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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

LEIDE DAIANE CONCEIÇÃO DE MIRANDA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV


Mamografia e USG com Doppler

Brasília / DF
2015
1

LEIDE DAIANE CONCEIÇÃO DE MIRANDA


RA B681AD0

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV


Mamografia e USG com Doppler

Relatório de Estágio Supervisionado IV realizado


com 120 horas apresentado à Universidade
Paulista – UNIP como requisito parcial para
conclusão do curso de Graduação em Tecnologia
em Radiologia

Orientador: Prof. Glêicio Oliveira Valgas

Brasília / DF
2015
2

"Se pude enxergar mais longe foi porque


me apoiei sobre os ombros de gigantes"

Isaac Newton
3

RESUMO

Este relatório reporta-se ao aprendizado e conhecimento adquiridos durante a


realização no Hospital Municipal Dr. José Borba, na cidade de Santa Maria da
Vitória, do estágio curricular obrigatório realizado nas subespecialidades de
mamografia e ultrassonografia com Doppler fazendo parte de práticas
supervisionadas do curso de Graduação em Tecnologia em Radiologia realizado na
Universidade Paulista e foi realizado com o intuito de demonstrar o conhecimento
adquirido nesta importante etapa da vida acadêmica onde busca-se nesta fase
entrelaçar o conhecimento teórico ao prático, vivenciando em um ambiente real de
trabalho as situações encontradas pelo profissional da radiologia aprendendo assim,
“in loco” as rotinas, normas e condutas para a realização de exames radiológicos
com finalidade de diagnóstico, onde foi aprendido não só a importância do exame de
mamografia como também a sua realização como profissional das técnicas
radiológicas, tendo sido parte do conhecimento de aprendizado a realização do
exame de mamografia, as posições, revelação do filme em processadora
automática, tendo sido o estágio realizado em realização de exames convencionais,
além de realização de práticas em ultrassonografia com Doppler, onde foi visto que
diferente da ultrassonografia convencional, o exame com Doppler visualiza de forma
colorida os vasos, distinguindo seus calibres, trajeto e diferenciando veias de
artérias, o que o torna um importante método em diagnóstico por imagem envolveu-
se também neste período métodos de radioproteção, parte também relevante deste
período de aprendizagem, pois verifica-se que a radiologia é mais do que
simplesmente produzir imagens para diagnóstico, deve se preocupar com os efeitos
produzidos/decorrentes pelo uso incorreto da radiação ionizante, aprendendo
portanto, como manipular um aparelho de mamografia que emite raios-x para a
realização de exames mamográficos convencionais e exames de imagem como a
ultrassonografia com doppler, onde ficou evidenciado que este método de
diagnóstico é uma importante ferramenta de auxílio diagnóstico, sendo ao mesmo
tempo rápido, acessível, barato, podendo ser utilizado por pessoas dos mais
diferentes tipos de constituição física.

Palavras chave: Mamografia. Ultrassonografia. Doppler. Radioproteção.


4

LISTA DE SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

BaSO4 – Sulfato de Bário Hidratado

CC – Crânio-Caudal

CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear

CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde

CONTER – Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia

CFM – Conselho Federal de Medicina

CRTR – Conselho Regional de Técnicos em Radiologia

ECG - Eletrocardiograma

HMJB – Hospital Municipal Dr. José Borba

IOE – Indivíduo Ocupacionalmente Exposto

Kgf – Quilograma-força

Kv - Quilovoltagem

mAs – Miliamperagem por segundo

MLO – Médio-Lateral-Oblíquo

MMII – Membros Inferiores

NR – Norma Regulamentadora

PPR – Programa de Proteção Radiológica

RT – Responsável Técnico

SATR – Supervisor de Aplicação das Técnicas Radiológicas

SPR – Supervisor de Proteção Radiológica

SVS/MS – Serviço de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde

UNIP – Universidade Paulista

USG – Ultrassonografia
5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... .......
6

2 OBJETIVOS......................................................................................................... 8......

2.1 Objetivo Geral.........................................................................................................


8

2.2 Objetivos Específicos............................................................................................


8

3 CONHECENDO O CAMPO DE ESTÁGIO.................................................................


9

4 MAMOGRAFIA.......................................................................................................
12

4.1 Dinâmica da realização da mamografia............................................................


21

5 ULTRASSONOGRAFIA COM DOPPLER..................................................................


25

5.1 Dinâmica da realização do USG com Doppler................................................


36

6 ATIVIDADES REALIZADAS.......................................................................................
41

6.1 Fotografias do Estágio....................................................................................


42

6.2 Desenvolvimento de rotina para Mamografia.................................................


45

6.2.1 Rotina desenvolvida..............................................................................................


45

6.2.2 Rotina de manutenção........................................................................................


46

7 IMPRESSÕES SOBRE O CAMPO DE ESTÁGIO......................................................


49

8 ANÁLISE TÉCNICA SOBRE O CAMPO DE ESTÁGIO...........................................


52

9 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E TEÓRICA..............................................................


55

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................
58

REFERÊNCIAS..............................................................................................................
60

ANEXOS........................................................................................................................
64

PLANILHAS DE AVALIAÇÃO.......................................................................................
67
6

1 INTRODUÇÃO

O presente relatório tem o intuito de demonstrar a prática vivenciada durante


estágio curricular obrigatório realizado na modalidade radiodiagnóstico mamografia e
ultrassonografia (USG) com Doppler, onde foram realizadas atividades em campo no
setor de radiologia na área de mamografia e imagenologia tendo sido estagiado na
área de USG onde foram vistos métodos de produção de imagens valendo-se de
radiação ionizante (mamografia) e também sem uso de radiação ionizante (USG
com Doppler).

É sabido que nesta nova fase de estágio curricular obrigatório há que se


adquirir novos conhecimentos relativos à produção de imagens para diagnóstico
valendo-se de radiação ionizante ou não, ou seja, o foco do estágio é não somente
ficar na teoria mas adentrar na prática, em situações reais onde há que se
demonstrar mais que o saber, há portanto que se mostrar o saber-fazer para que se
possa se formar um profissional que saiba atuar corretamente nas atividades por ele
exercidas, devendo então o estagiário do curso superior de tecnologia em radiologia
valer-se de adquirir experiência não somente no manuseio dos equipamentos de
diagnóstico médico que se utiliza de radiação ionizante, mas também conhecer
métodos em imagenologia e diagnóstico por imagem que vão além do uso de
radiação mas que também gerem imagens para fins de radiodiagnóstico.

O estágio realizado no Hospital Municipal Dr. José Borba feito sob supervisão
de profissional habilitado e relatado neste trabalho foi dividido em imagenologia no
campo de realização de USG com Doppler e também na área de mamografia,
preparando o paciente para o exame de diagnóstico por imagem além de atuar na
orientação do paciente, de seus familiares e/ou cuidadores sempre se atentando ao
cuidado com a biossegurança. (CBO-MTE, 2002).

Todo o relatório será realizado demonstrando por capítulos os objetivos,


descrevendo os campos de estágio onde se atuou, além de fundamentar o estágio e
analisar o campo de estágio emitindo um parecer sobre o mesmo, além de se emitir
um parecer técnico sobre o campo de estágio baseado em literatura específica,
findando com uma conclusão de todo o trabalho realizando durante o aprendizado
em campo, sendo todo o trabalho enriquecido com imagens para ilustração e melhor
entendimento do mesmo.
7

Para esclarecimento, o total de horas referentes ao presente estágio está


decomposto em tópicos, dividida em mamografia e findando com USG com Doppler,
perfazendo um total de 120 horas conforme orientação da coordenação de estágio
acadêmico na figura do Profº Gleicio Oliveira.

A metodologia que se utilizou para levantamento e pesquisa para confecção


do presente relatório, referente ao estágio curricular obrigatório foi a exploratória, a
qualitativa, documental e bibliográfica, visto que foi revisada ampla literatura antes
de imergir no campo de estágio propriamente dito e pesquisa de campo onde
levantou-se dados relevantes para o projeto de estágio, vindo a exemplificar
detalhadamente o campo de estágio e como foi o aproveitamento do mesmo.

Ao final espera-se que de forma clara e em linguagem específica consiga se


demonstrar o quão rico foi o estágio realizado, valorizando ainda mais a formação
profissional que se almeja e que se possa passar ao leitor uma impressão real do
que foi visto e aprendido na prática.
8

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Capacitar profissionalmente o estudante de tecnologia em radiologia


associando a teoria vista em sala de aula à prática vivenciada em campo para
realização de exames de mamografia e operação de aparelhos que gerem imagens
para diagnóstico médico utilizando aparelhos de USG com Doppler que não emitem
radiação ionizante, mas que compreende o radiodiagnóstico, sempre observando os
quesitos de radioproteção.

2.2 Objetivos específicos

 Conhecer unidades de radiologia e imagenologia;


 Entender o funcionamento dos equipamentos de radiologia e imagenologia;
 Conhecer normas e rotinas relativas à unidade e a radioproteção;
 Receber e interagir com o paciente para a realização do exame;
 Orientar e posicionar o paciente para a realização do exame;
 Manipular aparelhos de emissão de radiação ionizante sob supervisão;
 Manipular aparelhos que gerem imagens sem uso de radiação ionizante;
 Aplicar as técnicas radiológicas adequadas para a realização de cada
procedimento;
 Realizar a revelação dos filmes em processadoras automáticas ou manuais;
 Interagir com a equipe de forma multiprofissional;
 Fazer anotações em livros próprios;
 Reportar-se ao orientador e ao supervisor de estágio para dissolução de
dúvidas existentes;
 Realizar o estágio com postura aberta a novos conhecimentos, mas com
visão crítica em relação a possíveis erros detectados.
9

3 CONHECENDO O CAMPO DE ESTÁGIO

Nesta etapa o estágio refere-se ao aprendizado envolvendo diagnóstico por


produção de imagens através do exame de mamografia e USG com Doppler, e foi
realizado na unidade chamada Hospital Municipal Dr. José Borba (HMJB), com
Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES) sob o nº 2799804 (Fig. 1)
localizado na cidade de Santa Maria da Vitória, sendo cadastrado para serviços de
diagnóstico por imagem em Radiologia Convencional, USG, USG com Doppler,
Mamografia e serviços de Eletrocardiografia, porém especificamente nesta fase
adentraremos nas subáreas de mamografia e USG com Doppler.

Figura 1 – CNES HMJB

Disponível em: http://cnes.datasus.gov.br/Exibe_Ficha_Estabelecimento .asp? VCo_Unidade =292


8102799804&VEstado=29&VCodMunicipio=292810
10

A unidade foi inaugurada no ano de 1978 e é considerada uma unidade de


porte II, conforme Portaria 2224/02 do Ministério da Saúde e conta com 14 leitos
para cirurgia geral, 20 leitos para clínica médica, uma unidade de cuidados
intermediários neonatal (UCI) com dois leitos, duas unidades de isolamento, 7 leitos
para obstetrícia cirúrgica e 10 leitos para obstetrícia clínica, 6 leitos pediátricos, além
de 08 leitos divididos em boxes de observação, totalizando 65 leitos disponíveis.

Há em seu quadro funcional cerca de 210 profissionais, divididos em


profissionais de saúde e profissionais prestadores de serviço na saúde sendo cerca
de 150 profissionais efetivados sob forma de concurso público e outros 60
contratados ou prestadores de serviço, contando especificamente na área de
radiologia, com uma médica radiologista, dois médicos ultrassonografistas, uma
tecnóloga em radiologia que assume o serviço de mamografia e cinco técnicos em
radiologia.

O hospital é situado em uma cidade centralizada regionalmente, sendo polo


de referência para as demais cidades que a circundam, havendo assim um fluxo de
atendimento bastante intenso, sendo a única cidade da região em que se realiza o
exame de mamografia gratuitamente, o que torna o serviço bastante procurado para
a realização desses exames além de ser um dos poucos da região onde se realiza
exames ecográficos com utilização de aparelho de USG com Doppler de forma
totalmente também gratuita.

A unidade de porte considerável realiza um serviço de radiodiagnóstico nas


subespecialidades de raios-x convencional, USG (ecografias) e USG com Doppler
colorido, mamografias e ECG.

Todo este período de estágio foi realizado de forma a se realizar 24 horas


semanais em um período de cinco semanas, perfazendo um total de 120 horas
conforme orientação do coordenador de estágio da universidade, respeitando assim
o disposto na Resolução CONTER de nº 10 de 11 de novembro de 2011 que dispõe
em seu artigo 9º que “A jornada do Estágio Supervisionado não poderá ultrapassar
24 (vinte e quatro) horas semanais, em razão da previsão do art. 14 da Lei nº
7.394/1985.” (CONTER, 2011).

Destarte o presente estágio se adapta ao disposto na Lei 11.788/2008 no


Capítulo IV, Artigo 10, Inciso II, que diz:
11

Artigo 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum


acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário
ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser
compatível com as atividades escolares e não ultrapassar:

[...]

II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de


estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e
do ensino médio regular. (BRASIL, 2008).

O estágio foi bastante enriquecedor, onde adquiri conhecimentos em novos


métodos de diagnóstico por imagem, aprofundando ainda mais a interação do
conhecimento teórico com o prático, aprendendo muito além dos conhecimentos
ministrados em sala de aula ou laboratório.
12

4 MAMOGRAFIA

Apresentei-me na unidade para dar início ao estágio IV, onde se contemplará


os métodos de diagnóstico por imagem nas subespecialidades da radiologia em
mamografia e USG com Doppler e encontrei uma sala de exames de mamografias
com dimensões de 6m x 8m (48 m2), acreditando ser uma sala de porte razoável
para o que se propõe.

No ambiente está incluída a câmara escura, onde se processam os filmes


planos dos exames radiológicos e a mesma apresenta dimensões de 2m x 2,5m (5
m2), onde possui luz vermelha de segurança, porém não conta com exaustor no
local ou pia para lavar as mãos.

O aparelho de mamografia da unidade é um modelo convencional (utiliza-se


chassi com filme radiográfico e revelação em processadora automática), da marca
LORAD, modelo M-IV (Figs. 2 e 3).

Figura 2 - Mamógrafo da unidade HMJB

Fonte: Elaborado pela autora


13

Figura 3 - Esquema Mamógrafo da unidade HMJB

Fonte: Manual do Operador Lorad M-IV

Os filmes utilizados são filmes do tamanho 18x24 com seu respectivo chassi,
sempre se identificando os exames realizados com marcadores de chumbo,
contendo as iniciais da paciente e a data do exame, sendo esses mesmos filmes
revelados em processadora automática modelo MX2 da marca Macrotec (Fig. 4).

Figura 4 - Processadora para raios-x e mamografia

Fonte: Elaborado pela autora


14

O aparelho possui um bucky gaveta para chassis do tamanho 18x24 e 24x30


do tipo linear e seu funcionamento inicial consiste na utilização de pedais sendo o da
esquerda (pedal A) para subir e descer o braço do aparelho para alcançar a altura
ideal para cada paciente e o segundo pedal, da direita (pedal B), para compressão
da mama durante a realização do exame.

Ambos os pedais funcionam de forma idêntica e se encontram claramente


etiquetados.: C-ARM UP and DOWN (BRAÇO C PARA CIMA E PARA BAIXO).
COMPRESSION UP e DOWN (COMPRESSÃO PARA CIMA e PARA BAIXO)

Figura 5 – Pedais para utilização do mamógrafo

Fonte: Elaborado pela autora

Depois de conhecer todo o funcionamento da unidade comecei então o


estágio na prática, onde comecei com as anotações, com cálculos de potências,
sempre se orientando pela tabela existente no equipamento e posteriormente
fazendo as revelações na processadora automática na câmara escura, reposição de
filmes nos chassis, até que no terceiro dia no campo de estágio iniciei a realização
de todo o procedimento de aplicação das técnicas radiológicas. Fui autorizada à
atender o paciente desde o início, foi quando recebi a solicitação, anotei em livro
próprio, posicionei o paciente, posicionei o equipamento, realizei o disparo, fazendo
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a primeira mamografia, utilizando a rotina da unidade que são mamografias das


mamas direita e esquerda nas incidências Crânio-Caudal (CC) , cujo procedimento
consiste em:

1 Colocar o Tubo na vertical;

2 Paciente de frente para o receptor, com a cabeça virada para o lado oposto
ao exame; quadrantes externos, pode-se tracionar a parte lateral da mama,
antes de aplicar a compressão.

3 Elevar o sulco infra mamário;

4 Centralizar a mama no bucky,

5 Para melhorar a exposição dos quadrantes externos, pode-se tracionar a


parte lateral da mama, antes de aplicar a compressão.

Em seguida foi realizado o procedimento na incidência Médio-Lateral-Oblíqua


(MLO), que consiste em:

1. Colocar o Feixe perpendicular à margem lateral do músculo grande peitoral.


2. Rodar o tubo até que o bucky esteja paralelo ao músculo grande peitoral,
variando a angulação entre 30º e 60º
3. Paciente de frente para o bucky com o braço do lado examinado fazendo 90º
com o tórax; encaixar a axila e o grande peitoral no ângulo superior externo
do bucky; puxar o peitoral e a mama para o bucky
4. Centralizar a mama, mamilo paralelo ao filme.

Após a preparação e realização do exame, fiz a revelação, repus o filme no


chassi vazio, conferi a qualidade da revelação no negatoscópio e finalmente
acondicionei o exame de mamografia identificando em envelope próprio da unidade
para envio ao médico radiologista e posterior confecção do laudo médico. Todo o
procedimento foi feito sob supervisão direta do técnico responsável pelo serviço no
momento.

Devido ao exame expor as pacientes, algumas imagens que ilustram o


trabalho serão produzidas por outros autores (Fig. 6), visto que nem sempre houve
16

consentimento das pacientes para a produção de imagens referente à realização do


exame.

Figura 6 – Realização de uma mamografia CC e MLO

Incidência C.C. Incidência M.L.O

Fonte: Adaptado de Muñiz, 2012 e a autora

Tal conduta de recusa da produção de imagens expondo as pacientes foi bem


colocada pela tecnóloga responsável pelo serviço e ela anteviu que tal fato poderia
ocorrer, pude ver de fato que o exame é de certo modo incômodo para as pacientes
17

e também às vezes constrangedor, por tal motivo dá-se preferência para


profissionais das técnicas radiológicas do sexo feminino, sob a alegação de que esta
profissional entende a exposição à que se submete durante o procedimento e que a
mesma tem a sensibilidade adequada a cada caso.

Quanto ao técnico que realiza o exame de mamografia cabe a este


profissional ter a sensibilidade de, em cada paciente, saber identificar o grau
de ansiedade e trabalhar como emocional para poder atingir uma maior
colaboração do paciente.

Trate de forma cordial e atenciosa o paciente, demonstre que a privacidade


dele está sendo preservada, explique o procedimento durante o exame,
demonstre segurança e precisão na condução do exame, conquiste a
confiança do paciente demonstrando compreender seus medos, pois para
muitas mulheres não é fácil expor partes íntima de seu corpo sem sentir-se
constrangida.

Fazendo isso estará o técnico contribuindo para que essa mulher, não fique
tensa e relaxe a musculatura na realização do exame, o que o tornara
menos incomodo e doloroso. (SILVA et al, 2012)

Foi percebido que a diferença básica que ocorre nas incidências de rotina
durante a realização do exame de mamografia é que na incidência CC o feixe é
direcionado em linha reta de cima para baixo (da cabeça para os pés) e na
incidência MLO basicamente o feixe é direcionado obliquamente no sentido do
ombro contrário em direção à mama que se deseja visualizar no exame (Fig. 7).

Figura 7 – Incidência do feixe de raios-x nas incidências CC e MLO

Fonte: Adaptado de Leão, 2015


18

Foi explicado que os exames de mamografia são identificados nas incidências


axiais (craniocaudal, craniocaudal forçada, caudocranial etc), onde o numerador
deve marcar os quadrantes externos, obliquamente e nas incidências laterais
(médio-lateral oblíqua, perfil etc.), o numerador deve marcar os quadrantes
superiores, sem inclinação (Fig. 8).

Figura 8 - Local de identificação nos exames de mamografia

Fonte: Elaborado pela autora

Por ser um mamógrafo presente na unidade de modo de operação manual há


também que se selecionar o Kv de acordo com a espessura da mama comprimida,
onde se calcula o Kv utilizando-se a regra de que KV = (espessura da mama x 2) +
constante do aparelho (em torno de 20). Ex: mama comprimida com espessura de 5
cm, multiplica-se por 2, encontra-se o valor de 10 + a constante do aparelho = 20,
obtendo-se o resultado do Kv a ser utilizado como 30 Kv

O mAs segundo a tecnóloga do serviço fica em torno de 80 chegando a 100


para as mamas mais densas, visto que a mamografia é um exame que utiliza baixo
Kv e alto mAs, para gerar alto contraste, necessário na identificação das estruturas
que compõe a mama, todas com densidade semelhante.

Quanto a compressão utilizada no aparelho aplica-se uma compressão entre


13 e 15 kgf que se acredita estar suficiente até que se comprima a mama até a pele
ficar tensa ou até o limite suportado pela paciente
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Brasil (2007) lista as vantagens da compressão da mama durante a


realização do exame:

 Reduz a dose de radiação, porque diminui a espessura da mama.


 Aumenta o contraste da imagem, porque a redução da espessura da
mama diminui a dispersão da radiação.
 Aumenta a resolução da imagem, porque restringe os movimentos da
paciente.
 Diminui distorções, porque aproxima a mama do filme.
 “Separa” as estruturas da mama, diminuindo a superposição e
permitindo que lesões suspeitas sejam detectadas com mais facilidade e
segurança.
 Diminui a variação na densidade radiográfica ao produzir uniformidade
na espessura da mama. (BRASIL, 2007)

Depois de todo o procedimento para realização do exame, retira-se então o


chassi do bucky do aparelho e segue-se para a câmara escura onde se procederá a
revelação em processadora automática (Fig. 9).

Figura 9 - Revelação em processadora automática

Fonte: Elaborado pela autora


20

Foi demonstrada a parte interna da processadora e como se dá a limpeza e


troca das químicas, além de ficar conhecendo os tipos e tamanhos de filmes
utilizados para cada exame.

A processadora é da marca Macrotec, com velocidade de revelação


controlada, também com termostato de controle para aquecimento adequado das
químicas utilizadas na revelação. A troca dos produtos é feita de forma automática,
controlando a entrada ou saída dos produtos de forma automática, sem a
necessidade de manipular estes produtos.

Em revisão de literatura, Magalhães (2010) cita como responsabilidades da


técnica em radiologia da unidade:

 Preencher corretamente a ficha de anamnese, assinalando nódulos,


cicatrizes, verrugas, etc.
 Planejar cada exame, de acordo com o caso, escolhendo a técnica
radiográfica (saber o que fazer, como e por quê, implica em evitar exposições
desnecessárias para a paciente, conservação do aparelho, economia de
filme.
 Mostrar o exame ao médico da câmara clara e liberar a paciente.
 Deixar as mamografias em ordem para liberação para o médico responsável
laudar.
 Zelar pela manutenção da ordem no ambiente de trabalho.
 Verificar e/ou executar a limpeza do material – écrans (diária, antes do início
dos exames, utilizando compressa cirúrgica), processadora (semanal).
 Fazer e/ou repor os químicos na processadora.
 Acompanhar a manutenção do mamógrafo e da processadora.

Durante o estágio aprende-se que o exame de mamografia é uma importante


ferramenta na detecção precoce do câncer de mama, sendo este o exame mais
importante e mais eficiente nos dias de hoje.

O aprendizado foi enriquecedor, só não tendo sido completo porque como já


relatado na unidade só se realizam exames de mamografias para rotina e
rastreamento, e as incidências aplicadas são somente as básicas, se limitando as
posições CC e MLO.
21

Contudo a experiência de aprendizado foi bastante valorosa, e foi aprendido


na prática o que é aplicado teoricamente em sala de aula se conseguindo assim,
associar o aprendizado técnico-científico ao conteúdo bibliográfico e literário,
fazendo a conjunção teoria-prática, levando o conhecimento para a vida profissional
que se apresenta ao final da graduação tecnológica.

4.1 Dinâmica da realização da mamografia

Neste tópico demonstraremos em imagens a dinâmica das fases da


realização do exame de mamografia a título de enriquecimento do relatório.

A sequência descrita refere-se à recepção da paciente, posicionamento da


paciente no mamógrafo, realização do exame de mamografia nas incidências crânio-
caudal (CC) e Médio-lateral-oblíqua (MLO) e revelação do filme, com conferência da
qualidade do exame realizado para envio para confecção de laudo de exame
radiológico.

As imagens para enriquecer o presente relatório de estágio foram produzidas


por autores diferentes para enriquecimento do mesmo, demonstrando assim as
etapas do exame mamográfico.

Figura10 – Recepção e realização de mamografia na incidência CC

Fonte: Elaborado pela autora


22

Figura 11 – Recepção e realização de mamografia na incidência MLO

Fonte: Elaborado pela autora

Posteriormente a realização do exame de mamografia nas incidências CC e


MLO as radiografias são reveladas e analisadas quanto à qualidade das imagens
para posterior envio ao médico radiologista e consequente confecção do laudo.

Figura 12 - Revelação em processadora automática dos filmes

Fonte: Elaborado pela autora


23

Posteriormente à revelação, confere-se a qualidade da imagem produzida no


negatoscópio e constatando-se a qualidade satisfatória da imagem, se libera a
paciente, se envelopa o exame e encaminha-se para o médico radiologista para
confecção do laudo médico da mamografia.

Figura 13 – Avaliação da qualidade do exame

Fonte: Elaborado pela autora e Serviço de Radiologia HMJB


24

Espero ter passado o conteúdo do aprendizado durante o estágio de forma


concisa seja no tangente a linguagem técnica, seja a linguagem de uso comum,
findo esta etapa com bastante satisfação

Vale salientar que ao final desta etapa do estágio curricular obrigatório fiquei
bastante satisfeita com os conhecimentos a mim repassados e que durante o
aprendizado fiquei conhecendo mais um método de diagnóstico por imagem na
subespecialidade de radiodiagnóstico.

.
25

5 ULTRASSONOGRAFIA COM DOPPLER

A USG é uma técnica médica, não invasiva, usada para reproduzir imagens
dinâmicas – observadas em tempo real – dos órgãos internos, tecidos, rede vascular
e fluxo sanguíneo; auxiliando, complementando e interagindo com outras
especialidades médicas.

É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não apresenta efeitos
colaterais, sendo que existem as USG realizadas somente com imagens produzidas
em escalas de cinza (USG convencional – modo B) e também as realizadas com
uma técnica em que se produz uma imagem onde os vasos são visualizados de
forma colorida, distinguindo-se veias de artérias, fluxo, calibre, etc. É o efeito
Doppler (modo Color).

Associados ao efeito Doppler Colorido, os estudos ultrassonográficos


agregam um elemento dinâmico ao permitir a investigação detalhada e não invasiva
da hemodinâmica corporal, que pode ser avaliada quantitativa e qualitativamente,
não só do ponto de vista morfológico, mas também funcional.

Nessa cartografia dinâmica, o sentido do fluxo é codificado pelas cores azul e


vermelha. Esta imagem em cores é sobreposta à imagem em escala de cinzas no
plano bidimensional da ultrassonografia em tempo real, permitindo identificar o fluxo
e o sentido do sangue. (NOVA, 2015).

Ao iniciar o estágio na área de USG, conhecemos o médico responsável pelo


serviço, que se mostrou bastante solícito em interagir conosco enquanto estagiária,
porém novamente o médico ressaltou que o referido exame era de cunho educativo
e que somente o médico poderia realizar exames ecográficos.

Conforme estágio anterior realizado no método de USG tradicional (escala de


cinzas), o mesmo também citou a Resolução do Conselho Federal de Medicina
(CFM) de nº 1.361/92 onde se alega que “[...] Art. 1º - É da exclusiva competência
do médico a execução e a interpretação do exame ultra-sonográfico em seres
humanos, assim como a emissão do respectivo laudo.”

Porém, repetidamente o supervisor de estágio teve que rebater que o estágio


referia-se tão somente ao conhecimento de métodos em imagenologia aos quais os
métodos não valiam-se de radiação ionizante como no caso da USG com doppler e
26

citou para o médico do serviço a Resolução do CONTER de nº 02 de 04 de maio de


2012, onde se normatiza as atribuições do profissional Tecnólogo em Radiologia em
seu artigo 2º onde se compreendem como setor de diagnóstico por imagem:
“Radiologia Convencional, [...], Ultrassonografia, [...].”, ao mesmo tempo deixando
claro que a figura do tecnólogo em radiologia jamais iria produzir ou emitir um laudo
diagnóstico, mas tão somente operar e manipular o aparelho gerando imagens,
ficando a cargo do médico laudar o exame.

Foi explicado que a USG com Doppler é um método relativamente recente na


medicina, sendo associada a USG convencional, onde associando o modo B (escala
de cinzas) ao modo Color, forma-se o que se chama de Duppler Scan (Modo B +
Modo Color) IFig. 14) fornecendo informações em tempo real sobre a arquitetura
vascular e os aspectos hemodinâmicos dos vasos em diversos órgãos (CARVALHO,
CHAMMAS e CERRI, 2008).

Figura 14 – Vaso visualizado em USG convencional (modo B) e mesma imagem visualizada em


USG com efeito Doppler (modo Color)

Fonte: Bragatto apud EVZ/UFG, 2013


27

Dando seguimento ao estágio, conforme orientação do supervisor de campo


após revisão de literatura constatou-se que o funcionamento do equipamento
durante um exame de USG se dá por um breve pulso de ultrassom que é emitido por
um aparelho constituído por um cristal piezoelétrico.

Um pulso elétrico provoca uma deformação mecânica na estrutura desse tipo


cristal, que passa a vibrar, originando uma onda mecânica, uma onda sonora no
caso (OIEDUCA.COM, 2010), então é formada a imagem a partir de ecos que
retornam dos tecidos analisados emitidos ao transdutor após cada pulso emitido
pelo aparelho, de maneira que após a ação o pulso retorna ao aparelho e em
sequência são analisados pelo computador e transformados em imagens pelo que
se chama de escala de cinza (modo B – Bright), ao passo que o efeito Doppler
apresenta a imagem dos vasos de formas distintas, demonstrando fluxo, calibre e
distinguindo artérias na cor VERMELHA e veias na cor AZUL.

 Preto: ecos de baixa intensidade;


 Nuanças de cinza: ecos de média intensidade;
 Branco: ecos de alta intensidade.
 Vermelho: fluxo arterial;
 Azul: fluxo venoso.

A ultrassonografia Doppler é baseada em um efeito físico especial e


representa o fluxo de sangue em USG obstétricas nos vasos da criança e em uma
parte do útero materno de forma colorida e acústica. (LETSFAMILY, 2014).

O doppler fornece imagens dinâmicas, em tempo real, da rede vascular e do


fluxo sanguíneo de diversas partes do corpo, sem usar nenhuma radiação e
sem apresentar efeitos colaterais, possibilitando e contribuindo para o
diagnóstico de várias patologias. Na gestação, o exame ajuda a determinar
se os principais órgãos do feto estão sendo bem irrigados e com
oxigenação normal, além de avaliar a circulação do cordão umbilical e do
coração. (ABC.MED, 2012)

O médico responsável pelo serviço me informou que realizava apenas a


chamada USG vascular de membros inferiores, onde se visualiza vasos das pernas
28

para detecção de varizes, tromboses em vasos profundos, que mesmo para ele a
USG com Doppler ainda estava em fase de adaptação, visto que o mesmo
executava somente técnicas de USG convencional no modo B (escala de cinzas).

A Ultrassonografia com Doppler Colorido de Membros Inferiores aliou uma


técnica não invasiva, que é a ultrassonografia, com as informações sobre
essa região e seu respectivo fluxo sanguíneo, introduzindo um elemento
dinâmico nos estudos ultrassonográficos ao permitir a investigação
detalhada e não invasiva da hemodinâmica da área examinada, que pode
ser avaliada quantitativa e qualitativamente, não só do ponto de vista
morfológico, mas também funcional. Nessa cartografia dinâmica, o sentido
do fluxo é codificado pelas cores azul e vermelha. Esta imagem em cores é
sobreposta à imagem em escala de cinzas no plano bidimensional da
ultrassonografia em tempo real, permitindo identificar o fluxo e o sentido do
sangue.É um método que não utiliza nenhum tipo de radiação e não
apresenta efeitos colaterais. (NOVA, 2015.)

Novamente confesso que fiquei apreensiva, afinal estaria aprendendo um


novo método de diagnóstico por imagem, que ao que parecia o próprio médico ainda
estava em fase de “experiência”, mas confesso que o médico da unidade nos
recepcionou e passou a demonstrar o funcionamento do aparelho e sua efetiva
manipulação, demonstrando que o aparelho funciona através de um software
específico, onde se geram as imagens através de um transdutor ultrassônico, que é
um dispositivo que converte energia elétrica em energia mecânica e vice-versa
(RITA, 2009).

Segundo Costa (2013), as imagens geradas descritas em intensidade podem


ser ricas em ecos e são chamadas ecóicas ou hiperecóicas, pobres em ecos sendo
chamadas de hipoecóicas ou livres de eco, chamadas então de anecóicas.

Conforme descrito anteriormente, constatou-se que Ultrassonografia com


Doppler, então é a associação do modo B (escala de cinzas), associado ao modo
Color, formando uma imagem escaneada por dois modos distintos (B + Color),
dando-se então, o nome de Duplex Scan, distinguindo, portanto os vasos arteriais e
venosos e possíveis patologias ou quadros (Fig. 15).
29

Figura 15 – USG no modo B e no modo B + Collor (Duplex Scan)

Fonte: Adaptado de Andrade, 2012

As ultrassonografias são realizadas com um aparelho da marca Philips, modelo


HD7, com função Doppler ativa (Fig.16) contendo: Unidade básia, transdutor
convexo 3.5 – 5.0 MHZ; e Transdutor linear 5 – 10 MHZ.

Figura 16 – Aparelho de Ultrassonografia Philips HD7

Fonte: Elaborado pela autora


30

A título de pesquisa levantamos as configurações do aparelho, conforme


descritas a seguir:

 Ajustes de otimização 2D (até cinco);

 Ajuste adaptativo de Doppler nos modos de Doppler de onda pulsada e onda


contínua;

 Ajuste adaptativo de frequência de fluxo no modo de cor;

 Imagem harmônica de contraste;

 Rede DICOM

 Oito zonas focais para transdutores;

 Análise de Doppler automático High Q.

 Visualização panorâmica;

 Ajustes de inversão de pulsação na imagem harmônica de tecido (THI);

 Doppler de tecido

O médico do serviço e o supervisor do estágio salientaram a importância do


exame de USG e explicaram que é um dos principais métodos de diagnóstico na
radiologia visto que as imagens são produzidas em tempo real e no caso do USG
com Doppler, há a visualização di sistema venoso, com fluxo, direcionamento,
velocidade, além de se verificar o calibre do vaso com maior fidelidade, tendo seu
uso altamente difundido, podendo se realizar procedimentos tanto diagnósticos
como terapêuticos, como no caso de biópsias guiadas por ultassom. (MASSELI, WU
e PINHEDO, 2013).

Pude ver que o transdutor é a parte do aparelho de ecografia que entra em


contato com o paciente e é conectado ao equipamento (gerador e monitor) através
de um cabo flexível, sendo utilizado para a USG com Doppler os transdutores do
tipo convexo, linear, setorial e transdutor Doppler sem imagens, conforme
sequenciados nas imagens a seguir (Fig. 17).
31

Figura 17 – Transdutores para USG com Doppler

Transdutor Convexo

Usado para exames abdominais,


obstétricas, ginecológicas e veterinárias.
Uma imagem triangular curvo é produzida.
Transdutores micro-convexos possuem
uma área de digitalização mais pequena e
são normalmente utilizados para exames
pediátricos. Às vezes é chamado
um transdutor linear curvo.

Transdutor Linear

Usado para exames vasculares, músculo-


esqueléticos, veterinários, ou para pequenas
partes do corpo como os testículos. Uma
imagem retangular é produzida.

Transdutor Cardíaco Setor (Setorial)

Usado para exames cardíacos ou


veterinários. Uma imagem retangular é
produzida. Pode usar com Doppler CW.
Também é chamado um transdutor
"phased array", setorial, ou cardíaco.

Transdutor Doppler sem Imagens

Usado para exames cardíacos ou


veterinários. Usa Doppler CW para
produzir som audível e é usado para medir
o fluxo sanguíneo. Esta sonda não produz
imagens. Se conecta a uma porta
diferente do que os outros transdutores.
Também é chamado um transdutor
"Pedoff", "CW" ou "Pencil."

Fonte: Adaptado de KPI, 2015.


32

Em suma, o transdutor é a parte da unidade de ultrassom que entra em


contato com o paciente e é conectado ao equipamento de ultrassom (gerador e
monitor) através de um cabo flexível, utilizando-se do princípio pulso-eco que se
refere a emissão de um pulso curto de ultra-som pelo transdutor. Na medida em que
este pulso atravessa os tecidos, ele é parcialmente refletido pelas interfaces de volta
ao transdutor. Em geral 1% da energia sonora incidente é refletida e o restante
continua sua trajetória através dos tecidos (MASSELI, WU e PINHEDO, 2013).

Depois de entender o funcionamento do equipamento o médico do serviço me


explicou como é a realização de uma ultrassom vascular, que basicamente consiste
em examinar as artérias dos membros inferiores, monitorando fluxo, calibre,
trombos, enxertos, por exemplo. Durante o processo é passado um gel sobre a pele
do local a ser examinado e com a ajuda do transdutor, as imagens coloridas
aparecem no monitor, podendo detectar várias alterações, sendo que o
procedimento não apresenta riscos específicos ao paciente (NASSAR, 2010).

Revisando literatura compreendi então que no exame de USG com Doppler


as veias são compressíveis ao transdutor do aparelho, já as artérias são
incompressíveis (Fig. 18).

Figura 18 – Aspecto do vaso à compressão do transdutor

Sem compressão

Compressão com transdutor em uma veia normal

Sem Compressão Compressão com transdutor em uma


veia normal

Fonte: adaptado de Andrade, 2012


33

já as veias que contiverem trombos no seu interior não serão compressíveis


ao transdutor (Fig. 19).

Fig. 19 – Veia com trombo (não compressível ao transdutor)

Aumento da veia em relação à artéria devido à


formação de coágulo (detectado à compressão)

Fonte: adaptado de Andrade, 2012

Continuando o estágio, depois de todo o conhecimento que me foi


transmitido, passei a entender a operação do aparelho de USG, como manipular,
entender como utilizá-lo e como produzir imagens.

Segundo Masseli, Wu e Pinhedo (2013), a realização do exame em si


consiste basicamente em seis etapas, sendo:

1. Liga-se do aparelho de USG no botão POWER;


2. Pressionando a tecla PATIENT se coloca o nome do paciente;
3. Pressionando o botão PRESET, se escolhe a opção do exame a ser
realizado;
4. Pressionando a tecla PROBE, se seleciona o transdutor específico para o
órgão que se deseja visualizar/estudar;
34

5. Se coloca gel condutor para USG no trandutor selecionado;


6. Posiciona-se o paciente conforme o órgão a ser visualizado/estudado, sendo
quase sempre a posição o decúbito dorsal.

Ainda, Masseli, Wu e Pinhedo (2013), afirmam que durante a realização dos


exames, os órgãos devem ser estudados em no mínimo dois planos distintos para
termos noção de volume.

Durante o estágio em ultrassonografia o médico foi muito gentil, deixando o


auxiliar o máximo possível e também manipulando o aparelho, ligando-o, informando
os dados solicitados do paciente inclusive pude “passar” o transdutor sobre a região
a ser visualizada em vários exames, sendo que o médico fazia a interpretação da
imagem.

Figura 20 – Realização do exame de USG

Fonte: Elaborado pela autora


35

A USG segundo Rita (2009) é um dos métodos de diagnóstico por imagem


mais versáteis, de aplicação relativamente simples, com excelente relação custo-
benefício, tendo como principais peculiaridades no método:

 Método não-invasivo ou minimamente invasivo;


 Imagens seccionais obtidas em qualquer orientação espacial;
 Sem efeitos nocivos significativos dentro do uso de diagnóstico na medicina;
 Não utiliza radiação ionizante;
 Possibilita o estudo não-invasivo da hemodinâmica corporal através do efeito
Doppler;
 Adquirem-se imagens praticamente em tempo real, permitindo o estudo do
movimento de estruturas corporais.

Ao término desta etapa confesso que gostei ainda mais do serviço de


radiologia, principalmente na subespecialidade de exames ecográficos, onde não há
utilização de radiação ionizante, há possibilidade de avaliação hemodinâmica com
visualização do fluxo sanguíneo, além de se incluir no contexto que o exame é
realizado com imagens produzidas em tempo real e em movimento.

Destarte, findo esta etapa do estágio curricular supervisionado obrigatório


com extrema alegria, afinal conheci um método de diagnóstico por imagem que é
considerado um dos mais utilizados depois dos raios-X e com a vivência “in loco” a
experiência torna-se deveras enriquecedora.
36

5.1 Dinâmica da realização do USG com Doppler

Neste tópico demonstraremos em imagens a dinâmica das fases da


realização do exame de USG com Doppler (USG vascular) a título de
enriquecimento do relatório.

A sequência descrita refere-se à recepção da paciente, realização do exame


de USG vascular com Doppler onde se demonstrará as etapas pertinentes ao
procedimento de produção de imagens.

As figuras utilizadas para enriquecer o presente relatório de estágio foram


produzidas por autores diferentes com vistas no enriquecimento do mesmo,
demonstrando assim as etapas do exame de USG vascular com Doppler que
dependendo do que se deseja visualizar pode se realizar em pé ou deitada.

Figura 21 – Posições para realização de USG vascular com Doppler

Fonte: Puggina e Sincos, 2013

Durante a realização do exame de USG vascular com Doppler, à compressão


do transdutor visualiza-se inicialmente as imagens no modo B (contraste de cinzas),
e quando necessário ativa-se o modo Collor que então visualizar-se através do
efeito Doppler os vasos, seu fluxo e possíveis alterações.
37

Figura 22 – Visualização de vasos à compressão

Fonte: adaptado de Andrade, 2012


38

À medida que se visualizam os vasos, utiliza-se sempre que necessário o


efeito Doppler até a realização completa do exame.

Figura 23 – Detecção de vaso incompressível (veia com trombo)

Fonte: Puggina e Sincos, 2013 e Andrade, 2012


39

Durante a realização do exame de USG vascular com Doppler, o médico vai


produzindo e gravando imagens para confecção do laudo do exame, o que é feito
posteriormente após as avaliações das imagens.

Figura 24 – Laudo de USG vascular com Doppler de MMII

:
Fonte: Serviço de USG HMJB
40

Espero ter passado o conteúdo do aprendizado durante o estágio de forma


concisa seja no tangente a linguagem técnica, seja a linguagem de uso comum,
findo esta etapa com bastante satisfação

Vale salientar que ao final desta etapa do estágio curricular obrigatório fiquei
bastante satisfeita com os conhecimentos a mim repassados e que durante o
aprendizado fiquei conhecendo mais um método de diagnóstico por imagem na
subespecialidade de radiodiagnóstico.
41

6 ATIVIDADES REALIZADAS

O presente capítulo vem descrever 15 dias de atividades realizadas sob


supervisão conforme manual de orientação do estágio elaborado pelo Profº. Gleicio
que solicita a descrição das atividades desenvolvidas durante o estágio
supervisionado obrigatório, sendo dividido em 10 dias de atividades em mamografia,
05 dias de atividades em USG com Doppler.

A tabela com data e carga horária foi preenchida em datas diferentes da


ordem cronológica, pois visa demonstrar as atividades desenvolvidas nos diferentes
campos de estágio e o que foi visto.

Data Hora Hora Total de Atividades Desenvolvidas


Entrada Saída Horas
04/08/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Conhecendo a unidade, o equipamento,
método de revelação e funcionamento do
aparelho
05/08/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Revisando literatura para associação da teoria
à prática em campo
06/08/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Limpeza do equipamento, anotação em livro
próprio, revelação da primeira mamografia
07/08//2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Ligando o aparelho, posicionando e
acompanhando a realização do exame,
revelação de mamografias
11/08/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Participando efetivamente da rotina da
unidade, realizando exames sob supervisão
12/08/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Avaliação do ambiente, assumindo rotina,
limpeza e manutenção dos equipamentos
13/08/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Realização do primeiro exame utilizando o
aparelho (acompanhada)
14/08/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Elaborando rotina para exames de
mamografia, assumindo a unidade sob
supervisão, realizando exames diversos
18/08/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Utilização de técnicas radiológicas para
realização da mamografia em CC e MLO
19/08/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Manipulação do aparelho, posicionamento do
paciente, realizando exame sob supervisão
28/08/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Conhecendo o aparelho de USG,
funcionamento e manipulação
01/09/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Programando o aparelho, conhecendo o
software
02/09/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Acompanhando exames, auxiliando o
serviço
03/09/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Recebendo o paciente, monitorando,
acompanhando exames
04/09/2015 07:00 h 13:00 h 06 hs Realizando exame com auxílio, operando
o aparelho, revisão de literatura
42

6.1 Fotografias do Estágio

Todas as imagens deste tópico foram produzidas pela autora do trabalho.


43
44
45

6.2 Desenvolvimento de rotina para Mamografia

Neste tópico conforme solicitado nas orientações de estágio desenvolvido e


apontado pelo Profº Gleicio será apresentada a rotina desenvolvida para a
realização de exames radiológicos, especificamente os exames de mamografia,
onde procuraremos apresentar a melhor forma para que a rotina seja efetivamente
satisfatória tanto para o funcionário da unidade, como para o usuário do serviço,
visando o bom fluxo do serviço, respeitando é claro as limitações existentes e
sempre pensando na melhor forma de organizar e realizar o serviço.

6.2.1 Rotina desenvolvida1

Sabendo-se que na unidade de radiologia de exames mamográficos são


realizadas apenas mamografias nas incidências básicas, ou seja, CC e MLO, há que
se saber que o filme utilizado na unidade rotineiramente é o filme para chassi
tamanho 18x24, sendo que esporadicamente no caso de mamas muito avantajadas
se usa o filme para chassi 24x30, e sabendo-se que os filmes devem ser
identificados (datados, com as iniciais da paciente e incidência utilizada, além da
mama visualizada), sendo a mamografia identificada nas incidências axiais (CC),
onde o numerador deve marcar os quadrantes externos, obliquamente e nas
incidências laterais (MLO), o numerador deve marcar os quadrantes superiores, sem
inclinação conforme descrito no capítulo 4 na figura 8.

Destarte, sabendo-se os filmes, posições e rotina pré-estabelecidas, inicia-se


o atendimento ao usuário, onde se chegando à unidade de atendimendo, verifica-se
as solicitações existentes, confere-se os diferenciais do pedido como solicitação de
rotina, paciente internado, possibilidade de locomoção além de fatores como idade
ou patologia se for o caso.

Cumprida esta primeira etapa, dar-se-á inícios aos procedimentos de


realização dos exames solicitados.
46

Dando andamento ao atendimento, é chamado o paciente por ordem de


chegada conforme orientação da direção da unidade, excetuando-se situações de
emergência ou idosos conforme orienta o estatuto do idoso.

Todo o trabalho é realizado na seguinte ordem:

 Chamada;
 Anotação em folha de produtividade diária;
 Escolha do filme adequado;
 Identificação no filme;
 Posicionamento do chassis na gaveta bucky;
 Posicionamento da paciente na incidência desejada e compressão;
 Escolha da técnica adequada e disparo;
 Retirada do chassi da gaveta;
 Revelação do filme em processadora automática na câmcara escuta;
 Recarregamento do chassis;
 Retira do filme da processadora;
 Conferência da qualidade da imagem no negatoscópio;
 Envelopamento identificado para envio ao médico radiologista para laudo;
 Liberação da paciente;
 Chamada do próximo paciente.

Todo o procedimento dura em média 20 minutos para realização de quatro


exames, sendo mama direita em CC e MLO, repetindo-se as mesmas incidências na
mama esquerda, seguindo sempre esta sequência (primeiro mama direita e após, a
esquerda).

6.2.2 Rotina de manutenção1

MAMÓGRAFO:

A empresa encarregada da manutenção do mamógrafo deve realizá-la a cada


dois meses.
47

PROCESSADORA:

 Manutenção Semanal:

 Limpeza completa retirada dos rolos e lavagem com esponja tipo 3M e sabão
neutro;
 Lavar o interior da processadora com esponja tipo 3M e sabão neutro;
 Montar as partes da processadora que foram removidas e limpas, encher o
tanque de lavagem e ligar a processadora.

 Manutenção diária:

A manutenção é feita pela manhã na sequência descrita abaixo:

a. Pela manhã:

a.a – Ligar a processadora e esperar 15 minutos;

a.b. – Abrir o registro de água;

a.c. – Passar dois filmes “velados/perdidos” e um filme virgem por último com o
objetivo de garantir que a processadora não está causando artefatos de imagem
ou marcas de rolo.

b – No final do expediente:

b.a – Desligar a processadora;

b.b – Abrir a tampa superior e deixá-la semi-aberta;

b.c – Fechar o registro de água;

b.d – Desligar a chave de energia elétrica da processadora.

CHASSIS E ÉCRANS:

Cada chassi deverá ser identificado com a data do início de uso. A limpeza
dos écrans deve ser realizada diariamente (e sempre que for necessária), com
auxílio de compressa cirúrgica limpa e seca.
48

PRODUTOS QUÍMICOS PARA O PROCESSAMENTO:

Os produtos químicos para o processamento (revelador e fixador) devem ser


preparados semanalmente ou quinzenalmente, dependendo do volume de
pacientes, seguindo as instruções do fabricante para a proporção adequada.
Recomenda-se não fazer quantidade maior para evitar deteriorização da mistura.

____________________
1 Rotina adaptada de Magalhães, 2010.
49

7 IMPRESSÕES SOBRE O CAMPO DE ESTÁGIO

Novamente a primeira a impressão nesta outra unidade de campo de estágio


também é de que o serviço de mamografia da unidade deixa a desejar no quesito
radioproteção. Não há uso de dosímetro pela profissional que opera o mamógrafo,
não sendo possível assim avaliar o nível de radiação a qual se expõe o indivíduo
ocupacionalmente exposto (IOE), considerando-se que “uma desvantagem apontada
aos métodos de diagnóstico com raios X é a dose de radiação ionizante recebida por
pacientes e trabalhadores”. (LIMA, 2009).

Contudo, há sinalizações de sala de mamografia (Fig. 25), sinalizando que a


sala é de utilização de equipamento produtor de radiação ionizante, porém, nenhum
aviso que o acesso deve ser restrito ou alertando a mulheres grávidas ou com
suspeita de gravidez.

Figura 25 – Sinalização na entrada da sala de exames mamográficos

Fonte: Elaborado pela autora


50

O serviço também não apresenta a figura do Supervisor de Proteção


Radiológica (SPR) ou do Supervisor de Aplicação das Técnicas Radiológicas
(SATR), tais fatos contrariam a Portaria SVS/MS 453/98, além da NR 32 e
Resolução 11/11 do Conselho Nacional dos Técnicos em Radiologia (CONTER), o
que consta é que se atende somente ao tópico 3.34 da portaria 453 que diz que
“para responder pela função de RT é necessário possuir: a) Formação em medicina,
ou odontologia, no caso de radiologia odontológica”. (BRASIL, 1998).

A sala de mamografia não é baritada (revestida de argamassa de barita),


material utilizado porque tem agregado um minério de alta densidade (barita) ou
sulfato de bário hidratado (BaSO4) prestando-se à proteção radiolgica, o que
também demonstra estar fora das normas para radioproteção (NPR, 2014).

No HMJB não existe a figura do SATR, ficando o diretor médico como


supervisor da unidade, o que contraria a Lei 7.394 que normatiza que a supervisão de
aplicação das técnicas radiológicas é de competência do técnico e do tecnólogo em
radiologia e a Lei 12.842/13 (Lei do Ato Médico) em seu artigo 4º, parágrafo único que
diz “§ 7o O disposto neste artigo será aplicado de forma que sejam resguardadas as
competências próprias das profissões de [...] técnico e tecnólogo de radiologia.”, não
existindo também um programa de proteção radiológica, uma avaliação periódico do
aparelho existente na unidade, além de não existir no local uma cópia impressa da
Portaria 453/98 da ANVISA como a mesma institui, não deixando acesso nem para os
demais profissionais do hospital, como para os pacientes e usuários do serviço de tais
informações sobre o que vem a ser um exame que se utiliza radiação ionizante (raios-
x) ou o que vem a ser radioproteção

Durante o estágio realizado na área de USG com Doppler percebeu-se


novamente, assim como no estágio anterior em outra unidade, a mesma resistência
da classe médica quanto à realização deste método de exame para diagnóstico,
mesmo com o argumento que o profissional das técnicas radiológicas apenas
produziria as imagens, ficando como demonstrado anteriormente, a função de emitir o
laudo do referido exame a cargo do médico ultrassonografista.

Para o Conselho Federal de Medicina (CFM)

O emprego de algumas técnicas radiológicas e imagenológicas – como a


ultrassonografia, por exemplo – requer alto nível de treinamento e deve ser
51

conduzida por médicos. Esta foi a posição do Conselho Federal de Medicina


(CFM) durante audiência pública na Câmara dos Deputados, no dia 6 de
dezembro, que discutiu o PL 3.661/12, que regulamenta o exercício
de atividades radiológicas. (JORNAL MEDICINA, 2012)

Tal posição vai de encontro com o CONTER, que elenca em sua resolução de
nº 02/2012, artigo 2º a caracterização do exame de ultrassonografia como
procedimento realizado pelo tecnólogo em radiologia, sendo a mesma sub-área no
setor de diagnóstico por imagem tratado no inciso I do art. 1º da Lei 7.394/85.

Tal conflito entre conselhos (CFM X CONTER) somente será dissolvido


completamente com a aprovação (ou não) do PL 3.661/2012, onde o mesmo
argumenta que “a Lei 7.394/85 e o Decreto 92.790/86, que atualmente regulam o
exercício da profissão de técnico em radiologia, carecem de atualização e clareza”,
visto que “Nos últimos anos, foram criadas inúmeras atividades com fontes
radioativas sem que houvesse a devida regulamentação e fiscalização dos serviços
prestados”. (PAIM, 2012).

Porém apesar da relutância inicial o estágio foi realizado na sub-área de USG


com Doppler e foi bastante proveitoso, visto que conheci um método de diagnóstico
por imagem que não se utiliza de radiação ionizante, produzindo imagens que muito
auxiliam para diagnóstico e tratamento.

Quanto à estrutura em si, equipamentos e sistema de revelação e produção


de imagens há que se falar que as mesmas se apresentaram aparentemente
suficientes a que se propõe que é a realização de mamografias, com imagens
satisfatórias, o serviço realmente peca por não contar com um programa de
radioproteção.
52

8 ANÁLISE TÉCNICA SOBRE O CAMPO DE ESTÁGIO

Na área de estágio da subespecialidade de mamografia, o estágio mostrou-


me que a profissional que executa as atividades no setor de exames trabalha com
relativa autonomia, os exames são previamente agendados, ficando a cargo da
mesma a realização da ordem de feitura dos exames.

O que se demonstrou, porém é a despreocupação com o IOE na unidade,


visto que não há serviço de dosimetria contratado para a mensuração da carga de
radiação ionizante recebida pela tecnóloga em radiologia da unidade.

O aparelho de mamografia é novo e funciona em boas condições, além da


sala ser climatizada para evitar eventual aquecimento em demasia do equipamento.

Os exames são realizados de forma a se ter um bom andamento, são feitos


nas incidências básicas (CC e MLO), perdem-se poucas películas apesar de o
sistema de realização dos exames ser ainda do método convencional e com
revelação em processadora automática, porém de um modelo mais simples, do
mesmo tipo que revela filmes de exames de radiologia convencional.

Os filmes são identificados adequadamente, e todo o processo é realizado de


forma relativamente rápida para o tipo de exame visto a perícia da profissional em
manipular o equipamento e revelar os filmes, visto que a mesma trabalha na unidade
sozinha, não havendo auxiliares para revelação dos filmes de exames de
mamografias.

A sala de exames também não apresenta anexa uma câmara clara, ficando
na própria sala de exames um negatoscópio onde a profissional analisa a qualidade
da imagem produzida e envelopa identificando os exames para envio para o médico
radiologista para realização dos respectivos laudos médico.

Na parte de USG com Doppler, novamente houve certa resistência do médico


ultrassonografista o que deixa a nítida impressão de que a classe médica se sente
receosa quanto à realização de exames de ecografia por outros profissionais não
médicos.

Tal conceito fica claro citando alguns autores como Flor (2011) que definem
imagenologia como um conjunto de métodos que usa a imagem como meio de
53

diagnóstico em que se trata de um método não invasivo para detecção e diagnóstico


de diversas moléstias ou traumas, compreendendo também técnicas preventivas
como a mamografia e a USG com Doppler, acredito se confundir quando afirma que
somente o médico pode realizar o exame de USG, contrariando a Resolução do
CONTER de nº 02 de 04 de maio de 2012, onde se normatiza as atribuições do
profissional Tecnólogo em Radiologia em seu artigo 2º onde se compreendem como
setor de diagnóstico por imagem: “Radiologia Convencional, [...], Ultrassonografia,
[...]”. (BRASIL, 2012).

Resumindo, Imaginologia é o estudo das estruturas, órgãos e sistemas por


meio de técnicas de obtenção de imagens, dentre os quais podemos
destacar: raios-x convencional [...], mamografia [...], ultrassonografia [...].
Entre todas essas técnicas a Ultrassonografia é o único método que
somente o médico pode executar o exame. O restante são executados por
técnicos e laudados por médicos. (FLOR, 2011).

Nota-se claramente que ainda há alguma confusão no entendimento sobre a


realização dos exames de ecografia sejam simples ou com Doppler colorido, e que o
espaço preenchido pelo médico jamais será ocupado pelo tecnólogo em radiologia,
ficando este a cargo apenas de produzir as imagens, sendo posteriormente
laudadas por um médico como acontecem nos demais métodos de radiodiagnóstico.

Contudo este último período de estágio vivenciado em um campo real de


trabalho, lidando com os usuários e manipulando equipamentos de produção de
imagens foi muito enriquecedor, além de que sendo realizado em uma unidade
diferente de onde foram realizados os estágios anteriores, me fez ter uma visão
crítica que o profissional das técnicas radiológicas lida com exames diversos, em
especialidades distintas, mas que apresentam relevante importância, independente
de qual imagem será produzida e qual o método que se utilizará, demonstrando que
a radiologia como um todo, ou em suas subespecialidades de radiodiagnóstico é um
valoroso complemente para auxílio e diagnóstico e tratamento de diversas moléstias.

Concluindo mais esta etapa na área de estágio supervisionado no setor de


radiodiagnóstico, posso afirmar que tecnicamente o estágio mostrou-se bastante
54

produtivo, pois pude adquirir novos conhecimentos aplicados a área de radiologia e


imagenologia, apesar de um tanto quanto limitado na área de USG com doppler.

Encerrando o tópico, vale salientar que o estágio supervisionado é onde o


futuro profissional tem o campo de atuação como objeto de estudo, de análise e de
interpretação crítica onde “embasando-se no que é estudado nas disciplinas do
curso, indo além do chamado Estágio Profissional [...] busca inserir o futuro
profissional no campo de trabalho de modo que este treine as rotinas de atuação”.
(PASSERINI, 2007).
55

9 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E TEÓRICA

Em uma tarde, na Universidade de Wurzburg, na Alemanha, deu-se início à


história da radiologia, mais exatamente no dia 08 de novembro de 1895, quando o
físico W. C. Roentgen, fazia suas pesquisas em um tubo de raios catódicos,
invenção do inglês W. Crookes. Roentgen conseguiu então projetar a imagem dos
ossos de sua mão em uma tela. Fascinado, mas ainda confuso Roentgen decidiu
chamar sua descoberta de Raios-X - símbolo usado em ciência para designar o
desconhecido. (ARRUDA, 1996).

Roentgen não poderia imaginar a que nível chegaria a produção de imagens


valendo-se de radiação ionizante e desde então, métodos muito além da chamada
radiologia convencional foram desenvolvidos valendo-se de radiações ionizantes,
mas que jamais tirarão o mérito do cientista Roentgen.

O tema por si só já é bastante interessante, porém atentaremos para os


conceitos inerentes a uma das profissões que adentram o fascinante mundo da
radiologia, o tecnólogo em radiologia, profissão regulamentada por lei, reconhecida
como graduação em nível superior e que conta com valorosos profissionais.

Baseando-se na Lei 7.394/85 que regula sobre os profissionais das técnicas


radiológicas, o CONTER em seu código de ética dirigido aos profissionais por ele
abrangidos enuncia os fundamentos e condutas necessárias para a prática das
profissões de Tecnólogo em Radiologia, relacionando seus direitos e deveres aos
profissionais inscritos no sistema CONTER/CRTR, apontando que para o exercício
da profissão impõe-se a inscrição do mesmo no CRTR da respectiva jurisdição ao
mesmo tempo em que o referido profissional conta como objeto da sua profissão
entre outras atribuições o de radiologia no setor de diagnóstico médico.

Porém, no Brasil, existem outras leis que disciplinam a utilização da radiação


ionizante, fazendo-se necessário então a normatização de atividades que dela
fazem uso, como a Portaria 453/98 da ANVISA que “Aprova o Regulamento Técnico
que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico
médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios -x diagnósticos em todo
território nacional e dá outras providências”.
56

Ainda sobre o tema radiação ionizante e radioproteção dispomos ainda da


Portaria GM 485, de 11 de novembro de 2005 e Portaria GM 939 de 18 de novembro
de 2008, que formam a NR 32 que trata sobre segurança e saúde no trabalho em
serviços de saúde no capítulo 32.4 – Das Radiações Ionizantes, onde há o seguinte
texto:

32.4.1 O atendimento das exigências desta NR, com relação às radiações


ionizantes, não desobriga o empregador de observar as disposições
estabelecidas pelas normas específicas da CNEN e da ANVISA, além do
MS.

32.4.2. É obrigatório manter no local de trabalho e à disposição da inspeção


do trabalho o plano de proteção radiológica – PPR, aprovado pela CNEN, e
para os serviços de radiodiagnóstico aprovado pela vigilância sanitária.
(BRASIL, 2005).

Portanto, pode ser perceber que a radiologia é mais do que uma simples
profissão, que vai além do “produzir imagens” para diagnóstico médico, por isso
então a capacitação cada vez maior dos profissionais que dela farão uso, criando-se
então a figura do Tecnólogo em Radiologia, profissional de nível superior, com
formação técnico-científica além do técnico em radiologia, profissional que até bem
pouco tempo era praticamente o único responsável nesta área pela produção de
imagens.

Para Dimenstein e Netto (2002) os raios X têm seu uso em radiologia voltado
para fins diagnósticos, assim como a radioterapia para o tratamento de certas
doenças e por isso a importância de que a correta manipulação dos aparelhos e
equipamentos utilizados seja uma constante preocupação por parte do profissional
que o utiliza.

Evidencia-se então a importância da melhor capacitação dos profissionais que


manipularão estes equipamentos, afinal sabemos que mais de um século após sua
descoberta por Roentgen, “os raios X ainda ocupam lugar de destaque no arsenal
de diagnóstico por imagens”. (DIMESTEIN e NETTO, 2002).

É aí então que entra o profissional Tecnólogo em Radiologia, ele tem uma


formação superior em carga horária e conhecimento teórico-técnico-científico ao
57

profissional de nível médio, profissional mais capacitado para dentro da sala de


exames ter total autonomia para realizar o procedimento, responsável pela proteção
radiológica de todos os presentes durante o procedimento (CADU, 2011).

Porém todo cuidado se faz necessário, por isso a necessidade de se conduzir


todo o procedimento de forma correta, respeitando as normas de radioproteção e as
técnicas radiológicas, além do princípio da justificação da dose e é neste ponto que
entra na formação profissional o estágio curricular, pois é onde o estudante entrará
em contato com situações reais, com o inesperado, com a emergência, com
situações que nem sempre a princípio estão sob nosso controle, fugindo de tudo
aquilo que se vê em sala de aula, em livros ou laboratórios.

Passerini (2007) descreve o estágio curricular como:

[...] Estágio Curricular Supervisionado [é] aquele em que o futuro


profissional toma o campo de atuação como objeto de estudo, de
investigação, de análise e de interpretação crítica, embasando-se no que é
estudado nas disciplinas do curso, indo além do chamado Estágio
Profissional, aquele que busca inserir o futuro profissional no campo de
trabalho de modo que este treine as rotinas de atuação. (PASSERINI, 2007)

Daí a importância do estágio curricular na formação do futuro profissional para


a sua inserção no mercado de trabalho, pois ao final do curso o mesmo poderá
executar gerenciar e supervisionar os serviços e procedimentos radiológicos,
atuando conforme as normas de biossegurança e radioproteção em clínicas de
radiodiagnóstico, hospitais, policlínicas, laboratórios, indústria, fabricantes
(comércio) e distribuidores de equipamentos hospitalares. Possuirá habilidades
técnicas e conhecimentos de gestão, interagindo com a equipe médica e técnica.
(UNIP, 2005).
58

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio mostrou-se novamente bastante enriquecedor e sempre sob


supervisão não encontrei adversidades que não me fossem esclarecidas, claro que
o nervosismo natural existiu, mas que com o passar do tempo e com a segurança
que foi passada pelo supervisor de campo, acredito ter me adaptado bem tanto à
unidade quanto ao serviço de radiologia prestado.

Encerrando o presente trabalho, descrevendo o conteúdo de mais esta etapa


de estágio curricular obrigatório percebo ainda mais a importância do profissional
Tecnólogo em Radiologia, pois se trata de um profissional com autonomia para
utilização de técnicas radiológicas valendo-se de radiação ionizante, mas também o
mesmo pode produzir imagens manuseando e operando equipamentos sem o uso
da radiação, podendo ser as imagens impressas em películas, digitalizadas,
impressas em papel especial ou até mesmo transmitidas via monitores.

Compreendi ainda mais a importância do uso da radiação ionizante para o


benefício da coletividade indo muito além do que se lê em livros e se assiste em sala
de aula, complementando, portanto toda a teoria vista em estudos e laboratórios.

Mais uma vez nota-se que o escopo da formação do profissional das técnicas
radiológicas vai além de formar um profissional que “aperte botões” como tantos
leigos possam acreditar e que em se tratando de radiologia existem regras, métodos
e técnicas radiológicas, devendo o profissional trabalhar interdisciplinarmente com
outras equipes e outros profissionais, tornando então qualquer procedimento muito
mais seguro para os seres humanos, animais e o meio ambiente.

Como dito em relatórios anteriores, durante o estágio vivenciei na prática


situações que encontrarei como profissional da radiologia, deparando-me com
métodos que só conhecia na teoria e aprendi como é o funcionamento de um serviço
de radiologia na prática, “in loco”, vendo que o serviço conta com vários métodos
para auxílio diagnóstico através da produção de imagens.

Desenvolvendo várias atividades sob supervisão de um profissional da área e


empenhado em passar adiante seus conhecimentos, vivenciei o dia a dia do
profissional da radiologia medica, onde desenvolvi experiência para poder atuar na
área e me tornar uma profissional da profissão que escolhi.
59

Alcancei em meu entendimento ao término do estágio que esta etapa


concluída contribuiu para minha compreensão sobre os deveres, os direitos e as
responsabilidades que incumbem aos profissionais das técnicas radiológicas,
acreditando ter alcançado meu intento que era de adquirir conhecimento prático da
profissão, o que é a intenção maior do estágio supervisionado.

O objetivo é chamar a atenção dos futuros profissionais da área, sobre a


importância de se vivenciar o estágio supervisionado, durante a formação,
para a aquisição e aprimoramento de competências gerais [...]. Nos serviços
de saúde, tanto na esfera pública quanto na privada, existe a necessidade
de se contar com um profissional [...] competente na sua prática
profissional. Dessa forma, como é observado nas Diretrizes Curriculares
Nacionais para os Cursos de Graduação [...] o estágio supervisionado é
considerado o melhor espaço para o graduando adquirir um perfil que vá ao
encontro do profissional competente com conhecimentos e habilidades
adequadas ao exercício da profissão. (BENITO, et. al. 2012)

Com a consciência de que ainda terei dificuldades, etapas a serem galgadas


e perpassadas, hei de manter o foco para alcançar o sucesso profissional, pois mais
que conhecimentos teóricos há que se experimentar, viver na prática, há que se
“meter a mão na massa” e ir além do saber, pois o bom profissional sabe o que tem
para se fazer, e deve ter conhecimento para fazê-lo.

Findo o presente relatório guardando imenso carinho por todos que me


ajudaram a trespassar mais esta etapa ao mesmo tempo em que agradeço essa
experiência tão valorosa e que muito contribuiu para o meu engrandecimento não só
como estudante ou futura profissional das técnicas radiológicas, mas enriqueceu-me
como ser humano.

Ao final dou-me por satisfeita com os conhecimentos a mim passados de


forma clara e que muito vão me ajudar em minha formação acadêmica na área de
tecnologia em radiologia.
60

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64

ANEXOS

Anexo I – Declaração de cumprimento de carga horária estágio


65

Anexo II – Manual do Operador equipamento de mamografia


66

Anexo III - Manual do Usuário Equipamento USG


67

PLANILHAS DE AVALIAÇÃO

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