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POLO UNOPAR DE ITAPORAGA D’AJUDA

CURSO SUPERIOR TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA


SISTEMA DE ENSINO 100% ONLIE
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

PORTIFÓLIO: DOSIMETRIA DAS RADIAÇÕES

ITAPORANGA D’AJUDA
2023
NAILSON CEZAR SANTOS DE JESUS

PORTIFÓLIO: DOSIMETRIA DAS RADIAÇÕES

Relatório de aula prática, apresentado como


requisito parcial para a obtenção de média
semestral

Disciplina: Dosimetria das Radiações


Tutor: Paola Bianca Barbosa Cavalin

ITAPORANGA D’AJUDA
2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4

PROCEDIMETOS PRÁTICOS................................................................................................5

ATIVIDADE PROPOSTA 1 – CÁLCULO DA CAMADA SEMIRREDUTORA.................6

ATIVIDADE PROPOSTA 2 – CALIBRAÇÃO DE DOSÍMETRO.......................................8

ATIVIDADE PROPOSTA 3 – INFLUÊNCIA DA ATENUAÇÃO DO FEIXE...................10

CONCLUSÃO..........................................................................................................................11

REFERENCIAS.......................................................................................................................12
INTRODUÇÃO

A proposta desta atividade prática está amparada nos seguintes


objetivos:
• Verificar a influência na atenuação do feixe na dosimetria de um
equipamento emissor de raios X, calculando a camada semi-redutora do
feixe de radiação.
• Compreender o processo de calibração de dosímetros individuais
utilizados para fins de proteção radiológica.
• Verificar a influência na atenuação do feixe na dosimetria de um
equipamento emissor de raios X, a partir da alteração da distância entre
a fonte e o medidor de radiação.

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PROCEDIMETOS PRÁTICOS

Realizar o cálculo da camada semi-redutora na atenuação do feixe de raio X.


Realizar a calibração de dosímetros pessoais de leitura direta utilizados em
proteção radiológica em uma fonte emissora de raios X.
Verificar como a intensidade do feixe de radiação varia quando alteramos a
distância entre o tubo de raios X e o detector de radiação.

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ATIVIDADE PROPOSTA 1 – CÁLCULO DA CAMADA SEMIRREDUTORA

1. Qual o objetivo dos atenuadores de cobre e alumínio?

Seu objetivo é diminuir a intensidade de radiação em função das interações


que ocorrem com o material que as absorve. As principais interações da
radiação com a matéria ocorrem na forma de efeito fotoelétrico, efeito Compton
e produção de pares.
A atenuação da energia das radiações ocorre de maneira exponencial em
função da espessura do material absorvedor. Isso significa que quanto mais
espesso o material, menor será a energia da radiação que deixa o material
depois de atravessá-lo.
Por outro lado, quanto maior a energia dos fótons da radiação incidente,
maior será a sua capacidade de penetração, embora se aumente, a
probabilidade de as interações ocorrerem – a radiação se propaga por uma
distância maior e consequentemente, interage mais.
Alumínio e Cobre são os materiais comumente usados dependendo do
material, necessita-se de espessuras diferentes, essa relação é dependente da
densidade do material. Quanto mais denso, mais radiação o material consegue
atenuar.
De acordo com Tauhata et al, o coeficiente de atenuação total μ depende do
material atenuador e da energia do feixe incidente.
No caso de uma fonte que emite fótons de várias energias, deve-se utilizar
diferentes valores de μ, correspondentes às diversas energias do feixe e às
diversas taxas de emissão de cada radiação.
Como a intensidade de um feixe de fótons não pode ser totalmente atenuada
pela blindagem, utiliza-se um parâmetro experimental, denominado de camada
semi-redutora (HVL = Half Value Layer), definido como sendo a espessura de
material que atenua à metade a intensidade do feixe de fótons.
A relação entre μ e HVL é expressa pela equação:

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2. A camada semi-redutora pode ser medida sob quais condições específicas?

Uma grandeza muito utilizada em física médica é a camada semi-


redutora, que, por definição, é a espessura necessária de um material qualquer
para reduzir a intensidade de um feixe de raios X ou gama à metade. A
determinação da camada semi-redutora é uma tarefa importante na rotina de
hospitais e clínicas radiológicas, sendo mais útil em práticas relacionadas à
radioterapia e ao radiodiagnóstico. Além disso, os programas da garantia da
qualidade também consideram a determinação da camada semi-redutora em
procedimentos relacionados à proteção radiológica e ao cálculo de blindagem.
Em radiodiagnóstico, a dose absorvida pelo paciente e a qualidade da
imagem dependem da energia e da quantidade de fótons associados ao feixe
de raios X usado na geração da imagem. Dessa forma, o equipamento de raios
X deve gerar feixes de raios X constantes para os mesmos procedimentos
radiográficos. A energia dos fótons de raios X está relacionada à voltagem de
pico aplicada no tubo de raios X, da ordem de kVp. A camada semi-redutora
depende do valor da voltagem usada. Portanto, a camada semi-redutora pode
ser útil como uma técnica adicional para se determinar a energia efetiva
associada ao feixe de raios X gerado pelo equipamento.

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ATIVIDADE PROPOSTA 2 – CALIBRAÇÃO DE DOSÍMETRO

1. Realizar a leitura do dosímetro para todos os parâmetros de qualidade


disponíveis e analisar a diferença na leitura

Os dosímetros são destinados a estimar a dose efetiva, devem ser utilizados


na região mais exposta do tronco.
Durante a utilização de avental plumbífero, o dosímetro deve ser colocado
sobre o avental, aplicando-se um fator de correção de 1/10 para estimar a dose
efetiva.

Após a calibragem do dosímetro foram encontrados os seguintes dados:

Ao fazer a leitura do Eletrômetro observou-se os seguintes resultados:


Tensão (KV) 40 60 80 100 120 150
Qualidade (ISO) N-40 N-60 N-80 N-100 N-120 N-150
Carga (nC) 0,507 0,386 0,355 0,355 0,366 0,386
Corrente (mA) 7,5 9,9 10,8 10,7 10,3 10,3

Ao fazer a leitura do dosímetro observou-se os seguintes resultados:


Qualidade ISO N-40 N-60 N-80 N-100 N-120 N-150
Carga (nC) 17,3 14,3 12,2 11,4 11,7 11,3
Corrente (mA) 7,5 9,9 10,8 10,7 10,3 9,9

2. Com base nos seus conhecimentos, como você explica o princípio de


funcionamento do dosímetro?

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O dosímetro é um aparelho que possui um material termo luminescente, que
após ser aquecido e expostos à radiação ionizante, apresenta a propriedade de
emitir luz proporcionalmente à dose de radiação que receberam ao longo de
um determinado período de exposição.
A intensidade da luz emitida é medida pelo leitor de DPN e depende da
exposição à radiação.
O princípio de funcionamento do dosímetro se dá graças à sensibilidade dos
filmes que possuem um suporte de celuloide revestido com cristais de haleto
de prata.
Esses cristais interagem com os elétrons liberados na radiação ionizante,
gerando uma imagem que leva à medição. Os filmes são sensíveis à luz,
umidade e altas temperaturas; por isso, possuem invólucro opaco, mas deve-
se tomar cuidado para não expor o dosímetro a essas condições.
É um instrumento que mede os níveis de radiação emitidos e/ou absorvidos
por um corpo, permitindo que a pessoa conheça o seu nível de exposição à
radiação.
Quando a radiação ionizante passa pelo detector (chip), o chip absorve a
radiação e sua estrutura muda levemente. Em materiais termoluminescentes,
os elétrons podem alcançar a banda de condução, quando são excitados, por
exemplo, por radiação ionizante (isto é, devem obter energia maior que o
intervalo E).

ATIVIDADE PROPOSTA 3 – INFLUÊNCIA DA ATENUAÇÃO DO FEIXE

1. Qual a função do eletrômetro no sistema de medição?


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O eletrômetro é um instrumento elétrico que mede a carga elétrica ou a
diferença de potencial elétrico. Tendo diferentes tipos, desde
instrumentos mecânicos artesanais até dispositivos eletrônicos com uma alta
precisão.
O eletrômetro pode medir outras quantidades diferentes como, tensão,
corrente, resistência e carga, de acordo com o uso a que se destina.
Este instrumento multifunção, normalmente, é utilizado em laboratórios de
medidas ou calibração, podendo, ser empregado em dosimetria na
radioterapia.
O eletrômetro utilizado em radioterapia apresenta, além da opção de
medição de exposição ou dose absorvida, a possibilidade de medição de
cargas e correntes elétricas.

2. Qual a importância de ajustar a bancada de modo que a radiação


fique posicionada na horizontal?

A disposição da bancada de forma a orientar o feixe de partículas


horizontalmente serve para facilitar o isolamento e contenção, essa prática é
usada em radiologia ou atividades que envolvem fontes radioativas. Em geral,
instalações com emissores de radiação ionizante são construídas de forma a
possibilitar a contenção pelas paredes. Os anteparos em torno da bancada
reforçam a proteção. Há tipos móveis e fixos.
Radiologistas usam anteparos para se proteger durante a atividade
cotidiana. Essas estruturas interrompem a propagação do feixe de partículas.
Evitar a orientação vertical do feixe de partículas também é uma cautela para
evitar a propagação para outros andares, embora geralmente exista
isolamento superior na sala.
Os fatores de exposição radiográfica e o posicionamento da região
anatômica determinado para cada incidência, associados à correta
identificação da radiografia, devem ser utilizados de forma correta.

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CONCLUSÃO

No trabalho proposto e realizado verificou-se a influência na atenuação do feixe


na dosimetria de um equipamento emissor de raios X, calculando a camada
semi-redutora do feixe de radiação; observou-se o processo de calibração de
dosímetros individuais utilizados para fins de proteção radiológica bem como a
influência na atenuação do feixe a partir da alteração da distância entre a fonte
e o medidor de radiação.

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REFERENCIAS

LEIDENS, M. ; GÓES, EVAMBERTO G. . ESTUDO DA DOSE ABSORVIDA EM


MAMOGRAFIA ATRAVÉS DO MÉTODO MONTE CARLO PENELOPE. 2011.

ROS R.A. metodologia de controle de qualidade de equipamentos de raios x


(nível diagnóstico) utilizados em calibração de instrumentos, Universidade
São Paulo-USP, Departamento de Ciências Nucleares. Dissertação de
Mestrado, 2000.
PERES, M.A.L. Padronização da Calibração de Dosímetros Clínicos Utilizando
Cargas e Correntes Elétricas. Tese (Doutorado). Rio de Janeiro-RJ, set. de
1999.
TAUHATA, L. et al. Radioproteção e Dosimetria: fundamentos. Instituto de
Radioproteção e Dosimetria, Comissão Nacional de Energia Nuclear. Rio de
Janeiro-RJ, abril de 2014.
KNOLL G.F., Radiation Detection and Measurements, Second Edition, John
Wiley & Sons (1979).

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