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ESCOLA DE SAÚDE

CURSO DE BIOMEDICINA

RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

TALITA MICHELE MARINS DE OLIVEIRA

MANAUS - 2017
ESCOLA DE SAÚDE
CURSO DE BIOMEDICINA

RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

TALITA MICHELE MARINS DE OLIVEIRA

Supervisor De Estágio: Carla Martins


Preceptor De Estágio: Daneken Simões
Coordenador De Curso De Biomedicina: Amaury Bentes
Local De Estágio: Laboratório Escola de Analises Clinicas - LEAC
Período De Estágio: 2º/2017

MANAUS - 2017
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6

2. OBJETIVOS ............................................................................................................. 6

Objetivo geral .................................................................................................... 6


Objetivos específicos ........................................................................................ 7
3. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL OU DE ESTÁGIO .............................................. 7

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ........................................................................... 7

Fase Pré-analítica ............................................................................................. 7


4.1.1 Pedido do exame.............................................................................................................. 7
4.1.2 Preparação do paciente ................................................................................................... 8
4.1.3 Coleta ............................................................................................................................... 8
4.1.4 Transporte ........................................................................................................................ 8
4.1.5 Preparação ....................................................................................................................... 8
Fase Analítica ................................................................................................... 8
Setor de Parasitologia....................................................................................... 9
Métodos e técnicas parasitológicas ................................................................. 9
4.4.1 Hoffman ........................................................................................................................... 9
4.4.2 WILLIS ............................................................................................................................. 10
4.4.3 RUGAI ............................................................................................................................. 10
4.4.4 Método Direto ............................................................................................................... 11
Diagnóstico...................................................................................................... 11
4.5.1 Helmintos ....................................................................................................................... 12
4.5.2 Protozoários ................................................................................................................... 21
Setor Urinálise................................................................................................. 25
4.6.1 Exame EAS ...................................................................................................................... 26
4.6.2 Exame físico.................................................................................................................... 26
4.6.3 Exame Químico .............................................................................................................. 28
4.6.4 Proteínas ........................................................................................................................ 29
4.6.5 Glicose ............................................................................................................................ 29
4.6.6 Cetonas .......................................................................................................................... 29
4.6.7 Sangue ............................................................................................................................ 30
4.6.8 Bilirrubina ....................................................................................................................... 30
4.6.9 Urobilinogênio ............................................................................................................... 30
3
4.6.10 Nitrito ............................................................................................................................. 31
4.6.11 Materiais e Equipamentos ............................................................................................. 31
4.6.12 Técnica ........................................................................................................................... 31
4.6.13 Sedimentoscopia ............................................................................................................ 29
4.6.14 Cilindros ......................................................................................................................... 32
4.6.15 Cristais Urinários ............................................................................................................ 35
4.6.16 Espermograma ............................................................................................................... 37
Setor Imunologia ............................................................................................. 40
4.7.1 Tipagem sanguínea ........................................................................................................ 40
4.7.2 VDRL ............................................................................................................................... 42
4.7.3 FATOR ASO ..................................................................................................................... 43
4.7.4 FATOR PCR ..................................................................................................................... 44
4.7.5 Fator Reumatóide (RF) ................................................................................................... 45
4.7.6 Soro de Coombs Direto .................................................................................................. 46
Setor de Microbiologia .................................................................................... 46
4.8.1 Tipos de meios de cultura Ágar ..................................................................................... 47
4.8.2 Materiais e Equipamentos ............................................................................................. 49
4.8.3 Técnica ........................................................................................................................... 49
4.8.4 Manipulação da autoclave ............................................................................................. 49
4.8.5 Controle de Qualidade ................................................................................................... 51
4.8.6 Fluxo de Dados ............................................................................................................... 51
4.8.7 Fase Pós-analítica ........................................................................................................... 51
FLUXOGRAMA ............................................................................................... 51
RDC/ANVISA Nº 302, de 13 de outubro de 2005. ......................................... 52
SETOR PARASITOLOGIA ............................................................................. 49
4.11.1 Exames parasitológico das fezes (EPF)........................................................................... 49
4.11.2 Análises macroscópica das fezes ................................................................................... 49
4.11.3 Análises microscópica das fezes .................................................................................... 49
4.11.4 Exame direto .................................................................................................................. 49
4.11.5 Método Hoffman, Pons e Janer ou Lutz (HPJ) ............................................................... 50
4.11.6 Método Baermann-Moraes ........................................................................................... 50
4.11.7 Malária ........................................................................................................................... 50
4.11.8 Leishmaniose.................................................................................................................. 50
Urinálise .......................................................................................................... 50
5. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 53

4
6. ANEXOS ................................................................................................................ 51

7. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 55

5
1. INTRODUÇÃO

Este relatório tem entre diversas finalidades, evidenciar a experiência do Estágio


Supervisionado I, realizado no LEAC- Laboratório Escola de Análises Clínicas, no
período vespertino foi comprido estágio nas áreas de Parasitologia, Urinálise,
Espermograma, Imunologia, Microbiologia, com carga horária semanal de 20 horas,
dividido em 4 horas por dia, com a aluna Talita Michele Marins de Oliveira do 7º
período do curso de Biomedicina –turma BMN07S1 Noturno, em Manaus/AM.

O estágio foi orientado pelo professor Daneken Simões, com a duração de 320 horas-
de aula. O estágio supervisionado e de extrema importância na vida do acadêmico
pois é nesse momento que os alunos se unem a um propósito de aprender e dividir
conhecimento com todos.

O estágio é um processo fundamental para os acadêmicos na formação profissional,


novas buscas e conhecimentos técnicos práticos surgem, uma busca constante de
desafios e soluções. O Estágio Supervisionado é um conhecimento passado ao
graduando onde em vista será transcorrido toda vida acadêmica desde da sala de
aula a experiência prática tendo suporte do professor.

Este concede ao graduando viabilidade a descobrir atitude de pesquisador,


despertando interesse no estudo organização competência, restruturação,
apreciação.

2. OBJETIVOS

Objetivo geral

• Vivenciar a rotina de um laboratório de ponto, buscando ter uma experiência


acadêmica e desenvolvendo uma postura profissional;
• Após o termino do estágio, ter habilidades, postura e atitudes profissionais
para desenvolver no decorrer de minha carreira profissional.

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Objetivos específicos

• Praticar coletas de materiais biológicos, cumprindo as normas de segurança;


• Desenvolver atividades relacionadas a interpretação de laudos;
• Analisar de forma clara e objetiva a rotina de um laboratório de análises
clinicas;

3. CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL OU DE ESTÁGIO

O LEAC - Laboratório Escola de análises Clínicas, situado na Av. Getúlio


Vargas, nº 730, Centro – Manaus, Unidade 15, faz parte de um projeto que foi
elaborado em 2009 e iniciado no ano de 2014. Atualmente à responsável técnica é
a farmacêutica Andreza Luiza Fernandes (CRF/AM 03055). O laboratório escola foi
idealizado para estágio supervisionado e outros fins, é devidamente equipado com
todos os setores, Recepção/Triagem, Sala de Coleta, Hematologia, Bioquímica,
Microbiologia, Parasitologia, Urinálise e Micologia. Atende as necessidades dos
alunos com a prática das técnicas e facilita o aprendizado.

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Fase Pré-analítica

Vários profissionais estão envolvidos nesta fase, a maioria dos problemas das
análises laboratoriais, acontecem nesta fase, contudo sabemos que, as falhas podem
ser reduzidas, se os profissionais seguirem todas as regras e procedimentos da etapa.
Esta fase se divide em 5 etapas.

4.1.1 Pedido do exame

A análise laboratorial, inicia-se a partir de um pedido de exame, feito pelo


médico que quer confirmar um quadro clinico, ter uma contraprova de um diagnóstico
ou para fazer exames de rotina para avaliar o paciente.

7
4.1.2 Preparação do paciente

Comunicar e cuidar do paciente, na pré-coleta o paciente deve ser orientado


com todas as informações necessárias para seu exame médico.

4.1.3 Coleta

O recolhimento das amostras biológicas, normalmente se faz mais na coleta


de sangue, muitas das vezes é o momento mais estressante para os pacientes. Esta
fase requer muito profissionalismo, para evitar falhas no momento do recolhimento
da amostra, deve-se evitar qualquer tipo de dúvida, os equipamentos devem estar
organizados e o profissional deve estar preparado para a execução do
procedimento.

4.1.4 Transporte

A última das fase pré-analítica tem como ponto chave o armazenamento correto
do material de coletado. Assim como a identificação dos recipientes corretos, evitando
com isso resultados equivocados. É de suma importância a utilização de utensílios
adequados, transporte e administrar o tempo e a temperatura para evitar exposição
do material coletado, tudo pensando na segurança da amostra para as avaliações.

4.1.5 Preparação

Contemplam a fase de preparação:


• Manuseio de frascos e tubos para o devido encaminhamento interno;
• O julgamento da qualidade das amostras, que deve ser feito em cada processo
nessa fase;
Se uma amostra é aceita com restrições, essa observação deve constar no laudo.

Fase Analítica

Após a coleta do material e devidamente armazenado, os laboratórios iniciam


a etapa de análise do material. Os profissionais da área devem estar preparados
para utilizar corretamente os sistemas e os padrões operacionais, eles devem
seguir todos os procedimentos que a situação exige, buscando sempre se basear
por controles estatísticos e processos operacionais.

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Setor de Parasitologia

O setor de parasitologia clínica desenvolve analises de exames parasitológico


de fezes (EPF), são atividades rotineiras que envolvem diagnósticos de helmintos e
protozoários.

Exame de EPF

E o exame parasitológico de fezes, com a finalidade de identificar protozoário


e helmintos.

Métodos e técnicas parasitológicas

4.5.1 Hoffman Pons e Janer (HPJ)

O método de Hoffman baseia-se na sedimentação espontânea que consiste


basicamente na mistura de água filtrada e fezes, que proporciona ao longo de duas
horas uma sedimentação no fundo do cálice para visualização ao microscópio de
ovos, cistos em fezes.

4.5.1.1 Materiais e Equipamentos

• Béquer (Ver Fig. 01)


• Palito de picolé (Ver. Fig. 02)
• Gaze (Ver Fig. 03)
• Parasitofiltro (Ver Fig. 04)
• Taça de Sedimentação (Ver Fig. 05)
• Pipeta ou canudo (Ver Fig. 06)
• Lâmina (Ver Fig. 07)
• Lamínula (Ver Fig. 08)
• Lugol
• Fezes frescas
• Microscópio (Ver Fig. 09)

4.5.1.2 Técnica

A técnica de Hoffman consiste em dissolver 2g de fezes em água. Logo em


seguida com o auxílio de uma espátula de sorvete em um cálice e filtrado com uma
peneira, essa mistura será adicionada água destilada logo após o processo de
filtração onde ficara por 2 horas para sedimentar, após 2 horas será coletado com um
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canudo uma proporção pequena dessa sedimentação que ficou no fundo do cálice
colocando na lâmina, adicionar uma gota de lugol sobre uma lamínula levando ao
microscópio para analise em objetiva de 10 a 40x.

4.5.2 Willis

O método de willis baseia-se na flutuação de ovos de helmintos de


Ancilostomídeo.

4.5.2.1 Materiais e Equipamentos

• Parasitofiltro ou gaze
• Palito de picolé (Ver. Fig. 02)
• Lâmina
• Lamínula
• Solução salina concentrada
• Tubo de ensaio
• Béquer (Ver Fig. 01)
• Pipeta ou canudo
• Cálice
• Microscópio (Ver Fig. 09)

4.5.2.2 Técnica

A técnica consiste em dissolver uma pequena quantidade de fezes no Béquer


cerca de 5g em aproximadamente 10mL de solução salina concentrada, logo após,
passar a amostra diluída pelo parasitofiltro, com finalidade de retrair as porções
sólidas do material.

• Preparar um tubo de ensaio cônico e de plástico.


• Adicionar o material diluído no tubo até a borda.
• Acrescenta uma lamínula na borda do tubo de ensaio,
• Aguardar treze minutos e realizar a leitura.

4.5.3 Rugai

Método eficaz na detecção de lavas e ovos de helmintos principalmente S.


stercoralis.

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4.5.3.1 Materiais e Equipamentos

• Béquer
• Água destilada
• Lâmina
• Lamínula
• Lugol
• Microscópio
• Chapa aquecedora (Ver Fig. 10)


4.5.3.2 Técnica

A técnica consiste em fazer uma trouxa com gaze dobrada em quatro vezes na
abertura do pote coletor, pegar um cálice e encher com água aquecida a 45˚C,
fazendo com que essa amostra toque na água é necessário que espere durante uma
hora até o sedimento ser formando no fundo do cálice.

Coletar o sedimento com auxílio de um canudo preparar a lâmina com o


sedimento e uma gota de lugol, levar a visualização no microscópio em objetivas de
10 a 40x.

4.5.4 Método Direto

E um método especifico utilizado para identificar trofozóitos nas fezes sendo


de forma adulta ou protozoária.

4.5.4.1 Materiais e Equipamentos

• Lâmina
• Lamínula
• Lugol
• Fezes fresca
• Palito de Picolé
• Solução salina (Ver Fig. 11)
• Microscópio (Ver Fig. 09)

4.5.4.2 Técnica

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A amostra de fezes e colocada na lâmina em uma pequena proporção
espalhando na lâmina adicionar 1 gota de solução salina e uma gota de lugol
homogeniza com a lamínula e em seguida coloca a lamínula sobre amostra e levar
para análise no microscópio em objetiva de 10 para visualizar e na objetiva de 40 para
identificar com esse método e possível visualizar trofozóitos de giárdia.

DIAGNÓSTICO DE PARASITOLOGICO

4.6.1 Helmintos

4.6.1.1 Ascaris lumbricoides

Ascaris Lumbricoides são helmintos que parasitam, mutuamente, o intestino


delgado de humanos e suínos. E conhecido como lombriga ou bicha, que causa a
doença chamado ascaridíase.

4.6.1.1.1 Morfologia

A morfologia baseia-se nas fases de evolução do ciclo biológico, ou seja, os


vermes machos e fêmea e o ovo. As formas adultas são cumpridas, volumosas,
cilíndrica e apresentam as extremidades afiladas.

4.6.1.1.2 Ciclo biológico

É do tipo monoxênico, ou seja, possuem um único hospedeiro. Cada fêmea


fecundada é capacitada de colocar, por dia, cerca de 200.000 ovos não- embrionados
que vão aos ambientes juntamente com as fezes.

4.6.1.1.3 Sintomatologia

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Sintomas clínicos são em geral assintomáticos ou inespecífica apresentando:
dor abdominal, anorexia pela competição de nutrientes com o hospedeiro, dispepsia,
diarreia, constipação.

4.6.1.1.4 Diagnóstico

O diagnóstico clínico é difícil de ser diagnosticada, devido a ascaridíase


humana é pouco sintomática. O acúmulo de vermes adultos no intestino do
hospedeiro e devido a exposição contínua a ovos infectados. O número de vermes
está relacionado com a gravidade da doença que infetam cada pessoa.

4.6.1.2 Ancilostomídeos

Ancylostomidae é uma das principais famílias de Nematoda da qual a fase


parasitária ocorre em mamíferos, inclusive em humanos, provocando ancilostomose.
A atuação dos parasitos tanto por etiologia primaria como secundaria, geralmente
estimula um processo patológico de rumo crônico, mas pode resultar em
consequências até fatais.

4.6.1.2.1 Morfologia e classificação

A família ancilostomidae (do grego ankylos =curvo + gr. tomma = boca) é


dividida em várias subfamílias, das quais apenas duas serão aqui referidas:

4.6.1.2.1.1 Ancylostoma duodenale

Parasita frequente do homem, fixado por dois pares de dentes na cápsula bucal
sublinguais.

4.6.1.2.1.1.1 Morfologia

adultos – os machos possuem cor esbranquiçada, levemente e


harmoniosamente redondo, medindo de 7 a 11 mm de comprimento, com bolsa
compuladora bem desenvolvida. As fêmeas têm a mesma coloração do macho,
medem 10 a 14 mm de comprimento, calibrosas, terminando com ponta romba e com
espinho caudal.

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4.6.1.2.1.1.2 Ciclo biológico

Apresentam um ciclo biológicos direto, não precisando de hospedeiros


intermediários. Durante a evolução duas fases são bem definidas: a primeira, que se
cresce no meio exterior, é de vida livre, e a segunda, que se desenvolve no hospedeiro
definido necessariamente de vida parasitária.

4.6.1.2.1.2 Necator americanus

Parasita frequente do homem, a capsula bucal e pequena, sendo observado no


lado ventral um par de placas e no dorsal um dente seguido elevadamente no sentido
subventral de um par de lancetas.

4.6.1.2.1.2.1 Sintomatologia

Sintomas clínicos de cólicas, diarreia, anemia, tosse, dermatite,


hipoalbuminemia, edema.

4.6.1.2.1.2.2 Diagnóstico

O diagnóstico da ancilostomose pode ser investigado sob o ponto de vista


coletivo ou individual. Para ter um diagnóstico coletivo epidemiológico examina o
quadro geral da população.

O diagnóstico clínico individual baseia-se na anamnese do paciente nos


sintomas apresentados como cutâneos, pulmonares e intestinais, seguidos ou não de
anemia. O diagnóstico eficaz será obtido pelo exame parasitológico de fezes.

O método de sedimentação espontânea (Hoffman, Pons e Janner), e um


método que indica ou não presença de ovos ancilostomídeos. Para se analisar o
estágio de infecção do paciente, o método dos parasitos por grama de fezes.

Qualitativo de Stoll e utilizado da qual expressa o número de ovos de


ancilostomídeos.

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4.6.1.3 Strongyloides stercoralis

Dentre as 52 espécies descritas do nematódeo do gênero Strongyloides,


apenas duas delas são conhecidas infectantes para os humanos. stercoralis e S.
fuelleborni.

4.6.1.3.1 Morfologia

Fêmea Partenogenética Parasita apresenta corpo cilíndrico com aspecto


filiforme compridos, extremidade anterior arredondada e posterior fina. Mede de 1,7 a
2,5 mm de comprimento por 0,03 a 0,04 mm de largura. Apresenta cutícula fina e
transparente, um pouco estriada no sentido transversal em todo tamanho do corpo.

Macho de vida livre apresenta aspecto fusiforme, com extremidade


arredondada e posterior arqueada ventralmente. Mede 0,7 mm de comprimento por
0,04 mm de largura. Boca com três lábios, esôfago tipo rabditoides, seguido de
intestino terminando em cloaca. Aparelho genital incluindo testículos, vesícula
seminal, canal deferente e canal ejaculador, que se abre na cloaca. Exibe dois
pequenos espículos, auxiliares na cópula, que se deslocam apoiados por uma
estrutura quitinizada denominada gubenáculo.

4.6.1.3.2 Ciclo biológico

As larvas rabditoides eliminadas nas fezes do indivíduo parasitado podem


seguir dois ciclos: o direto, ou de vida livre os dois monoxênicos.

4.6.1.3.3 Diagnóstico

O diagnóstico clínico é agravado, uma vez que em aproximadamente 50% dos


casos não há sintomas; quando estes existem são comuns em outra helmintíase
intestinal. A tríade clássica de diarreia, dor abdominal e urticária é significativa e a

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eosinofilia e os obtidos radiográficos e sorológicos podem ajudar na suspeita
diagnóstica.

4.6.1.3.4 Sintomatologia

Indivíduos portadores de pequeno número de parasitos no intestino em geral


são assintomáticos ou oligosintomáticos, mas isso não significa falta de ação
patogênica e de lesões. Formas graves, ocasionalmente fatais, relacionam-se com
fatores extrínseco, principalmente pela carga parasitária adquirida e com fatores
intrínseco (subalimentação com carência de proteínas causando enterite; caso de
diarreia e vômito facilitando os mecanismos de auto – infecção; alcoolismo crônico,
infeções parasitárias e bacterianas relacionadas; envolvimento da resposta imunitária
natural ou adquirida, intervenções cirúrgicas gastroduodenais e outras cirurgias que
utilizam anestesia geral, pois facilitam a estase broncopulmonar.

4.6.1.4 Enterobius vermiculares

A família Oxyuridae tem várias espécies de interesse veterinário (Oxyuris equi


Heterakis gallinae etc.) e uma Enterobius vermiculares – que acontece no ser humano.

4.6.1.4.1 Morfologia

O E. vermiculares apresenta nítido dimorfismo sexual, entanto alguns


caracteres são comuns aos dois sexos: cor branca, filiformes. Nas extremidades
anteriores, lateralmente a boca, nota-se crescimentos vesiculosas muito típicas,
chamadas “ asas cefálicas “.

Macho mede cerca de 5mm de comprimento, por 0,2 mm de diâmetro. Cauda


fortemente arqueada em sentido ventral, com um espículo presente; tem uns únicos
testículos.

Ovo mede cerca de 50μm de comprimento por 20μm de largura. Demostra o


formato grosseiro de um D, pois um dos lados é levemente achatado e o outo é

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arredondado. Contém membrana dupla, lisa e transparente. No instante em que sai
da fêmea já denota no seu interior uma larva.

4.6.1.4.2 Ciclo Biológico

É monoxênico; após o acasalamento, os machos são eliminados com as fezes


e morrem. As fêmeas cheias de ovos, se soltam do ceco e dirigem-se para o ânus
(principalmente á noite). Alguns autores desconfiam que elas realizam oviposição na
região perianal, mas a maioria afirma que a fêmea não é preparada de fazer postura
dos ovos; os mesmos estariam eliminados por rompimentos da fêmea, a algum
traumatismo ou dessecamento.

4.6.1.4.3 Sintomatologia

Sintomas clínicos estão presentes em humanos infectados prurido anal


característico de Enterobius vermiculares outros sintomas insônia, ileíte, tiflite,
irritabilidade, anorexia devido a competição por nutrientes do hospedeiro
apendicite pois o ceco o local onde vivem.

4.6.1.4.4 Diagnósticos

Clínico o prurido anal noturno e constante pode levar a uma hipótese clínica de
enterobiose. O exame de fezes não serve para essa verminose intestinal. O mais
aconselhável é o método da fita adesiva transparente ou método de Graham, que é
explicado a seguir:
Corta-se um pedaço de 8 a 10 cm de fita adesiva para fora, por cima de, um
tubo de ensaiou dedo indicador esse último caso, é perigoso pela possível
transmissão do executor do método);
• Apõe –se muitas vezes a fita na região perianal;
• Coloca-se a fita (como se fosse uma lamínula) acima de uma lâmina de vidro;
• Leva-se ao microscópio e examina-se com aumento de 10 e 40x. A técnica
deve ser feita ao amanhecer, antes de a pessoa banhar-se, e reiterada em dias
sucessivos, caso dê negativo.
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4.6.1.5 Hymenolopis nana

Na família Hymenolepididae encontram-se algumas espécies que estão em


humanos e roedores, com numerosa controvérsia quanto a taxonomia. Assim, o
Hymenolopis nana já foi chamado Taenia nana, depois Vampirolepis nana, e
atualmente (2004) é chamado Rodentolepis nana.
Essa espécie é cosmopolita, atingido roedores, humanos e outros primatas,
estimando-se que chegue 75 milhoões de pessoas que estejam em baixas condições
sanitárias e em conjuntos (favelas, creches, etc.) no mudo todo.

4.6.1.5.1 Morfologia

Tem cerca de 3 a 5 cm, com 100 a 200 proglotes muito estreita. Cada um destes
apresenta genitária masculina e feminina. O escólex possui quatro ventosas e um
rostro retrátril armado de ganchos.

Ovos dentro possui outra membrana contendoa oncosfera. Essa membrana


interna possui dois mamelões claros em pontos opostos, dos quais partem alguns
filamentos compridos. Entre os alunos, esse ovo é conhecido como ¨chapéu de
mexicano, visto por cima.

4.6.1.5.2 Ciclo Biológico

Esse helminto pode possuir dois tipos de ciclo: um monoxênico, em que


prescinde de hospedeiro intermediário, e outros heteroxênico, em que usa hospedeiro
intermediários, exibidos por insetos (pulgas: Xenopsylla, cheopis, ctenocephalides
canis, Pulex irritans e coleópteros: Tenebrio molitor , obscurus, e Tribolium confusum.

4.6.1.5.3 Sintomatologia

Os sintomas clínicos: são cólicas, diarreia, e anorexia, cefaleia, tonturas.


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4.6.1.5.4 Diagnóstico

Clínico é de pouca utilidade e difícil, mas em ocorrência de criança com ataques


epileptiformes deve-se pensar antes alguma verminose, a qual será confirmada, ou
não pelo exame de fezes.

Laboratorial exame de fezes pelas técnicas de rotina e encontro do ovo


característico.

4.6.1.6 Hymenolopis diminuta

A Hymenolepis diminuta, também conhecida como tênia, é uma espécie de


tênia Hymenolepis que causa Hymenolepiasis. Possui ovos e proglótides um pouco
maiores que uma Hymenolepis nana e infecta mamíferos utilizando insetos como
hospedeiro intermediários.

4.6.1.6.1 Morfologia

Adultos: cestódeo de 10 a 50 cm de comprimento e 3 a 6 mm de largura.


Escólex pequeno, cuboidal, e com rostelo básico presente, ventosas pequenas, e
pescoço pequeno com largura próximo a metade do tamanho do escólex.

Ovos: são arredondados ou elipsoides, medindo de 60 a 80 μm revestido pôr


uma membrana grossa. Na membrana interna pode ser observando duas
proeminências polares com aparências de mamilo, no interior do ovo podem ser
percebidos um embrião hexacanto com seis ganchos estigados.

4.6.1.6.2 Ciclo de Vida

O ciclo começa quando os artrópodes devoram os ovos. Os artrópodes são


então capazes de exercer como o hospedeiro intermediário. Quando ingeridos, os
ovos se apresentam em cisticercóides. Como apresentado no ciclo de vida do CDC,
as oncosferas eclodem e depois entram na parede intestinal. Os roedores podem ser

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infectados quando ingeri artrópodes. Os seres humanos, principalmente crianças,
podem ingerir os artópodes também e, logo, torna-se contaminados através do
mesmo mecanismo.

4.6.1.6.3 Sintomatologia

Sintomas clínicos como dores abdominais, diarreia, com muco e sangue,


insuficiência hepáticas, perturbações nervosas, eosinofilia.

4.6.1.6.4 Diagnósticos

Encontradas nas fezes ovos e proglotes.


4.6.1.7 Taenia sp

A classe Cestoda possui um interessante grupo das classes de hermafroditas,


encontrados em diversos tamanhos em animais e vertebrados.

Os cestódeos mais achados parasitando constantemente o homem pertencem


a família Taenidae, nas quais são encontradas a Taenia solium e T. sarginata.

4.6.1.7.1 Morfologia

Forma do corpo achatado, dorsoventralmente forma de fita e caracteristcica da


Taenia sarginata e Taenia solium, separado em escólex, ou cabeça colo ou o pescoço
e estróbilo ou corpo.
Devido a extremidade anterior ser muito delgada dificulta a visualização, à cor
é branca leitosa.

4.6.1.7.2 Ciclo Biológico

As proglotes grávidas com muitos ovos são eliminados por humanos


parasitados para o meio exterior. Pode acontecer um desenvolvimento de hérnia entre
as proglotes durante apólice em poucos casos, devido a não caracterização nas

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superfícies de ruptura entre as mesmas, o que favorece a exclusão dos ovos para a
luz intestinal e a eliminação coma as fezes.

4.6.1.7.3 Sintomatologia

Os sintomas variam de acordo com o período em que a T. solium ou T.


sarginata parasita o homem, podendo ocasionar fenômenos tóxicos alérgicos, por
meio de substância excretadas através da fixação das mucosas ocasionando
hemorragias, a destruição do epitélio produzindo inflamação através do infiltrado
celular com hipo ou hipersecreção de muco.

4.6.1.7.4 Diagnóstico

Devido os ovos de tênias ser parecidos o diagnóstico microscopicamente é


indeterminado, sendo necessário um diagnóstico mais específico, fazendo necessário
a fazer a lavagem em peneira fina (tamisação) de todo bolo fecal, a identificação pode
ser observada selecionando a identificando pela sua morfologia e ramificações
uterina. O exame para diagnóstico de teníase aprimorou devido a identificação dos
antígenos de ovos.

4.6.2 Protozoários

4.6.2.1 Giárdia

O gênero Giárdia inclui flagelados parasitos do intestino delgado de mamíferos,


aves, répteis e anfíbios, possuindo, possivelmente, o primeiro protozoário intestinal
humano a ser conhecido.

4.6.2.1.1 Morfologia

Giárdia possui duas formas evolutivas: o trofozoíto e o cisto. O trofozoíto e o


cisto. O trofozoíto tem formado de pêra, com simetria bilateral e mede 20 μm de
comprimento por 10μm de largura. A face dorsal é lisa e arqueada possui uma
21
estrutura igual a uma ventosa, que é conhecido por várias denominações: disco
ventral, adesivo ou suctorial. Sob do disco, ainda na parte ventral, é observada a
presença de uma ou duas formações paralelas, em forma de vírgula, relacionadas
como corpos medianos.

No interio do trofozoíto, e encontrado na parte frontal.

4.6.2.1.2 Ciclo Biológica

G. lambria é um parasito manoxeno de ciclo biológico dueto. A via normal de


infecção do homem é ingestão de cistos. Apesar de que, tenha sido demostrado,
experimentalmente, que infecções em animais se iniciem com trofozóitos, não há para
o homem. Em voluntários humanos, ocorreu um pequeno número de cistos (10 a 100)
é bastante para produzir infecção. Após a ingestão do cisto, desencistamento é
iniciado no meio ácida do estômago e completado no duodeno e jejuno, onde ocontece
a colonização do intestino delgado pelos trofozoítos.

4.6.2.1.3 Sintomatologia

Os sintomas clínicos da giardíase variam de indivíduo para indivíduo desde dos


assintomáticos ao sintomáticos que podem manifestar um quadro insistente, com
sinais de má- absorção perda de peso, que grande maioria das vezes não responde
ao tratamento particular, mesmo em indivíduos imunocompetentes.

4.6.2.1.4 Diagnóstico

Em crianças de oito meses a 10-12 anos, os sintomas significativos de


giardíase é diarréia com esteatorréia irritabilidade, insônia, náuseas e vômitos, perda
de apetite (seguida ou não de emagrecimento) e dor abdominal. Independentemente
desses sintomas serem muitos característicos é apropriado a comprovação por
exames de laboratoriais.

4.6.2.2 Entamoeba histolytica

A relevância do pH urinário é fundamentalmente um auxílio na determinação


da presença de doenças sistêmicas ácido- básico de origem metabólica ou

22
respiratória e na gestão a situações urinárias que requerem que a urina seja mantida
em determinado pH.

4.6.2.2.1 Morfologia

As amebas citadas se diferenciam umas das outras pela dimensão do trofozoíto


e do cisto, pela constituição e tamanho do núcleo nos cistos, pelo número de formas
das inclusões citoplasmáticas (vacúolos nos trofozóitos e corpos cromatóides nos
cistos).

4.6.2.2.2 Ciclo Biológico

Os ciclos da E. histolytica geralmente vivem na luz do intestino grosso podendo,


eventualmente, entrar na mucosa e ocasionar ulcerações intestinais ou em outras
regiões do organismo, como fígado, pulmão, rim e mais raro no cérebro.

4.6.2.2.3 Sintomatologia

Forma assintomáticas ou infeção assintomática. Grande maioria das infeções


causadas pela a E. histolytica são assintomáticas cerca de 80 a 90 % a detecção da
infeção e detectados pelos achados de cistos no exame de fezes.

4.6.2.2.4 Diagnóstico

• Formas assintomática
• Colites – Não disentérica
No nosso meio as colites e uma das formas clínicas mais constantes. A partir
de 4 a 5 evacuações diarreicas, ou não diárias têm a manifestação de um quadro de
colite – não disentérica.

Pode haver sintomas como desconforto abdominal ou cólicas, total na porção


superior. O parâmetro que caracteriza essa forma de manifestação no meio é a
variação entre os sintomas clínicos e o período silencioso como funcionamento normal
do intestino.

23
4.6.2.2.4.1 Clínico

Manifestações clínicas atribuídas a E. histolytica podem ser errôneas devido à


enorme superposição de sintomas comuns a várias doenças intestinais. Na
prevalência dos casos, particularmente na fase aguda, poderá ser facilmente
confundida com disenteria bacilar, salmoneloses, síndrome do cólon irritado e
esquistossomose.

4.6.2.2.4.2 Laboratorial

Geralmente é feito com fezes, soro e exsudados. Apesar de que, o exame de


fezes seja árduo, consuma muito tempo no seu andamento e depende do
conhecimento do microscopista, é sem dúvida, o mais usado. Tem como finalidade
identificar trofozoíto ou cistos.

4.6.2.3 Entamoeba coli

A Entamoeba coli é um protozoário que tem como transmissão a ingestão de


cistos contidos em águas e alimentos contaminados não e patogênico, presente no
intestino grosso dos humanos.

4.6.2.3.1 Morfologia

Forma cística pode contêm de 6 a 8 núcleos visíveis formato bem circular. Já a


forma trofozoítos são parecidas entres as amebas as bordas são desiguais as células
são arredondadas.

4.6.2.3.2 Ciclo Biológico

O parasito vive em apenas um hospedeiro caracterizando monoxênico, através


de água ou alimentos contaminados acontece a ingestão de cistos maduros, o cisto
passa pelo estômago até chegar ao intestino grosso onde acontece o
desencistamento, com a saída do metacistos. Acontece a divisões nucleares do
metacistos dando origem a quatro.

4.6.2.3.3 Sintomatologia

24
Sintomas como colite disentérica podendo ter entre dois a quatro evacuações,
sendo diarreicas ou não, diárias, com fezes pastosas ou moles, sendo capaz de ter
sangue ou mucos, outros sintomas podem ser manifestados como cólicas e
desconfortos abdominais podem aparecer raramente febre. As alterações entre
períodos silenciosos e sintomas clínica.

4.6.2.3.4 Diagnósticos

O exame parasitológico tem os métodos mais indicado Hoffman e Faust,


analisando pelo menos três amostras de fezes recentes (seriado), nesta técnica e
investigado cisto/ trofozoítos nas fezes.

4.6.2.4 Endolimax nana

E a menor das amebas considerada não - patogênica.

4.6.2.4.1 Morfologia

Forma cística ovais, possui 4 núcleos.

4.6.2.4.2 Ciclo Biológico

Semelhante ao de E. histolytica, ou seja, encontra-se no intestino grosso.

4.6.2.4.3 Sintomatologia

Podem causar diarreia intermitente ou crônica.

4.6.2.4.4 Diagnóstico

Pode ser visualizado cisto através dos exames de fezes, pelo método de
Hoffman, método direto.

Setor Urinálise
25
Setor responsável por fazer exame de urina para detecção de patologias desde
de exame simples (EAS) e urina 24 horas, analises microscópica e macroscópica com
equipamentos específicos para cada exame especifico, com profissionais
capacitados.

4.7.1 Exame EAS

É um exame simples de urina mais pedido entre os médicos, sendo possível


detectar problemas renal, desde de uma infeção até problemas mais graves.

4.7.2 Exame físico

4.7.2.1 Densidade

A densidade e determinada pela velocidade renal em regular a concentração


e diluição da urina.

4.7.2.2 Correlação Clínica

• Valores normais --------------------- 1.015 a 1.025


• Valores com densidade de 1.010 isostenúria.
• Valores abaixo 1.010 de hipostenúria.
• Valores acima hiperestenúria.

4.7.2.3 VOLUME

O volume de 12 ml é geralmente usado são facilmente imersas nesse volume


e os tubos das centrífugas são com frequência calibrados para esse volume. O volume
urinário e determinado da quantidade de água excretada pelos rins, no entanto o
volume excretado em geral e determinado pelo estado de hidratação do organismo.

26
4.7.2.4 Correlação clínica
Recém – natos ------------------------------------ de 30 a 60 ml

Crianças ------------------------------------------- -de 650 a 1000 ml

Adultos ----------------------------------------------de 600 a 1600ml

Pessoas idosas -----------------------------------de 250 a 2400ml

Valores aumentados: Poliúria

Decorrentes em pacientes diabéticos.


Valores diminuídos: Oligúria

Nefrite aguda.

4.7.2.5 COR

A cor da urina varia de quase incolor a preta. Essas alterações podem passar
de funções metabólicas normais a atividades física, substâncias ingeridas ou
situações patológicas. A cor pode variar de amarelo citrino, amarelo ouro, amarelo
claro em condições normais. Urinas com patologia podem ser avermelhadas, negras
e âmbar.

4.7.2.6 ASPECTO

O aspecto é um termo geral que se refere a transparência/ turvação de uma


amostra de urina, podendo ser analisada macroscópico.

✓ Límpida - na qual apresenta boa translucidez.


✓ Turva – quando ficar embassada, logo sem limpodez.

27
4.7.2.7 Correlação clinica

Urina límpida e frequentes em urina frescas.


Urina turvam devido aos fosfatos amorfos, uratos amorfos, pus, sangue e
germes.

4.7.2.8 Materiais e Aparelhos

• Tubo cônico (Ver. Fig. 12)


• Lâmina
• Lamínula
• Microscópio
• Urina
• Fita Reagente ou equipamento (automatizado) (Ver Fig. 13 (C) e ( D ).

4.7.2.9 Técnica

O exame físico da urina é um método analisado macroscópico ou por


equipamento automatizado utilizando a fita reagente para a leitura da amostra que
possibilita ter resultados impresso se caso algum componente urinário estiver alterado
e possível que faça uma lâmina com sedimento para analise ao microscópio para
obtenção de um resultado eficaz.

4.7.3 Exame Químico

O exame químico é utilizado com tira reagente, que possibilita visualizar a


mudança de cor de cada elemento bioquímico composto na urina como glicose,
proteínas, cetonas, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, se apresenta, através das
variações de cores, também é possível visualizar através das variações das cores o
pH, leucócitos e sangue.

4.7.3.1 PH

28
• O pH urinário é determinado como ácido ou base através do exame de urina.
• Valor normal de pH da urina varia entre 5,5 a 7,0 isto é bem mais ácida.

4.7.3.2 Correlação clinica

• Valor menores de 5,5 podem indicar acidose.


• Valor acima 5,5 a 6,5 podem ser ou não indicativo de doença sendo
necessário interpretação médica.

4.7.4 Proteínas

O exame de urina para detectar proteína é muito importante para diagnóstico


de doença renal.

4.7.4.1 Correlação clínica

Achados de proteína na urina pode ser desde de uma febre, exercício físico, a
causas mais graves com infecção urinaria, lúpus, doença do glomérulo renal.

4.7.5 Glicose

O diabete é uma doença que precisa de um diagnóstico precoce exames de


urina e sangue e de extrema importância para o diagnóstico precoce da doença.

4.7.5.1 Correlação Clínica

• Ausência de glicose na urina normal


• Presente em pacientes diabéticos e situações de glicosúria renal.
4.7.6 Cetonas

A cetona não e normalmente encontrada na urina devido o metabolismo celular


usar glicose ao invés de lipídios. Entretanto quando não usa glicose como fonte de
energia. Os ácidos gordos são usados para produzir energia, a cetona passa pelo um
processo descarboxilação, a cetona e excretada na urina.

4.7.6.1 Correlação Clínica

Presentes em pacientes diabéticos ou após jejum prologado.

29
4.7.7 Sangue

Duas formas podem ser vistas no exame de sangue sobre a forma de glóbulos
vermelhos íntegro (hematúria), ou da destruição dos glóbulos vermelhos
(hemoglobinúria).

4.7.7.1 Correlação clínica

Se tiver achados de hematúria estar relacionado a doenças renais ou


geniturinária.

4.7.8 Leucócitos ou Piócitos

O tamanho dos leucócitos é superior ao das hemácias e apresentam um ou


mais núcleos. A visualização e permitida com a inclusão de ácido acético
fluido no sedimento.
4.7.9 Correlação Clínica

Numerosos leucócitos pode ser indicação de infeções, cistite, pielonefrite e


uretrite.

4.7.10 Bilirrubina

A bilirrubina e originada pela a degradação da hemoglobina. Exames de


bilirrubina e muito solicitado pelos médicos para investigar doenças biliares e do
fígado principalmente pacientes que apresentam icterícia.

4.7.10.1 Correlação clínica

Caso de obstrução do ducto biliar a bilirrubina urinária se apresenta com +++,


dano hepático +ou – e doença hemolítica negativa.

4.7.11 Urobilinogênio

O urobilinogênio é a conversão da bilirrubina conjugada através das bactérias


intestinais.

30
4.7.11.1 Correlação Clínica

Valores de referência (acima de 1mg/dL e indicio de doença hepáticas ou de


transtornos hemolíticos.
4.7.12 Nitrito

É um exame que pode ser executado pela fita de reagente para detecção de
problemas urinários como uma infecção.

4.7.12.1 Correlação Clínica

Pode ter diagnóstico de doenças com cistite, pielonefrite.


4.7.13 Materiais e Equipamentos

• Urina
• Tubo cônico (Ver. Fig. 12)
• Fita Reagente

4.7.14 Técnica

O exame químico é realizado com fita reagente, onde a urina e colocada em


um tubo cônico em 12 ml durante pouco segundo, será retirada para visualização
macroscópica observando a variação de cores de cada elemento composto da urina.

4.7.15 Sedimentoscopia

A sedimentoscopia é a análise do sedimento urinário, processo feito em


laboratório por profissionais capacitado.

4.7.15.1 Elementos da Sedimentoscopia

4.7.15.1.1 Células Epiteliais

A células epiteliais da urina não é anormal de ser encontrada já que são


oriundas do revestimento do aparelho geniturinário.

4.7.15.1.1.1 Correlação Clínica

Numerosas células encontradas na urina podem indicar infeção ou


inflamação.

31
4.7.15.1.2 Células Epiteliais Transicionais

São células menores que as escamosas estão em várias formas, inclusive


esféricas, poliédricas, caudadas.

4.7.15.1.2.1 Correlação clínica

Números elevados de células transicionais, em pares ou aglomerações, são


presentes após o método urológico invasivos, como cateterismo e não tem nenhum
significado clinico.

4.7.15.1.3 Células Epiteliais Tubulares Renais

As células tubulares dependendo do local onde foram originadas variam sua


forma, tamanho nas áreas dos túbulos renais. Apresenta morfologicamente células
ovais do túbulo rodeando distal. E necessário na análise microscopicamente utilizando
grande aumento X400.

4.7.15.1.3.1 Correlação Clínica

A presença de numerosas células epiteliais tubulares é indício de necrose dos


túbulos renais, com a chance de afetar a função renal global.

4.7.16 Cilindros

Os cilindros são achados pelo sedimento urinário por ser específico do rim.
4.7.16.1 Cilindros Hialinos

Constituído por proteína de Tamm-Horsfall é o mais presentes dos cilindros.


4.7.16.1.1 Correlação clínica

Quando se apresenta elevados e sinal patológico de uma glomerulonefrite


aguda, pielonefrite, doenças renal crônica e insuficiência cardíaca congestiva.

4.7.16.2 Cilindros Hemáticos

32
Para detectar hemorragias dentro do néfron o cilindro hemático e mais
especifico.

4.7.16.2.1 Correlação Clínica

Presença de cilindros hemáticos esta relacionados a danos no glomérulo


(glomerulonefrite).

4.7.16.3 Cilindros leucocitários

Os cilindros leucocitários podem aparecer glanulares, devido ser formado por


neutrófilos.

4.7.16.3.1 Correlação Clínica

São marcadores que pode identificar uma pielonefrite, (ITU superior) de baixo
ITU. Entretanto estão evidentes na nefrite intersticial que são inflamações agudas não
bacterianas.

4.7.16.4 Cilindros bacteriano

Cilindros bacteriano é semelhante aos cilindros granulosos podendo ser de


difícil reconhecimento.

4.7.16.4.1 Correlação Clínica

São observados em casos de pielonefrite.

4.7.16.5 Cilindros de Células Epiteliais

São originados no túbulo renal, tornam-se da descamação das células que o


envolvem.

4.7.16.5.1 Correlação Clínica

Uso de substâncias nefrotóxicas podem surgir o aparecimento dos cilindros


epiteliais. Podem estar relacionados a infecções virais, Ex: citomegalovírus.

33
4.7.16.6 Cilindros Lipoídicos

Resultam da fragmentação dos cilindros celulares, corpos ovais resultante da


modificação dos cilindros de células epiteliais.

4.7.16.6.1 Correlação Clínica

Síndrome nefródica, nefropatia diabética, doenças renais crônicas,


glomerulonefrites.

4.7.16.7 Cilindros de Células Mistas

São cilindros que contêm diversos tipos de células.


4.7.16.7.1 Correlação Clínica

Em caso de maior prevalência de cilindros leucocitários e hemáticos está


relacionado a glomerulonefrite, e no caso de pielonefrite cilindros leucocitários, com
células ETR.

4.7.16.8 Cilindros Granulosos

Aparecem presente logo após a um exercício vigoroso. São constituído


primariamente de proteínas de Tamm-Horsfall.

4.7.16.8.1 Correlação clínica

Estase do fluxo urinário, estresse, exercício físico, infeção do trato urinário.

4.7.16.9 Cilindros Céreos

Esses cilindros são mais fáceis de ser visto devido a seu maior índice de refrato
métrico em relação aos cilindros hialinos.

4.7.16.9.1 Correlação clínica

Estese do fluxo urinário.


34
4.7.16.10 Cilindro Largos

Relacionados muitas das vezes como os cilindros da insuficiência renal.

4.7.16.10.1 Correlação clínica

Estase importante do fluxo urinário, insuficiência renal.

4.7.17 Cristais Urinários

São geradas pela precipitação dos sais da urina sujeita alterações do pH. A
proteína de Tamm-Horsfall e o principal componente dos cilindros.

4.7.17.1 Oxalato de Cálcio

Oxalato de cálcio são constantemente encontrados na urina ácida.

4.7.17.1.1 Correlação Clínica

Grumos de cristais de oxalato de cálcio na urina pode estar relacionado com


formação de cálculos renais. Presença de oxalato estão associados com alimentos
como tomate, a espargos, e ao ácido ascórbico.

4.7.17.2 Urato amorfo

Esses cristais são encontrados em urina ácida com pH superior a 5,5. Em


amostras refrigeradas são mais constantes a presença de uratos amorfos e fornecem
um sedimento róseo muito característico.

4.7.17.2.1 Correlação Clínica

Estão presentes nos cálculos renais e da vesícula.

35
4.7.17.3 Cristais de fosfato de cálcio

Não são constantemente achados, aparecem como placas planas, incolores


ou prisma fino, retangulares, em geral em forma de rosetas.

4.7.17.3.1 Correlação Clínica

Independentemente do fosfato de cálcio ser um constituinte comum de cálculo


renais, não tem nenhum significado clínico.

4.7.17.4 Materiais e Equipamentos

• Tubo cônico
• Urina
• Lâmina
• Lamínula
• Microscópio
• Centrífuga (Ver Figura 14)

4.7.17.5 Técnica

A técnica consiste em colocar 12ml de urina em um tubo cônico e levar para


centrifugação a 3.500 rpm/min por 10 min, logo após a centrifugação pode-se observar
o sedimento no fundo, desprezar o sobrenadante com ajuda de uma pipeta pegar uma
quantidade do sedimento de 10μm colocar na lâmina e sobre uma lamínula levar para
análise no microscópio em objetiva 10 a 40 x.

4.7.17.6 Ácido Úrico

É uma substância constituída pelo meio de purinas ácido nucleicos.


4.7.17.6.1 Correlação clinica

Não apresenta nenhum problema clinico. Porém pacientes com problemas


renal, o ácido úrico pode concentrar no tecido formando a gota, causando inflamação
e dor nas articulações.

36
4.7.17.7 Creatinina

A creatinina é sintetiza no fígado e nos rins. É um marcador relevante na função


renal, especialmente na filtração glomerular.

4.7.17.7.1 Correlação clinica

Esta aumentado na insuficiência renal aguda e crônica. Números diminuídos


aparecem em doenças renais severas, distrofia musculares e na desnutrição.

4.7.17.8 Uréia

A ureia é uma substância produzida a partir do processo de catabolismo dos


carboidratos oriundas da alimentação.

4.7.17.9 Correlação Cínica

Valores aumentados podem indica causa pré- renal, descompensação


cardíaca, choque hemorrágico, desidratação aguda.

4.7.17.10 Muco

Produzido pelas células epiteliais o muco é um material proteico, sendo a


proteína Tamm - Horfall um dos principais componentes.

4.7.17.10.1 Correlação Clínica

Sendo em mulher ou homem o muco não tem algum significado clínico quando
presente na urina.

4.7.18 Espermograma

O espermograma é um exame realizado para análise do sêmen quanto volume,


viscosidade, pH, motilidade, morfologia, aspecto, concentração e contagem
espermática.

37
4.7.18.1 Análise do sêmen

A cor normal possui branco acinzentado, é pouco translúcido.

4.7.18.1.1 Correção clinica

Aumento da turbidez indicativo de presença de glóbulos brancos pode ser


indicio de infeção do trato reprodutivo.

4.7.18.2 Volume

O volume do sêmen considerado normal varia de 2mL a 5mL, pode ser medindo
através de um cilindro colocando a amostra. O período de abstinência influencia no
volume sendo necessário entre 3 a 5 dias.

4.7.18.2.1 Correlação Clínica

Diminuição do volume é normalmente coligado com infertilidade ou pode ser


funcionamento inadequado em alguns órgãos produtores especialmente das
vesículas seminais.

4.7.18.3 Viscosidade

A viscosidade analisa a consistência do fluido da amostra podendo está


relacionada com liquefação.

4.7.18.3.1 Correlação Clínica

As gotas consideradas normais são aquelas que formam um filete quando


liberadas da pipeta.

4.7.18.4 PH

O exame para identificar o pH e feito através da fita de reagentes com variações


das cores.

4.7.18.4.1 Correlação Clínica

38
Valores acima de 7,2 a 8,0 pode indicar infecção no trato reprodutivo.

4.7.18.5 Contagem de espermatozoide

O espermatozoide e classificado em quatro classes quanto a sua motilidade.

• A= espermatozoides móveis com progressão rápida.


• B= espermatozoides móveis com progressão lenta.
• C= espermatozoides móveis sem progressão.
• D= espermatozoides imóveis.

4.7.18.5.1 Correlação clínica

• Normal > 50 % do tipo A e B.


• Anormal < 50% do tipo A e B.

4.7.18.6 Materiais e Equipamentos

• Sêmen
• Lâmina
• Lamínula
• Pipeta Pasteur
• Microscópio

4.7.18.7 Técnica

Preparar uma lâmina com 10 μL de amostra e colocar uma lâmina sobre à


amostra e levar para leitura na objetiva de X400.

4.7.18.8 Contagem da câmara de Neubauer

A contagem consiste em preparar uma amostra diluída e colocar com uma


pipeta na câmara de Neubauer e sobre uma lamínula para visualizar no microscópio
em objetiva de X400.

4.7.18.9 Materiais e Equipamentos

39
• Sêmen
• Pipeta
• Câmara de Neubauer ( Ver Fig 15 )
• Microscópio
• Lamínula

4.7.18.10 Correlação Clínica

Referência
Número de espermatozoide acima de 20.000.000 ml.
Normozoospermia
Abaixo de 20.000.000 ml.
Oligozoospermia
Acima de 200.000.000 ml.
Polizoospernia.

Setor Imunologia

O setor de imunologia é responsável por realizar diversos exames referentes,


algumas patologias provocadas por alterações ou ativação do sistema imunológico,
detectando certos componentes que constituem o sistema imune.

4.8.1 Tipagem sanguínea

E um teste que serve para indicar qual tipo sanguíneo e fator Rh (positivo ou
negativo) que um indivíduo tem.

4.8.1.1 Materiais e Equipamentos


• Tubo de ensaio
• Seringa
• Algodão
• Álcool
• Pipeta
• Ponteira
• Sangue total
• NaCl

40
• Reagentes (anti –A, anti-B, anti-D) (Ver Fig 16 )
• Centrifuga (Ver Fig 14 )

4.8.1.2 Técnica

Com um chumaço de algodão embebecido com álcool fazer assepsia do local da


coleta, para o procedimento da coleta com a seringa fazer a coleta do sangue. Após
a coleta identificar o tubo com o nome do paciente e data.

O exame consiste em colocar 50μm de sangue total (EDTA K³) em 3 tubo de ensaio
em seguida adicionar 2 ml de NaCl adicionar duas gotas de Anti –A no primeiro tubo,
duas gotas de Anti-B, no segundo tubo, e Anti-D no terceiro tubo, levar para centrifugar
em 3.500 rpm/min em 15mim, após a centrifugação e possível visualizar a formação
de botão ao fazer a homogeinização com os dedos, se houver aglutinação em algum
reagente indicar o tipo sanguíneo do paciente, e se houver aglutinação ou não no anti
– D fator Rh indica se o paciente tem Rh positivo ou negativo.

4.8.1.3 Correlação clinica

• Grupo A : indivíduos do grupo A dispõem o antígeno A e os anticorpos B.


Esses são indicados para doação para demais pessoas do grupo A e
portadores do grupo AB, sendo capaz de aceitar transfusões de portadores
equivalentes ao grupo O.

• Grupo B: indivíduos do grupo B possuem o antígeno B e os anticorpos A.


esses portadores são indicados á doação para outros indivíduos do grupo B e
portadores do grupo AB, sendo capaz de receber transfusões exclusivamente
de indivíduos dos mesmos grupos.

• Grupo AB: indivíduos do grupo AB dispõem os antígenos A e B, mas não


apresentam anticorpos, o que lhes determina como receptores universais,
pois obtêm transfusões de portadores de todos os grupos sanguíneos.
Contudo, podem doar apenas para portadores do mesmo grupos A e B.

• Grupo O: indivíduos do grupo O não possuem antígenos e nem anticorpos.


Independentemente do tipo O+ ser prevalente, apenas os portadores do tipo
O- são doadores universais. Indivíduos do tipo O+ podem receber
transfusões exclusivamente de indivíduos do tipo O- obtêm transfusões de
outros individuo do mesmo tipo sanguíneo.

41
4.8.2 VDRL

O VDRL é um exame imunológico muito importante para a detecção de sífilis,


e para acompanhar o tratamento dos portadores dessa doença que tem como
transmissão principalmente sexual.

4.8.2.1 Materiais e Equipamentos

• Tubos de ensaio para diluição e titulação


• Soro
• Pipetas
• Ponteiras
• Recipientes para descarte de materiais
• Placas escavadas (Ver Fig. 16)
• Salina 0,9%
• Microscópio

4.8.2.2 Técnica

• Pipetar 50μl das amostras e soros controles nas cavidades da placa


escavada.
• Pipetar 20μl da suspensão antigênica homogeneizada nas mesmas
cavidades da placa escavada. Não é necessário misturar esses dois
componentes.

• Agitar a placa durante 4 min a 180 rpm.


• Após a agitação visualizar o microscópio 10 a 40 X.
• Resultados negativos
• Ausência de agregados. Aspecto homogêneo.
• Resultados positivos
• Presença de médios e grandes agregados
• Teste Semi - Quantitativos
• Fazer diluição da amostra em solução salina a 1/2, 1/4,1/8, 1/16, 1/32 e mais
se necessário.
• Pipetar 50μl de casa diluição em cada cavidade da placa escavada.
• Pipetar 20μl da suspensão antigênica hogeneizada em cada diluição. Não é
necessário misturar.
• Agitar a placa durante 4 min a 180 rpm.
• Rapidamente após 4 min, observar ao microscópio.

42
4.8.2.3 Correlação Clínica

Os sintomas físicos para pacientes com resultados positivo para sífilis nos
primeiros dias e cancro que e classificados como estágio primário, após 4 a 10
semanas ao aparecimento do cancro surge os sintomas como perda de peso, cefaleia,
anorexia, mialgia, artralgia, mal-estar, febre baixa, linfadenopatia generalizada e
exantema que caracteriza a sífilis secundária.

4.8.3 FATOR ASLO

É um teste de aglutinação em lâmina desenvolvido como um teste qualitativo e


semi-quantitativo para a determinação rápida do anticorpo anti-Estreptolisina.

4.8.3.1 Materiais e Equipamentos

• Soro
• Pipeta automática
• Reagentes (controle positivo)
• Reagentes (controles negativos)
• Látex
• Espátulas de Plástico (Ver Fig. 17)
• Placas de plástico ou vidro fundo preto (Ver Fig. 18)
• Mixer (Ver Fig. 19)

4.8.3.2 Técnica

• Agitar os reagentes para homogeneizar.


• Pipetar 25μm de amostra (soro) na placa nos três campos no controle positivo
(PC) adicionar uma gota, no controle negativo (NC) adicionar uma gota no
campo LR homogeneizar por dois minutos.
• Controle positivos deverá mostrar uma aglutinação dentro de 2 minutos.
• Controle negativos deverá mostrar uma suave suspensão sem aglutinação
visível após dois minutos

4.8.3.3 Correlação clínica

O crescimento dos títulos de ASLO pode estar relacionado com febre reumática
e glomerulonefrites. Um título aumentado de ASLO de mais de 200uI/ml pode indicar

43
infecção Estreptocócica. O título de ASO se faz necessário monitoramento a cada
duas semanas, em um período de 4 a 6 semanas

4.8.4 FATOR PCR

A Proteína C Reativa Látex (PCR) é um teste de aglutinação em placa de


plástico preto, criado como um teste qualitativo e semi - quantitativo para definição
rápida de Proteína C Reativa (PCR) em amostra de soro não diluídas.

4.8.4.1 Materiais e Equipamentos

• Placa de plástico ou vidro de fundo preto


• Soro
• Espátulas
• Pipeta Pasteur
• Ponteira
• PC (Controle Positivo)
• NC (Controle Negativo)
• RL (Látex PCR)
• Mixer

4.8.4.2 Técnica

• Pipetar ou gotejar em diferentes da placa uma gota de 25μm.


• Misturar com espátulas distintas, espalhando inteiramente o líquido em cada
área da lâmina.
• Inclinar a lâmina para frente e para trás, suavemente ou utilizar um mixer com
uma rotação de 100 rpm por 2 min, após os 2 min realizar a leitura dos
resultados sob uma luz artificial.
• Reações Positivas: Nítida aglutinação – indica presença de PCR em
concentrações acima de 6 mg/L em amostras não diluídas. Soros com
resultados positivos devem ser titulados pelo método semi-quantitativo.
• Reação Negativo: ausência de aglutinação indica concentração de PCR
inferior a 6mg/L

4.8.4.3 Correlação clínica

Em resultados com valores de referências elevados e possível manifestação


de alguns sintomas como: pielonefrite, infarto agudo do miocárdio. Outros sintomas

44
como febre reumática, amiloidose segundaria, trombo embolias pós cirúrgicas são
fase aguda da artrite reumatoide.

Pequenas alterações: hepatite crônica, cirrose, doença mista do tecido


conectivo, lúpus eritamentoso sistêmico, leucemias e colite ulcerativa.

4.8.5 Fator Reumatoide (RF)

E um teste de aglutinação em lâmina


4.8.5.1 Materiais e Equipamentos

• Soro
• Placa de plástico ou vidro fundo preto
• Pipeta
• Ponteiras
• Reagente (PC)
• Reagentes (NC)
• Látex (LR)
4.8.5.2 Técnica

• Pipetar ou gotejar em diferente parte da lâmina amostra do paciente, colocar


os reagentes nos seus respectivos campos distintos da placa logo em seguida
com espátula distintas espalhando inteiramente o líquido em cada área da
placa. Inclinar a lâmina para frente e para trás, lentamente, ou usar o mixer com
rotação de 100 rpm por 2 minutos. Após os 2 minutos realizar a leitura dos
resultados.
• Controle negativos e possível visualizar uma suave suspensão sem aglutinação
visível após 2 minutos.
• Controle positivos e possível visualizar uma nítida aglutinação dentro de 2
minutos.

4.8.5.3 Correlação Clínica

O exame de RF são, importante considerado devido a razão do quadro clínico


do paciente idosos decorrentes de evidencias inflamatória crônica, sintomas cor febre,
nódulos subcutâneos e ANA. Em pessoas normais a baixos níveis de RF.

45
4.8.6 Soro de Coombs Direto

E um exame responsável para diagnóstico de anemia hemolítica

4.8.6.1 Materiais e Equipamentos

• Tubo de ensaio
• Soro
• Pipeta Pasteur
• Centrifuga
• Reagente (soro de coombs)

4.8.6.2 Técnica

No tubo de ensaio colocar 50μL de sangue e 1mL de solução fisiológica levar


para centrifugar na velocidade de 1000 rpm/min a 5 min após centrifugação desprezar
o sobrenadante com ajuda de uma pipeta adicionar mais 1mL de soro e centrifugar
novamente, esse processo vai repetir por 3 vezes, logo a última centrifugação
acrescentar 2 gotas de soro de coombs e levar a centrifugação novamente, após esse
tempo e possível visualizar a formação de botão agita delicadamente e observa a
presença de aglutinação ou ausência de aglutinação.

4.8.6.3 Correlação Clínica

• Presença de Aglutinação --------- Positivo


• Ausência de Aglutinação ------------- Negativo

Setor de Microbiologia

É um setor responsável por avaliar os microrganismos bactérias, fungos,


quanto sua morfologia, virulência, é um setor que requer cuidados desde da
esterilização de instrumentos através de equipamentos perigoso como autoclave,
capela UV, assim como as próprias amostra de bactérias e outras amostras que pode
acarretar algum dano.

46
4.9.1 Tipos de meios de cultura Ágar

4.9.1.1 Ágar EMB

O meio de cultura EMB apresenta uma mistura de eosina e azul de metileno


como indicadores, causando uma diferença entre colônias de lactose positivas e
negativas.

4.9.1.1.1 Finalidade

Isolamento de bacilos Gram negativos (enterobactérias não fermentadores) e


pesquisa da fermentação ou não da lactose e sacarose.

4.9.1.2 Caldo de infusão cérebro – coloração (BHI)

E um meio liquido rico em nutrientes.

4.9.1.2.1 Finalidade

Cultura de micro-organismo (fastigiosos ou não), preparo de inóculos para teste


de suscetibilidade aos antimicrobianos, prova de coagulase e motilidade em lâmina.

4.9.1.3 Ágar Mac Conkey (MC)

O crescimento do microrganismo gram-positivos e inibido pelo cristal violeta


principalmente enterococos e estafilococos.

4.9.1.3.1 Finalidade

Como inibe as gram-negativas proporciona o isolamento das gram – negativas


(enterobactérias e não fermentadores) e averiguação da fermentação ou não da
lactose.

47
4.9.1.4 Ágar Muller Hinton

É um meio que disponibiliza condições de crescimento das essenciais


bactérias.

4.9.1.4.1 Finalidade

Realiza teste de avaliação da resistência aos antimicrobianos pelos métodos


de difusão em discos e é- teste para enterobactérias, não fermentadores,
Staplylococcus, Enterococcus sp.

4.9.1.5 Ágar Hektoen enteric (HE)

O crescimento da maioria do microrganismo gram – positivos é inibida pelos


sais biliares e os corantes azul de bromotimol e fucsina ácida.

4.9.1.5.1 Finalidade

Isolamento e diferença dos membros da espécie Salmonella e Shigella das


demais Enterobacteriaceae.

4.9.1.6 Ágar Sangue

Meio usado uma base rica, oferece ótima circunstâncias de crescimento a


maior parte dos microrganismos.

4.9.1.6.1 Finalidade

Meio de cultura para microrganismo fastidiosos, averiguação de hemólise dos


Streptococcus spp., Staplylococcus spp, e utilizado na prova de satelitismo (para
reconhecimento pressuposta de Haemophilus spp).

4.9.1.7 Ágar Chocolate

48
É utilizado para microrganismo importunos apesar de que, cresça todos os tipos
de microrganismo, e adicionado sangue de carneiro ou coelho para que as hemácias
lisem, liberando hemina e hematina mistura ideal para esses tipos de microrganismo
exigentes.

4.9.2 Materiais e Equipamentos

• Béquer
• Algodão hidrofóbico
• Sangue EDTA 5ml
• Espátula
• Erlenmeyer (Ver Fig. 20)
• Swab
• Chapa aquecedora (Ver Fig. 21)
• Ágar muller (Ver Fig. 22)
• Balança Analítica (Ver Fig. 23)
• Banho – Maria (Ver Fig. 24)
• 500 ml de água destilada

4.9.3 Técnica

Pegar a balança e pesar 18g de ágar muller, após a pesagem colocar no


Erlenmeyer o ágar a 500 ml de água destilada misturar bem e levar a chapa
aquecedora por 121⁰, após o aquecimento fazer um tampão com algodão hidrofóbico
o tampão deve ser levado a autoclave a 121⁰ após o aquecimento da autoclave deixar
por 15 min esse processo e importante para não crescer outro tipo de microrganismos
que não seja do meio, após a esterilização na autoclave levar o meio para capela UV
para acrescentar o EDTA tem que está na temperatura 50⁰ no banho maria para o
preparo do ágar chocolate e possível visualizar uma cor castanho escuro, logo após
preparo o ágar chocolate pode ser colocado as placas de petri, e importante deixar
esfriar um pouco o meio para esse processo, após colocar todas as placas devem ir
a geladeira.

4.9.4 Manipulação da autoclave

49
4.9.4.1 Fase 1- Autoclavagem passo a passo

Preparo do material a ser autoclavado


Primeiro passo antes de autoclavar e necessário preparar o material a ser
esterilizado. As placas de petri, espátulas, pipetas devem ser embaladas com papel
craf, frascos com meio de cultura, água e soluções não pode ser totalmente fechado.
Em geral é utilizada uma rolha feita de algodão hidrofóbico (que não molha) e gaze.
Essa rolha possibilita que o vapor entre dentro do frasco e esterilize a solução. Se por
acaso o recipiente estiver completamente fechado não haverá esterilização. É
colocada uma fita adesiva sinalizadora de esterilização que mudará de cor após a
autoclavação.

4.9.4.2 Fase 2 – verifique o nível de água

Adicione água destilada bastante para cobrir a resistência de forma a impedir a


oxidação de metal e danificação da resistência. Coloque o material no cesto (não
coloque mais que um terço do volume do equipamento) fechar a autoclave rodando
as chaves as chaves fixadas. E ligue a autoclave no máximo.

4.9.4.3 Fase 3- Atenção/1

Ao manusear uma autoclave pela primeira vez, peça alguém que já tenha
experiência com este aparelho para acompanhar.

Então para começar...

Ligue a autoclave na chave MAX espere até começar a sair um jato de ar


residual e feche a válvula.

Depois que fechar a válvula a temperatura e pressão começarão a subir.

4.9.4.4 Fase 4- Atenção/ 2

Depois de aproximadamente 15 a 20 minutos, quando o registro estiver


marcando 121⁰ posicione na temperatura média. A partir desse momento começa a
esterilização. Então deve-se marcar de 15 a 20 min (conforme o número do material)
depois desse período a autoclave deve ser desligada.

50
Atenção: Esperar a temperatura abaixar antes de abrir o equipamento.

Retirar o material ainda úmido da autoclave e deixe-o secar a temperatura


ambiente ou em estufa. Observa que a fita indicadora mudará de cor.

4.9.5 Controle de Qualidade

Ainda hoje, com equipamentos e métodos modernos, existem 14% de chances de


ocorrerem erros nas análises, na fase analítica (segundo Oliveira, C.A. e Mendes, M.E.).
No Brasil, foram definidas diretrizes e normas para garantir que os laboratórios busquem a
qualidade em seus processos.

4.9.6 Fluxo de Dados

Após as analises, obtém-se o resultado que possibilitam analises mais

4.9.7 Fase Pós-analítica

FLUXOGRAMA

51
RDC/ANVISA Nº 302, de 13 de outubro de 2005.

52
5. CONCLUSÃO

O estágio supervisionado foi de suma importância aprendi de forma prática o


que foi ministrado em sala de aula. O LEAC possibilitou a familiarizar com um
ambiente de trabalho proporcionou equipamentos e materiais apropriados para
diferentes setores de trabalho preceptores de excelência.

Foi gratificante estagiar no LEAC conheci cada área de atuação do biomédico


dentro do mercado de trabalho passando por setores de parasito, urinálise,
Imunologia, microbiologia obedecendo a norma de biossegurança.

O conhecimento adquirido no estágio será levado para vida todo como um


aprendizado adquirido durante a vida acadêmica.

53
6. FIGURAS

Figura 01: Béquer Figura 03: Gazes Hidrofílica

Figura 02: Palito de picolé

54
Figura 04: Parasitofiltro

Figura 05: Taça de Sedimentação

55
A B

Figura 06: Pipeta (A) ou Canudo (B)

Figura 07: Lâmina

56
Figura 11: Solução Salina

Figura 12: Tubo cônico

57
Figura:13 Fita Reagente (C) equipamento automatizado analisador de urina (D).

Figura 17: Espátula de plástico

58
Figura:21 Chapa aquecedora

Figura 09: Microscópio

Figura:15 Câmara de Neubauer

59
Figura:18 Placa de fundo preto

Figura:16 Placas escavadas

Figura:19 Agitador

60
Figura:14 Centrífuga Figura:20 Erlenmeyer

Figura:24 Banho – Maria

61
Figura:22 Ágar Muller

Figura:24 Balança Anaítica

62
BIOMEDICINA BRASIL. Disponível em: <
http://www.biomedicinabrasil.com/2010/09/meios-de-cultura.html > Acesso em 09 de
novembro de 2017.
NEVES, D. P.; et al.; Parasitologia Humana. Editora Atheneu, 11 ª.

STRASINGER, S. King.; et al .; Urinálise e Fluidos Corporais: Fluidos corporais , Livraria Médica


Paulista Editora, 2009.
ALVES. M. de L.; ANALISES LABORATORIAIS: Laboratórios de Análises Clínicas.
Editora DCL- Difusão Cultural do Livro Ltda., São Paulo, 2005.
ROCHA, A.; Biodiagnóstico : Fundamentos e Técnicas Laboratoriais, edição 1 ª. , 2014.

63
Anexo

64

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