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Objectivos .......................................................................................................................... 11
Sumário .............................................................................................................................. 11
Resumo .............................................................................................................................. 11
Bibliografia ......................................................................................................................... 11
TIPIFICAÇÃO SANGUÍNEA ............................................................................................................... 12
Objectivos .......................................................................................................................... 12
Introdução .......................................................................................................................... 12
Requisitos .......................................................................................................................... 15
Procedimento ..................................................................................................................... 15
Interpretação ...................................................................................................................... 15
Questionário ....................................................................................................................... 16
Bibliografia ......................................................................................................................... 16
REGISTO DE ECG ............................................................................................................................... 17
Objectivos .......................................................................................................................... 17
Introdução .......................................................................................................................... 17
Requisitos .......................................................................................................................... 19
Procedimento ..................................................................................................................... 19
Questionário ....................................................................................................................... 19
Bibliografia ......................................................................................................................... 20
INTERPRETAÇÃO DO ECG .............................................................................................................. 21
Objectivos .......................................................................................................................... 21
Introdução .......................................................................................................................... 21
Requisitos .......................................................................................................................... 22
Interpretação ...................................................................................................................... 22
Questionário ....................................................................................................................... 27
Bibliografia ......................................................................................................................... 27
PULSO ARTERIAL E AUSCULTAÇÃO CARDÍACA .................................................................... 28
Objectivos .......................................................................................................................... 28
Introdução .......................................................................................................................... 28
Requisitos .......................................................................................................................... 31
Procedimento ..................................................................................................................... 32
Experiência 1 – Avaliação do Pulso Arterial Periférico .................................................... 32
Experiência 2 – Auscultação Cardíaca .................................................................................. 32
8
Questionário ................................................................................................................................... 34
Bibliografia ...................................................................................................................................... 34
MEDIÇÃO CLÍNICA DA PRESSÃO ARTERIAL ............................................................................. 35
Objectivos .......................................................................................................................... 35
Introdução .......................................................................................................................... 35
Medição Indirecta da Pressão Arterial ................................................................................ 36
Recomendações .......................................................................................................................... 37
Método de Medição Indirecta ................................................................................................... 39
Erros na Medição ........................................................................................................................ 40
Requisitos .......................................................................................................................... 40
Procedimento ..................................................................................................................... 41
Método Palpatório (de Riva–Rocci) ........................................................................................ 41
Método Auscultatório (de Korotkoff) ..................................................................................... 41
Interpretação ...................................................................................................................... 42
Questionário ....................................................................................................................... 43
Bibliografia ......................................................................................................................... 43
Anexo ................................................................................................................................. 44
AUSCULTAÇÃO PULMONAR E OXIMETRIA DE PULSO .......................................................... 45
Objectivos .......................................................................................................................... 45
Introdução .......................................................................................................................... 45
Experiências ....................................................................................................................... 47
Auscultação Pulmonar ..................................................................................................... 47
Requisitos ....................................................................................................................................... 47
Procedimento ................................................................................................................................. 47
Interpretação .................................................................................................................................. 48
Oximetria de Pulso ........................................................................................................... 48
Requisitos ....................................................................................................................................... 49
Procedimento ................................................................................................................................. 49
Interpretação .................................................................................................................................. 50
Questionário ....................................................................................................................... 50
Bibliografia ......................................................................................................................... 50
ESPIROMETRIA ................................................................................................................................... 51
Objectivos .......................................................................................................................... 51
Experiências ....................................................................................................................... 54
9
1. Espirometria Básica (Capacidade Vital Lenta) ........................................................ 54
2. Capacidade Vital Forçada ......................................................................................... 55
Questionário ....................................................................................................................... 57
Bibliografia ......................................................................................................................... 57
MOTILIDADE E SECREÇÃO NO TUBO DIGESTIVO ................................................................... 58
Objectivos .......................................................................................................................... 58
Sumário .............................................................................................................................. 58
Resumo .............................................................................................................................. 59
Bibliografia ......................................................................................................................... 59
DIGESTÃO E ABSORÇÃO NO TUBO DIGESTIVO ...................................................................... 60
Objectivos .......................................................................................................................... 60
Sumário .............................................................................................................................. 60
Resumo .............................................................................................................................. 60
Bibliografia ......................................................................................................................... 60
CLEARANCE RENAL.......................................................................................................................... 61
Objectivos .......................................................................................................................... 61
Introdução .......................................................................................................................... 61
Exercícios ........................................................................................................................... 65
Exercícios sobre o Fluxo Sanguíneo Renal e a Taxa de Filtração Glomerular................... 65
Exercícios sobre o Clearance Renal .......................................................................................... 68
Bibliografia ......................................................................................................................... 69
REGULAÇÃO RENAL DE SÓDIO, POTÁSSIO E CÁLCIO ......................................................... 70
Objectivos .......................................................................................................................... 70
Sumário .............................................................................................................................. 70
Resumo .............................................................................................................................. 71
Bibliografia ......................................................................................................................... 71
FISIOLOGIA DO ESFORÇO E TEMPERATURA ........................................................................... 72
Objectivos .......................................................................................................................... 72
Introdução .......................................................................................................................... 72
Requisitos .......................................................................................................................... 73
Procedimento ..................................................................................................................... 73
Interpretação ...................................................................................................................... 74
Questionário ....................................................................................................................... 75
Bibliografia ......................................................................................................................... 75
10
IMUNIDADE ADQUIRIDA
Objectivos
Que os estudantes sejam capazes de:
Geral
1. Explicar os mecanismos de gênese, activação e acção dos componentes da
imunidade adquirida.
Específicos
1. Descrever os mecanismos de gênese e activação da imunidade humoral.
2. Explicar os mecanismos de acção dos anticorpos.
3. Descrever os mecanismos de gênese e activação da imunidade celular.
4. Explicar os mecanismos de acção dos linfócitos T.
5. Descrever os tipos de imunização e de vacinas.
6. Explicar o processo de tolerância imunológica.
Sumário
1. Imunidade adquirida
1.1. Definição
1.2. Tipos
2. Imunidade Humoral
2.1. Componentes
2.2. Gênese
2.3. Activação
2.4. Mecanismo de acção dos anticorpos
3. Imunidade Celular
3.1. Componentes
3.2. Gênese
3.3. Activação
3.4. Mecanismo de acção dos linfócitos T
4. Imunização
5. Tolerância Imunológica
Resumo
A Imunidade Adquirida é um mecanismo de defesa específico do corpo humano ante
a invasão de um agente infecioso, sendo caracterizada pela mediação de linfócitos B
e T após a exposição a um antigénio específico, e pela formação da memória
imunológica. Pode resultar da exposição prévia a um agente infeccioso ou seus
elementos, por uma infecção ou uma vacina (Imunidade Activa), ou da transferência
de anticorpos ou linfócitos de um doador imune à um receptor não-imune (Imunidade
Passiva).
Bibliografia
1. Hall JE; Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica; 12ª Edição; Elsevier; RJ; 2011
11
TIPIFICAÇÃO SANGUÍNEA
Objectivos
Que no final da aula, os estudantes sejam capazes de:
Geral
1. Identificar o tipo sanguíneo de um indivíduo mediante a reacção de aglutinação
antígeno-anticorpo.
Específicos
1. Definir grupo sanguíneo.
2. Definir aglutinogénio e aglutinina.
3. Descrever os tipos de sangue segundo os sistemas A-B-O e Rh.
4. Descrever a origem e a localização dos aglutinogénios e das aglutininas.
5. Explicar o papel e a técnica da tipificação sanguínea
6. Realizar a técnica de tipificação sanguínea.
7. Interpretar os resultados de uma tipificação sanguínea.
8. Explicar a fisiopatologia de uma reacção transfusional.
Introdução
Toda reacção imunológica (específica) é desencadeada pela exposição a um
determinado antígeno.
12
Do ponto de vista laboratorial, define-se Grupo Sanguíneo, ao conjunto de todos os
sangues que não aglutinam entre si e que possuem em relação aos restantes sangues,
as mesmas propriedades aglutinantes.1
Aglutinogénios
Sistema A-B-O
Sistema Rh
No sistema Rh, existem seis tipos de antígenos ou factores Rh, designados por C, c,
D, d, E e e. Cada pessoa desenvolve apenas um dos factores dos 3 pares de antígenos,
sendo o antígeno D, o mais antigénico. O indivíduo que apresenta o antígeno D é
considerado Rh+ (positivo) e o que não apresenta, Rh- (negativo). 2
Aglutininas
13
Aglutinogénios e Aglutininas dos Grupos
Sanguíneos do Sistema A-B-O
Aglutinogénios Aglutininas
Grupo Sanguíneo
O ----- Anti-A e Anti-B
A A Anti-B
B B Anti-A
AB A+B -----
Fonte: Guyton & Hall; Tratado de Fisiologia Médica; 12ª edição
Aloimunização
Aglutinação
Reacção Transfusional
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Requisitos
Observador e sujeito de experiência
Campo estéril
Luvas estéreis
Marcador
Lâminas de vidro
Varetas de vidro
Soros de prova (anti-AB, anti-A, anti-B e anti-D)
Algodão
Álcool a 96º
Lanceta estéril
Procedimento
1) Lavar as mãos (observador e sujeito de experiência);
2) Calçar as luvas (observador);
3) Com o marcador, identificar as lâminas designando-as de Anti-AB, Anti-A, Anti-B e
Anti-D;
4) Colocar uma gota de cada soro na respectiva lâmina;
5) Com algodão embebido em álcool, desinfectar cuidadosamente a polpa do dedo
anelar do sujeito de experiência
6) Com a lanceta, puncionar a polpa do dedo até que saia sangue;
7) Pressionar a extremidade da polpa e colocar uma a duas gotas de sangue em cada
lâmina;
8) Com a vareta de vidro, misturar o sangue com o soro
9) Passados alguns minutos observar as lâminas para constatar se houve ou não
aglutinação; geralmente a aglutinação com o soro anti-D é mais difícil de observar
(aglutinados de menores dimensões) e demora mais tempo (cinco ou mais minutos).
Interpretação
A tipificação sanguínea visa a identificação do tipo de aglutinogénio das hemácias, e
com isto o tipo sanguíneo, mediante a reacção com as aglutininas dos soros. A
aglutinação das hemácias é sinal de reacção positiva (+) e a sua ausência, de reacção
negativa (-).
Para o sistema A-B-O, observar a reacção com os soros anti-AB, anti-A e anti-B.
O sangue do tipo O não tem aglutinogénios, logo não reage com os soros;
O sangue do tipo A tem aglutinogénio A, logo reage com o soro anti-AB e anti-A;
O sangue do tipo B tem aglutinogénio B, logo reage com o soro anti-AB e anti-B;
O sangue do tipo AB tem aglutinogénios A e B, logo reage com todos soros.1
15
Resultados da Tipificação Sanguínea
Grupo
Soros
Sanguíneo
Anti-AB Anti-A Anti-B
O - - -
A + + -
B + - +
AB + + +
Para o sistema Rh, a reacção positiva (+) com o soro Anti-D determina o grupo Rh+.
Soros
Experiência Anti-AB Anti-A Anti_B Anti-D Grupo Sanguíneo
1
2
Questionário
1. Defina grupo sanguíneo.
2. Defina e classifique aglutinogénio e aglutinina.
3. Explique a origem dos aglutinogénios e aglutininas do sangue.
4. Diga os tipos sanguíneos do sistema ABO e Rh.
5. Defina transfusão sanguínea e descreva a sua importância.
6. Explique a importância da tipificação sanguínea.
7. Descreva o dador e receptor universal. Justifique.
8. Explique a fisiopatologia da reacção transfusional.
9. Explique a fisiopatologia da eritroblastose fetal.
Bibliografia
1. Fresta M et al; Textos de Apoio: Guia Teórico-Prático de Fisiologia; 1986
2. Hall JE; Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica; 12ª Edição; Elsevier; RJ; 2011
3. Fauci A et al; Harrison´s Principles of Internal Medicine; 18ª Edição; McGraw Hill; 2008
16
REGISTO DE ECG
Objectivos
Que no final da aula, os estudantes sejam capazes de:
Geral
Específicos
1. Definir electrocardiograma.
2. Mencionar a importância fisiológica e clínica do ECG.
3. Definir derivação electrocardiográfica.
4. Descrever os eléctrodos referentes a cada uma das derivações do ECG padrão.
5. Identificar as áreas onde os eléctrodos devem ser colocados.
Introdução
O Electrocardiograma (ECG) é o registo gráfico das forças eléctricas geradas pelo
coração, detectadas e captadas pelos eléctrodos e registados por um galvanómetro. A
história do ECG, remonta de 1902 quando Willem Einthoven registou uma corrente
eléctrica do coração utilizando um galvanómetro. Desde então, a electrocardiografia
avançou em muitas direcções.
O ECG é frequentemente usado para diagnosticar o aumento das câmaras, anomalias
de condução (bloqueio cardíaco), arritmias, enfarte do miocárdio, efeitos
farmacológicos, alterações electrolíticas e muitas outras anomalias.
Outras aplicações da tecnologia electrocardiográfica mais avançada incluem a prova
de esforço para o diagnóstico de doença das artérias coronárias, a monitorização de
telemetria/Holter e o estudo electrofisiológico para o diagnóstico e tratamento de
arritmias.
O ECG convencional de doze derivações regista a actividade eléctrica do coração a
partir de doze pontos diferentes. Cada derivação fornece uma imagem única dos
impulsos eléctricos transmitidos do coração para a superfície do corpo. Uma derivação
electrocardiográfica, corresponde ao circuito formado entre dois eléctrodos e seus fios,
ligados ao electrocardiográfo.
Das doze derivações do ECG convencional, três são bipolares e os seus eléctrodos se
localizam nos membros (DI, DII, DIII). Elas medem a diferença de potencial entre um
eléctrodo positivo e um eléctrodo negativo.
As nove derivações restantes, são consideradas unipolares, sendo três destas, dos
membros ou periféricas (aVR, aVL e aVF – Fig 1) e as outras seis, do tórax ou pré-
cordiais (V1, V2, V3,V 4,V 5 e V 6 – Fig 2). As derivações unipolares medem a diferença de
potencial entre um eléctrodo indiferente (potencial zero) e um eléctrodo explorador
(positivo).
17
As derivações têm os seus eléctrodos localizados nas seguintes áreas:
18
Fig 2 – Eléctrodos precordiais
Requisitos
Electrocardiógrafo
Eléctrodos
Gel e álcool
Marquesa
Experimentador e sujeito de experiência
Procedimento
1. O sujeito deve retirar a roupa que cobre o tronco, deitar-se na marquesa e o
experimentador deve fazer a limpeza da área precordial com álcool.
2. O experimentador deve colocar os eléctrodos de acordo as figuras 1 e 2.
3. O experimentador deve fazer a identificação do sujeito no electrocardiógrafo.
4. O experimentador deve iniciar o registo electrocardiográfico.
Questionário
1. Qual é a importância clínica do ECG?
2. Quantos e quais são os eléctrodos usados para o registo electrocardiográfico?
3. «No ECG convencional, as derivações bipolares têm os seus eléctrodos
posicionados nos membros». Comente esta afirmação.
4. O que acontece ao traçado electrocardiográfico se existir troca de cabos, por ex.
entre os eléctrodos do antebraço direito e esquerdo?
19
Bibliografia
1. Biopac Student Laboratory Manual; 2000; pág. 2-17.
2. Fresta M et al; Textos de apoio: Guia teórico-prático de Fisiologia; 1986
3. Hall JE; Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica; 12ª Edição; Elsevier; RJ; 2011 .
4. DeGowin & DeGowin. Exame Clínico. 6ª Edição, Mc Graw-Hill, Portugal, 1999, 357-368.
5. Lopes. J.A. Manual de Exploração (Propedêutica clínica).
6. Report of Committee on Electrocardiography, American Heart Association;
Recommendations for standardization of leads and of specifications for instruments in
electrocardiography and vectorcardiography.Circulation 1967; 35: 583-602.
7. Sociedade Brasileira de Cardiologia, Directriz de interpretação de electrocardiograma de
repouso, Arq. Brás. Cardiol. Volume 80, (suplemento II); 2003.
20
INTERPRETAÇÃO DO ECG
Objectivos
Que no final da aula, os estudantes sejam capazes de:
Geral
1. Interpretar de forma básica um traçado eletrocardiográfico normal.
Específicos
1. Identificar os componentes de um traçado normal.
2. Caracterizar os componentes de um traçado normal.
3. Relacionar cada componente do traçado com o ciclo cardíaco.
4. Descrever as características da calibração padrão e do papel milimétrico utilizado
no registo de ECG.
5. Determinar o ritmo, a frequência cardíaca e o eixo eléctrico médio normal.
Introdução
O electrocardiograma (ECG) é um gráfico obtido a partir de potenciais eléctricos com
origem no coração e que são captados à superfície do corpo. Os potenciais são
captados por eléctrodos metálicos ligados aos membros e à parede torácica e depois
são amplificados e registados pelo electrocardiógrafo.
Deve-se notar que no ECG apenas são registadas diferenças de potencial instantâneas
entre os eléctrodos.
Apesar das suas limitações, o ECG é o exame auxiliar mais usado no diagnóstico de
doenças cardíacas. Isto resulta do facto de ser um exame não invasivo, barato e
versátil.
21
Requisitos
1. Um electrocardiograma normal
2. Régua de ECG
Interpretação
Para se interpretar um ECG, é indispensável que se saiba previamente a morfologia
normal, o significado dos componentes do ECG, e que se cumpra com determinados
princípios.
Onda: é uma deflexão de valor positivo (quando apresenta convexidade para cima)
e negativo (quando apresenta convexidade para baixo).
Segmento: é uma linha isoeléctrica situada entre duas ondas.
Intervalo: é o conjunto de um segmento e uma ou mais ondas.
22
Intervalo PR ou PQ: corresponde ao tempo necessário para o impulso supraventricular
despolarizar os átrios, sofrer o retardo nodal fisiológico, atravessar o nódulo AV e entrar
no sistema de condução ventricular (vai do inicio da onda P ao inicio do complexo
QRS). Os valores normais variam entre 0,12 a 0,20 segs.
Intervalo QT: representa a sístole eléctrica ventricular; valores normais entre 0,35 a
0,42 segs.
Intervalo PP: num ritmo sinusal regular deve ser igual ao intervalo RR.
23
B. Princípios para Interpretação de um ECG
1. Identificação do exame
2. Padronização e condições técnicas do registo
3. Cálculo da frequência cardíaca
4. Avaliação do Ritmo
5. Cálculo do eixo eléctrico médio do complexo QRS
6. Morfologia e duração da Onda P
7. Intervalo PR (PQ)
8. Morfologia e duração do Complexo QRS
9. Morfologia do segmento ST
10. Morfologia e duração da Onda T
11. Morfologia da onda U
12. Intervalo QT
1. Identificação do exame
Como em qualquer outro exame, é de extrema importância que esteja identificado com
dados relevantes como o nome, idade, sexo, raça, peso, altura, PA, medicação
(digitálicos), informação clínica, data e hora em que o mesmo foi executado.
4. Avaliação do Ritmo
O eixo eléctrico pode ser definido por um vector com origem no centro do triângulo de
Einthoven. Embora o termo eixo eléctrico possa ser usado relativamente a qualquer
um dos principais componentes do ECG (ondas P, T e complexo QRS), é geralmente
aplicado apenas ao complexo QRS.
O vector médio do QRS no plano frontal, ou eixo eléctrico médio do complexo QRS,
pode ser calculado a partir das derivações dos membros DI, DII, DIII, aVF, aVR e aVL,
usando o sistema de referência triaxial derivado do triângulo de Einthoven.
A regra geral para encontrar a direcção de qualquer vector é decidir qual a derivação
dos membros que apresenta uma deflexão maior ou menor. O vector é paralelo ao eixo
da derivação com maior deflexão ou perpendicular à derivação de menor deflexão. Se
a menor deflexão for exactamente isofásica, então o vector é exactamente
perpendicular à derivação.
Uma forma fácil de calcular o eixo eléctrico médio é através do Método de Quadrante.
É um método simples e rápido mas impreciso. Ele coloca o eixo num certo quadrante,
mediante o uso de duas derivações: DI e aVF.
25
Figura 3 – Método de Quadrante
Outra forma de se determinar o eixo eléctrico é pelo Método de Duas Derivações (por
ex. DI e aVF ou DII e aVL), pela soma algébrica das deflexões de QRS.
Os valores do eixo eléctrico médio, em indivíduos adultos, variam entre -30º e +110º.
Valores entre -30º e -90º (DI positivo e DII negativo) correspondem a Desvio Esquerdo
do Eixo. Valores entre +110º e + 180ºcorrespondem a Desvio Direito do Eixo .
Valores entre -900 e + 1800 ( DI e DII negativos) Desvio Extremo do Eixo.
26
Figura 5 – Eixo Elétrico Médio. Figura 6 – Roda dos Eixos
Questionário
1. Quais são os componentes do electrocardiograma normal?
2. O que representam as ondas P, Ta, T, U e complexo QRS no electrocardiograma
normal.
3. Relacione cada componente do ECG com o ciclo cardíaco.
4. Como se determina o ritmo cardiaco, frequência cardíaca e o eixo eléctrico médio
no ECG?
Bibliografia
1. Biopac Student Laboratory Manual; 2000.pág 2-17.
2. Fresta M et al; Textos de Apoio: Guia Teórico-Prático de Fisiologia; 1986
3. Hall JE; Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica. 12ª Edição;. RJ: Elsevier; 2011.
4. DeGowin. Exame Clínico. 6ª Edição, McGraw-Hill; Portugal, 1999, 357-368.
5. Lopes. J.A; Manual de Exploração – Propedêutica clínica;
6. Report of Committee on Electrocardiography, American Heart Association.
Recommendations for standardization of leads and of specifications for instruments in
electrocardiography and vectorcardiography.Circulation 1967; 35: 583-602
7. Sociedade Brasileira de Cardiologia, Directriz de interpretação de electrocardiograma de
repouso, Arq. Brás. Cardiol. Volume 80, (suplemento II), 2003 Versão eletrônica
8. Diagnostico de las enfermidades cardiacas, http://www.aibargentina.com.ar/ acedido a 03
de Agosto de 2009
9. Electrocardiografia.es, http://www.electrocardiografia.es/info_clinica.html acedido a 03 de
Agosto de 2009
10. Interpretacion, Disponível em:
http://sabanet.unisabana.edu.co/crear/paginas/electrocardiograma2/interpretacion.htm#5
acedido a 03 de Agosto de 2009
27
PULSO ARTERIAL E AUSCULTAÇÃO CARDÍACA
Objectivos
Que no final da aula os estudantes sejam capazes de:
Geral
1. Explicar a relação entre os eventos do ciclo cardíaco e a sua tradução palpatória e
auscultatória.
Específicos
1. Avaliar o pulso arterial em diferentes regiões do corpo.
2. Identificar e auscultar os principais focos cardíacos.
3. Relacionar os sons cardíacos com os eventos mecânicos do ciclo cardíaco.
Introdução
O sistema cardiovascular é constituído pelo coração e vasos sanguíneos, com a função
de manterem a circulação sanguínea ou seja o fluxo ideal para a manutenção do bom
funcionamento do organismo.
Este circuito de sangue através das câmaras é unidireccional e está assegurado pelas
válvulas atrioventriculares e semilunares.
28
Existem quatro sons cardíacos básicos e estes estão associados ao encerramento das
válvulas (S1 e S2) e/ou ao fluxo de sangue nos ventrículos durante a diástole (S3 e
S4). O S1 e S2 são sons de alta frequência, facilmente distinguíveis, sendo deste modo,
os principais sons cardíacos auscultados. O S3 e S4 são sons de baixa frequência e
por este motivo não são auscultados frequentemente.1
O primeiro som cardíaco (S1) marca o início da sístole e é causado pelo encerramento
das válvulas atrioventriculares (mitral e tricúspide). 1,3 Em cerca de metade de pessoas
normais, o S1 está desfasado, percebendo-se o componente mitral (M1) antes do
tricúspide (T1); isto é conhecido como Desdobramento Fisiológico de S1 e não está
relacionado à respiração.
O terceiro som cardíaco (S3) é um som diastólico, causado pelo fluxo turbulento de
sangue nos ventrículos durante o enchimento ventrícular rápido (protodiástole),
imediatamente após S2. É um som de ocorrência rara, auscultado principalmente em
crianças e adultos jovens. É melhor auscultado com o indivíduo em decúbito lateral
esquerdo, no foco mitral e com o auxílio da campânula. 1
29
Figura 2 – Terceiro Som (S3) 2
O quarto som cardíaco (S4) é também um som diastólico, causado pelo fluxo turbulento
de sangue nos ventrículos durante a sístole atrial (telediástole ou pré-sístole),
imediatamente antes de S1. É também um som de ocorrência rara, auscultado
principalmente em crianças e adultos jovens. É melhor auscultado com o indivíduo em
decúbito lateral esquerdo, no foco mitral e com o auxílio da campânula. Raramente é
um som fisiológico. 1
A sístole ventrícular inicia uma onda de pressão que é transmitida a circulação por
intermédio das paredes arteriais. A pressão aumenta na sístole e diminui na diástole. 1
Ao aumento e a diminuição cíclica da pressão intra-arterial, designamos de Pulso
Arterial.
Por rotina avalia-se o pulso radial, mas também pode ser avaliado os pulsos carotídeo,
braquial (na região do sangradouro), femoral (no triângulo femoral), poplíteo (no
escavado poplíteo) tibial posterior (na goteira retromaleolar medial) e pedioso (entre o
primeiro e o segundo metatarsiano).
30
O pulso arterial deve ser avaliado de acordo com os seguintes parâmetros: ritmo,
amplitude, regularidade, simetria e frequência.
VALORES DE REFERÊNCIA
RN 120 a 160 ppm
Lactentes 90 a 140 ppm
Pré-Escolar 80 a 110 ppm
Escolar 75 a 100 ppm
Adolescente e Adultos 60 a 100 ppm
Requisitos
1. Marquesa
2. Estetoscópio convencional
3. Observador e sujeito de experiência
31
Procedimento
Experiência 1 – Avaliação do Pulso Arterial Periférico
33
c) Procedimento
Deve ser efectuado num ambiente silencioso, iluminado e confortável; o sujeito deve
estar com o tronco devidamente exposto, respeitando, no entanto, o pudor deste. A
auscultação deve ser feita em 3 posições (sentado, decúbito dorsal e lateral esquerdo)
e usando sistematicamente o diafragma e a campânula do estetoscópio.
Respeitando certos passos, proceder a auscultação
1. Com o sujeito sentado e usando o diafragma, auscultar sequencialmente os focos
cardíacos (A-P-T-M), reconhecendo S1 e S2, segundo a seguinte sequência
onomatopaica: TUM_TÁ___TUM_TÁ___TUM_TÁ___TUM_TÁ
2. Descrever as diferenças observadas entre os focos da base e os do ápex.
3. Pedir ao sujeito para realizar uma inspiração profunda. Descrever o que acontece a
S2 no foco pulmonar e explicar o motivo.
4. Repetir o procedimento com o sujeito em decúbito (dorsal e lateral esquerdo),
usando o diafragma e a campânula do estetoscópio.
Questionário
1. Diga qual é a causa dos sons cardíacos?
Bibliografia
1. Porto CC, Porto AL; Semiologia Médica; 6ª Edição; Rio de Janeiro; Guanabara Koogan;
2012
3. Coelho TH, Albuquerque RR et al; Pulsos e Pressão Arterial; Texto de Apoio de Aula
Práctica; Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; Disponível em:
https://www.estudaetal.com/thebox/theboxficheiros/8607b616bb955df0b2561bd3113e826
7fa59
5. Hall JE; Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica; 12ª edição; Elsevier; RJ; 2011
7. Carvalho VO, Souza GE; O estetoscópio e os sons pulmonares: uma revisão da literatura;
Revista de Medicina – São Paulo; 2007; Disponível em:
http://medicina.fm.usp.br/gdc/docs/revistadc_128_224-231%20864.pdf
34
MEDIÇÃO CLÍNICA DA PRESSÃO ARTERIAL
Objectivos
Que no final da aula, os estudantes sejam capazes de:
Geral
1. Medir a pressão arterial de um indivíduo segundo a técnica de Riva-Rocci e de
Korotkoff.
Específicos
1. Explicar a técnica de medição da pressão arterial de Riva Rocci e de Korotkoff.
2. Descrever as normas e recomendações para a medição da pressão arterial.
3. Mencionar os principais factores que afectam a medição da pressão arterial.
4. Medir a pressão arterial em ambos os braços de um indivíduo em repouso.
5. Calcular a pressão de pulso e a pressão arterial média do indivíduo.
Introdução
O sangue flui pelas artérias submetido a uma certa pressão, facto que se comprova
facilmente ao se seccionar um vaso arterial, uma vez que o sangue jorra com grande
força do seu interior, sendo projectado a certa distância. Este facto foi documentado
pela primeira vez pelo Reverendo Stephen Hales (1677-1761) em 1733, ao medir a
pressão arterial em uma égua.1
A Pressão Arterial (PA) significa a força exercida pelo sangue contra qualquer unidade
de área da parede arterial que o contém.2 Este termo é frequentemente confundido
com tensão arterial, que é, a reacção elástica da parede do vaso à pressão do sangue.
A relação entre elas é expressa pela lei de Laplace3 :
Pxr
T = ____________
h
Onde: T – tensão; P – pressão; r – raio do vaso; h – espessura da parede do vaso.
35
Para a manutenção constante do fluxo sanguíneo para os tecidos, a PA deve ser
mantida dentro de estreitos limites de variabilidade, pelos diversos mecanismos que
participam na sua regulação.4 Quando os seus níveis permanecem elevados para além
destes limites, surge a hipertensão arterial (HTA), que constitui um dos mais
importantes factores de risco de morbimortalidade por doença cardiovascular.5
Vários estudos têm sido feitos para explicar os mecanismos de surgimento da HTA.
Um destes estudos associa o aumento da pressão arterial em alguns grupos da
população, a um aumento da rigidez dos grandes vasos arteriais.6
36
A selecção do método á ser usado para medição indirecta da PA, varia de acordo ao
local de medição e ao tipo de esfigmomanómetro utilizado. O método palpatório
(palpação de pulso) e o auscultatório (com o auxílio de estetoscópio) são os métodos
mais usados para a medição clínica (convencional), sendo o esfigmomanómetro de
coluna de mercúrio, o aparelho preferencialmente usado, por ser considerado o padrão
ouro. 8,9, 10 Ambos métodos serão descritos adiante.
A Pressão Arterial pode ser influenciada por vários factores, e estes são comuns á
todos métodos de medição indirecta, tais como9,10:
Recomendações
Explicar ao indivíduo o procedimento á ser efectuado e pedir para que o mesmo não
fale durante o procedimento.8
O observador deve estar relaxado, numa posição confortável e não deve apressar o
procedimento de medição. Deverá certificar-se de que o paciente não está com a
bexiga cheia; exercício físico, café, tabaco, bebidas alcoólicas e refeições devem ser
evitados até trinta minutos antes da medição.8,9,10
37
Deixar o paciente descansar, de preferência em ambiente calmo e com temperatura
adequada.
A PA pode ser medida com o paciente na posição deitada, sentada ou ortostática. Pedir
ao paciente que adopte a posição sentada (posição padrão), com os pés descruzados
e sobre o chão, devendo o mesmo descansar por pelo menos 5 minutos antes da
medição.8-12
O braço em que é feita a medição, deve estar apoiado sobre uma superfície plana e
em posição horizontal, ao nível do coração (nível médio – esternal),
independentemente da posição do doente.8-11,13
38
Os tubos de borracha da bolsa insuflável são habitualmente colocados para baixo,
porém recomenda-se que se coloquem para cima, ou até posteriormente (caso a bolsa
envolva completamente o braço), de forma a deixar a fossa antecubital facilmente
acessível para a auscultação.8,9,11
Efectuar pelo menos duas (2) medições espaçadas entre 1 – 2 minutos, e medições
adicionais se os valores das 2 primeiras forem muito diferentes.
Princípio
Acredita-se que os sons de Korotkoff sejam causados em sua maior parte, pelo fluxo
de sangue sob a forma de jacto, ao passar pelo vaso parcialmente ocluído. O jacto
39
provoca turbulência no vaso aberto adiante do manguito, desencadeando vibrações
ouvidas por meio do estetoscópio.1
A medida que a pressão no manguito diminui, os sons passam a ser menos batidos e
adquirem um carácter sibilante na fase II de Korotkoff. Posteriormente, tornam-se mais
intensos, por vezes, excedendo a intensidade dos sons na fase I, representando a fase
III de Korotkoff. O significado clínico das fases II e III ainda não está bem definido. Por
fim, quando a pressão no manguito diminui até igualar a PAD, a artéria não apresenta
variação detectável do seu diâmetro. Por conseguinte, os sons mudam subitamente,
para um tom suave e abafado, fase IV de Korotkoff, e geralmente desaparecem de
seguida, assinalando a PAD (fase V de Korotkoff).9
Erros na Medição
Os erros na medição podem ocorrer em cada um dos pontos de interacção da técnica
de Riva-Rocci/Korotkof. O mais frequente é o relacionado ao observador. Outros erros
estão relacionados aos aparelhos utilizados.
Erros do observador9
Requisitos
1. Observador e sujeito de experiência
2. Esfigmomanómetro de coluna de mercúrio
3. Estetoscópio convencional
4. Álcool e algodão
40
Procedimento
Na descrição a seguir consideramos a medição clínica da pressão arterial, com o
esfigmomanómetro de coluna de mercúrio, num indivíduo sentado com o membro
superior em posição supina e apoiado sobre uma superfície plana ao nível do coração.
Serão realizadas duas medições em cada um dos membros superiores e com o
indivíduo sentado e em repouso. Após a medição, deverá ser preenchido o relatório
apresentado em anexo. Deverão ser realizados os seguintes procedimentos 8,9,10,12:
41
10. Determinar a PAS no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de
Korotkoff).
11. Determinar a PAD no momento do desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff),
excepto em condições especiais em que não se identifica o fim da fase IV dos sons
de Korotkoff. Quando isso acontece, a PAD deve ser determinada no momento do
abafamento brusco dos sons (fase IV de Korotkoff).
12. Após a extinção dos sons, a pressão deve ser reduzida até cerca de 30 mmHg
(abaixo do ponto de desaparecimento dos sons) e só depois se deve proceder
deflação rápida e completa, evitando a congestão venosa e desconforto para o
paciente.
13. Registar imediatamente os valores das PAS/PAD, considerando sempre que o valor
de pressão á registar deverá estar nos 2 mmHg mais próximos da escala do
manómetro. Quando não se observar a fase V de Korotkoff, a pressão arterial
deverá ser registada da seguinte forma: PAS/PAD/0.
14. Realizar pelo menos 2 medições em cada membro, respeitando sempre o intervalo
de 1 minuto entre as medições, bem como o facto de que a pressão deve ser medida
em ambos os braços, no primeiro encontro com o paciente.8,9
O que anotar?
Interpretação
Bibliografia
1. Introcaso L., História da Medida da Pressão Arterial, 1996.
2. Guyton AC & Hall JR; Tratado de Fisiologia Médica; 11ª edição; Elsevier; RJ; 2006; 175
3. Aires MM; Fisiologia; 3ª edição; Guanabara Koogan; RJ; 2008; Norton JM; 478 – 496
4. Amaral, F. T. et al; Reflexos Cardiovasculares; Programa de Pós-Graduação em Ciências
Fisiológicas, Centro Biomédico UFES, Vitória – ES; 1998; 3.
5. III Consenso Brasileiro de HTA, BG Cultural, SP, 1998, 1 – 38.
6. Ferreira, A. V. L. et al; Hypertensive Adults, Journal of Hypertension; 1999 (17): 631– 637.
7. De Gowin, R. L; Exame Clínico; 6.ª edição; McGraw-Hill; Portugal; 1999, 390 – 394.
8. O’Brien E et al; European Society of Hypertension recommendations for conventional,
ambulatory and home blood pressure measurement; Journal of Hypertension; 2003 (21):
821–848
9. O’Brien E. et al; ABC of Hipertension: Blood Pressure Measurement; British Medical
Journal; 2001 (322): 1043 – 1047.
10. Parati G et al; Recommendations for blood pressure measuring devices for office/clinic use
in low resource settings; Blood Pressure Monitoring; 2005 (10): 3–10.
11. British Hypertersion Society; Measuring blood pressure using a mercury blood pressure
device; disponível em http://www.bhsoc.org/how_to_measure_blood_pressure.stm
12. National High Blood Pressure Education Program; The Seventh Report of the Joint National
Committee on Prevention, Detection, Evaluation and Treatment of the High Blood Pressure;
disponível http://www.nhlbi.nih.gov/guidelines/hypertension/jnc7full.pdf
13. Mancia G, Backer GD et al; 2007 Guidelines for the management of Arterial Hypertension
– The task force for the management of arterial hypertension of the European Society and
of the European Society of Cardiology; Journal of Hypertension; 2007 (25): 1105 – 1187
14. Bell K, Twiggs J, Olin BR; Hypertension, The Silent Killer: Updated JNC-8 Guideline
Recommendations; 2015; Disponível em:
https://c.ymcdn.com/sites/aparx.siteym.com/resource/resmgr/CEs/CE_Hypertension_The_
Silent_K.pdf
43
Anexo
A. Relatório da Experiência – Medição Clínica da PA
Nome:_______________________________________;Idade:______;Sexo:____;Peso_____
P. A
(mmHg) 1 2 Média 1 2 Média
Sistólica
Diastólica
P Pulso
PA Média
PP = PAS - PAD
44
AUSCULTAÇÃO PULMONAR E OXIMETRIA DE PULSO
Objectivos
Que no final da aula, os estudantes sejam capazes de:
Geral
Avaliar o estado da função respiratória de um indivíduo mediante a realização da
auscultação pulmonar e da oximetria de pulso.
Específicos
1. Caracterizar os sons respiratórios fisiológicos.
2. Auscultar os sons respiratórios segundo a técnica descrita.
3. Descrever os principais factores que influenciam a oximetria.
4. Proceder a oximetria de pulso segundo a técnica descrita.
5. Interpretar os resultados da oximetria.
Introdução
A respiração tem como principal objectivo fornecer oxigénio aos tecidos, e deles
remover o dióxido de carbono, sendo o resultado da integração de quatro (4) processos
fisiológicos:
1. Ventilação pulmonar.
2. Difusão de O2 e CO2 entre o sangue e os alvéolos.
3. Transporte de O2 e CO2 no sangue e líquidos corporais.
4. Respiração celular.
Os sons respiratórios têm sido melhor estudados desde o século XIX (1816), a
partir da invenção do estetoscópio pelo médico francês René Laennec.3 Eles
resultam da turbulência do ar ventilado ao passar nas vias aéreas de maior
calibre, transmitida através do parênquima pulmonar e da parede torácica.4
45
O transporte de O2 e CO2 no sangue é desempenhado pela Hemoglobina (Hb),
dos eritrócitos, constituindo do ponto de vista funcional, a oxihemoglobina e a
desoxihemoglobina, respectivamente.1
46
O oxímetro de pulso é um aparelho que avalia de forma não invasiva o grau de
saturação de oxigénio da hemoglobina arteriolar (expressa em percentagem),
num determinado local da circulação periférica. Ele tem a vantagem de medir a
oxigenação do sangue minuto a minuto. Deste modo, a oximetria é útil na
monitorização contínua do grau de oxigenação tecidual, principalmente em
doentes do Bloco Operatório ou das Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
Experiências
Auscultação Pulmonar
A eficiência da auscultação pulmonar depende do treinamento do observador, o
que é alcançado pela práctica constante.
Requisitos
Procedimento
1. O sujeito deverá estar com o tórax descoberto.
2. O sujeito deverá sentar-se com a face anterior do tórax justaposta ao encosto
da cadeira e os braços cruzados sobre o encosto.
3. O sujeito deverá respirar de forma pausada e profunda com a boca entre-
aberta, sem fazer ruído.
4. O observador deverá posicionar-se atrás do sujeito.
5. Com o diafragma do estetoscópio, auscultar a área de projeção da traqueia,
na base do pescoço.
47
6. Com o diafragma do estetoscópio, auscultar a face posterior do tórax
iniciando da base (até 4 dedos transversais abaixo da ponta da escápula) ao
ápex. Auscultar cada foco durante um ciclo respiratório e de forma simétrica.
Ver figura 2
7. Repetir o procedimento anterior auscultando a face lateral do tórax.
8. Pedir ao sujeito para sentar-se com o dorso justaposto a cadeira e as mãos
sobre a cintura e auscultar a face anterior do tórax.
Interpretação
1. Descrever as características dos sons respiratórios e identificar as suas áreas
de auscultação. Por ex., a auscultação de um som rude e soprado no tórax é
sugestivo de consolidação pulmonar; este som denomina-se sopro tubar.
2. Identificar as possíveis assimetrias na auscultação do murmúrio vesicular.
Por ex., a diminuição ou ausência do murmúrio vesicular num hemitórax é
sugestiva de presença de líquido ou ar na cavidade pleural, de colapso
pulmonar, ou de uma consolidação pulmonar extensa.
Oximetria de Pulso
Os oxímetros de pulso se baseiam no princípio da absorção diferencial da luz
para determinar a percentagem de saturação de oxigénio da hemoglobina do
sangue arterial (Sp02); este valor se denomina Sa02 quando se determina a partir
de uma amostra de sangue arterial.
48
O sensor do oxímetro de pulso aplica-se em regiões periféricas, como por
exemplo, no dedo da mão e do pé ou no lóbulo da orelha. Este sensor transmite
duas longitudes de onda de luz através da pele, sendo de 660 nm a vermelha e
930 nm a infravermelha. Estas longitudes são absorvidas de forma diferente,
sendo a infravermelha absorvida pela oxihemoglobina e a vermelha absorvida
pela desoxihemoglobina. A razão entre a luz vermelha e a infravermelha usa-se
para determinar a saturação de oxigénio.
Requisitos
1. Observador e sujeito de experiência.
2. Oxímetro de pulso SpO2.
3. Condições ambientais favoráveis.
Procedimento
1. O sujeito de experiência deverá estar sentado; conectar o cabo com o sensor
a um dos dedos das mãos do sujeito.
49
2. Ligar o oxímetro de pulso e este automaticamente começará a registrar o
pulso e o grau de saturação do oxigénio (SpO2).
Interpretação
A saturação de oxigénio de um paciente deve ser sempre igual ou superior a
95%. Quando está abaixo deste valor, o paciente está hipóxico e necessita de
ser tratado rapidamente. Uma saturação inferior a 90% é uma emergência
clínica.
Questionário
1. «Na práctica clínica, a auscultação pulmonar foi ultrapassada pelos meios
modernos de diagnóstico». Concorda com esta afirmação. Justifique.
2. Qual é o motivo provável da auscultação no tórax, de um som rude e soprado
à inspiração?
3. Qual é a importância da oximetria de pulso?
4. Quais são os factores que interferem na oximetria?
Bibliografia
1. Hall JE; Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica; 12ª edição; Guanabara
Koogan; Rio de Janeiro; 2011
2. Porto CC & Porto AL; Semiologia Médica; 6ª Edição; Rio de Janeiro; Guanabara
Koogan; 2012
3. Carvalho VO, Souza GE; O estetoscópio e os sons pulmonares: uma revisão da
literatura; Revista de Medicina – São Paulo; 2007; Disponível em:
http://medicina.fm.usp.br/gdc/docs/revistadc_128_224-231%20864.pdf
4. Albuquerque Jr RR, Moreira AL; Auscultação Pulmonar e Espirometria, Texto de
apoio de aula teórico-prática; Faculdade de Medicina da Universidade do Porto,
Serviço de Fisiologia; 2001; Disponível em:
http://ccfmup06-12.med.up.pt/files/fisiologia/AuscPulm.pdf
4. Fauci A et al; Harrison´s Principles of Internal Medicine; 18ª Edição; McGraw Hill;
2008
5. Organização Mundial de Saúde; Manual de Oximetria de Pulso Global; 2010;
Disponível em:
http://www.lifebox.org/wp-content/uploads/2012/11/WHO-Pulse-Oximetry-Training-
Manual-Final-Spanish.pdf
6. Oximetria do pulso (SpO2), Manual de Uso do Oxímetro de Pulso M Séries (SpO2)
50
ESPIROMETRIA
Objectivos
1. Efectuar o registo da espirometria básica e da capacidade vital forçada, e
explicar sua importância.
Introdução
A respiração é um processo complexo que ocorre a nível intracelular (respiração
interna) e extracelular (respiração externa). No interior da célula é considerado
como processo de produção de energia com o consumo de oxigénio e produção
de água e dióxido de carbono, enquanto que a nível extracelular tem como
objectivo fornecer oxigénio aos tecidos e deles remover o dióxido de carbono.
51
Fig.1 – Espirograma
4. Volume Residual (VR): Este volume não pode ser medido com o espirómetro
e nem com o transdutor de fluxo, corresponde ao volume de ar remanescente
nos pulmões no final da expiração máxima ou forçada. Ao contrário do VRI,
VRE e do VC, o volume residual não varia com o exercício físico, mas o seu
valor normal em média num homem é de 1200ml e de 1100ml nas mulheres.
O VR é o reflexo de que depois de uma expiração os alvéolos pulmonares
nunca se esvaziam totalmente.
52
Os volumes e capacidades pulmonares são geralmente medidos quando se
explora o aparelho respiratório, já que os valores dos volumes e capacidades
variam com as doenças pulmonares; por exemplo a capacidade inspiratória é
normalmente 60-70% da capacidade vital.
Requisitos
1. Sujeito de experiência e Experimentador
2. Espirómetro SPIROVIT SP - 2
3. Peça bucal descartável
4. Pinça do nariz
5. Seringa de calibração 2 litros
Calibração
53
9. Aparecerá no visor a mensagem “hold sensor still press START”
10. Espere 1 segundo e pressione o botão START/STOP
11. Faça o ciclo com o piston da seringa entrando e saindo completamente apenas 1
vez.
12. Aperte em START/STPO no final
13. A mensagem “calibration OK” aparecerá no visor.
Experiências
Registo de Dados
54
Fig. 2 – Capacidade Vital Lenta
CVL
VRE
VRI
VC (VT)
CI
CE
55
Registo de Dados
56
Questionário
1. Quais são as variáveis mais utilizadas no estudo da ventilação pulmonar?
Bibliografia
1. American Thoracic Society; ATS. Standardization of spirometry; 1994 update. Am.
J. Respir.care med., New york, 1995.
2. Biopac Student Laboratory Manual; 2000.
3. Drumond SC; Valores de referência de parâmetros espirométricos em crianças e
adolescentes com diferentes índices de massa corporal; UFMG; 2006.
4. Fresta M et al; Textos de Apoio Guia Teorico-Prático de Fisiologia; 1986
5. Hall JE; Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica; 12ª Edição; Elsevier; 2011
6. Pflanzer; Manual spirovit; Schiller, 2003..
7. Experimental and Applied Physiology including BIOPAC Lab Experiments; 6a
Edição; McGraw-Hill; 1999
8. Rhoades RA, Tanner G; Fisiologia Médica; 2ª Edição; Guanabara Koogan; 2003
57
MOTILIDADE E SECREÇÃO NO TUBO DIGESTIVO
Objectivos
Geral
Específicos
Sumário
1. Introdução
2. Objectivos
3. Estrutura da parede do tubo digestivo.
4. Características fisiológicas do músculo liso gastrointestinal.
5. Tipos de movimentos do tubo digestivo
6. Actividade motora dos diferentes segmentos do tubo digestivo.
7. Regulação da motilidade do tubo digestivo.
8. Secreções do sistema digestivo.
9. Regulação da secreção do sistema digestivo.
10. Conclusões
11. Bibliografia
58
Resumo
O tubo digestivo corresponde a uma série de orgãos ocos interligados, com início
na boca e com término no ânus. O seu papel principal é fornecer nutrientes ao
organismo. As principais funções do tubo digestivo são: motilidade, secreção,
digestão, absorção e excreção.
Bibliografia
1. Hall J; Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica; 12ª Edição; Elsevier; RJ; 2011
2. Barret KE, Barman SM et al; Ganong Fisiologia Médica; 23ª edição; McGraw-Hill,
2010
59
DIGESTÃO E ABSORÇÃO NO TUBO DIGESTIVO
Objectivos
Geral
Específicos
Sumário
1. Nutrientes (definição; tipos e importância)
2. Princípios básicos da digestão e da absorção
3. Digestão de macronutrientes
2.1 Carbohidratos
2.2 Proteínas
2.3 Gorduras
4. Absorção de nutrientes
3.1 Macronutrientes (carbohidratos, proteínas e gorduras)
3.2 Micronutrientes e outros nutrientes (água; sais minerais; vitaminas)
5. Formação das fezes
Resumo
A manutenção do metabolismo depende do fornecimento contínuo de nutrientes
(água, micronutrientes e macronutrientes) pelo tubo digestivo. A maioria dos
macronutrientes dos alimentos não podem ser absorvidos em suas formas
naturais pela mucosa gastrointestinal e, por este motivo, devem passar por
diversos processos digestivos antes da sua utilização pelas células.
Bibliografia
1. Hall JE; Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica; 12ª Edição; Elsevier; RJ; 2011
2. Barret KE, Barman SM et al; Ganong Fisiologia Médica; 23ª edição; McGraw-Hill,
2010.
60
CLEARANCE RENAL
Objectivos
Introdução
Uma das funções dos rins, que em tempos se julgou a única, é depurar
(depuração, clearance “limpeza” renal) o sangue, ou seja, retirar dele os produtos
nocivos (escórias metabólicas, tóxicos, substâncias demasiado concentradas)
para os eliminar pela urina (excreção renal). Para além da função excretora (que
regula o volume e osmolaridade dos líquidos corporais, o equilíbrio ácido-base e
a concentração de diversas substâncias específicas) os rins produzem
eritropoietina (eritopoiese), renina (pressão arterial) e 1,25-dihidroxicolecalciferol
(metabolismo do cálcio).
Clearance Renal
61
Métodos de Medida do FSR
Onde:
62
resultados seguros da substituição da urina colhida em 24 horas pela urina
colhida durante 12 horas (Molina et al. 2003; Silva ABT et al. 2010; Mill et al.
2012).
Clearance de Creatinina
63
Embora a concentração sanguínea de ureia e de creatinina sejam utilizadas na
clínica como uma primeira estimativa da função renal, a CCREATININA é um método
mais sensível e preciso.
O valor do ClrCr encontrado pode ser corrigido pela superfície corporal aplicando
a seguinte fórmula:
ClrCr/SC/1,73 = ClrCr*1,73/SC
onde:
64
Valores de Referência da Clearance da Creatinina
Exercícios
Exercícios sobre o Fluxo Sanguíneo Renal e a Taxa de Filtração
Glomerular
65
2. Em um indivíduo de 40 anos de idade sexo masculino peso 74 Kg, estatura
168cm, débito urinário de 2650 ml, foram encontradas as seguintes
concentrações das diferentes substâncias no plasma e urina:
66
Cálculo da TFG com base na Creatinina Plasmática
Nos casos em que não existe condições para determinação da creatinina urinária
é possível estimar a função renal através do cálculo da TFG utilizando a
creatinina plasmática com aplicação da Fórmula de Cockroft & Gault;
67
Exercícios sobre o Clearance Renal
1. O doente A tem
[creatinina]URINA = 5 mmol/l
2. O doente B tem
[creatinina]URINA = 10 mmol/l
3. O doente C tem
[creatinina]URINA = 12 mmol/l
4. O doente D tem
[creatinina]URINA = 10 mmol/l
68
Bibliografia
1. Aires, MM; - Fisiologia; 4ªedição – 2012;
2. Eaton & Pooler; Fisiologia Renal de Vander, 6ª edição
3. Guyton AC & Hall JE [2006] Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Guanabara
Koogan, Rio de Janeiro. Formação de Urina pelos Rins II: Processamento Tubular
do Filtrado Glomerular cap 26.
4. Molina MCB, Mill JG; Consumo de sal e hipertensão arterial. Nutrição Brasil, 2003;
2(4):218-224.
5. J.G. Mill, A.B.T. da Silva, M.P. Baldo, M.C.B. Molina and S.L. Rodrigues; Correlation
between sodium and potassium excretion in 24- and 12-h urine samples; Braz J Med
Biol Res 2012;
6. Silva ABT, Molina MCB, Lamego SR, Pimentel EB, Baldo MP e Mill JG; Correlation
between the creatinine clearance in the urine collected during 24 hours and 12 hours;
J Bras Nefrol 2010;32(2):165-172;
7. Silva, A BT. Dissertação de Mestrado,2009. “Correlação do Clearance da
Creatinina e dos Eletrólitos medidos na urina coletada em 12 e 24 horas”.
69
REGULAÇÃO RENAL DE SÓDIO, POTÁSSIO E CÁLCIO
Objectivos
Geral
Sumário
1. Introdução
2. Objectivos
3. Osmolaridade e Composição Iónica do LEC
4. Regulação do equilíbrio de sódio e do volume de LEC
4.1 Regulação da osmolaridade e da concentração de Na+ no LEC
4.2 Processamento renal de Na+
4.3 Regulação da excreção renal de Na+ e do volume de LEC
4.3.1Papel da natriurese e da diurese por pressão
4.3.2 Papel dos factores nervosos e hormonais
5. Regulação do equilíbrio de potássio.
5.1 Regulação da distribuição de K+ nos líquidos corporais
5.2 Processamento renal de K+
5.3 Regulação da secreção renal de K+
6. Regulação do equilíbrio de cálcio
6.1 Distribuição de Ca++ nos líquidos corporais.
6.2 Regulação da concentração de Ca++ no LEC
6.3 Processamento renal de Ca++
6.4 Regulação da excreção renal de Ca++
7. Alterações electrolíticas e seus efeitos fisiológicos
8. Conclusões
9. Bibliografia
70
Resumo
Bibliografia
1. Hall JE; Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica; 12ª Edição, Elsevier, RJ, 2011
2. Barret KE, Barman SM et al; Ganong Fisiologia Médica; 23ª edição; McGraw-Hill,
2010.
.
71
FISIOLOGIA DO ESFORÇO E TEMPERATURA
Objectivos
1. Desenvolver um conhecimento geral da aplicação da Fisiologia do Exercício
às actividades físicas.
Introdução
A actividade física regular é considerada desde há muito como um componente
preponderante de um estilo de vida saudável. Recentemente, esta ideia tem sido
reforçada por novas evidências científicas que associam positivamente a
actividade física regular a um vasto rol de benefícios na saúde física e mental.
Não obstante esta evidência, bem como a aceitação aparentemente
generalizada da importância da actividade física, milhões de pessoas optam por
um estilo de vida sedentário.
72
Requisitos
1. Sujeito de experiência
2. Cicloergometro
3. Oxímetro de pulso SpO2 com cabo de alimentação e o cabo com o sensor
4. Esfigmomanometro de coluna de mercúrio, aneroide ou oscilométrico
5. Estetoscópio clínico
6. Termómetro clínico
7. Condições ambientais favoráveis
Procedimento
1. Sujeito preparado e equipado em condições de realizar actividade física.
2. Fazer exercícios de alongamento (fexibilidade, extensibilidade ou
expansibilidade) durante dois minutos antes de sentar-se no cicloergómetro.
3. Após sentar-se no cicloergómetro, manter-se em repouso durante 5 minutos;
posteriormente colocar o sensor do oxímetro e verificar a frequência cardíaca
e a saturação de oxigénio; medir a temperatura axilar, a pressão arterial e de
seguida iniciar o exercício.
4. Os mesmos dados deverão ser avaliados no 5º minuto de exercício, no 10º
minuto e no período pós-exercício ou fase de recuperação (2º e 5º minuto
após o fim do exercício).
5. Calcular o consumo máximo de oxigénio com base no protocolo de Katch e
McArdle 1985, sendo:
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Interpretação
Limiar Anaeróbico
É o ponto onde a predominância de fornecimento de energia passa do aeróbico
para anaeróbico.
Os sedentários têm seu limiar anaeróbico por volta dos 53% do VO2 máximo.
Com os atletas de quadra é perto de 70% do VO2 máximo. Os maratonistas têm
seu limiar perto dos 85%, é por isso que é muito difícil se fazer trabalho
anaeróbico com maratonistas, a faixa aeróbica deles é muito grande. Os atletas
podem trabalhar aeróbicamente por uma faixa muito maior do que os
sedentários.
VO2 Máximo
É o volume máximo de oxigênio consumido pelo corpo por minuto de exercício
ao nível do mar. Quando mede-se a capacidade de consumo de O2, mede-se
mulheres : de 2,5 a 4,5 L/min, homens: de 3,0 a 6,0 L/min. Só como comparação,
o valor médio para um cavalo é de 600 L/min.
Os bilhões de células envolvidas no movimento precisam de O2 para a produção
de ATP, esse O2 consumido é medido para saber-se o VO2 máximo.
Para receber esse O2 e utilizá-lo, as fibras dependem basicamente de duas
coisas: um sistema externo que entregue O2 pras células, e que as mitocôndrias
façam o processo de transferência de energia. Ou seja, um bom sistema
cardiovascular e uma boa capacidade oxidativa no músculo esquelético. O fator
limitante para um alto VO2 máximo é a entrega de O2 para o músculo, se o
músculo for bem oxigenado não há problema. Como prova disso, uma melhora
na capacidade oxidativa do músculo de 30% aumenta em apenas de 15 a 25%
o VO2 máx.. As características do músculo não são o fator principal do VO 2
máximo, mas sim o volume bombeado de sangue.
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nos músculos para a superfície da pele onde ele pode ser transferido para o meio
ambiente. No entanto, ocorre uma disputa de sangue pelos músculos ativos e pela
pele.
Questionário
1. Qual é a importâncias dos exercícios de alongamento?
2. Que factores poderiam explicar as diferenças individuais na responsividade
de um grupo de indivíduos submetidos ao mesmo programa de treinamente
com exercícios?
3. De que maneira específica o treinamento com exercícios anaeróbicos
poderia aprimorar o desempenho na actividade física explosiva?
Bibliografia
1. Hall JE; Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica; 12ª Edição; Elsevier; 2011
2. McArdle WD; Fisiologia do Exercício: Energia, Nutrição e Desempenho Humano;
Guanabara Koogan; 2003
3. Putman CT, Jones NL et al; Effects of short-term submaximal training in humans on
muscle metabolism in exercise; Am. J. Physiol. 275 (38): E132-E139; 1998
4. Rogatto GP; Metabolic profile during physical exercise: influence of effort intensity
and duration on the utilization of energetic substrates; Revista Digital - Buenos Aires
- Año 8 - N° 54 - Novembro de 2002
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SUMÁRIO (Conteúdo Temático)
1. Imunidade Adquirida
2. Tipificação Sanguínea
3. Registo do ECG
4. Interpretação do ECG
5. Pulso e Auscultação Cardíaca
6. Medição Clínica da Pressão Arterial
7. Auscultação Pulmonar e Oximetria de Pulso
8. Espirometria
9. Motilidade e Secreção no Tubo Digestivo
10. Digestão e Absorção no Tubo Digestivo
11. Clearance Renal
12. Regulação Renal de Sódio, Potássio e Cálcio
13. Fisiologia do Esforço e Temperatura
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