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RADIOLÓGICA
Versão 2.0
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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
Índice
1. ENQUADRAMENTO ................................................................................................. 6
2. DEFINIÇÕES .......................................................................................................... 7
4.5. Funções do Diretor Clínico e corpo clínico, nomeadamente dos Médicos Responsáveis
pelas Exposições (MRE) .......................................................................................................... 16
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7. TRABALHADORES EXPOSTOS.................................................................................... 21
9.1.1. Boas Práticas na Utilização do(s) Dosímetro(s) Individuais de Corpo Inteiro ................... 27
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RADIOLÓGICA ............................................................................................................. 36
14. DESCRIÇÃO DOS MEIOS DISPONÍVEIS PARA ESTIMAR AS DOSES RECEBIDAS EM SITUAÇÕES DE
INSTALAÇÃO ............................................................................................................... 44
17. EFEITOS PREVISÍVEIS QUE AS ALTERAÇÕES NO MEIO AMBIENTE PODEM TER SOBRE A PROTEÇÃO
RADIOLÓGICA E A SEGURANÇA......................................................................................... 46
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22.13. Anexo XIII - Plano de Emergência Interno para Eventos Radiológicos .................. 64
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1. ENQUADRAMENTO
1.1. INTRODUÇÃO
Este documento estabelece o Programa de Proteção Radiológica (PPR) do Hospital Distrital de
Santarém, EPE (HDS) com sede na Av. Bernardo Santareno 3737B, 2005-177 Santarém. Este
documento estabelece o conjunto de procedimentos, políticas de funcionamento e estruturas
organizacionais implementadas para a garantia e promoção da proteção radiológica dos
profissionais, pacientes, membros do público e do meio ambiente, no âmbito das práticas
desenvolvidas, com recurso à utilização da radiação ionizante nos diversos serviços do HDS.
1.2. OBJETIVO
O objetivo do PPR é descrever as práticas desenvolvidas com recurso à utilização da radiação
ionizante e as medidas adotadas para assegurar a proteção e segurança radiológica no HDS.
Este documento foi elaborado pelo Responsável de Proteção Radiológica (RPR) e validado pela
Comissão de Proteção Radiológica e Físico Médico, cujo cumprimento é obrigatório por todas
as pessoas que na instalação exerçam funções nas práticas de radiologia no HDS
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2. DEFINIÇÕES
Todas as definições necessárias à leitura deste documento estão descritas no artigo 4º do DL
108/2018 de 3 de dezembro.
Listagem de abreviaturas:
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Localidade Santarém
NIF/NIPC 506361462
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RPR
A Comissão de Proteção Radiológica (CPR) do HDS tem como missão apoiar o titular na definição
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A Comissão de Proteção Radiológica (CPR) do HDS tem como missão apoiar o Titular na definição
HDS Especialista em
Administação Física Médica
Serviço de
Comissão de Proteção Médicos Responsável pela
Higiene e
Responsáveis Proteção
Radiológica Segurança do
Criar cronogramapelas
da estrutura
Exposições de proteção radiológica
Radiológica
Trabalho
Serviço de
Servioço de Serviço de Serviço de Bloco Serviço de
Instalações e
Gastroenterelogia Cardiologia Operatório Imagiologia
Equipamentos
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O Titular deve zelar pelo princípio da responsabilidade pela proteção e segurança radiológica, e
deve cooperar com a autoridade competente, fornecendo toda a informação relevante sempre
que esta o solicite, facultando o acesso às instalações para realizar as devidas avaliações,
inspeções ou fiscalizações regulamentares e comunicar qualquer alteração relevante para
proteção radiológica, nos termos a fixar pela autoridade competente (princípio da cooperação).
Sem prejuízo das funções do Responsável pela Proteção Radiológica, constituem obrigações do
titular:
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Decreto-Lei, que seja idóneo a cobrir os riscos referidos no artigo 178.º do mesmo
diploma;
h) Definição de procedimentos para o registo de incidentes ou acidentes e respetivo
reporte à autoridade competente e tomada de todas as medidas necessárias no âmbito
da prática ou instalação para redução suas das consequências;
i) Garantir a manutenção e verificação periódica das fontes de radiação para demonstrar
que continuam a ser cumpridos os requisitos de proteção e segurança, conforme fixados
nos procedimentos de controlo prévio;
j) Consulta de especialistas em proteção radiológica (peritos qualificados: nível 1 de
formação em proteção radiológica) para as tarefas referidas nas alíneas anteriores;
k) Implementação do Programa;
l) Informar os trabalhadores expostos sobre os riscos das radiações associados ao seu
trabalho, precauções e procedimentos de proteção a adotar, tomando as medidas
necessárias para se certificar que o Responsável pela Proteção Radiológica, bem como
os restantes operadores satisfazem os requisitos de formação estabelecidos no
Programa e prosseguem formação e estágios de qualificação;
m) Assegurar a vigilância e o controlo médico dos trabalhadores profissionalmente
expostos, a informação desses trabalhadores sobre as conclusões dos exames médicos
que lhe digam respeito, bem como da avaliação das doses recebidas, e assistência
médica em caso de incidente;
n) Assegurar a proteção dos trabalhadores externos que estejam relacionados com a
natureza das atividades a desenvolver, diretamente ou através de acordo contratual
com a entidade empregadora;
o) Fixar a restrição de dose a aplicar em cada exposição médica, garantindo o seu registo
e disponibilidade sempre que solicitado pela autoridade competente;
p) Implementar programas de garantia da qualidade e de avaliação da dose ou verificação
da atividade administrada, com especial atenção para as práticas especiais
consubstanciadas em exposições médicas que:
i. Envolvam a administração de doses elevadas aos pacientes;
ii. Sejam aplicadas em crianças;
q) Estabelecer protocolos, nos termos do Anexo XVI ao Programa, relativamente ao
consentimento informado e à disponibilização do relatório de dose, bem como
conservar registo, na ficha de cada paciente, de que o primeiro foi recolhido e o segundo
foi entregue relativamente a cada procedimento ou conjunto de procedimentos de
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radiodiagnóstico;
r) Estabelecer protocolos escritos para todos os tipos de procedimento radiológico médico
normalizado para cada equipamento, tendo em conta a categorização de pacientes, em
coordenação com o especialista em física médica;
s) Promover, com periodicidade adequada, a realização de auditorias clínicas, sejam elas
internas ou externas;
t) Garantir que o médico prescritor tem acesso a orientações relativas à prescrição de
exames de imagiologia, que tenham em conta as doses de radiação;
u) Manter todo o equipamento radiológico médico sob rigorosa vigilância, no que se refere
à proteção contra radiações;
v) Adotar medidas dirigidas à sensibilização de pessoas grávidas ou lactantes, bem como
dos profissionais de saúde, nomeadamente através da afixação de avisos públicos nos
locais adequados;
w) Implementar um sistema de registo e análise dos eventos que envolvam ou possam
envolver exposições acidentais ou exposições médicas que não decorram como o
planeado dando conhecimento da sua ocorrência ao médico responsável pela
prescrição, ao responsável pela realização da exposição médica e ao paciente ou seu
representante.
As funções RPR incluem a supervisão efetiva do trabalho de modo a garantir que é cumprido
este PPR. Como tal, é o elemento com a responsabilidade da gestão de todo o sistema de
Proteção Radiológica da instituição. As obrigações do RPR estão definidas no artº nº159 do DL
108/2018, de 3 de dezembro, abaixo descritas:
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4.5. FUNÇÕES DO DIRETOR CLÍNICO E CORPO CLÍNICO, NOMEADAMENTE DOS MÉDICOS RESPONSÁVEIS
PELAS EXPOSIÇÕES (MRE)
Colaborar com o Titular, com o EFM, CPR, RME, MRE e o RPR, em todas as matérias de
proteção radiológica;
Colaborar com o EFM e o RPR na otimização dos procedimentos para reduzir a dose ao
mínimo necessário compatível com os requisitos clínicos;
Garantir o princípio da justificação nas exposições radiológicas e assegurar boas práticas
para evitar exposições desnecessárias e repetição de exames;
Dar particular atenção à justificação das exposições radiológicas médicas que envolvam
pacientes potencialmente grávidas ou em período de amamentação, tendo em conta a
exposição da mãe e do feto;
Informar o paciente sobre aspetos clínicos dos procedimentos, benefícios e possíveis
efeitos secundários associados.
Para justificar a exposição, o médico prescritor deve avaliar se a mesma é necessária, se não
existem imagens radiológicas anteriores com a informação necessária, se o exame radiológico
é o meio complementar de diagnóstico mais adequado e se o paciente descreveu claramente os
sintomas.
Os aspetos práticos dos procedimentos das práticas de imagiologia são executados pelos TSDT-
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O relatório da avaliação prévia de segurança constitui o Anexo V do PPR, do qual faz parte
integrante. As avaliações prévias de segurança apresentadas descrevem a implantação dos
serviços de instalação radiológica, tendo como objetivo demonstrar o cumprimento dos critérios
de proteção radiológica e segurança contra radiações ionizantes, de acordo com as
recomendações internacionais e com a legislação nacional em vigor.
O cálculo da radiação transmitida total, que permite determinar a eficácia das barreiras, é
confrontado com os níveis de radiação admissíveis (estabelecidos em valores de dose efetiva)
para cada tipo de área classificada e as respetivas restrições de acesso.
Na APS é realizada uma apreciação critica positiva da organização interna do titular, os recursos
humanos existentes, da formação e qualificação dos profissionais, dos equipamentos de
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2 equipamentos de fluoroscopia;
1 equipamento de fluoroscopia;
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A primeira versão dos Anexos VII e VIII deverá ser validada por especialista em física médica.
Para os períodos regulatórios de 5 anos subsequentes, deverão os referidos anexos ser
atualizados e validados por especialista em física média e à luz das melhores práticas de
radiodiagnóstico em Radiologia; se nenhuma atualização for pertinente, a redação anterior deve
ser confirmada por especialista em física médica para que possa vigorar no período regulatório
seguinte.
Deverá ser garantida formação ministrada pelo especialista em física médica relativamente à
versão inicial dos Anexos VII e VIII. A referida formação deve ainda ocorrer sempre que, em
virtude de atualização, ocorrer alguma alteração aos referidos anexos, desde que tenha relevo
no âmbito da proteção radiológica.
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7. TRABALHADORES EXPOSTOS
O HDS tem implementado um sistema de monitorização individual a todos os trabalhadores
expostos com, no mínimo, dosímetros de corpo inteiro. No Anexo IX é apresentado um modelo
de listagens de profissionais, tendo sido ocultadas as identificações dos profissionais por
questões legais de Regulamento Geral de Proteção da Dados (RGPD). As listagens de
profissionais expostos são geridas pelo RPR em colaboração com o Serviço de Higiene e
Segurança do Trabalho e apoio do responsável de cada serviço, podendo estas apenas serem
disponibilizadas para efeitos de auditoria e inspeção.
A exposição ocupacional é definida como toda a exposição à radiação dos trabalhadores como
resultado do seu trabalho, posto isto, entende-se por pessoa profissionalmente exposta, os
trabalhadores que, pelas circunstâncias em que desenvolvem o seu trabalho, estão sujeitos a
um risco de exposição à radiação ionizante, suscetível de conduzir a doses anuais superiores a
um décimo dos limites da dose anual fixados para os trabalhadores. As pessoas com menos de
18 anos de idade não podem ser afetas a qualquer função que as coloque na categoria de
trabalhadores expostos.
De acordo com o artigo 4.º do Decreto-Lei, são trabalhadores expostos a radiação ionizante
pessoas submetidas durante o trabalho, por conta própria ou de outrem, a uma exposição
decorrente de práticas abrangidas pelo Decreto-Lei, suscetíveis de resultar numa dose superior
a qualquer um dos limites de dose fixados para os membros do público descritos na Tabela 1.
Ter a noção dos riscos associados com a exposição à radiação e tomar medidas
necessárias para se proteger a si e aos outros;
Conhecer, cumprir e fazer cumprir os procedimentos de segurança e proteção
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O trabalhador exposto tem direito a formação em proteção radiológica, nos termos do artigo
64.º do Decreto-Lei, que poderá ser de nível 3 de acordo com o Decreto-Lei n.º 227/2008, ou
formação geral em proteção radiológica.
A exposição pública abrange todas as exposições que não sejam profissionais e exposições
médicas de pacientes. A exposição pública inclui a radiação recebida por um feto de uma
trabalhadora grávida ou de uma gestante, submetida a um procedimento radiológico. Ela é
constituída, como resultado de uma série de fontes de radiação (10,11). Os limites de doses
estabelecidos pela ICRP para o público estão descritos na Tabela 1.
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Logo que uma trabalhadora informe o titular de que está a amamentar (mulher lactante), deverá
ser realizada uma avaliação de risco, de forma a verificar se as funções exercidas poderão
implicar risco para o lactante.
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A todos os trabalhadores que exerçam funções em zonas acima identificadas deverá ser
fornecido equipamento necessário de monitorização, proteção individual e formação específica
relacionada com as características do local de trabalho e das atividades.
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TRABALHADORES
O período de monitorização de cada dosímetro está estipulado de acordo com APS efetuada e
instruções da CPR.
O RPR em cooperação com a CPR deverá comunicar ao Titular e ao REM os valores de dose que
excederem os limites legais.
1. O levantamento do primeiro dosímetro deve ser efetuado pelo próprio trabalhador junto
do responsável local, assinando termo de responsabilidade onde:
1.1. Se responsabiliza pela sua correta utilização;
1.2. Toma conhecimento da data de entrega;
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A correta utilização do dosímetro é importante para uma estimativa mais precisa da dose
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recebida.
Na eventualidade de ocorrer uma exposição acidental do dosímetro, esta deve ser reportada
imediatamente ao RPR e à CPR, informando a empresa prestadora dos serviços de dosimetria
individual e o dosímetro devolvido e substituído.
Para qualquer dúvida existente na interpretação dos resultados deverá ser consultado o RPR de
forma a serem prestados os devidos esclarecimentos para correta interpretação dos valores.
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as zonas vigiadas dispõem de monitorização do local de trabalho através de TLD que permitem
a medição dos débitos de dose externos (débito de equivalente de dose ambiente, H*(10))
Avaliação/estimativa da dose de radiação no local de trabalho (incluindo no exterior).
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Ao abrigo do Artº 90º do DL 108/2018 o titular do HDS é responsável pela vigilância da saúde
dos trabalhadores, independentemente do seu vínculo contratual.
A vigilância de saúde dos trabalhadores expostos tem por base o Regime Jurídico de Promoção
da Segurança e Saúde no trabalho, de acordo com a Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, na
sua redação atual, as “atividades que impliquem a exposição a radiações ionizantes” são
consideradas de “risco elevado” e “suscetíveis de implicar riscos para o património genético”
dado que podem “causar efeitos genéticos hereditários, efeitos prejudiciais não hereditários na
progenitura ou atentar contra as funções e capacidades reprodutoras masculinas ou femininas”.
Ao abrigo do Artº 85º do DL 10872018 a vigilância de saúde dos trabalhadores expostos deve
incluir:
O exame de saúde deve permitir avaliar a aptidão do trabalhador para o exercício da atividade
de trabalho, bem como a repercussão desta e das condições em que é prestada na saúde do
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mesmo. Considera-se que os exames de saúde devem ser realizados antes do início da atividade
de trabalho com exposição a radiação ionizante, durante a atividade de trabalho com a referida
exposição, em situações excecionais de exposição a radiação ionizante e após a cessação da
atividade com exposição a radiação ionizante.
Para o efeito, e de acordo com o Decreto-Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, devem ser
realizados os seguintes exames de saúde ao trabalhador:
O médico responsável pela vigilância da saúde deve entregar ao trabalhador, que deixar de
prestar serviço na entidade patronal, cópia da ficha clínica do respetivo trabalhador, sempre que
este o solicite.
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Os resultados do exame médico realizado na sequência de uma exposição acidental devem fazer
parte da notificação de evento significativo à Agência Portuguesa do Ambiente prevista no Artº
83.º do DL 108/2018
O Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho pode, sempre que necessário, tomar medidas
adicionais de proteção da saúde do trabalhador, nomeadamente, a realização de exames
adicionais, aplicação de medidas de descontaminação ou terapêutica de urgência.
De acordo como o Artº 86º do DL 108/2018, para efeitos de aptidão para o trabalho, os
trabalhadores expostos podem ser classificados, em termos médicos, como:
a) Apto;
b) Apto condicionalmente;
c) Inapto temporariamente;
d) Inapto definitivamente.
Sempre que a repercussão do trabalho e das condições em que o mesmo é prestado se revelar
nociva para a saúde do trabalhador, o Médico deve comunicar tal facto RPR e responsável do
serviço, bem como, se o estado de saúde o justificar, solicitar o seu acompanhamento pelo
médico assistente do centro de saúde/ACES ou outro médico indicado pelo trabalhador.
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Os registos e arquivos referidos devem ser conservados durante, pelo menos, 40 anos após ter
terminado a exposição dos trabalhadores a que digam respeito.
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10.3.3. TRABALHADOR
É da responsabilidade do trabalhador:
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Planta da instalação;
Localização dos equipamentos;
Definição de áreas anexas;
Parâmetros técnicos de funcionamento dos equipamentos:
Blindagem das salas.
Sempre que haja alterações das condições iniciais verificadas na APS, em vigor, deverá ser feita
a reavaliação por um EFM em coordenação com o RPR e CPR, que devem implementar as ações
que acharem necessárias, incluir medições de débitos de dose de radiação às barreiras.
Deverá ser efetuada uma reavaliação das condições de proteção radiológica das instalações
sempre que se verificar uma das seguintes situações, e respetiva atualização da licença:
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Tempo de Exposição
Distância à Fonte
Blindagens
2m
¼ dose
1m
½ dose
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Em muitos casos, a combinação adequada dos dois fatores considerados (tempo e distância)
bastará para proporcionar uma proteção adequada.
13.3. BLINDAGEM
Na prática, apresentam-se situações para as quais os dois fatores anteriores, por si só, não
bastam para se conseguirem condições de trabalho aceitáveis. Nessas situações é necessário
interpor, entre a fonte de radiação e o operador, uma barreira.
O componente mais importante e essencial de proteção pessoal numa sala de trabalho com
fonte de radiação presente é o avental de chumbo que deve ser utilizado por todos os presentes.
É de notar que estes constituem uma proteção com limitações, pois não efetuam uma absorção
total na zona protegida e só protegem parcialmente o corpo.
O avental de chumbo pode reduzir a dose recebida em mais de 90% (85% -99%) em função da
energia do raios-X e espessura de chumbo equivalente do avental. Um avental de chumbo com
0,35 mm de espessura deve ser suficiente para a maioria dos procedimentos fluoroscópicos.
Para uma elevada carga de trabalho, um avental completo com 0,25 mm de chumbo que se
sobrepõe na frente seria o ideal
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Para além do avental de chumbo para proteção do corpo, a minimização de dose na tiróide e no
cristalino devem ser consideradas. Para tal devem ser utilizados colar para tiróide e óculos
plúmbeos. A listagem de dispositivos de proteção individual disponíveis no HDS está disponível
no Anexo XII.
Uma emergência radiológica é definida como uma situação ou evento não habitual envolvendo
fontes de radiação que requer uma rápida ação de modo a atenuar as consequências adversas
graves para a segurança e a saúde humana, para a qualidade de vida, bens ou ambiente, ou um
perigo suscetível de provar tais consequências adversas.
Sempre que ocorrer uma emergência radiológica numa instalação, o titular deve:
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A instalação dispõe de um Plano de Emergência Interno para Eventos Radiológicos (PEI) (Anexo
XIII), sob a forma de documento autónomo, cujo objetivo é a diminuição de ocorrência de
acidentes e limitação das suas consequências. Este documento contém medidas de
autoproteção, onde se encontram descritos os procedimentos em caso de ocorrência de
emergências na instalação, bem como um registo escrito referente à revisão periódica da
segurança da instalação.
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Uma situação de exposição planeada é toda a circunstância de exposição originada pelo normal
funcionamento de uma fonte de radiação. Segundo o Artº 7º do DL 108/2018, em situações de
exposição planeadas, a soma das doses recebidas por um indivíduo não pode exceder os limites
de dose estabelecidos para a exposição ocupacional ou para a exposição do público.
Para efeitos de proteção contra radiações, o titular deve tomar medidas em todos os locais de
trabalho adequadas à natureza das instalações e das fontes de radiação, bem como à dimensão
e natureza dos riscos associados à exposição ocupacional com base numa avaliação das doses
anuais esperadas, bem como da probabilidade e da magnitude das exposições potenciais.
Para determinação de indicadores de dose associados aos exames imagiológicos, devem ser
estabelecidos Níveis de Referência de Diagnóstico, devendo estes ser definidos atendendo as
características do paciente e recomendações internacionais.
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ASSOCIADOS À PRÁTICA
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De acordo com o Artº 123º do DL 1058/2018, o PEI deve ser testado anualmente, na extensão e
modalidade que seja considerada pertinente, parcialmente em cada ano, devendo o titular
notificar com 10 dias de antecedência a autoridade competente e, no caso de existir plano de
emergência externo aprovado, a autoridade de proteção civil territorialmente competente e a
ANPC.
O PEI consta como Anexo XIII ao presente Programa, constituindo parte integrante deste.
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Em particular, deverá ocorrer revisão do Programa sempre que o seu conteúdo se torne
desconforme relativamente ao seguinte:
Sem prejuízo de outras situações em que tal se justifique, deverá ponderar-se a necessidade de
revisão na sequência da realização periódica de auditorias da qualidade e durante a preparação
dos documentos necessários à renovação do registo e/ou licenciamento das Práticas.
Cada revisão deverá ser acompanhada de uma atualização do número de versão. A versão
originária do Programa corresponde à 1.ª versão. Todas as versões devem ser mantidas em
arquivo, ao cuidado do RPR, por um prazo de cinco anos.
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20.LEGISLAÇÃO NACIONAL
Decreto-Lei n.º108/2018, de 3 de dezembro, que aprova o Regime Jurídico da Proteção
Radiológica.
Portaria n.º 1106/2009, de 21 de julho, que aprova o Regulamento do Controlo
Metrológico dos Instrumentos de Medição de Radiações Ionizantes.
Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que regulamenta o regime jurídico da promoção e
prevenção da segurança e da saúde no trabalho, de acordo com o previsto no artigo 284.º
do Código do Trabalho, no que respeita à prevenção.
Decreto-Lei n.º 227/2008, de 25 de novembro, que aprova o regime jurídico da
qualificação profissional em proteção radiológica.
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21.ATUALIZAÇÃO DO PPR
Luís Domingos - TSDT Radiologia Hugo Trindade Ana Marília Barata Infante
Especialista em Física Médica Presidente do Conselho de Administração HDS EPE
RPR HDS EPE - (REC –647/22)
Maria Isabel Sapeira
Diretora Serviço Imagiologia HDS EPE
Assinado por: LUÍS HENRIQUES
DOMINGOS José Barbosa
Num. de Identificação: 13101720 TSDT Coordenador
Data: 2023.07.21 09:57:24+01'00'
Serviço Imagiologia HDS EPE
Anabela Pombas
TSDT Subcoordenadora
Serviço Imagiologia HDS EPE
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22.ANEXOS
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22.1. ANEXO I -
DECLARAÇÃO DE
RESPONSABILIDADE DO TITULAR
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22.2. ANEXO II –
ORDEM DE SERVIÇO DE
NOMEAÇÃO DE RPR
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22.4. ANEXO IV –
RESPONSÁVEIS PELAS
EXPOSIÇÕES MÉDICAS
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22.5. ANEXO V -
RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO
PRÉVIA DE SEGURANÇA
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22.6. ANEXO VI -
LISTAGEM DE FONTES DE
RADIAÇÃO
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22.9. ANEXO IX -
LISTAGENS DE TRABALHADORES
EXPOSTOS
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22.11. ANEXO XI –
REGULAMENTO INTERNO
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22.15. ANEXO XV –
PLANO DE MANUTENÇÃO DE
EQUIPAMENTOS
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Versão 2.0
PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
Após aprovação do PPR pelo Conselho de Administração todos os que devem tomar
conhecimento e cumprir o Programa, a saber, o titular da prática, o diretor clínico, o responsável
pela proteção radiológica e todos os trabalhadores expostos devem ser notificados
informaticamente.
Pelo presente, os referidos em resposta à notificação, devem declarar que lhes foi dado
conhecimento do Programa, na sua íntegra, que o leram, compreenderam, e que têm
conhecimento que o mesmo se encontra disponível para consulta e que têm o direito a que o
Responsável pela Proteção Radiológica afaste quaisquer dúvidas que venham a surgir sobre o
seu teor.
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