Você está na página 1de 12

Índice

Introdução..............................................................................................................................................3

1.1. Objectivos...................................................................................................................................3

1.1.1. Geral.....................................................................................................................................3

1.1.2. Específicos...........................................................................................................................3

1.2. Metodologia................................................................................................................................3

2. Bentos e seus Habitates.....................................................................................................................4

2.1. Definição.....................................................................................................................................4

2.1.1. Pode considerar a existência de factores..............................................................................6

2.1.2. Os principais factores climáticos são...................................................................................6

2.1.3. Os factores edáficos ou factores locais, agem ao nível do substrato e são:.........................6

2.2. Principais povoamentos bentónicos............................................................................................6

2.2.1. Espécies micrófagas ............................................................................................................7

2.2.2. Espécies macrófaga..............................................................................................................7

2.3. Comunidades e Povoamentos litorais de substratos rochosos, Andares supra-, médio-, infra- e
circalitoral..........................................................................................................................................7

2.4. Métodos de amostragem e de estudo do bentos..........................................................................8

2.5. Povoamentos litorais de substratos móvei, Andares supra-, médio-, infra- e circalitoral..........9

2.6. Comunidades estuarinas e lagunares costeiras...........................................................................9

2.7. Comunidades tropicais..............................................................................................................10

2.8. Comunidades das grandes profundidades marinhas.................................................................10

2.8.1. Características particulares:...............................................................................................10

2.9. Importância dos Bentos............................................................................................................11

Conclusão............................................................................................................................................12

Bibliografia..........................................................................................................................................13
3

Introdução
O presente trabalho fala sobre Bentos e seus Habitates, onde bentos são organismos que vivem em
associação com o fundo dos ambientes aquáticos, vivendo nele ou dependendo de seus recursos e
quanto ao habiates destacamos as comunidades das grandes profundidades marinhas, comunidades e
povoamentos litorais de substratos rochosos, Andares supra-, médio-, infra- e circalitoral ,
povoamentos litorais de substratos móvei, Andares supra-, médio-, infra- e circalitoral ,comunidades
estuarinas e lagunares costeiras, comunidades tropicais e principais povoamentos bentónicos ,
também abordamos os métodos de amostragem e de estudo do bentos.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Compreender os bentos e seus habitates.
1.1.2. Específicos
 Identificar os bentos e seus habitates;
 Descrever os bentos e seus habitates ;
 Distinguir os bentos e seus habitates .
1.2. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho foi necessária a leitura de alguns livros bibliográficos para
servir de guia e o uso de internet para compilar algumas informações necessárias para o
desenvolvimento do trabalho.
4

2. Bentos e seus Habitates


2.1. Definição
Bentos (de origem grega, benthos = profundidade) são organismos que vivem em associação com o
fundo dos ambientes aquáticos, vivendo nele ou dependendo de seus recursos. Eles podem estar
fixos ou livres no ambiente, porém não nadam activamente nas águas como peixes e outros animais.
Bentos São aqueles animais e plantas que vivem associados com o sedimento. Alguns podem se
enterrar (infauna), e outros vivem na superfície do sedimento (epifauna), os organismos
da epifauna podem estar agarrados ao fundo ou então movendo-se sobre ele.
O sistema bentônico dos ambientes marinhos corresponde às áreas de sedimentação, inconsolidada
(fundos arenoso/lamosos) ou consolidada (fundos rochosos), que se estende desde o supralitoral de
praias e costões rochosos (região exposta ao ar e onde somente chegam borrifos de água do mar), até
fossas abissais com mais de doze mil metros de profundidade. (PIRES- VANIN, 2008).
Para RÉ BARCIA, Pedro Miguel, (2000) , Em 1961 Pérès propõe um sistema de zonação do
domínio bentônico para o Mediterrâneo que agrupa os diversos andares em dois sistemas distintos:
 O sistema litoral ou fital;
 O sistema profundo ou afital.
O sistema litoral engloba os andares em que ocorrem vegetais fotoautotróficos (andares supralitoral,
mesolitoral, infralitoral e circalitoral) ao contrário do sistema profundo onde se incluem os restantes
andares do domínio bentônico (andares batial, abissal e hadal).
A distribuição de seres vivos na zona de marés não é feita ao acaso, há factores físico-químicos e
também biológicos (como a competição e predação), que são responsáveis pela distribuição das
comunidades costeiras. A temperatura da água e a luz determinam a distribuição dos seres vivos à
escala mundial. A altura da maré, o movimento da água, a exposição ás ondas, a dissecação, a
estrutura e estabilidade dos sedimentos, determinam por sua vez as comunidades bentônicas à escala
regional e local.
Nos horizontes superiores da rocha litoral, uma cintura corresponde a uma fácies provocada pela
humectação, habitualmente surgindo em forma de banda mais ou menos contínua e paralela à linha
de água. Nos povoamentos de substratos rochosos, podem distinguir-se fundamentalmente dois
estratos relacionados com a altura dos organismos que os constituem:
 um elevado e
 um inferior (e por vezes um estrato intermédio).
O estrato elevado corresponde habitualmente a algas de grande porte, que podem apresentar alturas
compreendidas entre algumas dezenas de centímetros e vários metros. O estrato inferior é composto
5

por organismos de menor porte, englobando o que alguns autores designam de estrato muscinal
(com 1 a 2 cm de altura). Em alguns casos pode considerar-se a existência de um estrato encrostante
constituído pelos organismos que se encontram à superfície das rochas entre os quais podemos
encontrar algumas algas coralináceas e esponjas.
Os estados iniciais de uma biocenose correspondem à instalação e progressão de uma série de
espécies pioneiras de comunidades e que são geralmente espécies que exibem níveis de tolerância
elevados. Os estados de degradação de uma biocenose correspondem à sobrevivência, mesmo que
momentânea, de algumas espécies mais resistentes da mesma, habitualmente em concorrência pelo
substrato com outras espécies pertencentes a uma bicenose distinta que tende a suplantar a primeira.
A epifauna e epiflora (designadas globalmente por epibioses) são constituídas pelo conjunto das
espécies sésseis e vágeis que se encontram à superfície do substrato. Por endofauna e endoflora
(endobioses) designa-se a totalidade das espécies que se encontram nas cavidades, fissuras ou
interstícios do substrato.
No caso dos povoamentos da rocha litoral distinguem-se ainda as espécies epílitas das endólitas
consoante vivem à superfície ou no interior do substrato. A distinção das diversas biocenoses é
efectuada fundamentalmente com base em critérios qualitativos relativos à composição faunística e
florística dos diversos povoamentos que as compõem. Podem dividir-se as espécies de uma
comunidade em três categorias principais:
 Espécies características, as preferenciais de um biótopo, quer sejam abundantes em efectivos
numéricos ou não;
 Acompanhantes, cuja presença pode ser assinalada no biótopo considerado bem como
noutros;
 Acidentais, características exclusivas de uma outra biocenose e presentes no biótopo
considerado.
As espécies simbiontes, parasitas e comensais devem ser igualmente consideradas. Algumas
espécies possuem capacidades de deslocação importantes o que lhes confere a possibilidade de
surgirem em diferentes comunidades ao longo da ontogenia, por razões tróficas e/ou de reprodução.
O factor ecológico de maior importância na distribuição dos organismos bentónicos no litoral é sem
dúvida o hidrodinamismo, sendo a ondulação, as vagas e as correntes de maré, as determinantes
primordiais do mesmo.
A estrutura dos povoamentos, a sua dinâmica e a proliferação ou desaparecimento de determinadas
espécies bentónicas pode ser indiciadora das condições hidrodinâmicas.
6

Outros factores podem condicionar a natureza qualitativa e quantitativa dos povoamentos


bentónicos, tais como a luz, a temperatura, a pressão e a natureza do substrato.
2.1.1. Pode considerar a existência de factores
 Abióticos (inerentes a condições externas aos povoamentos e que fixam os limites das
biocenoses, andares e fácies);
 Bióticos (inerentes aos povoamentos e que modificam os factores abióticos e o equilíbrio
das biocenoses) que condicionam a distribuição dos povoamentos marinhos litorais.
2.1.2. Os principais factores climáticos são:
 A humectação;
 A penetração quantitativa e qualitativa das radiações luminosas e
 A pressão.
2.1.3. Os factores edáficos ou factores locais, agem ao nível do substrato e são:
 As correntes (incluindo as correntes de maré);
 A poluição;
 A turbidez;
 A escorrência de água doce;
 A natureza física ou química do substrato (desiquilíbrio momentâneo da dinâmica
sedimentar);
 O contacto com massas de água com temperatura distinta e
 A acção modificadora ou destruidora de construções humanas.
A multiplicidade das biocenoses resulta sobretudo da combinação de factores climáticos e edáficos.
Se algumas comunidades são puramente climáticas ou edáficas, muitas resultam da combinação dos
dois tipos de factores. Por exemplo numa biocenose onde haja preponderância de factores
climáticos, a intervenção de factores edáficos, se é moderada provoca uma fácies, se é forte uma
degradação e se é muito forte uma substituição da biocenose. (RÉ BARCIA, Pedro Miguel, 2000).
2.2. Principais povoamentos bentónicos
Para RÉ BARCIA, Pedro Miguel, (2000), Padrões de distribuição relativamente à iluminação
(distribuição batimétrica) onde espécies sésseis- fixas ao substrato, espécies sedentárias-
movimentos de pequena amplitude e espécies enraizadas- móveis, uma parte do organismo penetra
no sedimento para assegurar a fixação, Espécies vágeis- movem-se com facilidade.
Espécies escavadoras - escavam sedimentos, espécies perfuradoras- escavam substratos rígidos,
principais adaptações dos organismos bentónicos tem relação entre a superfície de fixação e a
superfície total (SF/ST) é Forma e dimensões variadas e a Consistência é variada.
7

A forma das colónias enraizadas, existência de espículas (conferindo suporte à colónia). A


mobilidade das forma vágeis (marcha, escorregamento, natação-marcha, etc) as relações alimentares
entre espécies micrófagas e macrófagas.
2.2.1. Espécies micrófagas :
 Suspensívoros- alimentam-se de partículas em suspensão nas águas (esponjas,
lamelibrânquios, crustáceos, ofiurídeos, holotúrias, briozoários, ascídeas);
 Detritívoros- alimentam-se de partículas depositadas na superfície do substrato,
modalidades de captura, mecânica e por intermédio de uma corrente de água (gastrópodes,
poliquetas);
 limnívoros- alimentam-se de partículas existentes no seio dos sedimentos, selectividade de
partículas (poliquetas, cumáceos, sipunculídeos).
2.2.2. Espécies macrófaga
Generalidades sobre a reprodução dos organismos bentónicos, o desenvolvimento directo e
indirecto, características das duas modalidades, espécies com larvas planctónicas. Vantagens da
existência de uma vida planctónica prolongada (larvas teleplanctónicas de alguns moluscos).
Fixação e distribuição também Influência de factores ambientais. (RÉ BARCIA, Pedro Miguel,
2000).
2.3. Comunidades e Povoamentos litorais de substratos rochosos, Andares supra-, médio-,
infra- e circalitoral
Segundo Almeida, T.M.C, (1992), O mesolitoral é composto pelas comunidades que suportam ou
exigem emersões e imersões periódicas. Constituem a maioria das comunidades entre marés.
Os primeiros elementos pertencentes a este andar, e que se encontram logo abaixo do povoamento
supralitoral, são constituídos por indivíduos do crustáceo cirrípede Chthamalus stellatus. Na parte
superior do mesolitoral, pode-se encontrar conjuntamente com a supracitada espécie, os moluscos da
família Patellidae (Patella lusitanica e Patella vulgata, e Patella intermédia). Na região mais baixa do
mesolitoral existem povoamentos densos de mexilhões, Mytillus galloprovincialis, sendo o limite
inferior do andar delimitado pela alga calcária, Lithophylum tortuosum. Na região desta alga,
podemos encontrar um crustáceo cirrípede, Balanus perforatus, que estabelece a transição para os
povoamentos infralitorais.
Nos mares em que as marés são de pequena amplitude, como é o caso do Mediterrâneo, é possível
distinguir no mesolitoral dois horizontes distintos (superior e inferior) com características e
povoamentos distintos. Os horizontes superior e inferior são dominados respectivamente por
8

cirrípedes (biocenose do mesolitoral superior) e algas calcárias incrus- tantes (biocenose do


mesolitoral inferior).
O infralitoral é constituído pelos povoamentos sempre imersos ou raramente emersos (nível superior
que fica descoberto durante a baixa-mar). Nesta biocenose, podemos reconhecer a existência de
numerosas fácies, na zona mais superficial ocupada por este andar podemos encontrar numerosos
exemplares do cirrípede Balanus perforatus, habitualmente com uma distribuição esparsa. Logo
abaixo surge uma fácie constituída por Corallina elongata. Os talos desta alga, nos locais de elevado
hidrodinamismo apresentam um porte pequeno e a fácies apresenta pequenos tufos separados uns
dos outros pelo desenvolvimento de coralináceas encrustantes (Lithophyllum incrustans). Nas zonas
de menor hidrodinamismo a fácie de Corallina diminue sendo mesmo substituída pela de Gigartina
acicularis.
As colônias de espongiários (Axinella polypoides) e gorgônias Eunicella verrucosa de grande porte
apresentam um desenvolvimento (plano da colônia) perpendicular às correntes prevalecentes que
tende a maximizar a captura de partículas alimentares. As grutas submarinas apresentam
povoamentos abundantes e com afinidades circalitorais. Perten- centes à biocenose das grutas semi-
obscuras podemos mencionar como espécies características a esponja Petrosia ficiformes e o
cindário Parazoanthus axinellae.
Na maioria das grutas, assiste-se uma zonação marcada dos organismos desde a entrada da mesma
até às regiões mais recuadas onde a iluminação é mui- to atenuada. É, por vezes, possível recolher
nestas grutas, nas zonas mais obscuras, o coral Dendrophyllia ramea bem como alguns organismos
com afinidades batiais. (Almeida, T.M.C, 1992).
2.4. Métodos de amostragem e de estudo do bentos
Podem fundamentalmente distinguir-se três tipos de técnicas utilizadas no estudo dos organismos
bentónicos:
 Técnicas guiadas pela visão;
 Técnicas ópticas indirectas;
 Técnicas não guiadas pela visão.
As técnicas guiadas pela visão, com possibilidade de colheita directa são sobretudo utilizadas na
zona das marés e recorrendo ao uso do escafandro autónomo. Colheitas e contagens efectuadas nos
andares do sistema fital.
As técnicas não guiadas pela visão são as mais frequentemente utilizadas no estudo do bentos.
Estratégias de amostragem estudos qualitativos (dragas e redes de arrasto) e quantitativos (colectores
e testemunhadores) . (RÉ BARCIA, Pedro Miguel, 2000).
9

2.5. Povoamentos litorais de substratos móvei, Andares supra-, médio-, infra- e circalitoral
Segundo RÉ BARCIA, Pedro Miguel, (2000), O andar supralitoral no Mediterrâneo é caracterizado
pela existência de duas biocenoses caracterizadas pela existência de certas espécies de anfípodes.
Dois níveis:
 Superior Talitrus;
 Inferior Orchestia.
Biocenose do detrítico médiolitoral- existente entre os calhaus médiolitorais na presença de detritos
vegetais.
 Biocenose das areias médiolitorais Andar infralitoral (Mediterrâneo).
Biocenose dos calhaus infralitorais- animais que se alimentam de detritos vegetais retidos nos
interstícios dos calhaus;
 Biocenose das areias grossas sob a acção das vagas;
 Biocenose das areias protegidas da rebentação das vagas;
 Biocenose das areias lodosas superficiais (hidrodinamismo atenuado).
O hidrodinamismo pode ser responsável pela substituição de uma biocenose por outra
fundamentalmente por agir sobre o material que constitui o substrato. Relação estreita entre as
biocenoses e a granulometria do substrato.
2.6. Comunidades estuarinas e lagunares costeiras
Pode estabelecer-se um sistema de classificação dos elementos florísticos e faunísticos estuarinos
em função da gama de salinidades por eles ocupadas:
 Organismos oligohalinos- constituem a maioria dos organismos que ocorrem nos rios e
noutros corpos de água doce, não toleram salinidades superiores a 0,5%, mas algumas
espécies podem sobreviver em águas com uma salinidade não superior a 5%;
 Organismos verdadeiramente estuarinos- organismos geralmente com afinidades
marinhas, mas ocorrendo na região intermédia do estuário, aparentemente excluídos do meio
marinho devido a competição biológica ou fenómenos de natureza física ( hidrodinamismo),
ocorrem geralmente em águas cujas salinidades variam entre 5 e 18%;
 Organismos marinhos eurihalinos- constituem a maioria dos organismos que ocorrem nos
estuários, distribuem-se desde a embocadura até às regiões intermédias do estuário,
subsistem em águas cujas salinidades não ultrapassam os 18%, raramente penetram na
secção superior do estuário onde as salinidades são da ordem dos 5%;
10

 Organismos marinhos estenohalinos- organismos marinhos que ocorrem na embocadura


dos estuários, só eventualmente penetram nas secções intermédias, subsistem até salinidades
da ordem dos 25%;
 Organismos migradores- espécies pelágicas que completam parte do seu ciclo vital nos
estuários ou que os utilizam meramente como via de comunicação entre o rio e o mar ou
entre o mar e o rio (migradores catádromes e migradores anádromes respectivamente).
A existência de uma productividade fitoplanctónica reduzida, o pequeno número de herbívoros e a
presença de uma grande quantidade de detritos sugere que a base das teias tróficas nos estuários é
constituída pelos detritos orgânicos. (RÉ BARCIA, Pedro Miguel, 2000).
2.7. Comunidades tropicais
Para RÉ BARCIA, Pedro Miguel, (2000), Os recifes de coral estabelecem geralmente os limites do
ambiente marinho tropical. São constituídos essencialmente por madreporários, contribuindo
também para a massa calcárea algas (calcáreas) bem como outros organismos que segregam
carbobato de cálcio (foraminíferos, poliquetas serpulídeos, , briozoários, moluscos, cirrípedes, etc.),
Corais hermatípicos (corais construtores em associação/simbiose com algas zooxantelas e outras).
Os primeiros formam recifes ao contrário dos segundos. Distribuição mundial dos recifes de coral e
factores limitantes. A maioria dos recifes de coral encontra-se em águas com uma temperatura
superficial igual ou superior a 20ºC e o desnvolvimento óptimo dos recifes ocorre em águas cuja
temperatura média anual é da ordem dos 23-25ºC.
Principais tipos de recifes de coral. Três categorias principais:
 Recifes em franja- junto às massas continentais;
 Recifes em barreira- maior desenvolvimento, usualmente com uma lagoa interna e
 Atóis- anel de coral com lagoa central. Origem dos recifes.
2.8. Comunidades das grandes profundidades marinhas
O domínio profundo engloba os fundos e as massas de água situados inferiormente à plataforma
continental (200m) até às máximas profundidades conhecidas (11000m). Ocupa 92% da superfície
total dos oceanos. Maior biótopo existente.
2.8.1. Características particulares:
 Ausência de luz, ausência de vegetais, baixas temperaturas, elevada pressão- condicionam as
adaptações anatómicas e fisiológicas dos organismos das grandes profundidades.
Os fundos são constituídos por substratos móveis de grão fino: vasas organogénicas e argilas dos
grandes fundos.
11

Diversidade específica geralmente elevada no domínio profundo (semelhante por vezes à dos
biótopos terrestres). Sobre a vertente continental (andar batial) encontram-se os primeiros grupos
animais tipicamente profundos: Hexactinellidae (esponjas), Elasipoda (holotúrias) e Macruridae
(peixes) além de numerosas espécies profundas pertencentes a grupos zoológicos existentes nas
camadas mais superficiais. Nos afloramentos rochosos da vertente temos corais brancos
ahermatípicos (Lophelia pertusa, Madrepora oculata), corais solitários (Caryophylia aramata,
Desmophyllum cristagalli). Associados às colónias de corais vivem várias espécies de poliquetas e
esponjas. Relativamente aos fundos móveis observa-se uma relativa homogeneidade faunística ao
longo de toda a vertente até uma profundidade de cerca de 3000m.
Bactérias barófilas que vivem a pressões superiores a 600/700 atms podem ser consideradas como
caractrísticas do andar hadal. Fossas hadais caracterizadas pelo elevado grau de endemismo. Nas
massas de água profunda encontram-se numerosos organismos. A existência de migrações verticais
importantes (organismos nectónicos e planctónicos) dificulta o estabelecimento de uma zonação.
(RÉ BARCIA, Pedro Miguel, 2000).
2.9. Importância dos Bentos
Os organismos bentônicos são extremamente importantes para o ambiente aquático. Os fitobentos
relacionam-se, dentre outras funções, com a distribuição de oxigênio e nutrientes, enquanto os
zoobentos possuem papel importante no processo de decomposição de matéria orgânica e
disponibilização de nutrientes. Além disso, todos os organismos bentônicos participam da cadeia
alimentar aquática e alguns são responsáveis pelo revolvimento do sedimento no fundo.
Além da importância ecológica, os bentos são utilizados com importantes bioindicadores da
qualidade do ambiente. Isso se deve ao fato de que muitas espécies são sedentárias, locomovendo-se
pouco no ambiente e, consequentemente, sofrendo mais impacto das alterações ambientais que
outras espécies capazes de nadar ativamente. (PIRES- VANIN, 2008).
12

Conclusão
Na presente pesquisa conclui - se que, bentos vindo do grego benthos e significa  profundidade, la
encontramos animais e plantas onde geralmente esses animais não são necessariamente moveis
maioritariamente dos animais que se encontram na profundidade não são moveis se fixam em
substratos. Para a sobrevivência das espécies que se encontram na profundidade também dependem
da existência de factores: Abióticos, Bióticos e também dos factores climáticos são: A humectação;
A penetração quantitativa e qualitativa das radiações luminosas e A pressão.
13

Bibliografia
Almeida, T.M.C. Caracterização das associações bentônicas (Moluscos e Equinodermas) sob o
efei- to de um efluente industrial - Rio de Janeiro, 1992.
PIRES – VANIN, A.M.S. Oceanografia de um ecossistema subtropical: plataforma de Sao
Sebastiao, SP. EDUSP, 2008.
RÉ BARCIA, Pedro Miguel Alfaia. Biologia marinha, Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa, 2000.

Você também pode gostar