Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Matias Rafael
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Elvira da Piedade Agostinho Bila
Manuel Francisco Marques
Matias Rafael
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 3
2. Combustível ........................................................................................................................ 4
3.4.4. Linhita................................................................................................................. 10
3.4.5. Hulha (Carvão betuminoso)................................................................................ 10
3.4.8. Biomassa............................................................................................................. 11
5. Conclusão .......................................................................................................................... 15
1. Introdução
Sabe-se do estudo da termodinâmica que uma das formas de produzir trabalho mecânico é através da
utilização de uma máquina térmica trocando energia com duas fontes de calor, uma a temperatura mais
elevada e outra a temperatura mais baixa. Raramente, entretanto, encontra-se na natureza estas duas
fontes em condições adequadas para uso, isto é próximas uma da outra.
Dessa forma é preciso criar uma dessas fontes, a de alta temperatura, através da geração de calor
decorrente da combustão (ou um outro processo como a fissão nuclear) e utilizar-se como fonte fria o
ar atmosférico, rios, lagos, mares.
Em uma instalação geradora de potência através do uso de vapor, a fornalha da caldeira é um exemplo
de fonte quente criada pela queima de combustível, ao passo que a fonte fria pode ser o ar atmosférico
ou a água de um rio utilizados para condensar o vapor.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
• Conhecer os combustíveis e os seus tipos.
1.1.2. Objectivos específicos
• Conceituar o combustível;
• Identificar os tipos de combustível;
• Caracterizar os tipos de combustível.
1.2. Metodologia
Para a materialização deste trabalho baseou-se em consulta de livros de formato electrónico, sem
deixar de fora a internet para compilação de informações para o desenvolvimento do mesmo.
4
2. Combustível
O combustível é caracterizado por ser qualquer substância que, ao reagir com o oxigênio,
produz calor, gases ou chamas. A energia liberada durante esse processo é de fundamental
importância para as actividades humanas e, principalmente, para a produção industrial, pois
grande parte das máquinas funciona a partir de energia combustível (Campos, et all, 1990).
Combustível é toda substância química capaz de combinar quimicamente com outra em uma
reacção exotérmica, isto é em que haja liberação de calor. Inúmeros elementos e compostos
químicos possuem esta faculdade, principalmente quando a reacção se dá entre eles e o
oxigênio.
É conveniente classificar os combustíveis de acordo com a fase na qual eles são normalmente
manuseados. Os combustíveis gasosos são quimicamente os mais simples; combustíveis
líquidos contêm moléculas mais complexas, enquanto que combustíveis sólidos tem por vezes
estruturas moleculares tão complexas que não se tem conhecimento preciso de sua
constituição (Campos, et all, 1990).
2.1. Composição
• Carbono
• Hidrogênio
• Oxigênio,
• Nitrogênio e
• Enxofre.
A qualidade do combustível é dada pelos elementos carbono (C) e hidrogênio (H); o enxofre
(S), apesar de combustível, é indesejável, o oxigênio (O) diminui a quantidade unitária de
calor desprendida, pois é considerado como já combinado com o hidrogênio; o nitrogênio (N)
também não é desejável, pois não apresenta, no campo da combustão industrial, reação com
oxigênio com liberação de calor (Campos, et all, 1990).
5
2.2. Utilização
• Para que um material possa ser considerado industrialmente como sendo
“combustível”, são necessários os seguintes requisitos técnicos e econômicos:
• Disponibilidade,
• Facilidade de uso,
• Não formação, durante a combustão, de substâncias tóxicas ou corrosivas,
• Fácil obtenção,
• Baixo custo de produção,
• Segurança no armazenamento e no transporte.
Nos dias atuais, os combustíveis são representados pelos materiais carbonáceos comumente
disponíveis e que podem ser queimados facilmente ao ar atmosférico com desprendimento de
grande quantidade de calor e controlável sem grande esforço (Cataluña, et all, 2006).
3. Tipos de Combustíveis
A sua origem:
• Fósseis e (Não-Renováveis)
• Vegetais (Renováveis)
A sua natureza:
• Natural e
• Artificial.
• Sólido,
• Líquido e
• Gasoso.
6
Gasolina
Óleo Diesel
Gás natural
Óleo Combustível
Óleos Residuais
Carvões minerais
Álcool etílico
Gases manufacturados
Metanol
Para que sejam utilizados devem possuir poder calorífico elevado, alta disponibilidade e que
queime com facilidade (Cataluña, et all, 2006).
Possuem certas vantagens em relação aos sólidos, tais como poder calorífico mais elevado,
maior facilidade e economia de armazenagem e fácil controle de consumo (Cataluña, et all,
2006).
Possuem certas vantagens em relação aos combustíveis sólidos, tais como: permitir a
eliminação de parte da fumaça e cinzas, melhor controle de temperatura e comprimento das
chama.
Como visto, cada tipo de combustível em função de seu estado ou natureza pode apresentar
uma grande diferença em suas propriedades, deste ponto em diante iremos discutir as
principais propriedades dos combustíveis.
• Poder calorífico,
• Composição química,
• Viscosidade,
• Ponto de fluidez,
• Calor latente,
• Ponto de fulgor,
• Umidade e
• Densidade.
3.3.1.1. Poder Calorífico
• O PCS é dado por a soma da energia liberada na forma de calor e a energia gasta na
vaporização da água que se forma numa reação de oxidação.
• O PCI corresponde somente a energia liberada na forma de calor.
• Para combustíveis que não contenham hidrogênio na sua composição, o valor de PCS
é igual ao do PCI, porque não há a formação de água e consequentemente não há
energia gasta na sua vaporização. Assim, o PCS é sempre maior ou igual ao PCI, pois
o PCS. Aproveita o a entalpia de condensação da água.
Como a temperatura dos gases de combustão é muito elevada nas máquinas térmicas, a água
contida nelas se encontra sempre no estado de vapor, portanto, o que deve ser considerado é o
poder calorífico inferior e não o superior.
Carbono e hidrogênio são os elementos que mais contribuem para o poder calorífico. O
oxigênio presente em combustíveis diminui o poder calorífico, bem como as exigências
teóricas de ar de c Embora o enxofre seja combustível este traz consequências prejudiciais ao
meio ambiente e aos equipamentos, sendo que os produtos de sua combustão em presença de
umidade formam ácido sulfúrico que tende a atacar as partes mais frias dos equipamentos,
causar "chuva ácida” e caso a atmosfera da combustão seja redutora pode haver formação de
compostos que são perigosos e produzem mal cheiro (Cataluña, et all, 2006).
O Nitrogênio e responsável pela formação de diversos óxidos que são compostos de alta
irritabilidade para as mucosas além de reagirem com a camada atmosférica de ozônio. As
cinzas podem promover mudança nas características de transferência de calor e problemas
respiratórios (smog).
De acordo com Cataluña et all (2006) é uma indicação da resistência que o fluido apresentará
para escoar, desta forma, quanto maior a viscosidade, maior será a coesão entre as moléculas
9
Indica a temperatura mínima para que os derivados de petróleo escoam sem apresentar
problemas. Legislação vigente quanto a emissões.
Corresponde a quantidade de calor absorvido pelos corpos na sua mudança de estado, sem que
haja aumento aparentemente de temperatura. O calor latente necessário à fusão, liquefação ou
gaseificação varia com sua natureza. Na passagem do estado a substancia não muda de
temperatura enquanto dura sua transformação, e todo calor empregado é absorvido para
produzir mudança de estado (Cataluña, et all, 2006).
• Coque = 660°C
• Álcool etílico = 402°C
• n-Octano = 220°C
3.3.1.9. Umidade (%):
• Turfa,
• Linhita,
• Carvão Mineral,
• Biomassa (Lenha, Bagaço de cana, Serragem, Casca de arroz e Outros).
3.4.1. Principais propriedades a serem avaliadas
• Poder calorífico,
• Composição química,
• Umidade,
• Granulometria,
• Densidade.
O carvão mineral é uma rocha sedimentar combustível. O carvão mineral foi formado por
material orgânico soterrado, especialmente durante períodos Carbonífero e Permiano. Os
maiores produtores de carvão mineral são a China, os Estados Unidos, Austrália e Rússia
(Cataluña, et all, 2006).
3.4.3. Turfa
Se constitui na primeira fase de formação do carvão mineral. Apresenta elevada umidade, mas
secadas ao ar reduz-se a umidade para cerca de 30%.
3.4.4. Linhita
Fase intermediária entre o turfa e o carvão betuminoso. Apresenta teor de umidade entre 30 e
50%, mas quando secada ao ar esta umidade pode cair para entre 10 e 20%.
Este material possui um maior teor de carbono do que a lignite (entre os 70% e 80%) sendo a
sua constituição majoritariamente de materiais voláteis e pouca quantidade de água. Este
11
encontra-se a uma profundidades maior que a Linhita sendo a sua extração mais dispendiosa
mas com um maior retorno monetário (Cienfuegos, 2000).
3.4.6. Antracita
Este material possui um maior teor de carbono do que qualquer outro tipo (cerca de 90% da
sua constituição) devido a este fato muitos consideram que este tipo de carvão já está numa
fase meteorisada.
Devido ao seu alto teor de cinzas e enxofre o carvão mineral brasileiro não e muito utilizado
industrialmente, a não ser nas localidades próximas a minas produtoras na produção de
energia e na indústria de cimento (Cienfuegos, 2000).
3.4.8. Biomassa
• Hidrocarbonetos,
• Benzol e
• Álcoois.
É obtido em campos petrolíferos e tem sido muito explorado recentemente, porem deve ser
transportado por gasodutos, o que dificulta sua maior utilização dada a necessidade de
13
Os combustíveis fósseis são depósitos de organismos vivos. Eles levam séculos para serem
formados. Quando queimados liberam energia, usada para aquecimento e eletricidade. Desde
que os combustíveis fósseis consistem de carbono e átomos de hidrogênio, dióxidos são
criados depois de queimados. Nas queimadas, outras partículas são liberadas no ar. Elas
podem causar danos nos pulmões dos seres humanos (Harris, 2000).
Petróleo é combustível mais utilizado do gênero fóssil. Serva também para abastecer os jatos
e automóveis. Ele também criou eletricidade e alimentação dos geradores que aquecem casas
e edifícios comerciais. Hoje a maioria vem do Oriente Médio. Tem estimativa de 40 por cento
da demanda mundial energética.
Impacto negativo sobre o ambiente. O óleo contém enxofre e azoto e, por conseguinte,
contribui para o efeito de estufa e de poluição. Cientistas apontam que a gasolina é
responsável por 30 por cento de todas as emissões de dióxido de carbono.
Gás Natural: Fonte de energia nova também formada por microrganismos marinhos. Há
também poços na terra com gás natural, utilizado na indústria automotiva e para aquecer
14
edifícios. Tem maior nível de limpeza em comparação com carvão e petróleo. Apenas
vestígios de enxofre e azoto se encontram na composição.
Considerado como combustível fóssil mais abundante hoje. O uso em todo mundo dobrou
desde a metade do século XX. A demanda deve aumentar à medida que o fornecimento não
cresce no mesmo nível.
Interessante notar que os carvões mais puros não são produtores de dióxido de carbono. No
entanto, a fórmula impura contém alta quantidade de azoto e enxofre. Com produções
exageradas pode aumentar os riscos de existir chuva ácida, fato perigoso em altas
concentrações (Harris, 2000).
15
5. Conclusão
Entretanto, a combustão dos derivados do petróleo gera poluição no meio ambiente. Além
disso, ele não é renovável, o que significa que suas reservas podem esgotar-se. Por isso, existe
uma mobilização mundial para o desenvolvimento de combustíveis que sejam renováveis e
que gerem "energia limpa". Em razão da importância que os combustíveis possuem na nossa
vida de uma forma geral, decidimos separar esta seção que abordará especificadamente os
combustíveis fósseis que mencionamos, bem como os biocombustíveis que poderão substituí-
los no futuro. Serão mostrados também outros aspectos relacionados com esse tema, tais
como adulterações da gasolina, quais são os gases gerados na combustão que causam poluição
à atmosfera, classificação e qualidade da gasolina, entre outros.
16
6. Referências Bibliográficas
1. Campos, A.C.; Leontsiinis, E. (1990). Petróleo & Derivados. Obtenção. Especificações -
Requisitos de Desempenho, Ed. Técnica Ltda: Rio de Janeiro.
2. Cataluña, R.; Silva, R.; Quim. Nova, 29, 580-585, 2006.
3. Cienfuegos, F. Análise Instrumental. Rio de janeiro. Interciência.
4. Guibet, J. Faure-Birchem,E. (1999). Fuels and Engines, ED. Technip: Paris.
5. Harris, D.C. (2000). Análise Química Quantitativa, LTC, Rio de Janeiro.
6. Jenkins, J.; R.C.; Bernes, J.D. E Thomas, M.J.K. (1999). - Vogel: Análise Química
Quantitativa. 6ª ed. LTC: Rio de Janeiro.