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UNIVERSIDADE PAULISTA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

LEIDE DAIANE CONCEIÇÃO DE MIRANDA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II


Radiodiagnóstico (Radiologia Convencional em Odontologia e Emergência) e
Radioproteção

Brasília / DF
2015
1

LEIDE DAIANE CONCEIÇÃO DE MIRANDA


RA B681AD0

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II


Radiodiagnóstico (Radiologia Convencional em Odontologia e Emergência) e
Radioproteção

Relatório de Estágio Supervisionado II realizado


com 120 horas apresentado à Universidade
Paulista – UNIP como requisito parcial para
conclusão do curso de Graduação em Tecnologia
em Radiologia

Orientador: Prof. Glêicio Oliveira Valgas

Brasília / DF
2015
2

EPÍGRAFE

“Há homens que lutam um dia e são bons.


Há outros que lutam um ano e são
melhores. Há os que lutam muitos anos e
são muitos bons. Porém, há os que lutam
toda a vida. Esses são os
imprescindíveis.”

Bertold Brecht
3

LISTA DE SIGLAS

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ATLS - sigla de Advanced Trauma Life Support, que traduzido significa Suporte
Avançado de Vida no Trauma

CEO – Centro de Especialidades Odontológicas

CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear

CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde

CONTER – Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia

CRTR – Conselho Regional de Técnicos e Tecnólogos em Radiologia

DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

GM – Gabinete Ministerial

HMLJA – Hospital Municipal Dr. Lauro Joaquim de Araújo

IOE – Indivíduo Ocupacionalmente Exposto

NR – Norma Regulamentadora

PS – Pronto Socorro

RT – Responsável Técnico

SAMU- Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

SATR – Supervisor de Aplicação das Técnicas Radiológicas

SPR – Supervisor de Proteção Radiológica

SVS/MS – Serviço de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde

UNIP – Universidade Paulista


4

RESUMO

O presente relatório vem demonstrar as atividades relacionadas ao Estágio


Curricular Obrigatório, onde foram realizadas 120 horas divida em radiodiagnóstico
nos setores de radiologia odontológica, radiologia convencional em emergência e
sobre a radioproteção, visto que dentre as atribuições do tecnólogo em radiologia
não estão somente as de operar equipamentos e produzir imagens para diagnóstico
médico, mas também tais atribuições reportam-se à preocupação com a
radioproteção, além de gerenciar o serviço, preocupando-se com a gestão, a
implementação e a execução do serviço de proteção radiológica, tendo, portanto
este relatório, o intuito de demonstrar o conhecimento adquirido em mais esta etapa
da vida acadêmica, entrelaçando o conhecimento teórico ao prático, evidenciando a
importância não só do serviço de radiologia na produção de imagens valendo-se de
equipamentos que utilizam e emitem radiação ionizante, mas preocupando-se
também com o tema radioproteção.

Palavras chaves: Radiodiagnóstico. Odontológico. Emergência. Radioproteção.


5

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 6.....
8
2 OBJETIVOS.............................................................................................................
8
2.1 Objetivo Geral.....................................................................................................
8
2.2 Objetivos Específicos........................................................................................
9
3 CONHECENDO O CAMPO DE ESTÁGIO.............................................................
3.1 Radiologia Odontológica.............................................................................. 12
3.1.1 Atividades realizadas em Radiologia Odontológica.......................................17
3.2 Radiologia Convencional nas Emergências................................................18
3.2.1 Atividades realizadas em Radiologia na Emergência.....................................27
3.3 Radioproteção................................................................................................ 28
37
3.3.1 Atividades realizadas em Radioproteção........................................................
3.4 Fotografias do Estágio...................................................................................37
37
3.4.1 Fotografias estágio radiologia odontológica......................................................
38
3.4.2 Fotografias estágio na emergência.....................................................................
42
3.4.3 Fotografias estágio radioproteção.......................................................................
44
3.5 Desenvolvimento de rotina para radiografias de emergência.....................
44
3.5.1 Rotina desenvolvida.........................................................................................
46
4 IMPRESSÕES SOBRE O ESTÁGIO ....................................................................
47
5 ANÁLISE TÉCNICA SOBRE O CAMPO DE ESTÁGIO.........................................
6 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E TEÓRICA PARA O ESTÁGIO..........................50
53
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................
54
REFERÊNCIAS..........................................................................................................
56
ANEXOS...................................................................................................................
62
PLANILHAS DE AVALIAÇÃO....................................................................................
6

1 INTRODUÇÃO

O presente relatório tem o intuito de demonstrar a prática vivenciada durante


estágio curricular obrigatório realizado na modalidade radiodiagnóstico e
radioproteção, onde foram realizadas atividades em campo no setor de radiologia
com foco em radiologia convencional nas áreas de odontologia e radiologia
convencional em emergências, além é claro de demonstrar o que foi estagiado e
aprendido na área de radioproteção, visto que a atribuição do tecnólogo em
radiologia vai além da manipulação de equipamentos, este deve prezar pela
proteção radiológica aplicada ao radiodiagnóstico, justificando doses e sabendo
limitá-las, valendo-se de corretos cálculos entre Kv e Mas e demais métodos de
proteção radiológica que possam diminuir os efeitos adversos da radiação ionizante.

Sabendo nesta nova etapa que o estágio vai além do demonstrar saber, há
que se mostrar o saber-fazer para que se possa se formar um profissional que saiba
atuar corretamente nas atividades por ele exercidas, devendo então o estagiário do
curso superior de tecnologia em radiologia valer-se de adquirir experiência não
somente no manuseio dos equipamentos de diagnóstico médico que se utiliza de
radiação ionizante, mas também saber as formas de minimizar seus efeitos, além de
saber a destinação adequada e correta dos resíduos produzidos pelo serviço de
radiologia de qualquer unidade de atendimento.

O presente relatório será dividido entre estágio realizado no Centro de


Especialidades Odontológicas (CEO) e na unidade de radiologia convencional do
Hospital Municipal Dr. Lauro Joaquim de Araújo (HMLJA), onde o estágio deu ênfase
no atendimento do serviço de radiologia convencional na unidade de emergência,
findando com o estágio em radioproteção, a proteção radiológica, demonstrando que
a mesma é tão importante quanto à produção de imagens em si, visto que não
existem limites seguros para se trabalhar com radiação ionizante.

Para esclarecimento, o total de horas referentes ao presente estágio está


divido em tópicos, sendo 48 horas em radiologia convencional em odontologia, 48
horas em radiologia convencional nas urgências e emergências e 24 horas em
radioproteção, perfazendo um total de 120 horas conforme orientação da
coordenação de estágio acadêmico
7

A metodologia utilizada durante o estágio curricular obrigatório foi a


qualitativa, visto que foi revisada ampla literatura antes de imergir no campo de
estágio propriamente dito aliada a pesquisa documental e pesquisa de campo onde
levantou-se dados relevantes para o projeto de estágio, vindo a exemplificar
detalhadamente o campo de estágio e como foi o aproveitamento do mesmo.

Todo o trabalho deste relatório será enriquecido com imagens produzidas


durante a realização do estágio, demonstrando assim a aplicação dos
conhecimentos adquiridos à prática real de situações que se vivenciam em serviços
de radiologia e radiodiagnóstico, e a título de conhecimento, o quadro contendo ao
menos 15 dias de atividades realizadas solicitado pelo orientador será divido em 3
quadros com 5, 6 e 4 dias respectivamente cada, relativo à cada campo de estágio,
além de ao final estarem anexas todas as planilhas de carga horária cumprida e
avaliações necessárias para a validação do presente relatório.

.
8

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Capacitar o estudante para a correta utilização das técnicas radiológicas para


a realização de exames de radiodiagnóstico, utilizando-se para tanto de aparelhos
de Raios-X convencional e odontológico, em situações de emergência observando
as normas de segurança e de radioproteção, preparando-se para a futura vida
profissional.

2.2 Objetivos específicos

 Aprofundar no conhecimento prático agregando os conhecimentos adquiridos


na fase curricular, verificando-os na prática;
 aplicar o conhecimento adquirido agregado à práticas e rotinas;
 Receber e interagir com o paciente para a realização do exame;
 Interagir com a equipe de forma multiprofissional;
 Fazer anotações em livros próprios;
 Reportar-se ao orientador e ao supervisor de estágio para dissolução de
dúvidas existentes;
 Orientar e posicionar o paciente para a realização do exame mesmo em
situações de emergência;
 Manipular aparelhos de emissão de radiação ionizante sob supervisão;
 Aplicar as técnicas radiológicas adequadas para a realização do
procedimento;
 Realizar a revelação dos filmes em processadoras automáticas ou manuais;
 Realizar condutas dentro do projeto de radioproteção proposto;
 Realizar o estágio com postura aberta a novos conhecimentos, mas com
visão crítica em relação a possíveis erros detectados.
9

3 CONHECENDO O CAMPO DE ESTÁGIO

O estágio foi realizado em unidades de radiodiagnóstico onde se realizam


radiografias odontológicas e radiografias em unidade de emergência em instituições
públicas inscritas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do
Ministério da Saúde (figs. 1 e 2), onde o que se priorizou foi o atendimento
adequado aos pacientes que procuram o serviço de odontologia e que se fazem
necessárias e há a indicação de solicitação de exames radiográficos para condutas
em odontologia, e na parte hospitalar houve atenção especial à situações em que
envolvam as emergências, onde deve-se mostrar conhecimento ao mesmo tempo
em que o exame deve ser realizado com rapidez e qualidade para não prejudicar ou
atrasar o atendimento realizado agilizando assim o auxílio diagnóstico fundamental
para a indicação da conduta adequada.

Figura 1 – CNES CEO Correntina

Disponível em:
http://cnes.datasus.gov.br/Exibe_Ficha_Estabelecimento.asp?VCo_Unidade=2909304024958&VEsta
do=29&VCodMunicipio=290930
10

O CEO encontra-se alocada dentro de uma unidade de atenção básica de


porte I ao qual presta serviços à comunidade como exame laboratorial, atendimento
de fisioterapia, além é claro dos serviços odontológicos, implantados na unidade
pelo programa federal Brasil Sorridente.

A unidade de porte considerável possui recepção com bancos de espera, 03


consultórios odontológicos, 02 salas de fisioterapia, um laboratório para exames de
rotina e de emergência, além de sala de expurgo, sala de coleta de materiais, sala
para arquivo e digitação de resultados, sala de agendamentos, sala da
administração, copa, cozinha, sala de esterilização e obviamente uma sala de
exames radiológicos odontológicos.

No total a unidade conta com 06 odontólogos que se revezam em turnos


matutino e vespertino, 02 fisioterapeutas, 03 técnicas em laboratório, 03 auxiliares
de higiene dental, 02 biomédicos, 04 auxiliares de manutenção, copeira, uma
diretora administrativa e o técnico em radiologia.

Figura 2 – CNES HMLJA Correntina

Disponível em:
http://cnes.datasus.gov.br/Exibe_Ficha_Estabelecimento.asp?VCo_Unidade=2909302801574&VEsta
do=29&VCodMunicipio=290930
11

Na parte do estágio supervisionado onde foi visto a radiologia convencional


na emergência, apresentei-me na unidade HMLJA, hospital público de porte I
contendo cerca de 40 leitos, com leitos para internações na área de cirurgia geral
(6), clínica geral (6), Unidade de isolamento (1), obstetrícia clínica e cirúrgica (15) e
pediatria (8), além de contar com leitos de observação e pronto socorro.

Situado estrategicamente à Avenida Tancredo Neves, Setor Colina Azul em


uma avenida que é estendida à BR-324, na saída da cidade, onde obrigatoriamente
trafega todo o fluxo de veículo que atravessa o município, facilitando, até mesmo,
o atendimento em situações de emergências, como acidentes de trânsito que é
uma ocorrência bastante comum na unidade 1.

Há em seu quadro funcional 128 funcionários efetivos das mais diferentes


áreas que vão de serviço de higiene hospitalar, passando por profissionais técnicos
em saúde e cerca de 22 prestadores de serviços, em sua maioria médicos

O estágio foi realizado de forma a se realizar 24 horas semanais em um


período de cinco semanas, perfazendo um total de 120 horas conforme orientação
do coordenador de estágio da universidade, respeitando assim o disposto na
Resolução CONTER de nº 10 de 11 de novembro de 2011 que dispõe em seu artigo
9º que “A jornada do Estágio Supervisionado não poderá ultrapassar 24 (vinte e
quatro) horas semanais, em razão da previsão do art. 14 da Lei nº 7.394/1985.”
(CONTER, 2011).

Destarte o presente estágio se adapta ao disposto na Lei 11.788/2008 no


Capítulo IV, Artigo 10, Inciso II, que diz:

Artigo 10. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo


entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu
representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser
compatível com as atividades escolares e não ultrapassar:

[...]

II – 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de


estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e
do ensino médio regular. (BRASIL, 2008, n.p.).

_____________________
1 Queiroz, E. J. de O. PIM V Unip
12

3.1 Radiologia Odontológica

O presente tópico deste relatório refere-se a estágio realizado no CEO na


cidade de Correntina (fig. 3), onde foram revistas técnicas utilizadas na radiografia
odontológica, descrita como radiodiagnóstico pelo Conselho Nacional de Técnicos
em Radiologia e que é de suma importância nos tratamentos odontológicos,

Figura 3 – Centro de Especialidades Odontológicas

Fonte: Elaborado pela autora

O aparelho utilizado na unidade é da Gnatus, modelo Raios-x Timex 70 E


Coluna Móvel destinado a radiografia intra-oral da dentição do paciente com objetivo
de diagnóstico, sendo uma unidade de Raios-X para uso odontológico, com tensão
nominal de 70kVp e corrente no tubo de 7,0 mA. Dotado de temporizador digital
centesimal, especialmente desenvolvido para utilização com sensores radiográficos
digitais, proporciona redução no tempo de exposição à radiação e também é
indicado para filmes convencionais2 (Fig. 4).

_____________________

2 Manual do Proprietário Gnatus Timex 70 E


13

Figura 4 – Aparelho de raios-x odontológico

Fonte: Elaborado pela autora

Primeiramente foi demonstrado o modelo de solicitação de exame utilizado na


unidade (Fig. 5), pois sem o conhecimento da anatomia radiográfica utilizada na
solicitação de radiografias odontológicas, não se poderia saber qual o dente que se
deseja visualizar através do exame radiológico.

Figura 5 – Modelo de solicitação radiografia odontológica CEO

Fonte: Elaborado pela autora


14

Em seguida viu-se que na anatomia radiológica da dentição, os dentes são


divididos em quatro quadrantes, sendo quadrantes 1, 2, 3 e 4 iniciados em senti
horário (Fig. 6).

Figura 6 – Representação esquemática da dentição de um adulto

Fonte: Palin, 2012, p. 24

Em seguido foi conhecida a nomenclatura dental com sua respetica


numeração própria, sendo:

1. Incisivo central
2. Incisivo lateral
3. Canino
4. Primeiro pré-molar
5. Segundo pré-molar
6. Primeiro molar
7. Segundo molar
8. Terceiro molar

Deste modo, foi explicado que o primeiro número na solicitação corresponde


ao quadrante mirado e o segundo número pertence ao número do dente que se
deseja radiografar e visualizar, sendo numerado do centro para as bordas, de forma
que se o odontológo solicitar uma radiografia periapical do dente 24 por exemplo, o
dente a ser radiografado será o 4º dente do quadrante superior esquerdo (primeiro
pré-molar).
15

Na sequência fomos verificar o funcionamento do aparelho e como manipular


e operar o equipamento (Fig. 7).

Figura 7 – Conhecendo o equipamento

Fonte: Elaborado pela autora

Vale ressaltar que todo este procedimento há havia sido realizado no primeiro
estágio em radiologia odontológica, porém o supervisor de campo achou por bem
iniciar esta segunda etapa de estágio supervisionado repassando o que já havia sido
visto no primeiro estágio supervisionado em campo.

Revisando a literatura, definimos o que vem a ser uma radiografia periapical

São radiografias intrabucais de regiões específicas da arcada dentária.


Podem ser pedidas individualmente, como complementação de outros
exames, ou em um conjunto de 14 exames, abrangendo assim todos os
dentes, chamado de levantamento periapiacal. Essas radiografias têm uma
vantagem, pois, o RI é posicionado muito próximo ao dente tornando seu
tamanho quase real, diferenciando-se assim da panorâmica que não
apresenta o tamanho real da estrutura. Sua finalidade é geralmente para
tratamentos periodontais como tratamentos pré e póscirúrgicos,
acompanhamento de dentes inclusos, extrações dentárias, verificação de
cistos, visibilização de dentes supranumerários e análise de patologias em
geral. Essa técnica permite a visibilização de toda a estrutura dentária e
suas adjacências. (SANTOS, 2012, p. 8)
16

Seguindo com a revisão dos tópicos, vimos novamente o funcionamento da


câmara escura portátil e como é o sistema de revelação manual, além é claro de
relembrar o tipo de filme utilizado para este tipo de radiografia (Fig. 8).

Figura 8 – Reveladora portátil manual e filme utilizado

Fonte: Elaborado pela autora

Dando seguimento ao estágio supervisionado na área de radiologia


odontológica, logo após todo a conduta de revisão dos procedimentos, foi iniciado o
trabalho em si na área de radiologia, onde recebi os pacientes, realizei radiografias e
fiz as revelações de forma manual sempre supervisionada pelo supervisor de campo
(Fig. 9).

O estágio mostrou-se novamente bastante enriquecedor e sempre sob


supervisão não encontrei adversidades que não me fossem esclarecidas, claro que
o nervosismo natural do primeiro momento existiu, mas que com o passar do tempo
e com a segurança que foi passada pelo supervisor de campo, acredito ter me
adaptado bem tanto à unidade quanto ao serviço de radiologia prestado.

Ao final dei-me por satisfeita com os conhecimentos a mim passados de


forma clara e que muito vão me ajudar em minha formação acadêmica na área de
tecnologia em radiologia.
17

Figura 9 – Posicionando filmes, radiografando e revelando

Fonte: Elaborado pela autora

A radiologia odontológica inclui-se como radiodiagnóstico e é de suma


importância que o futuro profissional das técnicas radiológicas tenha conhecimento e
dimensione a importância desta especialidade da radiologia.

3.1.1 Atividades realizadas em Radiologia Odontológica

Data Hora Hora Total de Atividades Desenvolvidas


Entrada Saída Horas
Ambientação com a unidade, revisando
23/03/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas conceitos, identificando uma solicitação de
radiografia periapical
24/03/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas Conhecendo o equipamento, funcionamento
e manuseio
25/03/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas Posicionando filmes na cavidade oral do
paciente e revelação manual
26/03/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas Realizando o procedimento de realização da
radiografia periapical
Realizando o procedimento desde o
30/03/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas posicionamento do filme, disparo do aparelho
e revelação
18

3.2 Radiologia Convencional nas Emergências

A parte deste estágio que se refere à radiologia nas emergências, foi feito no
Hospital Municipal Dr. Lauro Joaquim de Araújo (HMLJA) (Fig. 10), onde foram
vistas as técnicas utilizadas nas mais diferente situações de emergência, visto que
nesta situação específica, nem sempre se pode contar com a colaboração do
paciente para o correto posicionamento e técnicas a serem utilizadas, além de que
por vezes o paciente encontra-se com sangramentos, lesões, fraturas e até mesmo
desorientado.

Figura 10 – Hospital Municipal Dr. Lauro Joaquim de Araújo

Fonte: Elaborado pela autora

Hospital considerado de porte I (conforme classificação Portaria GM 2224


MS), por conter menos de 50 leitos para internações e como já dito no início do
capítulo fica situado estrategicamente à Avenida Tancredo Neves (Fig. 11), Setor em
uma avenida estendida à uma rodovia federal (BR-324), na saída da cidade, onde
obrigatoriamente trafega todo o fluxo de veículos que atravessa o município,
facilitando, até mesmo, o atendimento em situações de emergências, como
acidentes de trânsito que é uma ocorrência bastante comum na unidade.
19

Figura 11 – Localização territorial HMLJA

Fonte: Google mapas, 2015

Deste modo, o atendimento em traumas é comum na unidade, visto que


conforme demonstra o mapa a cidade é cortada por uma rodovia federal ao mesmo
tempo sendo uma cidade turística o que por consequência traz um volume
acentuado de tráfego pela rodovia, o que vem a causar um número elevado de
acidentes automobilísticos.

A unidade possui dois aparelhos de raios-x, sendo um fixo com mesa e bucky
mural, que consiste em conjunto radiológico compacto de fácil operação, permitindo
exames de rotina e contrastados, com aplicação e desenvolvimento de layout de
acordo com rdc 50/2002 de alto padrão de qualidade baseado na RDC/16 - BPF
(boas praticas de fabricação) sendo o conjunto radiológico registrado junto a
ANVISA – MS (Fig. 12) e um aparelho móvel, bastante antigo, porém revisado,
instalado um colimador de foco e operando perfeitamente (Fig. 13).
20

Figura 12 – Modelo SH Rx 500 mA Figura 13 – Modelo SH Analógico 30 mA

Fonte: Elaborado pela autora Fonte: Elaborado pela autora

O supervisor de campo me passou a informação que quando dava para


trazer o paciente à sala de exames, o mesmo seria conduzido em uma maca para
realização das radiografias solicitadas, porém quando o médico ou a equipe de
enfermagem alegavam a impossibilidade da locomoção do paciente, o exame seria
feito no próprio leito na emergência, na maca e até mesmo na enfermaria, quando
em caso de emergências respiratórias para pacientes que se encontrassem
internados.

Voltando ao foco do estágio, iniciei na unidade revendo conceitos,


manipulação e operação do aparelho de raios-x, além de manejar e transportar o
aparelho móvel que há na unidade (Fig. 14), também foi revisto revelação com seu
funcionamento e toda a etapa para a realização e revelação das radiografias.

O que difere no atendimento em emergência é que quase sempre o paciente


não estará colaborativo e às vezes não dá para se atentar a vestimentas,
posicionamento e tempo de preparo da técnica, inclusive às vezes nem colimando o
foco, o que vem a prejudicar o quesito radioproteção (Fig. 15).
21

Figura 14 – Aparelho móvel Figura 15 – Paciente na unidade de emergência

Fonte: Elaborado pela autora Fonte: Elaborado pela autora

Muitas vezes quando se chega um paciente em situação de emergência, os


profissionais ao que parece se “afobam”, vira um “corre-corre” e o que foi observado
é que o próprio médico fica apreensivo com a situação, muitas vezes exigindo que
se faça as radiografias, porém o próprio não realiza o exame físico adequado, se
limitando a radiografar onde o paciente relata dor ou apresenta lesões visíveis.

O técnico de radiologia do serviço relatou que esse tipo de atendimento e


solicitação dificultava a realização dos exames, pois nem sempre o leito é o local
adequado e muitas vezes o paciente estava contido com imobilizadores como colar
cervical, head block, e preso em fitas protetoras junto à prancha de resgate da
unidade do SAMU.

Acontece que às vezes com essa situação de emergência e a impossibilidade


de não se atentar a técnica correta a ser utilizada, o exame acaba sendo
prejudicado, apresentando imagens veladas, com objetos metálicos que pode
confundir conforme se vê nas imagens seguintes (Fig. 16), obrigando o técnico a
realizar novas radiografias (Fig. 17) para melhorar a imagem, porém expondo
22

desnecessariamente a todos pela pressa com que querem as radiografias, segundo


alegação do técnico do serviço.

Figura 16 – Imagens com qualidade duvidosa e com elementos estranhos

Fonte: Elaborado pela autora

Figura 17 – Radiografias refeitas com a técnica correta, melhora visível na imagem

Fonte: Elaborado pela autora

Nota-se claramente a diferença da qualidade das imagens aplicando-se a


técnica e o procedimento corretos.
23

Então percebi que mesmo estudando e sabendo que apesar de existirem


métodos mais modernos e tecnológicos para a produção de imagens para auxílio
diagnóstico, pude notar que a radiografia simples ainda é fundamental em qualquer
serviço de emergência, visto que o próprio protocolo do ATLS (sigla de Advanced
Trauma Life Support, que traduzido significa Suporte Avançado de Vida no Trauma)
indica a realização de radiografias simples do tórax em AP, abdome em AP, coluna
cervical em Perfil e pelve (bacia) em AP, sendo que posteriormente, complementa-
se com quantas radiografias forem necessárias (DUARTE, 2010, VIEIRA, MAFRA e
ANDRADE, 2011).

Posto a situação, vi então a importância do exame radiográfico na emergência


e estagiando em campo em situações reais de emergência, seja em casos
ortopédicos, como fraturas, ferimentos à bala e emergências respiratórias como em
casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

Posteriormente deu entrada na emergência um paciente vítima de agressão


com ferimento perfurante por arma de fogo na coxa e perna direita, assumi a
recepção do mesmo sempre supervisionada e preparei a sala para realização do
exame (Fig. 18).

Figura 18 – Preparo e realização de radiografia de coxa em AP e P

Fonte: Elaborado pela autora


24

Apesar da solicitação do exame indicar as posições AP e P, não foi possível a


realização do exame em perfil verdadeiro, visto a dificuldade do paciente em
colocar-se na posição, então conforme orientado pelo supervisor de campo, a
radiografia foi feita com o RC incidindo obliquamente como se nota na figura o pé
esquerdo do paciente apoiado tentando adequar-se à posição solicitada. Neste
momento compreendi que realmente as radiografias realizadas em situação de
emergência exigem agilidade e perspicácia, pois nem sempre é possível realizar a
radiografia com a incidência solicitada pelo médico, algo que posteriormente deve
ser justificado para o mesmo.

Após a revelação da radiografia solicitada, verificou-se a presença na imagem


de um corpo com maior densidade que foi diagnosticado pelo médico como
estilhaços do projétil que causou a perfuração (Fig. 19).

Figura 19 – Revelação e radiografia revelada com presença de corpo estranho na coxa

Fonte: Elaborado pela autora

Ainda na emergência, durante o estágio supervisionado deu entrada uma


garota vítima de trauma em antebraço esquerdo, com deformidade local que foi
25

prontamente solicitado o exame radiográfico pelo médico ortopedista do serviço (Fig.


20), sendo realizado o procedimento de radioproteção com avental de plumbífero.

Figura 20 – Paciente com deformidade no punho após trauma

Fonte: Elaborado pela autora

Depois de revelada a radiografia, nota-se um desvio que foi diagnosticado


posteriormente como fratura de punho pelo médico ortopedista após avaliação da
imagem (Fig. 21), sendo indicada uma redução manual da fratura e posterior
realização de radiografia de controle para avaliação do resultado (Figs. 22 e 23).

Figura 21 – Paciente com deformidade no punho após trauma

Fonte: Elaborado pela autora


26

Figura 22 – Redução manual, engessamento e radiografia de controle

Fonte: Elaborado pela autora

Figura 23 – Radiografia de controle com resultado satisfatório (sem desvio)

Fonte: Elaborado pela autora

Vale salientar que foi feito novo cálculo de Kv e mA para realização de


radiografia com o membro engessado, para compensar a densidade do gesso.
27

Enfim o estágio na unidade de Pronto Socorro (PS) foi riquíssimo, faltando-me


espaço neste relatório para ilustrar com imagens, porém logo mais adiante em mais
um item deste capítulo à parte, enriqueceremos este trabalho com fotografias
diversas relativas ao estágio realizado na emergência.

As atividades aprendidas e realizadas na unidade de emergência em


radiologia convencional me fez crer cada vez mais que escolhi a profissão que me
tornará uma pessoa melhor, pessoalmente e profissionalmente.

Acreditando estar completando mais uma etapa na minha formação


acadêmica, concluo parcialmente demonstrando a imensa satisfação que foi a
realização deste estágio em radiologia convencional na emergência, afinal foi uma
experiência ímpar, além da gratidão de toda equipe que me ajudou imensamente,
afinal pôde se perceber que a radiologia na área de emergência é diferenciada como
uma especialidade dentro da radiologia, afinal “aproximadamente 50% dos pacientes
que procuram serviços de pronto-socorro realizam algum exame radiológico”.
((CAVALCANTE e MENEZES, 2001).

3.2.1 Atividades realizadas em Radiologia na Emergência

Data Hora Hora Total de Atividades Desenvolvidas


Entrada Saída Horas
Ambientação com a unidade, revisando
06/04/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas conceitos, conhecendo a unidade de
emergência
Manipulação do aparelho de raios-x móvel,
07/04/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas conhecendo EPI’s
Aprendendo posições para realização de
08/04/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas radiografias na unidade de emergência,
conhecendo equipamentos
Avaliação do paciente na emergência,
realização de radiografias na unidade de
09/04/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas emergência,revelação, encaminhamento do
resultado ao médico
Avaliação do paciente na emergência,
realização de radiografias na unidade de
13/04/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas emergência,revelação, encaminhamento do
resultado ao médico
Avaliação do paciente na emergência,
realização de radiografias na unidade de
14/04/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas emergência,revelação, encaminhamento do
resultado ao médico
28

3.3 Radioproteção

A Comissão Nacional de Energia Nuclear – Diretrizes Básicas de


Radioproteção. CNEN/NE-3.01- Brasil, define como radio proteção, CNEN (1988).

Podemos definir a radioproteção como o conjunto de medidas que devem


ser seguidas para a manutenção dos níveis de radiação ionizante dentro
dos limites estabelecidos pelos institutos oficiais, visando a proteção do
homem e do meio ambiente contra os efeitos indesejáveis causados pela
exposição à radiação. (BRASIL, 1988, n.p.)

Este tópico reporta-se ao estágio supervisionado realizado no assunto


radioproteção, visto que “[...] constitui atribuição do Tecnólogo em Radiologia,
realizar supervisão de proteção radiológica em instalações e ambientes clínicos e
hospitalares.” (CONTER, 2012, Resolução 02).

Portanto durante a graduação, incluindo-se o estágio supervisionado, há que


se vivenciar “in loco” o serviço de proteção radiológica, considerando que o
profissional das técnicas radiológicas é considerado um Indivíduo Ocupacionalmente
Exposto (IOE), há que se aprofundar no assunto, visto que a proteção radiológica é
mais que uma disciplina com carga horária a se cumprir, ela está ligada diretamente
à qualidade de vida do IOE.

Durante o estágio, portanto resolvi aprofundar no tema proteção radiológica,


visto que em grande parte dos cursos de graduação o que se demonstra é uma
grande preocupação com os métodos de diagnóstico por imagem, ficando pouco
visto efetivamente durante o estágio curricular obrigatório algo pertinente a esse
importante tópico na formação do tecnólogo em radiologia.

Queiroz (2012) em levantamento realizado no HMLJA sobre o tema proteção


radiológica percebeu na unidade o que vemos a seguir no gráfico que demonstra o
grau de conhecimento sobre os riscos da radiação ionizante e o conhecimento sobre
radioproteção.
29

Gráfico 1 - Conhecimento sobre riscos da radiação ionizante e radioproteção

100
90
80
70
USUÁRIOS
60
MÉDICOS
50
ENFERMAGEM
40
RADIOLOGISTA
30
20
10

Fonte: Queiroz (2012), p. 46

Interpretando o gráfico percebeu-se no serviço de radiologia da unidade o


seguinte:

 100% dos usuários não sabem ao certo para que serve o exame de raios-x ou
têm noção dos riscos inerentes;
 66% dos médicos não usam critério algum para solicitar o exame radiográfico,
apenas solicitam para não perder tempo;
 90% dos profissionais da enfermagem desconhecem riscos inerentes à
radiação ionizante ou normas de radioproteção e acham importante o exame
de raios-x antes do médico ver o paciente; e
 100% dos profissionais de radiologia conhecem e utilizam métodos de
radioproteção, mas reconhecem que a maioria das solicitações de exames é
feita desnecessariamente.

Destarte é notório que somente os profissionais das técnicas radiológicas


aparentemente é que têm conhecimento e noções sobre os riscos que a radiação
ionizante pode produzir.
30

Levantamos então o que é feito sobre o tema radioproteção na unidade ao


mesmo tempo que fizemos uma pesquisa sobre a utilização da proteção radiológica
que efetivamente é realizada na unidade conforme demonstraremos a seguir.

Durante o estágio pude perceber que principalmente no CEO não há uso de


dosímetros, e o número de aventais plumbíferos é insuficiente, haja vista que a
unidade conta com apenas um o que força o profissional durante a feitura de uma
radiografia odontológica opte por proteger ou ao paciente ou a si próprio, contando
com o agravante de que, além disso, a assistente do dentista permanece na sala
durante o exame, ou seja, durante a emissão de radiação ionizante para realização
da radiografia periapical ficam na sala, o paciente, o odontólogo, a assistente, além
do técnico quando presente (Fig. 24).

Também não havia na unidade CEO uma cópia da Portaria 453/98 que
dispões sobre as diretrizes de radioproteção no uso de raios-x para diagnóstico
médico.

Figura 24 – Avental plumbífero em quantidade insuficiente

Fonte: Elaborado pela autora

Ainda contrariando a Portaria 453/98 da Anvisa e a NR 32 do MTE, a sala de


realização de exames de radiografia odontológica não possui sinalização como
disposto na portaria 453, capítulo 4..3, inciso C e NR 32 artigos 32.4.12 que
31

dispõem sobre a sinalização e artigo 32.4.5.1 que dispõe sobre a utilização de


dosimetros (Fig. 25).

Figura 25 – Ausência de sinalização e dosímetro

Fonte: Imagem (a autora). Dosímetro (Prorad, 2014)

Quanto à unidade HMLJA, apesar de os técnicos argumentarem que o


número de radiografias muitas vezes é pedido desnecessariamente notamos que
havia sim os quesitos relativos à radioproteção como sinalização luminosa, cartazes
de advertência, além da sala contar com blindagem por argamassa de barita, placa
de chumbo nas portas, além de cones e colimador para o foco do aparelho, além é
claro de aventais plumbíferos e protetor de tireóide e dosímetros individuais.

A unidade pecou por não contar com supervisor de aplicação das técnicas
radiológicas, supervisor de proteção radiológica ou programa específico de
qualidade e proteção radiológica, além de não contar também com o manual da
ANVISA sobre a Portaria 453/98.

Vejamos os princípios que a legislação em especial a Portaria 453/98 diz


sobre a radioproteção:
32

 Princípio da Justificação3

Qualquer atividade envolvendo radiação ou exposição deve ser justificada


em relação à outras alternativas e produzir um benefício líquido positivo para a
sociedade;

 Princípio da Otimização3

O projeto, o planejamento do uso e a operação de instalações e de fontes de


radiação devem ser feitos de modo a garantir que as exposições sejam tão
reduzidas quanto razoavelmente exeqüível, levado-se em consideração fatores
sociais e econômicos;

 Princípio da Limitação de dose3

As doses individuais de trabalhadores e de indivíduos do público não devem


exceder os limites anuais de dose equivalente estabelecidos na norma CNEN
3.01/88”.

Essas recomendações são derivadas de três princípios mais gerais que


devem ser aplicados a muitas atividades humanas de produção de bens e serviços,
especialmente à Medicina:

a) Justificação de uma prática implica produzir mais benefício do que dano;


b) A otimização da proteção implica maximizar as margens do benefício sobre o
dano;
c) O uso de limites de dose implica um adequado padrão de proteção,
mesmo para os indivíduos mais expostos.

Sobre a proteção dos IOE a NR 32 diz:

 Uso de todos e quaisquer EPI’s existentes e necessários;


 Efetuar rodízio na equipe durante os procedimentos de radiografia em leito e
UTI;
_________________________

3 Conteúdo extraído da portaria 453/98 e NN CNEN 3.01/88


33

 Utilizar sempre as técnicas adequadas para cada tipo de exame, evitando a


necessidade de repetição, reduzindo o efeito sobre ele da radiação
espalhada;
 Informar corretamente ao paciente os procedimentos do exame, evitando a
necessidade de repetição;
 Sempre utilizar acessórios plumbíferos e o dosímetro por fora do avental nos
exames em que seja necessário permanecer próximo ao paciente;
 Utilizar o dosímetro pessoal durante a jornada de trabalho;
 Posicionar-se atrás do biombo ou na cabine de comando durante a realização
do exame;
 Usando aparelhos móveis de raios X deve-se aplicar, da melhor maneira os
conceitos de radioproteção (tempo, blindagem e distância);
 As portas de acesso de instalações fixas devem ser mantidas fechadas
durante as exposições.

Sem esquecer o usuário do serviço de radiologia de uma forma geral, então a


ANVISA através da portaria 453 diz o seguinte:

O paciente busca e deve obter um benefício real para a sua saúde em


comparação com detrimento que possa ser causado pela radiação. Deve-se dar
ênfase à otimização nos procedimentos de trabalho,por possuir um influência direta
na qualidade e segurança da assistência aos pacientes.

- Sempre fazer uso de protetor de gônadas e saiote plumbífero em pacientes,


exceto quando tais blindagens excluam ou degradem informações diagnósticas
importantes;

- Sempre buscar a repetição mínima de radiografias;

- Efetuar uma colimação rigorosa à área de interesse do exame;

- Otimizar seus fatores de técnica (tempo, mA e kV) para uma redução de


dose, mantendo a qualidade radiográfica.

Assim sendo, a seguir demonstraremos através de imagens o que se


apresenta na unidade como equipamentos e formas de proteção radiológica.
34

Sinalização na entrada Luz vermelha e exaustor

Cabine de disparo baritada Colimação e vestimenta adequada no paciente


35

Sinalização adequada

Colimador Uso de Cone para evitar radiação espalhada


36

Cone Avental plumbífero e protetor de tireóide

Uso correto do cone evitando radiação Uso correto da colimação para verificar um
espalhada único dedo solicitado na radiografia
37

3.3.1 Atividades realizadas em Radioproteção

Data Hora Entrada Hora Total de Atividades Desenvolvidas


Saída Horas
20/04/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas Levantamento de literatura sobre
radioproteção
22/04/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas Levantamento equipamento na unidade de
radioproteção
23/04/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas Averiguando a radioproteção nas práticas
das técnicas radiológicas
24/04/2015 07:00 h 13:00 h 06 horas Averiguando a radioproteção nas práticas
das técnicas radiológicas

3.4 Fotografias do Estágio

3.4.1 Fotografias estágio radiologia odontológica


38

3.4.2 Fotografias estágio radiologia nas emergências


39
40
41
42

3.4.3 Fotografas estágio radioproteção


43
44

3.5 Desenvolvimento de rotina para radiografias de emergência

Devido ao grande número de ocorrências em atendimento de emergência,


optou-se neste tópico por descrever a rotina desenvolvida para o atendimento para
solicitação de radiografias na unidade de emergência.

3.5.1 Rotina desenvolvida

Do ponto de vista técnico, quando falamos em emergência, pensa-se em sair


em arroubos para se radiografar o que foi solicitado pelo médico.

Verdadeiramente há que se criarem normas e rotinas até mesmo para os


atendimentos em emergência, pois senão poderão haver problemas como
acidentes, quedas com os pacientes em movimentação de uma maca para a mesa
por exemplo.

Decidimos em conjunto com a equipe e o coordenador de campo que a rotina


implementada para o estágio seria a rotina para abdome aguda, descrita na
sequência a seguir:

 Notificação da solicitação do exame;


 Ida ao PS verificar a situação geral do paciente;
 Quando possível encaminhá-lo à sala de exames;
 Não sendo possível realizar o exame no PS com o aparelho móvel;
 Inicia-se a sequência de radiografias indicadas para a solicitação;
 O protocolo recomenda uma radiografia de tórax, uma de abdome em pé e
uma de abdome deitado;
 Quando possível faz-se a radiografia de tórax em PA, porém quando o quadro
do paciente não permite a radiografia é feita em AP;
 Radiografa-se p abdome com o paciente deitado;
 Quando possível levanta-se o paciente ou solicita-se que o mesmo se levante
e se faz a radiografia em AP;
45

 Quando não é possível a ortostase do paciente, tenta-se sentá-lo e quando


não é viável se comunica ao médico para que o mesmo indique a conduta ou
mesmo solicite outro tipo de exame por imagem como ultrassonografia
abdominal.

Todo o procedimento se é tentado realizar em no máximo 08 minutos,


considerando que o paciente está em estado delicado e até mesmo inconsciente às
vezes.

Como dito anteriormente muitas vezes por falta de condições técnicas o


exame é realizado com o paciente em uso de vestimentas próprias, portanto
inadequadas para esse tipo de exame, porém toda conduta é feita com o
consentimento do médico do plantão, ou seja, o responsável direto pelo estado geral
do paciente.
46

4 IMPRESSÕES SOBRE O ESTÁGIO

Durante a realização deste segundo estágio em radiologia odontológica,


radiologia em emergência e radioproteção, percebi que o que acredito ser mais
grave é que não existe a figura do Supervisor Técnico do Serviço de Radiologia nas
unidades, as normas de radioproteção nem sempre são observadas ou seguidas,
visto que as radiografias são feitas sem colimação adequada, não se evitando deste
modo a radiação espalhada e o que considerei o mais agravante foi o fato de o
alvará sanitário (anexo VI) datar do ano de 2008, e conforme levantamento não
houveram mais vistorias nas unidades.

Na unidade de emergência vi o esforço dos profissionais das técnicas


radiológicas, porém percebi que para os médicos da unidade não há muita
relevância o serviço de radiologia, dando a entender que os mesmos querem a
radiografia pronta, porém sem muita qualidade ou com a utilização da técnica
correta ou atentando-se a radioproteção.

O serviço torna-se mais dificultoso considerando o fato de que muitas vezes o


paciente sequer é preparado para o exame, tendo que se realizar as radiografias
com o paciente sangrando e até mesmo com suas vestimentas contendo metais
como botões, cintos, etc.

De um modo geral, apesar de o estágio ter sido considerado satisfatório, a


unidade em si mostra-se bastante defasada principalmente no quesito
radioproteção. Conta a favor o fato de a unidade contar com programa de controle
de radiação recebido pelos técnicos da unidade através de dosimetria além da
unidade estar com sinalização de segurança interna e externamente na sala de
exames. Peca por não seguir a legislação pertinente ou nomear pessoas
responsáveis legalmente pela unidade na divisão de vigilância sanitária ou junto ao
CRTR.
47

5 ANÁLISE TÉCNICA SOBRE O CAMPO DE ESTÁGIO

O serviço de radiologia do CEO e do HMLJA pouco tem apresentado apesar


do esforço dos técnicos em radiologia da unidade, sobre o quesito radioproteção,
visto que a unidade não tem o devido valor e respeito que deveria existir, além da
relação multidisciplinar ser tensa, pois os profissionais das técnicas radiológicas
alegam que “têm chefe demais”, pois enfermeiros, médicos, o secretário de saúde
além de outros profissionais como odontólogos e fisioterapeutas interferem nos
procedimentos e se sentem “chefes” do serviço, incumbindo os profissionais com
solicitações desnecessárias e mal solicitadas ou solicitadas inadequadamente,
tornando o serviço quase que acéfalo, pois não há responsável técnico, não há
supervisão de aplicação das técnicas radiológicas, não há protocolos de proteção e
os próprios profissionais da área não trabalham com o princípio da otimização da
exposição de radiação ionizante.

As radiações ionizantes são utilizadas em diversas áreas da medicina,


como tal a sua utilização deve ser feita de maneira correta, para que os
benefícios possam ser produzidos em detrimento dos danos que estas
possam causar, ao paciente e ao meio ambiente. A radiologia diagnóstica
constitui uma poderosa ferramenta utilizada pela medicina. Neste contexto,
a adoção de uma cultura de proteção radiológica e de garantia da qualidade
deve ser uma tônica, na atual tendência, de oferecer aos usuários dos
serviços transparência no que diz respeito a segurança e eficácia dos
exames radiológicos. (MACEDO e RODRIGUES (2009), apud SECCA e
BRASIL).

Macedo e Rodrigues (2009) explicitam que um programa de controle de


qualidade em radiologia (PCQ) analisa e avalia as doses de radiação por área,
medição das doses individuais dos indivíduos ocupacionalmente expostos (IOE),
calibração dos equipamentos, teste de fuga de cabeçote, testes de constância e
quantificação de películas inutilizadas, considera-se que as unidades, tanto de
radiologia odontológica, quanto a de radiologia convencional efetivamente estão
48

muito aquém do que pode determinar como controle de qualidade em radiologia,


tornando a situação da unidade considerada do ponto de vista técnico como grave,
visto que radiação ionizante vai muito além de “dar disparos e revelar filmes”.

A impressão que foi passada durante o estágio é a de que nas unidades do


campo de estágio o exame de raios-x é considerado meramente somente “mais um
exame complementar”, não havendo por parte das pessoas responsáveis a
preocupação de se aplicar o que diz a legislação relacionada.

Os profissionais por vezes não usam corretamente os métodos de otimização


da dose e aparentemente fazer radiografias com cargas mais altas para se ter uma
imagem mais nítida e várias vezes não usam corretamente a colimação, não
havendo assim efetivamente a diminuição do campo a ser irradiado gerando uma
radiação secundária (Fig. 26).

Figura 26 – Não utilização de colimação

Fonte: Elaborado pela autora

Do ponto de vista técnico muito há o que se fazer para melhorar a situação


em que se encontram as unidades que serviram para campo de estágio, acreditando
que com interesse e boa vontade por parte dos gestores na área da saúde local há
como reverter a atual situação, desde que se respeitando a legislação vigente e
adequando o funcionamento das unidades, dando treinamentos e capacitações para
49

os profissionais que não são da área da radiologia e orientando e capacitando os


demais profissionais da unidade, inclusive os profissionais das técnicas radiológicas,
afinal utilizando-se de raios x nos procedimentos em radiodiagnóstico para se
alcançar o intento desejado, há que se ter em mente que é o paciente que obtém o
benefício do exame, devendo para tanto utilizar-se de todos os meios de
radioproteção, inclusive para os IOE para que as doses sejam tão baixas quanto
razoavelmente praticáveis. (OLIVEIRA, 2014).

Acredito que os profissionais das técnicas radiológicas da unidade têm


capacidade e conhecimento para tal mudança, afinal são profissionais com
especialidade em radiodiagnóstico, o que parece faltar na unidade é reconhecimento
e valorização profissional, assim como a aplicação correta das normas e legislações
vigentes sobre o assunto.
50

6 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E TEÓRICA PARA O ESTÁGIO

Segundo Unip (2012), o estágio é o momento que o educando não podendo


ser considerado como profissional, tem a possibilidade de entender e vivenciar a
prática da profissão, preparando-se para a atuação profissional ao concluir o curso,
transportando neste período a teoria em vivência, potencializando sua formação, ao
qual é posto a apresentação para as atribuições e competências próprias da
profissão que escolheu.

A lei 11.788/08, a Lei do Estágio diz:

Art. 1º - Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no


ambienta de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de
educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de
educação superior [...] na modalidade profissional [...]

§ 1º O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de integrar o


itinerário formativo do educando

§ 2º O estágio visa o aprendizado de competências próprias da atividade


profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento
do educando para a vida cidadã e para o trabalho. (BRASIL, Lei 11.788/08)

Ainda a resolução CONTER 10/11/11 diz que a prática constitui e organiza a


educação profissional das técnicas radiológicas e inclui, obrigatoriamente, o estágio
supervisionado em instituições radiológicas, em condições reais de trabalho não se
confundindo com a prática orientada e simulada em laboratório, constituindo
importante forma de complementação do processo de ensino e aprendizagem,
enriquecendo e concretizando o ato educativo e qualificação profissional, podendo
ser realizadas junto a pessoas jurídicas de direito público ou privado, sob
responsabilidade e coordenação direta da IES onde o aluno esteja matriculado,
atendidas as disposições na legislação vigente, pedagógicas e profissionais,
51

contando no caso do curso Superior de Tecnologia em Radiologia com carga horária


mínima de 20% do projeto pedagógico previsto para o curso.

Baseando-se na Lei 7.394/85 que regula sobre os profissionais das técnicas


radiológicas, o CONTER em seu código de ética dirigido aos profissionais por ele
abrangidos enuncia os fundamentos e condutas necessárias para a prática das
profissões de Tecnólogo em Radiologia, relacionando seus direitos e deveres aos
profissionais inscritos no sistema CONTER/CRTR, apontando que para o exercício
da profissão impõe-se a inscrição do mesmo no CRTR da respectiva jurisdição ao
mesmo tempo em que o referido profissional conta como objeto da sua profissão
entre outras atribuições o de radiologia no setor de diagnóstico médico.

Porém, no Brasil, existem outras leis que disciplinam a utilização da radiação


ionizante, fazendo-se necessário então a normatização de atividades que dela
fazem uso, como a Portaria 453/98 da ANVISA que “Aprova o Regulamento Técnico
que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico
médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios -x diagnósticos em todo
território nacional e dá outras providências”.

Ainda sobre o tema radiação ionizante e radioproteção dispomos ainda da


Portaria GM 485, de 11 de novembro de 2005 e Portaria GM 939 de 18 de novembro
de 2008, que formam a NR 32 que trata sobre segurança e saúde no trabalho em
serviços de saúde no capítulo 32.4 – Das Radiações Ionizantes, onde há o seguinte
texto:

32.4.1 O atendimento das exigências desta NR, com relação às radiações


ionizantes, não desobriga o empregador de observar as disposições
estabelecidas pelas normas específicas da CNEN e da ANVISA, além do
MS.

32.4.2. É obrigatório manter no local de trabalho e à disposição da inspeção


do trabalho o plano de proteção radiológica – PPR, aprovado pela CNEN, e
para os serviços de radiodiagnóstico aprovado pela vigilância sanitária.
(BRASIL, 2005).

Portanto, pode ser perceber que a radiologia é mais do que uma simples
profissão que “produzirão imagens” para diagnóstico médico, por isso então a
52

capacitação cada vez maior dos profissionais que dela farão uso, criando-se então a
figura do Tecnólogo em Radiologia, profissional de nível superior, com formação
técnico-científica além do técnico em radiologia, profissional que até bem pouco
tempo era praticamente o único responsável nesta área pela produção de imagens.

Para Dimenstein e Netto (2002) os raios X têm seu uso em radiologia voltado
para fins diagnósticos, assim como a radioterapia para o tratamento de certas
doenças e por isso a importância de que a correta manipulação dos aparelhos e
equipamentos utilizados seja uma constante preocupação por parte do profissional
que o utiliza.

Evidencia-se então a importância da melhor capacitação dos profissionais que


manipularão estes equipamentos, afinal sabemos que mais de um século após sua
descoberta por Roentgen, “os raios X ainda ocupam lugar de destaque no arsenal
de diagnóstico por imagens”. (DIMESTEIN e NETTO, 2002).
53

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio mais uma vez mostrou-se bastante enriquecedor, pois novamente


entrei em campo para vivenciar situações em que como profissional das técnicas
radiológicas vou ter que enfrentar.

Aprendi técnicas especiais como incidências para rotina de traumas como


abdome agudo, fraturas radiografias de crânio e coluna vertebral com suas devidas
divisões.

Enriqueci meu conhecimento ainda mais sobre radiografia odontológica


conhecendo como se interpreta a solicitação feita pelo odontólogo para
posicionamento correto do filme para qual o dente se quer analisar.

Na radiologia de emergência vi como é árdua a atividade de execução das


técnicas radiológicas, visto que as dificuldades encontradas são muitas e vão além
das dificuldades técnicas, passando por situações em que o médico exige este ou
aquele exame sem o devido preparo e condição de realização do exame.

No tópico radioproteção ainda verifiquei que na unidade muito há que se


aperfeiçoar e até mesmo introduzir, porém como estagiária, muito aprendi e
descrevo como deveras satisfatório e enriquecedor o estágio realizado.

Sinto-me plenamente preparada após mais esta etapa para poder “encarar”
novos desafios relativos aos demais estágios referente à minha formação em
tecnologia da radiologia e espero graduar-me não somente com a teoria, mas após
ter vivenciado tantas situações adversas em uma unidade de radiologia em um
hospital público, fico na expectativa de efetivamente evoluir e conhecer novos
métodos de diagnóstico por imagem, gabaritando-me ainda mais não somente a
nível estudantil, mas qualificando-me como profissional das técnicas radiológicas.
54

REFERÊNCIAS

ANVISA. Portaria SVS/MS n° 453, de 1 de junho de 1998 - dispõe sobre o uso dos
raios-x diagnósticos em todo território nacional e dá outras providências. Disponível
em: <http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/Portaria_453.pdf>. Acesso
em: 10 abr. 2015.
BRASIL. Lei 7.394 de 29 de outubro de 1985 – Regula o Exercício da Profissão de
Técnico em Radiologia. Disponível em: < http://www.planalto. gov.br/ccivil 03 / leis / l
7394.htm>. Acesso em: 26 mar. 2015.

BRASIL. Lei 11.788 de 25 de setembro de 2008 – Dispõe sobre o estágio de


estudantes. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11788.htm>. Acesso em: 20/04/2015.

CAVALCANTI, Antonio Furtado; MENEZES, Marcos Roberto de. Radiologia de


Emergência: Perspectivas. Radiologia de emergência: perspectivas, São Paulo, v
34, n.. 2, abril de 2001. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842001000200001
&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 08 mar. 2015.

CONTER – Conselho Nacional dos Técnicos em Radiologia. In_______Resoluções.


Disponível em: <http://www.conter.gov.br/?pagina=legislativo&tipo=7>. Acesso em:
05 mar. 2015.

DIMENSTEIN, Renato. NETTO, Thomaz Ghilardi. Bases físicas e tecnológicas


aplicadas aos raios X. São Paulo: Editora Senac, 2002.

DUARTE, Eduardo. Manual de Urgência/Emergência – Modelo Trauma ATLS 1.


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<https://pt.scribd.com/doc/62127309/MANUAL-Urgencia-cia-Trauma-Atls> . Acesso
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MACEDO, Helga Alexandra Soares. RODRIGUES, Vitor Manuel Costa Pereira.


Programa de controle de qualidade: a visão do técnico de radiologia. Radiol
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Disponível em: <http://cnes.datasus.gov.br/Lista_ Es_Municipio.asp? VEstado=
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55

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<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA4mAAI/apostila-radiologia-odontologica>.
Acesso em: 06 mar. 2015.

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<http://www.prorad.com.br/index.php?data=cursos.php>. Acesso em: 20 abr. 2015.
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UNIP. Guia de normalização para apresentação de trabalhos acadêmicos da


Universidade Paulista / Biblioteca Universidade Paulista, UNIP. Revisada e
atualizada pelas bibliotecárias Alice Horiuchi e Bruna Orgler Schiavi. – 2012.

VIEIRA, C.A.S; MAFRA, A.A. ; ANDRADE, J.M.O. Secretaria de Estado de Saúde de


Minas Gerais. Protocolo Clínico sobre Trauma. –Belo Horizonte 2011. Disponível
em: <http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/HOSPSUS/ProtocolotraumaMG.pdf>.
Acesso em: Acesso em; 20 abr. 2015.
56

ANEXOS

Anexo I – Declaração de Estágio


57

Anexo II – Declaração de Palestra em Radioproteção


58

Anexo III – Aparelho de Raios-X Odontológico


59

Anexo IV – Aparelho de Raios-X 500 mA


60

Anexo V – Relatório de Dosimetria


61

Anexo VI – Alvará Sanitário


62

PLANILHAS DE AVALIAÇÃO

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