueias, sendo a difusão dos gases realizada diretamente entre elas e as células. O sistema circulatório
(hemolinfa) transporta apenas nutrientes, não intervindo no transporte dos gases.
6. (A). O sistema circulatório dos insetos é aberto, pelo que a hemolinfa pode abandonar os vasos circulatórios e movimentar-se através de lacunas corporais.
7. (D). As células da parede do estômago têm já uma função determinada, sendo por isso diferenciadas. Apesar de manterem o código genético da primeira
célula (zigoto), a diferença está na ativação/inibição de grupos específicos e genes que determinarão a função de cada célula.
8. (B). Os mosquitos são seres eucariontes multicelulares com elevada diferenciação celular, pertencentes ao reino Animalia. O parasita é um ser eucarionte
unicelular, logo pertencente ao reino Protista.
9. Os merozoítos são produzidos por divisão celular (mitótica) assexuada de esporozoítos haploides; de modo similar, os gametócitos são produzidos por divisão
celular assexuada dos merozoítos. Os indivíduos nesses três estágios terão o mesmo conjunto de genes, devido à ocorrência de mitoses que originam células-
filhas geneticamente idênticas à célula-mãe. As diferenças morfológicas entre eles resultam de alterações na expressão genica, conduzindo à sua diferenciação.
Grupo III
1. (A). Os movimentos em massa resultantes de deslizamento de vertentes ocorrem quando a força de gravidade supera as forças de resistência dos materiais
que se encontram nas vertentes. Têm como fatores associados a fitologia, o teor em água, a inclinação e a estabilidade da vertente.
2. (D). Os incêndios provocam a desflorestação, facto que acelera a degradação dos solos por ausência de vegetação. Deste modo, os terrenos estão mais
desprotegidos da erosão e, por ação da gravidade, auxiliado pelos ventos ou pelas águas superficiais, as vertentes estão mais suscetíveis aos deslizamentos.
3. (B). Um aquífero confinado ou cativo está limitado por duas camadas impermeáveis. Um aquífero livre está limitado por uma camada inferior impermeável e
uma zona de aeração.
4. (A). O granito, rocha constituída por quartzo, feldspato e micas, é uma rocha magmática plutónica, com composição semelhante ao riólito, sua equivalente
vulcânica.
5. (C). Pela sua composição siliciosa e pobre em ferro e magnésio, o granito é uma rocha félsica de baixa densidade.
6. (C). Uma bacia hidrográfica de um curso de água é, por definição, o território e rios afluentes que formam sub-bacias e que drenam as águas para o rio
principal (neste caso o Zêzere).
7. (A). Por definição, os balastros são materiais transportados sob o fundo dos rios, têm dimensões superiores a 2 mm e formam cascalheiras. Podem também
ter origem nas praias rochosas com forte ondulação ou nos depósitos glaciários.
8. (D). As três afirmações estão corretas. Note-se que o texto caracteriza as acácias e as háqueas.
9. (a) - (3); (b) - (4); (c) - (1); (d) - (5).
10. Os incêndios podem contribuir para o eventual aquecimento global pela libertação de CO2, gás que contribui para o efeito de estufa. Ao nível da saúde
podem provocar problemas graves no sistema respiratório e outros, como, por exemplo, alergias e intoxicações causadas pelo fumo ou mesmo cancro.
Provocam a degradação dos solos peta erosão facilitada, devido à maior exposição aos agentes provocada pela ausência de cobertura vegetal. Podem aumentar
o assoreamento dos rios causado pelas enxurradas, que para aí levam a terra arrastada pelas chuvas.
Grupo IV
1. (B). Um aquífero confinado é uma zona saturada de água limitada por duas camadas impermeáveis. A água neste depósito subterrâneo está confinada a uma
pressão superior à da pressão atmosférica. Assim, quando se faz um furo artesiano, a água sobe à superfície sob a forma de repuxo. O aquífero livre tem na base
uma camada impermeável.
2. (B). Se a formação C for uma camada argilosa, é uma camada impermeável, permitindo a acumulação de água e originando um aquífero livre, isto é, uma zona
saturada de água.
3. (B). De acordo com a definição, B é um furo artesiano, cuja saída de água é controlada pela diferença de pressão hidrostática e atmosférica. A saída de água
ocorre por repuxo e sem bombeamento, se o nível hidrostático for superior ao nível topográfico.
4. (A). O nível freático ou hidrostático é o nome que se atribui à superfície que delimita a zona de aeração da zona de saturação de água de um aquífero. Abaixo
do nível hidrostático, todos os poros estão preenchidos por água.
5. (A). São zonas de recarga, as zonas onde ocorre infiltração de água que alimenta os aquíferos.
6. (B). A contaminação de aquíferos ocorre de diversas formas. Embora os aquíferos confinados estejam um pouco mais protegidos que os livres da
contaminação, são reservatórios onde também se torna mais difícil eliminar a contaminação e recuperar a pureza das águas.
7. (A). Um aquífero livre é uma aquífero limitado inferiormente por uma camada impermeável e superiormente por uma zona de aeração.
8. (a) - (3); (b) - (2), (c) - (4); (d) - (5); (e) - (1).
9. Ocorreria poluição de origem agrícola, sobretudo pelo lançamento para os solos de adubos e pesticidas. Essas substâncias têm, muitas vezes, nitratos,
fosfatos ou minerais pesados que são tóxicos para as águas subterrâneas, impedindo o seu consumo pelo ser humano. Note-se que as plantas não assimilam a
totalidade destes produtos, aumentando a probabilidade de estes serem arrastados pela água das chuvas para os aquíferos.
Exame final 1
Grupo I
1. (A). O ciclo de vida das algas vermelhas inclui três gerações distintas: a geração gametófita (n), a geração carposporófita, diploide mas de reduzidas
dimensões, dependente da geração gametófita, e a geração tetrasporófita, com uma entidade multicelular diploide bem desenvolvida (equivalente ao
gametófito). A meiose ocorre antes da formação dos tetrásporos (n), que depois, por mitoses sucessivas e diferenciação, irão originar o gametófito (n).
2. (C). O ciclo de vida das algas vermelhas é haplodiplonte, uma vez que possui duas entidades multicelulares bem desenvolvidas e que, neste caso, têm vida
livre, isto é, são independentes. Os carpósporos são diploides mas os tetrásporos formam-se por meiose, sendo, por isso, haploides.
3. (C). O gametófito resulta da germinação do tetrásporo (n), constituindo uma entidade multicelular haploide, que resultou de divisões mitóticas do tetrásporo.
4. (B). Se ocorrer um erro durante a anáfase I da meiose, isto é, se não ocorrer a disjunção de um dos pares de cromossomas homólogos, então, no final da
meiose 1, teremos duas células com um número de cromossomas distinto (uma terá um cromossoma a mais e outra terá um cromossoma a menos). Dessa
forma, na segunda fase da meiose, fase equacional, a célula com um cromossoma a mais originará duas células com n + 1 cromossomas e, por sua vez, a célula
que na fase reducional ficou com menos um cromossoma irá agora originar duas células com n - 1 cromossomas.
5. (B). A ancestralidade comum de plantas e algas é atestada pelas sequências de DNA do núcleo e dos organelos e mesmo de características ultraestruturais,
como a transferência de genes do cloroplasto para o núcleo. Estes dados têm carácter bioquímico.
6. (B). Durante o processo fotossintético, a energia luminosa é conservada através da formação de ATP e NADPH. Estes produtos da fase fotoquímica são depois
utilizados para a produção de compostos orgânicos no ciclo de Calvin e para a regeneração da primeira molécula que integra este ciclo (ribulose-1,5-difosfato). O
ciclo de Calvin ocorre no estroma dos cloroplastos.
7. (C). Durante a fase fotoquímica da fotossíntese ocorre oxidação da clorofila, que perde eletrões. Os eletrões são incorporados por outras moléculas presentes
na membrana dos tilacoides, desencadeando uma série de reações de oxidação-redução (redox), vulgarmente conhecida como "cadeia transportadora de
eletrões". Por fim, o NADP+ recebe eletrões, ficando reduzido. Neste processo há ainda produção de ATP acoplada à cadeia transportadora de eletrões, numa
reação que depende da luz, e, por isso, designa-se por fotofosforilação.
8. (C). A transpiração ao nível das folhas faz aumentar a pressão osmótica nos vasos xilémicos foliares. Esse aumento da pressão favorece a ascensão da coluna
de água que se encontra no xilema, criando um défice de água ao nível da raiz. Esse défice promove a captação de água do solo para a raiz, mantendo o
movimento de seiva bruta da raiz até às folhas.
9. (A). A respiração aeróbia inicia-se com a glicólise, formando-se piruvato. O piruvato é depois oxidado, produzindo-se acetilcoenzima A. Este molécula segue
depois para o ciclo de Krebs.
10. ciclo de vida apresenta três estruturas multicelulares que constituem as três gerações distintas. A geração gametófita (n) é uma entidade multicelular,
individualizada e bem desenvolvida, que, por mitose, origina gâmetas. Após ocorrer fecundação, desenvolve-se, acoplada ao gametófito, a primeira geração
diploide (geração carposporófita). Esta geração tem reduzidas dimensões e depende da geração gametófita. O carposporângio irá originar carpósporos que, ao
germinarem, dão início à terceira geração deste ciclo, a geração tetrasporófita. Esta geração é igualmente diploide e resulta de diversas divisões mitóticas do
carpósporo. Forma-se uma entidade multicelular diploide bem desenvolvida que é semelhante ao gametófito. O tetrasporófito irá, por meiose, originar
tetrásporos, que, ao germinarem, formam o gametófito multicelular. Estas três gerações estão evidenciadas não só pela presença de entidades multicelulares
mas também pela produção, em tempos distintos, de gâmetas, carpósporos e tetrásporos, entidades unicelulares que estão na base de cada uma das diferentes
gerações.
A alternância de fases nucleares está evidenciada pela ocorrência de fecundação (fusão de gâmetas com n cromossomas), e consequente formação do
carposporófito (com 2n cromossomas), e pela ocorrência de meiose ao nível do tetrasporófito (2n), com consequente formação de tetrásporos (n).
Grupo II
1. (A). A variável independente é aquela que é manipulada pelos investigadores. No estudo, foram constituídos dois grupos de pacientes com tecnologias
diferentes.
2. (C). A probabilidade da necessidade de uma nova intervenção cirúrgica (variável dependente) está relacionada com o tipo de bomba que foi implantada no
paciente (variável independente).
3. (B). A curva que diz respeito ao HeartMate 2 é mais acentuada do que a que diz respeito ao HeartMate 3. Em seis meses, morreram mais pessoas com a
tecnologia anterior do que com a tecnologia mais recente.
4. (A) - (3); (B) - (1); (C) - (7); (D) - (6); (e) - (5).
5. (A). Na metade esquerda do coração circula sangue arterial, o qual é impulsionado pelo ventrículo esquerdo para a artéria aorta, que depois distribui o
sangue por todo o corpo (circulação sistémica ou grande circulação).
6. (A). A escolha de grupos aleatórios e a repetição da implantação do dispositivo médico nos vários pacientes acrescentam fiabilidade ao estudo realizado.
7. (D). O ser humano apresenta uma circulação dupla e completa, garantindo uma oxigenação elevada dos tecidos, a qual é melhorada após a intervenção
cirúrgica.
8. (C). Os seres vivos cuja superfície respiratória são as traqueias realizam difusão direta de gases, pelo que o sangue apenas está essencialmente relacionado
com o transporte de nutrientes. Nestes seres vivos, o sistema de traqueias conduz o oxigénio do ar diretamente até às células.
9. O teor de oxigénio irá diminuir, uma vez que ocorrerá mistura de sangue venoso com sangue arterial. Deste modo, ao diminuir a quantidade de oxigénio
disponível para as células, a taxa respiratória irá igualmente diminuir, o que implicará uma menor taxa metabólica e, consequentemente, uma menor produção
de energia.
Grupo III
1. (B). O xisto argiloso apresenta foliação incipiente marcada pela orientação de minerais tabulares, normalmente micas. Por alguns autores é considerado ainda
como uma rocha sedimentar que resulta da cimentação do argi-lito e com fissilidade, isto é, com capacidade de fragmentação segundo os finos planos de
estratificação.
2. (B). O ambiente marinho facilita a formação do xisto argiloso, pois primeiro ocorre a deposição de sedimentos de argila, depois a sua compactação com
formação de argilito e, por fim, a cimentação deste último, originado o xisto argiloso. O ambiente fluvial apresenta maior hidrodinamismo do que o fundo do
mar.
3. (D). O tilito é uma rocha sedimentar constituída por clastos que foram transportados por um glaciar, sendo típicos das moreias.
4. (B). A falha é inversa, pois podemos observar a subida do teto em relação ao muro (note-se que o jazigo mineral se encontra a preencher a falha).
5. (C). As falhas inversas resultam (quase sempre) de forças compressivas.
6. (A). 1000 x 100 / 50000 = 2%
7. (D). O minério é um agregado de minerais em que, pelo menos um deles, tem um valor economicamente rentável.
8. B, A, C, F, G, D, E, recorrendo aos princípios da sobreposição de estratos e ao princípio da interseção.
9. Os calcários com coral do Carbonífero indicam que o local apresentava clima tropical, isto é, encontrava-se no equador, entre os trópicos. O Pérmico é
representado por arenitos desérticos que indicam uma deslocação da área para uma latitude desértica. Os tilitos, mais recentes e típicos de ambiente glaciar,
indicam que a zona representada na figura se deslocou para latitudes mais elevadas.
10. (A). O mármore pode resultar do metamorfismo de contacto do calcário, havendo recristalização dos minerais de calcite.
Grupo IV
1. (C). São as forças distensivas, associadas a um estiramento crustal intenso e adelgaçamento da crosta, que originam os rifles.
2. (B). No geral, as falhas que resultam de forças distensivas são falhas de tipo normal.
3. (D). A placa Africana, mais especificamente o bordo leste desta placa, no seu contacto com o oceano Índico, como se observa na figura.
4. (A). Rochas tectonometamórficas hidrotermais, algum vulcanismo e abundante sedimentação detrítica e evaporítica nos grandes lagos hipersalinos que se
formam nas zonas mais deprimidas do eixo do estiramento crustal.
5. (A). Localizam-se na junção tripla dos Açores e em forma de T, sendo um dos ramos a dorsal médio-oceânica. O banco de Gorringe localiza-se na placa Euro-
Asiática; o enquadramento geotectónico apresenta importante atividade vulcânica e sísmica e localiza-se num enquadramento geotectónico complexo, com
ocorrência frequente de erupções submarinas
6. (B). Em zonas de subducção e ao longo dos eixos orogénicos colisionais, onde o material é subductado, criando rochas tectonometamórficas de alta pressão, e
sobe, erigindo os topos das cadeias de montanhas.
7. (C). No rifle médio-atlântico, o vulcanismo é básico e origina, frequentemente, pillow-lavas, devido ao rápido arrefecimento por contacto com a água.
8. (C). Transformantes, dado que as outras não têm movimento horizontal dos blocos.
9. (C). Os grabens têm falhas normais paralelas ou quase; os órgãos homólogos denotam origem embrionária comum; os vulcanismos intracontinental e
intercontinental têm características distintas.
10. Em primeiro lugar, evidências científicas têm demonstrado que foi em África que ocorreu a divergência evolutiva entre gorilas, chimpanzés e humanos. Este
continente tinha condições ambientais propícias, que favoreciam o aparecimento de novas espécies de primatas, entre as quais as primeiras formas pré-
humanas.
Em segundo lugar, a ocorrência comum no grande vale do rifte durante o Plio-Plistocénico (3,5 a 2,9 M.a.) de ambientes lacustres e fluviodeltaicos favorecia a
deposição de sedimentos, aos quais se juntavam os cadáveres dos hominíneos, que eram para lá arrastados durante as cheias ou enxurradas. Iniciava-se, assim,
o processo de fossilização. Por outro lado, a atividade sísmica e vulcânica características do grande vale do rifte também criavam condições propícias ao rápido
sepultamento dos cadáveres e posterior preservação dos seus esqueletos, devido à emissão e deposição de partículas vulcanoclásticas finas (cinzas vulcânicas).
Estas cinzas vulcânicas eram também o substrato ideal para a preservação de pistas de deslocação destes hominíneos.
Por fim, devido a movimentações tectónicas atuais e à erosão, os esqueletos são desenterrados naturalmente, ficando expostos à superfície.
Exame final 2
Grupo I
1. (B). As reações catabólicas resultam na libertação de energia, tal como as exotérmicas resultam na libertação de calor. As reações anabólicas consomem
energia, tal como as endotérmicas consomem calor.
2. (A). Os seres vivos gastam energia nos seus processos vitais, pelo que nem toda a energia pode ser reaproveitada e transferida para o nível trófico seguinte.
Estima-se que apenas 1/10 da energia total adquirida através da alimentação é transferida para o nível trófico seguinte, não regressando aos produtores. Já
relativamente à matéria, o fluxo é cíclico, porque os seres vivos consumidores transformam a matéria orgânica em orgânica e os decompositores decompõem
matéria orgânica em inorgânica, a qual pode ser reaproveitada pelos produtores.