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Material de Estudo de Física 10ª Classe

Ficha Técnica:

Elaboração
• Benício Armindo
• David Cossa
• Paulo Chissico

Coordenação
• Departamento pedagógico

Digitação e formatação
• Repartição das TIC’s

Direcção
• Messias Bila Uile Matusse
ÍNDICE

Introdução.........................................................................................................................................2
Objectivos da disciplina de física na 10ª classe ...............................................................................4
1. SECÇÃO I - ELECTROSTÁTICA..............................................................................................5
1.1 Objectivos específicos............................................................................................................5
1.2 Introdução...............................................................................................................................6
1.3 Electrostática ..........................................................................................................................7
1.3.1 Estrutura da Matéria ........................................................................................................7
1.3.2 Interacção de corpos electricamente carregados .............................................................8
1.3.3 Tipos de Electrização dos Corpos ...................................................................................8
1.4 Relâmpago............................................................................................................................11
1.4.1 Descargas de retorno .....................................................................................................12
1.4.2 Sistema de Protecção.....................................................................................................12
1.4.3 Pára-raios.......................................................................................................................12
1.4.4 Cuidados nos Casos de Tempestades em casa ..............................................................13
1.5 Forças Electrostáticas...........................................................................................................13
1.5.1 Tarefas resolvidas – Interacção de corpos carregados ..................................................16
1.6 Campo Eléctrico ..................................................................................................................17
1.6.1 Linhas de Força de um Campo electrostático ...............................................................19
1.6.2 Campo Eléctrico Uniforme ...........................................................................................20
1.7 Electrodinâmica....................................................................................................................22
1.7.1 Tensão Eléctrica ............................................................................................................22
1.7.2 Corrente Eléctrica..........................................................................................................23
1.7.3 Detecção da Passagem de Corrente Eléctrica ...............................................................23
1.7.4 Intensidade da corrente eléctrica ...................................................................................24
1.7.5 Corrente Contínua .........................................................................................................25
1.7.6 Resistência Eléctrica .....................................................................................................25
1.7.7 Lei de Ohm....................................................................................................................26
1.7.8 Associação de Resistências ...........................................................................................27
1.7.9 Efeito Joule....................................................................................................................30
2 SECÇÃO II – OSCILAÇÕES MECÂNICAS .............................................................................44
2.1 Objectivos específicos..........................................................................................................44
2.2 Introdução.............................................................................................................................45
2.3 Movimento oscilatório .........................................................................................................46
2.2.1 Características de uma oscilação mecânica...................................................................47
2.2.2 Movimento harmónico simples.....................................................................................48
2.3 Energia no M.H.S.................................................................................................................56
2.3.1 Princípio de conservação de energia .............................................................................57
3. SECÇÃO III - ONDAS ..............................................................................................................58
3.1. Objectivos específicos.........................................................................................................58
O que prestar mais atenção.........................................................................................................58
3.2. Introdução............................................................................................................................59
Conceito de meio elástico ..........................................................................................................59
3.3. Conceito de Onda ................................................................................................................60
3.3.1. Ondas mecânicas e electromagnéticas .........................................................................60
6.3.2 Características das ondas........................................................................................62
Exercícios ...............................................................................................................................66
4. SECÇÃO IV - ELECTROMAGNETISMO .............................................................................68
4.1 Objectivos da Unidade .........................................................................................................68
4.2 Introdução.............................................................................................................................68
4.3 Electromagnetismo...............................................................................................................68
4.4 A Terra é um grande íman....................................................................................................71
4.5 Definição do Campo Magnético ..........................................................................................72
4.5.1 Linhas de força do campo magnético............................................................................72
4.5.2 Campo magnético criado por um condutor rectilíneo ...................................................73
4.5.3 O Campo criado por condutor rectilíneo.......................................................................74
4.6 A bússola e o campo magnético...........................................................................................75
4.7 Os três fenómenos electromagnéticos ..................................................................................76
4.8 Experiência de Oersted.........................................................................................................77
4.8 Electroiman ..........................................................................................................................78
4.8.1 Aplicações de electroimanes .........................................................................................79
5. SECÇÃO V - MOVIMENTO RECTILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO (MRUV)....82
5.1 Objectivos da Unidade .........................................................................................................82
5.2 Introdução.............................................................................................................................82
Gráfico do espaço em função do tempo ( S x t ) ....................................................................88
Questionário ...........................................................................................................................90
Bibliografia.....................................................................................................................................95

Introdução
Bem vindo, caro aluno ao estudo da disciplina de Física na 10ª classe.
Como é de seu conhecimento, ao terminar esta classe você terá concluído o 1º ciclo do Ensino
Secundário Geral do Sistema Nacional de Educação, fim que acontecerá mediante a prestação de
um exame nacional em que se avalia os conhecimentos do ciclo todo.
O seu estudo da 10ª classe será feito usando material relativamente diferente ao que lhe foi
habitual nas duas classes anteriores, ao invés de módulos auto-instrucionais, você fará uso do

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material de estudo da 10ª classe via ensino à distância que é um compacto de conteúdos
especificamente elaborados para permitir a sua aprendizagem da Física na 10ª classe, via Ensino
à Distância.
Apesar da relativa diferença do material de estudo da 10ª classe via ensino à distância com o
módulo, você continuará usufruindo de todo o sistema de apoio (tutoria) de que se beneficiou no
estudo das classes anteriores: o tutor, os docentes de disciplina, outros professores da escola, os
seus colegas de estudo, entre outros, estarão disponíveis para qualquer colaboração que você
precisar durante a aprendizagem.
A Física tem sido vista como um tabu por muitos dos que a desconhecem. Mas, enquanto ciência,
ela contribui para compreendermos e interpretar os fenómenos naturais, para o domínio da
técnica e da tecnologia bem como para o desenvolvimento da capacidade da análise crítica e da
investigação no âmbito desenvolvimento das ciências exactas.
Este Material de Estudo da 10ª classe via Ensino à Distância, foi elaborado segundo o programa
oficialmente aprovado pelo Ministério da Educação, está dividido em cinco secções:
Secção I
Unidade temática: Electrostática
Secção II
Unidade temática: Oscilações Mecânicas
Secção III
Unidade temática: Ondas Mecânicas
Secção IV
Unidade temática: Electromagnetismo
Secção V
Unidade temática: Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado

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Objectivos da disciplina de física na 10ª classe
O estudo da disciplina de física na 10ª classe visa o alcance dos seguintes objectivos:
• Contribuir na formação da concepção científica do mundo mediante o tratamento do
material didáctico, em particular sobre a base da relação causa – efeito existente entre
todo o processo e fenómeno e da relação entre a teoria e a prática no estudo dos
fenómenos.
• Formar um sistema de conhecimentos físicos e desenvolver habilidades que preparam o
aluno para que seja capaz de:
o explicar e interpretar os fenómenos eléctricos, magnéticos e mecânicos, mediante
a caracterização das suas qualidades externas e a precisão das condições em que
ocorrem.
o descrever e desenvolver as experiências fundamentais que evidenciem a
manifestação dos fenómenos eléctricos, magnéticos e mecânicos.
o Interpretar, em situações concretas: a Lei Qualitativa das Interacções Eléctricas, a
Lei de Ohm, e a Lei de Joule-Lenz.
• Construir e interpretar gráficos da dependência entre grandezas físicas como:
o Deslocamento em função do tempo no Movimento Harmónico Simples (M.H.S.)
o Deslocamento em função do tempo para oscilações amortecidas.
• Interpretar o gráfico da onda.
• Resolver problemas qualitativos e quantitativos até ao nível de reprodução com variante
nas quais não intervenham mais de duas grandezas, incluindo a dedução de qualquer das
grandezas que intervêm na fórmula relacionados com:
o Campo eléctrico criado por uma carga pontual num ponto dado.
o Lei de Ohm.
o Associação de resistências (em série e em paralelo).
o Lei de Joule-Lenz.
o Características das oscilações e ondas mecânicas.
o Equações de Thompson.
• Exemplificar os fundamentos de alguns processos tecnológicos de carácter geral e
importante para o nosso desenvolvimento económico, em particular os relacionados com
os fenómenos eléctricos, magnéticos e mecânicos.

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1. SECÇÃO I - ELECTROSTÁTICA
1.1 Objectivos específicos

Ao terminar este capítulo, você deve ser capaz de:

• Identificar a presença de cargas eléctricas através de um pêndulo eléctrico ou electroscópio


• Identificar o tipo de carga eléctrica que os corpos adquirem em cada processo de electrização;
• Identificar o tipo de interacção que ocorre entre corpos electricamente carregados
• Explicar a existência da corrente eléctrica
• Distinguir a corrente contínua da alternada
• Explicar a função das fontes de corrente eléctrica
• Distinguir intensidade da corrente da tensão eléctrica
• Aplicar a definição da intensidade da corrente eléctrica na resolução de exercícios concretos.
• Identificar os elementos de um circuito eléctrico.
• Representar esquematicamente um circuito eléctrico.
• Explicar a causa da resistência eléctrica de um condutor.
• Mencionar os factores de que depende a resistência de um condutor.
• Distinguir os condutores em função da resistência eléctrica
• Explicar a dependência da resistência eléctrica da intensidade e da tensão eléctrica
• Interpretar o gráfico da intensidade da corrente eléctrica que atravessa um condutor em
função da tensão.
• Aplicar a lei de Ohm na resolução de exercícios concretos.

• Explicar a característica da Intensidade de corrente e da resistência eléctrica nos circuitos


eléctricos.
• Inserir o voltímetro e o amperímetro num circuito eléctrico.
• Determinar a resistência total ou equivalente de uma associação de resistências em série.
• Determinar a resistência total ou equivalente de uma associação de resistência em paralelo.
• Aplicar a definição da potência eléctrica na resolução de exercícios concretos;
• Aplicar a lei de Joule-lenz na resolução de exercícios concretos

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1.2 Introdução

Caro aluno!
Seja bem vindo ao estudo da 1ª secção deste material de estudo da 10ª classe via ensino à
distância. Nela encontrará matérias sobre a electrostática ( organizado em temas ), exemplos
resolvidos, tarefas resolvidas e uma grelha de tarefas não resolvidas no fim do estudo de cada
tema desenvolvido.
Bom aluno, convidamo-lo a ler com muita atenção as matérias tratadas, resolver os exemplos e as
tarefas resolvidas de modo a garantir que a assimilação da matéria seja efectiva. Convidamo-lo
também a resolver as grelhas de exercícios não resolvidos de modo a verificar a sua
aprendizagem.
Caso encontre dificuldades, tanto no estudo das matérias como na resolução de exemplo, tarefas
resolvidas ou na grelha de exercícios não resolvidos, peça ajuda ao docente de disciplina ou aos
outros professores da sua escola ou mesmo aos seus colegas do grupo de estudo e da escola.
O estudo da secção termina com a realização de um teste denominado “ Teste do fim de secção”
do qual deverá alcançar aproveitamento mínimo de 10 valores. Então estude!

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1.3 Electrostática
A electrostática é o capítulo de física que estuda o comportamento das cargas eléctricas em
repouso.

1.3.1 Estrutura da Matéria


A matéria é composta de pequenas partículas denominadas “Moléculas”.
As moléculas são constituídas de partículas indivisíveis, os “Átomos”. Você sabe tudo isto da
Química das classes anteriores. O átomo consta de Protões e Neutrões concentrados no núcleo e
Electrões girando à volta do núcleo; como mostra a figura.

Os electrões partículas com cargas eléctricas Negativas


(-e) e os protões são partículas com cargas eléctricas
positivas (+e) .Os neutrões são partículas sem cargas
eléctricas

Átomo de Oxigénio Átomo de Néon Átomo de Sódio

Corpos electrizados ou electricamente carregados

Um corpo em que o número de cargas eléctricas positivas (protões) é igual ao número de


cargas eléctricas negativas (electrões), denomina-se: “corpo electricamente neutro”.

Um corpo que tenha excesso de cargas negativas ou de cargas eléctricas positivas, denomina-
se: “ corpo electricamente carregado”
Os corpos electricamente carregados classificam-se em:
1. Corpos positivamente carregados ou com cargas eléctricas positivas, quando têm excesso
de cargas eléctricas positivas;
2. Corpos negativamente carregados ou com cargas eléctricas negativas, quando têm
excesso de cargas eléctricas negativas

Portanto, há duas espécies de cargas eléctricas: Cargas Eléctricas Positivas e


Cargas Eléctricas Negativas.

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1.3.2 Interacção de corpos electricamente carregados

Para visualizar a interacção de corpos carregados vamo-nos servir de Pêndulos Eléctricos.


Pêndulo Eléctrico é um instrumento através do qual se detecta a presença e a espécie de
cargas eléctricas.

Ele consta de uma bolinha de material condutor ( papel, metais,...), um suporte e um fio
através do qual a bolinha se suspende no suporte.

Observe as figuras que se seguem, elas representam Pêndulos Eléctricos dos quais se pode
ver:

Dois corpos com cargas eléctricas Dois corpos com cargas eléctricas Dois corpos com cargas eléctricas de
positivas repelem-se. negativas repelem-se. sinais contrários.

Daí se estabelece a seguinte lei:

Dois corpos com cargas eléctricas da mesma espécie ( positivas ou negativas) repelem-se e
dos corpos com cargas eléctricas de espécies diferentes (positiva e negativa) atraem-se.
Denominada lei qualitativa de interacção de corpos electricamente carregados.

1.3.3 Tipos de Electrização dos Corpos

No seu estado natural os corpos apresentam-se electricamente neutros, porém eles podem ser
electrizados. Há três tipos de electrização, a saber:
• Electrização por fricção, também chamada electrização por atrito;
• Electrização por contacto e;
• Electrização por influência, também chamada Indução eléctrica

1.3.3.1 Electrização por fricção, também chamada electrização por atrito

Friccionando uma vareta de vidro com um pano de lã, esta cede cargas eléctricas negativas
(electrões) de tal modo que ela fica com excesso de cargas eléctricas positivas
( protões).

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No fim do processo, a vareta fica carregada positivamente e o pano de lã carregada
negativamente

Depois do processo de electrização por fricção:


• Um corpo fica carregado positivamente e o
outro negativamente.
• A quantidade de cargas eléctricas cedidas por um corpo é igual à das cargas recebidas
pelo outro corpo, como no-lo diz o princípio da conservação de cargas eléctricas

1.3.3.2 Electrização por contacto

Pondo em contacto dois corpos, um electrizado e outro electricamente neutro; o corpo neutro
também se electriza.
A figura a que se segue ilustra o processo de electrização por contacto

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Situação final:
• Condutores electrizados com cargas eléctricas do
mesmo sinal (não necessariamente igual)
• Soma das cargas eléctricas antes é igual a soma das cargas eléctricas depois do processo de
electrização

Movimento de cargas eléctricas

Ligando um corpo electrizado (condutor) à terra, este neutraliza-se como mostra a figura
seguinte.

É interessante notar que, se o condutor estiver inicialmente electrizado com carga negativa, ao ser feita a ligação com a
terra, os electrões excedentes “descerão” pelo fio. Assim, o condutor estará praticamente “neutro”

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1.3.3.3 Indução Eléctrica ou Electrização por influência
Aproximando um corpo electrizado (indutor) a um corpo electricamente neutro (induzido) este
último também fica electrizado.
Preste atenção a figura seguinte:

I II III IV V

Não há contacto entre o indutor e o induzido


– O induzido deve ser um corpo condutor
SEQUÊNCIA:
1. aproxima-se o indutor
2. liga-se à terra o induzido
3. corta-se a ligação do induzido com a terra
4. afasta-se o indutor

I II III IV V

1.4 Relâmpago
Um relâmpago é uma corrente eléctrica muito intensa que ocorre na atmosfera com típica
duração de meio segundo e típica trajectória com comprimento de 5-10 quilómetros. Ele é
consequência do rápido movimento de electrões de um lugar para outro.

Os electrões movem-se tão rápido que eles fazem o ar ao seu redor iluminar-se, resultando em um
clarão, e aquecer-se, resultando em um som que é o trovão.

Um relâmpago é tipicamente associado a nuvens cumulonimbus ou de tempestade, dentro das


tempestades, diferentes partículas de gelo tornam-se carregadas através de colisões. Acredita-se
que as partículas pequenas tendem a adquirir carga positiva, enquanto que as maiores adquirem
predominantemente cargas negativas, de tal modo que a parte superior da nuvem adquira uma
carga líquida positiva e a parte inferior uma carga líquida negativa. A separação de carga produz
então um enorme campo eléctrico tanto dentro da nuvem como entre a nuvem e o solo. Quando
este campo, eventualmente, quebra a resistência eléctrica do ar, um relâmpago tem início.

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Existem dois tipos de relâmpagos: relâmpagos na nuvem e relâmpagos no solo
Relâmpagos na nuvem originam-se dentro das nuvens cumulonimbus, normalmente na região
onde gotículas de água transformam-se em gelo, e propagam-se dentro da nuvem (relâmpagos
intra nuvem) ou fora da nuvem, rumo a outra nuvem (relâmpagos nuvem-nuvem) ou numa
direcção qualquer no ar (descargas para o ar).

Relâmpagos no solo, por sua vez, podem originar-se na mesma ou em outras regiões dentro da
nuvem cumulonimbus (relâmpagos nuvem-solo) ou no solo, abaixo ou perto da tempestade
(relâmpagos solo-nuvem). Mais de 99 % dos relâmpagos no solo são relâmpagos nuvem-solo
Relâmpago bola: um fenómeno no qual o relâmpago forma uma bola, que se move lentamente e
pode queimar objectos em seu caminho antes de explodir ou apagar

1.4.1 Descargas de retorno

Quando uma nuvem fortemente carregada passa por cima de objectos altos que estão em
comunicação com a terra como árvores, edifícios, postes, eles se electrizam por indução. Depois
que se dá o raio, mesmo que ele não atinja os objectos, estes escoam suas cargas rapidamente
para a terra. Uma pessoa em contacto com esses objectos, pode então levar um choque e ferir-se,
mesmo sem ter sido atingida pelo raio. A esse fenómeno chamamos choque de retorno.

1.4.2 Sistema de Protecção

O sistema de protecção cria um caminho, com um material de baixa resistência eléctrica, para que
a descarga entre ou saia pelo solo com um risco mínimo às pessoas presentes no local. Um
sistema é dividido em três componentes: o terminal aéreo, os condutores de descida e o terminal
de aterramento.

É comummente conhecido pelo nome de pára-raios. Existem dois modelos básicos de pára-raios:
o captador do tipo "Franklin" e a gaiola de Faraday

1.4.3 Pára-raios

Os pára-raios protegem inteiramente os edifícios contra os raios. são barras de metal, de mais ou
menos um metro de altura, que são colocadas nas partes mais altas dos edifícios, e ligadas à terra.
Em vez de se colocar uma só barra, consegue-se uma protecção mais eficiente com várias barras
colocadas mais ou menos a 4 metros uma da outra, todas ligadas à terra.

Quando uma nuvem electrizada passa perto do pára-raios, por indução aparece nele uma carga
eléctrica de sinal oposto ao da nuvem. Então a carga da nuvem é atraída, dá-se o raio entre a
nuvem e o pára-raios, e assim a carga da nuvem é escoada para a Terra.

A zona de protecção que o pára-raios oferece é um círculo em torno do edifício de raio


aproximadamente igual a duas vezes e meia a altura do edifício.

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1.4.4 Cuidados nos Casos de Tempestades em casa

 Não tome banho ao ar livre durante as tempestades.


 Não use chuveiro ou torneira eléctrica.
 Evite contacto com qualquer objecto que possua estrutura metálica, tais como fogões,
geladeiras, torneiras, canos, etc.
 Evite ligar aparelhos e motores eléctricos, para não queimar os equipamentos
 Afaste-se das tomadas e evite usar o telefone.
 Desligue as fichas das tomadas, os aparelhos electrónicos tais como televisão, som,
computadores, etc.
 Permaneça dentro de sua casa até a tempestade terminar.
 Desligue os fios de antenas dos aparelhos

Fora de casa
 Evite contacto com cercas de arame, grades, tubos metálicos, linhas telefónicas, de
energia eléctrica e qualquer objecto ou estrutura metálica.
Afaste-se dos seguintes locais:
 Tractores e outras máquinas agrícolas;
 Motorizadas, bicicletas e carroças;
 Campos abertos pastos, campos de futebol, piscina, lagos, lagoas, praias, árvores isoladas,
postes, mastros e locais elevados;

Carga Elementar
−19
Num átomo a carga eléctrica de um protão é: q e
=1,609.10 c e a carga eléctrica de
−19
um electrão é: q e
= −1,609.10 c
Qualquer carga Q pode ser expressa como um múltiplo inteiro da carga elementar.

Q = nq
e

1.5 Forças Electrostáticas

Da lei de interacção de cargas você sabe que duas cargas estacionárias do mesmo sinal
repelem-se e duas cargas de sinais contrários atraem-se.
As forças de atracção ou de repulsão entre cargas eléctricas estacionárias são descritas
através da lei de Coulomb, cujo enunciados se apresenta a seguir:

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“Duas cargas putiformes estacionárias q 1
e q 2
se repelem ou se atraem com uma força
directamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao
quadrado da distância que as separa.”

Preste atenção à figura que segue:


q 1
q 2

F 2
← ,1
 ⊕ − −r − − − ⊕ F
1,2

Onde q 1
e q 2
são as cargas estacionária e r é a distância entre as cargas
De acordo com a lei de coulomb a força com que as duas cargas estacionárias interagem é
directamente proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao
quadrado da distância que as separa
1
F α q q ∧ F α 2
1 2
r 2

K =8,9874.10 Nm
9
Sendo que a constante desta proporcionalidade é 2
no SI,
C
denominada constante de Coulomb.
Assim, o módulo da força de interacção de duas cargas eléctricas em repouso é:

F = K
q q 1 2
2
r
qq
De onde segue que em módulo 1
F 1, 2
= F 2 ,1
= F =k 1
2
2

2
r
Para facilitar o cálculo K =9,0.10 Nm
9
2
C
Esta força, de acordo com o Coulomb; actua na direcção do segmento que une as duas cargas
e é igual em cada uma delas.

• Se q .q1 2
>0 as cargas têm o mesmo sinal e as forças de interacção entre elas são
de repulsão

1
F1,2 é a força com que a carga q1 actua sobre a carga q2
1
F2,1 é a força com que a carga q2 actua sobre a carga q1

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• Se q .q
1 2
< 0 as cargas têm sinais contrários e as forças de interacção entre elas
são de atracção

Exemplo resolvido

1. Dada figura seguinte:

−12
a) Determine a força de interacção Q 1
= −5q e Q 2
= +2q sendo q = 0,5.10 C e
−20
a = 0,02.10 m .
b) A força com que as duas cargas interagem é de repulsão ou de atracção?

a) Dados: Fórmula: Resolução


−12 −12
Q 1
= −5q = −5•0,5•10 = − 2,5•10 C

−12 −12
Q 1
= −5q Q •Q 1 2
Q 2
= +2q = 2•0,5•10 = 1,0•10 C
−12
F = 2
q = 0,5.10 C d
Q • Q − 2 ,5 •10 C • 1,0 •10
− 12 − 12
C
Q 2
= +2q F = = 1
2
2
−12
d 0 ,02 •10 m
2
−20
a = 0,02.10 m
− 24
− 2 ,5 •10 C = − 25 •10 c
2 − 25 2

= − 20 − 22 2
0 ,02 •10 m 2 m
2

− 25 + 22 −3
= − 12 ,5 • 10 N = − 12 ,5 • 10 N
−3
⇒ F = − 12 ,5 •10 N

b) Sendo que as duas cargas têm sinais contrários, as forças de interacção entre elas são de
atracção.

Daqui entende-se que sempre que a força de interacção entre duas cargas seja negativa, elas
atraem-se. Assim, quando a força de interacção entre duas cargas é positiva , elas repelem-se.

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2. Determine d sabendo que q = 0,12µ
1

+ ________ d __________ +
q1 q2
F 1,2
= 12N F 2,1
= 12N

a) Dados:
F = 12 N
−7
q 1
= 0,12µc = 1,2.10 c
−4
q 2
= 0,36mc = 3,610 c
d −?

qq
−7 −4

F=K = 12 = 9.10 Nm
1 21,2.10 c.3,6.10 c 9
2

2 2 2
d c d
−7 −4 9 9
9.10 .1,2.10 .3,610 Nm c = 9.1,2.3,6.10 10 9.3,6.10 10
9 2 2 −11 −12
2 2
⇒d = m = 2
12 Nc 12 1
−3 −4 −4 −2
= 32,4.10 m = 3,24.10 m ⇔ d = 3,24.10 m = 1,8.10 m
2 2

1.5.1 Tarefas resolvidas – Interacção de corpos carregados

“Leia atentamente as questões da prova e responda-as com clareza, tendo em conta o respectivo
comando”

1. O que se deve fazer para que um pente plástico passe a atrair pedacinhos de papel ?

2. Preencha os parênteses com EC, E F e EI conforme a proposição se refere a electrização


por contacto, fricção ou por indução:
a) Um corpo electrizado A, coloca-se muito próximo de corpo electricamente neutro B e este
último também se electriza. ( ).
b) Uma vareta de vidro é intensamente esfregada com uma pele seca de gato e ocorre que
tanto a vareta quanto a pele seca de gato electrizam-se. ( )
c) Uma vareta de vidro electrizada toca no botão de um electroscópio de folhas e as suas
folhas divergem mostrando que ficaram electrizadas. ( )

3. Complete os espaços vazios de modo a obter proposições verdadeiras em relação à


espécie da carga eléctrica :
a) Na electrização por fricção intervém dois corpos dos quais um fica electrizado
............................................... e o outro fica electrizado .................................................
.............

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b) Um corpo A electricamente carregado é postos em contacto com um B electricamente neutro.
O corpo B fica electrizado ....................................................
c) Colocando um corpo M positivamente electrizado muito próximo de um corpo N
electricamente neutro, verifica-se que a parte do corpo N mais próximo do M adquire cargas
................................................................. e a parte de N mais afastada de M adquire cargas
....................................................................

4. Enuncie a lei da interacção de cargas eléctricas

5. A figura a baixo mostra pares de cargas eléctricas pontuais e estacionárias. Construa os


vectores –força de interacção em cada par.

a) ............. +q .................. +q ................ b) ............-q ............ -q ...................

b) .............+q ................ –q .............

6. As forças de interacção de duas cargas pontuais e estacionárias são iguais em módulo, mas
têm sinais contrários.
a) Escreva a expressão matemática do cálculo da força de interacção entre cargas eléctricas
pontuais.
b) Q1=0,02mC e Q2=64µC são colocadas no vazio a 6 cm uma da outra. Qual é a força de
interacção entre elas?

c) Sendo Q1=0,02mC e Q2=64µC , determine d.


+ ________ d __________ +
q1 q2
F 1,2
= 12N F 2,1
= 12N

1.6 Campo Eléctrico

• Intensidade do Campo Eléctrico

Uma carga eléctrica cria à sua volta uma região do espaço que manifesta propriedades
eléctricas, denominado Campo Eléctrico.

Para detectar a existência de um campo eléctrico usa-se uma carga pontual q 0


a que se
chama carga de prova. A carga de prova colocada num campo eléctrico será movida no
sentido de aproximação ou de afastamento da carga q geradora do campo.

Quantitativamente o campo eléctrico é caracteriza-se vector intensidade do campo


ur
eléctrico E
(ou simplesmente Campo Eléctrico), cujo módulo e o sentido dependem da
configuração da carga geradora do campo.

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Seja q 0
(positiva) a carga de prova num ponto da região cujo campo se pretende estudar
ur
e F a força eléctrica que actua sobre esta carga. O módulo do vector campo eléctrico
nesse campo será dado por:
F
E =
q 0

Onde F é a força electrostática que actua sobre a carga de prova q 0


num ponto do

campo Eléctrico E .

Daqui se pode entender que :


F = Eq
0
O campo eléctrico criado por uma carga eléctrica em repouso chama-se Campo
Electrostático.

F = K
q q 1 2
2
De acordo com a lei de Coulomb,

Assim,
r
k
q 0
q 1
2

E =
F
= r =
q 0
q 0

q 0
q 1 1 q
k . = k 1

r
2
q 0 r
2

⇒E=k
q 1
2
r

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Exemplo resolvido

Se q 0
for igual à unidade então E = F em módulo e em sentido quando q 1
é

uma carga positiva e de sentido contrário quando q 1


é uma carga eléctrica negativa.

1.6.1 Linhas de Força de um Campo electrostático

O campo eléctrico pode ser visualizado através de um conjunto de linhas de força que
partem de cargas positivas e terminam em cargas negativas
A seguir apresentam-se exemplos de linhas de força de campos eléctricos

• Linhas de força de um campo criado por uma carga pontual

O campo gerado por uma carga eléctrica negativa O campo gerado por uma carga eléctrica positiva
tem linhas de força convergente tem linhas de força divergente

Linhas de força de campo criado por duas cargas positivas


Linhas de força de campo criado por duas cargas negativas
q =q
1 2 q =q
1 2

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Linhas de força de campo criado por duas cargas de sinais contrários tais que q =q
1 2

1.6.2 Campo Eléctrico Uniforme

Dizemos que um campo eléctrico é uniforme em uma região quando suas linhas de força são
paralelas e igualmente espaçadas umas das outras, o que implica que seu vector campo eléctrico
nesta região têm, em todos os pontos, mesma intensidade, direcção e sentido.
Uma forma comum de se obter um campo eléctrico uniforme é utilizando duas placas condutoras
planas e iguais. Se as placas forem postas paralelamente, tendo cargas de mesma intensidade, mas
de sinal oposto, o campo eléctrico gerado entre elas será uniforme.

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Tarefas resolvidas – campo eléctrico

“Leia atentamente as questões seguintes e responda-as com clareza, tendo em conta o respectivo
comando”

1. Responda:
a)Defina o campo eléctrico criado por uma carga eléctrica pontual.
b)Escreva a expressão matemática do cálculo do campo eléctrico criado por uma carga a
uma distância d.
c)Indique o significado de cada letra que consta desta expressão

2. Represente as linhas de força de um campo eléctrico criado por :


a)Uma carga eléctrica positiva.
b)Uma carga eléctrica negativa.
c)Duas cargas eléctricas do mesmo sinal.
d)Duas cargas eléctricas de sinais contrários.

3. Calcular o campo eléctrico criado no vácuo por uma carga de 3pC a 20cm dela.

4. Uma carga eléctrica pontual e estacionária cria no vácuo a 6cm do local onde se encontra
N
um campo eléctrico E = 3 , 6 . Qual é o valor desta carga?
C

N V
5. Mostre que 1 = 1 .
C m

6.Assinale com V ou F as afirmações que se seguem, conforme elas são verdadeiras ou falsas em
relação aos portadores de cargas
a) Os electrões são portadores de cargas eléctricas positivas. ( )
b) Os electrões movem-se à volta do núcleo de um átomo, enquanto que os protões e os
neutrões se concentram no núcleo deste. ( )
c) Um átomo que perde um electrão chama-se ião positivo. ( )
d) Os iões são portadores de cargas eléctricas positivas ou negativas. ( )

7. Indique as duas condições básicas para a existência de um fluxo de electrões.

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1.7 Electrodinâmica

1.7.1 Tensão Eléctrica

Uma eléctrica q cria à sua volta uma região de espaço que manifesta as propriedades eléctricas,
isto é ; um campo eléctrico.

•A

.B Q
A intensidade do campo eléctrico no ponto A ( EA)é diferente da intensidade do campo eléctrico
no ponto B (EB) . A esta diferença denomina-se Diferênça do Potencial (ddp) ou tensão eléctrica
(U).
A tensão eléctrica (U) nos extremos de um condutor cria um fluxo ordenado das cargas eléctricas,
chamada corrente eléctrica. Ela ( a tensão eléctrica ) é uma grandeza eléctrica escalar que se
mede através de um instrumento denominado voltímetro.

A unidade fundamental das medidas da tensão eléctrica (voltagem) é 1 volt (V) homenagem ao
físico Alexandre Volt
Na prática usa uma outra medida de nome Kilo-volte (KV).

1KV = 1000V
Num circuito eléctrico o voltímetro é conectado sempre em paralelo, como mostra a figura a
seguir apresentada.
Movimento Rectilíneo Uniformemente Acelerado ( MRUA),

Os elementos de um circuito eléctrico


podem ser representados como mostra ao
lado:
Lâmpada eléctrica

Interruptor da corrente eléctrica

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1.7.2 Corrente Eléctrica
Ao se estudarem situações onde as partículas electricamente carregadas deixam de estar em
equilíbrio electrostático passamos à situação onde há deslocamento destas cargas para uma
determinada direcção e em um sentido, este deslocamento é o que chamamos corrente eléctrica.
Estas correntes eléctricas são responsáveis pela electricidade que usamos em nossas casas, em
nossos sectores de serviço, etc.
Normalmente utiliza-se a corrente causada pela movimentação de electrões em um condutor, mas
também é possível haver corrente de iões positivos e negativos (em soluções electrolíticas ou
gases ionizados).
A corrente eléctrica é causada pela tensão eléctrica nos extremos de um condutor. E ela é
explicada pelo conceito de campo eléctrico, ou seja, ao considerar uma carga A positiva e outra
B, negativa, então há um campo orientado da carga A para B. Ao ligar-se um fio condutor entre
as duas os electrões livres tendem a se deslocar no sentido da carga positiva.

Desta forma cria-se uma corrente eléctrica no fio, com sentido oposto ao do campo eléctrico, e
este é chamado sentido real da corrente eléctrica. Embora seja convencionado que a corrente
tenha o mesmo sentido do campo eléctrico, o que não altera em nada seus efeitos (com excepção
para o fenómeno chamado Efeito Hall), e este é chamado o sentido convencional da corrente.
Deste modo percebe-se que há dois sentidos da corrente eléctrica:

Sentido real, em que as cargas eléctricas negativas deslocam-se na direcção das cargas eléctricas
positivas,
Sentido convencional, em que as cargas eléctricas positivas se deslocam na direcção das cargas
eléctricas negativas.

Raios são exemplos de corrente eléctrica, bem como o vento solar, porém a mais conhecida,
provavelmente, é a do fluxo de electrões através de um condutor eléctrico metálico.
Nota:
A corrente eléctrica só surgirá num condutor quando nele existe um campo eléctrico.
Nos metais a corrente eléctrica é constituída por electrões livres em movimento.
Nos líquidos as cargas livres que se movimentam são iões positivos e negativos (Cl-; Na+).
Nos gases são iões positivos, iões negativos e também electrões livres.

1.7.3 Detecção da Passagem de Corrente Eléctrica

A detecção faz-se através dos efeitos produzidos, tais como:


Efeito luminoso → Este efeito verifica-se, por exemplo, quando uma lâmpada acende. Há
transformação de energia eléctrica em energia luminosa (luz visível).
Efeito térmico →A passagem de corrente eléctrica em determinados condutores provoca um
aquecimento destes, originando a libertação de calor: o efeito térmico.
Efeito magnético → Quando ocorre a passagem de corrente eléctrica num condutor é criado um
campo magnético na zona envolvente.
Efeito químico → A corrente eléctrica pode provocar uma reacção química.

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♠ Efeito fisiológico → Este é o efeito verificado quando a corrente eléctrica percorre o
corpo de um animal (contracção dos músculos e queima dos tecidos vivos).

1.7.4 Intensidade da corrente eléctrica

Para calcular a intensidade da corrente eléctrica (i) na secção transversal de um condutor se


considera o módulo da carga que passa por ele em um intervalo de tempo, ou seja:

Considerando |Q| = n e
A unidade adoptada para a intensidade da corrente no SI é o ampare (A), em homenagem ao
físico francês Andre Marie Ampere, e designa coulomb por segundo (C/s).
Sendo alguns de seus múltiplos:

O instrumento usado na medição da corrente eléctrica é o


amperímetro e num circuito eléctrico este liga-se sempre
em série.

Há dois tipos da corrente eléctrica; as chamadas: corrente contínua e corrente alternada .


Nesta secção de estudo trataremos com maior aprofundamento a corrente eléctrica contínua e
vamos dar algumas noções básicas da corrente alternadas.

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1.7.5 Corrente Contínua
A corrente eléctrica caracteriza-se por duas grandezas fundamentais:
 q
Intensidade da Corrente  I = 
 t
Densidade da corrente, da qual não faremos tratamento nesta secção de estudos
A corrente eléctrica chama-se contínua se a sua intensidade( i ) e a respectiva densidade não
variam com o tempo.

Para condutores sem dissipação, a intensidade da corrente eléctrica é sempre igual, independente
de sua secção transversal, esta propriedade é chamada continuidade da corrente eléctrica.
Isto implica que se houver "opções de caminho" em um condutor, como por exemplo, uma
bifurcação do fio, a corrente anterior a ela será igual à soma das correntes em cada parte desta
bifurcação, ou seja:

1.7.6 Resistência Eléctrica

Ao aplicar-se uma tensão U, em um condutor qualquer se estabelece nele uma corrente eléctrica
de intensidade i. Para a maior parte dos condutores estas duas grandezas são directamente
proporcionais, ou seja, aumentando o valor da tensão eléctrica; aumenta também o valor da
corrente.

Observe a figura ao lado. Ela representa um


circuito eléctrico
A

A variação da tensão eléctrica nos extremos do condutor faz variar a corrente eléctrica, de acordo
com a tabela seguinte:

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Ddp ( U ) 2 4 6 ...
Int. Corrente( i ) 0,4 0,8 1.2 ...

Determinando a razão:
U 2 4 6
= = = = R ( constante)
I 0, 4 0 ,8 1, 2
Representando graficamente esta relação directa entre a tensão e intensidade da corrente
eléctricas, obtém-se linha recta.
U (V)

0,4 0,8 1,2 I (A)

Desta forma:

A esta constante chama-se resistência eléctrica do condutor (R), que depende de factores como a
natureza do material.
Quando esta proporcionalidade é mantida de forma linear, chamamos o condutor de ôhmico,
tendo seu valor dado por:

1.7.7 Lei de Ohm

Sendo R constante, conforme enuncia a 1ª Lei de Ohm:


Para condutores ôhmicos a intensidade da corrente eléctrica é directamente proporcional à
tensão (ddp) aplicada em seus terminais.
A resistência eléctrica também pode ser caracterizada como a "dificuldade" encontrada para que
haja passagem de corrente eléctrica por um condutor submetido a uma determinada tensão. No SI
a unidade adoptada para esta grandeza é o ohm (Ω), em homenagem ao físico alemão Georg
Simon Ohm.

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1.7.8 Associação de Resistências
As resistências associam-se em:

• Associação em série
• Associação em paralelo
• Associação mista

Resistências
São peças utilizadas em circuitos eléctricos que tem como principal função converter energia
eléctrica em energia térmica, ou seja, são usados como aquecedores ou como dissipadores de
electricidade.
Alguns exemplos de resistores utilizados no nosso quotidiano são: o filamento de uma lâmpada
incandescente, o aquecedor de um chuveiro eléctrico, os filamentos que são aquecidos em uma
estufa, entre outros.
Num esquema de um circuito eléctrico a resistência eléctrica é representada pelos símbolos:

Associação de Resistências
Num circuito é possível organizar conjuntos de resistências interligadas, o que chamamos
associação de resistências. O comportamento desta associação varia conforme a ligação entre as
resistências, é feita em série ou em paralelo

Associação em Série

Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajecto, ou seja:

Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente eléctrica esta é mantida por toda a
extensão do circuito.

Já a diferença de potencial (tensão eléctrica) entre cada resistência irá variar conforme a 1ª Lei de
Ohm, assim:

Esta relação também pode ser obtida pela análise do circuito:

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Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à:

Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são mantidas, é
possível concluir que a resistência total é:

Ou seja, um modo de se resumir e lembrar-se das propriedades de um circuito em série é:


Tensão (ddp) (U) se divide
Intensidade da corrente (i) se conserva
Resistência total (R) soma algébrica das resistência em cada resistor.

Associação em Paralelo:

Associar as resistências em paralelo significa basicamente dividir a mesma fonte de corrente, de


modo que a ddp em cada ponto seja conservada. Ou seja:

Usualmente as ligações em paralelo são representadas por:

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Como mostra a figura, a intensidade total de corrente do circuito é igual à soma das intensidades
medidas sobre cada resistência, ou seja:

Pela 1ª lei de ohm:

E por esta expressão, já que a intensidade da corrente e a tensão são mantidas, podemos concluir
que a resistência total num circuito em paralelo é dada por:

Associação mista

Uma associação mista consiste em uma combinação, em um mesmo circuito, de associações em


série e em paralelo, como por exemplo:

Em cada parte do circuito, a tensão (U) e intensidade da corrente serão calculadas com base no
que se conhece sobre circuitos em série e em paralelos, e para facilitar estes cálculos pode-se
reduzir ou redesenhar os circuitos, utilizando resistores resultantes para cada parte, ou seja:
Sendo:

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1.7.9 Efeito Joule

A corrente eléctrica é resultado de movimentação de âniões, catiões ou electrões livres, como já


vimos. Ao existir corrente eléctrica as partículas que estão em movimento acabam colidindo com
as outras partes do condutor que se encontra em repouso, causando uma excitação que por sua
vez irá gerar um efeito de aquecimento. A este efeito dá-se o nome efeito Joule.

O aquecimento no fio pode ser medido pela lei de joule, que é matematicamente expressa por:

Q= quantidade da energia térmica libertada durante a movimentação das cargas


eléctricas
Esta relação é valida desde que a intensidade da corrente seja constante durante o intervalo de
tempo de ocorrência.
Potência Eléctrica

A potência eléctrica dissipada por um condutor é definida como a quantidade de energia térmica
que passa por ele durante uma quantidade de tempo.

A unidade utilizada para energia é o watt (W), que designa joule por segundo (J/s)
Ao considerar que toda a energia perdida em um circuito é resultado do efeito Joule, admitimos
que a energia transformada em calor é igual a energia perdida por uma carga q que passa pelo
condutor. Ou seja:

Instituto de Educação Aberta e à Distância 30


Mas, sabemos que:

Então:

Logo:

Mas sabemos que , então podemos escrever que:

Pela 1ª Lei de Ohm temos que , então podemos definir duas formas que relacionem a
potência eléctrica com a resistência.

Consumo de energia eléctrica


Cada aparelho que utiliza a electricidade para funcionar, como por exemplo, o computador de
onde você lê esse texto, consome uma quantidade de energia eléctrica.

Para calcular este consumo basta sabermos a potência do aparelho e o tempo de utilização dele.

E = pot • ∆t
No SI a unidade fundamental é joule ( J ).
Mas para efeitos práticos usa-se o quilowatt-hora (kWh) .

O mais interessante em adoptar esta unidade é que, se soubermos o preço cobrado por kWh,
podemos calcular quanto será gasto em dinheiro por este consumo, multiplicando a energia a
consumir pela tarifa.

Instituto de Educação Aberta e à Distância 31


Custo = tarf • E consumida
Segunda lei de Ohm
Esta lei descreve as grandezas que influenciam na resistência eléctrica de um condutor, conforme
cita seu enunciado:

A resistência de um condutor homogéneo de secção transversal constante é proporcional ao seu


comprimento e da natureza do material de sua construção, e é inversamente proporcional à área
de sua secção transversal. Em alguns materiais também depende de sua temperatura.
Sendo expressa por:

Onde:
ρ= resistividade, depende do material do condutor e de sua temperatura.
ℓ= largura do condutor
A= área da secção transversal.
Como a unidade de resistência eléctrica é o ohm (Ω), então a unidade adoptada pelo SI para a

resistividade é .

8. Qual a corrente que passa em uma lâmpada de 60W em uma cidade onde a tensão na rede
eléctrica é de 220V?

9. Qual a resistência do filamento interno da lâmpada descrita no número anterior?

10 Quanta energia gasta um chuveiro de 5500W ligado durante 15 minutos ?

11. Calcule em Kwh, o consumo do chuveiro cujo gasto se descreve no número anterior.

Instituto de Educação Aberta e à Distância 32


12. Nas cidades moçambicanas, a EDM pratica a tarifa 15,00mt por Kwh. Qual é o custo do
funcionamento de um chuveiro de 5500w durante 15 min?

13. Considerando uma família de 10 pessoas, que usa o chuveiro de 6000w durante 30 min por
dia; Quanto deverá pagar ao fim de um mês?

Tarefas resolvidas – corrente eléctrica

“Leia atentamente as questões da prova e responda-as com clareza, tendo em conta o respectivo
comando”

1. Assinale com “V” as afirmações verdadeiras e com “F” as falsas.


a) Numa associação em série a intensidade da corrente é constante.
b) Numa associação em série a resistência total é igual a soma das resistências da
associação.
c) Numa associação em série a d.d.p. é a mesma na associação.
d) Numa associação em paralelo a intensidade da corrente é constante.
e) Numa associação em paralelo a resistência total é igual a soma das resistências da
associação.
f) Numa associação em paralelo a d.d.p. é a mesma na associação.

2. Calcule a resistência equivalente da associação.

6Ω

a) 8Ω

3Ω
3. Calcule a d.d.p. eA figura representa o trecho AB de um circuito, onde a diferença de
potencial entre os pontos AB é de 30 V.
R1 =30 Ω
a) Calcule a resistência equivalente.
b) Calcule a intensidade total da corrente. A I B
1

c) Calcule a intensidade das correntes I1 e I2. • •


I2 R2 =15 Ω R3 = 5 Ω
d) Calcule a d.d.p. em cada resistência.

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4. Submete-se a associação de resistores apresentada em seguida, uma d.d.p. de 20V.

a) Calcule a intensidade da corrente total. R1 = 200 Ω


b) Calcule os valores de I1 eI2
I1 R3 = 40 Ω
I2

R2 = 800 Ω

5. A figura representa a curva característica de um resistor Óhmico.

a) Qual é a intensidade da corrente que atravessa o resistor quando a d.d.p. é de 60V?


b) Qual é a d.d.p. nos extremos do condutor
c) Quando a intensidade da corrente é de 0,4A? U (V)
d) Calcule a resistência do resistor.
60

40

20

0,4 0,8 1,2 I (A)

6. Um ferro de engomar a roupa tem uma potência de 1000W e dimensionado para uma
d.d.p. de 250V.

a) Calcule a intensidade da corrente que o atravessa.


b) Determine a resistência do ferro de engomar.
c) Calcule a energia consumida pelo ferro em 1 minuto.

Chave de correcção das tarefas resolvidas


Interacção de corpos carregados

1. Para que um pente plástico passe a atrair pedaços leves de papel é necessário fracciona-lo
cabelo seco.

2. Preencha os parênteses com EC, E F e EI conforme a proposição descreve a electrização


por contacto, fricção ou por indução:

a) Um corpo electrizado A, coloca-se muito próximo de corpo electricamente neutro B e este


último também se electriza. ( EI )

b) Uma vareta de vidro é intensamente esfrega com uma pele seca de gato e ocorre que tanto a
vareta quanto a pele seca de gato electrizam-se. ( EF )

Instituto de Educação Aberta e à Distância 34


c) Uma vareta de vidro electrizada toca no botão de um electroscópio de folhas e as suas folhas
divergem mostrando que ficaram electrizadas. ( EC )

3. Complete os espaços vazios de modo a obter proposições verdadeiras em relação à espécie da


carga eléctrica :

a)Na electrização por fricção intervém dois corpos dos quais um fica electrizado positivamente e
o outro fica electrizado negativamente.

b) Um corpo A electricamente carregado é posto em contacto com um B electricamente neutro. O


corpo B fica electrizado com cargas do mesmo sinal que o corpo A.

c)Colocando um corpo M positivamente electrizado muito próximo de um corpo N


electricamente neutro, verifica-se que a parte do corpo N mais próximo do M adquire cargas de
sinal contrário ao das do M e a parte de N mais afastada de M adquire cargas do mesmo sinal
ao das de M

4. Duas cargas do mesmo sinal repelem-se e cargas eléctricas de sinais contrários atraem-se

5. A figura a baixo mostra pares de cargas eléctricas pontuais e estacionárias. Construa os


vectores –força de interacção em cada par.

a) +q .................. +q b) -q ............ -q

c) +q –q

6. As forças de interacção de duas cargas pontuais e estacionárias são iguais em módulo, mas
têm sinais contrários.

F = K
q q 1 2
a) 2
r
Q • Q = 0,0 2 •1 0 C • 6 4 •1 0 C
−3 −6
1 2
b)F = 2 −4 2
d 3 6 •1 0 m
−9 −5
1,2 8 •1 0 C = − 1,2 8 •1 0 c = 0, 035 •
2 2
−5
= −4 2 10 2
N
3 6 •1 0 m 36 m

Instituto de Educação Aberta e à Distância 35


QQ ⇔ 2 QQ
c)F = K 1
d 2
2
=K 1
F
2

d
QQ =
−3
0,02 •10
−6
9 • 64 •10
⇒d = K 1 2
9 •10 •
F 12
9 −9

=
3 10 •10 =
3 1
=
3
m
2 3 2 3 2 3

Chave de correcção das tarefas resolvidas (Campo Eléctrico )

1. a) Campo eléctrico é a região onde se faz sentir a presença de uma ou mais cargas eléctricas.

q
b) E = K 2
d
c) E É campo eléctrico
K Constante de coulomb
Q Carga eléctrica que gera o campo eléctrico
d distância da carga a qualquer ponto do espaço

@.

a) b)

Instituto de Educação Aberta e à Distância 36


c) d)

3.a) Dados:
−11
q = 12 pc = 1,2.10 c
−2
d = 20cm = 2.10 m
E −?

−11 9
1,2.10 = 9.1,2.1010 Nm c
2 −11 2

= 9.10 Nm
q 9 c
E=K
c (2.10−1m)
2 2 2 −2 2 2
d 4.10 mc
9 N
= 9.0,3.10 .10 .10
2 −11

c
11 −11 N N
= 2,7.10 .10 = 2,7
c c
4. Dados:
N
E = 3,6
c
−2
d = 6cm = 6.10 m
q−?

Instituto de Educação Aberta e à Distância 37


2
N
3,6 (6 .10 − 2 ) m
2
2
q 2 Ed c
E =K 2
⇔ E d = Kq ⇒ q = = 2
d K
9 . 10 Nm
9
2
c
 2 
−4  Nm 
=
3,6 . 36 .10  c = Nm
2

. c
2

= c
9  2 2
9 . 10  Nm c Nm 
 2 
 c 
−4 −13
= 3,6 . 4 .10 .10 c = 14 ,4 . 10
−9
c

5.

N V
1 =1 ,
c m
V N Nm
1 , ondeV = .m =
m c m
Nm
V Nm 1 N
⇒1 = c = . =1
m m c m c
N V
⇒1 =1
c m c ,q,d

6. a) ( V ) b) ( F ) c) ( F ) d) ( V )

7. As duas condições básicas necessárias para que haja um fluxo de cargas são:
● Portadores de cargas livremente móveis ( electrões ou iões ).
● Um campo eléctrico actuando sobre os portadores de cargas.

Instituto de Educação Aberta e à Distância 38


Chave de correcção das tarefas resolvidas ( Corrente Eléctrica )

1. a) ( V ) b) ( V ) c) ( F ) d) ( F ) e) ( F ) f) ( V )

Dados :
2. a ) 1 1 1 1 1 1 1 1
= + ⇔ = + = +
R R R R 6 3 6 3 R =R +R
R = 6Ω
1
eq 1 2 eq
( 3) ( 6)
t eq 3

R = 3Ω 2
=
3+ 6 9 1
= = ⇒ R eq = 2Ω
R = 8Ω + 2Ω = 10Ω
t

R = 8Ω 3
18 18 2

R __? t

1 1 1 1 1 1 1 2+3 5 60
3.a) = + = + = + = = ⇒ Rt = = 12Ω
R R t 1 R2 + R3 30 15 + 5 30 20 60 60 5

b) I t = U t =
30V
= 2,5 A c) I = U t
=
30V
= 1,5 A
R t
12Ω 2
R +R 2 3
20Ω

=U t =
30V
I = 1A
1
R 1
30Ω

 V 
d )U 1 = I t.R1 = 1A.30Ω = 30  A.Ω = .Ω = V  = 30V
 Ω 
V
U 2 = I 2.R 2 = 1,5 A.15Ω = 1,5.15  A.Ω = Ω .Ω = V  = 22,5V
 V 
U 3 = I 2.R 3 = 1,5 A.5Ω = 1,5.5  A.Ω = Ω .Ω = V  = 7,5V

Instituto de Educação Aberta e à Distância 39


4 .a ) D a d o s :
U t
= 2 0V

I t
− ?

U
I = t

R
t
t

R = R t eq
+ R 3

1
=
1
+
1
= R +R2 1
=
200 + 800
=
1000
=
1
⇒ R = 16Ω
R R eq 1 R 2 R .R 1 2
2 0 0 .8 0 0 160000 160 eq

⇒ R = R t eq
+ R 3
= (1 6 0 + 4 0 ) Ω = 2 0 0 Ω

U = 2 0V 20  V A .Ω 
I = t
=  = = A  = 0 ,1 A
R
t
t
200Ω 200  Ω Ω 

 V 
b )U eq
= R eq
.I t
= 1 6 0 Ω .0 , 1 A = 1 6 0 .0 , 1  Ω . A = .Ω = V  = 1 6 0 V
 Ω 
U eq 1 6V 16  V AΩ 
I = = =  = = A  = 0, 02 A
R
1
eq
200Ω 200  Ω Ω 

U eq 1 6V 16 V AΩ 
I = = =  = = A  = 0, 08 A
2
R 2
800Ω 800  Ω Ω 

5.a) Quando U=60V, I=1,2A


b) Quando I=0,4A, U=20V.
 
U 60 V 20 V V V Ω 
c)R = = = = 50  = =V. = Ω  = 50 Ω
I 1, 2 A 0,4 A A V V 
 Ω 
6 .D a d o s :
P = 1 0 0 0W a t P 1000Wat 1000 V . A 
a) P = U .I ⇒ I = = =  = A = 4 A
U = 2 5 0V U 250V 250  V 
∆ t = 1 m in = 6 0 s  
I _? U U 250V V V  Ω 
b) I = ⇒ R = =  = V = V . = Ω  = 62,5Ω
R _? R I 4A  A V 
 Ω 
W _?
c)W = UI ∆t = 250V .4 A.60 s = 250.4.60 [V . A.s = J ] = 60000 J = 60 KJ

Instituto de Educação Aberta e à Distância 40


Exercícios não resolvidos

“Leia atentamente as questões da prova e responda-as com clareza, tendo em conta o respectivo
comando”

1. Marque com V ou com F as proposições seguintes conforme elas são verdadeiras ou falsas
em relação à electrização por contacto.

a) No processo de electrização por contacto intervém dois corpos ( )


b) Após a electrização por contacto os dois corpos adquirem cargas da mesma espécie.( )
c) Na indução eléctrica o corpo inicialmente electrizado denomina-se indutor e o corpo
inicialmente neutro denomina-se induzido. ( )
d) Na maioria os metais são bons condutores da corrente eléctrica. ( )

2. Marque com V a única afirmação correcta em relação estado final de dois corpos que se
electrizam por fricção.

a) Na electrização por fricção ambos corpos ficam com cargas da mesma espécie.( )

b)Após a fricção os corpos intervenientes adquirem cargas de sinais contrários, isto é; um adquire
cargas eléctricas positivas e outro adquire cargas eléctricas negativas.( )

c)Após a fricção os corpos intervenientes ficam electricamente neutros.( )

d)Todas as alternativas anteriores são falsas. ( )

3. Quando é que se diz que um corpo está carregado.


a)Positivamente ?
b) Negativamente?
c) Neutro ?
4. Numere a coluna B, conforme uma proposição desta corresponde ao enunciado de uma lei
especificada em A. Use números romanos.

Coluna A Coluna B
I. Lei da interacção de cargas ( )Q. No processa da electrização as cargas
eléctricas eléctricas não se criam, nem se destroem ; mas
transferem-se de um corpo para o outro
II. Lei de Coulomb ( )N. Cargas eléctricas do mesmo sinal
repelem-se e cargas eléctricas de sinais contrários
atraem-se.
III. Lei da conservação das cargas ( )M. Duas cargas pontuais e estacionárias
eléctricas interagem com uma força directamente
promocional ao produto das cargas e inversamente
proporcional ao quadrado da distância que as
separa

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5. Escreva e indique o significado de cada símbolo.
a)A expressão matemática do cálculo da força coulombiana.
b)A expressão matemática do cálculo do campo eléctrico.

6. Represente as linhas de força de um campo eléctrico criado por:


a)Uma carga eléctrica negativa
b)Uma carga eléctrica positiva
c)Duas cargas eléctricas de sinais contrários.

N
7. A que distância uma carga de 1c cria um campo eléctrico de 1
C

N V
8. Mostre que 1 = 1 .
C m

9. Calcula campo eléctrico criado por uma carga pontual de 6 µC , no vácuo a uma distância de
18cm .

10. Marque com X a alternativa correcta.

a)Duas carga pontuais de 0,02mc e 64 µc , colocadas no vazio distam entre si 6cm . Assim elas
interagem com uma força coulombiana de:
3 −3 6
F = 3,2 . 10 N ( ) F = 3,2.10 N ( ) F = 3,5.10 N ( )
F = 0N ( )

b)A força de interacção de duas cargas eléctricas pontuais em o valor de uma é metade do valor
da outra é de 0,1mN . A distância entre elas é de 4cm . O valor de cada uma delas é:
q = 5,9nc ∧ q = 2,9nc (
1 2
) q = 5.10 c ∧ q = 2,9nc (
1
3
2
)

q = q = 5,9nc
1 2
( ) q = 3,4C ∧ q = 5,4nC (
1 2
)

11. Assinale com X a alternativa correcta.


a)Um protão e um electrão estão no vácuo situados a uma distância de 5ncm um do outro. Assim
eles interagem com uma força de :

11 −11
9.10 N ( ) 9.10 N ( ) 50 N ( )

b)Duas cargas pontuais iguais situadas no vácuo, repelem-se com uma força eléctrica de 16N.
Elas estão separadas uma da outra por uma distância de 3cm. Assim o valor de cada carga é:

−6
Q = 4,1.10 C (
6
) Q = 41.10 C ( ) Q = 23µc ( )

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12. Assinale com ( X ) a alternativa correcta.
−19
a)O valor absoluto da carga de um electrão é 1,6.10 C .Assim o número de electrões que
perfazem de 1C é:
18 19 −18
n = 6,25.10 ( ) n = 6,25.10 ( ) n = 6,25.10 ( )

b)Uma carga de 0,12µC é atraída põe uma outra de − 0,36mC com uma força de 12 N . A
distância que separa as duas cargas é:
−2 2
d = 1,8.10 m ( d = 1,8.10 m (
−2
) ) d = 18.10 m ( )

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2 SECÇÃO II – OSCILAÇÕES MECÂNICAS

2.1 Objectivos específicos

Esta secção de estudo de física na 10ª classe será dedica ao estudo das oscilações mecânicas, no
qual até ao fim da aprendizagem o estimado aluno deve ser capaz de:
 Caracterizar o movimento oscilatório;

 Explicar a relação de proporcionalidade entre o período e o comprimento de um pêndulo;

 Explicar a relação de proporcionalidade entre o período a massa de um oscilador de


mola.

O que prestar mais atenção

Você já sabe o que vai estudar e não só, mas também as competências a adquirir até ao fim do
estudo desta secção.

Para realização objectiva da sua aprendizagem neste momento é necessário que:


- Prepare material para tomada nota;
- Faça registo ou tomada de notas de dados ou informações úteis no seu estudo; e
- oriente-se no seu estudo em conteúdos seguintes que vais encontrar neste material de apoio.
• Oscilações mecânicas
• O oscilador mecânico
• As características das oscilação mecânicas
• A relação entre comprimento do pêndulo e o período

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2.2 Introdução

O fenómeno oscilatório está mais presente em nossas vidas do que geralmente observamos.
Talvez não percebemos por vermos estas situações com tanta frequência que não mais paramos
para questionar ou reflectir sobre o assunto.

Uma pedra caindo em um lago forma ondas concêntricas que se propagam pelo lago. Por
fenómeno oscilatório estamos considerando tudo aquilo que se move em dois sentidos de forma
alternada em torno de uma posição de equilíbrio; entretanto iremos nos ater mais em sistemas
oscilatórios periódicos (ou seja, cujos ciclos se repetem em intervalos iguais de tempo)
ocasionados por forças restauradoras para um certo estado ou posição de equilíbrio.

A nossa visão e audição juntamente com a voz, que constituem nossos principais meios para
comunicação e percebermos o mundo a nossa volta, acontecem por meio de fenómenos
oscilatórios.

As oscilações são as responsáveis pelo funcionamento de aparelhos como o auto-falante,


o microfone, os gira-discos e muitos outros.

Átomos em um sólido podem ser estudados se considerarmos um sistema de molas ligando uns
aos outros e que os mantêm todos unidos como um modelo para a vibração dos mesmos.

Instituto de Educação Aberta e à Distância 45


A oscilação pode ser usada para compreender e ser aplicada nas transmissões via satélite, nos
Raios X, nos Laseres, no amortecedor de um carro, na construção civil, na televisão e no rádio,
no celular, no computador, no estudo de terramotos e em muitos outros sectores e campos.

O choque entre placas tectónicas que causa terramotos pode ser analisado como sistemas que
vibram. Entretanto, para se começar o estudo da ondulatória é necessário dominar e saber aplicar
bem o modelo para o Movimento Harmónico Simples, um dos sistemas periódicos mais simples.

Noção de Oscilador

Já estudamos na cinemática um movimento do tipo chamado periódico: o movimento circular


uniforme que se efectua sempre num mesmo sentido. Vamos agora estudar os movimentos
periódicos que, tal como o movimento de uma mola (fig 1) ou de um pêndulo de relógio (fig. 2),
se efectuam sempre na mesma trajectória, para um e outro lado de uma posição de equilíbrio.

-x

Fig. 2 pêndulo em oscilação (pêndulo


(c) gravítico)
O
x (a)
(b) O
Posição de Equilíbrio
Fig. 1 mola elástica em vibração (pêndulo
elástico)

Estes movimentos dizem-se oscilatórios ou vibratórios. Os sistemas que efectuam esses


movimentos denominam-se osciladores.

2.3 Movimento oscilatório

Sempre que um sistema sofre uma perturbação da sua posição de equilíbrio estável, ocorre
um movimento de oscilação.

As oscilações em função da natureza física do processo oscilatório e do mecanismo que as


originam classificam-se em:

• Oscilações Mecânicas – movimentos periódicos de um oscilador que descreve sempre a


mesma trajectória em sentidos opostos durante intervalos de tempos (T) iguais. (os
movimentos alternativos do baloiço, das portas, as vibrações da pressão do ar, o som, etc.)

Instituto de Educação Aberta e à Distância 46


• Oscilações electromagnéticas (vibrações das membranas de um telefone ou difusor dum
altifalante, etc.).

Oscilações Mecânicas
O sistema formado por uma esfera suspensa de um fio
nas proximidades da terra constitui um pêndulo.
Na posição de equilíbrio o fio encontra-se na posição
vertical e afastando a esfera desta posição e largando-a
de seguida vemos que ela começa a baloiçar da direita
para a esquerda e vice-versa. Este movimento com
sentidos opostos repete-se e descreve sempre a mesma
trajectória com as mesmas características ao fim de
intervalos de tempos iguais (Período T).
Assim, podemos caracterizar as oscilações mecânicas
como movimentos periódicos de um oscilador que
descreve sempre a mesma trajectória em sentidos
opostos durante intervalos de tempos iguais.

2.2.1 Características de uma oscilação mecânica

Amplitude (A ou ymáx): deslocamento máximo em relação à posição de equilíbrio produzido


pela oscilação
Elongação: é a distância entre a posição de equilíbrio estável do oscilador do oscilador e a
posição de equilíbrio que ele ocupa em dado instante.
Período (T): tempo necessário para completar uma oscilação
• onde n é o número de oscilações completas.
t 1
T= ou T = Unidade no S.I. (s)
n f •

Frequência (ƒ): número de oscilações completadas por unidade de tempo.


• onde n é o número de oscilações completas.
n 1
f = ou f = • Unidade no S.I. [hertz (Hz, s-1)]
t T
Uma Amplitude constante só pode ser obtida quando tivermos um sistema fechado, isto é, um
sistema que não sofre influência de agentes externos tais como: A resistência do ar, e o atrito nas
várias ligações do sistema. Nestas condições diríamos que as oscilações são harmónicas
simples.
Portanto, Oscilações Harmónicas são todas aquelas cuja sua amplitude é constante.

Exemplos:

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1. Considere o evento "dar a volta em torno de si mesmo". Suponha que leve 0,5 segundos para
que esse evento ocorra. Esse tempo é o seu período (T). Com isso, podemos deduzir que em 1
segundo o evento ocorrerá duas vezes, ou seja, será possível "dar duas voltas em torno de si
mesmo". Nesse caso, sua frequência é de 2 vezes por segundo, ou 2 Hz (2 × 0,5s =1s).

2. Imagine agora que seja possível realizar esse mesmo evento em 0,25 segundos.
Consequentemente, em um segundo ele ocorrerá 4 vezes, fazendo com que a frequência passe a
ser de 4Hz (4 × 0,25s = 1s). Perceba que o tempo considerado para frequência é sempre o
mesmo, ou seja, 1 segundo. O que varia é o período do evento, que no primeiro caso foi de 0,5s e
no segundo de 0,25s. Assim sendo, para sabermos quantas vezes o evento ocorre em 1 segundo
precisamos saber quantas vezes ele "cabe" dentro desse segundo.

Portanto temos que:

a) No primeiro caso, 2 × 0,5s = 1s, temos que:


f = 2 Hz
T = 0,5 s

b) No segundo caso, 4 × 0,25 s = 1 s, temos que:


f = 4 Hz
T = 0,25 s

2.2.2 Movimento harmónico simples

Quando um movimento se repete a si mesmo em intervalos de tempo regulares é chamado


Movimento Harmónico Simples (MHS)

Representação gráfica do movimento harmónico simples

Y(m)

O
A t(s)
B T
A
O T
A Posição de A
Equilíbrio

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Exercícios resolvidos

1. Observa o Pêndulo da figura que oscila entre os pontos A e B. A distância entre A e B é


de 4 cm e o corpo gasta 1 segundo a sair de A para B. Determine:

a) A amplitude do movimento.

R: A = 2Cm (pois Amplitude A =AO=OB= 2Cm)

b) O período das oscilações.


A B
R: T = 2s (pois o corpo saiu de A para B e voltou para o ponto de partida.
Isto é, uma volta completa )
c) A frequência das oscilações

Dados formula Re solucao


1 1 1 
T = 2s f= f =  = Hz 
T 2 s 
f −? f = 0,5 Hz

d) O tempo que o corpo gasta a realizar 10 oscilações completas.


Dados Formula Re solu
 
n 10 1 1 s 
n = 10 f= t=  = = = s
t 0,5  Hz 1 1 
 s 
n
f = 0,5 Hz t= t = 20 s
f
t =?

e) O número de oscilações completas que o corpo realiza em 1 min.


Dados Formula Re solucao
n  1 
t = 1 min = 60s f= n = 0,5 x 60  Hz x s = x s = 1
t  s 
t = 60s n= f xt n = 30
n−?

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2. Observe o pêndulo da figura que oscila entre os pontos A e B. A distância entre A e B é
de 4cm e o corpo gasta 1 segundo a sair de A para B. Determine:

a) A amplitude do movimento; A
R: A = 2Cm (pois Amplitude A =AO=OB= 2Cm) 0
b) O período das oscilações; B
R: T = 2s (pois o corpo saiu de A para B e voltou para o ponto de partida.
Isto é, uma volta completa )

c) A frequência das oscilações;

Dados formula Re solucao


1 1 1 
T = 2s f= f =  = Hz 
T 2 s 
f −? f = 0,5 Hz

d) O tempo que o corpo gasta a realizar 10 oscilações completas;

Dados Formula Re solucao


 
n 10  1 1 s 
n = 10 f = t =  = = = s
t 0, 5  Hz 1 1 
 s 
n
f = 0, 5 Hz t = t = 20 s
f
t = ?

e) O número de oscilações completas que o corpo realiza em 1 min

Dados Formula Re solucao


n  1 
t = 1 min = 60s f= n = 0,5 x 60  Hz x s = x s = 1
t  s 
t = 60s n= f xt n = 30
n−?

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3. Observe o gráfico da elongação em função do tempo de uma oscilação mecânica de um
pêndulo.

6 Y(m)

O 0 2 4 6 8 10 12 14 16 t(s)

-6

a) Qual é a amplitude da oscilação;

R: A = 6m

b) Quanto tempo gasta o pêndulo a realizar uma oscilação completa?

R: T = 8s

c) Calcule a frequência das oscilações;

Dados Formula Re solucao


1 1 1 
T = 8s f= f =  = Hz 
T 8 s 
f −? f = 0,125 Hz

d) Quanto tempo gasta o pêndulo a realizar 40 oscilações completas?

NB: Resolução como nos exercícios anteriores

e) Quantas oscilações completas o pêndulo realiza em 80 segundos?

NB: Resolução como nos exercícios anteriores

4. A tabela que se segue diz respeito as medições feitas numa experiência laboratorial sobre
oscilações mecânica realizadas por um oscilador de mola.

Acabe de preencher a tabela.

Nº de Oscilações Completas 10
t(s) 12,56
m(Kg) 0,1
T(s)
K(N/m)

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Equações de Thopmson

A figura abaixo, representa três pêndulos gravíticos, cujos comprimentos (l1, l2, l3) dos seus
fios são diferentes.

h1

l1
l2
l3 h2

h3

Como se pode ver, os pêndulos foram desviados num mesmo ângulo, e o corpo do pêndulo com o
fio mais comprido está mais elevado do que os outros, isto é:

l1 < l2 < l3 então, h1 < h2 < h3 .

Sabemos também que a força gravitacional que actua sobre o corpo elevado, é o “depósito” da
energia potencial que acelera o corpo em direcção ao ponto de equilíbrio estático. Associando
estes elementos todos chega-se a conclusão de que o período (T) das oscilações de um pêndulo
simples, calcula-se pela seguinte expressão:

l
T = 2π
g

Sendo os valores de π e g constantes, conclui-se que o período das oscilações de um pêndulo


simples depende apenas do comprimento (l) do fio. Isto é, o período é directamente
proporcional ao comprimento l do fio.

Como podemos ver, o período de uma oscilação é independente da massa do corpo que oscila.
1 l
Partindo da equação f = , e substituindo nesta equação o T por 2π , obtêm -se:
T g

1 g
f=
2π l

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m 1 k
No caso de um pêndulo de mola ou oscilador de mola, teremos: T = 2π e f=
k 2π m

O período (T) de oscilações de um pêndulo gravítico de comprimento (ℓ) se pode


calcular pela expressão:

l m
T = 2π ou T = 2π no caso de uma mola
g k

Onde: onde k é a constante elástica da mola, e m é a massa do corpo oscilador.

O Período e a frequência de um pêndulo simples só dependem do comprimento do pêndulo e a


aceleração da gravidade. Uma vez que o Período é independente da massa, concluímos que
todos os Pêndulos Simples de mesmo comprimento, num mesmo local, oscilam com os mesmos
períodos.

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Exercícios resolvidos

1. Um pêndulo simples tem um comprimento total de 0,5m. Que mudança deve ser feita no
instrumento se quisermos dobrar o período de oscilações do pêndulo.

R:
2. Determine o período de um pêndulo cujo o comprimento mede 4cm, use g =
Dados Fornula Re solucao
l 0,04m × s 2
2
T −? T = 2×π × T = 2 × 3,14 ×
10m/s g 10m
l = 4Cm = 0,04m T = 6,28 × 0,004s 2
g = 10m / s 2 T = 6,28 × 0,06s = 0,4 s

3. Quais das seguintes afirmações são correctas?

a) O período de um pêndulo depende da sua massa;


b) Quanto maior é o comprimento de um pêndulo maior é o seu período
c) Quanto maior é a aceleração de gravidade no local, menor é o período das oscilações;
d) Quanto maior é a constante elástica de uma mola maior é o período das oscilações;
e) Quanto maior é a massa de um corpo suspenso numa mola, maior é o período das
oscilações por ele realizadas.

5. Um pêndulo de 1metro de comprimento é colocado a oscilar na terra onde a aceleração de


gravidade é de 10m/s2 e depois é transportado para a lua onde a aceleração de gravidade é
1,6m/s2.

a) Calcule o período do pêndulo na terra;


b) Calcule o período das oscilações do pêndulo na lua;
c) Qual deverá ser o comprimento do pêndulo para que o período das suas oscilações na lua
seja de 2 segundos.

6. Numa experiência em um pêndulo simples verificou-se o corpo suspenso saindo do B,


deslocando-se até A e retomando a B 20 vezes em 10s.

a) Qual o período deste pêndulo sendo?

b) Qual é a frequência da oscilação do pêndulo?

c) Se a experiência fosse realizada com um pêndulo de comprimento de comprimento 4


vezes maior, qual seria o seu período?

7. Um corpo de massa igual a 400g oscila sem atrito preso nas extremidades de uma mola de
constante elástica igual a 160N/m. A amplitude do movimento é igual a 10cm. Determine:

a) O período das oscilações

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b) A frequência deste movimento

c) Qual seria o período do movimento se a sua amplitude fosse diminuída para 5cm.

8. Quais são as condições a serem satisfeitas para que as oscilações de um determinado


corpo sejam harmónicas simples?

9. Um pêndulo com 23m de comprimento, está animado de M.H.S. de quanto em quanto


tempo passa ele da sua posição de equilíbrio estático?

10. Um pêndulo de 4,11m comprimento, dirige o funcionamento do relógio numa Catedral.


Qual é o período das oscilações do pêndulo.

11. O corpo de um pêndulo gravítico cujo fio mede 10m de comprimento, realiza 20
oscilações em 40s. Sabendo que o sistema está livre de forças dissipativas calcule:

a) A frequência das oscilações do corpo.

b) O período das oscilações.

c) A aceleração de gravidade do local onde se encontra o pêndulo.

12. Calcule o período e a frequência das oscilações de um corpo com 0,5Kg de massa, que se
encontra acoplado a uma mola de constante elástica igual a um meio, animada de M.H.S.

13. O corpo C representado na figura tem massa igual a trezentas gramas, e está preso a uma
mola de constante elástica igual a 6Nm-1. Distende-se a mola cinco centímetros, e
abandona-se o conjunto que começa a efectuar um M.H.S.

a) Determine os valores do período e da frequência do movimento,

b) Determine a intensidade da força restauradora (força que tende a levar o corpo a posição
de equilíbrio estático),

c) Qual é o valor da amplitude das oscilações?

d) Após quanto tempo a contar do instante em que o corpo foi abandonado, ele volta a ocupa
a mesma posição?

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2.3 Energia no M.H.S

Você já deve saber que devido ao Princípio de


Conservação da Energia uma bolinha descendo uma
rampa, independentemente da inclinação da rampa,
partindo sempre da mesma altura, sempre terá a
mesma velocidade ao final da rampa.
Para o princípio de conservação da energia ser
garantido, em h = 0, toda a energia potencial
gravitacional (Epg), terá se transformado durante a
descida na rampa em energia cinética (Ec), expressas
pelas relações:
1
Epg = mgh Ec = mv 2
2

Ec = 0
Ep =0 Repouso

Para o sistema massa-mola isso não é


Ec = 0 diferente, somente que em vez de energia
Ep =máx potencial gravitacional, geralmente iremos
trabalhar somente com energia potencial
elástica, expressa por:
Ec = 0 1
Ep =máx Epel = k .x 2
Ec = 0
Ep =máx
2

Ec=máx Corpo em
Movimento
Ep=0

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mv 2
Ec =
2
E p = mgh
Ec = 0
Ep = max
E p = max
Ec = 0

h h

E c = max
Ep = 0

2.3.1 Princípio de conservação de energia


Nos processos de transformação de energia mecânica a soma da energia cinética e a energia
potencial permanece constante.

kx 2
E P = mgh EP = mola − massa
ET = EP + EC =Constante 2
m.v 2
EC =
2

Sistema Massa - Mola

Esse sistema possui um ponto de equilíbrio ao qual chamaremos de ponto 0. Toda vez que
tentamos tirar o nosso sistema desse ponto 0, surge uma força restauradora (F = -kX) que tenta
trazê-lo de volta a situação inicial.

Sistema Massa-Mola Sistema Massa-Mola Comprimido Sistema Massa-Mola Estendido


na Posição de Equilíbrio

Onde: X é o deslocamento em relação ao ponto de equilíbrio e F é a força restauradora da mola


que se calcula através da fórmula: | F | = | -K.X |

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3. SECÇÃO III - ONDAS

3.1. Objectivos específicos

Esta secção de estudo de física na 10ª classe será dedica ao estudo das ondas mecânicas,
produção de ondas de uma corda, características de uma onda mecânica e equação
fundamental da propagação de uma onda num meio elástico, no qual até ao fim da
aprendizagem o estimado aluno deve ser capaz de:

 Identificar uma onda mecânica;


 Diferenciar ondas das oscilações mecânicas;
 Identificar a direcção e o sentido da propagação de uma onda mecânica;
 Enumerar as características de uma onda mecânica;
 Descrever as características de uma onda mecânica;
 Escrever a equação fundamental da propagação de uma onda mecânica, e
 Aplicar a equação fundamental da propagação de uma onda na resolução de problemas
concretos.

O que prestar mais atenção

Preste atenção à direcção da propagação da onda, aos conceitos de vale de crista de uma onda
e, estude pormenorizadamente as características de uma onda. São elas:
⇒ Comprimento de onda (λ);
⇒ Velocidade de propagação de uma onda (v);
⇒ Período (T);
⇒ Frequência (f)
Depois estude e aplique a equação que relaciona o comprimento da onda, velocidade de
propagação da onda e o período das oscilações do meio elástico: λ = vT .

Não se esqueça de dedicar atenção especial às fórmulas, a aplicação das fórmulas e a conversão
das unidades se necessário.

Resolva todos os exercícios de preparação que lhe são propostos. Caso acertar a resolução de
todos, procure o seu tutor e faça o teste de fim de secção. Caso não, releia a secção momento por
momento e refaça todos os exercícios da secção é melhor procurar também o seu docente de
disciplina e apresente todas as dúvidas que tiver.

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3.2. Introdução
O homem sempre sentiu fascínio e curiosidade pelas ondas do mar. Na natureza estamos
rodeados por ondas. Ondas mecânicas, sonoras, luminosas, ondas de rádio, electromagnéticas,
etc. Graças às ondas é que existem muitas das maravilhas do mundo moderno, como a televisão,
o rádio, as telecomunicações via satélite, o radar, o forno de microondas, entre outras.

O estudo das ondas, tanto mecânicas como electromagnéticas, é umas das partes da física que
mais se desenvolveu nos últimos séculos e uma das que mais possibilita aprimoramentos nos
modelos actuais. O conhecimento das propriedades das ondas possibilita o estudo de frequências
naturais de oscilação das obras de engenharia civil e é muito utilizado para se evitarem problemas
futuros nas mesmas. Também é devido à compreensão das ondas, neste caso electromagnéticas,
que puderam se desenvolver os avanços na área de comunicação, principalmente via satélite e
rádio.

Conceito de meio elástico


Chama-se meio elástico, a um meio deformável que retoma a forma inicial quando cessa a causa
deformadora.

Considere duas pessoas segurando as extremidades de uma corda. Se uma delas fizer um
movimento vertical brusco, para cima e depois para baixo, causará uma perturbação na corda, que
se deslocará ao longo da corda aproximando-se da outra pessoa, enquanto a extremidade que
recebeu o impulso retorna à posição inicial, por ser a corda um meio elástico.

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Nesse exemplo, a perturbação denomina-se pulso, o movimento do pulso é chamado de onda, a
mão da pessoa que faz o movimento vertical é a fonte e a corda, na qual se propaga a onda, é
denominada meio.
Se provocarmos vários pulsos sucessivos com um movimento sobe e desce, teremos várias ondas
propagando-se na corda, uma atrás da outra, como se pode ver no exemplo baixo.

Um outro exemplo pode ser visto quando se


atira uma pedra num lago de águas paradas

A perturbação causada pelo impacto da pedra na água originará um movimento que se propagará
pela superfície do lago como circunferências de mesmo centro, afastando-se do ponto de impacto.

3.3. Conceito de Onda

Denomina-se Onda as perturbações num sistema em equilíbrio que provocam um


movimento oscilatório podem propagar-se no espaço à sua volta sendo percebidas noutros
pontos do espaço.

Em uma onda há transporte de energia de um ponto para outro do meio sem que haja transporte
de matéria entre esses pontos.

3.3.1. Ondas mecânicas e electromagnéticas

Ondas mecânicas são aquelas que precisam de um meio material para se propagar (não se
propagam no vácuo).
Exemplo: Ondas em cordas, ondas sonoras, ondas no oceano, o som etc. Todas são perturbações
causadas em meios materiais.

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Ondas electromagnéticas são geradas por cargas eléctricas oscilantes e não necessitam de uma
meio material para se propagar, podendo se propagar no vácuo.
Exemplos: Ondas de rádio, de televisão, de luz, raios X, raios laser, ondas de radar etc.

Tipos de ondas
Basicamente existem dois tipos de ondas, as ondas transversais e as longitudinais. Vamos ver
as diferenças que existem entre elas.

Ondas Transversais: São aquelas cujas vibrações são perpendiculares à direcção de propagação.
Exemplo: Ondas em corda.

Uma onda no mar ou uma corda balançando possuem esta aparência. A característica principal
deste tipo de onda é a seguinte:

"A onda está propagando-se da esquerda para a direita, na horizontal, mas qualquer ponto da
corda move-se para cima e para baixo, na vertical (repare no movimento de subida e descida
da pontinha da corda). Como a direcção de propagação da onda é perpendicular, ou seja,
forma um ângulo de 90º com a direcção de oscilação de qualquer ponto sobre a corda, dizemos
que ela é transversal"

Vamos analisar um exemplo para que possamos entender melhor as ondas transversais. Imagine
uma praia com ondas. É fácil perceber que uma onda possui certa velocidade, e que ela inicia seu
movimento no oceano vindo terminar na praia. É claro portanto que elas podem mover-se de um
lugar para o outro. Se você estiver dentro da água, e uma onda passar por você antes dela
"estourar", que movimento seu corpo irá realizar?
Pense bem antes de responder.

Isso mesmo, seu corpo irá subir e depois descer. Se a onda ainda não estourou você não
conseguirá acompanhá-la, a direcção do seu movimento é diferente da direcção do
movimento dela. Ela vai para frente enquanto você sobe e desce. Ondas que fazem isso são
conhecidas como ondas transversais.

Ondas longitudinais: são aquelas cujas vibrações coincidem com a direcção de propagação
Ex1: Ondas no interior do Pistão

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Note que o pistão gera uma onda que se propaga da esquerda para a direita, e que qualquer
molécula de ar que esteja no caminho também irá se mover no sentido horizontal. Aqui a
direcção de propagação da onda coincide com a direcção de oscilação dos corpos que estiverem
no caminho dela. Este tipo de onda é conhecido como onda longitudinal. O som propaga-se
desta maneira.

Ex2: Ondas de Mola

6.3.2 Características das ondas

(Amplitude, velocidade, comprimento de onda, período e frequência)

Se você souber trabalhar com estes quatro parâmetros de uma onda, poderá resolver grande parte
dos problemas, exercício e testes que envolvem este assunto. Então, mãos à obra.

Amplitude (A)
Imagine um barquinho no oceano, e imagine que uma onda passe por ele (uma onda que ainda
não "estourou"). Obviamente o barquinho irá subir e descer. Pois bem, a amplitude da onda que
passou pelo barquinho é dada pelo quanto ele subiu ou desceu. Se por exemplo o barquinho subiu
5 cm, dizemos que a amplitude da onda que passou por ele é de 5 cm. Veja o desenho.

Note que no primeiro exemplo a amplitude da onda que faz com que o barquinho suba e desça é
maior que a amplitude da onda mostrada no segundo exemplo.

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O ponto mais alto da onda chama-se crista, e o ponto mais baixo denomina-se vale. Ao lado
você pode ver um barquinho na crista da onda e o outro no vale.

Velocidade (V)
Este conceito não é difícil de entender. Toda onda possui uma velocidade de propagação.
Geralmente a velocidade da onda depende muito do meio material onde ela está se movendo.
Para calcular a velocidade média basta usarmos o que já sabemos de cinemática. Precisamos
somente dividir a distância percorrida pelo pulso da onda pelo tempo.

Comprimento de onda (λ)

O comprimento de onda: representado pela letra λ (lambda), mede a distância entre duas cristas
consecutivas da mesma onda, ou então a distância entre dois vales consecutivos da mesma onda.
Além destas duas maneiras existe mais uma que você pode utilizar para determinar qual é o
comprimento de onda de uma onda. Tente descobrir observando o desenho acima.

Período (T) é o tempo que se demora para que uma onda seja criada, ou seja, para que um
comprimento de onda, seja criado. O período é representado pela letra T.

Frequência (f) representa quantas oscilações completas uma onda realiza a cada segundo.
Ou o número de cristas consecutivas que passam por um mesmo ponto, em cada unidade de
tempo.

Uma oscilação completa representa a passagem de um comprimento de onda (λ) .


Se por exemplo, dois comprimentos de onda passarem pelo mesmo ponto em um segundo,
dizemos que a onda oscilou duas vezes em um segundo, representando que a frequência dela é de
2 Hz.

Obs: Hertz (Hz) significa ciclos por segundo.

A relação entre frequência e período, que é muito importante no


estudo das ondas, é dada pela expressão ao lado.

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Equação fundamental das Ondas

Como um pulso se propaga com velocidade constante, podemos usar a expressão s = vt


e Substituindo s = λ, e t = T. Logo:

Essa igualdade é válida para todas as ondas periódicas – como o som, as ondas na água e a luz.

NB:
Cuidado com as unidades. É aconselhável o uso do Sistema Internacional, onde a velocidade é
dada em m/s, o comprimento de onda em metros e a frequência em Hertz. O período neste caso
ficaria em segundos.

Essa igualdade é válida para todas as ondas periódicas – como o som, as ondas na água e a luz.

Exercícios resolvidos

1. Duas ondas propagam-se no mesmo meio, com a mesma velocidade. O comprimento de onda
da primeira é igual ao dobro do comprimento de onda da segunda. Então podemos dizer que a
primeira terá, em relação à segunda:
a) mesmo período e mesma frequência;
b) menor período e maior frequência;
c) maior período e menor frequência;
d) menor período e menor frequência;
e) maior período e maior frequência.

RESPOSTA: c)

2. Um homem balança um barco no qual se encontra e produz ondas na superfície de um lago


cuja profundidade é constante até a margem, observando o seguinte:
1° - o barco executa 60 oscilações por minuto;
2° - a cada oscilação aparece a crista de uma onda;
3° - cada crista gasta 10s para alcançar a margem.
Sabendo-se que o barco se encontra a 9,0m da margem e considerando as observações anteriores,
pode-se afirmar que as ondas do lago têm um comprimento de onda de:
a) 6,6m
b) 5,4m
c) 3,0m
d) 1,5m
e) 0,90m

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RESPOSTA: E
3. O gráfico abaixo representa uma onda que se propaga com velocidade igual a 300m/s.
Determine:

a) a amplitude da onda;
A Amplitude da onda é dada pela distância da origem até a crista da onda, ou seja:

b) o comprimento de onda;
RESOLUÇÃO: O comprimento de onda é dado pela distância entre duas cristas ou entre dois
vales consecutivos, vejamos:

Como a medida na figura já está dividida em 6 (seis) partes iguais podemos calcular o valor da
medida de cada parte.
2,25Cm
= 0,375 Cm
6
1
Como 0,375 corresponde a deλ temos :
4
1
× λ = 0,375Cm
4
λ = 0,375Cm × 4
λ = 1,5Cm

c) a frequência;
Sabendo a velocidade de propagação e o comprimento de onda, podemos calcular a frequência
através da equação:

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Substituindo os valores na equação:

d) o período.
Como o período é igual ao inverso da frequência:

Exercícios

1. Qual é a velocidade de propagação de um movimento ondulatório, sabendo-se que o


comprimento de onda é 40 cm e a frequência é de 400 Hz ?
R: 160 m/s
2. Ondas propagam-se na superfície da água de um grande tanque. Elas são produzidas por
uma haste, cuja extremidade P, sempre encostada na água, executa movimento harmónico
simples vertical, de frequência 0,5 s-1.

a) Quanto tempo gasta o ponto P para uma oscilação completa?

b) Se as cristas de duas ondas adjacentes distam entre si 2,0 cm, qual a velocidade de
propagação dessas ondas ?
R: a) 2 s b) 0,01 m/s

3. Em um lago, o vento produz ondas periódicas que se propagam com a velocidade de 2


m/s. O comprimento de onda é de 10 m.

Determine o período de oscilação de um barco quando ancorado nesse lago;


R: 5 s

4. A figura a seguir mostra parte de duas ondas, I e II, que se propagam na superfície da
água de dois reservatórios idênticos. Com base nessa figura, pode-se afirmar que:

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a) a frequência da onda I é menor do que a da onda
II, e o comprimento de onda de I é maior que o de II.
b) as duas ondas têm a mesma amplitude, mas a
frequência de I é menor do que a de II.
c) as duas ondas têm a mesma frequência, e o
comprimento de onda é maior na onda I do que na
onda II.
d) os valores da amplitude e do comprimento de
onda são maiores na onda I do que na onda II.
e) os valores da frequência e do comprimento de
onda são maiores na onda I do que na onda II.

5. A figura representa uma onda mecânica. Cada quadradinho mede 1Cm de lado.

a) Determina a amplitude da onda;


b) Calcule o seu comprimento de onda.
c) Calcule a velocidade de propagação da onda sabendo que a sua frequência é de 2 Hz.

6. A figura representa uma onda do mar num dia de mau tempo na praia de Wimbe na
província de Cabo Delgado.

18 m

6m

a) Determine a amplitude das ondas;


b) Calcule o seu comprimento de onda;
c) Se as ondas propagam-se a uma velocidade de 4m/s, qual é a sua frequência?

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4. SECÇÃO IV - ELECTROMAGNETISMO

4.1 Objectivos da Unidade


• Identificar a presença de um campo magnético.
• Explicar as interacções magnéticas;
• Aplicar a Lei Qualitativa das interacções na resolução de exercícios.
• Explicar a utilização da bússola para orientação geográfica ;
• Explicar o funcionamento do electroíman .
• Identificar aplicações do electroíman

4.2 Introdução
As primeiras observações de fenómenos magnéticos são muito antigas. Acredita-se que estas
observações foram realizadas numa cidade da Ásia, denominada Magnésia e pelos gregos. Nesse
tempo, verificaram existência na região de um certo tipo de pedra que era capaz de atrair pedaços
de ferro.

Na actualidade, sabe-se que estas pedras são constituídas por um certo óxido de ferro e que se
denominam ímanes naturais. O termo magnetismos, usa-se até hoje, para designar o estudo das
propriedades destes ímanes, em virtude do nome da cidade da Magnésia onde foram descobertos
os fenómenos magnéticos.

Nesta secção terá o prazer de aprender conteúdos referentes ao:


• Campo Magnético.
• Lei Qualitativa das Interacções Magnéticas.
• Pólos Magnéticos de um Íman
• A Bússola e o Campo magnético terrestre
• Experiência de Oersted.
• O electroíman .

4.3 Electromagnetismo
O magnetismo desenvolveu com o estudo das propriedades dos ímanes. Antes nunca se
imaginara existir qualquer relação entre os fenómenos magnéticos e fenómenos eléctricos. No
século XIX, O físico Dinamarquês Hans Christian Oerested mostrou que há uma relação entre
a electricidade e magnetismo, contrariamente ao pensamento até a época.

Os fenómenos electromagnéticos baseiam-se no facto da capacidade da corrente eléctrica ser


capaz de produzir efeitos magnéticos. Por outras palavras, significa que duas cargas eléctricas
quando estão em movimento, aparece entre elas uma força denominada força magnética.

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Nota Histórica

Como dissemos no começo a existência dos magnetes na natureza há muitos séculos, cerca de
1100 A.C. é descoberto por um pastor ( pessoa que guarda, guia ou apascenta gado), chamado
Magnus. Este indivíduo , foi a primeira pessoa a sofrer efeitos da atracção da substância magnete.

Magnete: é uma substância que possui propriedades de atrair pedaços de ferro, de níquel ou de
cobalto. Também, importa realçar que na natureza encontra-se um minério de ferro que possui
propriedades idênticas a magnete e cientificamente chama-se magnetite, pedra-íman, ou pedra-
magnética, ou ainda simplesmente íman natural.

Deste modo, diremos que magnetismo é a força de atracção que um magnete exerce sobre pedaço
de ferro, de níquel ou de cobalto criando deste modo o campo magnético.

Íman: é toda substância que possui ou adquire a propriedade de atrair o ferro ou outros
elementos magnéticos. É importante saber que o íman pode ser natural ou artificial. Por outro
lado, o íman caracteriza-se por apresentar pólos, onde pólos de íman são dois, nomeadamente,
Polo-Norte e Polo-Sul .

Polarização magnética
Tomemos em consideração o seguinte exemplo:
- Colocando-se sobre uma folha de cartolina, ou de cartão, ou mesmo sobre um vidro, em
seguida, espalhemos, polvilhando com um pouco de limalha de ferro. Aproximando
suficientemente da limalha um magnete de forma rectangular, o magnete irá atrair a limalha para
as extremidades da barra metálica, ou por outra, a aproximação da barra magnética junto de
limalha de ferro, esta( limalha de ferro) irá se deslocar às extremidades da barra.

Inseparabilidade ( não separação) dos


Imanes
• Sabe-se que todo íman tem sempre dois
pólos;
• Também se sabe que não existe um pólo
isolado;

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Deste modo, facilmente se pode
compreender que partindo um íman em
dois pedaços, se obtêm dois ímanes
completos.

Tomemos em consideração o seguinte exemplo:

Suspendendo-se um magnete de forma rectangular ou de forma cilíndrica, por meio de um fio


capaz de girar em torno do centro, em simultâneo, que não sofra efeitos magnéticos (fio de nylon,
sisal, etc), de que fique em equilíbrio.

Neste exemplo, que também se pode experimentar em


sua casa dada a sua simplicidade desde que tenha o
material, observa-se que o magnete se orienta sempre na
mesma direcção que coincide aproximadamente com
direcção Norte-Sul da Terra. Em outras palavras,
significa que a extremidade da barra ou o pólo do
magnete que se orienta para o mesmo lado do pólo
Norte geográfico chama-se pólo norte do magnete e a
extremidade que se orienta para o lado Sul geográfico
chama-se pólo sul do magnete.

Em suma:
O pólo norte de um íman é aquela extremidade
que quando o íman gira livremente, aponta
para o sul geográfico da Terra. Ao passo que a
extremidade que aponta o norte geográfico da
Terra é o pólo sul do íman.

Na vida é possível que tenha experimentado aproximar ímanes e observou o seguinte:

1- Um íman de pólo norte e um outro também


do pólo norte repelem-se.

2- Um íman de pólo sul e um outro também do


pólo sul repelem-se.

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Dois ímanes de pólos contrários atraem-se

Em suma:

Os pólos de mesmo nome repelem-se e os pólos de nomes opostos traem-se.

4.4 A Terra é um grande íman

Durante muitos anos, vários filósofos e


cientistas tentaram encontrar uma explicação
para o facto de um íman ( como agulha
magnética de uma bússola) se orientar na
direcção norte-sulda da Terra.

A explicação que hoje se sabe ser correcta só veio a ser formulada no século XVII
pelo médico inglês, William Gilbert, sugeriu que a própria Terra fosse um iman permanente.
Na sua tese defende que a orientação de uma agulha magnética se deve ao facto da Terra se
comportar como grande íman. Segundo Gilbert, o pólo norte geográfico da Terra seria
também um pólo magnético que atrai a extremidade sul da agulha magnética. De modo
semelhante, o pólo sul geográfico da Terra se comporta como um pólo magnético que atrai o
pólo norte da agulha magnética. Em virtude destas forças de atracção, a agulha magnética (
ou quaisquer outro íman em forma de barra) tende a se orientar ao longo da direcção norte-
sul.

Deste modo, é fácil perceber que conforme a explicação feita, o pólo norte geográfico da
Terra é o pólo sul magnético( pois ele atrai o pólo norte da agulha) e o pólo sul geográfico da
Terra é um pólo norte magnético. Para efeitos magnéticos, pode-se imaginar a Terra como
grande íman.

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4.5 Definição do Campo Magnético

A toda região do espaço em volta do íman em que se faz sentir com maior ou menor intensidade
a acção magnética, chama-se campo magnético de um íman.

Assim pudemos, dizer que o campo magnético é o espaço ou a área de interacção de acções de
forças magnéticas e de fenómenos eléctricos, o que significa que um íman cria á sua volta , uma
região de influências.

O campo magnético é descrito através de um vector que se chama Vector indução magnético e
simboliza-se por B .

4.5.1 Linhas de força do campo magnético

Chamam-se linhas de força de um campo magnético a uma linha que em cada ponto é tangente ao
campo desse ponto.

Essa definição é idêntica à definição de linha de força do campo electrostático.


As características das linhas de força do campo magnético são as mesmas das linhas de força do
campo electrostático.

OU

Baseando-se na observação das figuras anteriores pode-se concluir que:

Duas linhas de força de um campo magnético nunca se cruzam. As linhas de força do campo
magnético produzido por uma única massa magnética seriam rectilíneas. E as do campo
produzido por mais que uma massa magnética são curvas. Como na natureza não existe uma
massa magnética isolada, mas elas existem aos pares, formando os ímãs, concluímos que as
linhas de força dos campos magnéticos dos ímãs são curvas.

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4.5.2 Campo magnético criado por um condutor rectilíneo

As linhas de campo são circulares e concêntricas ( com centro comum e raios diferentes) ao fio
por onde passa a corrente eléctrica e estão contidas num plano perpendicular ao fio. Conforme
ilustram as figuras que se seguem.

A figura seguinte mostra uma experiência electromagnética:

A figura mostra como podem ser obtidos os espectros magnéticos dos campos criados por
correntes: o condutor é colocado em série com um acumulador, que fornece corrente; um
reóstato, que controla a corrente; e uma chave, que abre e fecha o circuito.

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Num ponto A qualquer o vector campo tem o sentido
que concorda com o sentido das linhas de força, e é dado
pela regra do saca-rolhas, de Maxwell, ou pela regra do
observador, de Ampère, ou da mão direita. A figura a
direita, mostra as linhas de força do campo criado por
condutor rectilíneos, vistas de cima; o sentido assinalado
supõe que a corrente saia do papel.

4.5.3 O Campo criado por condutor rectilíneo

Uma corrente eléctrica de intensidade i


atravessando um condutor rectilíneo.
Suponhamos que esse condutor seja atravessado
por um cartão, colocado perpendicularmente ao
condutor rectilíneo. Colocando limalha de ferro
sobre o cartão, essa limalha se orientará no
campo magnético segundo as linhas de força do
campo. Observamos que a limalha de ferro se
distribui segundo circunferências concêntricas,
cujo centro está no próprio condutor. Isso mostra
que as linhas de força do campo magnético
criado pelo condutor rectilíneo são
circunferências concêntricas, com o centro no
próprio condutor.

Consideremos os seguintes exemplos:

1.Assinale as respostas verdadeiras.


a) O electromagnetismo ocupa-se dos campos magnéticos originados por correntes
eléctricas.
b) A causa do magnetismo são correntes eléctricas.
c) Da experiência de Oersted conclui-se que uma corrente eléctrica cria sempre a sua volta
um campo magnético.
d) Na regra dos dedos curvos da mão direita, o polegar indica o sentido da corrente e os
dedos curvam-se no sentido do campo magnético.
e) O campo magnético produzido por uma corrente rectilínea é constituído por
circunferências concêntricas, tendo o condutor como centro.
f) O campo magnético produzido por uma corrente circular é constituído por circunferências
concêntricas, tendo o condutor como centro.
g) O campo magnético produzido por uma corrente helicoidal (por uma bobina) é
constituído por linhas rectilíneas no interior do solenóide.

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Respostas dos exemplos anteriores

1. Assinale as respostas verdadeiras.


a) O electromagnetismo ocupa-se dos campos magnéticos originados por correntes
eléctricas.( V)
b) Da experiência de Oersted conclui-se que uma corrente eléctrica cria sempre a sua volta
um campo magnético.( V)
c) O campo magnético produzido por uma corrente rectilínea é constituído por
circunferências concêntricas, tendo o condutor como centro. ( V)
d) O campo magnético produzido por uma corrente circular é constituído por circunferências
concêntricas, tendo o condutor como centro. ( V)

Exercícios

1. Desenha vários ímanes que se atraem nas seguintes formas:


a) Anéis circulares num total de três (3).
b) Barras rectilíneas num total também de três (3).

2. Por meio de nylon, suspende-se um magnete de forma rectangular ou cilíndrica, de modo a que
fique em equilíbrio. Observa-se que o magnete orienta-se segundo uma direcção paralela à
direcção N-S geográfica.
a) Apresenta o fenómeno magnético descrito na situação acima( anterior).

3.Coloquemos dois ímanes frente a frente( identidade de sinais).


a) Que se observa?
b) Desenha as respectivas linhas de forças.

4.6 A bússola e o campo magnético

Sabe-se que colocando horizontalmente, um magnete, numa posição de equilíbrio, sempre se


orienta na direcção dos pólos magnéticos terrestres.
A tecnologia, aproveitando tal propriedade, cria aparelhos que permitem a orientação do
homem à superfície da terra, a sua navegação marítima ou aérea na realização de manobras
militares, exploração geológica (de minérios e petróleos) e desenvolvimento de turismo ( da
selva e marítimo), migrações, etc.
Estes aparelhos designam-se por compassos magnéticos ou de bússolas magnéticas.

Declinação magnética
Em cada ponto geográfico ( lugar) da terra, o ângulo formado pela linha Norte-Sul
geográfica com a linha Norte-Sul magnética denomina-se de declinação magnética desse
mesmo lugar ou ponto geográfico.

Por exemplo, ao longo da extensão territorial do nosso país( Moçambique), a declinação


magnética tem vários valores.

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Exercícios
1. Suponha que você possua alguns imanes nos quais assinalou quatro pólos com as letras A, B,
C e D:
• o pólo A repele o pólo B
• o pólo A atrai o pólo C
• o pólo C repele o pólo D

a) Desenhe os ímanes e identifique a sua polarização.


b) Desenhe os ímanes e as respectivas linhas de força.
c) Saiba que o pólo D é um pólo norte. Baseando-se nestas condições, então, que se pode
concluir correlação ao ponto B, que seja um pólo norte ou um pólo sul.

2. Um íman AB é partido em três pedaços, originando os novos ímanes AC, DE e FB.


d) Desenha e indique na figura o nome de cada um dos pólos A, B, C, D, E e F.
e) Desenhe os ímanes e as respectivas linhas de força.

3.a) O pólo norte de uma agulha magnética é atraído ou repelido pelo pólo norte geográfico
da terra? – Justifique a tua resposta.
b) O pólo sul geográfico da Terra é um pólo norte ou um pólo sul magnético?

4.a) Por que uma agulha magnética pode ser usada como bússola?
b) O que é o pólo norte de um íman? E o pólo sul?

4.7 Os três fenómenos electromagnéticos

Electromagnetismo é a parte da Electricidade que estuda certos fenómenos nos quais intervêm
corrente eléctrica e campo magnético: podemos chamar a esses fenómenos, fenómenos
electromagnéticos.
Os fenómenos electromagnéticos que à primeira vista parecem muito numerosos, na realidade
são três únicos fenómenos:
1o) Uma corrente eléctrica, passando por um condutor, produz um campo magnético ao redor
do condutor, como se fosse um ímã;
2o) Um condutor, percorrido por corrente eléctrica, colocado em um campo magnético, fica
sujeito a uma força;
3o) Suponhamos um condutor fechado, colocado em um campo magnético; a superfície
determinada pelo condutor é atravessada por um fluxo magnético; se, por uma causa qualquer
esse fluxo variar, aparecerá no condutor uma corrente eléctrica; esse fenómeno é chamado
indução electromagnética.

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4.8 Experiência de Oersted

A figura a direita, mostra como se pode realizar a


experiência de Oersted: um condutor rectilíneo
horizontal é colocado paralelamente a uma agulha
magnética. Esse condutor é ligado em série com os
seguintes elementos: um acumulador, que fornece
corrente; um reóstato, que controla a intensidade da
corrente; e um interruptor, para abrir e fechar o
circuito. Inicialmente, esta chave está aberta, e a
agulha se mantém paralela ao condutor na figura ao
lado. Quando se fecha o interruptor, passa corrente,
produz-se o campo magnético, e a agulha é desviada

Em 1819 o físico dinamarquês Oersted observou


que, quando a agulha de uma bússola é colocada
próxima de uma corrente eléctrica, essa agulha é
desviada de sua posição. Ora, uma agulha magnética,
suspensa pelo centro de gravidade, só entra em
movimento quando está em um campo magnético. O
deslocamento da agulha só se explica pela formação
de um campo magnético em torno do condutor
percorrido por corrente eléctrica. Foi essa a primeira
vez que se observou o aparecimento de um campo
magnético juntamente com uma corrente eléctrica.

A figura ao lado mostra como se pode realizar a


experiência de Oersted: um condutor rectilíneo
horizontal é colocado paralelamente a uma agulha
magnética. Esse condutor é ligado em série com os
seguintes elementos: um acumulador, que fornece
corrente; um reóstato, que controla a intensidade da
corrente; e um interruptor, para abrir e fechar o
circuito. Inicialmente, esta chave está aberta, e a
agulha se mantém paralela ao condutor

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Quando se fecha o interruptor, passa corrente,
produz-se o campo magnético, e a agulha é
desviada

Sentido do vector campo magnético

Analogamente ao caso de campo magnético criado por um íman,


quando o campo magnético é criado por corrente eléctrica
podemos determinar o módulo, a direcção e o sentido do vector
uur ur
( )
campo, H ≡ B , em um ponto.

Quando uma massa magnética sul é colocada num


campo magnético, o sentido da força que actua é
oposto ao sentido do campo

Concluímos que regra prática para sabermos o sentido do campo magnético em um ponto é
verificarmos o sentido em que se desloca uma massa magnética norte colocada nesse ponto.
Entre as diversas regras práticas existentes para assinalar esse sentido, existem a do observador
de Ampere, a do saca-rolhas, de Maxwell, e a da mão direita.

4.8 Electroiman

Um condutor com corrente funciona como um iman.


Foi a descoberta de Oerested que tornou possível a magnetização dos corpos de ferro por acção
de corrente eléctrica. Estes podem ser magnetizados ou dismagnetizados consoante se
estabelecem ou interrompa o circuito.

Sabemos que aumentando a intensidade da corrente, aumenta o campo magnético criado, por
exemplo, por uma bobina, mas, se aumentarmos o número de espiras, o campo magnético criado
será ainda mais forte.

Porém se colocarmos uma barra de ferro macio, no interior da bobina, o campo magnético
criando torna-se ainda mais intenso.
O conjunto constituido por uma ou mais bobinas com núcleo de ferro macio comporta-se como
um ímane extremamente forte, quando na bobina passa corrente eléctrica, recebendo por isso, a
designação de electroíman

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4.8.1 Aplicações de electroimanes

O estudo de electromagnetismo tem uma aplicação técnica e científica variável e importante no


desenvolvimento da humanidade. Tomemos em consideração os seguintes exemplos:

- campainha elétrica é um eletroíman que


usamos em casa, escola, serviços diversos para
alerta , isto é, comunicar ou informar a
presença de alguém junto do portão ou porta da
nossa casa, término da aula, etc;

- os guindastes de transporte de peças


de ferro ou aço, viaturas, etc;

• o galvanómetro é um amperímetro para correntes fracas que funciona baseando-se no


efeito de rotação que os campos magnéticos provocam nas espiras conduzindo corrente
eléctrica;
• motores da corrente contínua, nomeadamente, os ˝motores de arranque˝ de automóveis,
motores a pilha usados em carrinhos de ferro, helicópteros, aviões de brinquedo, etc.

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Exercicios de fixação
1. Assinale conforme sejam ( V ) as verdadeiras ou ( F ) as falsas, correlação aos
conhecimentos sobre os electroímanes.
a) Um electroíman é um solenóide ( enrolamento) no interior do qual se coloca uma
substância metálica que se designa por núcleo, que se usa geralmente ferro macio. ( V)
b) Os pólos magnéticos de sinais diferentes( contrários) repelem-se.( F)
c) O ferro macio demora menos tempo a magnétizar-se ou a desmanetizar-se. ( V)
d) O electroíman pode ser recto, como no caso do prego.( V)
e) O electroíman sempre se apresenta em forma de barra e apenas ferro macio. ( F)
f) O electroíman pode ser U, como no caso de ferradura.(V)

2. Assinale com X a afirmação incorrecta.


a) Num condutor rectilíneo, a passagem da corrente eléctrica cria um campo magnético
em todos níveis, que o sentido das suas linhas de indução é tal que um um observador
colocado segundo o eixo condutor, de tal modo que a corrente eléctrica lhe entre pelos pés
e saia pela cabeça, ver-se-á as linhas de indução circular da sua direita( o observador) para
a sua esquerda. ( )

6. Regra do observador do Ampere, diz que se o observador estiver colocado no plano do


condutor circular, olhando para o centro do mesmo e de modo que a corrente lhe entre
pelos pés e lhe saia pela cabeça, as linhas de indução seguirão da direita do observador
para a sua esquerda.( )

3.Determine o sentido do campo magnético produzido em cada caso.

a) b) c)
I I

b) I e)

Nota: Neste caso a corrente entra no plano Nota: Neste caso a corrente sai
da folha de papel. do plano da folha de papel.

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6. Represente o campo magnético no centro da espira circular.

I I

7. Assinale as afirmações correctas.


o O fluxo magnético que atravessa uma espira é maior quanto maior for o número
de linhas do campo magnético que atravessam a superfície da mesma.
o Quando aproximamos um imane de uma espira, o fluxo magnético aumenta.
• Quando afastamos um imane de uma espira, o fluxo magnético aumenta.

• Para que haja uma corrente induzida é necessário que haja uma variação do fluxo
magnético.
• Quanto mais rápida é a variação do fluxo magnético que atravessa uma bobina maior é a
intensidade da corrente induzida.
• Se ao aproximamos um imane de um solenóide ligado a um miliamperímetro, o ponteiro
deste se deslocar para a direita, ao retirarmos o imane o ponteiro deverá deslocar-se para a
esquerda.
• A Lei de Lenz diz que a corrente induzida tem um sentido tal que pelos seus efeitos tende
a ajudar a causa que a originou.

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5. SECÇÃO V - MOVIMENTO RECTILÍNEO UNIFORMEMENTE
VARIADO (MRUV)

5.1 Objectivos da Unidade

• Caracterizar o Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado


• Explicar as leis do Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado
• Identificar as equações do Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado
• Construir gráficos do Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado
• Interpretar gráficos do Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado
• Aplicar as equações do Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado na resolução de
exercícios concretos.
• Representar graficamente o Movimento rectilíneo uniformemente Variado

5.2 Introdução
Bem vindo ao estudo da 5ª Secção de estudo da 10ª Classe via Educação à Distância.

Nela, trata-se do Movimento Rectilíneo Uniformemente Acelerado ( MRUA),


Movimento Rectilíneo Uniformemente Retardado ( MRUR), Queda livre dos corpos e do
lançamento vertical de um Projéctil. Como em todas em outras secções, nela encontrará,
conteúdos desenvolvidos que incluem equações e gráficos de espaço em função do tempo (
S × t ), velocidade em função do tempo ( v × t ) e aceleração. Encontrará ainda exemplos de
resolução de problemas, tarefas resolvidas e não resolvidas.

O seu estudo consistirá em ler os conteúdos desenvolvidos, estudar com atenção os exemplos
resolvidos, resolver inicialmente as tarefas resolvidas e posteriormente a ficha de correcção que
consta das ultimas páginas deste caderno de estudo e, finalmente realizar a resolução de
exercícios não resolvidos, onde sempre aconselhamos em caso de dificuldades a consulta de
colegas do grupo estudo, da turma, o docente de Disciplina e outras entidades ou indivíduos que
se mostram capazes de satisfazer as suas preocupações, ou dúvidas, ou ainda dificuldades.

Mãos a obra!
Estamos sempre consigo, lado a lado!

A partir de agora, passaremos a estudar um tipo de movimento em que a velocidade não é mais
constante. Este movimento denomina-se movimento rectilíneo uniformemente variado (MRUV).
Aqui os corpos em movimento adquirem aceleração constante, isso significa que a velocidade
varia de uma forma uniforme.
Ex:
• Queda livre dos corpos
• Lançamento vertical dos corpos

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Então, é chamado movimento rectilíneo uniformemente variado (MRUV) quando a
trajectória é uma recta e a velocidade varia linearmente com o tempo, isto é, a aceleração é
constante.

.
A queda livre no ar
Todo objecto cai directamente se solto no espaço com velocidade inicial zero, desde que não
tenha um formato que o faça flutuar no ar. A Terra atrai os objectos através da aceleração da
gravidade.

Queda livre no vácuo


Num ambiente sem ar, não há a resistência do ar e os objectos são apenas atraídos pela aceleração
da gravidade.

Avião descolando
Na cabeceira da pista, o avião inicia um movimento acelerado de modo a vencer a atracão que a
Terra exerce, flutua no ar usando as suas linhas aerodinâmicas

Um carro de corrida
Nos trechos rectos, um carro de corrida locomove-se em movimento rectilíneo acelerado até
atingir altas velocidades

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Velocidade
Determinemos, agora, a expressão que relaciona velocidade e o tempo no MRUV. Para isso
faremos algumas considerações iniciais.
Observa o esquema abaixo:

• O móvel parte com velocidade inicial V0 no instante t = 0;


• Num instante t qualquer ele estará com velocidade V.

Dedução

Partindo da definição da aceleração: ∆V V2 − V1


a= =
∆T t 2 − t1
Aplicando as observações descritas acima, temos: V − V0
a=
t − t0
Simplificando a expressão, temos que: a.t = v – v0
Isolando a velocidade V, fica v0 + a.t = v

Portanto velocidade no MRUV é dada por: V = V0 + a . t

Se o corpo estiver diminuindo a sua velocidade linearmente com o tempo, diz-se que o
movimento e uniformemente retardado cuja equação e V = V 0 − at

Quando o corpo parte do repouso a equação das velocidades reduz-se a:

1. Movimento uniformemente acelerado: V = at


2. Movimento uniformemente retardado: V = − at

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Exercícios resolvidos

CALCULO DA VELOCIDADE E DA ACELERACAO

1. Um móvel realiza um MRUV e sua velocidade varia com o tempo de acordo com a função:

V = -20 + 4t (SI)
Determine:
a) A velocidade inicial e a aceleração escalar;
b) A sua velocidade no instante t = 4 s
c) O instante em que atingirá a velocidade de 20m/s;
d) O instante em que ocorrerá a inversão de sentido do movimento.

2. Um ponto material parte do repouso com aceleração constante e 4 s depois tem velocidade de
108 Km/h. Determine sua velocidade 10 s após a partida.

Gráfico da velocidade em função do tempo (SxT)

No caso do MRUV velocidade é:

V = v0 + a.t

Observamos que a função é do 1o grau, portanto o gráfico será uma recta crescente ou
decrescente.

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Gráfico da aceleração em função do tempo (a x t)

No MRUV a aceleração é constante, e portanto o gráfico será uma recta paralela ao eixo t.

Espaço em função do tempo ( SxT)


Precisamos encontrar uma função que nos forneça a posição do móvel em qualquer instante num
Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado. Considerando que móvel realiza um MRUV e
está partindo, no instante t = 0, do espaço inicial S0 com velocidade inicial S0 com velocidade
inicial V0 e aceleração a, passemos a demonstrar a função horária S = f(t).

Dedução

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Ou seja:

No caso em que o móvel se desloca diminuindo uniformemente da sua velocidade durante um


intervalo de tempo, tem-se chamado movimento uniformemente retardado cuja equação de
1 2
S × T e: S = S 0 + v0 t − a t
2
Se o corpo parte de repouso estas equações reduzem-se a:
1 2
1. Movimento uniformemente acelerado: S = a t
2
1 2
2. Movimento uniformemente retardado S = − a t
2

Sabemos que essa função é do 2º grau e nos fornecerá a posição do móvel num instante qualquer.

Exercícios resolvidos

Gráficos do MRUV

1. Escreva as equações de S × T e de V × T
a) quando movimento e uniformemente acelerado;
b) para o movimento uniformemente retardado;

2. Esboce os gráficos
a) Da V × T para os movimentos uniformemente acelerado e retardado;
b) Do S × T para o movimento uniformemente retardado;
c) Da a × t para os movimentos uniformemente acelerado e retardado;

3. Um corpo movimenta-se de acordo com a lei seguinte:

S = 3 + 2t – t2 (SI)
Determine:

a) O espaço inicial, a velocidade inicial e a aceleração;


b) A velocidade inicial;
c) O espaço e a velocidade do móvel no instante 2 s;
d) O instante em que o móvel inverte o sentido do movimento;
e) O instante em que o móvel passa pela origem dos espaços;

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Nota: a, b ,c são coeficientes reais da equação quadrática S = 3 + 2t – t2
R: O móvel passa pela origem no instante t = 3s

2. Um veículo parte do repouso entra em movimento rectilíneo e acelera a 2 m/s2. Pode-


se dizer que sua velocidade e a distância percorrida, após 3 segundos, velem,
respectivamente:

a) 6 m/s e 9 m; b) 6 m/s e 18 m; c) 3 m/s e 12 m;


d) 12 m/s e 36 m; e) 2 m/s e 12 m.

Gráfico do espaço em função do tempo ( S x t )

O gráfico correspondente aos espaços em função do tempo está mostrado abaixo.

Quando a velocidade não varia linearmente com o tempo, o espaço pode ser calculado por somas
sucessivas de áreas, só tendo o cuidado de escolher convenientemente os intervalos de tempo.
Devem ser bem pequenos de modo que as aproximações feitas não resultem em erros muito
grandes.

Propomos, na parte experimental, o estudo de um movimento rectilíneo uniformemente variado


partindo de medições de espaços percorridos em função do tempo. Uma vez obtidos os dados dos
espaços em função do tempo, vamos obter as velocidades correspondentes e as acelerações em
função do tempo.

Como exemplo de procedimento de análise, veja o exemplo abaixo. Suponha um veículo que
parte do repouso em t = 0 e percorre uma pista rectilínea. Foram medidos os instantes
correspondentes à passagem desse veículo por marcos previamente fixados ao lado da pista. Os
dados obtidos estão na Tabela 1 e no Gráfico.

Tabela 1 - Espaços em MRUV Gráfico 1: s x t

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s(m) t(s)
100 10,31
200 14,84
300 18,18
500 23,35
700 27,76
900 31,23

Note que foi traçada uma curva média pelos pontos. não ligue os pontos obtidos com segmentos
de recta. trace a curva média.

Em cada intervalo de tempo , calcula-se a variação do espaço para obter a velocidade


média nesse intervalo . Esta velocidade é a velocidade instantânea no instante
intermediário do intervalo considerado. Veja no Gráfico 2 e na Tabela 2 os valores
correspondentes das velocidades. Escolhemos o intervalo de tempo = 5s. Observe
especialmente os intervalos de tempo escolhidos no Gráfico 1 e no Gráfico 2. Calcule e confira
com os valores indicados!

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Questionário

1. Dê um exemplo que caracterize o movimento retilíneo uniformemente acelerado.

2. Explique o que é aceleração.


.
3. Qual e a formula do calculo da aceleração de um corpo em movimento?

4. Escreva as equacoes
a) Do espaco para o MUA;
b)Do espaco para MUR;
c) Da velocidade para o MUA;
d)Da velocidade para o MUR;

5. Um corpo parte do repouso aumenta uniformemente a sua velocidade.


a) Escreva as equacoes dos espacos e das velocidades deste corpo;
b) Esboce os graficos dos espacos, das velocidades e da aceleracao em funcao do tempo;

6.Um automóvel parte do estacionamento e é acelerado ate 4,5m/s2. Calcule a sua velocidade 32
segundos após a sua partida.

7. Um trem desenvolve a velocidade de72km/h. ao frear, a desaceleração é de 0,5m/ s2.


Determine o intervalo de tempo que o trem demora para parar.

8. Um ponto material move-se variando a sua velocidade de acordo com a lei v=30-10t, onde v é
expresso em m/s e t, em s.
a) Qual e a velocidade inicial deste ponto material?
b) Determina a sua aceleração ?
c) Calcula a velocidade do ponto ninstante t=6s?
d. Qual o instante em que o ponto material atinge v=-20m/s?
e) Escreva a equação da posição.

9) A função horária das posições de um corpo em movimento é S=24-11t+t2, onde S é expresso


em metros e t é em segundos. Determine:
a) A posição inicial do movel;
b) A velocidade inicial;
cA a aceleração;
d) A posição do movel no instante et=2s;
e) O instante em que o móvel passa pela origem dos espaços.

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GUIA DE CORRECCAO DE EXERCICIOS RESOLVIDOS

VELOCIDADE E ACELERACAO NO MRUV

1.a) A velocidade inicial e − 20 m


s

b) Re solucao :
Dado : v = −20 + 4t = −20 m + 4 m • 4s = −20 + 16 m = −4 m
s 2
s s
t = 4s s
v = −20 + 4t

c) Re solucao
D ados v = −20 + 4t ⇔ 20 m = −20 m + 4t ⇔ (20 + 20 = 4t ⇔ 40 m = 4t
s s s
v = 20 m
40  m s 
2
s
⇒t =  s • m = s  = 10 s
v == −20 + 4t 4  
t−?

Dados : Re solucao :
v=0
20  
2

v = −20 + 4t ⇔ 0 = −20 + 4t ⇔ 20 m = 4t ⇒ t = m • s
d)
v = −20 + 4t = s = 5s
s 4 s m

2. Re solucao :
Dados : v = at
108000m
a = v1 =
30
v = 108 km h =
1
3600s
= 30 m
s = 7,5 m 2
t 1
4 s
t = 4s
1
m 
t = 10s ⇒ v 2 = at 2 = 7,5 • 10  2 • s = m  = 75 m
2
 s s s

v −? 2

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GUIA DE CORRECÇÃO DE EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Graficos de S × T e de V × T

1.
a)Gráficos da velocidade em função do tempo

Movimento Movimento
uniformemente acelerado Uniformemente retardado

b)Gráfico do espaço em função do tempo

Movimento uniformemente acelerado

c)Gráficos da aceleração em função do tempo

Movimento Movimento
uniformemente acelerado Uniformemente retardado

Instituto de Educação Aberta e à Distância 92


2. Esboce os gráficos
a) Do S × T e da V × T para o movimento uniformemente acelerado.
b) Do S × T e da V × T para o movimento uniformemente retardado.

3.o movimento de uma partícula obedece a seguinte equação


S = 3 + 2t – t2 (SI)
Determine:

a)R: O espaço inicial e igual a 3m


b)R: A velocidade inicial desenvolvida pelo móvel e 2 m
s
c)
Dados :
t = 2s
s −?
v−?

S = 3 + 2t − t = 3 + 2 m • 2s − 1 m
2
s
s
2 • (2s ) = 3 + 4 − 4m = 3m
2

v = v − at = 2 m − 1 m • 2 s = (2 − 2 ) m = 0 m
s 2
s s
s
d) R: O móvel inverte o sentido da marcha no instante t = 2 s

e)
Daodos : Re solucao
2
S = 0m 3 + 2t − t = 0
2
S = 3 + 2t − t a = −1
t −? b=2
c=3
2
∆ = b − 4ac = 4 − 4 × (− 1) × 3 = 4 + 4 × 3 = 16
−b± ∆
t 1, 2
=
2a
− 2 ± 16 − 2 ± 4
t1, 2 = − 2 = − 2
−2+4 −2−4 6
t1 = − 2 = −1s e t 2 = − 2 = 2 = 3s

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Nota: a, b, c são coeficientes reais da equação quadrática S = 3 + 2t – t2
R: O móvel passa pela origem no instante t = 3s
Dados : Re solucao
a=2 m 2 v = at
s
v=2 m × 3s = 6 m
2
s
s
t = 3s
2
at
v−? S=
2
2×9 m s 
2

S −? S=   = 9m
2  s2 

b) 6 m/s e 9 m; b) 6 m/s e 18 m; c) 3 m/s e 12 m;


d) 12 m/s e 36 m; e) 2 m/s e 12 m.

R: A velocidade e o espaço valem o conteúdo de a).

Instituto de Educação Aberta e à Distância 94


Bibliografia

Alvarenga, Beatriz; Máximo, António Curso de Física. Volume 2, 2ª Edição

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080212123032AAg2hJI

http://www.demat.ist.utl.pt/educacao/licenciaturas/fisica1/fisica1.html

http://www.scientificcircle.com/pt/41473/fisica-oscilacoes-mecanicas-instrumentos-musicais-
exemplo/

http://ww2.unime.it/weblab/awardarchivio/ondulatoria/ondas.htm

http://efisica.if.usp.br/otica/universitario/ondas/

http://efisica.if.usp.br/otica/universitario/ondas/intro/

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