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PROGRAMA DE PROTEÇÃO

RADIOLÓGICA

Hospital Distrital de Santarém, EPE

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Índice

1. ENQUADRAMENTO ................................................................................................. 6

1.1. Introdução ..................................................................................................................... 6

1.2. Objetivo ......................................................................................................................... 6

1.3. Estrutura do PPR ........................................................................................................... 6

2. DEFINIÇÕES .......................................................................................................... 7

3. INTERVENIENTES PARA A PROTEÇÃO RADIOLÓGICA ......................................................... 8

3.1. Identificação do Titular ................................................................................................. 8

3.2. Identificação do RPR...................................................................................................... 8

3.3. Comissão de Proteção Radiológica ............................................................................... 9

3.4. Responsáveis pelas Exposições Médicas (REM) ............................................................ 9

3.5. Hierarquia de responsabilidades................................................................................... 9

4. FUNÇÕES DOS TRABALHADORES RELEVANTES PARA A PROTEÇÃO RADIOLÓGICA ..................... 11

4.1. Responsabilidade do Titular ........................................................................................ 11

4.2. Funções do RPR ........................................................................................................... 13

4.3. Funções do Especialista em Física Médica (EFM) ....................................................... 14

4.4. Funções da Comissão de Proteção Radiológica (CPR)................................................. 15

4.5. Funções do Diretor Clínico e corpo clínico, nomeadamente dos Médicos Responsáveis
pelas Exposições (MRE) .......................................................................................................... 16

4.6. Funções do Técnico Coordenador e Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutico


– área da Radiologia (TSDT-RAD) ............................................................................................ 16

4.7. Outros profissionais que acedam à área ..................................................................... 17

5. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PRÉVIA DE SEGURANÇA (APS), CONSIDERANDO AINDA


AS EXPOSIÇÕES POTENCIAIS ............................................................................................ 18

5.1. Resultados da avaliação prévia de segurança ............................................................. 18

5.1.1. Serviço de Imagiologia ..................................................................................................... 19

5.1.2. Serviço de Bloco Operatório ............................................................................................. 19

5.1.3. Serviço de Cardiologia ...................................................................................................... 19

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5.2. Exposições Potenciais.................................................................................................. 19

6. FONTES DE RADIAÇÃO EXISTENTES NA INSTALAÇÃO E PROCEDIMENTOS DE UTILIZAÇÃO ............ 20

6.1. Identificação de fontes de radiação ............................................................................ 20

6.2. Procedimentos de utilização e Justificação da(s) Práticas(s) ...................................... 20

7. TRABALHADORES EXPOSTOS.................................................................................... 21

7.1. Classificação de trabalhadores expostos .................................................................... 22

7.2. Limites de Dose ........................................................................................................... 23

7.3. Procedimentos especiais ............................................................................................. 23

7.3.1. Notificações de dose excessiva ......................................................................................... 23

7.3.2. Trabalhadoras Grávidas ou Lactantes .............................................................................. 24

8. IDENTIFICAÇÃO DAS ZONAS CONTROLADAS E VIGIADAS ................................................... 25

8.1. Planta geral das instalações ........................................................................................ 25

8.2. Descrição e estimativa de dose por zonas classificadas ............................................. 26

8.3. Normas de atuação nas áreas controladas e vigiadas ................................................ 26

9. PROCEDIMENTOS DE MONITORIZAÇÃO DOS LOCAIS DE TRABALHO E DOS TRABALHADORES ....... 27

9.1. Monitorização Individual dos trabalhadores .............................................................. 27

9.1.1. Boas Práticas na Utilização do(s) Dosímetro(s) Individuais de Corpo Inteiro ................... 27

9.1.2. Interpretação do relatório Individual de Dose.................................................................. 29

9.2. Monitorização dos Locais de Trabalho ........................................................................ 29

10. DESCRIÇÃO DO PROGRAMA DE VIGILÂNCIA MÉDICA DOS TRABALHADORES NO ÂMBITO DA SAÚDE


OCUPACIONAL ............................................................................................................ 31

10.1. Exames de saúde ..................................................................................................... 31

10.2. Regime de vigilância médica especial ..................................................................... 32

10.3. Avaliação da aptidão para o trabalho ..................................................................... 33

10.3.1. Empregador - HDS ............................................................................................................ 33

10.3.2. Médico do trabalho .......................................................................................................... 34

10.3.3. Trabalhador ...................................................................................................................... 35

11. PLANO DE FORMAÇÃO E TREINO DOS TRABALHADORES, NO ÂMBITO DA PROTEÇÃO E SEGURANÇA

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RADIOLÓGICA ............................................................................................................. 36

12. PLANO DE REVISÃO PERIÓDICA DA SEGURANÇA DA INSTALAÇÃO ........................................ 37

13. PROCEDIMENTOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA ............................................................. 38

13.1. Tempo de exposição................................................................................................ 38

13.2. Distância à fonte de radiação .................................................................................. 38

13.3. Blindagem ................................................................................................................ 39

13.4. Ações previstas e atribuição de responsabilidades para fazer face a situações de


emergência radiológica, mitigar as suas consequências, proteger o pessoal da instalação e
notificar prontamente a ocorrência às entidades competentes ............................................ 40

14. DESCRIÇÃO DOS MEIOS DISPONÍVEIS PARA ESTIMAR AS DOSES RECEBIDAS EM SITUAÇÕES DE

EXPOSIÇÃO PLANEADA E DE EMERGÊNCIA ........................................................................... 42

14.1. Situações de exposição planeada de pacientes e estimativa das doses recebidas 42

14.2. Situações de exposição de emergência em trabalhadores expostos e estimativa das


doses recebidas....................................................................................................................... 42

15. PROCEDIMENTOS PARA A GESTÃO SEGURA DOS RESÍDUOS RADIOATIVOS PRODUZIDOS NA

INSTALAÇÃO ............................................................................................................... 44

16. PROCEDIMENTOS DE CONTROLO E GARANTIA DE QUALIDADE UTILIZADOS E OTIMIZAÇÃO DOS

PROCESSOS, INCLUINDO PLANOS DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ASSOCIADOS À PRÁTICA ...... 45

16.1. Programa de Certificação de Garantia de Qualidade.............................................. 45

16.2. Garantia da Qualidade e Plano de Manutenção ..................................................... 45

17. EFEITOS PREVISÍVEIS QUE AS ALTERAÇÕES NO MEIO AMBIENTE PODEM TER SOBRE A PROTEÇÃO

RADIOLÓGICA E A SEGURANÇA......................................................................................... 46

18. INTERAÇÃO DO PLANO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA COM OS PLANOS DE EMERGÊNCIA INTERNA E


EXTERNA DA INSTALAÇÃO .............................................................................................. 47

19. REVISÃO E AVALIAÇÃO PERIÓDICA ............................................................................ 48

20. LEGISLAÇÃO NACIONAL .......................................................................................... 49

21. ATUALIZAÇÃO DO PPR .......................................................................................... 50

22. ANEXOS ............................................................................................................ 51

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22.1. Anexo I - Declaração de Responsabilidade do Titular ............................................. 52

22.2. Anexo II – Ordem de Serviço de Nomeação de RPR.............................................. 53

22.3. Anexo III – Composição da Comissão de Proteção Radiológica .............................. 54

22.4. Anexo IV – Responsáveis pelas Exposições Médicas.............................................. 55

22.5. Anexo V - Relatório da Avaliação Prévia de Segurança ........................................... 56

22.6. Anexo VI - Listagem de Fontes de Radiação............................................................ 57

22.7. Anexo VII - Protocolo Técnico de Radiologia .......................................................... 58

22.8. Anexo VIII - Justificação da(s) prática(s) .................................................................. 59

22.9. Anexo IX - Listagens de Trabalhadores Expostos .................................................... 60

22.10. Anexo X - Planta Geral das Instalações .................................................................. 61

22.11. Anexo XI – Regulamento Interno ............................................................................ 62

22.12. Anexo XII - Listagem de Dispositivos de Proteção.................................................. 63

22.13. Anexo XIII - Plano de Emergência Interno para Eventos Radiológicos .................. 64

22.14. Anexo XIV - Programa de Certificação de Garantia de Qualidade .......................... 65

22.15. Anexo XV – Plano de Manutenção de Equipamentos ............................................ 66

22.16. Anexo XVI – Consentimentos Informados............................................................... 67

23. REGISTO DE LEITURA, CONHECIMENTO E COMPROMISSO NA IMPLEMENTAÇÃO E REVISÃO PERIÓDICA


DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO ......................................................................................... 68

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1. ENQUADRAMENTO
1.1. INTRODUÇÃO
Este documento estabelece o Programa de Proteção Radiológica (PPR) do Hospital Distrital de
Santarém, EPE (HDS) com sede na Av. Bernardo Santareno 3737B, 2005-177 Santarém. Este
documento estabelece o conjunto de procedimentos, políticas de funcionamento e estruturas
organizacionais implementadas para a garantia e promoção da proteção radiológica dos
profissionais, pacientes, membros do público e do meio ambiente, no âmbito das práticas
desenvolvidas, com recurso à utilização da radiação ionizante nos diversos serviços do HDS.

Este documento foi elaborado em conformidade com o Decreto-Lei 108/2018, de 3 de


dezembro, que estabelece o regime jurídico da proteção radiológica, dando cumprimento aos
deveres do Titular da instalação, de acordo com o previsto nos artigos nº 8, 24 e 26. O presente
documento segue ainda as recomendações internacionais, designadamente as recomendações
da International Comission on Radiological Protection (ICRP), da Agencia Internacional de
Energia Atómica (IAEA) e do National Council on Radiation Protection (NCRP).

1.2. OBJETIVO
O objetivo do PPR é descrever as práticas desenvolvidas com recurso à utilização da radiação
ionizante e as medidas adotadas para assegurar a proteção e segurança radiológica no HDS.

Este documento foi elaborado pelo Responsável de Proteção Radiológica (RPR) e validado pela
Comissão de Proteção Radiológica e Físico Médico, cujo cumprimento é obrigatório por todas
as pessoas que na instalação exerçam funções nas práticas de radiologia no HDS

1.3. ESTRUTURA DO PPR


O presente documento foi elaborado ao abrigo do DL 108/2018 de 3 de dezembro de 2018,
apresenta toda a informação solicitada no ponto 3 do artigo 26º do supramencionado diploma,
que estabelece o regime jurídico da proteção radiológica, transpondo a Diretiva
2013/59/Euratom.

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2. DEFINIÇÕES
Todas as definições necessárias à leitura deste documento estão descritas no artigo 4º do DL
108/2018 de 3 de dezembro.

Listagem de abreviaturas:

APA: Agência Portuguesa do Ambiente REM: Responsáveis pelas exposições


médicas
APS: Avaliação Prévia de Segurança
RG: Radiologia Geral
CPR: Comissão de Proteção Radiológica
RGPD: Regulamento Geral de Proteção da
DL: Decreto-Lei
Dados
EFM: Especialista em Física Médica
RPR: Responsável pela Proteção
HDS: Hospital Distrital de Santarém
Radiológica
MRE: Médico Responsável pelas Exposições
TC: Tomografia Computorizada
PEI: Plano de Emergência Interno
TLD: Dosímetro termoluminescente
PPR: Programa de Proteção Radiológica
TSDT-RAD: Técnicos Superiores de
Diagnóstico e Terapêutico – Área Radiologia

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3. INTERVENIENTES PARA A PROTEÇÃO RADIOLÓGICA


3.1. IDENTIFICAÇÃO DO TITULAR

Entidade Hospital Distrital de Santarém, EPE

Morada Av. Bernardo Santareno, 3737B, 2005-177,

Localidade Santarém

NIF/NIPC 506361462

Contacto 243 300 200 / hdsca@hds.min-saude.pt

Conselho de Administração Presidente: Ana Marília Barata Infante

Diretor Clínico – Maria Filomena Cardoso dos Santos Roque

Enfermeiro Diretor – João Luís da Graça Formiga

Vogal Executivo – Miguel Ângelo Carmo da Silva

Vogal Executiva – Ana Vanda de Fátima Alambre de Almeida Nunes de Matos

3.2. IDENTIFICAÇÃO DO RPR

Nome Luís Henriques Domingos

Nº de Cartão de Cidadão 13101720

Data da Nomeação 21-07-2022

Tipo de Vínculo Contrato sem Termo – Técnico de Radiologia

Qualificações Mestrado em Radiologia - Especialização Ósteo-Articular

Certificado de Qualificação Profissional em REC – 647/22


Proteção Radiológica

Nível de Qualificação: Nível II

Entidade Formadora: Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra

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3.3. COMISSÃO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA


A Comissão de Proteção Radiológica é constituído de acordo com os seguintes representantes:

Representante do Conselho de Administração do HDS

RPR

Representante do Serviço de Instalações e Equipamentos

Representante do Serviço de Imagiologia

Representante do Serviço de Bloco Operatório

Representante do Serviço de Cardiologia

Representante do Serviço de Gastroenterologia

Representante do Serviço de Higiene e Segurança do Trabalho

Representante do Serviço de Segurança Contra Incêndios

A identificação dos profissionais representantes está descrita no Anexo III.

3.4. RESPONSÁVEIS PELAS EXPOSIÇÕES MÉDICAS (REM)


Os responsáveis pelas Exposições Médicas estão descritos na tabela abaixo.

Diretor Clínico do HDS

Diretor do Serviço de Imagiologia

Diretor do Serviço de Bloco Operatório

Diretor do Serviço de Cardiologia

Diretor do Serviço de Gastroenterologia

A identificação dos profissionais responsáveis está descrita no Anexo IV.

3.5. HIERARQUIA DE RESPONSABILIDADES


O HDS apresenta uma estrutura de proteção radiológica que centra a responsabilidade no titular
e assegura uma equipa multidisciplinar com responsabilidade científica, técnica e clínica
adequadas à operacionalização da proteção e segurança radiológica na unidade (Art.24º, DL
180/2018).

A Comissão de Proteção Radiológica (CPR) do HDS tem como missão apoiar o titular na definição

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da política de proteção radiológica na unidade e coordenar, com os intervenientes, a sua


operacionalização

Conforme declaração no Anexo I, o Titular assume os deveres e responsabilidade pela proteção


e segurança das fontes de radiação e das práticas, bem como organização interna para a
proteção e segurança, tal como garantia de que qualquer atribuição de responsabilidades na
instituição, de acordo com a legislação em vigor.

O Titular designou um Responsável pela Proteção Radiológica (RPR), conforme Ordem de


Serviço disponível no Anexo II oficializando a sua nomeação.

A Comissão de Proteção Radiológica (CPR) do HDS tem como missão apoiar o Titular na definição

HDS Especialista em
Administação Física Médica

Serviço de
Comissão de Proteção Médicos Responsável pela
Higiene e
Responsáveis Proteção
Radiológica Segurança do
Criar cronogramapelas
da estrutura
Exposições de proteção radiológica
Radiológica
Trabalho

Serviço de
Servioço de Serviço de Serviço de Bloco Serviço de
Instalações e
Gastroenterelogia Cardiologia Operatório Imagiologia
Equipamentos

Figura 1: Organigrama descritivo da Estrutura de Proteção Radiológica do HDS

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4. FUNÇÕES DOS TRABALHADORES RELEVANTES PARA A PROTEÇÃO RADIOLÓGICA


4.1. RESPONSABILIDADE DO TITULAR
Os deveres do Titular estão descritos no artigo nº 24 do DL 108-2018, de 3 de dezembro:

O Titular deve zelar pelo princípio da responsabilidade pela proteção e segurança radiológica, e
deve cooperar com a autoridade competente, fornecendo toda a informação relevante sempre
que esta o solicite, facultando o acesso às instalações para realizar as devidas avaliações,
inspeções ou fiscalizações regulamentares e comunicar qualquer alteração relevante para
proteção radiológica, nos termos a fixar pela autoridade competente (princípio da cooperação).

Sem prejuízo das funções do Responsável pela Proteção Radiológica, constituem obrigações do
titular:

a) Apresentar o pedido de registo e/ou licenciamento da instalação radiológica e proceder


à sua renovação dentro do prazo estipulado;
b) Garantir a manutenção de um nível ótimo de proteção dos trabalhadores, dos membros
do público e do ambiente, dotando a instalação de equipamentos e de profissionais
necessários ao desempenho das atividades desenvolvidas;
c) Responsabilidade pela proteção e segurança das fontes e das práticas, bem como da
organização interna para a proteção e segurança, tal como garantia de que qualquer
atribuição de responsabilidades se encontra documentada;
d) Elaboração e revisão periódica das avaliações de segurança radiológica para as fontes
de radiação e para as práticas, abrangendo, nomeadamente, a probabilidade e a
magnitude das exposições potenciais, as suas consequências prováveis e o número de
indivíduos que possam ser afetados por estas, providenciando para que sejam fixadas
normas de atuação, de modo que as doses recebidas pelas pessoas profissionalmente
expostas sejam tão pequenas quanto razoavelmente possível e sempre inferiores aos
limites legalmente fixados, devendo tais normas estarem escritas e serem do
conhecimento e cumpridas por todo o pessoal da instalação;
e) Implementação de um sistema de gestão com procedimentos e medidas de proteção e
segurança sujeitas a revisão periódica e atualização na extensão e modalidade
considerada pertinente, incorporando os ensinamentos obtidos nos exercícios e
eventos passados;
f) Implementação de um plano de emergência interno adequado à prática e às
características da instalação, garantindo o seu cumprimento;
g) Contratar seguro de responsabilidade civil, nos termos do artigo 179.º, n.º 1, do

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Decreto-Lei, que seja idóneo a cobrir os riscos referidos no artigo 178.º do mesmo
diploma;
h) Definição de procedimentos para o registo de incidentes ou acidentes e respetivo
reporte à autoridade competente e tomada de todas as medidas necessárias no âmbito
da prática ou instalação para redução suas das consequências;
i) Garantir a manutenção e verificação periódica das fontes de radiação para demonstrar
que continuam a ser cumpridos os requisitos de proteção e segurança, conforme fixados
nos procedimentos de controlo prévio;
j) Consulta de especialistas em proteção radiológica (peritos qualificados: nível 1 de
formação em proteção radiológica) para as tarefas referidas nas alíneas anteriores;
k) Implementação do Programa;
l) Informar os trabalhadores expostos sobre os riscos das radiações associados ao seu
trabalho, precauções e procedimentos de proteção a adotar, tomando as medidas
necessárias para se certificar que o Responsável pela Proteção Radiológica, bem como
os restantes operadores satisfazem os requisitos de formação estabelecidos no
Programa e prosseguem formação e estágios de qualificação;
m) Assegurar a vigilância e o controlo médico dos trabalhadores profissionalmente
expostos, a informação desses trabalhadores sobre as conclusões dos exames médicos
que lhe digam respeito, bem como da avaliação das doses recebidas, e assistência
médica em caso de incidente;
n) Assegurar a proteção dos trabalhadores externos que estejam relacionados com a
natureza das atividades a desenvolver, diretamente ou através de acordo contratual
com a entidade empregadora;
o) Fixar a restrição de dose a aplicar em cada exposição médica, garantindo o seu registo
e disponibilidade sempre que solicitado pela autoridade competente;
p) Implementar programas de garantia da qualidade e de avaliação da dose ou verificação
da atividade administrada, com especial atenção para as práticas especiais
consubstanciadas em exposições médicas que:
i. Envolvam a administração de doses elevadas aos pacientes;
ii. Sejam aplicadas em crianças;
q) Estabelecer protocolos, nos termos do Anexo XVI ao Programa, relativamente ao
consentimento informado e à disponibilização do relatório de dose, bem como
conservar registo, na ficha de cada paciente, de que o primeiro foi recolhido e o segundo
foi entregue relativamente a cada procedimento ou conjunto de procedimentos de

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radiodiagnóstico;
r) Estabelecer protocolos escritos para todos os tipos de procedimento radiológico médico
normalizado para cada equipamento, tendo em conta a categorização de pacientes, em
coordenação com o especialista em física médica;
s) Promover, com periodicidade adequada, a realização de auditorias clínicas, sejam elas
internas ou externas;
t) Garantir que o médico prescritor tem acesso a orientações relativas à prescrição de
exames de imagiologia, que tenham em conta as doses de radiação;
u) Manter todo o equipamento radiológico médico sob rigorosa vigilância, no que se refere
à proteção contra radiações;
v) Adotar medidas dirigidas à sensibilização de pessoas grávidas ou lactantes, bem como
dos profissionais de saúde, nomeadamente através da afixação de avisos públicos nos
locais adequados;
w) Implementar um sistema de registo e análise dos eventos que envolvam ou possam
envolver exposições acidentais ou exposições médicas que não decorram como o
planeado dando conhecimento da sua ocorrência ao médico responsável pela
prescrição, ao responsável pela realização da exposição médica e ao paciente ou seu
representante.

4.2. FUNÇÕES DO RPR


O RPR deve possuir o nível 1 ou 2 de qualificação profissional previsto no Decreto-Lei n.º
227/2008, de 25 de novembro, conforme as condições definidas para o efeito em regulamento
da autoridade competente.

As funções RPR incluem a supervisão efetiva do trabalho de modo a garantir que é cumprido
este PPR. Como tal, é o elemento com a responsabilidade da gestão de todo o sistema de
Proteção Radiológica da instituição. As obrigações do RPR estão definidas no artº nº159 do DL
108/2018, de 3 de dezembro, abaixo descritas:

a) Assegurar que os trabalhos com radiações sejam realizados em conformidade com os


requisitos dos procedimentos ou regras locais;
b) Supervisionar a aplicação do programa de monitorização radiológica do local de
trabalho;
c) Manter registos adequados de todas as fontes de radiação;
d) Avaliar periodicamente o estado dos sistemas relevantes de segurança e alerta;
e) Supervisionar a aplicação do programa de monitorização individual;

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f) Assegurar a organização dos serviços de saúde e segurança do trabalho, garantindo que


todos os trabalhadores são abrangidos;
g) Ministrar aos novos trabalhadores uma iniciação adequada às regras e procedimentos
locais;
h) Prestar consultoria e formular observações sobre os programas de trabalho;
i) Estabelecer os programas de trabalho;
j) Apresentar relatórios à estrutura de gestão local;
k) Participar na elaboração de disposições para a prevenção, preparação e resposta a
situações de exposição de emergência;
l) Prestar informações e dar formação aos trabalhadores expostos;
m) Articular com a CPR todos os assuntos relevantes.

4.3. FUNÇÕES DO ESPECIALISTA EM FÍSICA MÉDICA (EFM)


As funções e competências de um EFM estão descritas no Artº 160 do DL 107/2018
designadamente:

 Atuar ou prestar aconselhamento especializado sobre questões relacionadas com física


das radiações
 Responsabilidade pela dosimetria, incluindo as medições físicas para a avaliação da dose
administrada ao paciente e a outros indivíduos sujeitos a exposição médica,
 Prestar aconselhamento sobre o equipamento radiológico médico e contribui, em
especial, para:
a) A otimização da proteção contra radiações de pacientes e outros indivíduos sujeitos
a exposição médica, incluindo a aplicação e utilização dos níveis de referência de
diagnóstico;
b) A definição e aplicação da garantia da qualidade do equipamento radiológico
médico;
c) Os testes de aceitação do equipamento radiológico médico;
d) A elaboração de especificações técnicas aplicáveis ao equipamento radiológico
médico e à conceção das instalações;
e) A monitorização das instalações radiológicas médicas;
f) A análise dos eventos que envolvam ou possam envolver exposições médicas
acidentais ou exposições médicas que não decorrem como planeado;
g) A seleção do equipamento necessário para executar medições de proteção contra
radiações;

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h) A formação dos profissionais habilitados e outro pessoal quanto aos aspetos


relevantes da proteção contra radiações.

Sempre que necessário, o EFM articula com o RPR e CPR.

4.4. FUNÇÕES DA COMISSÃO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA (CPR)


A CPR reporta diretamente ao Titular do HDS e desempenha as seguintes funções, em matéria
de Proteção Radiológica:

 Otimização do estabelecimento das restrições de dose;


 Planeamento de novas instalações e a aprovação para entrada em serviço de fontes de
radiação novas ou modificadas no que respeita a controlos de engenharia,
características de conceção, funções de segurança e dispositivos de alerta relevantes
para a proteção contra radiações;
 Classificação das zonas controladas e das zonas vigiadas;
 Classificação dos trabalhadores;
 Estabelecimento de programas de monitorização individual e do local, bem como a
correspondente dosimetria individual;
 Estabelecimento de condições de trabalho das trabalhadoras grávidas, puérperas e
lactantes;
 Criação e gestão de instrumentos adequados de monitorização individual e do local de
trabalho, bem como a correspondente dosimetria individual;
 Estabelecimento de condições de trabalho das trabalhadoras grávidas, puérperas e
lactantes;
 Criação e gestão de instrumentos adequados de monitorização das radiações;
 Elaboração de programas de formação e reciclagem de trabalhadores expostos;
 Garantir a garantia de qualidade;
 Promover o programa de monitorização ambiental;
 Implementação de medidas de prevenção e gestão dos acidentes e incidentes;
 Investigação e análise dos acidentes e incidentes e as medidas preventivas e corretivas
adequadas;
 Preparação dos documentos pertinentes, como sejam as avaliações prévias de
segurança e respetivos procedimentos escritos;
 Colaboração direta com o RPR local;
 Promoção e formação dos profissionais para Proteção radiológica;

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 Revisão e execução de procedimentos e documentos associados à Proteção Radiológica;


 Revisão e execução de procedimentos e documentos associados à proteção Radiológica;
 Colaboração direta com o Especialista em Física Médica.

4.5. FUNÇÕES DO DIRETOR CLÍNICO E CORPO CLÍNICO, NOMEADAMENTE DOS MÉDICOS RESPONSÁVEIS
PELAS EXPOSIÇÕES (MRE)

O diretor clínico desempenha as seguintes funções em matéria de Proteção Radiológica:

 Colaborar com o Titular, com o EFM, CPR, RME, MRE e o RPR, em todas as matérias de
proteção radiológica;
 Colaborar com o EFM e o RPR na otimização dos procedimentos para reduzir a dose ao
mínimo necessário compatível com os requisitos clínicos;
 Garantir o princípio da justificação nas exposições radiológicas e assegurar boas práticas
para evitar exposições desnecessárias e repetição de exames;
 Dar particular atenção à justificação das exposições radiológicas médicas que envolvam
pacientes potencialmente grávidas ou em período de amamentação, tendo em conta a
exposição da mãe e do feto;
 Informar o paciente sobre aspetos clínicos dos procedimentos, benefícios e possíveis
efeitos secundários associados.

Segundo a legislação em vigor, o MRE é o responsável pela justificação dessa exposição.

Para justificar a exposição, o médico prescritor deve avaliar se a mesma é necessária, se não
existem imagens radiológicas anteriores com a informação necessária, se o exame radiológico
é o meio complementar de diagnóstico mais adequado e se o paciente descreveu claramente os
sintomas.

Quando a execução do exame é justificada, o médico regista a informação e informa o paciente


dos riscos e benefícios da exposição a realizar. Deste modo, o paciente deverá dar o seu
consentimento informado e entregar o mesmo ao Técnico Superior de Diagnóstico e Terapêutico
– Radiologia (TSDT-RAD), que será responsável pela execução do exame, de forma a ser
arquivado.

4.6. FUNÇÕES DO TÉCNICO COORDENADOR E TÉCNICOS SUPERIORES DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO –


ÁREA DA RADIOLOGIA (TSDT-RAD)

Os aspetos práticos dos procedimentos das práticas de imagiologia são executados pelos TSDT-

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RAD, sob orientação do Técnico Coordenador do Serviço de Imagiologia. Os seus deveres e


responsabilidade, no âmbito da Proteção Radiológica, incluem:

 Conhecer os riscos associados à exposição à radiação e adotar medidas adequadas para


garantir a sua proteção e das pessoas que acedem à área onde desempenha funções;
 Promover a cultura de segurança;
 Colaborar com o Titular, com o EFM, CPR, RME e o RPR, em todas as matérias de quando
necessário;
 Compreender o funcionamento dos equipamentos de imagem e equipamentos de
deteção/medição de radiação existentes;
 Cumprir e fazer cumprir os procedimentos escritos e as regras estabelecidas;
 Cumprir e fazer cumprir as boas práticas no uso do dosímetro individual;
 Não realizar qualquer procedimento, se os equipamentos apresentarem indícios de
dados mecânicos ou elétricos e comunicar imediatamente a informação relevante ao
Técnico Coordenador e RPR;
 Atuar prontamente em caso de emergência, de acordo com o Plano de Emergência
Interno do HDS;
 Fomentar e procurar formação contínua.

4.7. OUTROS PROFISSIONAIS QUE ACEDAM À ÁREA


Os restantes profissionais que integram as diversas equipas dos serviços dos HDS,
nomeadamente administrativos, enfermeiros, assistentes operacionais e equipas de limpeza
deverão:

 Conhecer os procedimentos de emergência relevantes e atuar de acordo com o plano


de emergência quando necessário, em função da sua categoria profissional e
responsabilidades;
 Seguir os procedimentos escritos e regras locais;
 Cumpriras boas práticas no uso de dosímetros individuais;
 Cumprir, zelar e promover sempre uma cultura de Proteção e Segurança Radiológica.

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5. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PRÉVIA DE SEGURANÇA (APS),


CONSIDERANDO AINDA AS EXPOSIÇÕES POTENCIAIS

O relatório da avaliação prévia de segurança constitui o Anexo V do PPR, do qual faz parte
integrante. As avaliações prévias de segurança apresentadas descrevem a implantação dos
serviços de instalação radiológica, tendo como objetivo demonstrar o cumprimento dos critérios
de proteção radiológica e segurança contra radiações ionizantes, de acordo com as
recomendações internacionais e com a legislação nacional em vigor.

A avaliação prévia de segurança é realizada por um especialista em proteção radiológica (perito


qualificado: nível 1 de formação em proteção radiológica)

5.1. RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PRÉVIA DE SEGURANÇA


Foram considerados os métodos de cálculo de barreiras de proteção radiológica propostos pelas
recomendações internacionais e descritos no NCRP 147, para a determinação da eficácia das
barreiras na proteção radiológica de salas onde existem fontes de radiação, a qual consiste em
calcular a radiação total absorvida no ar depois de transmitida para as áreas adjacentes através
das barreiras arquitetónicas da edificação, resultando da soma das contribuições da radiação
primária (feixe direto) e da radiação dispersa (pelo paciente).

O cálculo da radiação transmitida total, que permite determinar a eficácia das barreiras, é
confrontado com os níveis de radiação admissíveis (estabelecidos em valores de dose efetiva)
para cada tipo de área classificada e as respetivas restrições de acesso.

Na elaboração da avaliação prévia de segurança foram efetuados testes de aceitabilidade aos


equipamentos a licenciar, por forma a aferir o seu estado de funcionamento e em conformidade
com os limites estipulados pela DL 108/2018 que remete para o RP162. Foram ainda efetuadas
verificações de blindagens e os valores medidos são coerentes com as especificações de
construção da unidade, refletindo real execução em obra, eficiência e eficácia no planeamento,
garantindo a segurança radiológica nas áreas e imediações contiguas às zonas com presença de
fontes de radiação.

Os testes de aceitabilidade, as verificações das blindagens, o programa de garantia de qualidade,


a dosimetria ocupacional são prestados por entidades externas, devidamente reconhecidas
pelas autoridades competentes, Agência Portuguesa do Ambiente (APA). A vigilância médica é
prestada pelo Serviços de Higiene e Segurança do Trabalho do HDS.

Na APS é realizada uma apreciação critica positiva da organização interna do titular, os recursos
humanos existentes, da formação e qualificação dos profissionais, dos equipamentos de

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proteção individual e dos planos de recursos financeiros referentes à proteção radiológica.


Foram avaliadas as estimativas das exposições dos trabalhadores e do público em condições
normais de funcionamento e das exposições potenciais ou exposições médicas acidentais e
exposições médicas que não decorrem com planeado.

5.1.1. SERVIÇO DE IMAGIOLOGIA


O Serviço de Imagiologia encontra-se implantado no piso 0 do HDS com:

 4 equipamentos de radiologia geral;


 3 equipamentos de radiologia portátil;
 2 tomografia computorizada;
 1 mamógrafo.

5.1.2. SERVIÇO DE BLOCO OPERATÓRIO


Os procedimentos de fluoroscopia são efetuados nas salas de cirurgia do Serviço de Bloco
Operatório, que se encontra implantado no piso 1 do HDS com:

 2 equipamentos de fluoroscopia;

5.1.3. SERVIÇO DE CARDIOLOGIA


Os procedimentos de implantação de Pacemakeres efetuados com apoio de fluoroscopia são
efetuados no Laboratório de Pacing, que se encontra implantado no piso 7 do HDS com:

 1 equipamento de fluoroscopia;

5.2. EXPOSIÇÕES POTENCIAIS


Nos documentos de APS foram identificados como podem ocorrer exposições potenciais ou
exposições médicas acidentais, O PEI articula-se com este documento enumerando também as
situações passiveis de gerar exposições potenciais e os procedimentos a adotar messas
circunstâncias.

De modo a minimizar as ocorrências, o HDS tem implementado um programa de garantia de


qualidade e de manutenção periódica e corretiva aos equipamentos radiológicos.
Adicionalmente os equipamentos emissores de radiação dispõe sistemas de alarme que
interrompem ou inibem os feixes de radiação em caso de anomalia. Os equipamentos dispõem
também de sistemas de monitorização da dose no paciente, permitindo acompanhar o débito
de dose durante as exposições.

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6. FONTES DE RADIAÇÃO EXISTENTES NA INSTALAÇÃO E PROCEDIMENTOS DE UTILIZAÇÃO


6.1. IDENTIFICAÇÃO DE FONTES DE RADIAÇÃO
As fontes de radiação existentes nas instalações do HDS estão identificadas no Anexo VI, sendo
acompanhadas da respetiva Ficha Técnica do mesmo, onde constam as suas características.

6.2. PROCEDIMENTOS DE UTILIZAÇÃO E JUSTIFICAÇÃO DA(S) PRÁTICAS(S)


Os equipamentos emissores de radiação são utilizados em contexto de realização de exames de
diagnóstico e de procedimentos terapêuticos, sendo apenas realizados se devidamente
justificados em decisão clínica e executados por TSDT-RAD, de acordo com os protocolos clínicos
estabelecidos pelos REM, Técnico Coordenador do Serviço de Imagiologia e RPR.

Os procedimentos de utilização e a justificação da(s) prática(s) são detalhadamente explicitados


nos Anexos VII (Protocolo Técnico de Radiologia) e VIII (Justificação da(s) prática(s)), os quais
fazem parte integrante do Programa e são válidos para um período regulatório de 5 anos.

A primeira versão dos Anexos VII e VIII deverá ser validada por especialista em física médica.
Para os períodos regulatórios de 5 anos subsequentes, deverão os referidos anexos ser
atualizados e validados por especialista em física média e à luz das melhores práticas de
radiodiagnóstico em Radiologia; se nenhuma atualização for pertinente, a redação anterior deve
ser confirmada por especialista em física médica para que possa vigorar no período regulatório
seguinte.

Deverá ser garantida formação ministrada pelo especialista em física médica relativamente à
versão inicial dos Anexos VII e VIII. A referida formação deve ainda ocorrer sempre que, em
virtude de atualização, ocorrer alguma alteração aos referidos anexos, desde que tenha relevo
no âmbito da proteção radiológica.

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7. TRABALHADORES EXPOSTOS
O HDS tem implementado um sistema de monitorização individual a todos os trabalhadores
expostos com, no mínimo, dosímetros de corpo inteiro. No Anexo IX é apresentado um modelo
de listagens de profissionais, tendo sido ocultadas as identificações dos profissionais por
questões legais de Regulamento Geral de Proteção da Dados (RGPD). As listagens de
profissionais expostos são geridas pelo RPR em colaboração com o Serviço de Higiene e
Segurança do Trabalho e apoio do responsável de cada serviço, podendo estas apenas serem
disponibilizadas para efeitos de auditoria e inspeção.

A ICRP (The International Commission on Radiological Protection) distingue três categorias de


risco: exposições ocupacionais, exposições públicas e exposições médicas de pacientes.

A exposição ocupacional é definida como toda a exposição à radiação dos trabalhadores como
resultado do seu trabalho, posto isto, entende-se por pessoa profissionalmente exposta, os
trabalhadores que, pelas circunstâncias em que desenvolvem o seu trabalho, estão sujeitos a
um risco de exposição à radiação ionizante, suscetível de conduzir a doses anuais superiores a
um décimo dos limites da dose anual fixados para os trabalhadores. As pessoas com menos de
18 anos de idade não podem ser afetas a qualquer função que as coloque na categoria de
trabalhadores expostos.

A exposição profissional pode ocorrer em diversas situações no trabalho, e mesmo sendo


realizado de forma segura, os trabalhadores envolvidos recebem, inevitavelmente, exposições
regulares de pequenas doses de radiação, sendo por isso designados de “Trabalhadores
Expostos” no quadro legal da proteção radiológica.

De acordo com o artigo 4.º do Decreto-Lei, são trabalhadores expostos a radiação ionizante
pessoas submetidas durante o trabalho, por conta própria ou de outrem, a uma exposição
decorrente de práticas abrangidas pelo Decreto-Lei, suscetíveis de resultar numa dose superior
a qualquer um dos limites de dose fixados para os membros do público descritos na Tabela 1.

Além de se proteger a si próprio, o trabalhador exposto deve permanecer vigilante de modo a


garantir a segurança dos seus colegas de trabalho, de outros trabalhadores não relacionados
diretamente com as suas funções, e do público em geral.

O trabalhador exposto tem o dever e a responsabilidade de:

 Ter a noção dos riscos associados com a exposição à radiação e tomar medidas
necessárias para se proteger a si e aos outros;
 Conhecer, cumprir e fazer cumprir os procedimentos de segurança e proteção

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radiológica associados às exposições;


 Supervisionar qualquer profissional que trabalhe com ele;
 Realizar apenas o trabalho para o qual recebeu formação e treino e procurar a
assistência do RPR se estiver inseguro acerca da segurança de qualquer trabalho;
 Compreender o funcionamento dos equipamentos que esteja a utilizar;
 Seguir, sem exceção, os procedimentos escritos e as regras locais fornecidas;
 Utilizar sempre o seu dosímetro pessoal;
 Não retirar, modificar ou deslocar um equipamento sem expressa autorização;
 Não realizar qualquer trabalho com fontes de radiação se o equipamento tem defeitos
ou não teve a adequada manutenção de acordo com os procedimentos estabelecidos;
 Relatar todo e qualquer defeito com o equipamento ao RPR.

O trabalhador exposto tem direito a formação em proteção radiológica, nos termos do artigo
64.º do Decreto-Lei, que poderá ser de nível 3 de acordo com o Decreto-Lei n.º 227/2008, ou
formação geral em proteção radiológica.

A exposição pública abrange todas as exposições que não sejam profissionais e exposições
médicas de pacientes. A exposição pública inclui a radiação recebida por um feto de uma
trabalhadora grávida ou de uma gestante, submetida a um procedimento radiológico. Ela é
constituída, como resultado de uma série de fontes de radiação (10,11). Os limites de doses
estabelecidos pela ICRP para o público estão descritos na Tabela 1.

A exposição à radiação dos pacientes pode ocorrer em situações de rastreio, diagnóstico, ou


procedimentos terapêuticos. A exposição é intencional e para o benefício direto do paciente. A
exposição da população a doses de radiação ionizante cada vez mais elevadas, pressupõe um
potencial problema de saúde pública significativo, aliado ao conhecimento científico sobre a
maior sensibilidade a radiações ionizantes de indivíduos em escalões etários pediátricos. Este
facto cria a obrigatoriedade de um controlo rigoroso e generalizado no sentido de minimizar a
dose libertada no paciente. Enquanto pessoas diretamente expostas ao feixe de radiação
primário, será aplicado o Princípio ALARA (As Low As Reasonably Achievable), ponderando as
necessidades de diagnóstico através de práticas com as preocupações de segurança radiológica.
Neste âmbito, vigoram os Princípios da Justificação (Artº 5.º do DL 108/2018) e Otimização da
Dose (Artº 6.º do Decreto-Lei).

7.1. CLASSIFICAÇÃO DE TRABALHADORES EXPOSTOS


Para efeitos de monitorização e controlo, os trabalhadores expostos podem ser classificados,

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em duas categorias diferentes:

a) Categoria A: os trabalhadores expostos suscetíveis de receberem uma dose efetiva


superior a 6 mSv por ano, ou uma dose equivalente superior a 15 mSv por ano para o
cristalino do olho ou superior a 150 mSv por ano para a pele e as extremidades dos membros;

b) Categoria B: os trabalhadores expostos não classificados como trabalhadores expostos da


categoria A.

Tendo em consideração as avaliações da emissão de radiação nas várias salas e as barreiras de


proteção da instalação, os profissionais expostos que executam as práticas radiológicas no HDS
estão identificados e classificados de acordo com a informação constante no Anexo IX, tal como
a indicação da periodicidade de controlo dosimétrico. A classificação de cada trabalhador
exposto poderá ser revista a qualquer momento mediante alguma alteração da sua atual
condição.

7.2. LIMITES DE DOSE


Os limites de dose têm por base os Artº nº 65 e nº 67 do DL 108/2018 abaixo descritos:

Limite de Dose anual

Tipo de Limite Trabalhador Exposto Membro do Público

Dose efetiva 20 mSv 1 mSv

Equivalente de Dose para:

Cristalino 20 mSv 15 msV


Pele 500 mSv 50 mSv
Extremidade 500 mSv -

Tabela 1 Limites de dose anuais para trabalhadores expostos e membros do público

Os restantes trabalhadores, não referenciados, são classificados como Membros do Público


(Trabalhadores Não-Expostos) bem como todas as considerações particulares estão
consideradas nos artº 65º e 66º do DL 108/2018, para aprendizes e estudantes no artº 68º e
trabalhadores grávidas e lactantes no artº 69.

7.3. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS


7.3.1. NOTIFICAÇÕES DE DOSE EXCESSIVA
Qualquer notificação de dose excessiva de um trabalhador exposto (> 2 mSv/período de
controlo), deverá ser de imediato investigada pelo RPR conjuntamente com CPR, de forma a ser

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identificada a respetiva causa e aplicadas as medidas corretivas necessárias se e quando


aplicáveis e respetiva comunicação com a devida justificação à APA. Um trabalhador exposto
que exceda um limite anual de 50mSv deverá obrigatoriamente efetuar uma consulta de
medicina no trabalho adicional.

7.3.2. TRABALHADORAS GRÁVIDAS OU LACTANTES


Ao abrigo do artº 69 do DL 108-2018 uma mulher profissionalmente exposta deve declarar de
imediato ao titular da instalação, que se encontra grávida, com vista a garantir a proteção do
feto, de modo a ser efetuada uma avaliação de risco relativamente às suas funções, nos termos
e de acordo com as boas práticas e restante legislação em vigor. Caso a avaliação determine a
possibilidade da existência de exposição ao nascituro superior ao limite do público, a
trabalhadora grávida não poderá continuar a exercer as suas funções atuais funções.

Logo que uma trabalhadora informe o titular de que está a amamentar (mulher lactante), deverá
ser realizada uma avaliação de risco, de forma a verificar se as funções exercidas poderão
implicar risco para o lactante.

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8. IDENTIFICAÇÃO DAS ZONAS CONTROLADAS E VIGIADAS


De acordo com os artº 78º a 80º do DL 108/2018 de 3 de dezembro o titular deve tomar medidas
de proteção radiológica em todos os locais de trabalho, através da classificação de zonas, que
sejam adequadas à natureza das instalações e das fontes de radiação presentes, bem como à
dimensão e natureza dos riscos associados à exposição ocupacional, como base numa avaliação
das doses anuais esperadas, bem como a probabilidade e a magnitude das exposições
potenciais:

 Zonas Vigiadas: correspondem a áreas onde, em virtude da atividade nelas


desempenhadas, a exposição a que os trabalhadores estão sujeitos durante um ano
pode ultrapassar uma dose efetiva de 1 mSv/ano, ou uma dose equivalente de 15
mSv/ano, para o cristalino do olho, ou uma dose de 50 mSv/ano para a pele e as
extremidades dos membros. São zonas delimitadas que requerem regras locais de
acesso, sendo este reservado a pessoas autorizadas que tenham recebido instruções de
acesso. O objetivo de uma zona vigiada é identificar os locais de trabalho que devem
estar sujeitos a uma revisão regular das condições de segurança para determinar se a
sua classificação deve ser alterada;
 Zonas Controladas: correspondem a áreas onde, devido às atividades nelas
desempenhadas, a exposição a que os trabalhadores estão sujeitos durante um ano
pode ultrapassar uma dose efetiva de 6 mSv/ano, ou três décimas de um dos limites de
dose. São delimitadas por barreiras físicas e o seu acesso é reservado a pessoas
autorizadas que tenham recebido instruções de acesso.

A todos os trabalhadores que exerçam funções em zonas acima identificadas deverá ser
fornecido equipamento necessário de monitorização, proteção individual e formação específica
relacionada com as características do local de trabalho e das atividades.

8.1. PLANTA GERAL DAS INSTALAÇÕES


A classificação das zonas é feita com base nos resultados de APS e em função das doses a que
os trabalhadores que as ocupam estão expostos. As zonas controladas e vigiadas dos Serviços
de Imagiologia, Bloco Operatório e Cardiologia encontram-se identificadas no Anexo X.

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8.2. DESCRIÇÃO E ESTIMATIVA DE DOSE POR ZONAS CLASSIFICADAS


No planeamento das instalações, o titular deve utilizar restrições de dose que não excedam 30
% dos limites de dose, sendo que se define como limite legal de dose de 0,12 mSv/semana para
trabalhadores expostos e de 0,006 mSv/semana, para zonas públicas.

8.3. NORMAS DE ATUAÇÃO NAS ÁREAS CONTROLADAS E VIGIADAS


Os HDS dispõem de PPR e PEI, de conhecimento de todos os trabalhadores no qual se encontram
descritas, entre outras, as seguintes normas:

• Normas de atuação nas zonas controladas;


• Normas de atuação nas zonas vigiadas;
• Normas de atuação em caso de gravidez de profissional exposto;
• Normas para utilização de dosímetros.

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9. PROCEDIMENTOS DE MONITORIZAÇÃO DOS LOCAIS DE TRABALHO E DOS

TRABALHADORES

9.1. MONITORIZAÇÃO INDIVIDUAL DOS TRABALHADORES


A monitorização individual dos trabalhadores expostos é obrigatória e efetuada com base em
medições individuais, em função da sua classificação em categoria A ou categoria B efetuadas
por um Laboratório de Dosimetria Individual de Radiação Externa Autorizado identificado no
Anexo IX.

A monitorização individual permite avaliar as doses equivalentes recebidas pelo trabalhador


exposto NÃO sendo um dispositivo de proteção individual direta, nem impede efeitos para a
saúde humana. Este dispositivo regista a exposição à radiação sendo um dos melhores métodos
para estimar a dose devido à irradiação externa.

No contexto de exposição ocupacional são utilizados dosímetros termoluminescentes (TLD)


individuais, colocados na zona esquerda do tórax (dosímetro corpo inteiro) ou nas extremidades
(dosímetros de extremidades), devendo ser usados continuamento pelo trabalhador exposto
durante o período de trabalho.

O período de monitorização de cada dosímetro está estipulado de acordo com APS efetuada e
instruções da CPR.

Os trabalhadores expostos têm o direito de aceder a todos os dados referentes à monitorização


individual das doses de radiação, incluindo os resultados das medições, individuais ou de área,
que levaram à estimação das doses recebidas. A acessibilidade dos resultados, a organização e
supervisão da utilização de dosímetros individuais são da responsabilidade do RPR em
cooperação com Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho e o responsável de cada serviço.

O RPR em cooperação com a CPR deverá comunicar ao Titular e ao REM os valores de dose que
excederem os limites legais.

9.1.1. BOAS PRÁTICAS NA UTILIZAÇÃO DO(S) DOSÍMETRO(S) INDIVIDUAIS DE CORPO INTEIRO


O não levantamento do dosímetro, ou a sua impossibilidade de uso, implicará a interrupção
imediata da atividade com exposição à radiação ionizante.

1. O levantamento do primeiro dosímetro deve ser efetuado pelo próprio trabalhador junto
do responsável local, assinando termo de responsabilidade onde:
1.1. Se responsabiliza pela sua correta utilização;
1.2. Toma conhecimento da data de entrega;

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1.3. Assume o compromisso pela entrega estipulada;


1.4. Assume que teve conhecimento e aceita as normas previstas vigentes.
2. O trabalhador exposto deve zelar pela boa utilização do(s) dosímetro(s) individual(ais) que
lhe está(ão) atribuído(s);
3. O trabalhador exposto deve cumprir os prazos estabelecidos para a troca/devolução
deste(s), entregando-o(s) atempadamente ao RPR ou responsável do serviço;
4. O dosímetro é pessoal e intransmissível pois destina-se a avaliar a dose recebida por um
certo trabalhador numa instituição/estabelecimento. Desta forma, nunca deverá ser usado
por outra pessoa,
5. O dosímetro tem de ser específico para o tipo de radiação ionizante que se pretende
avaliar, ou seja, deve ser adequado ao tipo de radiação ionizante a que o trabalhador se
encontra exposto (ex.: radiação X, beta, gama). Cabe ao Titular, através do RPR e Serviço de
Higiene e Segurança do Trabalho, identificar o dosímetro mais aconselhado aos respetivos
trabalhadores, tendo em conta o seu contexto de trabalho;
6. O trabalhador exposto deverá utilizar um dosímetro próprio em cada
instalação/estabelecimento onde trabalhe, não devendo utilizar o de outra
instalação/estabelecimento mesmo que seja o mesmo tipo de radiação ionizante a que
esteja exposto. O dosímetro está associado a um trabalhador que executa determinadas
práticas profissionais numa dada instituição/estabelecimento, pelo que no caso de alguma
ocorrência anómala é da competência dessa instituição a sua verificação, esclarecimento e
adoção de medidas sempre que necessário;
7. O dosímetro de corpo inteiro deverá estar posicionado no lado esquerdo do tronco, sobre
a roupa do trabalhador, ao nível do peito. Durante a utilização do dosímetro este dispositivo
deverá estar orientado preferencialmente com a parte dos filtros (parte com o orifício e com
o disco espesso) na direção da fonte emissora da radiação.
8. Deve existir especial cuidado com o local onde é guardado o dosímetro quando este não é
utilizado pelo trabalhador de forma a evitar leituras erróneas. O dosímetro é um detetor
cumulativo, ou seja, acumula a dose recebida até à sua leitura, pelo que não deverá ser
guardado num local onde haja o risco de irradiação (ex.: não deve ser guardado em salas
com fontes de radiação e suas proximidades), assim como não deverá ser exposto a fontes
de calor (ex.: excessiva exposição ao sol, aquecedores, etc., com exceção dos detetores
específicos para estas situações) nem ser submetido a lavagem junto com roupas, ou
qualquer outra situação de ambiente extremo.

A correta utilização do dosímetro é importante para uma estimativa mais precisa da dose

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recebida.

Na eventualidade de ocorrer uma exposição acidental do dosímetro, esta deve ser reportada
imediatamente ao RPR e à CPR, informando a empresa prestadora dos serviços de dosimetria
individual e o dosímetro devolvido e substituído.

9.1.2. INTERPRETAÇÃO DO RELATÓRIO INDIVIDUAL DE DOSE


O resultado da exposição do dosímetro individual é comunicado sob a forma de um relatório
emitido pela empresa que presta o serviço de dosimetria. A leitura dosimétrica deve estar
concluída no prazo legal de 10 dias para profissionais de categoria A e 20 dias para profissionais
de categoria B.

Os resultados são apresentados com uma grandeza operacional denominada de equivalente de


dose individual em tecidos moles Hp(p), em que p corresponde à profundidade em milímetros
abaixo de um ponto específico do corpo. A designação da unidade de equivalente de dose
individual é o Sievert (Sv).

O dosímetro individual permite estimar:

Figura 2 - Equivalentes de dose Hp(0,07) e Hp(10,0)

Para qualquer dúvida existente na interpretação dos resultados deverá ser consultado o RPR de
forma a serem prestados os devidos esclarecimentos para correta interpretação dos valores.

9.2. MONITORIZAÇÃO DOS LOCAIS DE TRABALHO


Na APS é efetuada a verificação de blindagem de todas as salas controladas tendo em conta o
fator de uso e ocupação de cada uma das áreas, bem como os limites e restrições de dose. Todas

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as zonas vigiadas dispõem de monitorização do local de trabalho através de TLD que permitem
a medição dos débitos de dose externos (débito de equivalente de dose ambiente, H*(10))
Avaliação/estimativa da dose de radiação no local de trabalho (incluindo no exterior).

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10.DESCRIÇÃO DO PROGRAMA DE VIGILÂNCIA MÉDICA DOS TRABALHADORES NO ÂMBITO


DA SAÚDE OCUPACIONAL

Ao abrigo do Artº 90º do DL 108/2018 o titular do HDS é responsável pela vigilância da saúde
dos trabalhadores, independentemente do seu vínculo contratual.

A vigilância de saúde dos trabalhadores expostos tem por base o Regime Jurídico de Promoção
da Segurança e Saúde no trabalho, de acordo com a Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, na
sua redação atual, as “atividades que impliquem a exposição a radiações ionizantes” são
consideradas de “risco elevado” e “suscetíveis de implicar riscos para o património genético”
dado que podem “causar efeitos genéticos hereditários, efeitos prejudiciais não hereditários na
progenitura ou atentar contra as funções e capacidades reprodutoras masculinas ou femininas”.

A vigilância de saúde dos trabalhadores expostos a radiação ionizante é da responsabilidade do


Serviço de Higiene e Segurança do Trabalho do HDS, constituído por uma equipa multidisciplinar
no domínio da Saúde do Trabalho que deverá ter no mínimo, médico do trabalho e enfermeiro;
no domínio da Segurança do Trabalho deverá incluir técnico (s) de Saúde Ambiental/ Higiene e
Segurança do Trabalho, os quais estão sujeitos à obrigação de sigilo profissional e
confidencialidade.

Ao abrigo do Artº 85º do DL 10872018 a vigilância de saúde dos trabalhadores expostos deve
incluir:

a) Um exame de admissão, prévio à classificação em categorias, por forma a determinar a


aptidão do trabalhador para o exercício das funções a desempenhar;
b) Exame periódico, a fim de determinar se os trabalhadores continuam aptos para o
exercício das suas funções.

Nenhum trabalhador pode ser admitido ou classificado, ainda que temporariamente, em


funções específicas de trabalhador de categoria A se for considerado inapto definitivamente.

10.1. EXAMES DE SAÚDE


Compete ao médico do Serviço de higiene e Segurança no Trabalho definir a periodicidade dos
exames a realizar bem como, definir a composição da grelha dos exames de diagnóstico e
terapêutico a que deverão ser sujeitos, tendo em conta o seu grupo etário, género, ramo de
atividade e classificação de trabalhador exposto.

O exame de saúde deve permitir avaliar a aptidão do trabalhador para o exercício da atividade
de trabalho, bem como a repercussão desta e das condições em que é prestada na saúde do

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mesmo. Considera-se que os exames de saúde devem ser realizados antes do início da atividade
de trabalho com exposição a radiação ionizante, durante a atividade de trabalho com a referida
exposição, em situações excecionais de exposição a radiação ionizante e após a cessação da
atividade com exposição a radiação ionizante.

Para o efeito, e de acordo com o Decreto-Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, devem ser
realizados os seguintes exames de saúde ao trabalhador:

a) Exames de admissão, antes do início da prestação de trabalho ou, se a urgência da


admissão o justificar, nos 15 dias seguintes;
b) Exames periódicos, anuais para os menores e para os trabalhadores com idade superior
a 50 anos, e de 2 em 2 anos para os restantes trabalhadores; O exame periódico para os
trabalhadores de categoria A deverá ter a periodicidade mínima anual. O médico do
trabalho, face ao estado de saúde do trabalhador e aos resultados da prevenção dos riscos
profissionais na empresa, pode aumentar ou reduzir a periodicidade dos exames.
c) Exames ocasionais, sempre que haja alterações substanciais nos componentes
materiais de trabalho que possam ter repercussão nociva na saúde do trabalhador, bem
como no caso de regresso ao trabalho depois de uma ausência superior a 30 dias por
motivo de doença ou acidente.

O médico responsável pela vigilância da saúde deve entregar ao trabalhador, que deixar de
prestar serviço na entidade patronal, cópia da ficha clínica do respetivo trabalhador, sempre que
este o solicite.

O Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho pode aconselhar o trabalhador a proceder ao


prolongamento da vigilância médica após a cessação do trabalho e durante o período
considerado necessário para salvaguardar a saúde do indivíduo, tendo em conta os possíveis
efeitos estocásticos da exposição do trabalhador a radiações ionizantes. Esta situação
denomina-se como vigilância médica prolongada. Para este efeito, realiza(m)-se um exame(s)
ocasional(ais) ao trabalhador.

10.2. REGIME DE VIGILÂNCIA MÉDICA ESPECIAL


No caso de exposição acidental, ou serem excedidos os limites de dose previstos na legislação
aplicável, deve ser realizado de imediato um exame médico ocasional do trabalhador exposto,
em particular, no que concerne à identificação prematura de eventuais reações adversas, de
modo a evitá-las ou a responder com a rapidez e a eficácia adequadas. O mesmo trabalhador
deverá ficar sujeito a um regime de vigilância médica especial durante o período considerado

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necessário pelo Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho.

Os resultados do exame médico realizado na sequência de uma exposição acidental devem fazer
parte da notificação de evento significativo à Agência Portuguesa do Ambiente prevista no Artº
83.º do DL 108/2018

Durante o regime de vigilância médica especial, as condições de trabalho do trabalhador devem


ser aprovadas pelo Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho.

O Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho pode, sempre que necessário, tomar medidas
adicionais de proteção da saúde do trabalhador, nomeadamente, a realização de exames
adicionais, aplicação de medidas de descontaminação ou terapêutica de urgência.

10.3. AVALIAÇÃO DA APTIDÃO PARA O TRABALHO


Face ao resultado do exame de admissão, periódico ou ocasional, o Médico do Serviço de
Higiene e Segurança no Trabalho deve preencher uma ficha de aptidão, que deve ser dada a
conhecer ao trabalhador.

De acordo como o Artº 86º do DL 108/2018, para efeitos de aptidão para o trabalho, os
trabalhadores expostos podem ser classificados, em termos médicos, como:

a) Apto;
b) Apto condicionalmente;
c) Inapto temporariamente;
d) Inapto definitivamente.

Sempre que a repercussão do trabalho e das condições em que o mesmo é prestado se revelar
nociva para a saúde do trabalhador, o Médico deve comunicar tal facto RPR e responsável do
serviço, bem como, se o estado de saúde o justificar, solicitar o seu acompanhamento pelo
médico assistente do centro de saúde/ACES ou outro médico indicado pelo trabalhador.

10.3.1. EMPREGADOR - HDS


É da responsabilidade do HDS:

a) Organizar o Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho, devendo este Serviço reunir


as condições mínimas de funcionamento previstas no Capítulo VI do Regime jurídico da
promoção da segurança e saúde do trabalho (Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro e
suas alterações), designadamente as relativas ao enquadramento político-

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

organizacional, instalações, equipamentos, utensílios, procedimentos e recursos


humanos especializados.
Não obstante a responsabilidade geral do empregador, quando a vigilância da saúde dos
trabalhadores expostos a radiações ionizantes é realizada por Serviço Externo de Saúde
do Trabalho, a empresa que presta este Serviço tem de estar autorizada pela DGS,
designadamente para as “atividades que impliquem a exposição a radiações ionizantes”.
De forma similar, quando existem atividades que impliquem a exposição a radiações
ionizantes, a prestação de Serviços Externos de Segurança do Trabalho só pode ser
realizada por empresa autorizada pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT);
b) Assegurar a vigilância da saúde do trabalhador em função dos riscos profissionais a que
os seus trabalhadores estiverem expostos no local de trabalho incluindo a radiação
ionizante. De salientar, que o empregador deve assegurar a vigilância adequada da
saúde dos trabalhadores em relação aos quais o resultado da avaliação revele a
existência de riscos para o património genético, através de exames de saúde, devendo
ser realizado um exame antes da primeira exposição;
c) Suportar a totalidade dos encargos com a organização e o funcionamento do Serviço
de Higiene e Segurança no Trabalho e demais sistemas de prevenção, incluindo exames
de vigilância da saúde, avaliações de exposições, testes e todas as ações necessárias no
âmbito da promoção da segurança e saúde do trabalho, sem impor aos trabalhadores
quaisquer encargos financeiros;
d) Organizar e conservar arquivos atualizados, nomeadamente por via eletrónica, sobre:
i) Critérios, procedimentos e resultados da avaliação de riscos;
ii) Identificação dos trabalhadores expostos com a indicação da natureza e, se
possível, do agente e do grau de exposição a que cada trabalhador esteve
sujeito (doses recebidas);
iii) Resultados da vigilância da saúde de cada trabalhador com referência ao
respetivo posto de trabalho ou função;
iv) Registos de acidentes ou incidentes;
v) Identificação do médico responsável pela vigilância da saúde.

Os registos e arquivos referidos devem ser conservados durante, pelo menos, 40 anos após ter
terminado a exposição dos trabalhadores a que digam respeito.

10.3.2. MÉDICO DO TRABALHO


É da responsabilidade do médico do trabalho:

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

a) A responsabilidade técnica da vigilância da saúde dos trabalhadores. O médico do


trabalho integra o Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho interno, organizado no
HDS;
b) Proceder a uma adequada vigilância da saúde dos trabalhadores expostos a radiação
ionizante. Para o efeito, o médico do trabalho deverá ter acesso a informação relevante,
designadamente das “condições ambientais existentes no local de trabalho” e do
“registo dosimétrico central”, devendo garantir as necessárias condições de
confidencialidade;
c) Assegurar que constem na ficha individual de cada trabalhador os resultados da
vigilância da saúde com referência ao respetivo posto de trabalho ou função.

10.3.3. TRABALHADOR
É da responsabilidade do trabalhador:

a) Comparecer às consultas e aos exames determinados pelo médico do trabalho, bem


como colaborar com o Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho na melhoria contínua
da saúde e segurança do trabalho;
b) Comunicar imediatamente ao superior hierárquico ou, não sendo possível, ao
trabalhador designado nos domínios da saúde e segurança do trabalho as avarias e
deficiências detetadas suscetíveis de originar perigo grave ou iminente, incluindo no
âmbito das radiações ionizantes e seus equipamentos, assim como qualquer defeito
verificado nos sistemas de proteção associados;
c) Cumprir as prescrições de saúde e segurança do trabalho estabelecidas,
designadamente as relativas às radiações ionizantes, nas disposições legais, em
instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, nas instruções determinadas
pelo empregador, assim como nas orientações emanadas pela DGS em matéria de saúde
ocupacional;
d) Utilizar corretamente e de acordo com as instruções transmitidas pelo empregador,
máquinas, aparelhos, instrumentos, e outros equipamentos e meios postos à sua
disposição, nomeadamente os equipamentos de proteção coletiva e individual e os
dosímetros, bem como cumprir os procedimentos de trabalho estabelecidos;
e) Cooperar ativamente para a melhoria do sistema de segurança e de saúde do trabalho,
designadamente na otimização de procedimentos de modo a minimizar a dose de
radiação recebida.

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11.PLANO DE FORMAÇÃO E TREINO DOS TRABALHADORES, NO ÂMBITO DA PROTEÇÃO E


SEGURANÇA RADIOLÓGICA

A sensibilização e formação dos trabalhadores quanto à prevenção do risco profissional


associado à exposição a radiação ionizante é essencial para assegurar a proteção da saúde e o
bem-estar dos trabalhadores expostos.

A formação no âmbito da Proteção Radiológica é coordenada pelo RPR em estreita articulação


com o Serviço de Higiene e Segurança no Trabalho e responsáveis dos serviços que deverá
organizar anualmente ações que complementem/reforcem o conhecimento e a formação de
base dos trabalhadores. Esta formação segue o conteúdo programático e é coerente com a
legislação, designadamente com os termos do Anexo II do DL 108/2018.

Poderão ser planeadas e lecionadas formações externas, recorrendo a empresas devidamente


reconhecidas para o efeito com o objetivo de reconhecimento profissional em proteção
radiológica dos trabalhadores expostos (formação de 18h para trabalhadores de Nivel 3 e 100h
para os RPR, nível 2)

O titular deve tomar as medidas necessárias para se certificar de que os operadores do


equipamento satisfazem os requisitos de formação estabelecidos.

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12.PLANO DE REVISÃO PERIÓDICA DA SEGURANÇA DA INSTALAÇÃO


A segurança da instalação será periodicamente revista e monitorizada pelo RPR e CPR com a
finalidade de avaliar eventuais alterações. Este procedimento tem como objetivo garantir a
manutenção da segurança dos trabalhadores e membros do público.

A avaliação periódica das instalações contempla várias vertentes de análise de segurança,


nomeadamente a constância nas seguintes variáveis:

 Planta da instalação;
 Localização dos equipamentos;
 Definição de áreas anexas;
 Parâmetros técnicos de funcionamento dos equipamentos:
 Blindagem das salas.

Sempre que haja alterações das condições iniciais verificadas na APS, em vigor, deverá ser feita
a reavaliação por um EFM em coordenação com o RPR e CPR, que devem implementar as ações
que acharem necessárias, incluir medições de débitos de dose de radiação às barreiras.

Deverá ser efetuada uma reavaliação das condições de proteção radiológica das instalações
sempre que se verificar uma das seguintes situações, e respetiva atualização da licença:

 Alteração na natureza da ocupação das áreas adjacentes;


 Alteração das barreiras de proteção;
 Aumento da carga de trabalho semanal máxima;
 Substituição ou instalação de um equipamento;

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13.PROCEDIMENTOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA


Existem muitos fatores comuns que afetam tanto a dose no paciente como a dose ocupacional.
Para além da correta utilização e manipulação dos equipamentos e respetivos fatores técnicos
utilizados nos diversos equipamentos, que permitem reduzir a dose no paciente e dose
ocupacional, é importante entender que toda a ação que reduz a dose no paciente também irá
reduzir a dose ocupacional, mas o inverso não é verdadeiro. Posto isso, é importante perceber
que as doses de radiação recebida por um indivíduo nas proximidades de uma determinada fonte
de radiação dependem essencialmente de três fatores fundamentais:

 Tempo de Exposição
 Distância à Fonte
 Blindagens

13.1. TEMPO DE EXPOSIÇÃO


A exposição à radiação é diretamente proporcional à quantidade de tempo. O tempo é um fator
determinante na dose do paciente e dose ocupacional. Assim, quanto maior for o tempo de
exposição a uma fonte de radiação, maior será a dose recebida.

Figura 3: Tempo de Exposição Vs Dose

13.2. DISTÂNCIA À FONTE DE RADIAÇÃO


A utilização do conceito de distância, segundo a Lei física do inverso do quadrado da distância,
é o método de proteção mais simples e prático a utilizar sempre que possível, pois a intensidade
da radiação diminui com a distância.

2m
¼ dose

1m
½ dose

Figura 4: Distância Vs Dose

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Em muitos casos, a combinação adequada dos dois fatores considerados (tempo e distância)
bastará para proporcionar uma proteção adequada.

13.3. BLINDAGEM
Na prática, apresentam-se situações para as quais os dois fatores anteriores, por si só, não
bastam para se conseguirem condições de trabalho aceitáveis. Nessas situações é necessário
interpor, entre a fonte de radiação e o operador, uma barreira.

Denomina-se blindagem, a todo o sistema destinado a atenuar a intensidade da radiação por


interposição de um meio material entre a fonte de radiação e as pessoas ou objetos a proteger,
sendo a blindagem o método mais importante de proteção contra a irradiação externa.

Figura 5: Blindagem Vs Dose

O componente mais importante e essencial de proteção pessoal numa sala de trabalho com
fonte de radiação presente é o avental de chumbo que deve ser utilizado por todos os presentes.
É de notar que estes constituem uma proteção com limitações, pois não efetuam uma absorção
total na zona protegida e só protegem parcialmente o corpo.

O avental de chumbo pode reduzir a dose recebida em mais de 90% (85% -99%) em função da
energia do raios-X e espessura de chumbo equivalente do avental. Um avental de chumbo com
0,35 mm de espessura deve ser suficiente para a maioria dos procedimentos fluoroscópicos.
Para uma elevada carga de trabalho, um avental completo com 0,25 mm de chumbo que se
sobrepõe na frente seria o ideal

Figura 6: Atenuação da radiação para diferentes espessuras e tensão da ampola

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Para além do avental de chumbo para proteção do corpo, a minimização de dose na tiróide e no
cristalino devem ser consideradas. Para tal devem ser utilizados colar para tiróide e óculos
plúmbeos. A listagem de dispositivos de proteção individual disponíveis no HDS está disponível
no Anexo XII.

13.4. AÇÕES PREVISTAS E ATRIBUIÇÃO DE RESPONSABILIDADES PARA FAZER FACE A SITUAÇÕES DE

EMERGÊNCIA RADIOLÓGICA, MITIGAR AS SUAS CONSEQUÊNCIAS, PROTEGER O PESSOAL DA

INSTALAÇÃO E NOTIFICAR PRONTAMENTE A OCORRÊNCIA ÀS ENTIDADES COMPETENTES

Uma emergência radiológica é definida como uma situação ou evento não habitual envolvendo
fontes de radiação que requer uma rápida ação de modo a atenuar as consequências adversas
graves para a segurança e a saúde humana, para a qualidade de vida, bens ou ambiente, ou um
perigo suscetível de provar tais consequências adversas.

Os trabalhadores profissionalmente expostos, devem comunicar qualquer anomalia e/ou


acidente verificado nas instalações imediatamente ao RPR e/ou ao responsável do serviço, o
qual deve tomar as devidas ações para delimitar e controlar o acesso ao local.

Sempre que ocorrer uma emergência radiológica numa instalação, o titular deve:

 Notificar imediatamente a APA em todas as situações de emergência radiológica;


 Proceder a uma primeira avaliação das circunstâncias e consequências da situação e
contribuir para a intervenção da emergência;
 Notificar a entidade com competência na área da proteção civil, no caso de possíveis
consequências para a população.

As ações previstas para minorar as consequências das emergências radiológicas em resultado


dos riscos identificados compreendem:

a) A realização de manutenções preventivas aos equipamentos emissores de radiação


ionizante pelos fabricantes dos mesmos ou seus representantes e o controlo de
qualidade periódico dos requisitos do equipamento por uma entidade acreditada para
o efeito. Por exemplo, a utilização de equipamentos desajustados ou com determinadas
avarias pode conduzir recorrentemente à sobre-exposição de profissionais expostos e
pacientes (ex.: repetições desnecessárias devido a uma diminuição da qualidade da
radiação);
b) A realização da monitorização individual do pessoal profissionalmente exposto. A
monitorização mensal das doses recebidas pode ajudar a identificar falhas de atuação e

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

a evitar a superação de algum dos limites de dose individual estabelecidos para os


trabalhadores expostos;
c) A fixação de normas de atuação, de modo que as doses recebidas pelas pessoas
profissionalmente expostas sejam tão pequenas quanto razoavelmente possível e
sempre inferiores aos limites legais fixados, evitando falhas recorrentes;
d) As otimizações da proteção contra radiações, de forma que as doses devidas a
exposições sejam mantidas a um nível tão baixo quanto razoavelmente possível para
obtenção dos resultados esperados;
e) O controlo médico do pessoal profissionalmente exposto, em particular no que se refere
à identificação prematura de eventuais reações adversas, de modo a evitá-las ou a
responder com a rapidez e a eficácia adequadas.
f) A classificação, sinalização e o controlo do acesso a zonas controladas e vigiadas pelo
pessoal afeto.

A instalação dispõe de um Plano de Emergência Interno para Eventos Radiológicos (PEI) (Anexo
XIII), sob a forma de documento autónomo, cujo objetivo é a diminuição de ocorrência de
acidentes e limitação das suas consequências. Este documento contém medidas de
autoproteção, onde se encontram descritos os procedimentos em caso de ocorrência de
emergências na instalação, bem como um registo escrito referente à revisão periódica da
segurança da instalação.

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14.DESCRIÇÃO DOS MEIOS DISPONÍVEIS PARA ESTIMAR AS DOSES RECEBIDAS EM

SITUAÇÕES DE EXPOSIÇÃO PLANEADA E DE EMERGÊNCIA

Uma situação de exposição planeada é toda a circunstância de exposição originada pelo normal
funcionamento de uma fonte de radiação. Segundo o Artº 7º do DL 108/2018, em situações de
exposição planeadas, a soma das doses recebidas por um indivíduo não pode exceder os limites
de dose estabelecidos para a exposição ocupacional ou para a exposição do público.

14.1. SITUAÇÕES DE EXPOSIÇÃO PLANEADA DE PACIENTES E ESTIMATIVA DAS DOSES RECEBIDAS


De acordo com o Artº 96 a 99 do DL 180/2018, a exposição médica só pode ocorrer sob a
responsabilidade clínica do responsável pela realização da exposição médica. O médico
responsável pela prescrição e o responsável pela exposição médica são responsáveis pela
justificação das exposições médicas de cada indivíduo. Estes profissionais devem sempre que
possível, obter informações de diagnóstico anteriores ou registos médicos pertinentes para a
exposição planeada e analisar estes dados, de modo a evitar exposições desnecessárias e
efetuar exposições com níveis radiação tão baixo quanto razoavelmente possível, sem nunca
comprometer a qualidade da imagem necessária.

Para efeitos de proteção contra radiações, o titular deve tomar medidas em todos os locais de
trabalho adequadas à natureza das instalações e das fontes de radiação, bem como à dimensão
e natureza dos riscos associados à exposição ocupacional com base numa avaliação das doses
anuais esperadas, bem como da probabilidade e da magnitude das exposições potenciais.

Para determinação de indicadores de dose associados aos exames imagiológicos, devem ser
estabelecidos Níveis de Referência de Diagnóstico, devendo estes ser definidos atendendo as
características do paciente e recomendações internacionais.

Se for utilizada tecnologia de aquisição digital direta, encontram-se satisfeitos os pré-requisitos


para aplicação do método de aquisição direta de indicadores de dose obtidas através do ficheiro
DICOM associado aos ficheiros de imagem em formato digital.

14.2. SITUAÇÕES DE EXPOSIÇÃO DE EMERGÊNCIA EM TRABALHADORES EXPOSTOS E ESTIMATIVA DAS


DOSES RECEBIDAS

As situações de exposição de emergência referem-se à exposição profissional à radiação


ionizante resultante de uma situação ou acontecimento imprevisto, com possibilidade de
superação dos limites legais de exposição. Os procedimentos de atuação em caso acidente ou
incidente a exposição à radiação estão descritos no PEI.

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

A estimativa de doses em situações de exposição em situação de emergência é feita através de:

 Análise dos relatórios da dosimetria individual;


 Verificações extraordinárias no âmbito da investigação e análise dos acidentes e
incidentes e as medidas preventivas e corretivas adequadas;
 Consulta de um perito qualificado em proteção radiológica ou EFM.

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15.PROCEDIMENTOS PARA A GESTÃO SEGURA DOS RESÍDUOS RADIOATIVOS PRODUZIDOS


NA INSTALAÇÃO

Não aplicável nas instalações do HDS

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16.PROCEDIMENTOS DE CONTROLO E GARANTIA DE QUALIDADE UTILIZADOS E OTIMIZAÇÃO


DOS PROCESSOS, INCLUINDO PLANOS DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

ASSOCIADOS À PRÁTICA

16.1. PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO DE GARANTIA DE QUALIDADE


Todos os equipamentos instalados nos vários serviços do HDS foram objeto da realização de um
conjunto de testes de aceitação, tendo por base as especificações do fabricante, tendo-se
seguido sempre que possível, as recomendações que constam do documento da Comissão
Europeia: RADIATION PROTECTION Nº 162. Está ainda implementado um programa de garantia
de qualidade que inclui o controlo de qualidade de cada equipamento, onde foi estabelecido um
conjunto de testes com diferentes periodicidades, com base na legislação nacional e
recomendações dos protocolos internacionais nomeadamente o documento da Comissão
Europeia: RADIATION PROTECTION Nº 162.

O Programa de Certificação de Garantia de Qualidade consta do Anexo XIV deste PPR,


constituindo parte integrante deste.

16.2. GARANTIA DA QUALIDADE E PLANO DE MANUTENÇÃO


Todas as fontes de radiação disponíveis no HDS estão abrangidas por programas de manutenção
preventiva e corretiva, assegurado pelo Titular de modo a garantir o bom funcionamento e
qualidade dos equipamentos.

O RPR em parceria com o Serviço de Instalações e Equipamentos mantém o registo de


intervenções e avarias dos equipamentos. A periodicidade do plano de manutenção preventiva
é definida, para cada equipamento em conjunto com o fabricante. A manutenção é ajustada às
condições de utilização e características de cada equipamento.

O Plano de Manutenção para o período regulatório consta do Anexo XV ao Programa,


constituindo parte integrante deste.

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

17.EFEITOS PREVISÍVEIS QUE AS ALTERAÇÕES NO MEIO AMBIENTE PODEM TER SOBRE A


PROTEÇÃO RADIOLÓGICA E A SEGURANÇA

Embora as probabilidades de tais ocorrências sejam muito baixas, as alterações no meio


ambiente e fenómenos climatéricos e sísmicos poderão deteriorar as barreiras/blindagem de
proteção contra radiações ionizantes (p.e., fendas, fissuras nas paredes do equipamento;
queda/deslocação do equipamento).

O PEI das instalações apresentam procedimentos necessários a acautelar as exigências de


proteção radiológica em caso das referidas ocorrências.

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18.INTERAÇÃO DO PLANO DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA COM OS PLANOS DE EMERGÊNCIA


INTERNA E EXTERNA DA INSTALAÇÃO
O Programa de Proteção Radiológica articula-se com o Plano de Emergência Interno para
eventos Radiológicos da instalação, remetendo para este sempre que seja acionado,
nomeadamente, em situações de exposição acidental e/ou que não decorrem como o planeado.

De acordo com o Artº 123º do DL 1058/2018, o PEI deve ser testado anualmente, na extensão e
modalidade que seja considerada pertinente, parcialmente em cada ano, devendo o titular
notificar com 10 dias de antecedência a autoridade competente e, no caso de existir plano de
emergência externo aprovado, a autoridade de proteção civil territorialmente competente e a
ANPC.

O PEI consta como Anexo XIII ao presente Programa, constituindo parte integrante deste.

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

19.REVISÃO E AVALIAÇÃO PERIÓDICA


O Programa deverá ser submetido a revisão com uma periodicidade anual mínima bem como,
sempre que qualquer ponto da regulamentação nele prevista deixe de se coadunar com a
realidade, com as condições de controlo especificamente determinadas pela APA, enquanto
autoridade competente para a proteção radiológica, ou considerações de proteção radiológica
o exijam.

Em particular, deverá ocorrer revisão do Programa sempre que o seu conteúdo se torne
desconforme relativamente ao seguinte:

 Titular da instalação radiológica (entidade, identificação fiscal, morada ou local onde a


prática é concretizada);
 Cadeia de responsabilidades pela proteção e segurança dos trabalhadores;
 Limites operacionais e condições de operação;
 Condições específicas fixadas nas licenças;
 Recomendações ou protocolos, dos organismos internacionais ou nacionais;
 Legislação vigente, nacional ou da União Europeia;
 Condições impostas no âmbito de inspeções e/ou fiscalizações de segurança;
 Investigação e análise de incidentes, acidentes ou emergências (tais como exposições
médicas acidentais e exposições médicas que não decorrem como planeado), e as
respetivas medidas preventivas e corretivas adequadas.

Sem prejuízo de outras situações em que tal se justifique, deverá ponderar-se a necessidade de
revisão na sequência da realização periódica de auditorias da qualidade e durante a preparação
dos documentos necessários à renovação do registo e/ou licenciamento das Práticas.

Cada revisão deverá ser acompanhada de uma atualização do número de versão. A versão
originária do Programa corresponde à 1.ª versão. Todas as versões devem ser mantidas em
arquivo, ao cuidado do RPR, por um prazo de cinco anos.

A iniciativa de revisão do Programa cabe ao RPR.

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PROGRAMA DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

20.LEGISLAÇÃO NACIONAL
 Decreto-Lei n.º108/2018, de 3 de dezembro, que aprova o Regime Jurídico da Proteção
Radiológica.
 Portaria n.º 1106/2009, de 21 de julho, que aprova o Regulamento do Controlo
Metrológico dos Instrumentos de Medição de Radiações Ionizantes.
 Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que regulamenta o regime jurídico da promoção e
prevenção da segurança e da saúde no trabalho, de acordo com o previsto no artigo 284.º
do Código do Trabalho, no que respeita à prevenção.
 Decreto-Lei n.º 227/2008, de 25 de novembro, que aprova o regime jurídico da
qualificação profissional em proteção radiológica.

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21.ATUALIZAÇÃO DO PPR

Versão Alterações Motivo da Alteração

1.0 Versão inicial aprovada a 23/08/2022

2.0 Após validação do Físico


Médico

Elaborado por Validado por Aprovado por

Versão 1.0 e 2.0 Versão 2.0 Versão 1.0 e 2.0

Luís Domingos - TSDT Radiologia Hugo Trindade Ana Marília Barata Infante
Especialista em Física Médica Presidente do Conselho de Administração HDS EPE
RPR HDS EPE - (REC –647/22)
Maria Isabel Sapeira
Diretora Serviço Imagiologia HDS EPE
Assinado por: LUÍS HENRIQUES
DOMINGOS José Barbosa
Num. de Identificação: 13101720 TSDT Coordenador
Data: 2023.07.21 09:57:24+01'00'
Serviço Imagiologia HDS EPE

Anabela Pombas
TSDT Subcoordenadora
Serviço Imagiologia HDS EPE

Assinado de forma digital por


Ana Marília Barata Infante
Pessoal Dirigente
em 09-08-2023 14:59

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22.ANEXOS

Anexo I Declaração de responsabilidade do Titular

Anexo II Ordem de Serviço de Nomeação de RPR

Anexo III Composição da Comissão de Proteção Radiológica

Anexo IV Responsáveis pelas exposições médicas

Anexo V Relatório da Avaliação Prévia de Segurança

Anexo VI Listagem de Fontes de Radiação

Anexo VII Protocolo Técnico de Radiologia

Anexo VIII Justificação da(s) prática(s)

Anexo IX Listagens de Trabalhadores Expostos

Anexo X Planta Geral das Instalações

Anexo XI Regulamento Interno

Anexo XII Listagem de Dispositivos de Proteção

Anexo XIII Plano de Emergência Interno para Eventos Radiológicos

Anexo XIV Programa de Certificação de Garantia de Qualidade

Anexo XV Plano de Manutenção de Equipamentos

Anexo XVI Consentimentos Informados

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22.1. ANEXO I -
DECLARAÇÃO DE
RESPONSABILIDADE DO TITULAR
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22.2. ANEXO II –
ORDEM DE SERVIÇO DE
NOMEAÇÃO DE RPR

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22.3. ANEXO III –


COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

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22.4. ANEXO IV –

RESPONSÁVEIS PELAS
EXPOSIÇÕES MÉDICAS

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22.5. ANEXO V -
RELATÓRIO DA AVALIAÇÃO
PRÉVIA DE SEGURANÇA

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22.6. ANEXO VI -
LISTAGEM DE FONTES DE
RADIAÇÃO

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22.7. ANEXO VII -


PROTOCOLO TÉCNICO DE
RADIOLOGIA

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22.8. ANEXO VIII -


JUSTIFICAÇÃO DA(S) PRÁTICA(S)

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22.9. ANEXO IX -
LISTAGENS DE TRABALHADORES
EXPOSTOS

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22.10. ANEXO X - PLANTA


GERAL DAS INSTALAÇÕES

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22.11. ANEXO XI –
REGULAMENTO INTERNO

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22.12. ANEXO XII -


LISTAGEM DE DISPOSITIVOS DE
PROTEÇÃO

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22.13. ANEXO XIII -


PLANO DE EMERGÊNCIA
INTERNO PARA EVENTOS
RADIOLÓGICOS

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22.14. ANEXO XIV -


PROGRAMA DE CERTIFICAÇÃO
DE GARANTIA DE QUALIDADE

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22.15. ANEXO XV –
PLANO DE MANUTENÇÃO DE
EQUIPAMENTOS

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22.16. ANEXO XVI –


CONSENTIMENTOS
INFORMADOS

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23.REGISTO DE LEITURA, CONHECIMENTO E COMPROMISSO NA IMPLEMENTAÇÃO E


REVISÃO PERIÓDICA DO PROGRAMA DE PROTEÇÃO

Após aprovação do PPR pelo Conselho de Administração todos os que devem tomar
conhecimento e cumprir o Programa, a saber, o titular da prática, o diretor clínico, o responsável
pela proteção radiológica e todos os trabalhadores expostos devem ser notificados
informaticamente.

Pelo presente, os referidos em resposta à notificação, devem declarar que lhes foi dado
conhecimento do Programa, na sua íntegra, que o leram, compreenderam, e que têm
conhecimento que o mesmo se encontra disponível para consulta e que têm o direito a que o
Responsável pela Proteção Radiológica afaste quaisquer dúvidas que venham a surgir sobre o
seu teor.

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