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SUPERIOR TECNOLOGIA EM RADIOLOGIA

SINARA MÁBIA DE JESUS CRUZ OLIVEIRA

ATIVIDADE PRÁTICA
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Riacho de Santana - BA
2024
ATIVIDADE PRÁTICA
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

Aula pratica apresentado à Universidade


UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção de média.
Tutor(a) a distância: Kauana Moreira Silva

Riacho de Santana - BA
2024
Introdução

A ressonância magnética é uma técnica de imagem amplamente utilizada na


área da saúde. Ela utiliza um campo magnético e ondas de radiofrequência
para criar imagens detalhadas do interior do corpo humano. Neste relatório,
iremos descrever os procedimentos realizados durante a aula prática de
ressonância magnética, assim como os resultados obtidos e as conclusões
alcançadas.

Durante a aula, tivemos a oportunidade de observar o funcionamento do


aparelho de ressonância magnética e compreender como as imagens são
geradas. Inicialmente, foi necessário explicar aos alunos os princípios básicos
da física envolvida nesse processo, como o alinhamento dos átomos de
hidrogênio no campo magnético e a emissão de energia quando esses átomos
retornam ao estado de repouso.

Após essa introdução teórica, passamos para a prática. Fomos divididos em


grupos e cada grupo teve a oportunidade de realizar uma sequência de
imagens de uma determinada região do corpo. Para isso, foi necessário
posicionar o paciente corretamente dentro do aparelho e ajustar os parâmetros
de aquisição de imagem, como o tempo de repetição e o tempo de eco.

Durante a aquisição das imagens, foi necessário que o paciente permanecesse


imóvel para evitar artefatos de movimento. Além disso, foram utilizadas bobinas
de radiofrequência específicas para cada região do corpo, a fim de obter a
melhor qualidade de imagem possível.

Após a aquisição das imagens, realizamos a análise dos resultados obtidos.


Observamos a presença de estruturas anatômicas esperadas e identificamos
possíveis alterações ou patologias. Essa etapa foi fundamental para a
compreensão da importância da ressonância magnética no diagnóstico médico.

Finalmente, concluímos que a ressonância magnética é uma técnica de


imagem extremamente valiosa e versátil. Ela permite a visualização de
estruturas internas do corpo humano com grande detalhamento e sem a
utilização de radiação ionizante.
ATIVIDADE PROPOSTA

1.Como TR (tempo de repetição) e TE (tempo de eco) se relacionam na


formação de imagens?

O TR e o TE são parâmetros importantes na formação


de imagens por ressonância magnética, pois determinam a ponderação da
imagem em relação ao contraste de tecidos. O conhecimento desses
parâmetros é fundamental para a interpretação correta das imagens e para a
escolha da sequência de pulso adequada para a investigação clínica desejada.

O Tempo de repetição e o Tempo de Eco

O TR é o tempo decorrido entre dois pulsos de radiofrequência (RF)


consecutivos, enquanto o TE é o tempo decorrido entre o pulso de RF e a
leitura do sinal de eco. O TR e o TE são determinados pela sequência de pulso
utilizada na aquisição da imagem.

Na aquisição de uma imagem por MRI, o TR e o TE afetam a aparência da


imagem final, determinando a ponderação da imagem em relação ao contraste
de tecidos. Quando o TR é curto e o TE é curto, a imagem resultante é
ponderada em T1, ou seja, o sinal de tecidos com alto conteúdo de água, como
o líquido cefalorraquidiano, aparece como brilhantes, enquanto tecidos com
baixo conteúdo de água, como osso, aparecem como escuros.

Por outro lado, quando o TR é longo e o TE é curto, a imagem resultante é


ponderada em T2, ou seja, o sinal de tecidos com alto conteúdo de água,
como músculo, aparece como escuros, enquanto tecidos com baixo conteúdo
de água, como o líquido cefalorraquidiano, aparecem como brilhantes.

Quando o TR é curto e o TE é longo, a imagem resultante é ponderada em


densidade de prótons, ou seja, o sinal de todos os tecidos é semelhante, sem
distinção clara entre tecidos de alta ou baixa água.

2.Descreva as ponderações T1, T2 e DP, mostradas nas imagens acima.


As características das estruturas anatômicas e patologias em imagens
de Ressonância Magnética (RM) são representadas por meio de ponderações,
as quais são baseadas em princípios físicos sobre como os tecidos do corpo
humano têm seu próprio tempo T1 e T2, e as diferenças nesses tempos levam
à existência de contraste entre as estruturas, permitindo que elas sejam
diferenciadas nas imagens.

Ponderações T1, T2 e DP

As ponderações em imagens de Ressonância Magnética (RM) são controladas


por certos parâmetros, dependendo do tipo de sequência utilizada. Existem três
tipos de ponderações: T1, T2 e DP (Densidade Protônica).

A gordura, por exemplo, tem um tempo T1 reduzido e um tempo T2 longo, o


que significa que aparece com alta intensidade de sinal em imagens
ponderadas em T1 e baixa intensidade de sinal em imagens ponderadas em
T2.

As estruturas com alta intensidade de sinal são chamadas de hiperintensas ou


com hipersinal, enquanto as com baixa intensidade de sinal são chamadas
de hipointensas ou com hipossinal.

Na ponderação T1, o contraste entre tecidos é otimizado com a utilização de


TE e TR curtos, enquanto na ponderação T2, o contraste entre os tecidos é
otimizado com a utilização de TE e TR longos, com a água e líquidos
aparecendo em alto sinal e a gordura em baixo sinal.

Por fim, na ponderação DP, o sinal varia de acordo com a quantidade de


prótons nos tecidos, sendo utilizados TE curtos para diminuir a ponderação T2
e TR longos para diminuir a ponderação T1.

3.Quando o assunto é a Segurança em Ressonância Magnética (RM), há


diversos fatores relacionados às instalações do setor, mas
principalmente quando envolve os colaboradores e pacientes, existem
condições que merecem atenção e que nunca podem ser esquecidos ou
ignorados. Um pequeno descuido pode facilmente causar um acidente,
provocar ferimentos graves e até mesmo óbito, 5 provocando danos
irreparáveis em alguns casos. Levando em consideração essas
circunstâncias, aponte 3 medidas de segurança para o paciente e para o
colaborador, enfatizando a importância dessas precauções.

Três medidas importantes de segurança em ressonância magnética são:

1. Retirada de todo e qualquer objeto metálico do paciente e


acompanhante antes do exame, para evitar acidentes com atração de
materiais ferromagnéticos.

2. Uso de proteções auriculares pelo paciente e equipe, pois o ruído do


aparelho durante o exame pode causar danos à audição.

3. Adoção de protocolos de monitoramento e comunicação contínua com o


paciente durante o procedimento, para que seja interrompido
imediatamente se houver qualquer queixa.

Segurança em ressonância magnética

A ressonância magnética envolve campos magnéticos muito intensos,


exigindo medidas de proteção para garantir um procedimento seguro. Retirada
de objetos metálicos evita acidentes. Proteção auricular impede lesões. E
monitoramento contínuo permite interromper o exame diante de intercorrências.

O cumprimento correto desses protocolos de segurança é fundamental para


proteger pacientes e profissionais de saúde durante os exames de imagem por
ressonância magnética. Qualquer falha pode ocasionar graves acidentes.

4.A imagem acima do lado esquerdo (A) e direito(B), respectivamente, são


imagens em:

Cortes axiais de ressonância magnética cerebral, visão comparativa em T1 e


T2.

5. Vamos preencher os campos A, B, C, D, E e F da imagem abaixo, que


corresponde a um aparelho de RM.

Figura (a) Paciente deitado na mesa


Figura (b) Bobina de Rádio Frequência
Figura (c) Bobina de Gradiente
Figura (d) Magneto (imã)
Figura (e) Scanner
Figura (f) Mesa do Paciente

6. Cite 3 exemplos de doenças cerebrais diagnosticadas através da RM,


acrescentando pelo menos uma imagem. Comente se é necessário o uso
do contraste e por quê?

1. Tumor Cerebral:

• Descrição: • Tumores cerebrais podem ser identificados e analisados


utilizando a Ressonância Magnética (RM). Imagens de alta qualidade oferecem
detalhes minuciosos sobre dimensões, posicionamento e atributos do tumor,
viabilizando diagnósticos acurados.

• Imagem:

• Uso de Contraste: Frequentemente, a aplicação de um contraste,


frequentemente à base de gadolínio, é essencial para realçar regiões suspeitas
ou acentuar a delimitação do tumor, aumentando sua visibilidade.

2. Esclerose Múltipla:

• Descrição: A Ressonância Magnética (RM) desempenha um papel essencial


no diagnóstico e na monitorização da esclerose múltipla. Essa técnica é capaz
de visualizar lesões de desmielinização no cérebro e na medula espinhal,
facilitando o acompanhamento da evolução da doença ao longo do tempo.

• Imagem:

• Uso de Contraste: O contraste pode ser usado para realçar lesões ativas ou
inflamatórias, auxiliando na avaliação do estágio da doença.

3. Acidente Vascular Cerebral (AVC):

• Descrição: A Ressonância Magnética (RM) é capaz de detectar acidentes


vasculares cerebrais (AVCs) tanto isquêmicos quanto hemorrágicos, ao avaliar
alterações no fluxo sanguíneo e a existência de sangramento no cérebro. Isso
contribui para a avaliação da extensão dos danos cerebrais.

• Imagem:
• Uso de Contraste: Em determinadas situações, o contraste pode ser
empregado para analisar a perfusão cerebral, detectando regiões com fluxo
sanguíneo reduzido ou anômalo.

Conclusão

A conclusão do relatório de aula prática sobre ressonância magnética pode


variar dependendo dos objetivos e resultados obtidos na experiência. No
entanto, de maneira geral, a conclusão pode abordar os seguintes pontos:

1. A ressonância magnética é uma técnica não invasiva e não ionizante que


permite a obtenção de imagens detalhadas do corpo humano.

2. Durante a aula prática, foi possível observar os princípios básicos da


ressonância magnética, incluindo a interação entre os campos magnéticos e as
moléculas de água no corpo.

3. A utilização de campos magnéticos estáticos e pulsados permitiu a excitação


e relaxamento dos núcleos de hidrogênio, que são abundantemente presentes
no organismo.

4. A detecção do sinal gerado pelos núcleos de hidrogênio permitiu a criação


de imagens detalhadas de diferentes estruturas e tecidos do corpo, incluindo
órgãos, músculos e ossos.

5. A ressonância magnética apresenta diversas vantagens em relação a outras


técnicas de imagem, como a ausência de radiação ionizante, alta resolução
espacial e capacidade de visualizar diferentes planos anatômicos.

6. No entanto, a ressonância magnética também apresenta algumas limitações,


como o alto custo, a necessidade de equipamentos especializados e a
presença de artefatos que podem interferir na qualidade das imagens.
7. A aula prática permitiu compreender melhor o funcionamento da ressonância
magnética e sua importância na prática clínica, possibilitando o diagnóstico e
acompanhamento de diversas patologias.

8. Por fim, a ressonância magnética é uma técnica em constante evolução,


com novas tecnologias e aplicações sendo desenvolvidas constantemente,
permitindo a melhoria na qualidade das imagens e a ampliação das
possibilidades diagnósticas.

Referências Bibliográficas

ARAÚJO, D. L.; MACHADO, B. A. da S.; FALCÃO, C. P. M.; MARQUES, L. L.


B. L.; NASCIMENTO, M. P. do; SILVA, M. D. S.; SILVA, A. C. F. da;
BARBOSA, M. G. A.; SOUZA, M. C. T. de; FERNANDES, A. S. C.; DINIZ, M.
das G. de A.; SILVA, G. V. da; SOUZA, J. da S. The use of magnetic resonance
for diagnosis of multiple sclerosis. Research, Society and Development, [S. l.],
v. 9, n. 8, p. e546985936, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5936. Disponível em:
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5936. Acesso em: 8 feb. 2024.

MAGALHÃES, A.C.A. Ressonância magnética do sistema nervoso central São


Paulo: Atheneu, 1999. p.1-26.

Felix, José. Ressonância Magnética (RM) Abordagem, Dados Técnicos e


Posicionamento do Usuário. 2015.

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