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Centro Tecnológico/UFSC
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 1
2 A ENGENHARIA DE ALIMENTOS E O PROFISSIONAL DE ENGENHARIA............. 2
2.1 REGULAMENTAÇÕES PARA A FORMAÇÃO E EXERCÍCIO PROFISSIONAL
EM ENGENHARIA DE ALIMENTOS..................................................................... 3
2.1.1 Responsabilidades Profissionais................................................................. 4
2.1.2 Atribuições Legais....................................................................................... 4
2.1.3 Currículo Mínimo da Engenharia de Alimentos............................................. 5
2.1.4 Código de Ética Profissional......................................................................... 6
2.2 CARACTERÍSTICAS DESEJADAS PARA O PROFISSIONAL DE
ENGENHARIA....................................................................................................... 7
2.3 O CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS DA UFSC................................... 9
3 INDUSTRIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS....................................................................... 11
3.1 PRINCIPAIS VANTAGENS DA INDUSTRIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS.............. 11
3.2 FASES DE PROCESSAMENTO, CONSTITUINTES E PRINCIPAIS
ALTERAÇÕES DE ALIMENTOS........................................................................... 12
4 MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS..................................................... 15
4.1 PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS....................................... 15
4.2 MÉTODOS FÍSICOS DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS............................... 18
4.2.1 Métodos Térmicos com Utilização de Frio.................................................. 18
4.2.1.1 Refrigeração.................................................................................. 19
4.2.1.2 Congelamento............................................................................... 20
4.2.2 Métodos Térmicos com Utilização de Calor................................................ 21
4.2.2.1 Pasteurização................................................................................ 21
4.2.2.2 Esterilização.................................................................................. 22
4.2.2.3 Apertização.................................................................................... 22
4.2.2.4 Branqueamento............................................................................. 23
4.2.2.5 Secagem........................................................................................ 24
4.2.2.6 Concentração................................................................................ 24
4.2.2.7 Tindalização................................................................................... 25
4.2.3 Liofilização................................................................................................... 25
4.2.4 Osmose reversa.......................................................................................... 26
4.2.5 Irradiação (Radiação Ionizante).................................................................. 27
4.3 MÉTODOS QUÍMICOS DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS........................... 28
i
4.3.1 Conservação por Açúcar............................................................................. 28
4.3.2 Salga e Cura................................................................................................ 29
4.3.2.1 Salga.............................................................................................. 29
4.3.2.2 Cura............................................................................................... 30
4.3.3 Defumação.................................................................................................. 31
4.3.4 Acidificação................................................................................................. 32
4.3.5 Aditivos........................................................................................................ 33
4.3.6 Atmosfera Controlada.................................................................................. 35
4.4 MÉTODOS BIOLÓGICOS DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS...................... 36
4.4.1 Fermentação............................................................................................... 36
4.4.1.1 Fermentação Lática....................................................................... 38
4.4.1.2 Fermentação Acética..................................................................... 39
4.4.1.3 Fermentação Alcoólica.................................................................. 39
4.4.2 Antibióticos.................................................................................................. 40
5 EXERCÍCIOS................................................................................................................. 41
6 BIBLIOGRÁFIA............................................................................................................. 45
ii
1. APRESENTAÇÃO
No final da apostila são propostos exercícios sobre cada capítulo, para auxiliar na
fixação dos conteúdos apresentados.
1
2. O CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS E O
PROFISSIONAL DE ENGENHARIA
2
O profissional deve ter preparo específico em:
Matemática
Básica Física
Química
Bioquímica de alimentos
- Área biológica
Microbiologia de alimentos
Para que o profissional da Engenharia de Alimentos exerça sua profissão, ela deve
estar regulamentada, ou seja, ela deve possuir:
- Responsabilidades profissionais;
- Atribuições profissionais legais;
- Currículo Mínimo para a Habilitação em Engenharia de Alimentos;
- Código de Ética (Resolução CONFEA n° 1002, de 26 de novembro de 2002).
3
2.1.1 RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS
4
01) Supervisão, coordenação e orientação técnica;
02) Estudo, planejamento, projeto e especificação;
03) Estudo da viabilidade técnico-econômica;
04) Assistência, assessoria e consultoria;
05) Direção de obra e serviço;
06) Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico;
07) Desempenho de cargo e função técnica;
08) Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica, extensão;
09) Elaboração de orçamento;
10) Padronização, mensuração e controle da qualidade;
11) Execução de obra e serviço técnico;
12) Fiscalização de obra e serviço técnico;
13) Produção técnica e especificação;
14) Condução de trabalho técnico;
15) Condução de equipe de instalação, montagem e operação, reparo e manutenção;
16) Execução de instalação, montagem e reparo;
17) Operação e montagem de equipamento e instalação;
18) Execução de desenho técnico.
5
Tabela 2.2: Currículo mínimo da Engenharia de Alimentos (Resoluções nº 48/76 e 52/76 do
CFE-MEC).
Física
Química
Matérias de Formação Básica Mecânica
Mínimo de 1200 horas Processamento de Dados
Desenho
Eletricidade
Resistência dos Materiais
Fenômenos de Transporte
Biologia
Química Analítica
Química Descritiva
Matérias de Formação Físico-Química
Profissional Geral Operações Unitárias
(Mínimo de 900 horas) Processos Químicos
Química de Alimentos
Matérias de Formação Bioquímica de Alimentos
Profissional Específica Microbiologia de Alimentos
(Mínimo de 600 horas) Matérias-Primas Agropecuárias
Tecnologia de Alimentos
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Para os profissionais da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da
Geografia e da Meteorologia, o código de ética atualmente em vigor é apresentado na
Resolução CONFEA n° 1002 de 26 de novembro de 2002. Neste código constam:
De acordo com a síntese elaborada a partir dos resultados apresentados pelo projeto
"Perfil de Engenheiro do Século XXI", do CREA-SP, pode-se concluir que as seguintes
características são desejáveis ao engenheiro:
7
- Possuir sólida formação cultural e tecnológica;
- Apresentar criatividade e inserção no mundo;
- Ter capacidade e hábito de pesquisar;
- Apresentar exercício e desenvolvimento do senso crítico.
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2.3 O CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS DA UFSC
1) Formação sólida nas ciências básicas de engenharia, para compreensão dos fenômenos
físicos, químicos, termodinâmicos e biológicos envolvidos nas transformações e
operações industriais dos alimentos.
2) Conhecimento de vários processos industriais, desde a matéria-prima até o produto final,
com objetivo de:
a) Identificação de tecnologias, embalagens e insumos adequados;
b) Obtenção de um processo higiênico, com pouco desperdício, armazenamento
seguro e aumento da vida de prateleira do produto.
3) Conhecimento das propriedades e características de cada matéria prima, para que se
possa definir as condições de armazenamento e/ou processamento, a fim de que
garantam as qualidades nutricionais e/ou produzam as qualidades sensoriais desejadas.
4) Fornecer informações sobre diferentes equipamentos, para que estes e outros possam
futuramente ser projetados, selecionados ou otimizados.
5) Conhecimento sobre métodos de determinação mais importantes de:
a) Propriedades físicas;
b) Propriedades químicas;
c) Propriedades termodinâmicas;
d) Propriedades microbiológicas;
e) Propriedades nutricionais e
f) Propriedades sensoriais dos alimentos;
para compreensão dos princípios envolvidos nos instrumentos e técnicas utilizados.
6) Conhecimento da legislação relativa a:
a) Produtos alimentícios;
b) Processamento de alimentos e
9
c) Exercício profissional;
de modo que o engenheiro seja capaz de se responsabilizar por produtos, processos,
instalações e organizações, perante a lei.
7) Compreensão das relações
a) Sociais;
b) Econômicas;
c) Políticas e
d) Ecológicas;
envolvidas na produção/industrialização/distribuição/consumo de alimentos nos
programas de alimentação, de modo a que sua atuação profissional se reverta em prol de
uma melhoria da qualidade de vida.
8) Conhecimento sobre instalações e edificações de indústrias alimentícias (processo,
serviço, utilidades), de forma a serem capazes de estabelecer requisitos de acordo com:
a) Aspectos técnicos;
b) Aspectos higiênicos;
c) Aspectos econômicos e
d) Aspectos de conforto e segurança.
9) Conhecimento sobre gestão econômica, comercial e administrativa de empresas de
alimentos, de modo que sejam capacitados a:
a) Planejar;
b) Projetar;
c) Implementar;
d) Gerenciar e
e) Avaliar unidades agro-industriais para produção de alimentos.
10) Conhecimento de métodos para utilização adequada dos recursos naturais, sabendo
aproveitar os descartes e subprodutos de indústrias agro-alimentares, tratando
adequadamente os resíduos industriais, de modo que a profissão esteja em consonância
com a preservação e conservação do meio ambiente.
11) Técnicas didático-pedagógicas que lhe garantam o desenvolvimento do:
a) Senso crítico;
b) Criatividade;
c) Capacidade de análise e de síntese;
d) Expressão oral e escrita;
e) Habilidade de recuperar e processar dados e informações de diversas fontes
disponíveis.
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3. INDUSTRIALIZAÇÃO DE ALIMENTOS
11
6) Universalização dos padrões alimentares;
7) Oferta de produtos mesmo fora da época de safra e de regiões distantes;
8) Elaboração de produtos obtidos por ação de microorganismos ou enzimática;
9) Modificações estruturais por adição e supressão de nutrientes;
10) Inovações relacionadas com a abreviação do tempo de preparação coquinária dos
produtos;
11) Fabricação de produtos coadjuvantes;
12) Acondicionamento adequado, em embalagens rígidas e/ou flexíveis;
13) Preço relativamente baixo, considerando a fácil obtenção no comércio, a segurança,
variedade e apresentação dos produtos;
14) Aproveitamento de resíduos de valor econômico.
12
Na Tabela 3.1 é apresentada uma comparação entre a constituição de alimentos de
origem vegetal e animal.
Assim, podemos concluir que produtos vegetais são ricos em glicídios e pobres em
protídios e lipídios, enquanto que produtos animais são ricos em protídios e lipídios e pobres
em glicídios.
Outro fator importante a se considerar para o processamento e conservação de
alimentos é o pH. Microrganismos patógenos não se desenvolvem em pH inferior a 4,3.
Produtos vegetais têm pH inferior a 7. De modo geral, legumes apresentam pH entre 5,5 e
6,5 (com exceção da azeitona) e frutas em apresentam pH inferior a 5,0. As carnes
apresentam pH entre 7 e 7,1.
Alimentos são facilmente sujeitos a alterações, devendo ser adequadamente
transportados, manuseados, processados, armazenados, etc. Essas alterações podem ser
mecânicas, físico-químicas ou biológicas.
13
1) Alterações mecânicas: provocadas por choque que dão origem a traumatismos,
ocasionando a destruição da matéria prima;
14
4. MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS
15
agregadas por descuidos relacionados à falta de higiene no manuseio, embalagem ou
transporte inadequado, umidade excessiva, etc.
A preservação é realizada através de normas higiênicas e providências defensivas
que deverão proteger o alimento em todas as etapas, da colheita à sua ingestão. As
principais medidas preventivas às vezes se confundem com a ação dos processos de
conservação. As principais medidas preservativas são apresentadas na tabela a seguir.
Utilização de vácuo
Agentes físicos e químicos Emprego de aditivos
Uso de gases inertes
Aplicação de inseticidas, fungicidas e bactericidas
16
Em determinados casos a aplicação de apenas um método de conservação não é
suficiente, sendo necessário o emprego de métodos complementares para que o alimento
seja eficientemente conservado.
Os métodos de conservação podem ser classificados em físicos, químicos ou
biológicos, conforme apresentado na Figura 4.1.
Refrigeração
FRIO
Congelamento
Pasteurização
Esterilização
TÉRMICOS
Apertização
CALOR Branqueamento
FÍSICOS Secagem
Concentração
Tindalização
LIOFILIZAÇÃO
OSMOSE REVERSA
IRRADIAÇÃO
SALGA
CURA
ACÚCAR
QUÍMICOS ADITIVOS
DEFUMAÇÃO
ACIDIFICAÇÃO
ATMOSFERA CONTROLADA
FERMENTAÇÃO
BIOLÓGICOS
ANTIBIÓTICOS
Nas seções 4.2, 4.3 e 4.4 cada método será discutido individualmente, de maneira
sucinta.
17
4.2 MÉTODOS FÍSICOS DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS
18
4.2.1.1 Refrigeração
A refrigeração não tem ação esterilizante sobre os alimentos e, por isso, não pode
melhorar alimentos que já estão em condições precárias de conservação. Consegue apenas
retardar o prosseguimento de atividades contaminantes já instaladas (bacteriostase) e
impedir, em muitos casos, o surgimento de novos agentes deteriorantes.
Dentre os principais fatores as serem considerados na refrigeração, destacam-se:
19
4.2.1.2 Congelamento
20
4.2.2 MÉTODOS TÉRMICOS COM UTILIZAÇÃO DE CALOR
4.2.2.1 Pasteurização
21
4.2.2.2 Esterilização
4.2.2.3 Apertização
22
O processo térmico é influenciado pelos seguintes fatores:
4.2.2.4 Branqueamento
23
4.2.2.5 Secagem
4.2.2.6 Concentração
24
A remoção da água pode ser efetuada por evaporação (vapor), crioconcentração
(gelo) ou utilização de membranas (líquido). Os componentes essenciais de um evaporador
são: trocador de calor, que é onde se realiza a ebulição e evaporação da água; separador,
onde o vapor de água é separado do alimento concentrado; e condensador, onde ocorre a
condensação do vapor separado do alimento.
Como exemplos de produtos que passam pelo processo de concentração temos o
leite condensado, sucos concentrados, doces em massa, massa de tomate, etc.
4.2.2.7 Tindalização
4.2.3 LIOFILIZAÇÃO
25
- Spray-drying: Atomização sob pressão de corrente de ar quente superaquecido. Este
método apresenta a desvantagem de ocasionar a perda de substâncias voláteis.
- Freeze-drying: Dessecação por sublimação do gelo a vácuo.
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4.2.5 IRRADIAÇÃO (RADIAÇÃO IONIZANTE)
A irradiação ou radiação ionizante conserva pela ação bactericida que exerce nos
alimentos. Recebe o nome de radiação ionizante porque pode ocasionar a ionização do
produto (processo em que um ou mais elétrons são removidos do átomo).
É um processo rápido no qual praticamente não se verifica aumento da temperatura
do alimento, o que contribui para a manutenção das suas características organoléticas. No
entanto, como a radiação pode apresentar um sério risco para o homem, o seu uso em
alimentos deve ser feito de forma cautelosa e controlada. Os minerais mais utilizados para
produzir estas radiações são o Cobalto 60 e o Césio 137.
Proporciona:
- A patente inglesa requerida por Appleby e Bankse em 1905, que foi a primeira
proposta documentada para o uso da radiação ionizante na conservação de
alimentos;
- O uso da radiação por Schwartz para inativação do parasita Trichinella spiralis em
carne de porco, em 1921;
- A patente francesa requerida por Wüst em 1930, para uso da radiação na eliminação
de bactérias em alimentos enlatados;
27
- O desenvolvimento de Programas de Irradiação de Alimentos pelos governos dos
Estados Unidos, Bélgica, Alemanha, Canadá, França, União Soviética, Polônia, e
outros, entre 1950 e 1960;
- A introdução de alimentos esterilizados por radiação ionizante aos astronautas
americanos do programa Apollo, em 1967.
28
Matematicamente, a atividade de água é expressa como:
pv
aw =
ps
onde:
pv = pressão de vapor da água no alimento;
ps = pressão do vapor da água no ar à mesma temperatura.
4.3.2.1 Salga
- Uma perda de água das células dos tecidos do produto devido ao aumento da
pressão osmótica fora destas;
29
- Uma penetração de sal dentro das mesmas células, levando o produto ao equilíbrio
com seu meio externo.
- Seca: adiciona-se sal comum ao produto, reduzindo de 20% a 30% sua umidade;
- Úmida: aplica-se salmoura ao produto.
- Devido à sua grande capacidade de reter umidade, diminui o teor aquoso dos
alimentos, destruindo microorganismos;
- Impede o desenvolvimento de microorganismos aeróbicos por restringir a
solubilidade do O2 na água;
- Proporciona sabor agradável aos alimentos;
- Tem baixo custo.
4.3.2.2 Cura
30
Os agentes de cura mais utilizados são os nitritos e nitratos, o açúcar e as
especiarias:
4.3.3 DEFUMAÇÃO
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- Lingüiças ficam de 3 a 4 horas, até atingirem temperatura interna de 65ºC a 70ºC.
- Mortadela permanece de 8 a 13 horas, ou até atingir uma temperatura interna entre
70ºC e 80ºC.
- Presunto permanece de 10 a 12 horas.
4.3.4 ACIDIFICAÇÃO
- Intensificar o sabor;
- Controlar o pH;
- Conservar, através da prevenção do crescimento de microorganismos e da
germinação de esporos;
- Prevenir a rancidez e o escurecimento, entre outros.
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- Acidificação natural: A seleção dos microorganismos que deverão se desenvolver no
alimento provocará a produção espontânea de ácido láctico por estes mesmos
microorganismos. Esta produção deverá ser, no máximo de 1% a 1,5%. Um exemplo
de alimento que passa pelo processo de acidificação natural é o chucrute.
- Acidificação artificial: Ácido comestível é adicionado ao alimento, até que se atinja
um pH igual ou inferior a 4,3, de forma a evitar o crescimento de Cl. Botulinum. Os
ácidos utilizados são o cítrico, acético (vinagre), málico, ascórbico (vitamina C), etc.
Os picles são exemplos de alimentos acidificados artificialmente.
4.3.5 ADITIVOS
33
- Interferir sensível ou desfavoravelmente no valor nutritivo do produto;
- Servir para encobrir falhas no processamento e nas técnicas de manipulação do
alimento;
- Encobrir alteração da matéria prima do produto já elaborado;
- Induzir o consumidor a erro, engano ou confusão;
- Não satisfizer a legislação de aditivos.
De acordo com a função que desempenham nos alimentos, os aditivos podem ser
classificados como:
34
12) ANTIESPUMÍFERO: também influi na tensão superficial dos alimentos líquidos,
diminuindo sua capacidade a fazer espumas.
Além dos aditivos mencionados acima, que são os aditivos intencionais, os alimentos
que consumimos podem conter aditivos acidentais ou incidentais, que são substâncias
residuais ou migradas encontradas nos alimentos.
São exemplos de aditivos acidentais:
O gás carbônico:
35
O ozônio:
4.4.1 FERMENTAÇÃO
36
As fermentações são controladas pelo homem através da escolha adequada de
microrganismos, substratos, temperatura, pH e disponibilidade de oxigênio. Exemplos:
37
Tabela 4.2: Continuação
38
4.4.1.2 Fermentação acética
b) Fermentação
39
O processo exige pH adequado (pH ótimo de fermentação entre 5,8 e 5,9) e
temperatura entre 26 e 35ºC.
Cada 100 g de glicose resultam em 51,1g de álcool (ou 64,4 mL de álcool de
densidade 0,79).
O açúcar restante forma produtos secundários, como glicerina e aldeído acético.
c) Destilação
4.4.2 ANTIBIÓTICOS
40
5. EXERCÍCIOS
2) Para que o profissional da Engenharia de Alimentos exerça sua profissão, o que ela
deve possuir?
4) Quais são as matérias que diferenciam a Engenharia de Alimentos dos demais ramos da
engenharia?
41
4) Como podem ser classificadas as alterações que ocorrem nos alimentos? Dê exemplos.
a. A pasteurização é:
( ) um tratamento térmico que esteriliza alimentos, eliminando todos os
microorganismos existentes nos alimentos. Não é necessário utilizar método de
conservação complementar após a pasteurização.
( ) um tratamento térmico que elimina a maioria dos microorganismos existentes nos
alimentos. É necessário utilizar um método de conservação complementar após a
pasteurização de um alimento.
( ) a esterilização pelo calor em ambiente hermético, a temperatura elevada. Não é
necessário utilizar método de conservação complementar após a pasteurização.
( ) a remoção de parte da água contida nos alimentos. É necessário utilizar um método
de conservação complementar após a pasteurização de um alimento.
b. A acidificação:
( ) é um método físico de conservação, que atua reduzindo o pH dos alimentos.
( ) é um método químico de conservação, que atua reduzindo o pH dos alimentos.
( ) é um método físico de conservação, que atua aumentando o pH dos alimentos.
( ) é um método químico de conservação, que atua aumentando o pH dos alimentos.
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c. O branqueamento, método físico de conservação que emprega o calor, tem a finalidade
principal de:
( ) remover grande parte da água contida no alimento.
( ) deixar o alimento com coloração branca.
( ) esterilizar completamente o alimento.
( ) inativar as enzimas que provocam a deterioração do alimento.
d. Quanto à fermentação:
( ) pH, temperatura, disponibilidade de oxigênio e fonte de energia (substrato) são
exemplos de variáveis importantes para o seu controle.
( ) pode ser provocada somente por fungos e bactérias.
( ) é dificultada pelas poucas opções de substratos existentes.
( ) sua única finalidade na indústria de alimentos é a conservação.
43
13) Em que consiste o processo de defumação e quais características este confere aos
alimentos?
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6. BIBLIOGRAFIA
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