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Ensino à Distância
Universidade Pedagógica
Este módulo não pode ser reproduzido para fins comerciais. Caso haja necessidade de reprodução
deverá ser mantida a referência à Universidade Pedagógica e aos seus autores.
Agradecimentos
Universidade Pedagógica
Índice
Visão geral 1
Bem-Vindo ao Módulo de Didáctica de Física II ............................................................. 1
Objectivos do Módulo....................................................................................................... 2
Quem deve estudar este Módulo? ..................................................................................... 2
Como está estruturado este Módulo? ................................................................................ 3
Ícones de actividade .......................................................................................................... 3
Habilidades de estudo ....................................................................................................... 5
Precisa de apoio?............................................................................................................... 6
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................. 6
Avaliação .......................................................................................................................... 7
Unidade 1 8
Estrutura de uma Aula de Física e as Funções Didácticas. ............................................... 8
Lição n° 1 10
A Orientação dos Objectivos como Unidade da Apresentação dos Objectivos,
Motivação e da Segurança do Nível Inicial .................................................................... 10
Sumário ........................................................................................................................... 27
Exercícios ........................................................................................................................ 29
Lição n° 2 30
O Tratamento da Matéria Nova ...................................................................................... 30
Sumário ........................................................................................................................... 37
Exercícios ........................................................................................................................ 38
Lição n° 3 39
Consolidação e a Avaliação e Controle .......................................................................... 39
Sumário ........................................................................................................................... 45
Exercícios ........................................................................................................................ 46
Unidade 2 47
Planificação do Processo de Ensino- Aprendizagem em Física. .................................... 47
Lição n° 4 49
1. Planificação de uma Unidade Temática. ..................................................................... 49
Lição n° 5 58
Planificação de uma aula de Física ................................................................................. 58
Sumário ........................................................................................................................... 69
Exercícios ........................................................................................................................ 70
Lição n° 6 71
Como fazer da minha aula de Física uma aula ideal? ..................................................... 71
Sumário ........................................................................................................................... 79
Exercícios ........................................................................................................................ 80
Unidade 3 81
Tratamento de alguns Conteúdos seleccionados da Electricidade e Magnetismo. ......... 81
Lição n° 7 82
Conceito de carga e campo eléctricos. ............................................................................ 82
Exercícios ........................................................................................................................ 99
Sumário ......................................................................................................................... 102
Lição n° 8 103
Corrente eléctrica, Tensão eléctrica e Circuitos eléctricos ........................................... 103
Conceito de corrente eléctrica 103
Unidade 4 137
Tratamento de alguns Conteúdos seleccionados da Termodinâmica. .......................... 137
Lição n° 10 138
Conceitos de Calor e Temperatura. ............................................................................... 138
Sumário ......................................................................................................................... 156
Lição n° 11 157
Fenómenos térmicos: Dilatação dos corpos sólidos, líquidos e gasosos, transmissão do
calor e mudanças de fase............................................................................................... 157
Dilatação térmica dos corpos sólidos, líquidos e gasosos 158
Lição n° 12 186
Quantidade de Calor e calor específico. Primeira lei da Termodinâmica..................... 186
Calor específico 187
Unidade 5 199
Tratamento de alguns Conteúdos da Óptica Geométrica .............................................. 199
Lição n ° 13 202
Princípios e efeitos da propagação rectilínea da luz ..................................................... 202
A luz e visão 203
Lição n° 14 224
Formação de imagens nos espelhos e a lei da reflexão ................................................. 224
Espelhos côncavo e convexo na vida diária e na técnica. 235
Visão geral
Bem-Vindo ao Módulo de
Didáctica de Física II
Objectivos do Módulo
Ao terminar o estudo do módulo de Didáctica de Física II, você será
capaz de:
Um índice completo.
Uma visão geral detalhada do módulo, resumindo os aspectos-
chave que você precisa de conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção
antes de começar o seu estudo.
Conteúdo do módulo
Comentários e sugestões
Ícones de actividade
Ao longo deste manual, irá encontrar uma série de ícones nas
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar diferentes
Didáctica de Física II Ensino à Distância 4
Avaliação /
Actividade Auto-avaliação Exemplo /
Teste
Estudo de caso
(fortitude /
Leitura preparação) Terminologia Dica
Reflexão
Didáctica de Física II Ensino à Distância 5
Habilidades de estudo
Caro estudante!
Precisa de apoio?
Dúvidas e problemas são comuns ao longo de qualquer estudo. Em
caso de dúvida numa matéria, tente consultar os manuais sugeridos
no fim da lição e disponíveis nos centros de ensino à distância
(EAD) mais próximos. Se tiver dúvidas na resolução de algumas
tarefas, procure estudar os exemplos semelhantes apresentados no
manual. Se a dúvida persistir, consulte as dicas que aparecem no
fim das tarefas.
Sempre que julgar pertinente, pode consultar o tutor que está à sua
disposição no centro de EAD mais próximo.
na bibliografia.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 7
Avaliação
Teste I: Unidades 1 e 2
Unidade 1
Estrutura de uma Aula de Física e
as Funções Didácticas.
Caro estudante, na unidade 1 do presente módulo, você recordar-se-á
das Funções Didácticas de uma aula. Você abordou este conteúdo no
módulo de Didáctica Geral, entretanto, agora estarão especificamente
relacionadas com a aula de Física. As funções didácticas são de uma
forma geral, como já deve saber, partes integrantes da estrutura ou
fases de uma aula. A estrutura representa a organização, sequência e
inter-relação dos diferentes momentos do processo de ensino (aula),
tendo em conta as idades dos alunos, as características do seu
desenvolvimento mental, as especificidades de conteúdos e
metodologias das matérias e que incluem quatro momentos.
Lição n° 1
A Orientação dos Objectivos como
Unidade da Apresentação dos
Objectivos, Motivação e da
Segurança do Nível Inicial
Tempo de Estudo
Apresentação
dos
objectivos
Orientação
dos
Objectivos
Garantia do
Motivação
nível inicial
Você como professor deve pôr o seu aluno a par dos objectivos da
aula. O conhecimento dos objectivos por parte do aluno é, talvez, um
dos meios mais eficazes para o sucesso da aprendizagem. Os
objectivos são para o aluno um guia que lhe permite direccionar a sua
actividade e organizar os seus esforços.
Os objectivos gerais:
• visam competências a adquirir;
• expressam os resultados esperados;
• situam-se ao nível da realização das acções;
• visam capacidades mais complexas;
• não são directamente observáveis.
Os objectivos específicos
Os objectivos específicos:
• visam competências a desenvolver;
Didáctica de Física II Ensino à Distância 15
Quadro 2. Matriz com os objectivos, conteúdos e competências para Unidade 1 de Física da 11ª Classe.
Fonte: Programa de Física da 11ª Classe. Ministério da Educação e Cultura (MEC) 2009.
Exemplo:
Exemplo:
• Conhecer as grandezas físicas fundamentais;
• Diferenciar grandezas físicas fundamentais das grandezas
físicas derivadas e exemplificar.
Exemplo:
• Ter uma atitude de precisão na medição de uma grandeza
física;
• Irritar-se quando os resultados de medição de uma grandeza
concreta são bastante díspares relativamente aos valores
tabelados.
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo 1:
Aula sobre: As leis de Kirshoff.
Definição dos objectivos: No final da aula sobre o tema “Leis de
Kirshoff” os alunos devem ser capazes de:
Didáctica de Física II Ensino à Distância 20
Exemplo 2:
Em muitas das actividades que cada um de nós desenvolve no dia-a-
dia, precisamos de nos servir de instrumentos de apoio que facilitam a
execução dessas actividades. Por exemplo, se alguém deseja cortar um
pedaço de um tecido, procura uma tesoura. Se um trabalhador deseja
transportar uma quantidade de pedra de construção numa obra usa um
carrinho de mão. Quando um automobilista deseja trocar o pneu
furado do seu veículo, usará obviamente uma chave de roda, etc. Esses
instrumentos chamam-se máquinas simples e o seu funcionamento é
objecto de estudo da Física. Por isso, na nossa aula de hoje vamos
aprender as características desses instrumentos, a sua classificação e
funcionamento.
Exemplo 3:
Definição dos objectivos através da colocação de perguntas
exploratórias:
Você como professor: “Hoje vamos introduzir um novo assunto:
Quem me pode explicar como/porquê conseguimos tomar refresco
com ajuda de uma palhinha”? (Nota: É sempre preciso reservar
alguns minutos para os seus alunos pensarem e tentar responder à
pergunta colocada, sem no entanto dar a explicação final).
Numa outra situação, você pode pegar numa tira de jornal com os
dedos e questionar: “O que vocês esperam que aconteça se eu soprar
de modo rasante por cima desta tira de papel”? Você pode depois
terminar dizendo que as respostas a estas questões serão encontradas
ao longo da aula sobre Pressão atmosférica.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 21
1.2.2. Motivação:
1. Antes de ler o texto que se segue, faça uma reflexão por escrito
sobre como você, na qualidade de professor, tem contribuído
para a motivação dos seus alunos na sala de aula.
Actividade 2. Entregue ao seu tutor a sua reflexão.
Exemplo 1:
Tema da aula: Pressão atmosférica
Realização de uma experiência simples: Demonstrar para o aluno que
um balão cheio de ar pode estar aberto sem que o ar se escape.
Exemplo 2:
Tema da aula: Princípio de Arquimedes
Descrição de uma experiência histórica: Deixar um aluno ler o
historial de como Arquimedes descobriu o Princípio que acabou
tomando o seu nome.
Exemplo 3:
Tema da aula: Princípio de Arquimedes
Colocação de uma questão interessante que suscite dúvida e
curiosidade: “Num copo com água colocam-se pedras de gelo de
modo que o nível da água suba até as bordas do copo, quase a
transbordar. O que espera que aconteça quando o gelo estiver derretido
completamente?
Didáctica de Física II Ensino à Distância 24
Exemplo 4:
Tema da aula: Formação de sombras
Apresentação de desenhos ou figuras ilustrativas. Interprete as
seguintes imagens. Há ou não algo de anormal nestas imagens?
Exemplo 5:
Tema da aula: Medição de uma força.
Colocação de tarefas criativas. Construir, como actividade caseira,
um dinamómetro para medição de pequenas forças, usando materiais
caseiros.
Tal como não se poderia pôr em pé o primeiro andar de uma casa sem
primeiro construir o rés-do-chão, também não é possível construir o
conhecimento sem o alicerçar em bases sólidas.
Isso não significa porém ter que pactuar por uma atitude extremista de
esperar passivamente até que o aluno reúna as bases características do
estágio de desenvolvimento da criança. Mas também a atitude de
“ensinar por ensinar” sem consideração do estágio cognitivo ou psico-
motor do aluno pode conduzir a grandes fracassos.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 26
Exemplo:
Sumário
Caro estudante, a lição que você acaba de terminar tinha como
objectivo central discutir a essência e a realização da função didáctica
“orientação dos objectivos” como unidade da apresentação dos
objectivos, motivação e garantia do nível inicial. Na primeira parte
desta lição, você aprendeu essencialmente que a definição dos
objectivos na acção de formação assume várias funções entre as quais
a de clarificação dos procedimentos de formação, de orientação da
acção do formador, de guia para o formando e de factor de maior
objectividade na avaliação da aprendizagem.
Exercícios
Lição n° 2
O Tratamento da Matéria Nova
Introdução
Estimado estudante, nesta segunda lição você vai aprender sobre o
tratamento da matéria nova na aula de Física. Considerada a parte da
aula em que o professor concentra maior atenção, por ser o momento
em que os novos conhecimentos são abordados, o tratamento da
matéria nova, também chamado “trabalho na matéria nova” é visto
como a etapa central da aula de Física. Nesta lição, importa
discutirmos que formas é que o professor de Física tem de concretizar
para esta fase da aula.
Ao terminar esta lição, você será capaz de:
Tempo de Estudo
Resumindo:
- Formas de Socialização:
As formas de socialização são as formas de organização da turma e de
interacção entre o professor e os alunos, assim como dos alunos entre
si e com a matéria de aprendizagem.
Algumas dessas formas são:
Exemplo:
Tema: Formação de imagens nos espelhos planos
Os alunos:
1. Reconhecem que a localização da imagem é atrás do espelho e
exactamente em simetria com o objecto em relação à superfície
do espelho;
Didáctica de Física II Ensino à Distância 35
Experiência 1
Experiência 2
Sumário
A experiência mostra que o tratamento da matéria nova é a “parte
central” da aula onde as actividades do professor e dos alunos no
processo de ensino-aprendizagem se tornam mais intensas.
Você viu que o tratamento da matéria nova como função didáctica,
está orientado para a abordagem dos novos conhecimentos sob a
aplicação dos diferentes métodos de aquisição do conhecimento
científico, de acordo com os conteúdos e os objectivos a serem
alcançados na aula, como por exemplo o método de generalização
indutiva, o método de conclusão dedutiva, o método experimental, o
método de analogia, o método de modelo e o método analítico-
sintético.
Para o tratamento da matéria nova, as formas de socialização podem
ser: frontal (palestras, exposições, deduções matemáticas de fórmulas
e demonstrações experimentais); trabalho conjunto (diálogo e
discussão entre o professor e o aluno); trabalho individual (resolução
autónoma de tarefas, trabalho com o livro do aluno, realização de uma
Didáctica de Física II Ensino à Distância 38
Exercícios
1. Prepare o tratamento da matéria nova subordinada ao tema:
“Lei de Hooke”. Indique a classe e a unidade temática em que a
aula se insere.
Lição n° 3
Consolidação e a Avaliação e
Controle
Introdução
Tempo de Estudo
a) Revisão/Recapitulação
Tem como objectivo a reactivação e fixação dos conhecimentos (p.ex.
leis e conceitos).
O conteúdo da nossa memória só depois de várias recepções e
reproduções pode ser seguramente armazenado.
b) Exercitação
Tem como objectivo a fixação das capacidades, habilidades e hábitos.
(p.ex.: resolução de exercícios e problemas usando fichas de trabalho,
leitura de aparelhos de medição, montagem de circuitos, etc.).
Didáctica de Física II Ensino à Distância 41
c) Sistematização
Tem como objectivo aprofundar os conhecimentos e capacidades
através do reconhecimento de relações mais abrangentes entre
conteúdos adquiridos mais ou menos isoladamente (p.ex. ordenamento
de factos, conceitos, leis e métodos já conhecidos através do uso de
tabelas ou mapas de conceitos).
d) Resumo/Síntese
O resumo ou a síntese é um exercício que combina a capacidade de
síntese e a objectividade. O resumo de uma aula ou de uma parte desta
consiste em apresentar as ideias ou factos essenciais desenvolvidos
durante a aula, expondo-os de um modo abreviado e respeitando a
ordem em que aconteceram. O resumo/síntese permitem estabelecer
entrelaçamentos entre os assuntos abordados na aula. Como uma
forma de consolidação, o resumo/síntese permite a distinção e a
fixação do essencial da aula.
e) Aplicação
Tem como objectivo o reconhecimento de relações de dependência
através da transferência do saber e das capacidades adquiridas a novos
factos (p.ex. ligação entre teoria e prática, na natureza ou na técnica,
realização de experiências, etc.).
Diz-se que a aplicação é a culminância relativa ao processo de ensino,
em que se estabelecem vínculos do conhecimento com a vida de modo
a suscitar a independência de pensamentos e atitudes críticas e
criativas.
Sumário
Caro estudante, com esta lição, você terminou o estudo das funções
didácticas. Tratámos concretamente das funções didácticas
“Consolidação e Aplicação” e “Avaliação e Controlo”.
Por sua vez, a avaliação e controlo é a função didáctica que tem como
objectivo determinar o andamento e os resultados do processo de
ensino-aprendizagem no que respeita aos conhecimentos, capacidades
e comportamentos do aluno em relação aos objectivos educacionais
definidos. Ela constitui a parte mais importante de todo o processo de
ensino-aprendizagem, pois tomando em conta que o aluno é o
protagonista da sua própria aprendizagem, ele ganha com a avaliação a
consciência das suas conquistas, dificuldades e possibilidades para a
reorganização dos seus esforços nas tarefas de aprender. Para além
disso, ela subsidia o trabalho do professor com informações objectivas
e claras sobre o desempenho dos seus alunos, possibilitando-lhe a
reflexão sobre a sua prática lectiva, a tomada de decisões adequadas e
auto-avaliação.
Você estudou igualmente que a avaliação cumpre fundamentalmente
três funções: a diagnóstica, a formativa e classificatória/sumativa.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 46
Exercícios
Unidade 2
Planificação do Processo de
Ensino- Aprendizagem em Física.
Introdução
Estimado estudante, nesta unidade você vai debruçar-se sobre a
planificação do processo de ensino-aprendizagem, tomando como
referências a unidade temática e a aula. Na primeira lição você vai
aprender como se faz a planificação da unidade temática, para na
segunda lição estudar sobre a planificação da aula. Na terceira aula ir-
se-á discutir sobre as características de uma ideal.
De modo geral, a planificação do processo de ensino-aprendizagem
prevê a reflexão em torno dos seguintes aspectos: objectivos,
conteúdos, métodos e formas de avaliação.
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:
Lição n° 4
1. Planificação de uma Unidade
Temática.
Introdução
4 • Identificar o tipo de interacção que • Noção de Campo eléctrico. - Edd.: Gerador de Van de Graaff.
ocorre entre corpos electricamente Demonstração do campo elétcrico.
carregados - Edd.: Simulação do campo
elétcrico com pequenos ímanes
circulares.
• Explicar a existência da corrente • Corrente eléctrica Contínua e -Edd.: Demonstração da existência
5e
eléctrica Alternada e sua detecção da corrente pelos seus efeitos.
• Distinguir a corrente contínua da • Características da corrente -Edd.: Demonstração com ajuda
6 alternada alternada de um amperímetro da diferença
entre corrente contínua e alternada.
7 • Explicar a função das fontes de corrente • Fontes de corrente/de tensão Eda.: Tensão produzida por
eléctrica uma pilha de limão.
13 • Mencionar os factores de que depende a • Factores de que depende a Edd.: Demonstração experimental
resistência de um condutor. resistência eléctrica de um da dependência da resistência
condutor eléctrica de um condutor com as
suas dimensões e com o material.
Actividade
Sumário
Nesta lição que acaba de terminar você estudou qual é o papel da
planificação e em que consiste a planificação de uma unidade
temática. Planificar no contexto da educação é um passo
importantíssimo, pois auxilia o professor entre outros aspectos a
definir com detalhe os objectivos do ensino, a seleccionar e organizar
os conteúdos mais relevantes para os seus alunos e a seleccionar os
melhores procedimentos e os recursos, para desencadear um ensino
mais eficiente, orientando o professor na condução do processo de
ensino-aprendizagem. As actividades do professor e do aluno na aula
não devem ser fruto de simples improvisos.
Exercícios
1. A Estática dos fluidos é uma unidade temática integrante do
programa de ensino de Física da 9ª Classe. Faça a planificação
desta unidade temática, a exemplo do plano acima.
2. Faça igualmente o plano da unidade temática II “Oscilações e
Ondas mecânicas” que consta do programa de ensino de
Auto-avaliação Física da 10ª Classe;
3. Produza para cada aula no exemplo de plano temático acima,
nos casos em que é recomendada, uma ficha de trabalho (com
pelo menos 5 exercícios) e resolva-a.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 58
Lição n° 5
Planificação de uma aula de Física
Introdução
Você ao entrar numa sala de aula deve sempre ter em mente o que irá
leccionar para aquela turma; deve saber o conteúdo, de que maneira
vai abordar o assunto, quais os recursos didácticos necessários para
aquela aula e, acima de tudo, ter uma aula bem preparada. Toda essa
preparação inicial tem um nome específico: plano de aula. Um plano
de aula é um instrumento de trabalho do professor, nele você
especifica o que será realizado dentro da sala, procurando com isso
aprimorar a sua prática pedagógica bem como melhorar a
aprendizagem dos seus alunos. Por isso, estimado estudante, nesta
lição vai aprender como planificar uma aula de Física.
Objectivos a Conteúdos a
alcançar abordar
Formas e Métodos de
instrumentos de trabalho a
avaliação da adoptar
aprendizagem
Actividade
Didáctica de Física II Ensino à Distância 64
Modelo A:
1. Objectivos cognitivos:
No fim desta aula o aluno sabe:
...............................................................................................................................................
………………………………………………………………………………………………
2. Competências a serem desenvolvidas:
No fim desta aula o aluno é capaz de:
................................................................................................................................................
................................................................................................................................................
3.Objectivos afectivos:
Durante esta aula o aluno desenvolve as seguintes atitudes:
................................................................................................................................................
...............................................................................................................................................
4. Meios de ensino:
...............................................................................................................................................
...............................................................................................................................................
5. Formas de Avaliação:
................................................................................................................................................
6. Desenvolvimento
Modelo B:
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDO
Aqui entra o conteúdo a ser trabalhado durante a aula com descrição dos subtópicos.
METODOLOGIA
RECURSOS
AVALIAÇÃO
Aqui entra o como será feita a avaliação e controlo do sucesso da aula pelo
professor.
OBSERVAÇÕES:
.......................................................................................................................................
Didáctica de Física II Ensino à Distância 67
Modelo C:
A primeira parte do modelo C é a mesma que a do modelo A.
1) Fases da aula
Segunda fase:
Terceira fase:
Quarta fase:
- Duração da fase;
- Formas de socialização
- Actividades do Professor;
Quinta fase:
Sexta fase:
Sétima fase:
Exemplo
1) Fases da aula
Sub-fases
Sub-fases
Sumário
Exercícios
1. Elabore um plano de aula da lição número 7 do
exemplo do plano de unidade temática da lição No 4.
Lição n° 6
Como fazer da minha aula de Física
uma aula ideal?
Introdução
Caro estudante, nesta lição, a última desta unidade, vamos fazer uma
pequena reflexão sobre o que seria uma aula ideal de Física para os
seus alunos. Naturalmente que na qualidade de professor, para oferecer
uma aula ideal aos seus alunos, também precisa de ser um professor
ideal. Para resgatarmos as características de uma aula ideal e
consequentemente as de um professor, vamos recorrer à comparação,
reflectindo sobre o que já é do nosso conhecimento sobre uma aula
tradicional e professor tradicional.
Actividade
A aula ideal, por sua vez, pode ser caracterizada por situações em que
o professor:
Motivar alunos a
pensar sobre o
Estimular alunos seu processo de
a comparar, aprendizagem,
Motivar alunos analisar, ligar
aplicar as suas teoria à prática e
Dar regras, habilidades para produzir uma
dicas, resolver opinião
Mostrar princípios problemas
através duma
Explicar e repetir explicação
conhecimento
Professor: Professor:
Coloca perguntas e Estimula a reflexão
controla sobre as respostas
as respostas
Alunos:
Alunos: Colocam mais
Apenas dão respostas perguntas
EXPOSITIVA PARTICIPATIVA
Didáctica de Física II Ensino à Distância 75
Actividade
5. Trabalhar em equipa
• Elaborar um projecto em equipa;
• Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões;
• Formar e renovar uma equipe pedagógica;
• Enfrentar e analisar em conjunto situações complexas,
práticas e problemas profissionais;
• Administrar crises ou conflitos interpessoais.
Actividade
Sumário
Caro estudante, esta última lição da unidade foi dedicada a uma
reflexão sobre como fazer da nossa aula de Física uma aula ideal. Uma
aula ideal exige um professor ideal.
De uma forma geral, falar de aula ideal é falar de uma aula
participativa ao contrário do que acontece com a aula tradicional,
puramente expositiva.
Enquanto na aula tradicional os alunos são passivos, distraídos e sem
motivação para a aula, onde apenas escutam e consomem, na aula
ideal os alunos são activos, interessados pela matéria, falam, fazem
observações, analisam, colocam dúvidas ao professor e produzem
conhecimento.
Por sua vez, o professor ideal, é um profissional a quem cabe o papel
dinamizador e orientador dos projectos de trabalho elaborados pelo
próprio aluno, através de actividades de observação, experimentação,
consulta, indagação, avaliação, etc.
Na opinião de Perrenoud (2000) um professor ideal é caracterizado por
10 competências profissionais sendo elas saber organizar e dirigir
situações de aprendizagem; administrar a progressão das
aprendizagens; conceber e fazer evoluir os dispositivos de
Didáctica de Física II Ensino à Distância 80
Exercícios
Unidade 3
Tratamento de alguns Conteúdos
seleccionados da Electricidade e
Magnetismo.
Estimado estudante, como foi referido na introdução da unidade 2,
nesta unidade falaremos sobre algumas sugestões para organização do
processo de ensino-aprendizagem de alguns conteúdos seleccionados
da área da Electricidade e Magnetismo. Uma vez mais, é importante
realçar que não se trata de nenhum modo de receitas que devem ser
seguidas a risca, mas simplesmente dicas de como desenhar e orientar
as sua aulas orientadas à fenómenos e experiências, e especialmente
centradas no aluno. A Electricidade e o Magnetismo são áreas da
Física que se ocupam do estudo de fenómenos electromagnéticos e das
leis que os regem. Podendo ser subdividida em quatro partes, a área da
Electricidade e Magnetismo compreende a Electrostática, a Corrente
eléctrica e seus efeitos, o Magnetismo e a Indução electromagnética.
Ao completar esta unidade, você deverá ser capaz de:
Lição n° 7
Conceito de carga e campo
eléctricos.
Introdução
Caro estudante, a lição número 11 vai debruçar-se sobre os conceitos
de carga eléctrica e campo eléctrico. Estes conceitos são abordados
pela primeira vez na Unidade I do programa de Física da 10ª Classe.
.
Tempo de Estudo
A presença de cargas
eléctricas pode porém
ser visualizada através
dos seus efeitos na
natureza ou na sala de
aula. São vários os
fenómenos que podem
revelar a presença de
cargas eléctricas.
Na natureza, por
exemplo, o relâmpago Fig.4.2: Fenómeno do relâmpago
embora possa ser
bastante perigoso, é um fenómeno espetacular que ocorre devido à
presença de cargas eléctricas na atmosfera.
Estes e outros fenómenos podem ser trazidos por você ou pelos alunos
como exemplos que revelam a presença de cargas eléctricas.
Pequenas e simples experiências podem igualmente ser sugeridas por
você para os seus alunos fazerem experimentação.
Experiência 1: Os alunos podem friccionar um pente ou uma
esferográfica com um pano seco ou com o cabelo e depois aproximar o
pente ou a esferográfica a pedacinhos de papel. Eles vão observar que,
depois da fricção, tanto o pente como a esferográfica atraem os
pedacinhos de papel. O que podemos concluir?
Experiência 2: Você pode ainda mostrar a atracção sofrida por um
pêndulo eléctrico (pequena bola e leve geralmente feita de cortiça ou
isotermo, suspensa por um fio), quando a ele se aproxima uma barra
de plástico ou de vidro electrizado por fricção.
Experiência 3: Um balão cheio de ar quando friccionado num pedaço
de tecido de lã, aceita permanecer preso numa parede sem cair.
Experiência 4: Se aproximarmos um
corpo electrizado da “cabeça” do
electroscópio, sem a tocar, haverá
uma separação temporária de cargas
no electroscópio, sendo que as duas
folhas ficarão com o mesmo tipo de
carga e repelar-se-ão. Afastando
novamente o corpo electrizado, as
Fig. 4.4: Electroscópio de folhas
folhas voltam à posição inicial.
Por outras palavras, equivale dizer que a carga de qualquer corpo electrizado
é a soma de todos os electrões ou protões que estão a mais nesse corpo.
Q = n⋅e ,
Exemplo 2:
−6
É dado um corpo electrizado com carga positiva de 6,4 × 10 C .
Determine o número de electrões em falta no corpo.
Q
Resolução: O número de electrões é dado pela expressão n = .
e
6,4 × 10 −6 C
Então, n = −19
= 4 ×1013 electrões
1,6 × 10 C
Resposta: O número de electrões em falta no corpo é de 4 × 1013 .
As seguintes tarefas podem ser recomendadas para a fixação dos
conhecimentos até então adquiridos sobre a carga eléctrica.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 89
Se os alunos já tiverem
algum conhecimento sobre
campo gravitacional da
Mecânica de Newton, a
analogia deste tipo de campo
com o campo eléctrico pode
jogar um papel importante na
compreensão do conceito Fig.4.9: Campo eléctrico como região
campo eléctrico. em volta do corpo carregado.
b)
a)
Fig.4.11: Campo eléctrico a) de uma carga pontual positiva é divergente e b) de uma carga pontual
negativa é convergente.
Por exemplo:
A expressão E=F Q
permite-nos calcular a
intensidade do campo
eléctrico, para quaisquer
cargas que criam esse campo.
Vamos aplicá-la, por
exemplo, para um caso
particular, no qual a carga que Fig.4.12: O campo eléctrico de uma
cria o campo eléctrico é uma carga pontual num dado ponto, depende
do quadrado da distância.
carga pontual + Q . uma
pequena carga de prova + q (positiva) é colocada no campo, como
mostra a figura. Usando a lei de Coulomb, a força eléctrica que actua
Qq 1 Qq
sobre a carga + q é dada por F = k 0 2 = ⋅ .
r 4πε o r 2
Assim, a intensidade do campo eléctrico ou simplesmente campo
eléctrico será, então:
F Qq Q
E= = k0 2 = k0 2
q qr r
Resolução:
Primeiro devemos reduzir a unidade de carga para Coulomb e a de
comprimento para metros.
Q 15 ⋅ 10 −6 C
E= = = 3,4 ⋅ 10 6 NC −1
4πε 0 r 2 4 ⋅ 3,14 ⋅ 8.85 ⋅ 10 −12 NC − 2 m − 2 ⋅ (0,20m )2
a) b)
c)
Exercícios
Entre outras, você pode resolver com ou deixar os seus alunos
resolverem as seguintes tarefas para a consolidação dos
conhecimentos.
Sumário
Lição n° 8
Corrente eléctrica, Tensão eléctrica
e Circuitos eléctricos
Introdução
recipiente com nível mais alto para o de nível mais baixo, graças à
gravidade, até que os níveis se igualem. Logo que isso acontecer o
movimento da água cessa. Para manter o fluxo da água permanente é
necessário inserir uma bomba de água cuja função é de elevar a água
do recipiente de nível mais baixo para o de nível mais alto. Assim
passamos a ter um circuito de corrente de água.
Você como professor pode, usando materiais simples, montar
facilmente o sistema de corrente hidráulica como mostra a figura 4.20.
Como bomba de água, pode-se usar a que se aplica geralmente em
aquários.
Da analogia deve-se passar para o fenómeno em estudo. Num circuito
eléctrico, a bateria tem a função de “bomba de água”, em que o pólo
positivo da bateria representa o recipiente com nível mais alto de água
e pólo negativo o recipiente com o nível mais baixo. Os cabos de
ligação correspondem no circuito hidráulico aos tubos que ligam os
recipientes entre si. Por sua vez, a água representa o que flui dentro
dos cabos condutores e no filamento da lâmpada.
Se considerarmos que a água, como um líquido, é uma substância que
praticamente não se deixa comprimir, e que no interior dos tubos
preenche completamente todo o volume dos tubos, então, a analogia
deve exigir no que flui nos cabos condutores igual comportamento.
Geralmente, o modelo de pequenas esferas (electrões) usado para
representar o que flui dentro do condutor, apresenta espaços livres
entre as esferas, o que
pressupõe que, caso a corrente
seja interrompida as esferas
traseiras ainda se moverão até
chocar com as frontais a ponto
de se acumularem na
extremidade positiva do Fig. 4.21: Movimento ordenado de
condutor. Por outras palavras, cargas negativas
“tal coisa” vai se comprimir
dentro do condutor. Isto é o mesmo que acontece também quando o
fluxo de carros numa auto-estrada é interrompido devido a um
acidente de viação.
Reservemos este momento para você então reflectir se este modelo é
ou não adequado para o estudo da corrente eléctrica.
E o que acha, caro estudante, de um modelo em que as esferas estão
juntas, não havendo quase espaçamento entre elas? Sem dúvida que o
Didáctica de Física II Ensino à Distância 106
Unidades derivadas
Quiloampére = 1KA = 10 3 A
1 Miliampére = 1mA = 10 −3 A
1 Microampére = 1µA = 10 −6 A
∆Q 4,5 × 10 −4 C
Resolução: I = ; I= ; I = 3 × 10 −2 A
∆t 1,5 × 10 −2 s
∆Q 1,2 × 10 −2 C
Resolução: a) I = ; I= ; I = 8 × 10 −2 A
∆t 1,5 × 10 −2 s
Q
b) Sabendo que o número de electrões é dado por: n = , onde e é
e
1,2 × 10 −2 C
carga do electrão, então n = ; n = 7,5 × 1015 electrões.
1,6 × 10 −19 C
Se tivermos duas
esferas metálicas
iguais carregadas
com igual
concentração de
cargas eléctricas
(potenciais Fig.4.25: Ligando as duas esferas não haverá movimento
eléctricos iguais) de cargas eléctricas, pois as esferas estão ao mesmo
e as ligarmos por potencial.
um condutor, não haverá movimento de cargas de uma esfera para a
outra, por não haver diferença de potencial entre elas.
Se tivermos duas
esferas metálicas
iguais carregadas
com
concentrações
diferentes de
cargas eléctricas
(potenciais Fig.4.26: Ligando as duas esferas haverá movimento de
eléctricos cargas eléctricas de A para B.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 110
E el
Portanto U =
Q
1J
Portanto = 1V
1C
Unidades derivadas:
1 Quilovolt = 1KV = 10 3 V
1 Megavolt = 1MV = 10 6 V
1 Milivolt = 1mV = 10 −3 V
1 Microvolt = 1µV = 10 −6 V
Nr 1º Condutor/Resistor 2º Condutor/Resistor
U(V) I(A) Ω)
R=U/I(Ω U(V) I(A) Ω)
R=U/I(Ω
1
U
Portanto na forma de igualdade temos R = ou U = R ⋅ I ou ainda
I
U
I=
R
Didáctica de Física II Ensino à Distância 114
1V
Portanto, 1Ω = .
1A
Isto significa que um condutor tem uma resistência de 1 Ω se, para que
seja percorrido por uma corrente de intensidade 1 A, for necessária
uma tensão de 1 V.
Unidades derivadas
1 Kilohms = 1KΩ = 10 3 Ω
1 Megaohms = 1MΩ = 10 6 Ω
1 Microhms = 1µΩ = 10 −6 Ω
U1 U 2
Resolução: Com base na proporcionalidade directa temos = ;
I1 I2
20V U 2
= ;
4 A 3A
20V ⋅ 4 A 80V
U2 = = = 26,6V
3A 3
Didáctica de Física II Ensino à Distância 115
Exercícios
1. A corrente eléctrica real, através de um fio metálico, é
constituída pelo movimento de:
a) Cargas positivas no sentido da corrente convencional.
b) Cargas positivas no sentido oposto ao da corrente
Actividade convencional.
c) Electrões livres no sentido oposto ao da corrente
convencional.
d) Iões positivos e negativos.
e) Nenhuma resposta é satisfatória.
Circuitos eléctricos
Um circuito eléctrico é um conjunto de aparelhos interligados
electricamente de forma apropriada. É constituído, pelo menos, por um
Didáctica de Física II Ensino à Distância 118
Circuito em série
Circuito em paralelo
Exercícios
1. Determine a intensidade da corrente que circula em cada um dos
circuitos abaixo.
Actividade
Actividade
Lição n°9
Indução electromagnética
Introdução
Caro estudante, nesta 13ª lição, você vai aprender mais um fenómeno
interessante do Electromagnetismo, a indução electromagnética. A
indução electromagnética é tema da Física cuja abordagem está
programada para a Unidade temática III do programa de Física da 11ª
Classe. A anteceder esta temática, e como pré-requisito para a
compreensão da indução electromagnética, são abordados conceitos de
campo magnético, as interacções magnéticas, a experiência de
Oersted, etc. Estes assuntos são matéria da Unidade temática III do
programa de Física da 10ª Classe.
Ao terminar esta lição, você deverá ser capaz de:
Fig. 4.35: Campo magnético de um íman em Fig.4.36: Campo magnético de dois ímans
forma de barra.
Experiência de Oersted
Fm
Partindo da expressão da intensidade da indução magnética B = ;
qvsenα
Obtém-se [B] = 1
Ns Kg
=1
Cm Cs
Se por sua vez um fio condutor percorrido por uma corrente estiver
num campo magnético sofrerá por parte
deste uma força igual à soma das forças
magnéticas que actuam sobre cada uma das
partículas carregadas que, em movimento,
determinam a corrente.
Indução electromagnética
Fig. 4.42: Fluxo magnético através de uma certa área A: a) Linhas de campo perpendiculares
à área e b) Linhas de campo formando um ângulo qualquer α com a área.
v
Seja B um campo magnético perpendicular à área considerada (fig. 4.42a)).
a) b)
Fig. 4.43: a) Indução electromagnética entre um íman e uma bobina;
b) Indução electromagnética entre bobinas
Exercícios
Sumário
A unidade 3 tratou, como você pôde constatar na suas três lições, de
três aspectos básicos do Electromagnetismo, nomeadamente as
interacções eléctricas entre cargas em repouso, a corrente eléctrica e as
suas características e as interacções entre os campos eléctrico e
magnético. Tiveram destaque na primeira lição as propriedades das
cargas eléctricas, experiências sobre electrização, o conceito de campo
eléctrico e as suas características.
Unidade 4
Tratamento de alguns Conteúdos
seleccionados da Termodinâmica.
Caro estudante, nesta unidade, nós vamos discutir algumas sugestões
de como organizar o seu processo de ensino-aprendizagem em alguns
conteúdos seleccionados da área de Termodinâmica. Uma vez mais,
importa realçar que não se trata de nenhumas receitas a seguir à risca
na condução das suas aulas, mas simplesmente, algumas dicas de
como você poderia proceder para organizar e realizar um ensino
orientado para fenómenos, experiências, centrado no aluno. Os
conteúdos sugeridos nesta unidade são apenas uma pequena parte do
que consta dos programas de ensino de Física da 9ª Classe e 12ª Classe
do SNE e foram assim escolhidos por se tratar daqueles para os quais
os alunos mais dificuldades têm de compreender, devido às
concepções alternativas. Trata-se especificamente dos conceitos de
calor e temperatura, dilatação térmica dos corpos sólidos, líquidos e
gasosos, as mudanças de fase e formas de transmissão do calor, a
calorimetria e a primeira lei da Termodinâmica. Os conhecimentos
que você já construiu no estudo do módulo de Termodinamica e Física
Molecular, ajudar-lhe-ão a acompanhar as ideias aqui apresentadas.
Esperamos que você tenha um grande prazer durante o estudo da
unidade.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:
Lição n° 10
Conceitos de Calor e Temperatura.
Introdução
Análise Didáctica
Para isso, você pode realizar uma série de actividades, tais como: a
leitura de textos com conteúdo histórico do desenvolvimento da
Termodinâmica (por exemplo sobre a evolução dos conceitos de Calor
e de Temperatura); a realização de experiências sobre medição da
temperatura, dilatação dos corpos, condução de calor e mudanças de
fase, procurando em cada caso provocar debates em volta das
concepções alternativas dos alunos.
E o que é temperatura?
Como medir a temperatura
de um corpo?
Você pode deixar os seus alunos confirmarem isso com ajuda de uma
experiência muito simples.
Deve-se usar a mesma massa de água para todos os sistemas (50 ml) e
anotar a temperatura dos dois sistemas imediatamente antes de
misturá-los.
Da secção anterior, os seu alunos devem ter retido que não é adequado
medir a tempertura de um corpo através do tacto. É aconselhável
Didáctica de Física II Ensino à Distância 153
100 ºC. Agora divida a distância entre 0 e 100 em 100 partes iguais e
terá o seu termómetro calibrado.
Por sua vez, a escala Kelvin foi criada em 1847 por William Thomson,
depois conhecido como Lorde Kelvin e é muito usada no meio
científico. Ela é a escala do Sistema Internacional (SI).
A criação desta escala está relacionada com o facto de que, como você
já sabe, a temperatura é uma grandeza que mede o nível de agitação
das moléculas de um corpo. Quanto maior for a agitação maior a
temperatura, e quanto menor a agitação, menor a temperatura.
Esta escala é mais usada nos países de língua inglesa, com excepção
da Inglaterra, que já adoptou o Célsius.
Sumário
Caro estudante, finda esta primeira lição da unidade, você terá ganho
ou revisto o seu conhecimento sobre o desenvolvimento histórico dos
conceitos de calor e temperatura, desde a era da ideia do calórico
defendida por Antonie Lavoisier que via o calor como uma substância
até ao momento em que estes dois conceitos começam a ser
claramente diferenciados. Dos resultados experimentais de Rumford,
Julius Mayer, James Prescott Joule o calor passa a ser visto como uma
forma de energia em trânsito e se manifesta quando dois corpos em
contacto estejam a diferentes temperaturas. Experiências simples
sugeridas na lição podem ajudar você a clarificar a diferença entre o
calor e a temperatura.
Lição n° 11
Fenómenos térmicos: Dilatação dos
corpos sólidos, líquidos e gasosos,
transmissão do calor e mudanças
de fase
Introdução
Nesta segunda lição, você vai lidar com alguns exemplos que
constituem matérias de aprendizagem na Física da 9ª Classe,
nomeadamente a dilatação térmica dos corpos, as formas de
transmissão do calor e mudanças de fase.
Tempo de Estudo
Didáctica de Física II Ensino à Distância 158
quanto mais quente estiver o corpo maior será a agitação térmica das
suas moléculas.
Sem dúvida que você está recordado que nos estudos da termologia,
leva-se em consideração três tipos de dilatação térmica: a dilatação
linear, superficial e a volumétrica.
Procedimentos:
α Cu = 1.7 × 10 −5 o C −1 α Al = 2.5 × 10 −5 o C −1
∆A = A − Ao
∆A = Ao β ∆T ,
β = 2α
A = Ao (1 + β∆T )
Imagine um cubo
metálico de volume
inicial Vo e
temperatura inicial
To . Se o mesmo for
aquecido até à
temperatura final T,
Figura15.8: Dilatação volumétrica
e o seu volume
passar a ter um
valor final igual a V. A variação de volume sofrida pelo cubo pode ser
determinada da seguinte forma:
∆V = V − Vo
∆V = Vo γ∆T ,
γ = 3α
V = Vo (1 + γ∆T )
Didáctica de Física II Ensino à Distância 166
Exercícios
1. O comprimento de um fio de alumínio é de 40m a 20 o C .
Sabendo-se que o fio é aquecido até 60 o C e que o
coeficiente de dilatação térmica linear do alumínio é de
Actividade 24 × 10 −6 o C −1 , determine: a) A dilatação do fio. b) O
comprimento final do fio;
2. A uma temperatura de 25o C , o comprimento de uma
barra feita de um material cujo coeficiente de dilatação
linear é de 3 × 10 −6 o C −1 é 100cm , determine:
a) O acréscimo sofrido pela barra na temperatura de
50 o C ;
b) O comprimento da barra a 50 o C .
3. Uma régua de latão foi calibrada para ser utilizada em
medições a 20 o C . Em que temperatura uma leitura de
30cm feita com essa régua terá um erro de cerca de 1mm
de acréscimo? Dado o coeficiente de dilatação linear do
latão α la~t ao = 19 × 10 −5 o C −1 .
Feedback
Fonte:http.www.profmcastro.files.wordpress.com/2008/0
4/mf1.jpg
Q = mL ,
Exemplo:
Ouro 67 1645
Exercícios
1. Considere um recipiente termicamente isolado contendo
inicialmente 200 g de gelo a − 10 o C . Determinar a
quantidade de calor que essa massa de gelo deve receber
Actividade para se transformar em 200 g de água líquida a 20 o C ,
(dados: calor específico do gelo = 0,5cal / g oC ; calor
específico da água = 1cal / g oC ; calor latente de fusão do
gelo 80cal / g );
d) 5,0 × 10 2 g ; e) 1,0 × 10 3 g .
Feedback
Com ajuda da vela acesa faça pingar gotas de parafina derretida, sobre
a barra. Em cada gota, coloca um alfinete (figura 15.5a)). Em seguida,
deve-se segurar a barra horizontalmente com auxílio de um alicate ou
pano, com a posição dos alfinetes voltada para baixo. Finalmente, com
a chama da lamparina ou similar (que também pode ser a própria vela),
aquece a extremidade livre da barra (figura 15.5b)).
Esta experiência também pode ser realizada com mais de uma barra,
sendo estas de materiais diferentes. No caso do uso de duas barras, por
exemplo, uma de cobre e outra de alumínio os alfinetes caem
simultaneamente a partir da extremidade aquecida. A diferença com
Didáctica de Física II Ensino à Distância 178
W/m.ºC
Prata 430
Ouro 310
Gelo 2,0
Figura 15.6: Diferença da condutibilidade térmica
entre a) cobre e b) alumínio. Borracha 0,2
Água 0,6
Cobre 400
Ferro 80
Concreto 0,8
Madeira 0,08
Ar 0,023
Tabela 2: Coeficientes de
condutibilidade térmica de alguns
materiais
Experiência: Absorção da
radiação solar.
Exercícios
1. Uma panela com água está sendo aquecida num fogão. O calor
das chamas transmite-se através da parede do fundo da panela
para a água que está em contacto com essa parede e daí para o
Actividade restante da água. Na ordem desta descrição, o calor propagou-se
predominantemente por:
b) condução do calor;
d) reflexão da luz.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 183
Feedback
Sumário
Estimado estudante, como você também pôde constatar, esta lição teve
como pontos focais alguns fenómenos térmicos, até certo ponto
familiares aos alunos, nomeadamente a dilatação dos corpos, as
mudanças de fase e as formas de transmissão do calor. A lição sugere-
lhe realizar experiências simples com os seus alunos, mas que podem
exigir de si uma preparação delicada, particularmente no concernente à
montagem dos materiais, que lhe permitirão não visualizar estes
fenómenos mas também pesquisá-los. O método de analogia baseado
na dedução lógica, é também recomendado na abordagem das
dilatações superficial e volumétrica.
Lição n° 12
Quantidade de Calor e calor
específico. Primeira lei da
Termodinâmica
Introdução
Tempo de Estudo
Didáctica de Física II Ensino à Distância 187
Calor específico
Experiência:
Feedback
Quantidade de calor
c agua = 1cal / g o C
c ferro = 0,11cal / g o C
Você pode notar que o calor específico da água é quase 10 vezes maior
que o calor específico do ferro. Isso significa que para uma mesma
quantidade de ferro e de água, à mesma temperatura, você precisaria
de uma quantidade de calor 10 vezes maior para a água, para causar
uma mesma mudança de temperatura causada no ferro por outra
quantidade de calor.
Portanto,
Q = mc∆T
Exemplo 1:
c agua = 1cal / g o C
Resolução:
Q = mc∆T
Didáctica de Física II Ensino à Distância 191
Q = 11× 10 6 cal
Exemplo 2:
Resolução:
Q
Q = mc∆T ; c=
m∆T
3000cal
c= = 1cal / g oC
150 g ⋅ 20 C
o
c = 1cal / g oC
Exemplo 3:
Resolução
Qced = Qrec
m1c∆T = m2 c∆T
4(T f − 60 o C ) = 2(30 o C − T f )
4T f − 240 o C = 60 o C − 2T f
Didáctica de Física II Ensino à Distância 192
6T f = 300 o C
T f = 50 o C
Feedback
∆U = Q − Wi → f ,
Q = ∆U + W ,
Resolução:
∆U = Q − W = 25 × 10 3 J − 62,8 × 10 3 = −37,8 × 10 3 J
∆Q (−37,8 × 10 3 J )
∆T = = = −3 o C
mc (3,0kg ) ⋅ (4,186 × 10 J / kg C
3 o
Como T f = Ti + ∆T , temos: T f = −3 o C + 80 o C = 77 o C
Feedback
Exercícios
1. O que significa, em termos fenomenológicos, dizer que uma
substância A tem calor específico maior do que o de uma
substância B? Compare as elevações de temperatura produzidas
Actividade pela mesma quantidade de calor fornecida para massas iguais de A
e B. Compare as quantidades de calor necessárias para produzir a
mesma elevação de temperatura em massas iguais de A e B.
Compare as massas de A e B que sofrem a mesma elevação de
temperatura quando recebem a mesma quantidade de calor.
2. Dois corpos, A e B, feitos de substâncias diferentes e com massas
idênticas são colocados em contacto diatérmico no interior de um
recipiente de paredes adiabáticas. Inicialmente, as temperaturas de
A e B são diferentes. Após estabelecido o equilíbrio térmico
verifica-se que a temperatura final dos corpos é mais próxima da
temperatura inicial de A do que da temperatura inicial de B. O que
se pode afirmar sobre os calores específicos de A e B? Explique
lembrando que a variação de temperatura de um corpo que troca
calor é dada por ∆T = q mc .
Feedback
1. 138 J
Didáctica de Física II Ensino à Distância 198
Sumário
A décima sexta e última lição desta unidade, debruçou-se acerca da
calorimetria e da Primeira lei da Termodinâmica. A lição serviu para
você rever estes assuntos pois, sem dúvida eles não constituem para si
nenhuma novidade. Como você pode ver, a calorimetria permite-nos
determinar a quantidade de calor que é cedida ou recebida por um
corpo ou uma quantidade de substância, num processo de troca de
calor, quando são conhecidas as características do material
nomeadamente a massa (m) e o calor específico (c), e a variação de
temperatura sofrida pelo corpo. A expressão ∆Q = mc∆T , é a equação
que relaciona estas grandezas. Experiências simples são sugeridas aqui
para o estudo da dependência entre a quantidade de calor e a variação
da temperatura, a massa e o material.
Esta última equação pode ser interpretada como que o calor fornecido
a um sistema pode servir para além da variação da energia interna de
um sistema, mas também para execução de trabalho por parte do
sistema.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 199
Unidade 5
Tratamento de alguns Conteúdos da
Óptica Geométrica
Introdução
Tempo de Estudo
Lição n ° 13
Princípios e efeitos da propagação
rectilínea da luz
Introdução
Nesta primeira lição você vai estudar o conceito “raio luminoso” como um
modelo físico ideal do fenómeno de propagação rectilínea da luz e os seus
efeitos, nomeadamente a formação de sombras e a formação de imagens na
câmara escura.
Você poderá precisar cerca de 3 horas de estudo para esta lição. Mas, caso
se sinta fatigado, poderá fazer pequenos intervalos.
Tempo de estudo
Didáctica de Física II Ensino à Distância 203
A luz e visão
O entendimento do processo de visão dos corpos do ponto de vista
físico é um requisito básico para a compreensão dos fundamentos da
formação de imagens. Mas nesta idade alunos já formaram ideias
próprias sobre o processo de visão. A ideia mais propagada sobre o
processo de visão dos corpos iluminados é: A luz produz a claridade e
então nós conseguimos ver os corpos. Que a luz que incide sobre esses
corpos é, por estes, espalhada devendo penetrar nos nossos olhos, de
modo que estes sejam reconhecidos, não é facilmente considerada
pelos alunos.
Esta pode ser uma questão que você pode usar como impulso e que os
alunos poderão tentar responder. As respostas dos alunos permitirão a
si informar-se sobre as ideias destes quanto à propagação da luz.
Por exemplo:
• ver numa sala escura (sem luz) e ver numa sala iluminada,
• O olho não emite luz mas sim capta a luz emitida por outros
corpos.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 206
Pode ser, por exemplo, o jogo de sombras com as mãos, em que numa
sala escurecida e com ajuda de uma lâmpada ou luz solar que penetra
na sala através de uma janela, você e os seus alunos produzem, atrás
de uma tela transparente.
Esta é mais uma questão de impulso para o passo seguinte que poderá
consistir na realização de uma experiência do aluno. Com ajuda de
uma ficha de trabalho, os alunos recebem tarefas para estudarem
experimentalmente as características de uma sombra. Eles anotam,
descrevem e explicam as suas observações.
Experiência 6.5:
A experiência ajuda a
confirmar as teorias dos
alunos.
iluminado por duas velas. A distância entre as velas deve ser tal que se
formem no écran duas sombras claras separadas uma da outra. Através
da sobreposição destas obter-se-á uma sombra mais escura. De acordo
com um guião da experiência, os alunos realizam as tarefas colocadas
e fazem anotações das suas observações.
• As duas sombras são claras porque cada uma das fontes ilumina
a sombra da outra.
Conclusão: Na iluminação de
um corpo opaco com várias
fontes luminosas pontuais
formam-se várias imagens de
sombra com diferentes graus de
claridade.
O último assunto que é sugerido para você estudar nesta lição são os
fenómenos das fases da lua e dos ecplipses do sol e da lua como
efeitos resultantes da propagação rectilínea da luz. O conhecimento
destes fenómenos ópticos naturais por parte dos alunos é, sem dúvida,
de extrema importância.
Experiência 6.9:
As fases da lua
A lua no seu
movimento em
volta da Terra
durante os 27
dias, é vista por
um observador
na terra em
Figura 6.14: Fases da lua
diferentes
direcções.
Devido à sua forma esférica os limites entre as zonas claras e escuras
(luz e sombra) são linhas curvas.
Experiência 6.10:
a) b)
Figura 6.15: Eclipses a) da lua e b) do sol
Exercícios
1. Como podemos produzir sombras e penumbras?
15. Por que é que o tamanho de uma sombra varia, quando o écran, o
corpo opaco ou a fonte luminosa é movida.
21. Por que é que a sombra de um dado corpo se torna maior quando este é
22. Quando você caminha de noite próximo de postos de iluminação a sua sombra
muda constantemente de posição. Uma vez está à sua frente e outras vezes
atrás de si. Você tem uma explicação para isso?
24. Quando um corpo é iluminado por uma fonte extensa forma-se uma imagem de
sombra idêntica à de duas fontes pontuais. Qual é a diferença entre as duas
imagens de sombra?
Sumário
Caro estudante, você acaba de terminar a primeira lição desta 6ª unidade.
Nela você deparou com sugestões de como pode abordar com e para os seus
alunos assuntos interessantes no estudo da Óptica como é o caso do processo
de visão através do qual vemos objectos luminosos e iluminados; o princípio
de propagação rectilínea da luz na base do qual se explicam vários
fenómenos ópticos, como por exemplo a formação de imagens na câmara
escura, a formação de sombras, etc. Relativamente a este último fenómeno é
sugerida uma abordagem um pouco mais aprofundada, comparativamente
com o que tem sido a prática escolar. Você é convidado a realizar várias
experiências simples com os seus alunos para produzir sombras com uma,
duas e várias fontes pontuais e analisar as suas características. A abordagem
das sombras é extensiva aos fenómenos naturais de “noite e o dia”, das “fases
da lua” e dos “eclipses do sol e da lua” como exemplos práticos na natureza
da formação de sombras.
Lição n° 14
Formação de imagens nos espelhos
e a lei da reflexão
Introdução
reflexão;
Análise didáctica
Experiência 6.11:
Noção de espelho
Experiência 6.12:
Experiência 6.13:
Exemplo:
Experiência 6.14:
Experiência 6.15:
direccionado ao centro do
transferidor. Deixa-se o feixe incidente incidir no espelho em
diferentes direcções. Medem-se de cada vez os ângulos de incidência e
de reflexão e registam-se numa tabela e comparam-se.
Figura 6.22: O raio incidente, a normal e o raio reflectido estão sempre no mesmo
plano
Exemplo:
Conclusão:
Para começar, você pode questionar aos alunos sobre a sua experiência
com espelhos curvos.
Por exemplo:
Experiência 6.16:
Experiência 6.17:
de um mesmo ponto.
Deve ser clarificado que a normal é uma linha que passa sempre pelo
centro de curvatura, ou seja, é o raio de curvatura e que o foco fica
situado exactamente à metade do raio de curvatura.
Exercícios
Actividade
focal.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 244
Actividade
Sumário
Lição n°. 15
Formação de imagens nas lentes e a
lei da refracção
Introdução
Caro estudante, nesta última lição da unidade, vai estudar como se faz
a formação de imagens nas lentes tomando como base a lei que a
regula, isto é, a lei da refracção da luz. Analisaremos alguns
fenómenos da natureza que nos são familiares e cuja explicação reside
na refracção da luz. Como aconteceu na lição anterior, as observações
em experiências simples são privilegiadas nas estratégias de
tratamento dos conteúdos.
Análise didáctica
Experiência 6.18:
Experiência 6.19:
Em seguida, você pode questionar aos alunos: i) Mas então, por que é
que uma barra mergulhada na água parece quebrada ou uma moeda
no fundo do faso parece elevada? ii) Qual é o caminho da luz que vem
da moeda na água para os nossos olhos?
Didáctica de Física II Ensino à Distância 251
Deve ser fixado que a luz ao sair da água segue em linha recta até ao
olho do observador. Os conhecimentos sobre a propagação rectilínea
da luz possibilitam aos alunos representar o trajecto da luz da moeda
como emissor até ao tubo.
Experiência 6.20.
Coloque no fundo de um
recipiente de vidro vazio um
espelho e direccione-se
obliquamente por cima um
feixe luminoso de uma lanterna Figura 6.33: A luz quando entra
obliquamente do ar para a água, sofre
com diafragma (figura 6.33). um desvio.
Depois introduza lentamente
água no recipiente. Os alunos devem observar o trajecto do feixe de
luz. Para tornar o trajecto do feixe mais visível, posicione
verticalmente um cartão grosso e de cor preta na primeira parede do
recipiente. As manchas de luz, fora e no interior do recipiente com
água estão desfasadas.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 252
Experiência 6.21:
a) b)
Figura 6.35: Refracção da luz ao passar a) do ar para água e b) da água para o
ar.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 253
Experiência 6.21:
80 40
60 35
40 25
20 13
0 0
Didáctica de Física II Ensino à Distância 254
80 o 40 o 47 o
60 o 35 o 40 o
40 o 25 o 29 o
20 o 13 o 15 o
0o 0o 0o
Uma vez estudada a lei da refracção, você deve explicar aos alunos,
com ajuda do modelo raio luminoso, a formação de imagens através da
refracção da luz, tomando como exemplos a aparente elevação da
moeda no fundo de um vaso com água ou da vareta aparentemente
quebrada.
Experiência 6.22:
Experiência 6.23:
Experiência 6.24:
Experiência 6.25:
Experiência 6.26:
• Cada feixe de luz sofre por parte da lente uma dupla refracção.
Experiência 6.27.
A tela do outro lado da lente deve ser ajustada de modo que se obtenha
uma imagem nítida da chama da vela. Medem-se as distâncias entre a
vela e a lente e entre a lente e a tela.
Exemplo da tabela:
Até agora você aprendeu como produzir imagens com diferentes lentes
convergentes e estudou os trajectos dos feixes luminosos ao
atravessarem a lente. Agora é o momento de, com ajuda das leis sobre
os raios luminosos nas lentes, levar os alunos a determinarem
geometricamente a imagem de um objecto.
Didáctica de Física II Ensino à Distância 264
Actividade
Experiência 6.28:
Exercícios
1. Dê exemplos de fenómenos ópticos nos quais se formam imagens
reais e virtuais, respectivamente.
cmdistância
de altura focal umadireito
e estiver imagemsobrevirtual.
o eixo Justifique essa afirmação com
óptico principal.
ajuda de uma construção. Passe a figura para o seu caderno e construa
20. Como muda o tamanho de uma imagem, quando o respectivo
a imagem do objecto.
objecto é desloca de uma grande distância ao encontro de uma
lente convergente?
16. Por que é que não se obtém nenhuma imagem na tela quando o
objecto está localizado entre o foco e a lente?
Sumário
Caro estudante, a terceira e última lição desta unidade, que você acaba
de concluir, debruçou-se sobre a refracção da luz, a formação de
imagens a partir da refracção da luz, a lei da refracção da luz e ainda a
sua aplicação na formação de imagens nas lentes. À semelhança da
lição anterior, foi recomendado que você privilegie nas suas aulas, em
primeiro plano, a observação e explicação de fenómenos do dia-a-dia
relacionados com a refracção da luz, como é o caso da varra
aparentemente quebrada na superfície de separação entre a água e o ar.