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Disciplina:
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Apostila destinada ao Curso Técnico de Nível Médio em Agroindústria das Escolas Estaduais
de Educação Profissional – EEEP
Material elaborado/organizado pela professora Fábia Costa -
2018
SUMÁRIO
4.4. Eutrofização.......................................................................................................................................... 53
1. Noções de Ecologia
1.1. Ecologia
A palavra ecologia foi empregada pela primeira vez pelo biólogo alemão E. Haeckel
em 1866 em sua obra Generelle Morphologie der Organismen . Ecologia vem de duas palavras
gregas : Oikós que quer dizer casa , e logos que significa estudo .Ecologia significa ,
literalmente a Ciência do Habitat . É a ciência que estuda as condições de existência dos seres
vivos e as interações , de qualquer natureza , existentes entre esses seres vivos e seu meio .
Conceito e Objetivos da Ciência e Tecnologia dos Alimentos
A ecologia é uma ciência multidisciplinar, que envolve biologia vegetal e animal,
taxonomia, fisiologia, genética, comportamento, meteorologia, pedologia, geologia, sociologia,
antropologia, física, química, matemática e eletrônica. A ecologia se desenvolveu ao longo de
duas vertentes: o estudo das plantas e o estudo dos animais. A ecologia vegetal aborda as
relações das plantas entre si e com seu meio ambiente. A abordagem é altamente descritiva da
composição vegetal e florística de uma área e normalmente ignora a influência dos animais
sobre as plantas.
A ecologia animal envolve o estudo da dinâmica, distribuição e comportamento das
populações, e das inter-relações de animais com seu meio ambiente. Como os animais
dependem das plantas para sua alimentação e abrigo, a ecologia animal não pode ser
totalmente compreendida sem um conhecimento considerável de ecologia vegetal.
A ecologia terrestre, que contém subdivisões para o estudo de florestas e desertos,
por exemplo, abrange aspectos dos ecossistemas terrestres como microclimas, química dos
solos, fauna dos solos, ciclos hidrológicos, ecogenética e produtividade. Os ecossistemas
terrestres são mais influenciados por organismos e sujeitos a flutuações ambientais muito mais
amplas do que os ecossistemas aquáticos. Esses últimos são mais afetados pelas condições
da água e possuem resistência a variáveis ambientais como temperatura.
Por ser o ambiente físico tão importante no controle dos ecossistemas aquáticos,
dá-se muita atenção às características físicas do ecossistema como as correntes e a
composição química da água. Por convenção, a ecologia aquática, denominada limnologia,
limitase à ecologia de cursos d'água, que estuda a vida em águas correntes, e à ecologia dos
lagos, que se detém sobre a vida em águas relativamente estáveis. A vida em mar aberto e
estuários é objeto da ecologia marinha.
outras substâncias
Ex.: seres de uma floresta, de um rio, de um lago de um brejo, dos campos, dos
oceanos, etc.
HABITAT - é o lugar específico onde uma espécie pode ser encontrada, isto é,
o seu "ENDEREÇO" dentro do ecossistema.
Exemplo: Uma planta pode ser o habitat de um inseto, o leão pode ser
encontrado nas savanas africanas, etc.
BIOSFERA - Toda vida, seja ela animal ou vegetal, ocorre numa faixa
denominada biosfera, que inclui a superfície da Terra, os rios, os lagos, mares
e oceanos e parte da atmosfera. E a vida é só possível nessa faixa porque aí
se encontram os gases necessários para as espécies terrestre e aquáticas:
oxigênio e nitrogênio.
1.2.1.1.1. Interações
b) Protocooperação - protocooperação ou
simplesmente cooperação é a associação entre
indivíduos de espécies diferentes em que ambos
se beneficiam, mas cuja coexistência não é
obrigatória. Como exemplos de protocooperação
vamos destacar as associações entre o paguro-
eremita e as anêmonas-do-mar, o pássaro anu e
certos mamíferos, o pássaro-palito e os crocodilos
e a polinização feita por animais.
d) Esclavagismo ou Escravismo - é a
interação desarmônica na qual uma
espécie captura e faz uso do trabalho, das
atividades e até dos alimentos de outra
espécie. Um exemplo é a relação entre
formigas e os pulgões (Afídeos). Os
pulgões são parasitas de certos vegetais.
Alimentam-se da seiva elaborada que
retiram dos vasos liberianos de plantas como a roseira, a orquídea, etc. A
seiva elabora é rica em açúcares e pobre em aminoácidos. Por absorverem
muito açúcar, os pulgões eliminam o seu excesso pelo ânus. Esse açúcar
eliminado é aproveitado pelas formigas, que chegam a acariciar com suas
antenas o abdômen dos pulgões, fazendo-os eliminar mais açúcar. As
formigas transportam os pulgões para os seus formigueiros e os colocam
sobre raízes delicadas, para que delas retirem a seiva elaborada.
A energia geotérmica se baseia no fato de que a Terra fica mais quente quanto mais
profundamente se perfura. A energia geotérmica pode originar-se de vapor de água encontrado
em grandes profundidades sob a superfície terrestre. Fazendo com que chegue até a
superfície, pode mover uma turbina para gerar eletricidade. Outra possibilidade é o
aquecimento de água pelo bombeamento através de rochas quentes profundas. Ainda que
essa fonte de energia seja uma teoria ilimitada, na maior parte das áreas habitadas do planeta
as rochas aquecidas estão situadas em camadas profundas demais, fazendo com que não seja
rentável perfurar poços para sua utilização.
Energia hidrelétrica
Álcool
Energia solar
Energia eólica
A turbina eólica transforma essa energia cinética em energia mecânica por meio do
movimento de rotação de pás e, através de um gerador, há geração de energia elétrica.
Rotor: conjunto que é conectado a um eixo que transmite a rotação das pás
para o gerador;
Biomassa
A conversão da biomassa para fins energéticos pode ser realizada por diferentes
2. POLUIÇÃO AMBIENTAL
A poluição das águas tem sido um problema para a nossa sociedade, e é tempo de
por fim a todo o custo este assunto. Nestes últimos anos o governo tem tentado sensibilizar a
opinião pública para esta situação que tem vindo a agravar-se devido há falta de fundos.
Também as indústrias, que cada vez fazem mais poluição sem qualquer medida protecionista
contribuem fortemente para o problema sem qualquer multa por parte do Governo.
A maior parte dos poluentes atmosféricos reage com o vapor de água na atmosfera e
volta à superfície sob a forma de chuvas, contaminando, pela absorção do solo, os lençóis
subterrâneos. Nas cidades e regiões agrícolas são lançados diariamente cerca de 10 bilhões
de litros de esgoto que poluem rios, lagos, lençóis subterrâneos e áreas de mananciais. Os
oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios, além do lixo dos centros
industriais e urbanos localizados no litoral.
b) Persistentes - São produtos químicos que se mantém por longo tempo no meio
ambiente e nos organismos vivos. Estes poluentes podem causar graves problemas como a
contaminação de alimentos, peixes e crustáceos.
• Utilize apenas detergentes que não contenham fosfatos e usa uma quantidade
inferior à indicada no rótulo;
• Diga aos teus pais para comprarem apenas papel higiênico que não tenha sido
branqueado com cloro ou tingido. Depois do papel se decompor, o cloro e os corantes
permanecem na água, prejudicam a vida de muitos animais.
• Poeiras - São pequenas partículas sólidas, com diâmetro de 0,1 a mais de 100
microns, originada de parcelas maiores, por processos mecânicos de desintegração, como
lixamento, moagem, etc., ou poeiras naturais como o pólen, esporos, etc. Exemplos: Partículas
de rochas, de metais, de cimento, etc. Pode também ser definido como um aerossol de
partículas sólidas
• Fumos - São partículas sólidas com diâmetro inferiores a um mícron, formadas pela
condensação de vapores de materiais sólidos, geralmente metais, e consequentemente
solidificação. Normalmente este mecanismo é acompanhado de oxidação. Os fumos são
inorgânicos. Exemplo: Fumos de óxidos de chumbo, de zinco, etc.
micrômetros.
Poluentes Comuns
• Secreção mucosa das vias aéreas superiores, que tende aglutinar as partículas
sólidas e fixar gases e vapores;
• Cílios que vão desde a traqueia até os brônquios com a finalidade de levar as
partículas inaladas em direção a faringe; movimento peristálticos bronquíolos, colaborando na
eliminação de partículas;
• Forma peculiar das fossas nasais, fazendo com que as partículas de maior
tamanho sejam precipitadas sobre a base da língua;
• Irritação dos órgãos sensoriais; • Efeitos adversos sobre função biológica, podendo
chegar a doenças crônicas; • Doença aguda e "morte"
• Nematócidos, que
controlam nematódios parasitas.
sulfídrico, mercaptans e outros compostos que podem ser tóxicos ou exalar mau cheiro. O lixo
urbano sofre quatro processos: lixões, aterros sanitários, compostagem e incineração. No caso
dos "lixões", o lixo simplesmente é levado para terrenos baldios onde fica exposto e é
aproveitado pelos "catadores de lixo" que correm o risco de contrair doenças. Por outro lado o
lixão provoca intensa proliferação de moscas e outros insetos. Outro inconveniente é o
"chorume", liquido que resulta da decomposição do lixo e que polui o solo e os lençóis d'água.
No
processo de
compostagem o material orgânico do lixo sofre um
tratamento biológico do qual resulta o chamado
"composto", material utilizado na fertilização e
recondicionamento do solo.
O aquecimento global está afetando tudo o que vive e respira no planeta. Alguns
gases da atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2), funcionam como uma capa
protetora que impede que o calor absorvido da irradiação solar escape para o espaço exterior,
mantendo uma situação de equilíbrio térmico sobre o planeta, tanto durante o dia como durante
a noite. Sem o carbono na atmosfera a superfície da Terra seria coberta de gelo. A essa
particularidade benéfica da camada de ar em volta do globo se dá o nome de "efeito estufa".
Como o gráfico abaixo, o ano de 2016 foi considerado com maior elevação de
temperatura em relação ao século XX, estima-se que em 2020, a temperatura irá aumenta em
até 1ºC por ano.
O efeito estufa gerado pela natureza é, portanto, não apenas benéfico, mas
imprescindível para a manutenção da vida sobre a Terra. Se a composição dos gases raros for
alterada, para mais ou para menos, o equilíbrio térmico da Terra sofrerá conjuntamente. A ação
do ser humano na natureza tem feito aumentar a quantidade de dióxido de carbono na
atmosfera, através de uma queima intensa e descontrolada de combustíveis fósseis e do
desflorestamento. A derrubada de árvores provoca o aumento da quantidade de dióxido de
carbono na atmosfera pela queima e também por decomposição natural. Além disso, as árvores
aspiram dióxido de carbono e produzem oxigênio. Uma menor quantidade de árvores significa
também menos dióxido de carbono sendo absorvido.
2.6. Ozônio
Alguns destes gases também reagem com o vapor de água da atmosfera, tornando
a chuva ácida. Ela pode contaminar lençóis de água e oceanos (2/3 das chuvas caem sobre
eles). Por sua vez , o clorofluorcarbono (CFC) usado na refrigeração, destrói o manto de
ozônio, protetor contra os raios ultravioletas do Sol. Eles causam câncer de pele, catarata e
afetam o fitoplâncton, a fina camada vegetal sobre o oceano, responsável pela vida no mar.
O CFC escapa junto com o produto cada vez que o spray é usado. A apresentação
em spray tornou-se muito comum em produtos de uso pessoal, doméstico, inseticidas e outros,
difundida muito além dos casos em que seu emprego possa ser considerado necessário, como
em certos medicamentos para uso humano e veterinário. Desde novembro de 1989 está
proibida no Brasil a venda de sprays que contenham CFCs e, desde então, é comum encontrar
nas embalagens em selo padrão em que os fabricantes afirmam que seus produtos não
agridem a camada de ozônio. Mas não se pode constatar que a produção industrial de CFCs
para este fim tenha diminuído, não se tem notícia de fiscalização e análise de conteúdo dos
sprays, e é surpreendente que todos os produtos que até bem pouco tempo continham CFC
tenham se adaptado à troca deste produto por outro propelente em suas fórmulas, sem
modificações perceptíveis em suas características usuais.
3. RESÍDUOS NA AGROINDÚSTRIA
2.Resíduos classe II – Não perigosos: estes resíduos podem ser divididos em duas
outras classes:
3.1.1. Tipo
Tabela 2- Resíduos recicláveis e não recicláveis.
A coleta seletiva, para a administração pública, pode ter objetivos tão variados
quanto os próprios problemas observados em sua comunidade. Tanto pode atender aos
interesses preservacionistas de comunidades preocupadas com o meio ambiente, como
possibilitar uma sensível redução das quantidades de resíduos a serem dispostos em aterros,
sobretudo nas regiões onde a escassez de áreas adequadas é problema incontornável.
Evidentemente, esse último objetivo, que tem justificado a maioria das iniciativas de
implantação de coleta seletiva, somente poderá ser almejado quando houver evidências,
comprovadas mediante análises quantitativas dos resíduos, de que a fração reciclável é
realmente significativa.
A remoção porta-a-
porta consiste na coleta dos
materiais recicláveis gerados
pelos domicílios, numa atividade
semelhante à da coleta regular
executada pela maioria dos
municípios brasileiros. Nos dias
e horários determinados, esses materiais são depositados na frente dos domicílios pelos seus
usuários, sendo, então, removidos pelos veículos de coleta.
A relação dos materiais assim classificados pode variar de um município para outro,
uma vez que para determinada localidade pode não ser interessante, ou mesmo viável, a
separação de determinados materiais, por exemplo, pela simples inexistência de mercado
comprador. materiais recicláveis materiais não recicláveis
predeterminados pela administração pública, onde são acumulados para remoção posterior.
Plástico duro e do tipo filme, papel, papelão, vidro e metal são depositados
separadamente em recipientes especiais facilitando a triagem final. Os PEVs podem ter
constituição muito variada, dependendo dos recursos disponíveis. Normalmente são formados
por conjuntos de recipientes plásticos ou metálicos, como latões de 200 litros e contêineres, ou
de alvenaria, formando pequenas caixas ou baias, onde os materiais são depositados.
Esses recipientes, que devem
atender às exigências de capacidade e
função, são identificados por cores, seguindo
as normas internacionais, e devem ser
protegidos das chuvas e demais intempéries
por uma pequena cobertura. Os PEVs,
preferencialmente, devem ser instalados em
lugares protegidos, de fácil acesso e
visualização, frequentados por grande
número de pessoas, como postos de gasolina, escolas, hospitais, supermercados, terminais de
transporte coletivo, conjuntos habitacionais e outros.
Vantagem: economia na coleta e prévia separação dos materiais.
Desvantagem: possibilidade de depredação das instalações por vandalismo e
necessidade de empenho da população em conduzir seus materiais
recicláveis até os pontos predeterminados, podendo resultar num percentual
de participação menor que o da coleta porta-a-porta.
Catadores de lixo
Os sistemas convencionais de coleta seletiva, fundamentados exclusivamente na
utilização das estruturas municipais, são normalmente caros. Apesar de a utilização de PEVs
resultar em redução nos custos da coleta, a triagem dos materiais continua sendo atividade
onerosa.
Uma alternativa é a utilização de catadores de rua, ou de lixões, em substituição à
mão-de-obra da prefeitura. As possibilidades dessa
utilização são múltiplas, podendo a responsabilidade
da administração municipal resumir-se à cessão de
terreno com galpão e equipamentos mínimos, como
3.3.1. Curtume
A utilização de resíduos passa por uma tomada de decisões de acordo com a
natureza e especificidade do resíduo. Matos (2014), pesquisando a viabilidade do uso de
resíduos oriundos dos curtumes, pôde observar que muitos materiais orgânicos são
essencialmente: pelos, gordura, carne e lodos do tratamento biológico, aparas de couro,
serragem de raspadeira e pó de lixadeira. Além desses, são resíduos as cinzas e fuligem das
caldeiras e o sal do batimento das peles. O processamento de 1 (um) t de pele salgada até a
etapa de acabamento final gera cerca de 100 Kg de matéria seca de lodo.
Conforme a figura acima a empresa JBS foi multada em 1 milhão de reais por jogar
resíduos de curtume no rio Paraguai em setembro de 2015.
3.3.2. Celulose
Uma agroindústria bastante geradora de resíduos é a indústria de celulose. Na
década de 2000, a produção de papel no Brasil ficou em torno de 200 mil toneladas ano, em
média. Com isso, a produção de resíduos é quase que consequente a transformação dessa
matéria-prima. Os principais resíduos gerados são: restos de madeira, lama de cal, cinzas da
caldeira, dregs, grits e lodo. A utilização desses resíduos vem sendo abordado por vários
autores. Viana (2016), fala que a celulose é gerada a partir de troncos de árvores, sendo as
principias matérias o eucalipto seguido do pinus.
de fabricação de celulose e papel têm sido aplicados como corretivos de acidez dos solos e
adubos em povoamentos de eucalipto, proporcionando redução nos custos com aquisição de
fertilizantes.
3.3.3. Etanol
O Brasil utiliza a cana-de-açúcar como matéria-prima para obter etanol há vários
anos, e é o país que apresenta maior crescimento dessa cultura. Cada tonelada de cana-de-
açúcar processada gera em torno de 140 kg de bagaço. Entre 60 e 90% deste resíduo são
utilizados pela própria indústria sucroalcooleira como combustível para geração de energia e
calor.
Entretanto, existe ainda um excedente que gera problemas ambientais e de
estocagem, em decorrência, diversos trabalhos têm sido feitos na busca por alternativas de
utilização deste subproduto, com o desenvolvimento de novos coprodutos como ração animal,
papel, papelão, aglomerados, como material alternativo na construção civil, na produção de
biomassa microbiana e como meio adsorvente de contaminantes orgânicos.
coco verde apresentam-se como mais uma opção para este nicho do mercado e seu uso vem
sendo atestado positivamente com resultados equivalentes aos obtidos com a fibra do coco
maduro.
As fibras da casca de coco verde já são utilizadas na fabricação de vasos, tapetes,
mantas para contenção da erosão, artesanatos, acessórios automotivos, novos materiais etc. O
pó da casca de coco destaca-se por ser um material
biodegradável, renovável, muito leve assemelhando-
se com as melhores turfas de Sphagnum encontradas
no Norte da Europa e América do Norte. Por
apresentar estrutura física vantajosa, proporcionando
alta porosidade, alto potencial de retenção de
umidade e elevado favorecimento da atividade
fisiológica das raízes, ganhou interesse comercial
principalmente como substrato agrícola no cultivo de plantas envasadas.
As características desse resíduo abrem ainda possibilidades de uso na área de
biorremediação de solos e biossorção
de metais pesados, como substrato
para cama de animais de laboratório ou
ainda pode ser transformado em
substitutos de painéis do tipo medium
density fiberboard (MDF) ou mesmo
briquetes por meio de um processo de
compactação a pressões elevadas.
Outra oportunidade
importante de agregação de valor está
relacionada ao líquido gerado durante a prensagem da casca de coco verde (LCCV). O LCCV
apresenta um conteúdo de polifenois, açúcares e potássio que vem estimulando pesquisas
com o intuito de avaliar seu uso em aplicações de alto valor agregado. Os estudos abordam o
seu potencial como fonte de taninos para formulação de resinas fenólicas e para fins
fitoterápicos; como fonte de açúcar em processos fermentativos e geração de biogás; e como
fonte de potássio, na fertilização de cultivos agrícolas.
A poluição hídrica diz respeito às alterações que ocorrem nas características físicas,
químicas e/ou biológicas das águas, constituindo prejuízo à saúde, à segurança e ao bem estar
da população. Isso implica no comprometimento da fauna e da utilização das águas para fins
recreativos, comerciais, industriais e de geração de energia.
Esta poluição pode ser causada pelo crescimento populacional e pela urbanização
desordenada, pela instalação de indústrias, pelo aumento da produção agrícola e sua pesada
4.4. Eutrofização
A eutrofização pode ser natural, visto que os lagos tendem para esse estado, ou
antrópica provocada pela intervenção do homem. A eutrofização causa a destruição da fauna e
da flora de muitos ecossistemas aquáticos, transformando-os em esgotos a céu aberto. Esse
cenário permite a proliferação de inúmeras doenças causadas por bactérias, vírus e vermes.
Figura 13 Processo de eutrofização
consumido em meio ácido que leva à degradação de matéria orgânica, sendo essa
biodegradável ou não (quanto de produto químico presente na água que consumirá
determinada quantidade de oxigênio).
A reutilização de um subproduto permite que o meio ambiente seja poupado tanto
pela captação dos recursos como pela disposição final.
4.5.2. Tipos de tratamento de efluentes
Os processos de tratamento são classificados em físicos, químicos e biológicos,
conforme a natureza dos poluentes a serem removidos e/ou das operações unitárias utilizadas
para o tratamento. Também, podem ser classificados em função da eficiência, sendo
denominados como primário, secundário e terciário. Um diagrama simplificado é mostrado na
Figura 14.
necessária para a melhoria dos processos, assim como, para a certificação ambiental. Aspecto
ambiental é definido, pela NBR ISO 14001, como elemento das atividades, produtos e serviços
de uma organização, que possam interagir com o meio ambiente.
O aspecto pode estar relacionado a uma máquina ou equipamento, assim como, a
uma atividade executada por ela ou por alguém que produza ou apresente a possibilidade de
produzir algum efeito sobre o meio ambiente.
A NBR ISO 14001, prioriza o levantamento dos aspectos ambientais significativos, já
que os aspectos envolvidos em um processo são muitos. Aspecto ambiental significativo é
aquele que tem um impacto ambiental significativo (ABNT NBR ISO 14001:2004). Dessa forma,
impacto ambiental é qualquer mudança no meio ambiente, tanto positiva quanto negativa, total
ou parcial, resultado das atividades, produto ou serviços da organização (ABNT NBR ISO
14001:2004).
representa a busca por uma produção responsável com relação às condições de trabalho. Este
movimento envolve também, a comercialização de produtos através de sistemas mais justos de
remuneração, permitindo o desenvolvimento da comunidade local.
A partir da década de 1990, os selos de responsabilidade socioambiental
proliferaram por diversas áreas e organizações. Atualmente, é possível encontrar selos de
certificação de boas práticas empresariais em qualquer área de atuação econômica. Isso
porque os selos tornaram-se um determinante competitivo que demonstra que os produtos e
serviços daquela empresa são social e/ou ambientalmente corretos.
5.3.1.1. Acondicionamento
É a etapa de preparação dos resíduos para a coleta adequada de acordo com o tipo
e quantidade gerada. Os resíduos são acondicionados em recipientes próprios e mantidos até
o momento em que são coletados e transportados ao aterro sanitário ou outra forma de
destinação final. Destaca-se que o acondicionamento dos resíduos deve ser realizado de forma
a evitar acidentes e proliferação de vetores.
Assim, esta etapa pode ser considerada temporária, mas, sem dúvida, fundamental
para o êxito do PGRS, pois pode facilitar a coleta dos resíduos. Para o acondicionamento
temporário de resíduos, podem ser utilizadas caçambas, contêineres e lixeiras destinadas à
coleta de resíduos recicláveis (coleta seletiva), dependendo do tipo de resíduo. Cabe destacar
que é fundamental a identificação dos recipientes onde os resíduos serão acondicionados,
identificando com figuras (cores) e dizeres qual é o tipo de resíduos que corresponde àquele
recipiente, visando facilitar o correto descarte de resíduos.
A coleta seletiva permite que os materiais que podem ser reciclados sejam
separados dos demais, ou seja, os materiais recicláveis são separados em papéis, plásticos,
metais, vidros, sendo que o lixo orgânico (restos de alimentos, podas de árvores, folhas secas
e outras partes das árvores) são utilizados para a fabricação de adubos orgânicos por meio da
compostagem ou são (deveriam) encaminhados para o aterro sanitário.
Cabe destacar que as pilhas e baterias também devem ser separadas, pois, se
descartadas inadequadamente no meio ambiente, podem causar contaminação do solo em
virtude da presença de metais pesados em sua composição. Ainda nesse grupo enquadram-se
os resíduos hospitalares em virtude da contaminação biológica que podem apresentar, sendo
que eles devem ser segregados dos demais resíduos e destinados à incineração.
5.3.1.2. Coleta
Ressalta-se ainda que, quando possível, deve ser realizada coleta periódica de
resíduos especiais como pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes. Dessa forma, a coleta
seletiva dos resíduos contribui de forma direta para a sustentabilidade, pois reduz
significativamente o consumo de recursos naturais, bem como minimiza a possibilidade de
poluição dos recursos hídricos e solo.
5.3.1.3. Transporte
5.3.1.4. Reciclagem
produto, economizando matéria-prima que seria necessária para a produção destes novos
produtos. A reciclagem é facilitada pelo correto acondicionamento dos resíduos, por meio da
realização da coleta seletiva.
5.3.1.5. Tratamento
Esta etapa tem por objetivo reduzir a quantidade ou o potencial poluidor dos
resíduos sólidos, impedindo o descarte inadequado deles no meio ambiente, transformando-os
5.3.1.5.1. Compostagem
Segundo dados do CEMPRE, em 2010, cerca de 4%, do lixo sólido orgânico urbano
gerado no Brasil foi compostado. A compostagem pode ser definida como o processo de
produção de adubo a partir da decomposição dos resíduos orgânicos. É um processo simples e
pode ser feita em casa, seguindo apenas alguns passos: É preciso primeiramente escolher
uma área no quintal. Não é preciso que a área seja concretada, desde que o piso de terra
esteja compactado para impedir a infiltração do chorume.
Após esse período, o composto pode ser utilizado como adubo orgânico em uma
infinidade de espécies vegetais como em fruticultura, jardins, paisagismo, gramados,
reflorestamento, produção de mudas, grãos etc.
- Lixão
Esta é uma forma inadequada de disposição de resíduos, pois o local não possui
nenhum tipo de tratamento. O resíduo é disposto diretamente no solo, o que pode causar
diversos tipos de contaminação, além da atração de vetores e odores, não possuindo nenhuma
técnica de tratamento, bem como podendo se encontrar em locais inadequados. Essa
disposição ainda tem como agravante a presença de pessoas, as quais se utilizam da
garimpagem do lixo como forma de sobrevivência e até mesmo para alimentação, podendo
ainda adquirir várias doenças, tornando-se, dessa maneira, um grave problema social.
- Aterro Controlado
- Aterro Sanitário
Atualmente, os aterros sanitários vêm sendo severamente criticados porque não têm
como objetivo o tratamento ou a reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano. De fato, os
aterros sanitários são uma forma de armazenamento de lixo no solo, alternativa que não pode
ser considerada a mais indicada, uma vez que os espaços úteis a essa técnica tornam-se cada
vez mais escassos.
Além disso, o aterro sanitário é um passivo ambiental, já que esta área nunca
poderá ser novamente utilizada em virtude do grande armazenamento de resíduos e produção
contínua de gás metano.
- Incineração
Referências
ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no Brasil. 2011. Disponível em: <
http://www.cidadessustentaveis.org.br/sites/default/files/arquivos/panorama_residuos_solidos_a
Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio. NBR ISO 14.004. Rio de
Janeiro, 2005.
BEZERRA, F. C.; ROSA, M. F. . Pó da casca de coco verde como substrato para plantas. In: III
Encontro Nacional de Substratos para Plantas - III ENSUB, 2002, Campinas. Documento IAC,
70, 2002.
2000.
ODUM, E. Ecologia. Rio de Janeiro: Ed. Interamericana,1985. TOWSEND, C. R.; BEGON, M. &
HARPER, J.L. Fundamentos em Ecologia. 2º Edição. Artmed Editora S.A. Porto Alegre, RS.
592p. 2006.
Maceió, 2010.
SOARES, J.B; M MAIA, A.C.F. Água: Microbiologia e Tratamento. Fortaleza, UFC Edições,
1999.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!