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Manual de Operação

Unidade Terminal Remota

STD-7100
STD-7140

Documento: Manual de Operação da UTR STD-7100

Código : 101.402.0060.TEM

Revisão: 07

Data: 04/07/2006

Arquivo: STD7100_OPERACAO.doc

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Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 1


Página 2 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100
ÍNDICE

ÍNDICE

1. INFORMAÇÕES GERAIS ..................................................................................................................... 11


1.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 11
1.2 TERMINOLOGIA................................................................................................................................ 12
1.3 COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA .............................................................................................. 14
1.4 ALIMENTAÇÃO ................................................................................................................................. 15
1.4.1 Tolerância da tensão de alimentação................................................................................................... 15
1.4.2 IEC1000-4-29 - Queda e Interrupção de Tensão................................................................................... 15
1.4.3 Taxa de Ondulação da Tensão de Alimentação CC................................................................................. 15
1.5 RIGIDEZ DIELÉTRICA (ISOLAÇÃO) ..................................................................................................... 15
1.6 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO................................................................ 16
1.7 PERFORMANCE................................................................................................................................. 17
1.8 HISTÓRICO DAS REVISÕES ............................................................................................................... 18
2. INDICADORES DE FUNCIONAMENTO DA UTR ....................................................................................... 21
2.2.1 Indicadores dos Paineis do Sub-Bastidor Mestre (UCC).......................................................................... 21
2.2.2 Indicadores do Cartão de CPU do Sub-Bastidor Mestre .......................................................................... 21
2.2.3 Indicadores do Cartão de CPU do Sub-Bastidor Escravo......................................................................... 22
2.2.4 Indicadores do Cartão STD-GPS1 ....................................................................................................... 23
2.2.5 Indicadores do Cartão STD-IRG1 ........................................................................................................ 24
2.2.6 Indicadores do Módulo de Fonte de Alimentação Principal ...................................................................... 25
2.2.7 Indicador do Módulo de Proteção STD-FL30 ......................................................................................... 25
3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101 ................................................................................... 29
3.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 29
3.2 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 29
3.3 TERMINOLOGIA................................................................................................................................ 30
3.4 CRITÉRIOS DE REPRESENTAÇÃO ........................................................................................................ 30
3.5 NÍVEL FÍSICO .................................................................................................................................. 31
3.5.1 Configuração de Rede ....................................................................................................................... 31
3.5.2 Meio de Transmissão......................................................................................................................... 31
3.5.3 Formato FT1.2 ................................................................................................................................. 32
3.6 NÍVEL DE ENLACE ............................................................................................................................ 33
3.6.1 Tipo de Transmissão ......................................................................................................................... 33
3.6.2 Formato do Pacote de Dados.............................................................................................................. 33
3.6.3 Campo de Comprimento de Dados ...................................................................................................... 34
3.6.4 Campo de Controle ........................................................................................................................... 34
3.6.5 Campo de Endereço de Enlace ........................................................................................................... 35
3.7 APLICAÇÃO...................................................................................................................................... 36
3.7.1 Informações Gerais........................................................................................................................... 36
3.7.2 Estrutura geral dos dados da aplicação................................................................................................ 36
3.7.3 Identificação da Unidade de Dados (Data Unit Identifier) ....................................................................... 37
3.7.3.1 Campo Identificação de Tipo (Type Identification) .......................................................................... 37

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3.7.3.2 Campo Qualificador da Estrutura (Variable Structure Qualifier) .........................................................37


3.7.3.3 Campo Causa da Transmissão (Cause of Transmission) ...................................................................37
3.7.3.4 Campo Endereço da ASDU (Common Address of ASDU) ...................................................................37
3.7.4 Objeto de Informação ........................................................................................................................38
3.7.4.1 Campo Endereço do Objeto de Informação .....................................................................................38
3.7.4.2 Conjunto de Elementos da Informação...........................................................................................39
3.7.4.3 Etiqueta de Tempo (Time Tag)......................................................................................................39
3.7.4.4 Causa da Transmissão .................................................................................................................40
3.7.5 Seleção de ASDU’s. ...........................................................................................................................41
3.7.6 Atributos Genéricos dos Objetos de Informação ....................................................................................42
3.7.6.1 IV: Sinal inválido ........................................................................................................................42
3.7.6.2 NT: Sinal não atualizado ..............................................................................................................42
3.7.6.3 SB: Sinal substituído ...................................................................................................................42
3.7.6.4 BL: Sinal bloqueado ....................................................................................................................42
3.7.7 Classes de Dados ..............................................................................................................................43
3.7.8 Considerações Gerais.........................................................................................................................43
3.8 INFORMAÇÕES DE PROCESSO NA DIREÇÃO DE MONITORAÇÃO. .............................................................44
3.8.1 <1> Estado Digital Simples (M_SP_NA_1)............................................................................................45
3.8.2 <2> Estado Digital Simples com Etiqueta de Tempo Relativa (M_SP_TA_1)..............................................46
3.8.3 <30> Estado Digital Simples com Etiqueta de Tempo Completa (M_SP_TB_1) ..........................................47
3.8.4 <3> Estado Digital Duplo M_DP_NA_1 .................................................................................................48
3.8.5 <4> Estado Digital Duplo com Etiqueta de Tempo Relativa (M_DP_TA_1) ................................................49
3.8.6 <31> Estado Digital Duplo com Etiqueta de Tempo Completa (M_DP_TB_1).............................................50
3.8.7 <5> Posição de Passo M_ST_NA_1......................................................................................................51
3.8.8 <9> Medidas Analógicas Normalizadas M_ME_NA_1 ..............................................................................52
3.9 INFORMAÇÕES DE SISTEMA NA DIREÇÃO DE MONITORAÇÃO. ................................................................55
3.9.1 <70> Fim de Inicialização M_EI_NA_1 .................................................................................................55
3.10 INFORMAÇÕES DE PROCESSO NA DIREÇÃO DE CONTROLE. ...................................................................56
3.10.1 <45> Comando Simples C_SC_NA_1...................................................................................................57
3.10.2 <46> Comando Duplo (Double command) C_DC_NA_1 .........................................................................58
3.10.3 <47> Comando Ajuste de Tap C_RC_NA_1. .........................................................................................59
3.11 INFORMAÇÕES DE SISTEMA NA DIREÇÃO DE CONTROLE. ......................................................................60
3.11.1 <100> Comando de Interrogação C_IC_NA_1 ......................................................................................60
3.11.2 <102> Comando de Leitura C_RD_NA_1..............................................................................................61
3.11.3 <103> Sincronização de Relógio C_CS_NA_1 .......................................................................................61
3.11.4 <104> Comando de Teste C_TS_NA_1 ................................................................................................62
3.11.5 <105> RESET C_RP_NC_1 .................................................................................................................62
3.11.6 <106> Comando de Aquisição de Delay C_CD_NA_1 .............................................................................63
3.12 FUNÇÕES BÁSICAS DE APLICAÇÃO......................................................................................................64
3.12.1 Inicialização......................................................................................................................................64
3.12.2 Aquisição de Dados por Varredura (Polling) ..........................................................................................65
3.12.3 Aquisição de Eventos .........................................................................................................................66

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3.12.4 Interrogação Geral ........................................................................................................................... 67


3.12.5 Sincronização................................................................................................................................... 69
3.12.6 Reset .............................................................................................................................................. 70
3.12.7 Envio de Comandos .......................................................................................................................... 71
3.13 DOCUMENTO DE INTEROPERABILIDADE.............................................................................................. 73
3.13.1 Network Configuration ...................................................................................................................... 73
3.13.2 Phisical Layer ................................................................................................................................... 73
3.13.3 Link Layer ....................................................................................................................................... 73
3.13.4 Application Layer .............................................................................................................................. 74
3.14 BASIC APPLICATION FUNCTIONS ....................................................................................................... 76
4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0 ................................................................................................. 79
4.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 79
4.1.1 Camada Física.................................................................................................................................. 79
4.1.2 Camada de Enlace de Dados .............................................................................................................. 80
4.1.3 Pseudo Camada de Transporte ........................................................................................................... 82
4.1.4 Camada de Aplicação ........................................................................................................................ 82
4.1.4.1 Fragmentos ............................................................................................................................... 82
4.1.4.1 Dados do tipo “static” ................................................................................................................. 83
4.1.4.2 Eventos no Protocolo DNP3.0 ....................................................................................................... 83
4.1.4.2 Formatos de Dados no Protocolo DNP3.0....................................................................................... 83
4.1.4.3 Tamanho dos Dados ................................................................................................................... 84
4.1.4.4 Procedimento para Envio de Informações no Protocolo DNP3.0 ........................................................ 85
4.1.4.5 Níveis de Implementação do Protocolo DNP3.0 .............................................................................. 85
4.2 OBJETOS DE ENTRADA DIGITAL (BINARY INPUT OBJECT) ..................................................................... 86
4.2.1 Single-bit Binary Input ...................................................................................................................... 86
4.2.1.1 Descrição .................................................................................................................................. 86
4.2.1.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................. 86
4.2.2 Binary Input with Status..................................................................................................................... 87
4.2.2.1 Descrição .................................................................................................................................. 87
4.2.2.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................. 88
4.2.3 Binary Input Change without Time....................................................................................................... 89
4.2.3.1 Descrição .................................................................................................................................. 89
4.2.3.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................. 90
4.2.4 Binary Input Change with Time ........................................................................................................... 91
4.2.4.1 Descrição .................................................................................................................................. 91
4.2.4.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................. 92
4.2.4.3 Definições da Etiqueta de Tempo (campo Time of Ocurrence) .......................................................... 92
4.2.5 Binary Input Change with Relative Time .............................................................................................. 93
4.2.5.1 Descrição .................................................................................................................................. 93
4.2.5.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................. 94
4.2.5.3 Definições da Etiqueta de Tempo Relativa (MSEC) .......................................................................... 94
4.3 OBJETOS DE SAÍDA DIGITAL (BINARY OUTPUT OBJECT) ....................................................................... 95

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4.3.1 Binary Output ...................................................................................................................................95


4.3.1.1 Descrição ...................................................................................................................................95
4.3.1.2 Codificação do Objeto ..................................................................................................................95
4.3.2 Binary Output Status ..........................................................................................................................96
4.3.2.1 Descrição ...................................................................................................................................96
4.3.2.2 Codificação do Objeto ..................................................................................................................97
4.3.3 Control Relay Output Block .................................................................................................................98
4.3.3.1 Descrição ...................................................................................................................................98
4.3.3.2 Codificação do Objeto ..................................................................................................................98
4.3.3.3 Definição do Campo Code ............................................................................................................99
4.3.3.4 Definição do Campo Count ...........................................................................................................99
4.3.3.5 Definição do Campo on-time.........................................................................................................99
4.3.3.6 Definição do Campo off-time ......................................................................................................100
4.3.3.7 Definição do Campo Trip/Close ...................................................................................................100
4.3.3.8 Definição do Atributo Queue .......................................................................................................100
4.3.3.9 Definição do Atributo Clear.........................................................................................................100
4.3.3.10 Definição do Campo Status .....................................................................................................101
4.4 OBJETOS DE ENTRADA ANALÓGICA (ANALOG INPUT OBJECT) ..............................................................102
4.4.1 32-bit Analog Input .........................................................................................................................102
4.4.1.1 Descrição .................................................................................................................................102
4.4.1.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................103
4.4.1.3 Definição do Campo Current Value (32 bits) .................................................................................103
4.4.2 16-bit Analog Input .........................................................................................................................104
4.4.2.1 Descrição .................................................................................................................................104
4.4.2.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................105
4.4.2.3 Definição do Campo Current Value (16 bits) .................................................................................105
4.4.3 32-bit Analog Input without Flag .......................................................................................................106
4.4.3.1 Descrição .................................................................................................................................106
4.4.3.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................106
4.4.3.3 Definição do Campo Current Value (32 bits) .................................................................................106
4.4.4 16-bit Analog Input without Flag .......................................................................................................107
4.4.4.1 Descrição .................................................................................................................................107
4.4.4.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................107
4.4.4.3 Definição do Campo Current Value (16 bits) .................................................................................107
4.4.5 32-bit Analog Change Event without Time ..........................................................................................108
4.4.5.1 Descrição .................................................................................................................................108
4.4.5.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................109
4.4.5.3 Definição do Campo Current Value (32 bits) .................................................................................109
4.4.6 16-bit Change Event without Time.....................................................................................................110
4.4.6.1 Descrição .................................................................................................................................110
4.4.6.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................111
4.4.6.3 Definição do Campo Current Value (16 bits) .................................................................................111

Página 6 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


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4.4.7 32-bit Analog Change Event with Time ...............................................................................................112


4.4.7.1 Descrição .................................................................................................................................112
4.4.7.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................113
4.4.7.3 Definições da Etiqueta de Tempo (campo Time of Ocurrence) .........................................................113
4.4.7.4 Definição do Campo Value (32 bits) .............................................................................................113
4.4.8 16-bit Analog Change Event with Time ...............................................................................................114
4.4.8.1 Descrição .................................................................................................................................114
4.4.8.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................115
4.4.8.3 Definições da Etiqueta de Tempo (campo Time of Ocurrence) .........................................................115
4.4.8.4 Definição do Campo Value (16 bits) .............................................................................................115
4.5 OBJETOS DE ACERTO DE DATA/HORA (TIME OBJECT)..........................................................................116
4.5.1 Time and Date ................................................................................................................................116
4.5.1.1 Descrição .................................................................................................................................116
4.5.1.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................116
4.5.1.3 Definição do campo Absolute Time ..............................................................................................116
4.5.2 Time and Date with Interval..............................................................................................................117
4.5.2.1 Description ...............................................................................................................................117
4.5.2.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................117
4.5.2.3 Definição do campo Absolute Time ..............................................................................................117
4.5.2.3 Definição do campo Interval .......................................................................................................118
4.5.3 Time and Date CTO .........................................................................................................................119
4.5.3.1 Descrição .................................................................................................................................119
4.5.3.2 Codificação do Objeto ................................................................................................................119
4.5.3.3 Definição do campo Absolute Time ..............................................................................................119
4.6 EXEMPLO DE PERFIL DE INTEROPERABILIDADE ..................................................................................120
4.7 EXEMPLO DE TABELA DE IMPLEMENTAÇÃO .........................................................................................123
5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800 ...............................................................................................129
5.1 Características do Protocolo de Comunicação ......................................................................................129
5.1.1 Função do Primeiro Byte...................................................................................................................129
5.1.2 Função do Segundo Byte ..................................................................................................................130
5.1.3 Função do Terceiro Byte ...................................................................................................................130
5.1.4 Função do Quarto Byte.....................................................................................................................130
5.1.5 Função do Último Byte .....................................................................................................................131
5.2 DESCRIÇÃO DAS MENSAGENS ..........................................................................................................132
5.2.1 Mensagem Reset Geral na UTR..........................................................................................................132
5.2.2 Mensagem Estado Geral da UTR ........................................................................................................132
5.2.3 Descrição da Mensagem Estado Geral Expandido da UTR ......................................................................133
5.2.4 Descrição da Mensagem Acerto de Calendário .....................................................................................134
5.2.5 Descrição da Mensagem Teste de Linha..............................................................................................135
5.2.6 Descrição da Mensagem Pedido do Estado Atual das Ent. Digitais ..........................................................135
5.2.7 Descrição da Mensagem Pedido de Mudanças nas Ent. Digitais ..............................................................135
5.2.8 Descrição da Mensagem Executar Comando Monoestável Desliga ..........................................................136

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 7


ÍNDICE

5.2.9 Descrição da Mensagem Executar Comando Monoestável Liga ..............................................................136


5.2.10 Mensagem Executar Comando de Bloqueio de Ponto de Entrada Digital..................................................136
5.2.11 Mensagem Executar Comando de Desbloqueio de Ponto de de Entrada Digital ........................................137
5.2.12 Mensagem Pedido dos Valores Analógicos...........................................................................................137
5.2.13 Mensagem Ler Versão ......................................................................................................................137
5.2.14 Mensagem Ler Calendário.................................................................................................................138
6. PROTOCOLO MODBUS RTU.....................................................................................................................141
6.1 Introdução .........................................................................................................................................141
6.2 Formato da mensagem MODBUS RTU ....................................................................................................141
6.3 Mensagem de Ler Registros - Enviada....................................................................................................141
6.4 Mensagem de Ler Registros - Recebida ..................................................................................................141
6.5 Mensagem de Escrever em Registro - Enviada ........................................................................................141
6.6 Mensagem de Escrever em Registro - Recebida.......................................................................................142
6.7 Mensagem de Escrever em Múltiplos Registros - Enviada .........................................................................142
6.8 Mensagem de Escrever em Múltiplos Registros - Recebida ........................................................................142
6.9 Mensagem de Diagnóstico ....................................................................................................................142
6.10 Parâmetros da Comunicação Serial do transdutor 2480D/2480E..............................................................142
6.11 Tabela de Registros do Transdutor Yokogawa 2480D/2480E .................................................................143

Página 8 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


1. INFORMAÇÕES GERAIS

SEÇÃO 1
INFORMAÇÕES GERAIS

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 9


1. INFORMAÇÕES GERAIS

Página 10 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


1. INFORMAÇÕES GERAIS

1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.1 INTRODUÇÃO
A Unidade Terminal Remota STD-7100, faz parte do sistema de telesupervisão e controle
destinada à estações de energia elétrica e usinas geradoras com a finalidade de efetuar
as seguintes funções:

- Aquisição de informações referentes a medidas provenientes de transdutores


analógicos. Estas medidas são lidas através de cartões e módulos de conversão
analógica / digital;
- Aquisição de informações de indicação digital de sinalização de estado de
dispositivos feita através da leitura de sinais digitais provenientes de contatos.
As mudanças de estado dos dispositivos geram eventos com etiquetas de
tempo obtidas através de receptor de sinais GPS;
- Aquisição de informações de indicação digital de atuação de relés proteção feita
através da leitura de sinais digitais provenientes de contatos; As atuações dos
relés de proteção geram eventos com etiquetas de tempo obtidas através de
receptor de sinais GPS;
- Efetuar comandos através de saídas em contato seco ou tensão. Os
procedimentos de comando da UTR possuem diversos mecanismos de
segurança para impedir operação indevida, tais como chaves de segurança
para habilitação e circuitos de verificação da integridade dos acionadores e dos
contatos dos relés;
- Comunicar-se com multimedidores digitais, relés digitais, sub-UTR’s ou
qualquer outro dispositivo microprocessado obtendo informações de medição,
sinalização, proteção, alarme e enviando comandos. A UTR opera em modo
multiprotocolar, convertendo as informações recebidas/enviadas dos IED´s
para o formato interno da sua base de dados;
- Prover automatismo e intertravamento através de programação local. Os
programas de controle local devem ser feitos em linguagem texto estruturado
ou linguagem de contatos(LADDER), sendo carregados como processos que
rodam junto com o software de controle da UTR;
- Comunicar-se com múltiplos Centros de Controle utilizando diversos protocolos
e diversos meios por canal simples ou duplicado;
- Permitir a operação local da instalação através de microcomputador IHM com
software SCADA.

Esta manual orienta o usuário quanto ao recebimento, montagem, conexões externas e


energização da UTR.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 11


1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.2 TERMINOLOGIA
Bastidor: painel destinado a receber os componentes da UTR, servindo como estrutura
de montagem e proteção.

Cartão – Um cartão é uma placa de circuito impresso montada com os componentes. A


placa possui um conector borda para inserção em um conector. A UTR STD-7100 possui
dois tipos de cartões: padrão STD-BUS e padrão Telebrás (cartão MODEM);

CBO – (Check-Before-Operate) – Procedimento para verificação da integridade dos


circuitos de comando antes da execução. A UTR STD-7100 possui dois níveis de CBO: o
primário que verifica os “drivers” de acionamento, e o secundário que verifica os contatos
dos relés de comando.

Chaves de Segurança – valores de 8 bits que devem ser escritos em determinados


registros do cartão CBO para liberar o acionamento dos relés de comando. A UTR STD-
7100 possui duas chaves de segurança.

CPU – (Central Processing Unit ou Unidade Central de Processamento) refere-se a um


cartão equipado com microprocessador destinado ao controle de um sub-bastidor STD-
BUS.

Dispositivo Externo - Este termo designa qualquer dispositivo ligado à UTR através de
seus cartões e módulos de entrada e saída e controlado por esta.

GPS – Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global é utilizado para


obter o relógio/calendário da UTR com precisão melhor que 500 microssegundos;

IED – (Intelligent Electronic Device ou Dispositivo Eletrônico Inteligente) é um


equipamento microprocessado capaz de enviar e receber informações através de uma
interface de comunicação. São exemplos de IED´s os multimedidores digitais, relés
digitais e SRA´s;

IHM Local – (Interface Homem Máquina) é um microcomputador destinado a monitorar


e controlar os dispositivos da instalação. Este microcomputador é conectado à UTR por
um canal de comunicação e roda um software SCADA;

Módulo - Considera-se módulo ao conjunto composto por uma placa de circuito impresso
montada em uma mecânica de suporte para trilho ou caixa. São módulos as fontes de
alimentação, as interfaces/borneiras, os relés/borneiras, os conversores para fibra ótica e
os elementos de proteção.

Placa Mãe – (motherboard) placa de circuito impresso que possui os conectores onde
são inseridos os cartões STD-BUS. A placa mãe é montada no fundo do sub-bastidor.

Placa Mezanino – placa que deve ser instalada sobre outra utilizando um conector
próprio na placa principal. O cartão de CPU STD-96186A possui as suas quatro interfaces
de comunicação serial em uma placa mezanino. O cartão de CPU STD-386A pode receber
uma placa mezanino para aumentar o número de interfaces seriais assíncronas;

Slot – Local onde é inserido um cartão. Cada slot possui trilhos superiores e inferiores
que servem como guias durante a inserção/retirada e também como suporte. Cada slot
possui um conector onde é inserido o cartão.

SBO – Select Before Operate ou selecionar antes de operar: procedimento de seleção do


ponto de comando antes da execução. Este procedimento permite verificar possíveis
falhas antes da execução efetiva do comando.

SCADA – Supervision, Control and Data Aquisition: Software de supervisão e controle.

Página 12 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


1. INFORMAÇÕES GERAIS

SRA – (Sequenciador Registrador de Alarmes) é um anunciador de alarmes


microprocessado projetado pela CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica
Paulista) destinado a registrar e apresentar os eventos de mudanças em suas 32
entradas digitais. Os eventos podem ser lidos através de interface serial assíncrona
padrão elétrico RS485 e protocolo HDLC.

STD-BUS – Padrão elétrico e mecânico (IEEE-961) para cartões eletrônicos destinados a


equipamentos de automação industrial e supervisão/controle remotos.

Sub-Bastidor STD-BUS – É o conjunto elétrico e mecânico destinado a receber os


cartões padrão IEEE-961 (STD-BUS). Este tipo de sub-bastidor possui trilhos para fixar e
guiar os cartões até os conectores da placa mãe. A placa mãe fornece a alimentação para
todos os cartões e possui um barramento destinado a conectar os cartões de
entrada/saída com o cartão de CPU. A UTR STD-7100 utiliza sub-bastidores IEEE-961 de
20 slots.

Sub-Bastidor Fonte/MODEM – É o conjunto elétrico e mecânico destinado a receber


até dois cartões MODEM padrão Telebrás e um Módulo de Fonte de Alimentação STD-
MF40.

Telebrás – padrão utilizado para os cartões MODEM, disponibilizado por diversos


fabricantes no Brasil.

UART – Universal Assyncronous Receiver Transmmiter ou Transmissor Receptor


Universal Assíncrono: função implementada em um circuito integrado (16C654) destinada
a realizar a comunicação serial assíncrona da UTR com equipamentos externos;

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 13


1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.3 COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA

A UTR STD-7100 é um equipamento destinado ao uso em subestações de extra alta


tensão, o qual foi submetido aos seguintes ensaios de compatibilidade eletromagnética
recomendados pela norma IEC 60870-2-1:

Norma Descrição e Aplicação

Ondas Oscilatórias Amortecidas: Classe III (2,5kV) aplicado na


IEC255-22-1 entrada de alimentação, entradas digitais, entradas analógicas e
saídas digitais;

IEC61000-4-2 Descarga Eletrostática: Classe III (6kV contato, 8kV ar);

Campo Eletromagnético Irradiado: Classe III (80MHz a 1GHz


IEC61000-4-3
com intensidade de 10 V/m);

Transientes Rápidos: Classe IV (4kV) aplicado em modo direto na


entrada de alimentação e em modo indireto (através de calha de
IEC61000-4-4
acoplamento) nas entradas digitais, entradas analógicas e saídas
digitais;

Surtos 1,2/50µs: Classe IV (4kV modo comum e 2kV modo


diferencial) aplicado em modo direto para a entrada de alimentação
IEC61000-4-5
e em modo indireto (através de módulo de acoplamento) para as
entradas digitais, entradas analógicas e saídas digitais.

Surtos 10/700µs: Classe IV (2kV) aplicado nas linhas de


IEC61000-4-5
comunicação da UTR (MODEM´s analógicos e interfaces RS485);

IEC61000-4-6 Imunidade a Rádio Frequência conduzida: Nível III

Campos Magnéticos: 30 A/m 60Hz por 1 minuto aplicado nos


IEC61000-4-8
paineis frontal, traseiro e laterais do bastidor da UTR;

Campos Magnéticos Pulsados: 1,2/50µs 300 A/m aplicado nos


IEC61000-4-9
paineis frontal, traseiro e laterais do bastidor da UTR;

CISPR22 Emissão Conduzida: Classe B.

CISPR22 Emissão Radiada: Classe A.

Página 14 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.4 ALIMENTAÇÃO

1.4.1 Tolerância da tensão de alimentação

Classe DC3 (-20% a +15%).


- Faixa de Operação em 48VCC: 36 a 60VCC;
- Faixa de Operação em 125VCC: 100 a 160VCC.

1.4.2 IEC1000-4-29 - Queda e Interrupção de Tensão

Nível 1:
- ∆U=100% para ∆t = 50ms em 125VCC;
- ∆U=100% para ∆t = 14ms em 48VCC.

1.4.3 Taxa de Ondulação da Tensão de Alimentação CC

(“ripple”) Classe VR3 (≤5%);

1.5 RIGIDEZ DIELÉTRICA (ISOLAÇÃO)

Norma: IEC255-5 - tensão à frequência industrial

Classe Parâmetros Modo de Aplicação

VW3 2,5kV 60Hz por 1 minuto entradas digitais, entradas analógicas e saídas digitais
VW3 3,5kVCC por 1 minuto fontes de alimentação com entrada em 125VCC
VW2 1,5kVCC por 1 minuto fontes de alimentação com entrada em 48VCC

Tensão de Impulso: 5kV 1,2/50us 0,5J.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 15


1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.6 CONDIÇÕES CLIMÁTICAS, TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO

As condições climáticas, de transporte e armazenamento de acordo com a norma IEC


60870-2-2 são as seguintes:

Norma: IEC60870-2-2 – Condições Climáticas


Classe: C1
locais abrigados sem condicionamento de ar, onde o
Condições do Local de
equipamento é abrigado da incidência direta do Sol, chuva,
Instalação:
outras precipitações e vento
IEC 60068-2-1 (frio)
IEC 60068-2-2 (calor seco)
Recomendações
IEC 60068-2-3 (calor úmido)
IEC 60068-2-14 (variação da temperatura)
Faixa de Temperatura: -5 a +55 °C
Umidade Relativa: 5 a 95% sem condensação
Pressão Atmosférica: 70 a 108kPa
Altitude: Até 3000m

Classe B1 para as Influencias Mecânicas (local de instalação com baixo nível de


vibração/choque e transporte realizado com cuidado).

Norma: IEC60870-2-2 – Vibração de Baixa Frequência

Faixa de frequência: 2 a 150Hz senoidal


5 a 9Hz = 1,5mm
Amplitude:
9 a 150Hz = 0,5g
Taxa de Variação: 1 oitava/min
Número de Ciclos de Teste: 5, nas direções x, y e z

Norma: IEC60870-2-2 – Vibração de Alta Frequência

Faixa de frequência: 10 a 3000Hz senoidal


10 a 60Hz = 0,075mm
Amplitude:
60 a 3000Hz = 1g
Taxa de Variação: 1 oitava/min
Número de Ciclos de Teste: 5, nas direções x, y e z

Norma: IEC60870-2-2 – Choque

Faixa de frequência: 10 a 3000Hz senoidal


Aceleração: 70m/s
Duração do Choque 50ms
Número de Ciclos de Teste: 5, nas direções x, y e z

Página 16 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.7 PERFORMANCE

Os requisitos de performance de acordo com a recomendação IEC 60870-4 são


apresentados a seguir:

Descrição Classe Parâmetros

Confiabilidade: R3 MTBF > 8760h


Disponibilidade: A3 > 99,95%
Tempo Médio de Reposição: M4 MTTR 6h
Tempo Médio de Reparo: RT4 MRT 1h
Integridade dos dados: I2 IE 10e-10
Capacidade de Separação entre Eventos Digitais: SP3 5ms
Resolução de Tempo para Eventos Digitais: TR4 1ms
Precisão: A4 E 0,5%
Corrente de Partida: S2 I < 20A
Ruído acústico < NC45 Não emite ruído audível

A configuração da UTR utilizada para os ensaios de performance possui dois sub-


bastidores de entradas digitais, onde o primeiro é sincronizado pelo cartão receptor GPS
e gerador IRIG-B STD-GPS1. O segundo sub-bastidor escravo de entradas digitais possui
um cartão decodificador IRIG-B o qual recebe o sinal de sincronismo gerado pelo cartão
STD-GPS1.

O primeiro Sub-Bastidor Escravo de Entradas Digitais está no limite de sua capacidade


(512 pontos), permitindo o teste de desempenho sob condições máximas de
carregamento.

A UTR efetua a varredura contínua de 3 IED´s: um multimedidor Yokogawa UPD600 com


protocolo MODBUS RTU, um multimedidor Yokogawa com protocolo DNP3.0 e um
Sequenciador Registrador de Eventos SRA fabricado pela CTEEP.

IEC60870-5-101 com etiqueta de tempo cp56


IEC60870-5-104 em canal TCP/IP utilizando interface ethernet 10BaseT
Protocolos
DNP3.0 em canal serial assíncrono
DNP3.0 em TCP/IP utilizando interface ethernet 10BaseT
Nº de Pontos de Entradas
768 entradas digitais em tensão 48VCC
Digitais:
Nº de Pontos de Entradas
64 entradas analógicas diferenciais em corrente FE=-5 a +5mA
Analógicas:
Nº de Pontos de Saídas
160 saídas digitais em tensão –48VCC
Digitais:
1 Cartão CPU Mestre STD-UP104A
1 Cartão Interface Serial Quádrupla RS232 STD-9600A
4 Cartões STD-16EA2 e 4 Módulos STD-16AI1
Sub-Bastidor Mestre
5 Cartões STD-32SD3 e 20 Módulos STD-RL08P3
1 Cartão “Check Before Operate” STD-96CBO1
1 Cartão para Comunicação com IED´s STD-9603 e Módulo STD-9603I
Configuração do Sub- 1 Cartão CPU Escravo STD-386A
Bastidor Escravo 1 Cartão Receptor GPS e Gerador IRIG-B STD-GPS1
de Entradas Digitais 1 16 Cartões STD-32ED3 (512 Entradas Digitais)
Configuração do Sub- 1 Cartão CPU Escravo STD-386A
Bastidor Escravo 1 Cartão Decodificador IRIG-B STD-IRG1
de Entradas Digitais 2 8 Cartões STD-32ED3 (256 Entradas Digitais)
Todas as entradas digitais da UTR possuem filtro de debounce com
Filtro de Debounce
tempo de permanencia maior que 5ms para correta detecção.

Tabela 1.1 – Configuração da UTR STD-7100 para Ensaios de Performance

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 17


1. INFORMAÇÕES GERAIS

1.8 HISTÓRICO DAS REVISÕES

Revisão Data Alterações

06 21/01/2006 Inclusão da seção: Histórico das Revisões


07 04/07/2006 Revisão Geral do Manual

Página 18 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


2. INDICADORES DE FUNCIONAMENTO DA UTR

SEÇÃO 2
INDICADORES DE
FUNCIONAMENTO DA UTR

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 19


2. INDICADORES DE FUNCIONAMENTO DA UTR

Página 20 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


2. INDICADORES DE FUNCIONAMENTO DA UTR

2. INDICADORES DE FUNCIONAMENTO DA UTR

2.2.1 Indicadores dos Paineis do Sub-Bastidor Mestre (UCC)

O cartão de CPU STD-UP104A da Unidade de Comunicação e Controle (sub-bastidor


mestre) possui seis saídas para leds de sinalização. Estes leds de cor vermelha são
instalados em dois paineis na parte direita do sub-bastidor mestre.

Os led’s são identificados da seguinte maneira: UCP, CO1 a CO4 e ERR. Estes led’s
fornecem informações sobre o funcionamento do programa, recebimento e envio de
mensagens pelos canais de comunicação serial e o resultado do diagnóstico interno.

Ao ser energizada a UTR, estes leds permanecem apagados durante a inicialização do


sistema operacional. Ao entrar o programa de controle da UTR, os 6 leds são acesos
simultaneamente para um teste de sua integridade. Após alguns segundos neste estado
os leds assumem as funções apresentadas a seguir:

LED UCP: O led UCP indica o funcionamento do programa de controle da UTR, piscando a
uma taxa fixa de 0,5Hz.

Quando o programa da UTR não encontra um arquivo de configuração válido ou quando o


programa da UTR apresenta falha na conferência do CRC (programa corrompido), o led
UCP permanece apagado.

LEDS CO1 a CO4: indicam o recebimento correto de uma mensagem e o envio da


resposta pela UTR em cada canal de comunicação com os Centros de Controle. Estes leds
são acionados pelas rotinas de tratamento e envio das mensagens pela UTR, sinalizando
que a mensagem foi recebida sem erros, compreendida como válida e respondida.

LED ERR: continuamente aceso indica as seguintes falhas na UTR:


– Perda de comunicação com um ou mais sub-bastidor(es) escravo(s);
– Falha em um ou mais cartões de entradas digitais (STD-32ED3);
– Falha em um ou mais cartões de entradas analógicas (STD-16EA2);
– Falha em um ou mais cartões de saída digital (STD-32SD3);
– Falha no cartão de CBO (STD-96CBO1);
– Perda de comunicação com um ou mais transdutores digitais;

2.2.2 Indicadores do Cartão de CPU do Sub-Bastidor Mestre

O cartão STD-UP104A possui dois leds indicadores de tráfego no canal serial COM4. Estes
leds estão localizados acima do conector COMBICON de 3 pinos que disponibiliza os sinais
da interface RS485. O led vermelho sinaliza transmissão e o led verde sinaliza recepção.
Este canal é utilizado para comunicação entre o cartão de CPU mestre e os cartões de
CPU escravos.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 21


2. INDICADORES DE FUNCIONAMENTO DA UTR

2.2.3 Indicadores do Cartão de CPU do Sub-Bastidor Escravo

Cada cartão de CPU STD-386A dos sub-bastidores escravos possui em sua parte superior,
uma placa com 3 led’s identificados como: UCP, COM e ERR. A função de cada led é vista
a seguir:

LED UCP (inferior – verde): indica o funcionamento do programa da UTR, piscando


com uma velocidade que depende do número de entradas digitais que devem ser
varridas. Quanto menos entradas existirem mais rápido este led pisca.

Quando o programa da UTR não encontra um arquivo de configuração válido ou quando o


programa da UTR apresenta falha na conferência do CRC (programa corrompido), o led
CPU pisca ALTERNADAMENTE com o led ERR a uma frequência de 0,5Hz. Nestes casos
deve-se recarregar o arquivo de configuração ou o programa caso seja necessário.

LED COM (central - amarelo): pisca cada vez que o programa da UTR recebe uma
mensagem válida e envia uma resposta em qualquer canal de comunicação. O led COM
dos cartões de CPU escravos deve piscar continuamente indicando a varredura pelo
cartão de CPU Mestre.

LED ERR (superior - vermelho): aceso continuamente indica falha em um ou mais


cartões de entrada digital. Esta falha também acende o led ERR do sub-bastidor mestre.

Da mesma forma que o cartão de CPU STD-UP104A, o cartão STD-96186A possui dois
leds indicadores de tráfego no canal serial COM4. Estes leds estão localizados no cartão
piggy-back STD-9686E logo acima do conector COMBICON de 3 pinos que disponibiliza os
sinais da interface RS485.

O led vermelho sinaliza transmissão e o led verde sinaliza recepção. Este canal é utilizado
para comunicação entre o cartão de CPU mestre e os cartões de CPU escravos.

Página 22 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


2. INDICADORES DE FUNCIONAMENTO DA UTR

2.2.4 Indicadores do Cartão STD-GPS1

O led verde acompanha o sinal PPS gerado pela placa M12+ Timing. Em funcionamento
normal este indicador deve mudar de estado a cada 1 segundo.

O led vermelho deve mudar de estado a cada 10 segundos, sinalizando o recebimento da


interrupção de sincronismo pelo cartão de CPU. O cartão STD-GPS1 gera um pedido de
interrupção para o cartão de CPU a cada 10 segundos para que este possa sincronizar o
relógio.

A foto ao lado mostra um


cartão Receptor GPS e
Gerador IRIG-B STD-
GPS1.

Na parte superior, da
esquerda para a direita
estão os dois LED´s de
sinalização DS1 e DS2.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 23


2. INDICADORES DE FUNCIONAMENTO DA UTR

2.2.5 Indicadores do Cartão STD-IRG1

O led verde superior (DS1) deve mudar de estado a cada 1 segundo indicando a correta
decodificação do sinal IRIG-B.

O led vermelho (DS2) deve mudar de estado a cada 10 segundos, sinalizando o


recebimento da interrupção de sincronismo pelo cartão de CPU. O cartão STD-IRG1 gera
um pedido de interrupção para o cartão de CPU a cada 10 segundos para que este possa
sincronizar o relógio.

O led verde inferior (DS3) acompanha o sinal IRIG-B recebido. Em funcionamento normal
este indicador deve piscar rapidamente indicando a presença do sinal na entrada do
cartão.

A foto ao lado mostra um


cartão decodificador IRIG-B.

Na parte superior, da esquerda


para a direita estão os tres
LED´s de sinalização DS1, DS2
e DS3.

Página 24 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


2. INDICADORES DE FUNCIONAMENTO DA UTR

2.2.6 Indicadores do Módulo de Fonte de Alimentação Principal

A fonte de alimentação principal STD-40MF possui 3 led’s indicadores da presença das 3


tensões de saída: +5V, +12V e –12V.

Estes LED´s são controlados pelo circuito detector do fluxo de corrente na saída da fonte.
Caso a fonte esteja em funcionamento redundante e for desligada ou estiver com defeito
os LED´s deverão apagar.

A foto ao lado mostra o painel frontal


de um Módulo de Fonte de Alimentação
Principal STD-40MF.

A serigrafia central mostra os tres


LED´s indicadores de tensão nas saídas
de –12V (amarelo), +12V (verde) e
+5V (vermelho).

Os pontos de teste podem ser


utilizados para medição das tensões de
saída

2.2.7 Indicador do Módulo de Proteção STD-FL30

O Módulo de Proteção STD-FL30 possui um led indicador da presença de tensão.

A foto ao lado mostra um Módulo de


Proteção da Entrada de Alimentação
STD-FL30.

O LED indicador de tensão (vermelho)


está à direita do filtro de linha.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 25


2. INDICADORES DE FUNCIONAMENTO DA UTR

Página 26 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

SEÇÃO 3
DEFINIÇÕES DO
PROTOCOLO
IEC 870-5-101

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 27


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

Página 28 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.1 INTRODUÇÃO

Dado seu caráter geral, dentro da norma IEC 870-5, a compatibilidade entre
equipamentos de diferentes fabricantes pode ser obtida mediante a definição de um
PERFIL DE APLICAÇÃO, que consiste na especificação de:
– Um nível físico determinado, segundo as normas ISO e/ou CCITT.
– Um formato de mensagens, segundo um subconjunto de IEC-870-5-1.
– Uma série de procedimentos de união, segundo um subconjunto de IEC-870-5-2.
– A estrutura e codificação dos dados de aplicação, baseadas na normas IEC-870-5-3 e
IEC-870-5-4.
– As funções básicas de aplicação, segundo IEC-870-5-5.

Neste contexto, a seção IEC-870-5-101 define um perfil funcional para as tarefas básicas
de telecontrole, constituindo um documento adicional ou de acompanhamento do
restante de documentos que constituem a norma (“companion standard”, normas de
acompanhamento). Pode-se citar IEC-870-5-102 (contadores) e IEC-870-5-103
(proteções) como outros exemplos de perfis funcionais já definidos.

Contudo, incluso dentro de um perfil de aplicação como IEC-870-5-101, podem restar


alguns aspectos concretos a serem definidos em cada aplicação ou sistema que utiliza tal
protocolo, segundo necessidades próprias de tal sistema e alheias à definição do
protocolo. Uma lista destes parâmetros pode ser obtida em IEC-870-5-101, item 8, e
para que uma série de equipamentos possam ser interconectados, devem possuir idêntica
definição de tais parâmetros, denominada PERFIL DE INTEROPERABILIDADE. As
definições padrão do protocolo para a UTR STD-7100 permitem o intercâmbio de
informações com a maioria dos softwares SCADA, necessitando, se for o caso de alguns
ajustes de parâmetros.

3.2 REFERÊNCIAS

As referências às seções ou itens de um documento serão indicadas na forma [X]-xx.xx,


onde [X] indica a referência na seguinte ordem:

[1] Norma internacional IEC 870: Equipamentos e sistemas de telecontrole. Parte 5:


protocolos de transmissão. Seção 2: procedimentos de transmissão de conexão,
IEC abril de 1992.
[2] Norma internacional IEC 870: Equipamentos e sistemas de telecontrole. Parte 5:
protocolos de transmissão. Seção 5: funções básicas de aplicação, IEC julho de
1993.
[3] Norma internacional IEC 870: Equipamentos e sistemas de telecontrole. Parte 5:
protocolos de transmissão. Seção 101: anexo à norma para tarefas de telecontrole
básicas, IEC julho de 1995.
[4] Norma internacional IEC 870: Equipamentos e sistemas de telecontrole. Parte 5:
protocolos de transmissão. Seção 102: anexo à norma para transmissão de totais
integrados em sistemas elétricos de potência, janeiro de 1996.
[5] Regulamento de pontos de medida. Protocolo de comunicação entre registradores
e concentradores de medidas. Primeira edição, setembro de 1997.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 29


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.3 TERMINOLOGIA

Definem-se, a seguir, a terminologia e as abreviaturas específicas utilizadas para


possibilitar uma melhor compreensão do documento.
– Estação controladora: refere-se ao centro de controle do sistema.
– Estação controlada: refere-se à cada uma das unidades terminais remotas (UTR).

CC
Centro de controle
COT
Cause Of Transmission
DCE
Data Circuit Terminal Equipment
DTE
Data Terminal Equipment
IEC
International Electrotechnical Commission.
ITU-T
International Telecommunication Union-Telecommunications (CCITT)
MEMP
Medidor Eletrônico Multi Programável
UTR
Unidade Terminal Remota

3.4 CRITÉRIOS DE REPRESENTAÇÃO

A seguir, faz-se um resumo dos critérios de representação utilizados no documento:

- A Direção de Controle se estabelece para o fluxo de mensagens que vai da estação


controladora para a estação controlada e a Direção de Monitoração é o fluxo de
mensagens que vai da estação controlada para a estação controladora.

- Nos gráficos de seqüência de mensagens das funções básicas de aplicação, estão


representadas tanto as mensagens de controle do nível de conexão, como as que
contêm dados do nível de aplicação (ASDU’s); os primeiros estão representados por
uma flecha em branco, enquanto que os segundos por uma flecha sombreada:

Mensagem de controle do nível de conexão

Mensagem contendo dados do nível de aplicação

Página 30 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.5 NÍVEL FÍSICO

3.5.1 Configuração de Rede

A unidade terminal remota (UTR) disponibilizará a possibilidade de selecionar as portas


de comunicação que serão utilizadas com o protocolo IEC. A UTR STD-7100 pode ter até
oito canais de comunicação com os centros de operação que disponibilizam este
protocolo, denominados CO1 a CO8. Todos os canais são padrão elétrico RS232.

O centro de controle será disposto de múltiplos ramais. Cada um deles admitirá os


seguintes tipos de configuração:
– Multiponto;
– Ponto a Ponto.

As configurações de rede ponto-multiponto e ponto-ponto estão ilustradas nas seguintes


figuras:

Ponto-Multiponto Ponto-a-Ponto

CC CC

UTR 1 UTR 2 UTR n UTR 1

A vantagem de se ter estações em linhas ponto-ponto é a possibilidade de se comunicar


ao mesmo tempo em paralelo com todas elas, enquanto que a configuração ponto-
multiponto nos obriga a amostrar seqüencialmente as estações controladas que
compartilham essa linha. A configuração padrão é ponto-a-ponto.

3.5.2 Meio de Transmissão

Serão utilizados os seguintes meios de transmissão entre os equipamentos terminais de


dados (DTE) e os equipamentos terminais do circuito de dados (DCE):
- CCITT V.24/V.28 circuito de intercâmbio não-balanceado. Para estas comunicações,
será utilizado um formato de caracter de 11 bits com 8 bits de dados, um start-bit,
um stop-bit e paridade par. Caso seja utilizado canal de comunicação digital, serão
disponibilizadas portas RS232 isoladas eletricamente para maior proteção da UTR;
- CCITT V.32, V.32bis e V.34 para intercâmbio de dados entre DCE’s. Utilizamos até
dois modem’s Digitel DT34 MCS na UTR STD-7100, normalmente configurados para
linha privativa a dois ou quatro fios;

As velocidades de transmissão para a interface modem V.24/V.28 serão 1200, 2400,


4800, 9600 ou 19200 bits/s.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 31


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

N° do Circuito Nome do Circuito de Intercâmbio Do Para o


de Intercâmbio DCE DCE
102 Signal Ground or common return (GND) - -
103 Transmitted data (TXD) x
104 Received data (RXD) x
105 Request to Send (RTS) x
106 Ready for sending (CTS) x
107 Data set ready (DSR) x
108 Data terminal ready (DTR) x
109 Data channel received line signal detected (DCD) x

3.5.3 Formato FT1.2

A camada de enlace de dados deve suportar o formato FT1.2 com a distância de


Hamming igual a quarto. Os parâmetros para suportar o formato FT1.2 para cada octeto
transmitido são mostrados a seguir:
– one start bit, binary 0,
– one stop bit, binary 1,
– one even parity bit.

A transmissão dos dados começa com o bit 1 (start bit), sendo seguido pelo bit menos
significativo do octeto.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

start stop
lsb msb parity
bit bit

Página 32 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.6 NÍVEL DE ENLACE

3.6.1 Tipo de Transmissão

O tipo de transmissão utilizado será não balanceado, no qual a estação controladora


controla o tráfego, iniciando todas as transferências com as estações controladas,
enquanto que estas só podem transmitir quando são amostradas. O número de tentativas
será configurável na estação controladora.

3.6.2 Formato do Pacote de Dados

A norma IEC-870-5-101 admite exclusivamente o formato do pacote FT1.2, definido em


IEC-870-5-1 item 6.2.4.2. Dentro do formato FT1.2, serão utilizados os seguintes pacotes
de comprimento variável e de comprimento fixo, descritos pelas tabelas 1 e 2. Os pacotes
de comprimento fixo não contém dados de usuário.

START (10H) START (68H)

Campo de Controle N° DE BYTES

Endereço (baixo) N° DE BYTES (repetido)

Endereço (alto) START (68H)

CHECKSUM Campo de Controle

END (16H) Endereço (baixo)

Tabela 2: Formato de um
Endereço (alto)
pacote de comprimento fixo.
Dados de conexão
....

CHECKSUM

END (16H)

Tabela 1: Formato de um
pacote de comprimento
variável. Os campos
sombreados são os dados de
usuário.

É preciso salientar que a estrutura de transmissão de um byte, que é definida no item


6.2.4.2. de IEC 870-5-1 (1 bit de start, 1 bit de paridade e 1 bit de stop), é utilizada na
comunicação em série que segue a norma V.28 de CCITT.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 33


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.6.3 Campo de Comprimento de Dados

A variação do campo de comprimento de pacote (L) é de 1 a 255. Ou seja, o número


máximo de bytes por pacote será de 255, sem contar com os 6 bytes de cabeçalho
(start, comprimento(2), start, checksum e end).

3.6.4 Campo de Controle

O campo de controle que será utilizado é o seguinte:

Formato do campo de controle na direção de controle

RES PRM=1 FCB FCV Código da Função

Formato do campo de controle na direção de monitoração

RES PRM=0 ACD DFC Código da Função

Onde:
RES: Reserva.
PRM: Primeiro, é 1 na direção de controle.
FCB: Bit de contador de pacotes.
FCV: Bit de validade do contador de pacotes.
ACD: Demanda de acesso, há dados de classe 1 pendentes.
DFC: Controle do fluxo de dados, o buffer de recepção está cheio.

Os serviços de conexão que se estabelecerão são mostrados a seguir:


– SEND/CONFIRM: Para o envio de comandos e atribuições.
– REQUEST/RESPOND: Serviço normal de polling. Pedido de dados da classe 1 e 2.
Os serviços da camada de conexão serão os indicados pelos seguintes códigos de
função:

Na direção de controle

Código Função

0 Reset da conexão remota (serviço SEND, espera-se CONFIRM).


1 Reset do processo de usuário (serviço SEND, espera-se CONFIRM).
3 Dados de usuário (serviço SEND, espera-se CONFIRM).
9 Solicitação do estado da conexão (serviço REQUEST, espera-se RESPOND).
10 Solicitação de dados de classe 1 (serviço REQUEST, espera-se RESPOND).
11 Solicitação de dados de classe 2 (serviço REQUEST, espera-se RESPOND).

Página 34 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

- Por meio do serviço 0 , ambas camadas de conexão se dispõem de acordo com o bit
de alternância.
- Por meio do serviço 1 (sem ASDU associada), aplica-se um reset na estação em
conjunto.
- Por meio do serviço 3 (com ASDU de reset), realiza-se uma reinicialização dos
serviços de comunicação completos só realizados no nível de aplicação.

Na direção de monitoração

Código Função

0 ACK (CONFIRM)
1 NACK (CONFIRM).
8 Dados de usuário (RESPOND)
9 NACK. Dados de usuário não disponíveis (RESPOND).
11 Estado da conexão (RESPOND)
15 Serviço de conexão não implementado

3.6.5 Campo de Endereço de Enlace

O campo A de endereço de enlace poderá ser formado por um ou dois bytes. Caso se
utilize um byte o intervalo de endereços será 0 a 255 e caso se utilize dois bytes o
intervalo de endereços será de 0 a 65535.

As remotas que compartilham o mesmo meio de comunicação não poderão possuir o


mesmo endereço de enlace.

Ainda que não seja obrigatório que o endereço de enlace seja igual ao endereço da
aplicação da ASDU (ou seja, podem ser diferentes), há que se tomar cuidado em se
utilizar diferentes endereços de enlace em cada canal de comunicação, no caso das UTR’s
mudarem entre diferentes canais.

Isto se deve porque as mensagens de estabelecimento de enlace, não utilizam mais que
o endereço de enlace, podendo levar à confusão posteriormente com o endereço de
aplicação de ASDU, nas seguintes mensagens intercambiadas.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 35


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.7 APLICAÇÃO

3.7.1 Informações Gerais

A UTR STD-7100 utiliza o conjunto das mensagens definidas na norma IEC 870-5-101
para troca de informações com o Centro de Operação.

3.7.2 Estrutura geral dos dados da aplicação

A norma IEC 870-5-3 descreve as unidades de dados presentes nos blocos de sistemas
de telecontrole. Este item descreve a Unidade de Dados de Serviço da Aplicação, ASDU,
existente neste modelo. A ASDU é a própria mensagem que faz o intercâmbio de
informações entre os Centros de Operação e as UTR’s.

Tipo
Tipo da
Unidade
Qualificação da Estrutura

Identificação Causa da Transmissão


da Unidade
de Dados Causa da Transmissão

Endereço da ASDU

Endereço da ASDU
ASDU
Endereço do Objeto da
Informação
Endereço do Objeto da Identificação
Informação do Objeto
Endereço do Objeto da
Objeto da Informação
Informação
Conjunto de Elementos da
1
Informação

Etiqueta de Tempo (ms)


Etiqueta de
Etiqueta de Tempo (ms) Tempo do
Objeto
IV Res Etiqueta de Tempo
(min)

Opcional do
Sistema
Variável por
Objeto da Informação n
ASDU

Figura 3.7.1 - Estrutura da ASDU

Página 36 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

A ASDU é composta de uma Identificação da Unidade de Dados (Data Unit Identifier)


e um ou mais Objetos da Informação (Information Objects).

A Identificação da Unidade de Dados tem sempre a mesma estrutura para todas as


ASDUs, fornecendo as informações sobre o tipo de dado presente na mensagem, o
endereço do dispositivo que gerou os dados da mensagem, a causa da transmissão e o
modo como os dados estão contidos na ASDU. Os Objetos de Informação de uma ASDU
são sempre da mesma estrutura e tipo, os quais são definidos no campo Identificação
de Tipo (Type Identification).

Os Objetos da Informação trazem os dados e seu endereço dentro de um determinado


dispositivo. Todos os objetos da informação de uma determinada ASDU possuem o
mesmo tipo de dados.

De acordo com a norma de acompanhamento, adota-se o Modo 1 para o Modo de


Transmissão dos Dados de Aplicação, segundo o qual a ordem de transmissão dos bytes,
no caso de um dado que ocupe mais de um, é: primeiro o byte menos significativo (IEC-
870-5-4 - 4.10).

3.7.3 Identificação da Unidade de Dados (Data Unit Identifier)

A Identificação da Unidade de Dados é formada por:

3.7.3.1 Campo Identificação de Tipo (Type Identification)

Este campo (1 byte) define basicamente a estrutura, o tipo e o formato da informação


contida na ASDU e também a direção em que esta informação trafega.

3.7.3.2 Campo Qualificador da Estrutura (Variable Structure Qualifier)

Este campo (1 byte) informa sobre a maneira como os objetos de informação estão
estruturados. Uma ASDU pode transportar os objetos de informação de dois modos:
– Vários objetos de informação com somente um elemento de informação cada
(SQ=0). Neste caso, o campo qualificação da estrutura também traz a quantidade de
objetos de informação da mensagem
– Somente um objeto de informação com diversos elementos de informação em
sequência (SQ=1). Neste caso, o campo traz a quantidade de elementos de
informação contidos no objeto de informação.

3.7.3.3 Campo Causa da Transmissão (Cause of Transmission)

Este campo (1 ou 2 bytes) indica a causa da transmissão de uma determinada


mensagem. Por exemplo, mensagens podem ser geradas por eventos externos tais como
mudança de ponto digital ou variação de valor analógico maior que a banda morta em
uma UTR, neste caso a UTR ao receber o evento deve compor uma mensagem com causa
de transmissão “espontânea” para o Centro de Operação.

3.7.3.4 Campo Endereço da ASDU (Common Address of ASDU)

Este endereço (1 ou 2 bytes), denominado de Endereço da Aplicação ou Endereço da


ASDU refere-se ao dispositivo que gerou os dados contidos na mensagem. Este
dispositivo é a própria UTR. O endereço da unidade de dados do serviço de aplicação

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 37


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

(ASDU) pode ter um ou dois bytes.

No caso da utilização de um byte para o endereço da ASDU, o intervalo de endereços


será de 1 a 255. No caso da utilização de dois bytes o intervalo de endereços será de 1 a
65535.

Este campo será utilizado para endereçar várias estações em sistemas de UTR’s que
compartilham uma mesma conexão (A) de comunicação, como pode ser o caso de uma
rede com várias estações e somente um servidor de comunicação, ou um canal de
comunicação que compartilhe várias UTR’s.

Caso a estação destino compartilhe a mesma conexão com outra estação, estas estações
terão diferentes Endereços de Aplicação.

O endereço 0 (zero) não é utilizado e o endereço 65535 é utilizado pelo Centro de


Operação para enviar mensagens de “broadcast”.

3.7.4 Objeto de Informação

O Objeto da Informação é formado por um identificador ou endereço do objeto de


informação, um conjunto de elementos de informação e uma etiqueta de tempo caso seja
utilizada. A descrição de cada campo é vista a seguir:

3.7.4.1 Campo Endereço do Objeto de Informação

Este endereço identifica o objeto dentro da área de memória da UTR. Por exemplo, este
objeto pode ser originado da varredura de um ponto de entrada digital, sendo alocado
em um endereço determinado pelo arquivo de configuração. O endereço do objeto de
informação pode ter um ou dois bytes, normalmente sendo utilizados dois bytes para
proporcionar uma faixa de endereços suficiente para atender a todos os pontos de
supervisão e controle de uma UTR de grande porte. As faixas de endereço dos objetos de
informação são reservadas por função.

Podem ser usados dois ou tres bytes com codificação estruturada. Caso se utilize tres
bytes, os dois primeiros correspondem ao endereço de objeto na UTR e o terceiro byte
será codificado sempre com 0, de acordo com a norma.

O endereço 0 indica que este campo não é relevante dentro da ASDU, já que o objeto fica
perfeitamente identificado pelo tipo de tal ASDU. Quando se aplica, o campo identifica os
dados da ASDU dentro da UTR. Na tabela 2.1 da seção 2, estão indicados os intervalos de
endereços para cada tipo de objeto.

O uso de endereços consecutivos para os elementos do mesmo tipo permite a


compactação do envio dos mesmos, atribuindo o bit SQ=1 ([3]-7.2.2) no byte de
estrutura de ASDU variável. As estimativas sugerem que existe espaço suficiente na
codificação para que não se esgotem os intervalos reservados para cada tipo.

A facilidade de compactação de mensagens usando SQ=1 será usada somente na


interrogação geral que segue a uma inicialização da estação remota. Após uma
solicitação de interrogação geral, a estação responde com mensagens do tipo M_xx com
o bit SQ=1, nos quais se incluem tantos pontos como seja possível, limitados pelo
comprimento máximo do pacote e pelo número de códigos do mesmo tipo consecutivo
(altas e baixas de pontos de telecontrole poderão dar lugar a vazios na tabela de
códigos). Esta estrutura de ASDU (SQ=1) somente será utilizada na interrogação geral.

Página 38 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.7.4.2 Conjunto de Elementos da Informação

Como foi visto no campo qualificação da estrutura, pode-se ter vários objetos de
informação com apenas um elemento de informação ou um objeto de informação com
vários elementos. Os elementos de informação podem variar em número de bytes
dependendo do tipo. Por exemplo, um elemento de informação de um ponto de entrada
digital simples contém o estado do ponto (0 ou 1) mais outros atributos deste ponto tais
como “ponto válido/inválido” ou “ponto bloqueado/desbloqueado”.

3.7.4.3 Etiqueta de Tempo (Time Tag)

As mensagens com etiqueta de tempo são geradas a partir de eventos causados por
mudanças em pontos digitais de supervisão. Neste caso a mensagem vem com a hora ou
data/hora da ocorrência do evento. A etiqueta de tempo utilizada para os eventos pode
ser do tipo relativa ou completa.

A etiqueta de tempo simplificada possui 3 bytes, indicando os milissegundos e minutos


dentro de uma hora. A tabela a seguir apresenta o formato da etiqueta de tempo relativa
(CP24Time2a):

Byte Bit

8 7 6 5 4 3 2 1
1° milisegundos (byte menos significativo)
2° milisegundos (byte mais significativo)
3° IV RES1 minutos

Tabela 3.7.1 - Formato da etiqueta de tempo CP24Time2a

A etiqueta de tempo completa possui 7 bytes, contendo as informações de data e hora


com precisão de milissegundos. A data inclui o ano. A etiqueta de tempo completa é
também utilizada na mensagem de sincronização de relógio, a qual é enviada
periodicamente do Sistema Supervisor para a UTR. A mensagem de sincronização só é
utilizada quando a UTR não possui dispositivo de sincronização local (GPS). A tabela a
seguir apresenta o formato da etiqueta de tempo completa (CP56Time2a):

Byte Bit

8 7 6 5 4 3 2 1
1° milisegundos (byte menos significativo)
2° milisegundos (byte mais significativo)
3° IV RES1 Minutos (00 a 59)
4° SU RES2 Hora (00 a 23)
5° Dia da Semana (01 a 07) Dia do Mês (01 a 31)
6° RES3 Mês (01 a 12)
7° RES4 Ano (00 a 99)

Tabela 3.7.2 - Formato da etiqueta de tempo CP56Time2a

O atributo IV, quando ativo, indica que a informação de data/hora é inválida. Isto é
causado quando o dispositivo de sincronismo da UTR não está funcionando ou quando a
UTR não possui dispositivo de sincronização e ainda não recebeu uma mensagem de
acerto de relógio/calendário. A UTR STD-7100 na sua versão padrão vem equipada com
receptor GPS no primeiro sub-bastidor de entradas digitais e decodificador IRIG-B nos

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 39


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

demais sub-bastidores caso existam. Desta forma, a ativação do bit IV indica falha nestes
cartões ou falta do sinal IRIG-B para o cartão STD-IRG1.

O atributo SU pode opcionalmente ser utilizado para indicar o horário de verão. Na UTR
STD-7100 este bit não é utilizado. Os atributos RES1, RES2, RES3 e RES4 não são
utilizados.

Os dois bytes reservados para os milissegundos permitem uma contagem de 0 a 59999,


correspondendo a um minuto. Os sete bits reservados para o ano permitem uma
contagem de 0 a 99. A identificação do dia da semana é vista na tabela a seguir:

1 2 3 4 5 6 7
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo

Tabela 3.7.3 - Identificação do Dia da Semana na Etiqueta CP56Time2a

3.7.4.4 Causa da Transmissão

A causa da transmissão normalmente utiliza 1 byte. No caso da existência de várias


fontes solicitantes, será emitida a todas elas, como a norma especifica. As causas da
transmissão (COT) estabelecidas neste perfil estão indicadas, para cada uma das ASDU’s
utilizadas, no item SELEÇÃO DE ASDU’s.

A tabela a seguir apresenta todas as causas de transmissão (COT) utilizadas:

Causa Tipo Código

1 periodic, cyclic PER/CYC


2 background scan BACK
3 Spontaneous SPONT
4 Initialized INIT
5 request or requested REQ
6 activation ACT
7 activation confirmation ACTCON
8 Deactivation DEACT
9 deactivation confirmation DEACTCON
10 activation termination ACTTERM
11 return information caused by a remote command RETREM
12 return information caused by a local command RETLOC
13 file transfer FILE

Tabela 3.7.4 - Causas de Transmissão

Página 40 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.7.5 Seleção de ASDU’s.

Nesta seção, define-se o subconjunto de ASDU’s selecionadas para este perfil dentro do
conjunto proposto pela norma. As tabelas a seguir apresentam a relação de ASDU’s
utilizadas, tanto na direção de Controle (enviadas pela UTR) como na direção de
Monitoração (recebidas pela UTR).

O campo Tipo é o primeiro byte da Identificação da Unidade de Dados e define a


estrutura, o tipo e o formato do Objeto da Informação. As ASDUs com tipos indefinidos
são reconhecidas negativamente ou descartadas. O valor 0 (zero) não é empregado. A
faixa de valores de 1 a 127 são utilizados pela norma IEC 870-5-101.

Tipo Descrição Mnemônico

<45> comando simples C_SC_NA_1


<46> comando duplo C_DC_NA_1
<47> comando de posicionamento de tap C_RC_NA_1
<100> Comando de interrogação C_IC_NA_1
<102> Comando de leitura C_RD_NA_1
<103> Comando de sincronização de relógio C_CS_NA_1
<104> Comando de teste C_TS_NA_1
<105> Comando de inicialização do processo (reset) C_RP_NA_1
<106> Comando de aquisição de delay C_CD_NA_1

Tabela 3.7.5 - Tipos de ASDU´s recebidas pela UTR

Tipo Descrição Mnemônico

<1> estado digital simples M_SP_NA_1


<2> estado digital simples com etiqueta de tempo relativa M_SP_TA_1
<30> estado digital simples com etiqueta de tempo completa M_SP_TB_1
<3> estado digital duplo M_DP_NA_1
<4> estado digital duplo com etiqueta de tempo relativa M_DP_TA_1
<31> estado digital duplo com etiqueta de tempo completa M_DP_TB_1
<5> Posição de passo M_ST_NA_1
<7> valor binário (32 bits) M_BO_NA_1
<9> valor medido normalizado M_ME_NA_1
<70> Fim da inicialização M_EI_NA_1

Tabela 3.7.6 – Tipos de ASDU´s enviadas pela UTR

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 41


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.7.6 Atributos Genéricos dos Objetos de Informação

Os objetos de informação possuem atributos genéricos e específicos. Os atributos


genéricos e seu significado são apresentados a seguir. Os atributos específicos são
apresentados juntamente com as mensagens.

3.7.6.1 IV: Sinal inválido

O bit IV se ativa (nível 1) quando o sinal não adquire a forma correta, isto é, quando uma
falha é produzida nos cartões de entradas digitais do sub-bastidor escravo, ou quando a
comunicação com o(s) sub-bastidor(es) escravo falha ou quando há falha de
comunicação com IED´s de onde provenham informações de entradas digitais.

Este bit indica que o valor não está correto e não deve ser utilizado. É desativado quando
a falha é recuperada, quando há recuperação do cartão de entradas digitais ou há
recuperação da comunicação com os sub-bastidores escravos ou com os IED´s.

3.7.6.2 NT: Sinal não atualizado

O bit NT se ativa (nível 1) quando o sinal não está atualizado, se não houve atualização
em seu valor na última amostragem ou em um período determinado de tempo. É
desativado (nível 0)quando há atualização de seu valor na última amostragem.

3.7.6.3 SB: Sinal substituído

O bit SB é ativado (nível 1) quando o sinal é substituído, ou seja, quando o valor do sinal
é forçado pelo operador localmente na UTR.

Para forçar um sinal localmente, o operador deverá previamente bloquear (desativar) o


sinal e deverá desabilitar a ativação automática de sinais bloqueados na estação
controlada. Caso contrário este bit deverá ser desativado.

3.7.6.4 BL: Sinal bloqueado

O bit BL se ativa (nível 1) quando o sinal está bloqueado (desativado) para transmissão,
ou seja, seu valor se mantém como antes de ser bloqueado.

Este bit pode ser forçado pelo operador localmente na estação controlada, ou ativado
automaticamente quando a estação controlada detecta um número excessivo de
mudanças ocorridas no sinal durante um tempo estabelecido (recurso anti-avalanche de
eventos ou anti-chattering). O sinal fica anulado e não se transmitem mudanças.

A desativação deste bit também pode ser manual, pelo operador localmente na estação
controlada, ou automática, até o fim de um timeout estabelecido.

Página 42 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.7.7 Classes de Dados

Existem duas classes de dados denominadas, segundo suas prioridades, como dados de
classe 1 e dados de classe 2. Cada tipo de dado é armazenado no campo final de uma
transmissão na UTR antes de ser transmitido à estação controladora. Portanto, existem
dois campos finais de transmissão na UTR, um para cada classe de dados.

Os dados de classe 1 são mais prioritários que os dados de classe 2, de modo que
sempre que existam dados de classe 1, a UTR informará a sua existência à estação
controladora para que sejam solicitados antes dos dados de classe 2.

Em seguida, estabelecem-se os tipos de dados segundo suas prioridades:

São dados de classe 2 todas as mensagens com causa de transmissão (COT) ACTCON e
REQUESTED, assim como as mudanças nas medidas analógicas com causa de
transmissão SPONT (espontânea). Também são de classe 2 as respostas às interrogações
com COT do tipo INROGEN, INROn, REQCOGEN, REQCOn e ACTTERM.

Por outro lado, todos os eventos digitais simples ou duplos e as mudanças de tap de
transformador com causa de transmissão SPONT (espontânea) são definidos como dados
de classe 1 e também a resposta à inicialização COT = INIT.

3.7.8 Considerações Gerais

Um tipo de ASDU não definido provoca a rejeição da mensagem correspondente em


qualquer equipamento dentro do sistema. Isto causará uma falha no nível de aplicação do
supervisor quando a UTR não enviar a ASDU de resposta.

A estrutura compacta de ASDU (SQ=1) somente será utilizada (sem etiqueta de tempo)
nas interrogações gerais.

O critério que deverá ser seguido para definir quando serão utilizadas as ASDU com
etiqueta de tempo e quando não serão, é o seguinte: como regra geral, em qualquer
interrogação, a resposta não vem datada. A resposta a comandos de leitura direta
(C_RD) também não é datada. Entretanto, em qualquer evento com origem espontânea,
exceto de medidas analógicas, usa-se a etiqueta de tempo. A informação de retorno
causada por comandos remotos também é datada.

A causa da transmissão COT=<11>, informação de retorno causada por um comando


remoto, é utilizada para os eventos de mudança de estado, com a mudança ao estado
esperado, conseqüência da execução das ordens emitidas pela estação controladora.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 43


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.8 INFORMAÇÕES DE PROCESSO NA DIREÇÃO DE MONITORAÇÃO.

A Direção de Monitoração corresponde com a direção do fluxo de mensagens que vão da


UTR para o Centro de Operação. Estas mensagens contem as informações relativas ao
estado dos pontos de supervisão. Estas informações são obtidas pela UTR através da
varredura cíclica dos cartões, sub-bastidores, multimedidores e relés digitais (IED’s).

Estas informações são organizadas em grupos, os quais podem ser lidos a qualquer
momento através dos comandos de interrogação. Cada dispositivo pode ter uma
configuração diferente para os grupos dependendo do tipo de informação disponível.

As causas de transmissão para estas mensagens podem ser interrogação de grupo ou


espontânea.

Um comando de interrogação de grupo provoca o envio de uma mensagem com todos os


elementos de informação do grupo ou contador requisitado. A mensagem enviada pela
UTR deverá ter causas de transmissão 21 a 36 (group 1..16 interrogation) ou 38 (group 1
counter request).

A mensagem com causa de transmissão espontânea é gerada por eventos tais como
atuação de proteção, mudança de estado de disjuntores ou extrapolação de valor de
banda morta por uma medida analógica. A UTR detecta a ocorrência do evento no e gera
a mensagem destinada ao Centro de Operação, enviando-a em seguida.

A mensagem gerada por mudança de estado digital sempre contém uma etiqueta de
tempo, a qual normalmente vem do(s) sub-bastidor(es) escravo(s) ou do IED (relé ou
anunciador de eventos digital), sendo então reformatada e inserida na mensagem.
Entretanto alguns dispositivos não utilizam etiquetas de tempo, sendo necessário que a
UTR gere a etiqueta utilizando o seu próprio relógio. A mensagem enviada pela UTR
deverá ter causa de transmissão 3 (espontânea).

A mensagem com causa de transmissão espontânea gerada por extrapolação de valor de


banda morta por uma medida analógica não contém etiqueta de tempo. Normalmente as
medidas enviadas desta forma somente atualizam o valor apresentado pelo supervisor. A
presença da etiqueta de tempo nas medidas só se faz necessária quando se deseja um
registro histórico.

As seguintes mensagens suportadas pela UTR STD-7100 estão descritas neste item:
<1> Estado Digital Simples (M_SP_NA_1)
<2> Estado Digital Simples com Etiqueta de Tempo Relativa (M_SP_TA_1)
<30> Estado Digital Simples com Etiqueta de Tempo Completa (M_SP_TB_1)
<3> Estado Digital Duplo M_DP_NA_1
<4> Estado Digital Duplo com Etiqueta de Tempo Relativa (M_DP_TA_1)
<31> Estado Digital Duplo com Etiqueta de Tempo Completa (M_DP_TB_1)
<5> Posição de Passo M_ST_NA_1
<9> Medidas Analógicas Normalizadas M_ME_NA_1

Página 44 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.8.1 <1> Estado Digital Simples (M_SP_NA_1)

Esta ASDU é utilizada para transmitir o estado de sinais digitais simples, utilizando para
isso um byte para cada sinal, no qual se informa o estado do ponto e o qualificador. O
elemento de informação SIQ (Single-point information with quality descriptor) é
constituído por um byte com a seguinte estrutura (ver IEC 870-5-101, item. 7.2.6.1):

IV NT SB BL 0 0 0 SPI

O atributo específico deste elemento de informação é o seguinte:

SPI: Estado do Sinal Digital


SPI = 0 => OFF (contato aberto ou falta de tensão);
SPI = 1 => ON (contato fechado ou presença de tensão).

Esta mensagem é utilizada para leitura do estado atual dos pontos digitais simples, sendo
sempre solicitada através de uma interrogação geral ou leitura de grupo. Normalmente
são atualizados os estados de todos os pontos através de várias mensagens utilizando o
formato compactado (SQ=1). Neste formato a ASDU é composta de uma seqüência de
elementos de informação SIQ, com o endereço do objeto identificando o primeiro deles,
sendo os demais consecutivos. A tabela a seguir apresenta a estrutura:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 0 0 0 0 0 1 Tipo de ASDU = 1
1 número j de elementos Qualificador da estrutura
Causa da transmissão
endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
Endereço do elemento de informação 1 - byte
endereço bits 7..0
menos significativo
Endereço do elemento de informação 1 - byte mais
endereço bits 15..8
significativo
IV NT SB BL 0 0 0 SPI Elemento de informação 1
IV NT SB BL 0 0 0 SPI Elemento de informação 2
. . . . . . . . .
. . . . . . . . .
IV NT SB BL 0 0 0 SPI Elemento de informação j

Tabela 3.8.1 - Estrutura Estado Digital Simples com SQ=1

Causa da transmissão:

<5> := Requisitada.
<20> := Enviada por Interrogação Geral.
<21> := Enviada por Interrogação do Grupo 1.
<22> := Enviada por Interrogação do Grupo 2.

<36> := Enviada por Interrogação do Grupo 16.

As COT=20..36 são as causas normais de transmissão.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 45


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.8.2 <2> Estado Digital Simples com Etiqueta de Tempo Relativa


(M_SP_TA_1)

Esta ASDU é utilizada para transmitir o estado de sinais digitais simples com etiqueta de
tempo simplificada, utilizando para isto um byte para cada sinal mais tres bytes com a
etiqueta de tempo CP24Time2A.

O elemento de informação SIQ (Single-point Information with Quality descriptor) é


constituído por um byte, com a mesma estrutura definida na ASDU do item anterior
(3.8.1). O elemento de informação de etiqueta de tempo MTI é constituído por tres
bytes:

Esta ASDU tem uma etiqueta de tempo do tipo CP24Time2a, informando com resolução
de 1ms o tempo decorrido dentro de uma hora. Os dois primeiros bytes permitem a
contagem de 0 a 59999 milissegundos e de 0 a 59 minutos. O formato da etiqueta de
tempo CP24Time2a está na tabela 3.7.1.

Dado que cada objeto de informação tem sua própria etiqueta de tempo, não é possível
construir seqüências de elementos, razão pela qual a única opção de estrutura válida é
SQ=0. Sua estrutura de ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 0 0 0 0 0 1 Tipo de ASDU = 1
0 número j de objetos de informação Qualificador da estrutura
causa da transmissão Causa da transmissão
endereço da ASDU bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço da ASDU bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
endereço do objeto 1 bits 7..0 Endereço do objeto 1 (byte menos significativo)
endereço do objeto 1 bits 15..8 Endereço do objeto 1 (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 0 SPI Elemento de informação 1

CP24 Time2a Etiqueta de tempo do objeto 1

endereço do objeto 2 bits 7..0 Endereço do objeto 2 (byte menos significativo)


endereço do objeto 2 bits 15..8 Endereço do objeto 2 (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 0 SPI Elemento de informação 2

CP24 Time2a Etiqueta de tempo do objeto 2

endereço do objeto j bits 7..0 Endereço do objeto j (byte menos significativo)


endereço do objeto j bits 15..8 Endereço do objeto j - (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 0 SPI Elemento de informação j

CP24 Time2a Etiqueta de tempo do objeto 2

Tabela 3.8.2 - Estrutura Estado Digital Simples com Etiqueta de Tempo Relativa

Causa da transmissão:

<3> = espontâneo. Modo normal de funcionamento nas ASDU’s com etiqueta de tempo.
<11> = informação de retorno causada por um comando remoto. Quando se produz o
estado esperado na monitoração do comando.

Página 46 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.8.3 <30> Estado Digital Simples com Etiqueta de Tempo Completa


(M_SP_TB_1)

Esta ASDU é utilizada para transmitir o estado de sinais digitais simples com etiqueta de
tempo, utilizando para isto um byte para cada sinal, assim como os bytes com etiqueta
de tempo extendida CP56Time2a.

O elemento de informação SIQ (Single-point Information with Quality descriptor) é


constituído por um byte, com a mesma estrutura definida na ASDU do item anterior. O
elemento de informação de etiqueta de tempo MTI é constituído por sete bytes contendo
a data e hora com precisão de 1ms e informações adicionais. O formato da etiqueta de
tempo CP56Time2a está na tabela 3.7.2.

Dado que cada objeto de informação tem sua própria etiqueta de tempo, não é possível
construir seqüências de elementos, razão pela qual a única opção de estrutura válida é
SQ=0. Sua estrutura de ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 0 1 1 1 1 0 Tipo de ASDU = 30
0 número j de objetos de informação Qualificador da estrutura
causa da transmissão Causa da transmissão
endereço da ASDU bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço da ASDU bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
endereço do objeto 1 bits 7..0 Endereço do objeto 1 (byte menos sig.)
endereço do objeto 1 bits 15..8 Endereço do objeto 1 (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 0 SPI Elemento de informação 1

CP56 Time2a (7 bytes) Etiqueta de tempo do objeto 1

endereço do objeto 2 bits 7..0 Endereço do objeto 2 (byte menos significativo)


endereço do objeto 2 bits 15..8 Endereço do objeto 2 (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 0 SPI Elemento de informação 2

CP56 Time2a (7 bytes) Etiqueta de tempo do objeto 2

endereço do objeto j bits 7..0 Endereço do objeto j (byte menos significativo)


endereço do objeto j bits 15..8 Endereço do objeto j - (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 0 SPI Elemento de informação j

CP56 Time2a (7 bytes) Etiqueta de tempo do objeto j

Tabela 3.8.3 - Estrutura Estado Digital Simples com Etiqueta de Tempo Completa

Causa da transmissão:

<3> = espontâneo. Modo normal de funcionamento nas ASDU’s com etiqueta de tempo.
<11> = informação de retorno causada por um comando remoto. Quando se produz o
estado esperado na monitoração do comando (ver item 4 de 0).

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 47


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.8.4 <3> Estado Digital Duplo M_DP_NA_1

Esta ASDU é utilizada para transmitir o estado de sinais digitais duplos, utilizando para
isto um byte para cada sinal.

O elemento de informação DIQ (Double-point Information with Quality descriptor) é


constituído por um byte com a seguinte estrutura (ver IEC 870-5-101, item 7.2.6.2):

IV NT SB BL 0 0 DPI

O atributo específico deste elemento de informação é o seguinte:


DPI = 0 (00) => Estado intermediário ou de Transição
DPI = 1 (01) => Estado determinado OFF
DPI = 2 (10) => Estado determinado ON
DPI = 3 (11) => Estado indeterminado

A UTR não precisa informar os estados intermediários sempre que estejam dentro do
tempo de mudança estabelecido para o elemento.

Esta mensagem é utilizada para leitura do estado atual dos pontos digitais duplos, sendo
sempre solicitada através de uma interrogação geral ou leitura de grupo. Normalmente
são atualizados os estados de todos os pontos através de várias mensagens utilizando o
formato compactado (SQ=1). Neste formato, a ASDU é composta de uma seqüência de
elementos de informação DIQ, com o endereço do objeto identificando o primeiro deles,
sendo os demais consecutivos. A tabela a seguir apresenta a estrutura:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 0 0 0 0 1 1 Tipo de ASDU = 3
1 número j de elementos Qualificador da estrutura
Causa da transmissão
endereço bits 7..0 Endereço do dispositivo - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço do dispositivo - byte mais significativo
Endereço do primeiro elemento de informação -
endereço bits 7..0
byte menos significativo
Endereço do primeiro elemento de informação -
endereço bits 15..8
byte mais significativo
IV NT SB BL 0 0 0 DPI Elemento de informação 1
IV NT SB BL 0 0 0 DPI Elemento de informação 2
. . . . . . . . .
. . . . . . . . .
IV NT SB BL 0 0 0 DPI Elemento de informação j

Tabela 3.8.4 - Estrutura Estado Digital Duplo com SQ=1

Causa da transmissão:

<5> := Requisitada.
<20> := Enviada por Interrogação Geral.
<21> := Enviada por Interrogação do Grupo 1.
<22> := Enviada por Interrogação do Grupo 2.

<36> := Enviada por Interrogação do Grupo 16.
As COT=20..36 são as causas normais de transmissão.

Página 48 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.8.5 <4> Estado Digital Duplo com Etiqueta de Tempo Relativa


(M_DP_TA_1)

Esta ASDU é utilizada para transmitir o estado de sinais digitais duplos com etiqueta de
tempo simplificada, utilizando para isto um byte para cada sinal mais tres bytes com a
etiqueta de tempo CP24Time2A.

O elemento de informação DIQ (Double-point Information with Quality descriptor) é


constituído por um byte, com a mesma estrutura definida na ASDU do item anterior. O
elemento de informação de etiqueta de tempo MTI é constituído por tres bytes.

Esta ASDU tem uma etiqueta de tempo do tipo CP24Time2a, informando com resolução
de 1ms o tempo decorrido dentro de uma hora. Os dois primeiros bytes permitem a
contagem de 0 a 59999 milissegundos e de 0 a 59 minutos. O formato da etiqueta de
tempo CP24Time2a está na tabela 3.7.1.

Dado que cada objeto de informação tem sua própria etiqueta de tempo, não é possível
construir seqüências de elementos, razão pela qual a única opção de estrutura válida é
SQ=0. Sua estrutura de ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 0 1 1 1 1 1 Tipo de ASDU = 31
0 número j de objetos de informação Qualificador da estrutura
byte contendo a causa de transmissão Causa da transmissão
Endereço da ASDU bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
Endereço da ASDU bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
Endereço do objeto 1 bits 7..0 Endereço do objeto 1 (byte menos significativo)
Endereço do objeto 1 bits 15..8 Endereço do objeto 1 (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 DPI Elemento de informação 1

CP24 Time2a (3 bytes) Etiqueta de tempo do objeto de informação 1

Endereço do objeto 2 bits 7..0 Endereço do objeto 2 (byte menos significativo)


Endereço do objeto 2 bits 15..8 Endereço do objeto 2 (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 DPI Elemento de informação 2

CP24 Time2a (3 bytes) Etiqueta de tempo do objeto de informação 2

Endereço do objeto j bits 7..0 Endereço do objeto j (byte menos significativo)


Endereço do objeto j bits 15..8 Endereço do objeto j - (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 DPI Elemento de informação j

CP24 Time2a (3 bytes) Etiqueta de tempo do objeto de informação j

Tabela 3.8.5 - Estrutura Estado Digital Duplo com Etiqueta de Tempo Relativa

Causa da transmissão:

<3> = espontânea. Modo normal de funcionamento nas ASDU’s com etiqueta de tempo.
<11> = informação de retorno causada por um comando remoto. Quando se produz o
estado esperado na monitoração do comando (ver ponto 4 de 0).

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 49


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.8.6 <31> Estado Digital Duplo com Etiqueta de Tempo Completa


(M_DP_TB_1)

Esta ASDU é utilizada para transmitir o estado de sinais digitais duplos com etiqueta de
tempo, utilizando para isto um byte para cada sinal, que contém o estado, o qualificador,
e a etiqueta de tempo CP56Time2a.

O elemento de informação DIQ (Double-point Information with Quality descriptor) é


constituído por um byte, com a mesma estrutura definida na ASDU do item 3.8.3. O
elemento de informação de etiqueta de tempo MTI é constituído por sete bytes (ver IEC-
870-5-101, item 7.2.6.18). Esta ASDU tem uma etiqueta de tempo do tipo CP56Time2a
com sete bytes de data e hora, incluindo o ano.

Dado que cada objeto de informação tem sua própria etiqueta de tempo, não é possível
construir seqüências de elementos, razão pela qual a única opção de estrutura válida é
SQ=0. Sua estrutura de ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 0 1 1 1 1 1 Tipo de ASDU = 31
0 número j de objetos de informação Qualificador da estrutura
byte contendo a causa de transmissão Causa da transmissão
Endereço da ASDU bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço da ASDU bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
endereço do objeto 1 bits 7..0 Endereço do objeto 1 (byte menos significativo)
endereço do objeto 1 bits 15..8 Endereço do objeto 1 (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 DPI Elemento de informação 1

CP56 Time2a (7 bytes) Etiqueta de tempo do objeto de informação 1

endereço do objeto 2 bits 7..0 Endereço do objeto 2 (byte menos significativo)


endereço do objeto 2 bits 15..8 Endereço do objeto 2 (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 DPI Elemento de informação 2

CP56 Time2a (7 bytes) Etiqueta de tempo do objeto de informação 2

endereço do objeto j bits 7..0 Endereço do objeto j (byte menos significativo)


endereço do objeto j bits 15..8 Endereço do objeto j - (byte mais significativo)
IV NT SB BL 0 0 DPI Elemento de informação j

CP56 Time2a (7 bytes) Etiqueta de tempo do objeto de informação j

Tabela 3.8.6 - Estrutura Estado Digital Duplo com Etiqueta de Tempo Completa

Causa da transmissão:

<3> = espontânea. Modo normal de funcionamento nas ASDU’s com etiqueta de tempo.
<11> = informação de retorno causada por um comando remoto. Quando se produz o
estado esperado na monitoração do comando (ver ponto 4 de 0).

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3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.8.7 <5> Posição de Passo M_ST_NA_1

Este tipo de elemento é utilizado para representar a posição do comutador de tap de um


transformador. O elemento de informação é constituído pelo campo VTI (ver IEC 870-5-
101, item 7.2.6.5), que inclui indicação de estado transitório (T) e as condições
transmitidas por cada ponto, que estão contidas no byte QDS (Quality Descriptor) (ver
IEC 870-5-101, item 7.2.6.3), coincidindo com os de medidas analógicas.

IV NT SB BL 0 0 0 OV

Os atributos genéricos IV, NT, SB e BL estão descritos no item 3.7.6. O Atributo


Específico OV está descrito a seguir:

OV: Sinal overflow. O valor registrado para o sinal supera o campo máximo de
representação na ASDU.

Esta ASDU permite somente um elemento e o bit SQ de VSQ igual a 0. A estrutura da


ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 0 0 0 1 0 1 Tipo de ASDU = 5
0 número j de elementos Qualificador da estrutura
Causa da transmissão
endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
endereço bits 7..0 Endereço do primeiro elemento de informação -
byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço do primeiro elemento de informação -
byte mais significativo
T Valor VTI
IV NT SB BL 0 0 0 OV Elemento de informação 1

Tabela 3.8.7 - Estrutura Estado Posição de Passo com SQ=0

Causa da transmissão:

<5> := Requisitada.
<20> := Enviada por Interrogação Geral.
<21> := Enviada por Interrogação do Grupo 1.
<22> := Enviada por Interrogação do Grupo 2.

<36> := Enviada por Interrogação do Grupo 16.

As COT=20..36 são as causas normais de transmissão.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 51


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.8.8 <9> Medidas Analógicas Normalizadas M_ME_NA_1

Esta mensagem é utilizada para leitura do valor atual e os atributos dos pontos de
medida. A mensagem possui as seguintes características:

1. Cada elemento de informação contém o valor do ponto juntamente com os seus


atributos. Na UTR STD-7100 os pontos de medida podem ter como origem os Cartões
de Entrada Analógica STD-16EA2, os Multimedidores Digitais e as Medidas Digitais
provenientes de um agrupamento de entradas digitais convertidas em uma medida
(em formato binário, BCD de dois dígitos ou posicional);
2. O arranjo de diversas medidas analógicas com intervalos, resoluções e unidades muito
diferentes faz-se necessário na prática a resolução de se adotar o uso de valores
normalizados NVA (Normalized Value), em vez de valores em escala, para transmitir
as medidas analógicas. O valor está no formato normalizado de 15 bits mais um bit de
sinal, proporcionando uma faixa de valores que vai de -32768 a +32767;
3. Se SQ=0, a ASDU é composta de uma série de objetos de informação (indicados pelo
campo NUM de VSQ), cada um destes com seu próprio endereço (Information Object
Address) e um elemento de informação. Este formato é utilizado quando a mensagem
é enviada por causa espontânea (3);
4. Se SQ=1, a ASDU é composta de uma seqüência de elementos de informação NVA
(indicados pelo campo NUM de VSQ), com a estrutura descrita anteriormente, com a
direção do objeto IOA identificando o primeiro deles, sendo os demais consecutivos.
Os 6 bits menos significativos do campo qualificador da estrutura deverão conter o
número de elementos de informação (1 a 112) .Este formato é utilizado quando a
mensagem é enviada por solicitação de uma interrogação geral ou de grupo.

As condições transmitidas por cada medida estão contidas no byte QDS (Quality
Descriptor) (ver IEC 870-5-101, item 7.2.6.3) seguinte:

IV NT SB BL 0 0 0 OV

Os atributos genéricos IV, NT, SB e BL estão descritos no item 3.7.6. O Atributo


Específico OV está descrito a seguir:

OV: overflow. O valor registrado para o sinal supera o campo máximo de representação
na ASDU.

Página 52 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 0 0 1 0 0 1 Tipo de ASDU = 9

0 Número j de objetos de informação Qualificador da estrutura

Byte com a causa da transmissão Causa da transmissão

endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo

endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo

endereço bits 7..0 Endereço do objeto 1 (byte menos significativo)

endereço bits 15..8 Endereço do objeto 1 (byte mais significativo)

Valor normalizado do objeto 1 - byte menos


Valor bits 0..7
significativo

Valor normalizado do objeto 1 - byte mais


Valor bits 8..15 (bit 15 = sinal)
significativo

IV NT SB BL 0 0 0 OV Atributos do objeto 1

endereço bits 7..0 Endereço do objeto 2 (byte menos significativo)

endereço bits 15..8 Endereço do objeto 2 (byte mais significativo)

Valor normalizado do objeto 2 - byte menos


Valor bits 0..7
significativo

Valor normalizado do objeto 2 - byte mais


Valor bits 8..15 (bit 15 = sinal)
significativo

IV SB BL 0 0 0 OV Atributos do objeto 2

. .
. .
. .

endereço bits 7..0 Endereço do objeto j (byte menos significativo)

endereço bits 15..8 Endereço do objeto j (byte mais significativo)

Valor normalizado do objeto j - byte menos


Valor bits 0..7
significativo

Valor normalizado do objeto j - byte mais


Valor bits 8..15 (bit 15 = sinal)
significativo

IV NT SB BL 0 0 0 OV Atributos do objeto j

Tabela 3.8.8 - Estrutura Medidas Analógicas Normalizadas com SQ=0

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 53


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 0 0 1 0 0 1 Tipo de ASDU = 9

1 Número j de elementos de informação Qualificador da estrutura

Byte com a causa da transmissão Causa da transmissão

Endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo

Endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo

Endereço bits 7..0 Endereço do elemento 1 (byte menos significativo)

Endereço bits 15..8 Endereço do elemento 1 (byte mais significativo)

Valor bits 0..7 Valor do elemento 1 - byte menos significativo

Valor bits 8..15 (bit 15 = sinal) Valor do elemento 1 - byte mais significativo

IV NT SB BL 0 0 0 OV Atributos do elemento 1

Valor bits 0..7 Valor do elemento 2 - byte menos significativo

Valor bits 8..15 (bit 15 = sinal) Valor do elemento 2 - byte mais significativo

IV SB BL 0 0 0 OV Atributos do elemento 2

. .
. .
. .

Valor normalizado do elemento j - byte menos


Valor bits 0..7
significativo

Valor normalizado do elemento j - byte mais


Valor bits 8..15 (bit 15 = sinal)
significativo

IV NT SB BL 0 0 0 OV Atributos do elemento j

Tabela 3.8.9 - Estrutura Medidas Analógicas Normalizadas com SQ=1

Causa da transmissão:

<3> := Espontânea;
<20> := Enviada por Interrogação Geral;
<21> := Enviada por Interrogação do Grupo 1;
<22> := Enviada por Interrogação do Grupo 2;

<36> := Enviada por Interrogação do Grupo 16.

As COT=20..36 são as causas normais de transmissão.

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3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.9 INFORMAÇÕES DE SISTEMA NA DIREÇÃO DE MONITORAÇÃO.

3.9.1 <70> Fim de Inicialização M_EI_NA_1

Esta mensagem informa ao Sistema Supervisor que o processo de inicialização de um


dispositivo está terminado, trazendo a causa da inicialização. O endereço do ponto é igual
a zero. A mensagem possui o seguinte formato:

Sua estrutura da ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 1 0 0 0 1 1 0 Tipo de ASDU = 70
0 0 0 0 0 0 0 1 Qualificador da estrutura = 1
0 0 0 0 0 1 0 0 Causa da transmissão = 4
endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do elemento (byte menos sig.) = 0
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do elemento (byte mais sig.) = 0
COI Causa da inicialização

Tabela 3.9.1 - ASDU Informação Fim de Inicialização - M_EI_NA_1

Estado - Significado

00 - “power on” local


COI 01 - reset manual local
10 - reset remoto

Tabela 3.9.2 - Causa da Inicialização - M_EI_NA_1

Causa da transmissão:

Na direção de monitoração: <4> := inicializado.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 55


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.10 INFORMAÇÕES DE PROCESSO NA DIREÇÃO DE CONTROLE.

Estas mensagens são enviadas do Centro de Operação para a UTR, contendo


basicamente os seguintes tipos de informação:
- telecomandos;
- ajuste de tap;
- comando de leitura específico;
- Reset;

Os telecomandos tem por finalidade ligar/desligar dispositivos tais como disjuntores,


religadores e relés de religamento. O comando de posicionamento de tap é específico
para esta função.

A confirmação é feita pela UTR, a qual envia de volta a própria mensagem recebida do
Centro de Operação modificando a causa de transmissão. A causa da transmissão deverá
ser igual a 6 (activation) no sentido do Centro de Operação para a UTR e igual a 7
(activation confirmation) no sentido da UTR para o Centro de Operação

O bit 7 do campo qualificador da estrutura deve ter o valor 0 (SQ=0) e o número de


objetos deve ter valor 1.

Página 56 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.10.1 <45> Comando Simples C_SC_NA_1

Um comando simples vem qualificado pelo byte SCO (7.2.6.15) cuja estrutura é a
seguinte:

S/E QU 0 SCS

S/E: Execução (0) / Seleção (1). ). Este campo só admite o valor 0, ou seja, não está
implementada a seleção+execução.

QU: Qualificador de comando. Utilizar o valor binário 00000. Os atributos do comando


são definidos no dispositivo.

SCS: Estado de comando simples. Considerando que as saídas digitais sempre são
ativadas, é permitido tanto o valor 1 (ON) como 0 (OFF), ainda que, no caso de
comunicação com uma estação controlada com capacidade de executar funções lógicas,
seja muito mais comum o valor 1.

Na UTR STD-7100 os relés de saída direta de comando operam sempre em modo


monoestável, ou seja, somente deve ser utilizado o comando simples com SCS=1.
Quando é necessário o uso de saída biestável é utilizado um módulo específico para esta
função com relés de remanência.

A estrutura da ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 1 0 1 1 0 1 Tipo de ASDU = 45
0 0 0 0 0 0 0 1 Qualificador da estrutura
Causa da transmissão
endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
endereço bits 7..0 Endereço do elemento (byte menos significativo)
endereço bits 15..8 Endereço do elemento (byte mais significativo)
S/E QU 0 SCS Atributos do comando

Tabela 3.10.1 - ASDU comando de ponto simples - C_SC_NA_1

Causa da transmissão:

Na direção de controle: <6> := ativação.

Na direção de monitoração: <7> := confirmação de ativação de comando (ACTCON).

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 57


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.10.2 <46> Comando Duplo (Double command) C_DC_NA_1

Um comando duplo vem qualificado pelo byte DCO (7.2.6.16) cuja estrutura é a
seguinte:

S/E QU DCS

S/E: Execução (0) / Seleção (1). Este campo só admite o valor 0, ou seja, não está
implementada a seleção+execução.

QU: Qualificador de comando. Utilizar o valor binário 00000. Os atributos do comando


são definidos no dispositivo.

DCS: Estado de comando duplo. Segundo a norma, só são permitidos os valores binários
01 = Desligar (OFF) e 10 = Ligar (ON).

A estrutura da ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 1 0 1 1 1 0 Tipo de ASDU = 46
0 0 0 0 0 0 0 1 Qualificador da estrutura
Causa da transmissão
endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
endereço bits 7..0 Endereço do elemento (byte menos significativo)
endereço bits 15..8 Endereço do elemento (byte mais significativo)
S/E QU DCS Atributos do comando

Tabela 3.10.2 - ASDU comando de ponto duplo - C_DC_NA_1

Causa da transmissão:

Na direção de controle:

<6> := ativação. Utilizada

Na direção de monitoração:

<7> := confirmação de ativação de comando (ACTCON).

Página 58 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.10.3 <47> Comando Ajuste de Tap C_RC_NA_1.

Um comando de regulação de passo vem qualificado pelo byte RCO (7.2.6.17) cuja
estrutura é a seguinte:

S/E QU RCS

S/E: Execução (0) / Seleção (1). Este campo só admite o valor 0, ou seja, não está
implementada a seleção+execução.

QU: Qualificador de comando. Utilizar o valor binário 00000. Os atributos do comando


são definidos no dispositivo.

RCS: Estado de comando de regulação de passo. Segundo a norma, só são permitidos os


valores binários 01= Descer uma Posição (LOWER) e 10 = Subir uma Posição (HIGHER).

A estrutura da ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 0 1 0 1 1 1 1 Tipo de ASDU = 47
0 0 0 0 0 0 0 1 Qualificador da estrutura
Causa da transmissão
endereço bits 7..0 Endereço do dispositivo - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço do dispositivo - byte mais significativo
endereço bits 7..0 Endereço do ponto a comandar (byte menos sig.)
endereço bits 15..8 Endereço do ponto a comandar (byte mais sig.)
S/E QU RCS Atributos do comando

Tabela 3.10.3 - ASDU Comando de Ajuste de Tap - C_RC_NA_1

Causa da transmissão:

Na direção de controle: <6> := ativação.

Na direção de monitoração: <7> := confirmação de ativação de comando (ACTCON).

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 59


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.11 INFORMAÇÕES DE SISTEMA NA DIREÇÃO DE CONTROLE.

3.11.1 <100> Comando de Interrogação C_IC_NA_1

Este comando solicita à UTR que envie um grupo de dados. Os dados de cada dispositivo
são organizados em grupos, os quais podem ser requisitados a qualquer momento. O tipo
de dado presente nos grupos depende de cada dispositivo particular. A mensagem possui
o seguinte formato:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 1 1 0 0 1 0 0 Tipo de ASDU = 100


0 0 0 0 0 0 0 1 Qualificador da estrutura = 1
Causa da transmissão
endereço bits 7..0 Endereço do dispositivo - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço do dispositivo - byte mais significativo
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do elemento (byte menos sig.) = 0
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do elemento (byte mais sig.) = 0
QOI Qualificador da interrogação

Tabela 3.11.1 - ASDU Comando de Interrogação - C_IC_NA_1

Atributo Estado - Significado

QOI 21 a 36 - Interrogação do grupo 1 a 16

Tabela 3.11.2 - Qualificador da Interrogação - C_IC_NA_1

Causa da transmissão:

Na direção de controle:

<6> := ativação.

Na direção de monitoração:

<7> := confirmação de ativação.

<10> := terminação.

Página 60 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.11.2 <102> Comando de Leitura C_RD_NA_1

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 1 1 0 0 1 1 0 Tipo de ASDU = 102


0 0 0 0 0 0 0 1 Qualificador da estrutura = 1
Causa da transmissão
endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
endereço bits 7..0 Endereço do objeto (byte menos significativo)
endereço bits 15..8 Endereço do objeto (byte mais significativo)

Tabela 3.11.2 - ASDU Comando de Leitura C_RD_NA_1

Causa da transmissão:

Na direção de controle: <5> := pedido (request)

Na direção de monitoração: <45> := P/N = 1 confirmação negativa causa =5 pedido

3.11.3 <103> Sincronização de Relógio C_CS_NA_1

É utilizada para sincronizar a estação controlada. Esta ASDU possui uma marca de tempo
completa CP56Time2a, com sete bytes de data e hora, incluindo o ano. Neste perfil,
toma-se como referência o ano 2000 como origem de tempos para se datar os eventos.

Sua estrutura de ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 1 1 0 0 1 1 1 Tipo de ASDU = 103


0 0 0 0 0 0 0 1 Qualificador da estrutura = 1
Byte de Causa da Transmissão Causa da transmissão
Endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do Objeto (byte menos sig.) = 0
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do Objeto (byte mais sig.) = 0
CP56Time2a Etiqueta de Tempo Completa

Tabela 3.11.3 - ASDU de Sincronização de Relógio - C_CS_NA_1

Causa da transmissão:

Na direção de controle: <6> := ativação. Utilizada.

Na direção de monitoração: <7> := confirmação de ativação. Utilizada.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 61


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.11.4 <104> Comando de Teste C_TS_NA_1

Sua estrutura de ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 1 1 0 1 0 0 0 Tipo de ASDU = 104


0 0 0 0 0 0 0 1 Qualificador da estrutura = 1
Byte de Causa da Transmissão Causa da transmissão
Endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do Objeto (byte menos sig.) = 0
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do Objeto (byte mais sig.) = 0
1 0 1 0 1 0 1 0 Byte Padrão para Teste 1
0 1 0 1 0 1 0 1 Byte Padrão para Teste 2

Tabela 3.11.4 - ASDU de Comando de Teste - C_TS_NA_1

Causa da transmissão:

Na direção de controle: <6> := ativação.

Na direção de monitoração: <7> := confirmação de ativação.

3.11.5 <105> RESET C_RP_NC_1

É utilizada para enviar um comando de “reset” para a UTR. Sua estrutura de ASDU é a
seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 1 1 0 1 0 0 1 Tipo de ASDU = 105


0 0 0 0 0 0 0 1 Qualificador da estrutura = 1
Byte de Causa da Transmissão Causa da transmissão
Endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do Objeto (byte menos sig.) = 0
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do Objeto (byte mais sig.) = 0
UI8 QRP: Qualificador do Comando de Reset (7.2.6.27)

Tabela 3.11.5 - ASDU de Reset - C_RP_NC_1

Causa da transmissão:

Na direção de controle: <6> := ativação.

Na direção de monitoração: <7> := confirmação de ativação.

Página 62 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.11.6 <106> Comando de Aquisição de Delay C_CD_NA_1

Sua estrutura de ASDU é a seguinte:

Byte (bit 8.. bit 1) Significado

0 1 1 0 1 0 1 0 Tipo de ASDU = 106


0 0 0 0 0 0 0 1 Qualificador da estrutura = 1
Byte de Causa da Transmissão Causa da transmissão
Endereço bits 7..0 Endereço da ASDU - byte menos significativo
endereço bits 15..8 Endereço da ASDU - byte mais significativo
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do Objeto (byte menos sig.) = 0
0 0 0 0 0 0 0 0 Endereço do Objeto (byte mais sig.) = 0
CP16Time2a Etiqueta de Tempo de dois bytes

Tabela 3.11.6 - ASDU Comando de Aquisição de Delay - C_CD_NA_1

Causa da transmissão:

Na direção de controle: <6> := ativação.

Na direção de monitoração: <7> := confirmação de ativação.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 63


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.12 FUNÇÕES BÁSICAS DE APLICAÇÃO.

Em seguida, descrevem-se as funções básicas de aplicação utilizadas neste perfil e


representa-se a seqüência de mensagens para cada função.

Para melhor comprensão, não serão representadas somente aquelas mensagens que
levam consigo informação do nível de aplicação (ASDU), mas também as que são de
controle do nível de conexão.

3.12.1 Inicialização

O processo de inicialização de comunicação, seja por inicialização da estação controladora


ou controlada, como por falhas eventuais de comunicação, é governado pelos seguintes
critérios:

Em geral, a estação controladora tentará sempre continuar a operação normal do sistema


depois que houver uma falha de comunicação, e por isto inicializará somente os serviços
do nível de conexão necessários para a operação normal e continuará o polling normal
solicitando dados de classe 2, sem resetar o nível de conexão da estação remota ou
realizar uma interrogação geral. Isto pode ser modificado se ocorrer alguma das
seguintes condições:

Condição 1. O primeiro evento que a estação controladora recebe é uma ASDU de


finalidade de inicialização da estação controlada M_EI. Isto é indicativo de um reset local
da estação controlada. Neste caso, a estação controladora realizará uma interrogação
geral e uma sincronização antes de continuar com a operação normal.

Condição 2. Entre os eventos recuperados, encontra-se um evento de buffer de


transmissão cheio. Este evento é um ponto simples do sistema que gerará à estação
controlada quando seu buffer de transmissão de classe 1 se encontrar cheio. Não existe,
assim, garantia de que os eventos recuperados representem o estado atual da estação
remota. A estação controladora, então, esvaziará o buffer dos eventos recuperados e
realizará uma interrogação e sincronização.

Condição 3. A perda de comunicação teve uma duração superior a um tempo estipulado


considerado muito longo. Neste caso, a sucessão de eventos recuperados deve
representar o estado atual da instalação, porém a estação controladora pode optar por
ignorar os eventos recuperados e realizar uma inicialização completa com interrogação
geral.

A seqüência de pedidos da estação controladora que segue a uma recuperação de


comunicação, em função das três condições mencionadas, é a seguinte:

Inicializar e colocar disponível o nível de conexão. Para isto, a estação controladora


solicita primeiro um estado da conexão e depois um reset da conexão remota. Com esta
última mensagem, combina-se que o FCB do seguinte começa com o valor 1.

Aquisição de eventos armazenados durante o período em que não tenha havido


comunicação.

Reset do nível de aplicação. É produzido se a Condição 2 ocorrer.

Interrogação geral. É produzida se ocorrer alguma das condições: Condição 1,


Condição 2 ou Condição 3. Dado que o evento de buffer de transmissão cheio se refere
ao buffer de classe 1, a estação controladora pode optar por realizar uma interrogação
dos sinais analógicos do sistema, para atualizar corretamente seus valores.

Página 64 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

Sincronização. É produzida se ocorrer alguma das condições: Condição 1, Condição 2


ou Condição 3.

A forma que a estação controladora possui de detectar uma inicialização local da estação
controlada, ou uma falha geral na comunicação, é mediante a desconexão de seu nível de
conexão devido a pedidos de serviço sem confirmação. Uma vez que a estação
controladora repita um número determinado de vezes uma mensagem com falha (ver IEC
870-5-2), a conexão é considerada como desconectada, e a estação permanece
indefinidamente transmitindo uma mensagem de “pedido do estado de conexão” (código
da função 9 do nível de conexão) a cada certo tempo (time-out configurable).

Como a estação controladora é um sistema redundante, é preciso distinguir, em sua


inicialização, dois casos: inicialização a frio e inicialização a quente. O primeiro caso se dá
depois de uma inicialização geral do sistema, enquanto que o segundo se dá depois de
uma comutação de máquinas, e a única diferença é que na inicialização a quente tão
somente se inicializa o nível de conexão; na inicialização a frio, além disso, é feita uma
interrogação geral para inicializar o estado de todos os pontos de campo.

Durante o tempo de processo de inicialização da estação controlada, esta não admitirá


nenhum comando enviado da estação controladora, exceto o reset do nível de aplicação.
Qualquer comando recebido será recusado pela estação controlada, emitindo um NACK.

3.12.2 Aquisição de Dados por Varredura (Polling)

Em sistemas com transmissão não balanceada, esta função é fundamental para que o
Centro de Operação mantenha atualizado o valor dos pontos de supervisão da UTR. Isto
significa que o Centro de Controle deve ter a iniciativa de enviar repetidamente
mensagens de solicitação de dados para a UTR.

A seqüência de mensagens proposta é a seguinte:

– O centro requerirá continuamente dados de classe 2. Se a UTR possuir dados


provenientes de variações de pontos de medida (extrapolação da banda morta),
estes dados são enviados;

– Se a UTR não possui dados do tipo requerido (classe 2), irá responder com um
NACK;

– Se a UTR indica, no campo de controle, que possui dados de classe 1 (ACD=1), o


centro lhe faz um pedido de dados classe 1. Depois volta-se ao ciclo normal de
pedido de dados classe 2. Os dados de classe 1, provenientes de mudanças de
pontos digitais são prioritários sobre os dados de variações de pontos de medida.
Desta forma, enquanto existirem dados classe 1 disponíveis para transmissão, a UTR
os enviará, deixando pendente a transmissão de dados classe 2 durante um intervalo
de tempo. Caso ocorra um número excessivo de mudanças de pontos digitais, a UTR
intercala um pedido de dados classe 2 a cada 8 pedidos classe 1 para evitar que as
medidas fiquem desatualizadas;

Esquematicamente, representamos uma seqüência de cada caso:

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 65


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

CENTRO DE OPERAÇÃO UTR

Pedido de dados classe 2

NACK (dados classe 2 não disponíveis)

Pedido de dados classe 2

User data (dados disponíveis), Indicando, além disso, que não há dados de classe 1 disponíveis
(ACD=0)

Pedido de dados classe 2

User data (dados disponíveis), Indicando, além disso, que há dados de classe 1 disponíveis
(ACD=1)

Pedido de dados classe 1

User data (dados disponíveis)

Os pedidos de dados de classe 1 são repetidos até que o bit ACD=0.

3.12.3 Aquisição de Eventos

Os eventos (mudanças espontâneas) serão transmitidos mediante o procedimento normal


de aquisição de dados por varredura. Quando a UTR possui dados espontâneos de classe
1 pendentes para transmitir, indica-se colocando o campo do byte de controle ACD=1. O
equipamento que estiver efetuando a varredura na UTR, ao detectar o bit ACD=1, deve
interromper o seu ciclo normal de amostragem de dados classe 2 para requerir os dados
de classe 1.

As ASDU’s correspondentes a estes dados levarão a causa de transmissão <3> SPONT


(caso geral de eventos espontâneos) ou <11> RETREM (para retorno de informação
causada por um comando remoto, quando se executa o comando no tempo de
monitoração estabelecido, caso geral) ou <10> ACTTERM (para retorno de informação
causada por um comando remoto, quando se executa um comando no tempo de
monitoração estabelecido).

Página 66 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.12.4 Interrogação Geral

A função de interrogação geral é utilizada depois de cada inicialização (tanto do Centro de


Operação como da UTR), depois de cada restabelecimento de comunicaçã ou quando o
Centro de Operação o considere necessário.

Tal como indica a norma de acompanhamento, utiliza-se a ASDU C_IC ACTTERM na


direção de monitoração, o que significa que é a estação controlada a que se estabelece
quando é transmitido toda a informação requerida pelo centro.

Em uma Interrogação Geral, a UTR enviará, abaixo do pedido de dados de classe 2, toda
a informação de sua base de dados no formato sem etiqueta de tempo. As ASDU’s
utilizadas e seus comandos de envio são descritos a seguir:
- Sinais digitais simples M_SP_NA_1
- Sinais digitais duplos M_DP_NA_1
- Medidas com valores normalizados M_ME_NA_1
- Posições de passo M_ST_NA_1
- Sinais de informação do sistema M_SP_NA_1

Assim mesmo, a norma sinaliza que a interrogação geral não tem que ser tomada
exclusivamente como uma interrogação global de todo o conjunto de pontos da estação
controlada, também pode ser sobre um subconjunto de pontos, ou seja, sobre um grupo;
em tal caso, tal subconjunto será especificado no qualificador de interrogação (QOI,
Qualifier Of Interrogation) do comando C_IC ACT.

A definição de Grupos de sinais é estabelecida na configuração da UTR. Deve-se ter


cuidado especial durante uma interrogação, já que podem ser produzidos eventos que
modifiquem os valores que estão sendo interrogados.

Para resolver esta incerteza sobre os valores atualizados dos sinais, o sistema proposto
deve verificar se já foram enviados no processo de interrogação os pontos que sofreram
mudanças.

No caso de terem sido enviados, atualiza-se a imagem do processo na UTR e enviam-se


posteriormente as mudanças, tanto se forem de classe 1 como se forem de classe 2, já
que neste caso os dados de classe 2 também são imprescindíveis para atualizar as
medidas no posto central.

No caso dos pontos afetados pelas mudanças não terem sido enviados na interrogação,
os dados de classe 1 na UTR e a imagem do processo dos pontos afetados que faltam ser
enviados não será atualizada, até que sejam enviados ao Centro de Operação todas as
mudanças com mensagens de classe 1. Neste caso, as mudanças de classe 2 não são
enviadas, já que os valores destas medidas são atualizados no posto central quando se
interrogam os pontos afetados por estas mudanças.

Quando no meio do envio de dados de classe 2 da interrogação geral, o equipamento que


está efetuando a varredura da UTR recebe uma mensagem com o bit ACD=1, essa
deverá pedir dados de classe 1 até que a estação controlada lhe indique que não há mais
mudanças pendentes de se enviar.

Esquematicamente, a seqüência de mensagens que gera uma interrogação geral é a


seguinte:

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 67


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

CENTRO DE OPERAÇÃO UTR

C_IC ACT (comando de interrogação geral)

Confirmação

… (pode haver Request por meio sem dados disponíveis)

Request (Pedido de dados classe 2)

C_IC ACTCON (confirmação de interrogação geral)

… (pode haver Request por meio sem dados disponíveis)

Request (Pedido de dados classe 2)

User data (dados disponíveis contendo a informação interrogada)

Request (Pedido de dados classe 2)

User data (dados disponíveis contendo a informação interrogada)

Request (Pedido de dados classe 2)

C_IC ACTTERM (final de interrogação geral)

Página 68 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.12.5 Sincronização

Como a função de interrogação geral, a função de sincronização é utilizada nos seguintes


casos:
– Depois de cada inicialização (tanto do Centro de Operação como da UTR);
– Depois de cada recuperação de comunicação;
– Ciclicamente com um período configurável na estação controladora para evitar
desvios dos relógios.

As UTR’s colocam etiquetas de tempo inexatas (ativando o bit IV do campo CP56Time2a)


nos eventos quando detectam alguma causa pela qual a etiqueta de tempo possa não
conter uma informação correta (GPS não funciona etc…). As UTR’s que não tenham um
GPS operativo atualizam o seu relógio sempre que recebem uma mensagem de
sincronização.

Esquematicamente, a seqüência de mensagens que gera uma sincronização é a seguinte:

CENTRO DE OPERAÇÃO UTR

C_CS ACT (comando de sincronização)

Confirmação

A partir deste momento, a utr garantirá que não enviará C_CS ACTCON até não haver transmitido
todos os eventos pendentes com horário antigo.

Continuar-se-ia com o restante de mensagens com dados classe 1 necessários para esvaziar o
buffer de eventos anteriores à nova hora; a partir daqui continuamos com o processo normal de
sincronização:

Pedido de dados classe 2

C_CS ACTCON (Confirmação de sincronização). Inclui ASDU com a diferença entre o tempo de
relógio da estação controlada e o tempo recebido na mensagem, ou seja, com o desvio de seu
relógio

A partir daqui continuar-se-á com o resto de mensagens com dados de classe 1 necessários para
esvaziar o buffer de eventos posteriores à nova hora. Os eventos vêm datados com a nova hora.

Pedido de dados classe 1

User data (dados disponíveis de classe 1) – horário novo

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 69


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.12.6 Reset

O reset da camada de aplicação da estação controlada será realizado mediante um


comando de reset com ASDU C_RP_NA_1 com QRP=1. Este reset afeta somente a
comunicação com o Centro de Operação que o enviou. A estação controlada deve limpar
os buffers de transmissão de dados classe 1, classe 2 e reinicializar as máquinas de
estados da camada de aplicação. O seguinte esquema mostra a seqüência de mensagens
que deve ser realizada para produzir o reset da estação controlada.

CENTRO DE OPERAÇÃO UTR

C_RP ACT (comando de Reset)

Confirmação

… (pode haver Request por meio sem dados disponíveis)

Pedido de dados classe 2

C_RP ACTCON (confirmação de Reset)

… (pode haver Request por meio sem dados disponíveis)

Request (Pedido de dados classe 2)

NACK (não há dados disponíveis de classe 2)

… (pode haver Request por meio sem dados disponíveis)

Request (Pedido de dados classe 2)

NACK (não há dados disponíveis de classe 2), Indicando, além disso, que possui dados de classe 1
disponíveis (ACD=1)

Pedido de dados classe 1

M_EI (End of Initialization).

Página 70 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.12.7 Envio de Comandos

Basicamente um comando é utilizado para provocar uma mudança de estado de um


elemento físico (disjuntores, seccionadores ou comutador de tap) ou executar alguma
função no equipamento (reset, inicialização).

A estação controladora receberá, mediante estados digitais ou valores de estado, os


diferentes estados finais da seqüência e administrará, com isto, a comunicação com a
estação controlada.

Dos procedimentos padrões que existem (execução direta e seleção + execução), serão
utilizados unicamente a execução direta, sem seleção prévia:

Direct comand transmission.

Direct set-point command transmission.

Estes comandos serão incluídos entre os de maior prioridade, devendo a estação


controlada, depois de receber o comando, incluir a aceitação ou rejeição do comando no
buffer de transmissão antes dos demais comandos de menor prioridade.

O uso do ACTCON será usado para indicar à estação controladora se o comando é aceito
ou se é rejeitado.

A admissão de comandos, quando existirem comandos anteriores em execução, será


determinada pela lógica interna da estação controlada. No caso do comando não ser
admitido por este ou outros motivos que impeçam sua execução, haverá uma resposta
com confirmação negativa de comando. (ACTCON com causa = 7 e P/N = 1).

A estação controladora poderá emitir um novo comando sempre que tiver recebido o
ACTCON da anterior.

A monitoração da execução de uma seqüência desencadeada por ação de um comando


será realizada tanto na estação controlada como na estação controladora.

Na estação controlada, o motivo da transmissão das informações de retorno causadas


pela execução da seqüência, dentro do tempo de monitoração do comando, devem ser
transmitidas com COT=<11>, indicando retorno de informação causado por um
comando remoto. O motivo de transmissão das informações de retorno, conseqüência da
execução da seqüência, fora do tempo de monitoração do comando, devem ser
transmitidas com COT=<3>, indicando retorno de informação por causa espontânea.

A estação controladora não gerará alarmes dos sinais recebidos com COT=<11>, mas
sim dos sinais recebidos com COT=<3>. Empregando este mecanismo, somente é
possível gerar alarme no fim da temporização do comando, já que as mensagens
recebidas posteriormente com COT=<11>, como complemento do comando, não gerarão
alarme, indicando ao operador a necessidade de se ajustar o temporizador.

O ACTTERM será utilizado naquelas ASDU’s de retorno de comandos ou ajustes cujos


eventos não admitam a COT=<11> (como é o caso dos comandos monitorados por
entradas analógicas) para indicar à estação controladora a finalização de um comando, e
que a UTR está pronta para aceitar um novo comando.

Esquematicamente, podemos resumir a seqüência de mensagens que são geradas com o


envio de um comando do seguinte modo:

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 71


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

CENTRO DE OPERAÇÃO UTR

C_SC, C_DC, C_SE, C_RC ACT (Comando de execução direta, primitiva A_EXCO)

Confirmação

… (pode haver Request por meio sem dados disponíveis)

Request (Pedido de dados classe 2)

C_SC, C_DC, C_SE, C_RC ACTCON (confirmação de execução, primitiva A_EXCO)

… (pode haver Request por meio sem dados disponíveis referente ao comando)

Request (Pedido de dados classe 2)

M_SP, M_DP, M_ST (informação de retorno do estado do elemento telecomandado, primitiva


A_RETURN_INF). Campo COT (Cause of transmision) 11 o 3.

… (pode haver mais sinalização de retorno causada pelo comando, tanto mais complexo seja a
seqüência lógica iniciada pelo mesmo)

Request (Pedido de dados classe 2)

C_SC, C_DC,CSE, C_RC, com ACTTERM (final de comando) para ASDUs sem COT <11>

Página 72 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.13 DOCUMENTO DE INTEROPERABILIDADE

A seguir, inclui-se o documento de Interoperabilidade recolhido da Norma de


Acompanhamento IEC-870-5-101, sinalizando as opções que este Perfil inclui.

3.13.1 Network Configuration

(network-specific parameter)

[ x ] Point-to-point [ x ] Multipont-party line


[ x ] Multiple point-to point [ ] Multipont-star

3.13.2 Phisical Layer

(network-specific parameter)

Transmission speed (control drirection)

Unbalance interchange Unbalanced interchange Balanced interchange


circuit V.24 / V.28 circuit V.24 / V.28 circuit X.24 / X.27
Standard Recommended if > 1200 bit/s

[ ] 100 bit/s [ x ] 2400 bit/s [ ] 2400 bit/s [ ] 56000 bit/s


[ ] 200 bit/s [ x ] 4800 bit/s [ ] 4800 bit/s [ ] 64000 bit/s
[ ] 300 bit/s [ x ] 9600 bit/s [ ] 9600 bit/s
[ ] 600 bit/s [ x ] 19200 bit/s [ ] 19200 bit/s
[x ] 1200 bit/s [ ] 38400 bis/s

Transmission speed (monitor drirection)

Unbalance interchange Unbalanced interchange Balanced interchange


circuit V.24 / V.28 circuit V.24 / V.28 circuit X.24 / X.27
Standard Recommended if > 1200 bit/s

[ ] 100 bit/s [ x ] 2400 bit/s [ ] 2400 bit/s [ ] 56000 bit/s


[ ] 200 bit/s [ x ] 4800 bit/s [ ] 4800 bit/s [ ] 64000 bit/s
[ ] 300 bit/s [ x ] 9600 bit/s [ ] 9600 bit/
[ ] 600 bit/s [ x ] 19200 bit/s [ ] 19200 bit/s
[x ] 1200 bit/s [ ] 38400 bis/s

3.13.3 Link Layer

(network-specific parameter)

Frame format FT1.2, single caracter 1 and the fixed time out interval are used exclusively
in this companion standard.

Link transmission procedure Address field of the link


[ ] Balanced transmission [ ] Not present (balanced transmission only)
[ x ] Unbalanced transmission [ ] One octet
[ x ] Two octetes
Frame length [ ] Structured
255 Maximum length L (number of octets) [ x ] Unstructured

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 73


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.13.4 Application Layer

Transmission mode of application data

Mode 1 (Byte (octeto) menos significativo primeiro), commo definido em 4.10 do


IEC/870-5-4, é usado exclusivamente nesta “companion standard”.

Common address of ASDU (system-specific parameter)

[ ] One octet [ x ] Two octets

Information object address (system-specific parameter)

[ ] 1 octet [ ] Structured
[ ] 2 octets [ x ] Unstructured
[ x ] 3 octets

Cause of transmission (system-specific parameter)

[ x ] One octet [ ] Two octets (with originator address)

Selection of standard ASDUs

Process information in monitor direction (station-specific parameter)

[ x ] <1> := Single-point information M_SP_NA_1


[ x ] <2> := Single-point information with time tag M_SP_TA_1
[ x ] <3> := Double-point information M_DP_NA_1
[ x ] <4> := Double-point information with time tag M_DP_TA_1
[ x ] <5> := Step position information M_ST_NA_1
[ ] <6> := Step position information with time tag M_ST_TA_1
[ ] <7> := Bitstring of 32 bit M_BO_NA_1
[ ] <8> := Bitstring of 32 bit with time tag M_BO_TA_1
[ x ] <9> := Measured value, normalized value M_ME_NA_1
[ ] <10> := Measured value, normalized value with time tag M_ME_TA_1
[ ] <11> := Measured value, scaled value M_ME_NB_1
[ ] <12> := Measured value, scaled value with time tag M_ME_TB_1
[ ] <13> := Measured value, short floating point value M_ME_NC_1
[ ] <14> := Measured value, short floating point value with time tag M_ME_TC_1
[ ] <15> := Integrated totals M_IT_NA_1
[ ] <16> := Integrated totals with time tag M_IN_TA_1
[ ] <17> := Event of protection equipment with time tag M_EP_TA_1
[ ] <18> := Packed start events of protection equipment with time tag M_EP_TB_1
[ ] <19> := Packed output circuit info of protection equip. with time tag M_EP_TC_1
[ ] <20> := Packed single-point information with status change detection M_PS_NA_1
[ ] <21> := Measured value, normalized value without quality descriptor M_ME_ND_1
[ x ] <30> := Single-point information with time tag CP56Time2a M_SP_TB_1
[ x ] <31> := Double-point information with time tag CP56Time2a M_DP_TB_1
[ ] <32> := Step position information with time tag CP56Time2a M_ST_TB_1
[ ] <33> := Bitstring of 32 bit with time tag CP56Time2a M_BO_TB_1
[ ] <34> := Measured value, normalized value with time tag CP56Time2a M_ME_TD_1
[ ] <35> := Measured value, scaled value with time tag CP56Time2a M_ME_TE_1
[ ] <36> := Measured value, short floating value with time tag CP56Time2a M_ME_TF_1
[ ] <37> := Integrated totals with time tag CP56Time2a M_IT_TB_1
[ ] <38> := Event of protection equipment with time tag CP56Time2a M_EP_TD_1
:= Packed start events of protection equipment with time tag
[ ] <39> M_EP_TE_1
CP56Time2a
:= Event output circuit information of protection equipment with
[ ] <40> M_EP_TF_1
time tag CP56Time2a

Página 74 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

Process information in control direction (station-specific parameter)

[ x ] <45> := Single command C_SC_NA_1


[ x ] <46> := Double command C_DC_NA_1
[ x ] <47> := Regulating step command C_RC_NA_1
[ ] <48> := Set point command, normalized value C_SE_NA_1
[ ] <49> := Set point command, scaled value C_SE_NB_1
[ ] <50> := Set point command, short floating point value C_SE_NC_1
[ ] <51> := Bitstring of 32 bit C_BO_NA_1

System information in monitor direction (station-specific parameter)

[ x ] <70> := End of initialization M_EI_NA_1

System information in control direction (station-specific parameter)

[ x ] <100> := Interrogation command C_IC_NA_1


[ ] <101> := Counter interrogation command C_CI_NA_1
[ x ] <102> := Read command C_RD_NA_1
[ x ] <103> := Clock syncrhronization command C_CS_NA_1
[ x ] <104> := Test command C_TS_NB_1
[ x ] <105> := Reset process command C_RP_NC_1
[ x ] <106> := Delay acquisition command C_CD_NA_1

Parameter in control direction (station-specific parameter)

[ ] <110> := Parameter of measured value, normalized value P_ME_NA_1


[ ] <111> := Parameter of measured value, scaled value P_ME_NB_1
[ ] <112> := Parameter of measured value, short floating point value P_ME_NC_1
[ ] <113> := Parameter activation P_AC_NA_1

File transfer (station-specific parameter)

[ ] <120> := File ready F_FR_NA_1


[ ] <121> := Section ready F_SR_NA_1
[ ] <122> := Call directory, select file, call file call section F_SC_NA_1
[ ] <123> := Last section, last segment F_LS_NA_1
[ ] <124> := Ack file, ack section F_AF_NA_1
[ ] <125> := Segment F_SG_NA_1
[ ] <126> := Directory F_DR_TA_1

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 75


3. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO IEC 60870-5-101

3.14 BASIC APPLICATION FUNCTIONS

Station initialization (station-specific parameter)

[ x ] Remote initialization

General interrogation (system- or station-specific parameter)

[ x ] Global
[ ] Group 1 [ ] Group 7 [ ] Group 13
[ ] Group 2 [ ] Group 8 [ ] Group 14
[ ] Group 3 [ ] Group 9 [ ] Group 15
[ ] Group 4 [ ] Group 10 [ ] Group 16
[ ] Group 5 [ ] Group 11
[ ] Group 6 [ ] Group 12

Addresses per group have to be defined

Clock synchronization (station-specific parameter)

[ x ] Clock synchronization

Command transmission (object-specific parameter)

[ x ] Direct command transmission [ ] Select and execute command


[ ] Direct set point command transmission [ ] Select and execute set point command
[ x ] C_SE ACTTERM used
[ ] No additional definition
[ ] Short pulse duration (duration determined by a system parameter in the outstation)
[ ] Long pulse duration (duration determined by a system parameter in the outstation)
[ ] Persistent output

Transmission of integrated totals (station- or object-specific parameter)

[ ] Counter request [ ] General request counter


[ ] Counter freeze without reset [ ] Request counter group 1
[ ] Counter freeze with reset [ ] Request counter group 2
[ ] Counter reset [ ] Request counter group 3
[ ] Request counter group 4
Addresses per group have to be defined

Parameter loading (object-specific parameter)

[ ] Threshold value
[ ] Smoothing factor
[ ] Low limit for transmission of measured value
[ ] High-limit for transmission of measured value

Parameter activation (object-specific parameter)

[ ] Act/deact of persistent cyclic or periodic transmission of the addressed object

File transfer (station-specific parameter)

[ ] File transfer in monitor direction


[ ] File transfer in control direction

Página 76 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

SEÇÃO 4
DEFINIÇÕES DO
PROTOCOLO
DNP3.0

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 77


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

Página 78 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.1 INTRODUÇÃO

O protocolo DNP foi desenvolvido pela Harris Controls baseado nas versões mais antigas
da norma de especificação de protocolo para telecontrole IEC60870-5. A especificação do
protocolo é controlada atualmente pelo DNP Users Group.

O protocolo DNP3 utiliza um modelo simplificado de tres camadas baseado na estrutura


ISO OSI. Este modelo, definido pelo IEC, contém apenas as camadas física, de enlace e
de aplicação, sendo denominado de Enhanced Performance Architecture (EPA). O modelo
ISO OSI (International Standards Organization Open System Interconnection) define sete
camadas.

Camada do Usuário
(User Layer)

Camada de Aplicação
(Application Layer)

Camada de Enlace de Dados


(Data Link Layer)

Camada Física
(Physical Layer)

Meio de Comunicação

Figura 4.1 – Estrutura da Enhanced Performance Architecture (EPA)

4.1.1 Camada Física

A camada física recomendada para o enlace de dados é do tipo serial assíncrono com 8
bitas de dados, 1 start bit, 1 stop bit, sem paridade. A UTR é um dispositivo do tipo DTE
(Data Terminal Equipment) descrito pela norma CCITT V.24.

Os canais seriais assíncronos utilizados pela UTR para comunicação com os centros de
operação utilizam padrão elétrico RS232 ou RS485. Estes canais podem ser conectados a
equipamentos de comunicação (DCE) tais como MODEM´s analógicos, canais digitais ou
conversores para fibra ótica.

Os canais seriais assíncronos utilizados pela UTR para comunicação com os IED´s, sub-
bastidores escravos ou sub-UTR´s utilizam padrão elétrico RS485. Os canais de
comunicação padrão RS485 podem ser convertidos para fibra ótica caso seja necessário
na instalação.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 79


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

A camada física fornece tres serviços básicos:

Send (envio), Receive (recepção) e Status (estado).

− O serviço Send converte os bytes de dados em bits em formato serial. Este


serviço também fornece os sinais de controle;

− O serviço Receive deve receber os bits em formato serial;

− O serviço Status deve informar o estado do meio físico através dos sinais da
interface;

A comunicação pode ser feita em modo ponto a ponto ou multiponto. A comunicação


ponto a ponto permite maior rapidez no envio das informações já que o tráfego ocupa um
canal exclusivo. A comunicação ponto a ponto normalmente é feita para Unidades
Terminais Remotas ou concentradores que possuem um volume maior de dados.

A comunicação multiponto normalmente é feita para pequenas UTR´s ou IED´visando


economia, já que um canal de comunicação pode ser compartilhado por diversos
dispositivos. O padrão elétrico mais utilizado para comunicações multiponto em
instalações elétricas é o RS485. Uma rede com padrão elétrico RS485 permite que até 32
dispositivos compartilhem o mesmo canal. A principal desvantagem do canal multiponto é
a demora na atualização dos dados porque os dipositivos são questionados um de cada
vez.

O protocolo DNP3.0 pode também ser implementado utilizando canal TCP/IP. Neste caso
abre-se um leque enorme de possibilidades de conexão utilizando as redes TCP/IP. Isto
proporciona uma grande economia em meios de comunicação porque estas redes estão
bastante difundidas e interconectadas através da internet. O formato das mensagens
para canal TCP/IP é igual ao formato utilizado para canal serial assíncrono.

4.1.2 Camada de Enlace de Dados

A camada de enlace de dados é destinada a enviar e receber pacotes de dados chamados


de quadros (frames). Os serviços desta camada podem detectar erros na recepção e
também recepção duplicada de quadros. Uma mensagem de aplicação pode utilizar mais
de um quadro para ser enviada.

Um quadro DNP3 consiste de um cabeçalho (header) e uma seção de dados. A seção de


dados (data) contém as informações que deverão ser passadas para a camada de
aplicação.

Quadro (Frame) DNP3


Header Data

Cabeçalho (Header)
Destination Source
Sync Length Link Control CRC
Address Address

Página 80 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

O cabeçalho carrega as seguintes informações:

− Todo quadro inicia com dois bytes Sync (sincronismo). Estes dois bytes destinam-
se a informar ao receptor o início de um novo quadro;

− O campo Length (tamanho) informa o número de bytes que possui o restante do


quadro sem incluir os bytes de CRC;

− O byte denominado Link Control (controle de enlace) é utilizado para coordenar


as atividades entre transmissão e recepção na camada de enlace;

− O campo Source Address (endereço de origem ) informa o endereço do


dispositivo que enviou o quadro;

− O campo Destination Address (endereço de destino) informa o endereço da


estação para a qual está sendo enviado o quadro;

− O campo CRC (cyclic redundance check) possui dois bytes destinados à


verificação do correto recebimento das informações.

Podem ser utilizados 65520 endereços individuais para os dispositivos. Cada dispositivo
deve possuir um único endereço. Tres endereços de destino são reservados para
mensagens do tipo “broadcast”, ou seja, mensagens que devem ser recebidas e
processadas por todos os dipositivos. Treze endereços são reservados para aplicações
futuras.

O campo de dados (data) possui dois bytes de CRC para cada 16 bytes de dados. Esta
caracteristica proporciona alto grau de segurança na detecção de erros no recebimento
do quadro.

O número máximo de bytes permitido em um campo de dados é 250 sem incluir os bytes
de CRC. O número máximo de bytes que pode conter um quadro é 292 incluindo todos os
bytes de cabeçalho e CRC.

Caso seja necessária uma maior segurança no envio e recebimento dos quadros pode-se
utilizar a função de confirmação de camada de enlace (link layer confirmation). Esta
função é opcional e opera da seguinte maneira:
− O transmissor solicita do receptor uma mensagem confirmando o correto
recebimento do quadro;
− O transmissor retransmite o quadro se não receber a mensagem de confirmação
de recepção.

A função de confirmação de camada de enlace torna a comunicação mais lenta, já que a


cada quadro transmitido é enviada uma mensagem extra de confirmação de recebimento.
Esta função é útil no caso de comunicação balanceada, onde qualquer dispositivo pode
tomar a iniciativa da transmissão. Neste caso a mensagem de confirmação indica o
recebimento do quadro pelo dispositivo de destino.

No caso de comunicação desbalanceada ou do tipo mestre escravo, esta função é de


pouca utilidade pelo seguinte motivo: se uma mensagem de interrogação do dispositivo
mestre for recebida com erros pelo receptor, este não enviará a resposta, fazendo com
que o transmissor retransmita a solicitação.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 81


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.1.3 Pseudo Camada de Transporte

No protocolo DNP3 a camada de transporte é incorporada na camada de aplicação, por


isso o uso do termo pseudo camada de transporte. Esta camada utiliza somente um byte
dentro da seção de dados (data) do quadro.

A camada de transporte, do lado do transmissor, quebra uma mensagem da camada de


aplicação em blocos de dados que podem ser transmitidos no campo data (seção de
dados) do quadro.

No lado do receptor, a camada de transporte ordena as informações recebidas nos


quadros para compor as mensagens da camada de aplicação.

4.1.4 Camada de Aplicação

A camada de aplicação do protocolo DNP3 é baseada nas normas mais antigas IEC870-5-
3 e IEC870-5-4. Estruturalmente a PDU (Protocol Data Unit) atende à descrição de uma
APDU (Application Protocol Data Unit) definida pelo IEC.

O usuário envia o Dado de Aplicação do Usuário para a Camada de Aplicação onde é


convertido em uma mensagem denominada ASDU (Application Service Data Unit ou
Unidade de Dados do Serviço de Aplicação).

No protocolo DNP3, os Dados de Aplicação do Usuário são convertidos em múltiplas


ASDU´s. Cada ASDU é prefixada com a APCI (Application Protocol Control Information ou
Informação de Controle de Protocolo de Aplicação) tornando-se uma APDU (Application
Protocol Data Unit).

4.1.4.1 Fragmentos

No protocolo DNP3, cada APDU que é parte de um conjunto de APDU´s é denominada de


fragmento. Um conjunto de APDU´s também é denominado múltipla APDU. Existem
regras na formação de um fragmento as quais são apresentadas a seguir:

− Cada fragmento contém somente objetos de dados completos;

− O campo de função da APCI é idêntico em cada fragmento da mesma mensagem


(múltipla APDU), fazendo com que só exista um tipo de objeto de informação em
cada mensagem composta por uma ou múltiplas APDU´s.

Portanto não existirá fragmentação de objetos de informação entre APDU´s e a


mesma operação deve ser realizada para cada objeto na mensagem.

Esta regra existe para assegurar que cada fragmento possa ser corretamente processado
e também implica que cada ASDU contém somente objetos de dados completos.

A Camada de Aplicação recebe as múltiplas APDU´s (uma de cada vez) das quais remove
a APCI para obter a ASDU e compõe as ASDU´s nos Dados de Aplicação do Usuário.

Página 82 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.1.4.1 Dados do tipo “static”

O termo static (estático) significa o valor atual de um dado:

• O valor estático de uma entrada digital refere-se ao valor atual da entrada. O valor
ou estado de uma entrada digital pode ser nível 1 ou 0;

• O valor estático de um dado analógico refere-se ao valor deste dado no momento do


seu envio.

O protocolo DNP3 permite a transmissão de alguns ou todos os dados estáticos de um


dispositivo.

4.1.4.2 Eventos no Protocolo DNP3.0

Os eventos no protocolo DNP3 são associados com uma ocorrência. Exemplos de eventos
são os seguintes:

• Mudanças de estado de pontos digitais. . Um evento ocorre quando uma entrada


digital muda de estado 1 para 0 ou zero para 1;

• Valores analógicos ultrapassando limites ou quando um valor analógico sofre uma


variação que extrapola o limite da banda morta.

O protocolo pode fornecer registros de eventos com ou sem etiqueta de tempo.

Os eventos no protocolo DNP3 são divididos em tres classes:

• Os eventos de classe 1 são considerados de maior prioridade que os eventos classe


2;

• Da mesma forma, os eventos de classe 2 são considerados de maior prioridade que


os eventos de classe 3.

A camada de usuário pode requisitar à camada de aplicação a solicitação de eventos


classe 1, 2 ou 3.

4.1.4.2 Formatos de Dados no Protocolo DNP3.0

O protocolo DNP3 pode tratar dados em diversos formatos. Por exemplo, os valores
analógicos estáticos podem ser representados nos seguintes tipos de dados:

1. valor inteiro de 32 bits com atributo;


2. valor inteiro de 16 bits com atributo;
3. valor inteiro de 32 bits;
4. valor inteiro de 16 bits
5. valor em ponto flutuante de 32 bits com atributo;
6. valor em ponto flutuante de 64 bits com atributo.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 83


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

O campo atributo (flag) é um byte do qual os bits possuem funções de indicação de


estado sobre o valor apresentado.

Os eventos analógicos podem ser representados nas seguintes variações:

1. valor inteiro de 32 bits com atributo;


2. valor inteiro de 16 bits com atributo;
3. valor inteiro de 32 bits com atributo e etiqueta de tempo;
4. valor inteiro de 16 bits com atributo e etiqueta de tempo;
5. valor em ponto flutuante de 32 bits e etiqueta de tempo;
6. valor em ponto flutuante de 64-bit com atributo;
7. valor em ponto flutuante de 32-bit com atributo e etiqueta de tempo;
8. valor em ponto flutuante de 32-bit com atributo e etiqueta de tempo.

O campo atributo possui as mesmas informações utilizadas para os valores analógicos


estáticos. Os valores analógicos estáticos são informados utilizando-se o objeto de
número 30 o qual possui seis variações. Os eventos analógicos são informados utilizando-
se o objeto de número 32 o qual possui oito variações.

Quando um dispositivo DNP3 transmite uma mensagem contendo os dados solicitados,


estão presentes o número e a variação de cada objeto dentro da mensagem.

Todos os tipos de dados são identificados pelos números e a variação dos objetos.

A definição de quais objetos e variações são atendidos assegura a interoperabilidade


entre os dispositivos.

A tabela a seguir apresenta os tipos de dados disponíveis:

Tipo de Dado Símbolo Descrição

1. UNSIGNED INTEGER UI Inteiro sem sinal


2. INTEGER I Inteiro com sinal
3. UNSIGNED FIXED POINT UF Ponto fixo sem sinal
4. FIXED POINT F Ponto fixo com sinal
5. REAL R Ponto Flutuante com sinal
6. BITSTRING BS Conjunto de bits onde um dado lógico ou
Booleano é um bitstring de tamanho 1
7. OCTETSTRING OS Conjunto de Bytes (octetos)

4.1.4.3 Tamanho dos Dados

Cada elemento de infrmação é composto por um tipo de dado e um tamanho. O tamanho


do dado (i) é colocado após o símbolo do tipo do dado, indicando o tamanho do campo de
dados em bits ou bytes (octetos). Por exemplo: BS12 especifica um dado do tipo bitstring
de 12 bits.

Página 84 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.1.4.4 Procedimento para Envio de Informações no Protocolo DNP3.0

A camada de usuário compõe a requisição de dados informando à camada de aplicação o


tipo de função (leitura por exemplo) e especificando quais objetos. A requisição pode
especificar um determinado objeto ou uma determinada quantidade de objetos de um
endereço inicial até um endereço final.

Os seguintes passos são seguidos para o envio das informações de supervisão pela UTR:
• A camada de aplicação encaminha a requisição para a camada de enlace;
• A camada de enlace efetivamente envia a mensagem para o receptor (software
SCADA);
• A camada de enlace no receptor verifica a integridade dos dados recebidos
através da comparação do CRC recebido com o CRC calculado e encaminha as
informações para a camada de aplicação;
• Na camada de aplicação a mensagem é recomposta e os objetos de informação e
suas variações são recuperados para apresentação ao operador.

O procedimento de envio de mensagens pelo SCADA para a UTR é similar ao


procedimento apresentado.

4.1.4.5 Níveis de Implementação do Protocolo DNP3.0

Os dispositivos não precisam efetivamente disponibilizar todas as funções do protocolo


para operar.

Alguns dispositivos possuem limitações físicas de processamento e memória que limitam


a implementação de todas as características do protocolo.

Por estes motivos a disponibilidade de funções foi classificada em tres níveis:

• Nível 1 que possui somente as funções básicas sendo que todas as outras são
opcionais;

• Nível 2 que trata um conjunto maior de funções;

• Nível 3 com todas as funcionalidades. dentro de cada nível somente certas


combinações de formatos de solicitação e resposta são requeridos

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 85


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.2 OBJETOS DE ENTRADA DIGITAL (BINARY INPUT OBJECT)

Os objetos do grupo “Binary Input” contém todos os objetos que representam


informações de estado digital. Estas informações podem representar níveis de tensão em
entradas digitais ou níveis lógicos que representam informações de estado ou resultado
de operações booleanas. Os números 1 a 9 são reservados para estes objetos.

4.2.1 Single-bit Binary Input

Data Object 01 - Variation: 01 Type: Static

4.2.1.1 Descrição

O objeto single-bit binary input representa o estado de um ponto de entrada digital


(hardware or software).

Este tipo de objeto é utilizado para enviar estados de entradas digitais (físicas ou lógicas)
em um formato compactado. A transmissão dos objetos de dados é sempre feita em
bytes (octetos) completos com as posições não ocupadas em nível zero.

O estado de cada entrada digital é representado através de um bit de informação (BS1)


que pode assumir dois níveis (0 e 1) <0,1 BIN>.

4.2.1.2 Codificação do Objeto

BS1 [0..0]
State = BS1 [0] <0,1 BIN>

O exemplo a seguir mostra o agrupamento de n objetos:

7 6 5 4 3 2 1 0
15 14 13 12 11 10 9 8

0 0 0 n n-1 n-2 n-3 n-4

Página 86 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.2.2 Binary Input with Status

Data Object 01 - Variation: 02 Type: Static

4.2.2.1 Descrição

O objeto binary input with status é utilizado para representar o estado de um ponto de
entrada digital incluindo um conjunto de atributos. O ponto pode ser gerado por
hardware ou software. Este objeto de informação ocupa um byte (oito bits). A função de
cada bit é apresentada na tabela a seguir:

Bit Nome Estados / Descrição


Nível 0 = off-line e Nível 1 = on-line.
O bit on-line quando ativo (em nível 1) indica que o ponto
0 on-line de entrada digital foi lido coretamente. Se este atributo
está no estado off-line (em nível 0), o estado do ponto de
entrada digital pode não estar correto
Nível 0 = normal e Nível 1 = restart.
O bit restart quando ativo (em nível 1) indica que o
1 restart
dipositivo que gerou a informação de estado do ponto de
entrada digital está reiniciando
Nível 0 = normal e Nível 1 = lost.
O bit communication lost quando ativo (em nível 1)
2 communication lost indica que o dispositivo que gerou a informação de estado
do ponto de entrada digital está em falha de comunicação
com o concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
O bit remote forced data quando ativo (em nível 1)
3 remote forced data
indica que o estado da entrada digital foi forçado no
dispositivo de origem (IED)
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
4 local forced data O bit local forced data quando ativo (em nível 1) indica
que o estado da entrada digital foi forçado no concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = filter on.
O bit chatter filter quando ativo (em nível 1) indica que o
5 chatter filter
ponto de entrada digital está sob o efeito de um recurso
anti avalanche de eventos (anti chattering)

6 - Reservado

O bit state indica o estado atual do ponto de entrada


7 state
digital (zero ou um)

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 87


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.2.2.2 Codificação do Objeto

7 6 5 4 3 2 1 0

BS8 [0..7]
On-line = BS1 [0] <0, off-line; 1, on-line>
Restart = BS1 [1] <0, normal; 1, restart>
Communication lost = BS1 [2] <0, normal; 1, lost>
Remote forced data = BS1 [3] <0, normal; 1, forced>
Local forced data = BS1 [4] <0, normal; 1, forced>
Chatter filter = BS1 [5] <0, normal; 1, filter on>
Reserved = BS1 [6] <0>
State = BS1 [7] <0, 1 BIN>

Página 88 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.2.3 Binary Input Change without Time

Data Object 02 - Variation: 01 Type: Event

4.2.3.1 Descrição

O objeto binary input change without time é utilizado para representar a mudança de
estado de um ponto de entrada digital incluindo um conjunto de atributos. O ponto pode
ser gerado por hardware ou software.

Este objeto de informação ocupa um byte (oito bits). A função de cada bit é apresentada
na tabela a seguir:

Bit Nome Descrição


Nível 0 = off-line e Nível 1 = on-line.
O bit on-line quando ativo (em nível 1) indica que o ponto
0 on-line de entrada digital foi lido coretamente. Se este atributo
está no estado off-line (em nível 0), o estado do ponto de
entrada digital pode não estar correto
Nível 0 = normal e Nível 1 = restart.
O bit restart quando ativo (em nível 1) indica que o
1 restart
dipositivo que gerou a informação de estado do ponto de
entrada digital está reiniciando
Nível 0 = normal e Nível 1 = lost.
O bit communication lost quando ativo (em nível 1)
2 communication lost indica que o dispositivo que gerou a informação de estado
do ponto de entrada digital está em falha de comunicação
com o concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
O bit remote forced data quando ativo (em nível 1)
3 remote forced data
indica que o estado da entrada digital foi forçado no
dispositivo de origem (IED)
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
4 local forced data O bit local forced data quando ativo (em nível 1) indica
que o estado da entrada digital foi forçado no concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = filter on.
O bit chatter filter quando ativo (em nível 1) indica que o
5 chatter filter
ponto de entrada digital está sob o efeito de um recurso
anti avalanche de eventos (anti chattering)

6 - Reservado

O bit state indica o estado atual do ponto de entrada


7 state
digital (zero ou um)

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 89


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.2.3.2 Codificação do Objeto

7 6 5 4 3 2 1 0

BS8 [0..7]
On-line = BS1 [0] <0, off-line; 1, on-line>
Restart = BS1 [1] <0, normal; 1, restart>
Communication lost = BS1 [2] <0, normal; 1, lost>
Remote forced data = BS1 [3] <0, normal; 1, forced>
Local forced data = BS1 [4] <0, normal; 1, forced>
Chatter filter = BS1 [5] <0, normal; 1, filter on>
Reserved = BS1 [6] <0>
State = BS1 [7] <0,1 BIN>

Página 90 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.2.4 Binary Input Change with Time

Data Object 02 - Variation: 02 Type: Event

4.2.4.1 Descrição

O objeto binary input change witt time é utilizado para representar a mudança de estado
de um ponto de entrada digital. Este objeto inclui um conjunto de atributos e a data/hora
em que ocorreu a mudança (etiqueta de tempo). O ponto pode ser gerado por hardware
ou software.

Este objeto de informação ocupa sete bytes, onde um byte carrega os atributos do ponto
e a etiqueta de tempo ocupa seis bytes.

A função de cada bit do byte de atributos e estado é apresentada na tabela a seguir:

Bit Nome Descrição


Nível 0 = off-line e Nível 1 = on-line.
O bit on-line quando ativo (em nível 1) indica que o ponto
0 on-line de entrada digital foi lido coretamente. Se este atributo
está no estado off-line (em nível 0), o estado do ponto de
entrada digital pode não estar correto
Nível 0 = normal e Nível 1 = restart.
O bit restart quando ativo (em nível 1) indica que o
1 restart
dipositivo que gerou a informação de estado do ponto de
entrada digital está reiniciando
Nível 0 = normal e Nível 1 = lost.
O bit communication lost quando ativo (em nível 1)
2 communication lost indica que o dispositivo que gerou a informação de estado
do ponto de entrada digital está em falha de comunicação
com o concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
O bit remote forced data quando ativo (em nível 1)
3 remote forced data
indica que o estado da entrada digital foi forçado no
dispositivo de origem (IED)
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
4 local forced data O bit local forced data quando ativo (em nível 1) indica
que o estado da entrada digital foi forçado no concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = filter on.
O bit chatter filter quando ativo (em nível 1) indica que o
5 chatter filter
ponto de entrada digital está sob o efeito de um recurso
anti avalanche de eventos (anti chattering)

6 - Reservado

O bit state indica o estado atual do ponto de entrada


7 state
digital (zero ou um)

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 91


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.2.4.2 Codificação do Objeto

FLAG
7 6 5 4 3 2 1 0
TIME OF OCCURRENCE
7 6 5 4 3 2 1 0
15 14 13 12 11 10 9 8
23 22 21 20 19 18 17 16
31 30 29 28 27 26 25 24
39 38 37 36 35 34 33 32
47 46 45 44 43 42 41 40

SQ2 {FLAG = BS8 [0..7]


Time of Occurrence = UI48 [0..47] <248 -1 ms>
}

FLAG ={ BS8 [0..7]


On-line = BS1 [0] <0, off-line; 1, on-line>
Restart = BS1 [1] <0, normal; 1, restart>
Communication lost = BS1 [2] <0, normal; 1, lost>
Remote forced data = BS1 [3] <0, normal; 1, forced>
Local forced data = BS1 [4] <0, normal; 1, forced>
Chatter filter = BS1 [5] <0, normal; 1, filter on>
Reserved = BS1 [6] <0>
State = BS1 [7] <0,1 BIN>
}

4.2.4.3 Definições da Etiqueta de Tempo (campo Time of Ocurrence)

A etiqueta de tempo indica o tempo absoluto no qual o dispositivo de aquisição detectou


a mudança de estado no ponto de entrada digital. O tempo é medido em milissegundos a
partir do dia 1 de Janeiro de 1970 à meia noite.

A resolução e a exatidão da marcação do tempo depende do dispositivo de aquisição.


Normalmente os dipositivos de aquisição mais modernos trabalham com resolução de
1ms para os eventos de mudança em entrada digital (IEC60870-4) e exatidão melhor
que 1ms dada por sistema receptor de relógio por GPS.

O campo Time of Ocurrence reserva 6 bytes (48 bits) para a etiqueta de tempo absoluta.
O valor máximo de contagem de milissegundos é de 281474976710656, correspondendo
a aproximadamente 8919 anos a partir de 1970.

Página 92 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.2.5 Binary Input Change with Relative Time

Data Object 02 - Variation: 03 Type: Event

4.2.5.1 Descrição

O objeto binary input change with time é utilizado para representar a mudança de estado
de um ponto de entrada digital. Este objeto inclui um conjunto de atributos e o tempo
relativo em que ocorreu a mudança (etiqueta de tempo relativa). O ponto pode ser
gerado por hardware ou software. Este objeto de informação ocupa tres bytes, onde um
byte carrega os atributos do ponto e a etiqueta de tempo ocupa dois bytes.

A função de cada bit do byte de atributos e estado é apresentada na tabela a seguir:

Bit Nome Descrição


Nível 0 = off-line e Nível 1 = on-line.
O bit on-line quando ativo (em nível 1) indica que o ponto
0 on-line de entrada digital foi lido coretamente. Se este atributo
está no estado off-line (em nível 0), o estado do ponto de
entrada digital pode não estar correto
Nível 0 = normal e Nível 1 = restart.
O bit restart quando ativo (em nível 1) indica que o
1 restart
dipositivo que gerou a informação de estado do ponto de
entrada digital está reiniciando
Nível 0 = normal e Nível 1 = lost.
O bit communication lost quando ativo (em nível 1)
2 communication lost indica que o dispositivo que gerou a informação de estado
do ponto de entrada digital está em falha de comunicação
com o concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
O bit remote forced data quando ativo (em nível 1)
3 remote forced data
indica que o estado da entrada digital foi forçado no
dispositivo de origem (IED)
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
4 local forced data O bit local forced data quando ativo (em nível 1) indica
que o estado da entrada digital foi forçado no concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = filter on.
O bit chatter filter quando ativo (em nível 1) indica que o
5 chatter filter
ponto de entrada digital está sob o efeito de um recurso
anti avalanche de eventos (anti chattering)

6 - Reservado

O bit state indica o estado atual do ponto de entrada


7 state
digital (zero ou um)

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 93


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.2.5.2 Codificação do Objeto

FLAG
7 6 5 4 3 2 1 0
MSEC
7 6 5 4 3 2 1 0
15 14 13 12 11 10 9 8

SQ2 {FLAG = BS8 [0..7]


MSEC = UI16 [0..15] <0..216-1>
}

FLAG ={ BS8 [0..7]


On-line = BS1 [0] <0, off-line; 1, on-line>
Restart = BS1 [1] <0, normal; 1, restart>
Communication lost = BS1 [2] <0, normal; 1, lost>
Remote forced data = BS1 [3] <0, normal; 1, forced>
Local forced data = BS1 [4] <0, normal; 1, forced>
Chatter filter = BS1 [5] <0, normal; 1, filter on>
Reserved = BS1 [6] <0>
State = BS1 [7] <0,1 BIN>
}

4.2.5.3 Definições da Etiqueta de Tempo Relativa (MSEC)

A etiqueta de tempo relativa (campo MSEC) indica o tempo relativo no qual o dispositivo
de aquisição detectou a mudança de estado no ponto de entrada digital. A exatidão da
marcação do tempo depende do dispositivo de aquisição. O tempo é medido em
milissegundos na faixa de 0 a 65535.

Este objeto precisa ser precedido por um objeto de acerto de relógio/calendário (objeto
common time ou CTO) ou um objeto CTO não sincronizado na mensagem da camada de
aplicação. O CTO é usado como uma base de tempo para todos os objetos do tipo binary
input change with relative time que se seguem. O tempo relativo em cada objeto de
entrada digital é somado ao tempo absoluto do CTO para obtenção do tempo absoluto em
que ocorreu a mudança de estado.

Página 94 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.3 OBJETOS DE SAÍDA DIGITAL (BINARY OUTPUT OBJECT)

O grupo “Binary Output” contém todos os objetos que representam saídas digitais ou
informação de comando. Os números 10 a 19 foram reservados para estes objetos.

4.3.1 Binary Output

Data Object 10 - Variation: 01 Type: Static

4.3.1.1 Descrição

O objeto “Binary Output” é utilizado para controlar um ponto de saída digital (física ou
lógica). O bit de estado “state” indica o estado a ser aplicado pela saída digital.

A transmissão dos objetos de dados é sempre feita em bytes (octetos) completos com as
posições não ocupadas em nível zero.

4.3.1.2 Codificação do Objeto

BS1 [0..0]
State = BS1 [0] <0,1 BIN>

O exemplo a seguir mostra o agrupamento de n objetos:

7 6 5 4 3 2 1 0
15 14 13 12 11 10 9 8

0 0 0 n n-1 n-2 n-3 n-4

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 95


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.3.2 Binary Output Status

Data Object 10 - Variation: 02 Type: Static

4.3.2.1 Descrição

O objeto binary output status é utilizado para indicar o estado atual de um ponto de saída
digital controlado. Este objeto de informação ocupa um byte (oito bits).

O significado de cada bit de status é apresentado na tabela a seguir:

Bit Nome Descrição


Nível 0 = off-line e Nível 1 = on-line.
O bit on-line quando ativo (em nível 1) indica que o
dispositivo onde está localizada a saída digital está operado
0 on-line
corretamente. Um comando para esta saída deve operar
corretamente. Se este bit está inativo (em nível 0 ou off-
line) um comando para esta saída não deverá ser realizado
Nível 0 = normal e Nível 1 = restart.
O bit restart quando ativo (em nível 1) indica que o
1 restart
dispositivo que gerou esta informação de status foi
reiniciado
Nível 0 = normal e Nível 1 = lost.
O bit communication lost quando ativo (em nível 1)
2 communication lost
indica que ocorreu falha de comunicação com o dispositivo
onde esta saída está localizada
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
O bit remote forced data quando ativo (em nível 1)
3 remote forced data indica que o ponto de saída digital está sendo controlado
no dispositivo de origem e o seu estado atual está
informado no bit state
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
O bit local forced quando ativo (em nível 1) indica que o
4 local forced data
ponto de saída digital está sendo controlado neste
dispositivo e o seu estado atual está informado no bit state

5 - Reservado

6 - Reservado

O bit state indica o estado atual do ponto de saída digital


7 state
(zero ou um)

Página 96 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.3.2.2 Codificação do Objeto

7 6 5 4 3 2 1 0

BS8 [0..7]
On-line = BS1 [0] <0, off-line; 1, on-line>
Restart = BS1 [1] <0, normal; 1, restart>
Communication lost = BS1 [2] <0, normal; 1, lost>
Remote forced data = BS1 [3] <0, normal; 1, forced>
Local forced data = BS1 [4] <0, normal; 1, forced>
Reserved = BS1 [5] <0>
Reserved = BS1 [6] <0>
State = BS1 [7] <0,1 BIN>

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 97


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.3.3 Control Relay Output Block

Data Object 12 - Variation: 01 Type: Static

4.3.3.1 Descrição

A informação “Control Relay Output Block” contém os parâmetros de controle para as


saídas digitais. Estes parâmetros definem o tipo de comando e o tempo de duração da
ativação de uma saída digital. Este objeto de informação ocupa onze bytes.

4.3.3.2 Codificação do Objeto

Control Code
7 6 5 4 3 2 1 0
Count
7 6 5 4 3 2 1 0
On Time
31 0
Off Time
31 0
Status
7 6 5 4 3 2 1 0

SQ4 {Control code = BS8 [0..7]


Count = UI8 [0..7] <0..255>
On-time = UI32 [0..31] <0..232-1, ms>
Off-time = UI32 [0..31] <0..232-1, ms>
Status = UI7 [0..6] <0..127>
Reserved = [0..0] <0..1>
}

Control code ={
Code = BS4 [0..3] <0..15>
Queue = BS1 [4] <0, normal; 1, requeued>
Clear = BS1 [5] <0, normal; 1, clear>
Trip/Close = BS2 [6..7] <00, NUL; 01, Close; 10, Trip>
}

Página 98 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.3.3.3 Definição do Campo Code

O campo “Control Code” indica a função de controle a executar. A aplicabilidade deste


código dependerá do tipo de hardware utilizado.

O campo Code é definido pelos bits 0 a 3 do byte control code. Estes 4 bits permitem
valores de 0 a 15, mas estão definidos apenas os códigos de 0 a 4. O significado do
campo code e as operações possíveis são apresentadas na tabela a seguir:

Código Nome Descrição

Nenhuma operação é especificada. Somente o atributo R é


0 NUL
processado

O ponto de saída digital é ligado pelo tempo especificado pelo


1 Pulse On
atributo on-time e deixado no estado desligado

O ponto de saída digital é desligado pelo tempo especificado


2 Pulse Off
pelo atributo off-time e deixado no estado ligado

3 Latch On O ponto de saída digital é colocado no estado ligado (on)

4 Latch Off O ponto de saída digital é colocado no estado desligado (off)

5 a 15 - Não definidos

Observação:

Se for utilizado o código NUL, nenhuma operação de comando deve ser colocada na fila.
A fila, neste caso, é limpa de todos os comandos incluindo o comando atual se o atributo
clear estiver ativo. A função de comando é removida da fila após ser executada e
completada.

4.3.3.4 Definição do Campo Count

O campo Count determina o número de vezes que o comando deve ser executado
sucessivamente. Se o valor de Count=0 (zero) o comando não é executado. Quando o
campo Count chega a zero o comando é completado. O campo count pode receber
valores de 0 (zero) a 255.

4.3.3.5 Definição do Campo on-time

O campo on-time field especifica o tempo em que uma saída digital deverá permanecer
ligada (pode não se aplicar para todos os tipos de comando).

O valor do tempo definido para este campo pode estar na faixa de 0 (zero) a
4.294.967.295 milissegundos (0..232-1ms).

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 99


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.3.3.6 Definição do Campo off-time

O campo off-time field especifica o tempo em que uma saída digital deverá permanecer
desligada (pode não se aplicar para todos os tipos de comando). O valor do tempo
definido para este campo pode estar na faixa de 0 (zero) a 4.294.967.295 milissegundos
(0..232-1ms).

4.3.3.7 Definição do Campo Trip/Close

Este campo determina qual saída deverá ser ativada em um equipamento de telecontrole
onde se aplica o tipo de comando trip/close para ligar ou desligar um dispositivo externo.

O campo Trip/Close é definido pelos bits 6 e 7 do byte control code. O significado do


campo trip/close e as operações possíveis são apresentadas na tabela a seguir:

Código Nome Descrição

O valor NUL pode ser utilizado para ativar a seleção da saída


sem efetuar efetivamente a ativação (select before operate).
Em equipamentos sem a função select before operate, a
0 (00) NUL utilização do valor NUL não tem efeito.
Em equipamentos que não possuem saídas de comando do tipo
trip/close este campo deverá ser sempre NUL para indicar uma
operação normal de comando.

1 (01) Close Comando de Ligar ou Fechar (disjuntor ou seccionadora)

2 (10) Trip Comando de Desligar ou Abrir (disjuntor ou seccionadora)

A inserção simultânea dos atribulos trip e close não é permitida


3 (11) -
(operação ilegal)

4.3.3.8 Definição do Atributo Queue

O atributo queue, quando em ativo (nível 1) força a colocação no final da fila da operação
de comando requisitada após a sua execução.

4.3.3.9 Definição do Atributo Clear

O atributo clear, quando em ativo (nível 1) força o cancelamento da operação em


andamento e remove as operações da fila (queue) nos pontos afetados imediatamente
antes de ativar a nova operação de comando.

Página 100 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.3.3.10 Definição do Campo Status

O resultado de uma operação de comando é informado pelo campo status. Este campo é
definido pelos bits 0 a 6. O significado dos códigos referentes aos resultados das
operações são apresentados na tabela a seguir:

Código Descrição

0 Requisição de comando aceita, iniciada ou colocada na fila (queue)

Requisição de comando não aceita porque a confirmação de comando veio


1
após a expiração do tempo máximo após um comando de seleção

Requisição de comando não aceita porque o comando de confirmação veio em


2
um ponto diferente do ponto indicado pelo comando de seleção

Requisição de comando não aceita porque foram detectados erros de


3
formatação na mensagem de requisição

4 A operação de comando solicitada não é suportada por este ponto de saída

Requisição de comando não aceita porque a fila está cheia ou o ponto de saída
5
solicitado já está com comando em andamento

6 Requisição de comando não aceita por causa de problemas no hardware

7 a 127 Não definidos

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 101


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4 OBJETOS DE ENTRADA ANALÓGICA (ANALOG INPUT OBJECT)

4.4.1 32-bit Analog Input

Data Object 30 - Variation: 01 Type: Static

4.4.1.1 Descrição

O objeto de informação 32-bit Analog Input é utilizado para representar um ponto de


entrada analógica. Este ponto pode ser gerado por hardware ou software. O valor de 32
bits com sinal pode representar um sinal aquisitado por um conversor analógico/digital ou
pode ser um valor calculado. A função de cada bit do byte de atributos e estado é
apresentada na tabela a seguir:

Bit Nome Descrição


Nível 0 = off-line e Nível 1 = on-line.
O bit on-line quando ativo (em nível 1) indica que o ponto
0 on-line de entrada analógica foi lido coretamente. Se este atributo
está no estado off-line (em nível 0), o estado do ponto
pode não estar correto
Nível 0 = normal e Nível 1 = restart.
O bit restart quando ativo (em nível 1) indica que o
1 restart
dipositivo que gerou a informação de estado do ponto de
entrada analógica está reiniciando
Nível 0 = normal e Nível 1 = lost.
O bit communication lost quando ativo (em nível 1)
2 communication lost indica que o dispositivo que gerou a informação para o
ponto de entrada analógica está em falha de comunicação
com o concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
O bit remote forced data quando ativo (em nível 1)
3 remote forced data
indica que o valor da entrada analógica foi forçado no
dispositivo de origem (IED)
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
O bit local forced data quando ativo (em nível 1) indica
4 local forced data
que o valor da entrada analógica foi forçado no
concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = over range.
O campo over range indica que o sinal excedeu o máximo
valor permitido (maior que +2147483647 ou menor que –
5 Over range
2147483648). O campo current value, neste caso,
apresentará o valor máximo positivo ou negativo caso
tenha ocorrido over-range ou under-range.
Nível 0 = normal e Nível 1 = error.
O campo reference check indica que o sinal de referência
utilizado para conversão analógico/digital não está estável.
6 Reference check Isto pode fazer com que o sinal não seja corretamente
convertido. Vários equipamentos de supervisão não
possuem sinalização deste tipo de falha.

7 - Reservado

Página 102 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.1.2 Codificação do Objeto

FLAG
7 0
Current value
31 0

SQ2 {FLAG = BS8 [0..7]


Current value = I32 [0..31] <231-1..-231>
}

FLAG ={
On-line = BS1 [0] <0, off-line; 1, on-line>
Restart = BS1 [1] <0, normal; 1, restart>
Communication lost = BS1 [2] <0, normal; 1, lost>
Remote forced data = BS1 [3] <0, normal; 1, forced>
Local forced data = BS1 [4] <0, normal; 1, forced>
Over-range = BS1 [5] <0, normal; 1, over-range>
Reference check = BS1 [6] <0, normal; 1, error>
Reserved = BS1 [7] <0>
}

4.4.1.3 Definição do Campo Current Value (32 bits)

O campo Current Value mostra o valor atual de uma entrada analógica no momento do
envio ou o último valor enviado do dispositivo de origem.

Este campo possui quatro bytes (32 bits) permitindo que sejam enviados valores na faixa
-2147483648 a +2147483647.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 103


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.2 16-bit Analog Input

Data Object 30 - Variation: 02 Type: Static

4.4.2.1 Descrição

O objeto de informação 16-bit Analog Input é utilizado para representar um ponto de


entrada analógica. Este ponto pode ser gerado por hardware ou software. O valor de 16
bits com sinal pode representar um sinal aquisitado por um conversor analógico/digital ou
pode ser um valor calculado. A função de cada bit do byte de atributos e estado é
apresentada na tabela a seguir:

Bit Nome Descrição


Nível 0 = off-line e Nível 1 = on-line.
O bit on-line quando ativo (em nível 1) indica que o ponto
0 on-line de entrada analógica foi lido coretamente. Se este atributo
está no estado off-line (em nível 0), o estado do ponto
pode não estar correto
Nível 0 = normal e Nível 1 = restart.
O bit restart quando ativo (em nível 1) indica que o
1 restart
dipositivo que gerou a informação de estado do ponto de
entrada analógica está reiniciando
Nível 0 = normal e Nível 1 = lost.
O bit communication lost quando ativo (em nível 1)
2 communication lost indica que o dispositivo que gerou a informação para o
ponto de entrada analógica está em falha de comunicação
com o concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
O bit remote forced data quando ativo (em nível 1)
3 remote forced data
indica que o valor da entrada analógica foi forçado no
dispositivo de origem (IED)
Nível 0 = normal e Nível 1 = forced.
O bit local forced data quando ativo (em nível 1) indica
4 local forced data
que o valor da entrada analógica foi forçado no
concentrador
Nível 0 = normal e Nível 1 = over range.
O campo over range indica que o sinal excedeu o máximo
valor permitido (maior que +32767 ou menor que –
5 Over range
32768). O campo current value, neste caso, apresentará o
valor máximo positivo ou negativo caso tenha ocorrido
over-range ou under-range.
Nível 0 = normal e Nível 1 = error.
O campo reference check indica que o sinal de referência
utilizado para conversão analógico/digital não está estável.
6 Reference check Isto pode fazer com que o sinal não seja corretamente
convertido. Vários equipamentos de supervisão não
possuem sinalização deste tipo de falha.

7 - Reservado

Página 104 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.2.2 Codificação do Objeto

FLAG
7 0
Current value
15 0

SQ2 {FLAG = BS8 [0..7]


Current value = I16 [0..15] <215-1..-215>
}

FLAG ={
On-line = BS1 [0] <0, off-line; 1, on-line>
Restart = BS1 [1] <0, normal; 1, restart>
Communication lost = BS1 [2] <0, normal; 1, lost>
Remote forced data = BS1 [3] <0, normal; 1, forced>
Local forced data = BS1 [4] <0, normal; 1, forced>
Over-range = BS1 [5] <0, normal; 1, over-range>
Reference check = BS1 [6] <0, normal; 1, error>
Reserved = BS1 [7] <0>
}

4.4.2.3 Definição do Campo Current Value (16 bits)

O campo Current Value mostra o valor atual de uma entrada analógica no momento do
envio ou o último valor enviado do dispositivo de origem.

Este campo possui dois bytes (16 bits) permitindo que sejam enviados valores na faixa
-32768 a +32767.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 105


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.3 32-bit Analog Input without Flag

Data Object 30 - Variation: 03 Type: Static

4.4.3.1 Descrição

O objeto de informação 32-bit Analog Input without flag é utilizado para representar um
ponto de entrada analógica. Este ponto pode ser gerado por hardware ou software.

O valor de 32 bits com sinal pode representar um sinal aquisitado por um conversor
analógico/digital ou pode ser um valor calculado.

O uso desta variação implica que o ponto deve estar on-line e todos os outros atributos
devem estar no estado normal.

4.4.3.2 Codificação do Objeto

Current value
31 0

SQ2 {Current value = I32 [0..31] <231-1..-231>


}

4.4.3.3 Definição do Campo Current Value (32 bits)

O campo Current Value mostra o valor atual de uma entrada analógica no momento do
envio ou o último valor enviado do dispositivo de origem.

Este campo possui quatro bytes (32 bits) permitindo que sejam enviados valores na faixa
-2147483648 a +2147483647.

Página 106 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.4 16-bit Analog Input without Flag

Data Object 30 - Variation: 04 Type: Static

4.4.4.1 Descrição

O objeto de informação 16-bit Analog Input without flag é utilizado para representar um
ponto de entrada analógica. Este ponto pode ser gerado por hardware ou software.

O valor de 16 bits com sinal pode representar um sinal aquisitado por um conversor
analógico/digital ou pode ser um valor calculado.

O uso desta variação implica que o ponto deve estar on-line e todos os outros atributos
devem estar no estado normal.

4.4.4.2 Codificação do Objeto

Current value
15 0

SQ2 {Current value = I16 [0..15] <215-1..-215>


}

4.4.4.3 Definição do Campo Current Value (16 bits)

O campo Current Value mostra o valor atual de uma entrada analógica no momento do
envio ou o último valor enviado do dispositivo de origem.

Este campo possui dois bytes (16 bits) permitindo que sejam enviados valores na faixa
-32768 a +32767.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 107


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.5 32-bit Analog Change Event without Time

Data Object 32 - Variation: 01 Type: Event

4.4.5.1 Descrição

O objeto de informação 32-bit analog change event without time é utilizado para
representar uma mudança de valor em um ponto de entrada analógica. Este ponto pode
ser um ponto de hardware ou um ponto de software (virtual). O valor de 32 bits com
sinal pode ser obtido de um conversor analógico/digital ou ser um valor calculado.

O campo current value mostra o valor atual da entrada analógica no momento do envio
ou o último valor enviado do dispositivo de origem. Este objeto somente é enviado se a
diferença entre o valor atual (current value) e o valor enviado anteriormente for maior
que o valor da banda morta (deadband). Este tipo de operação é conhecida como envio
de valor por extrapolação de banda morta (deadbanding).

A função de cada bit do byte de atributos e estado é apresentada na tabela a seguir:

Bit Nome Descrição


O bit on-line quando ativo (em nível 1) indica que o ponto
de entrada analógica foi lido coretamente. Se este atributo
0 on-line
está no estado off-line (em nível 0), o estado do ponto
pode não estar correto
O bit restart quando ativo (em nível 1) indica que o
1 restart dipositivo que gerou a informação de estado do ponto de
entrada analógica está reiniciando
O bit communication lost quando ativo (em nível 1)
indica que o dispositivo que gerou a informação para o
2 communication lost
ponto de entrada analógica está em falha de comunicação
com o concentrador
O bit remote forced data quando ativo (em nível 1)
3 remote forced data indica que o valor da entrada analógica foi forçado no
dispositivo de origem (IED)
O bit local forced data quando ativo (em nível 1) indica
4 local forced data que o valor da entrada analógica foi forçado no
concentrador
O campo over range indica que o sinal excedeu o máximo
valor permitido (maior que +2147483647 ou menor que –
5 Over range 2147483648). O campo current value, neste caso,
apresentará o valor máximo positivo ou negativo caso
tenha ocorrido over-range ou under-range.
O campo reference check indica que o sinal de referência
utilizado para conversão analógico/digital não está estável.
Isto pode fazer com que o sinal não seja corretamente
6 Reference check
convertido. Vários equipamentos de supervisão não
possuem sinalização deste tipo de falha.

7 - Reservado

Página 108 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.5.2 Codificação do Objeto

FLAG
7 0
Current value
31 0

SQ2 {FLAG = BS8 [0..7]


Current value = I32 [0..31] <231-1..-231>
}

FLAG ={
On-line = BS1 [0] <0, off-line; 1, on-line>
Restart = BS1 [1] <0, normal; 1, restart>
Communication lost = BS1 [2] <0, normal; 1, lost>
Remote forced data = BS1 [3] <0, normal; 1, forced>
Local forced data = BS1 [4] <0, normal; 1, forced>
Over-range = BS1 [5] <0, normal; 1, over-range>
Reference check = BS1 [6] <0, normal; 1, error>
Reserved = BS1 [7] <0>
}

4.4.5.3 Definição do Campo Current Value (32 bits)

O campo Current Value mostra o valor atual de uma entrada analógica no momento do
envio ou o último valor enviado do dispositivo de origem.

Este campo possui quatro bytes (32 bits) permitindo que sejam enviados valores na faixa
-2147483648 a +2147483647.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 109


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.6 16-bit Change Event without Time

Data Object 32 - Variation: 02 Type: Event

4.4.6.1 Descrição

O objeto de informação 16-bit analog change event without time é utilizado para
representar uma mudança de valor em um ponto de entrada analógica. Este ponto pode
ser um ponto de hardware ou um ponto de software (virtual). O valor de 16 bits com
sinal pode ser obtido de um conversor analógico/digital ou ser um valor calculado.

O campo current value mostra o valor atual da entrada analógica no momento do envio
ou o último valor enviado do dispositivo de origem. Este objeto somente é enviado se a
diferença entre o valor atual (current value) e o valor enviado anteriormente for maior
que o valor da banda morta (deadband). Este tipo de operação é conhecida como envio
de valor por extrapolação de banda morta (deadbanding).

A função de cada bit do byte de atributos e estado é apresentada na tabela a seguir:

Bit Nome Descrição


O bit on-line quando ativo (em nível 1) indica que o ponto
de entrada analógica foi lido coretamente. Se este atributo
0 on-line
está no estado off-line (em nível 0), o estado do ponto
pode não estar correto
O bit restart quando ativo (em nível 1) indica que o
1 restart dipositivo que gerou a informação de estado do ponto de
entrada analógica está reiniciando
O bit communication lost quando ativo (em nível 1)
indica que o dispositivo que gerou a informação para o
2 communication lost
ponto de entrada analógica está em falha de comunicação
com o concentrador
O bit remote forced data quando ativo (em nível 1)
3 remote forced data indica que o valor da entrada analógica foi forçado no
dispositivo de origem (IED)
O bit local forced data quando ativo (em nível 1) indica
4 local forced data que o valor da entrada analógica foi forçado no
concentrador
O campo over range indica que o sinal excedeu o máximo
valor permitido (maior que +32767 ou menor que –
5 Over range 32768). O campo current value, neste caso, apresentará o
valor máximo positivo ou negativo caso tenha ocorrido
over-range ou under-range.
O campo reference check indica que o sinal de referência
utilizado para conversão analógico/digital não está estável.
Isto pode fazer com que o sinal não seja corretamente
6 Reference check
convertido. Vários equipamentos de supervisão não
possuem sinalização deste tipo de falha.

7 - Reservado

Página 110 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.6.2 Codificação do Objeto

FLAG
7 0
Current value
15 0

SQ2 {FLAG = BS8 [0..7]


Current value = I16 [0..15] <215-1..-215>
}

FLAG ={
On-line = BS1 [0] <0, off-line; 1, on-line>
Restart = BS1 [1] <0, normal; 1, restart>
Communication lost = BS1 [2] <0, normal; 1, lost>
Remote forced data = BS1 [3] <0, normal; 1, forced>
Local forced data = BS1 [4] <0, normal; 1, forced>
Over-range = BS1 [5] <0, normal; 1, over-range>
Reference check = BS1 [6] <0, normal; 1, error>
Reserved = BS1 [7] <0>
}

4.4.6.3 Definição do Campo Current Value (16 bits)

O campo Current Value mostra o valor atual de uma entrada analógica no momento do
envio ou o último valor enviado do dispositivo de origem.

Este campo possui dois bytes (16 bits) permitindo que sejam enviados valores na faixa
-32768 a +32767.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 111


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.7 32-bit Analog Change Event with Time

Data Object 32 - Variation: 03 Type: Event

4.4.7.1 Descrição

O objeto de informação 32-bit analog change event with time é utilizado para representar
uma mudança de valor em um ponto de entrada analógica com etiqueta de tempo. Este
ponto pode ser um ponto de hardware ou um ponto de software (virtual). O valor de 32
bits com sinal pode ser obtido de um conversor analógico/digital ou ser um valor
calculado.

O campo value mostra o valor atual da entrada analógica no momento do envio ou o


último valor enviado do dispositivo de origem. Este objeto somente é enviado se a
diferença entre o valor atual (current value) e o valor enviado anteriormente for maior
que o valor da banda morta (deadband). Este tipo de operação é conhecida como envio
de valor por extrapolação de banda morta (deadbanding).

A função de cada bit do byte de atributos e estado é apresentada na tabela a seguir:

Bit Nome Descrição


O bit on-line quando ativo (em nível 1) indica que o ponto
de entrada analógica foi lido coretamente. Se este atributo
0 on-line
está no estado off-line (em nível 0), o estado do ponto
pode não estar correto
O bit restart quando ativo (em nível 1) indica que o
1 restart dipositivo que gerou a informação de estado do ponto de
entrada analógica está reiniciando
O bit communication lost quando ativo (em nível 1)
indica que o dispositivo que gerou a informação para o
2 communication lost
ponto de entrada analógica está em falha de comunicação
com o concentrador
O bit remote forced data quando ativo (em nível 1)
3 remote forced data indica que o valor da entrada analógica foi forçado no
dispositivo de origem (IED)
O bit local forced data quando ativo (em nível 1) indica
4 local forced data que o valor da entrada analógica foi forçado no
concentrador
O campo over range indica que o sinal excedeu o máximo
valor permitido (maior que +2147483647 ou menor que –
5 Over range 2147483648). O campo current value, neste caso,
apresentará o valor máximo positivo ou negativo caso
tenha ocorrido over-range ou under-range.
O campo reference check indica que o sinal de referência
utilizado para conversão analógico/digital não está estável.
Isto pode fazer com que o sinal não seja corretamente
6 Reference check
convertido. Vários equipamentos de supervisão não
possuem sinalização deste tipo de falha.

7 - Reservado

Página 112 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.7.2 Codificação do Objeto

FLAG
7 0
Value
31 0
Time
47 0

SQ2 {FLAG = BS8 [0..7]


Time = UI48[0..47] <0 .. 2 48 -1>
Value = I32[0..31] <231-1..-231>
}

FLAG ={
On-line = BS1 [0] <0, off-line; 1, on-line>
Restart = BS1 [1] <0, normal; 1, restart>
Communication lost = BS1 [2] <0, normal; 1, lost>
Remote forced data = BS1 [3] <0, normal; 1, forced>
Local forced data = BS1 [4] <0, normal; 1, forced>
Over-range = BS1 [5] <0, normal; 1, over-range>
Reference check = BS1 [6] <0, normal; 1, error>
Reserved = BS1 [7] <0>
}

4.4.7.3 Definições da Etiqueta de Tempo (campo Time of Ocurrence)

A etiqueta de tempo indica o tempo absoluto no qual o dispositivo de aquisição detectou


a mudança de estado no ponto de entrada digital. O tempo é medido em milissegundos a
partir do dia 1 de Janeiro de 1970 à meia noite.

A resolução e a exatidão da marcação do tempo depende do dispositivo de aquisição.


Normalmente os dipositivos de aquisição mais modernos trabalham com resolução de
1ms para os eventos de mudança em entrada digital (IEC60870-4) e exatidão melhor
que 1ms dada por sistema receptor de relógio por GPS.

O campo Time of Ocurrence reserva 6 bytes (48 bits) para a etiqueta de tempo absoluta.
O valor máximo de contagem de milissegundos é de 281474976710656, correspondendo
a aproximadamente 8919 anos a partir de 1970.

4.4.7.4 Definição do Campo Value (32 bits)

O campo Value mostra o valor de uma entrada analógica informada na mensagem de


alteração de valor. Este valor extrapolou o valor da banda morta em relação ao último
valor enviado.

Este campo possui quatro bytes (32 bits) permitindo que sejam enviados valores na faixa
-2147483648 a +2147483647.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 113


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.8 16-bit Analog Change Event with Time

Data Object 32 - Variation: 04 Type: Event

4.4.8.1 Descrição

O objeto de informação 16-bit analog change event with time é utilizado para representar
uma mudança de valor em um ponto de entrada analógica com etiqueta de tempo. Este
ponto pode ser um ponto de hardware ou um ponto de software (virtual). O valor de 16
bits com sinal pode ser obtido de um conversor analógico/digital ou ser um valor
calculado.

O campo value mostra o valor atual da entrada analógica no momento do envio ou o


último valor enviado do dispositivo de origem. Este objeto somente é enviado se a
diferença entre o valor atual (current value) e o valor enviado anteriormente for maior
que o valor da banda morta (deadband). Este tipo de operação é conhecida como envio
de valor por extrapolação de banda morta (deadbanding).

A função de cada bit do byte de atributos e estado é apresentada na tabela a seguir:

Bit Nome Descrição


O bit on-line quando ativo (em nível 1) indica que o ponto
de entrada analógica foi lido coretamente. Se este atributo
0 on-line
está no estado off-line (em nível 0), o estado do ponto
pode não estar correto
O bit restart quando ativo (em nível 1) indica que o
1 restart dipositivo que gerou a informação de estado do ponto de
entrada analógica está reiniciando
O bit communication lost quando ativo (em nível 1)
indica que o dispositivo que gerou a informação para o
2 communication lost
ponto de entrada analógica está em falha de comunicação
com o concentrador
O bit remote forced data quando ativo (em nível 1)
3 remote forced data indica que o valor da entrada analógica foi forçado no
dispositivo de origem (IED)
O bit local forced data quando ativo (em nível 1) indica
4 local forced data que o valor da entrada analógica foi forçado no
concentrador
O campo over range indica que o sinal excedeu o máximo
valor permitido (maior que +32767 ou menor que –
5 Over range 32768). O campo current value, neste caso, apresentará o
valor máximo positivo ou negativo caso tenha ocorrido
over-range ou under-range.
O campo reference check indica que o sinal de referência
utilizado para conversão analógico/digital não está estável.
Isto pode fazer com que o sinal não seja corretamente
6 Reference check
convertido. Vários equipamentos de supervisão não
possuem sinalização deste tipo de falha.

7 - Reservado

Página 114 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.4.8.2 Codificação do Objeto

FLAG
7 0
Value
15 0
Time
47 0

SQ2 {FLAG = BS8 [0..7]


Time = UI48 [0..47] <0 .. 2 48 -1>
Value = I16 [0..15] <215-1..-215>
}

FLAG ={
On-line = BS1 [0] <0, off-line; 1, on-line>
Restart = BS1 [1] <0, normal; 1, restart>
Communication lost = BS1 [2] <0, normal; 1, lost>
Remote forced data = BS1 [3] <0, normal; 1, forced>
Local forced data = BS1 [4] <0, normal; 1, forced>
Over-range = BS1 [5] <0, normal; 1, over-range>
Reference check = BS1 [6] <0, normal; 1, error>
Reserved = BS1 [7] <0>
}

4.4.8.3 Definições da Etiqueta de Tempo (campo Time of Ocurrence)

A etiqueta de tempo indica o tempo absoluto no qual o dispositivo de aquisição detectou


a mudança de estado no ponto de entrada digital. O tempo é medido em milissegundos a
partir do dia 1 de Janeiro de 1970 à meia noite.

A resolução e a exatidão da marcação do tempo depende do dispositivo de aquisição.


Normalmente os dipositivos de aquisição mais modernos trabalham com resolução de
1ms para os eventos de mudança em entrada digital (IEC60870-4) e exatidão melhor
que 1ms dada por sistema receptor de relógio por GPS.

O campo Time of Ocurrence reserva 6 bytes (48 bits) para a etiqueta de tempo absoluta.
O valor máximo de contagem de milissegundos é de 281474976710656, correspondendo
a aproximadamente 8919 anos a partir de 1970.

4.4.8.4 Definição do Campo Value (16 bits)

O campo Value mostra o valor de uma entrada analógica informada na mensagem de


alteração de valor. Este valor extrapolou o valor da banda morta em relação ao último
valor enviado.

Este campo possui quatro bytes (16 bits) permitindo que sejam enviados valores na faixa
-32768 a +32767.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 115


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.5 OBJETOS DE ACERTO DE DATA/HORA (TIME OBJECT)

4.5.1 Time and Date

Data Object 50 - Variation: 01

4.5.1.1 Descrição

Os objetos de informação de acerto de data/hora são utilizados para sincronização. Este


objeto usa seis bytes (48 bits) para representar o temo absoluto.

4.5.1.2 Codificação do Objeto

Absolute Time
7 6 5 4 3 2 1 0
15 14 13 12 11 10 9 8
23 22 21 20 19 18 17 16
31 30 29 28 27 26 25 24
39 38 37 36 35 34 33 32
47 46 45 44 43 42 41 40

Absolute Time = UI48 [0..47] <0..248-1, msec>

4.5.1.3 Definição do campo Absolute Time

O campo Absolute Time reserva 6 bytes (48 bits) para a etiqueta de tempo absoluta. O
valor máximo de contagem de milissegundos é de 281474976710656, correspondendo a
aproximadamente 8919 anos a partir de 1970.

Página 116 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.5.2 Time and Date with Interval

Data Object 50 - Variation: 02

4.5.2.1 Description

O objeto time and date with interval representa um tempo absoluto e um intervalo de
tempo. O tempo absoluto (absolute time) representa um tempo de partida (ou base de
tempo) e o intervalo (iterval time) é um offset positivo a partir da base de tempo. O
intervalo pode ser aplicado diversas vezes à base de tempo de modo a especificar uma
sequência de períodos.

4.5.2.2 Codificação do Objeto

Absolute time
7 6 5 4 3 2 1 0
15 14 13 12 11 10 9 8
23 22 21 20 19 18 17 16
31 30 29 28 27 26 25 24

39 38 37 36 35 34 33 32

47 46 45 44 43 42 41 40
Interval
7 6 5 4 3 2 1 0
15 14 13 12 11 10 9 8

23 22 21 20 19 18 17 16
31 30 29 28 27 26 25 24

SQ2 {Absolute time = UI48 [0..47] <0..248 -1, msec>


Interval = UI32 [0..31] <0..232-1, msec>
}

4.5.2.3 Definição do campo Absolute Time

O campo Absolute Time reserva 6 bytes (48 bits) para a etiqueta de tempo absoluta. O
valor máximo de contagem de milissegundos é de 281474976710656, correspondendo a
aproximadamente 8919 anos a partir de 1970.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 117


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.5.2.3 Definição do campo Interval

O campo Absolute Time reserva 4 bytes (32 bits) para a etiqueta de tempo absoluta. O
valor máximo de contagem de milissegundos é de 4294967296.

Página 118 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.5.3 Time and Date CTO

Data Object 51 - Variation: 01

4.5.3.1 Descrição

O objeto time and date CTO (common time of occurrence) representa o tempo absoluto
do dia. Este objeto deve ser utilizado em conjunto com outros objetos que contém
referências de tempo. Este objeto é uma base de tempo para qual um tempo relativo
deve ser acrescentado ou subtraído de modo a obter outra referência de tempo absoluta.

4.5.3.2 Codificação do Objeto

Absolute Time
7 6 5 4 3 2 1 0
15 14 13 12 11 10 9 8
23 22 21 20 19 18 17 16
31 30 29 28 27 26 25 24
39 38 37 36 35 34 33 32
47 46 45 44 43 42 41 40

Absolute time = UI48 [0..47] <0..248-1, msec>

4.5.3.3 Definição do campo Absolute Time

O campo Absolute Time reserva 6 bytes (48 bits) para a etiqueta de tempo absoluta. O
valor máximo de contagem de milissegundos é de 281474976710656, correspondendo a
aproximadamente 8919 anos a partir de 1970.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 119


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.6 EXEMPLO DE PERFIL DE INTEROPERABILIDADE

DNP V3.00
DEVICE PROFILE DOCUMENT
This document must be accompanied by a table having the following headings:
Object Group Request Function Codes Response Function Codes
Object Variation Request Qualifiers Response Qualifiers
Object Name (optional)
Vendor Name: STD – Sistemas Técnicos Digitais S/A

Device Name: UTR-STD7100 / R186C.BIN

Highest DNP Level Supported: Device Function:

For Requests 2 7 Master Slave


For Responses 2

Notable objects, functions, and/or qualifiers supported in addition to the Highest DNP Levels Supported (the
complete list is described in the attached table):

Maximum Data Link Frame Size (octets): Maximum Application Fragment Size (octets):

Transmitted _____292______ Transmitted _292 (if >2048, must be configurable)


Received (must be 292) Received___2048__(must be >= 249)

Maximum Data Link Re-tries: Maximum Application Layer Re-tries:

7 None 7 None
Fixed at ____________________ Configurable, range ____ to ____
Configurable, range ___ to _____ (Fixed is not permitted)
Requires Data Link Layer Confirmation:

7 Never
Always
Sometimes. If 'Sometimes', when? ____________________________________________
Configurable. If 'Configurable', how? __________________________________________

Requires Application Layer Confirmation:

7 Never
Always (not recommended)
When reporting Event Data (Slave devices only)
When sending multi-fragment responses (Slave devices only)
Sometimes. If 'Sometimes', when?
Configurable. If 'Configurable', how?

Página 120 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

Timeouts while waiting for:

Data Link Confirm 7 None Fixed at ____ Variable Configurable


Complete Appl. Fragment 7 None Fixed at ____ Variable Configurable
Application Confirm 7 None Fixed at ____ Variable Configurable
Complete Appl. Response 7 None Fixed at ____ Variable Configurable

Others __________________________________________________________________________

Attach explanation if 'Variable' or 'Configurable' was checked for any timeout

Sends/Executes Control Operations:

• Maximum number of CROB (obj. 12, var. 1) objects supported in a single message 1
• Maximum number of Analog Output (obj. 41, any var.) supported in a single message 0
Pattern Control Block and Pattern Mask (obj. 12, var. 2 and 3 respectively) supported.
CROB (obj 12) and Analog Output (obj 41) permitted together in a single message.

WRITE Binary Outputs 7 Never Always Sometimes Configurable


SELECT/OPERATE 7 Never Always Sometimes Configurable
DIRECT OPERATE Never 7 Always Sometimes Configurable
DIRECT OPERATE - NO ACK 7 Never Always Sometimes Configurable

Count > 1 7 Never Always Sometimes Configurable


Pulse On Never 7 Always Sometimes Configurable
Pulse Off Never 7 Always Sometimes Configurable
Latch On Never 7 Always Sometimes Configurable
Latch Off Never 7 Always Sometimes Configurable

Queue 7 Never Always Sometimes Configurable


Clear Queue 7 Never Always Sometimes Configurable
_______________________________________________________________________

Attach explanation:

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 121


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

FILL OUT THE FOLLOWING ITEM FOR MASTER DEVICES ONLY:

Expects Binary Input Change Events:

Either time-tagged or non-time-tagged for a single event


7 Both time-tagged and non-time-tagged for a single event
Configurable (attach explanation)

FILL OUT THE FOLLOWING ITEMS FOR SLAVE DEVICES ONLY:

Reports Binary Input Change Events when no Reports time-tagged Binary Input Change Events when
specific variation requested: no specific variation requested:

Never Never
Only time-tagged Binary Input Change With Time
Only non-time-tagged Binary Input Change With Relative Time
Configurable to send both, one or the Configurable (attach explanation)
other (attach explanation)

Sends Unsolicited Responses: Sends Static Data in Unsolicited Responses:

Never Never
Configurable When Device Restarts
Only certain objects When Status Flags Change
Sometimes (attach explanation)
No other options are permitted.
ENABLE/DISABLE UNSOLICITED
Function codes supported

Default Counter Object/Variation: Counters Roll Over at:

No Counters Reported No Counters Reported


Configurable (attach explanation) Configurable (attach explanation)
Default Object ____________ 16 Bits
Default Variation ____________ 32 Bits
Point-by-point list attached Other Value _____________
Point-by-point list attached

Sends Multi-Fragment Responses: Yes No

Página 122 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

4.7 EXEMPLO DE TABELA DE IMPLEMENTAÇÃO

REQUEST RESPONSE
OBJECT
(Slave must parse) (Master must parse)
Func Qual Func Qual
Obj Var Description Codes Codes Codes Codes Notes
(dec) (hex) (dec) (hex)
1 0 Binary Input – All variations 1 6 A

1 1 Binary Input 129 1

2 0 Binary Input Change – All variations 1 6,7,8

2 1 Binary Input Change without Time 1 6,7,8

2 2 Binary Input Change with Time 1 6,7,8 129,130 28

2 3 Binary Input Change with Relative Time 1 6,7,8

10 0 Binary Outputs – All variations 1 6

12 1 Control Relay Output Block 3,4,5,6 17,28 129 17,28 B

20 0 Binary Counter – All variations

20 1 32-bit Binary Counter

21 0 Frozen Counter – All variations

21 1 32-bit Frozen Counter

22 0 Counter Change Event – All variations

30 0 Analog Input – All variations 1 6 C

30 2 16-Bit Analog Input 129 1

32 0 Analog Change Event – All variations 1 6,7,8

32 4 16-Bit Analog Change Event with Time 129,130 28

40 0 Analog Output Status – All variations

41 2 16-Bit Analog Output Block


7
50 1 Time and Date 2 D
count=1
52 2 Time Delay Fine

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 123


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

REQUEST RESPONSE
OBJECT
(Slave must parse) (Master must parse)
Func Qual Func Qual
Obj Var Description Codes Codes Codes Codes Notes
(dec) (hex) (dec) (hex)
60 1 Class 0 Data 1 6 D

60 2 Class 1 Data 1 6

60 3 Class 2 Data 1 6

60 4 Class 3 Data 1 6
0
80 1 Internal Indications 2 E
index=7

NOTES

A: Pedido de leitura do estado das entradas digitais;

B: Execução de comandos (trip/close/latch-on/latch-off/pulse-on/pulse-off).

C: Pedido de leitura do estado das entradas analógicas;

D: Pedido de leitura dos eventos disponiveis, em geral são mudanças digitais;

E: Restart Internal Indication bit (IIN1-7), quando ligado, receberá um comando para
limpar;

F: The outstation, upon receiving a Cold or Warm Start request, will respond sending a
Time Delay Fine object message (which specifies a time interval until the outstation will
be ready for further communications), restarting the DNP process and setting IIN1-7 bit
(Device Restart).

G: Device supports Delay Measurement requests (FC = 23). It responds with the Time
Delay Fine object (52-2). This object states the number of milliseconds elapsed between
Outstation receiving the first bit of the first byte of the request and the time of
transmission of the first bit of the first byte of the response.

Página 124 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


4. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO DNP3.0

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 125


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

SEÇÃO 5
DEFINIÇÕES DO
PROTOCOLO
ML7800

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 127


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

Página 128 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

O protocolo ML7800 é utilizado para comunicação entre o sub-bastidor mestre e os sub-


bastidores escravos ou sub-UTR´s. A STD criou uma versão extendida deste protocolo
que inclui informações de estado de comunicação e de falha de cartões.

5.1 Características do Protocolo de Comunicação

O protocolo de comunicação é do tipo byte a byte (8 bits) com blocos de tamanho


variável, transmissão assíncrona serial. A UTR opera no modo “escrava”, somente se
comunicando quando recebe uma solicitação do centro de controle. Cada UTR possui um
endereço de identificação que deve estar presente em todas as mensagens endereçadas
a ela.

O protocolo possui o seguinte formato básico:

Byte Conteúdo

1° Endereço da UTR e flags


2° Código de Operação
3° Tamanho da Mensagem (n bytes)
4° até Bytes de Informação
N-1 Bytes de Informação
n Paridade Vertical (LRC)

5.1.1 Função do Primeiro Byte

O primeiro byte da mensagem possui o endereço da UTR (6 bits) e dois bits de flags. Os
bits de 0 a 5 correspondem ao endereço, o bit 6 ao flag Fr e o bit 7 ao flag Fd. Os bits
estão identificados na tabela a seguir:

Bit Ident. Nome

0 A0 Bit 0 de Endereço da UTR


1 A1 Bit 1 de Endereço da UTR
2 A2 Bit 2 de Endereço da UTR
3 A3 Bit 3 de Endereço da UTR
4 A4 Bit 4 de Endereço da UTR
5 A5 Bit 5 de Endereço da UTR
6 Fr Flag de Resposta
7 Fd Flag Direcional

Na mensagem de interrogação do centro de controle para a UTR o bit do flag Fd (Flag


direcional) é sempre 1, e na mensagem de resposta é sempre 0.

O flag Fr (Flag de resposta) na mensagem de interrogação do centro de controle para a


UTR, quando em 1, indica que a última mensagem enviada pela UTR foi bem recebida
pelo COD. Quando este flag está em 1 na mensagem de resposta da UTR indica que a
UTR recebeu anteriormente uma mensagem do tipo “broadcasting” e executou
corretamente a operação pedida naquela mensagem.

O endereço da UTR é codificado nos 6 bits menos significativos com valores que vão de 1
a 63, sendo que o endereço zero é reservado para mensagens do tipo “broadcasting”. Os
comandos enviados pelas mensagens do tipo “broadcasting” são executados por todas as
UTR’s. A UTR só aceita os comandos “broadcast” do tipo Acerto de Calendário e Reset

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 129


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

Geral.

5.1.2 Função do Segundo Byte

O segundo byte da mensagem contém o código de operação a que a mensagem se


refere, tanto na interrogação como na resposta da UTR. Existem basicamente dois tipos
de códigos de operação: os códigos padrão e os códigos estendidos. Os códigos
estendidos se referem a funções especiais adicionadas ao protocolo básico. Existem 9
códigos padrão que implementam 9 funções e 2 códigos estendidos que implementam 5
funções. O primeiro código estendido necessita de um sub-código para identificar a
mensagem e o segundo é utilizado somente para carga do arquivo de configuração.

As seguintes tabelas mostram os códigos de operação e suas respectivas funções. A


primeira tabela refere-se aos códigos padrão e a segunda aos códigos estendidos.

Código (Hexa) Função (Códigos Padrão)

00 Reset Geral
03 Estado Geral da UTR
07 Acerto de Calendário
08 Teste de Linha
73 Pedido de Estado Atual das Entradas Digitais
74 Pedido de Mudanças nas Entradas Digitais
96 Executar Comando Desliga
97 Executar Comando Liga
D2 Pedido dos Valores Analógicos

Código (Hexa) Sub-Código (Hexa) Função (Códigos Estendidos)

F0 00 FF FF 00 Ler Versão
F0 04 FB FB 04 Ler Calendário
F0 03 FC FC 03 Ler Referências Analógicas
F0 02 FD FD 02 Assumir Configuração
F1 Não Tem Carregar Configuração

5.1.3 Função do Terceiro Byte

O terceiro byte da mensagem sempre contém o tamanho total da mensagem que está
sendo transmitida. Portanto o tamanho máximo de uma mensagem é de 255 bytes. O
tamanho da mensagem é enviado em qualquer mensagem, seja do COD para a UTR ou
da UTR para o COD.

5.1.4 Função do Quarto Byte

O quarto byte de qualquer mensagem é o primeiro byte de informação. Nas mensagens


enviadas para a UTR os bytes de informação carregam parâmetros para a execução dos
comandos ou dados de configuração.

Em todas as mensagens enviadas pela UTR o quarto byte é denominado de byte de


informação e possui o seguinte formato:

Página 130 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

Bit Ident. Função

0 Ms Indica que existe registro de mudança nas entradas digitais


1
2
3
4 Fc Indica que terminou um ciclo de aquisição analógica
5
6 An Indica que existe uma anormalidade na UTR
7 Rs Indica que ocorreu um RESET na UTR

O flag Rs (Reset) é ativado sempre que a UTR sofre um Reset. O Reset é gerado sempre
que a UTR é ligada ou quando o push-button de Reset do painel é pressionado ou quando
é executado o comando Reset geral da UTR. O flag Rs permanece ativado até que o
centro de controle reconheça a mensagem de resposta através do flag Fr (Flag de
resposta) da próxima mensagem.

As mudanças enviadas para o centro de controle permanecem disponíveis na UTR até que
na mensagem subsequente ao pedido de mudança o flag Fr (flag de resposta) esteja
ativado, indicando que o envio de mudanças pela UTR foi recebido corretamente. Caso o
flag Fr não esteja ativado, a UTR não deve retirar do buffer as mudanças, permanecendo
ativado o flag Ms do byte de estado.

O flag An (Anormalidade) é ativado quando a UTR detecta algum problema grave em


suas rotinas de auto-check.

5.1.5 Função do Último Byte

O ultimo byte da mensagem é composto por um código de paridade vertical (LRC -


Longitudinal Redundance Check). Este byte é formado pelo “OU EXCLUSIVO” bit a bit de
todos os bytes da mensagem de modo a garantir que todas as colunas tenham um
número ímpar de bits 1 (paridade ímpar).

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 131


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

5.2 DESCRIÇÃO DAS MENSAGENS

5.2.1 Mensagem Reset Geral na UTR

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (00) Código (00)
Tamanho (04) Tamanho (04)
LRC LRC

A UTR ao executar o comando de Reset Geral inicializa toda a sua área de memória
referente ao buffer de mudanças digitais.

5.2.2 Mensagem Estado Geral da UTR

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (03) Código (03)
Tamanho (04) Tamanho (07)
LRC Estado da UTR
Estado de Erros das Entradas Digitais
Estado de Erros das Entradas Analógicas
LRC

O comando Estado geral da UTR retorna no 5° byte o Estado de erros nas entradas
digitais e no 6° byte o Estado de erros nas entradas analógicas.

O byte de estado que indica os erros nas entradas digitais (5° byte) possui o seguinte
formato:

Bit Nome Função

0
1 Eb Estouro de buffer de mudança de estado
2
3
4
5
6
7

O flag Eb (Estouro de buffer) é ativado quando não há mais memória para armazenar os
registros de mudanças nas entradas digitais. Esta situação ocorre somente quando a UTR
fica sem comunicação durante um longo tempo e não pode descarregar os seus registros.
Para evitar esta situação a UTR tem a capacidade para armazenar até 8000 registros.

O byte de estado que indica os erros nas entradas analógicas (6° byte) possui o seguinte
formato:

Página 132 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

Bit Nome Função

0
1
2
3
4
5 Ca Indica erro de conversão maior que 0,2%
6 Cf Indica erro de conversão maior que 2%
7 Nc Indica que o conversor A/D não converte

Os valores analógicos de referência são selecionados e injetados para conversão e o


resultado é conferido com o valor digital esperado pela UTR. Se o desvio encontrado for
maior do que 0,2%, a UTR ativará o flag Ca. Se o erro for maior que 2% a UTR ativará o
flag Cf. Se o conversor não converter o flag Nc será ativado.

5.2.3 Descrição da Mensagem Estado Geral Expandido da UTR

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (F6) Código (F6)
Tamanho (04) Tamanho (07)
LRC Estado da UTR
Estado de Erros das Entradas Digitais
Não Utilizado
Estado de Falha dos Cartões STD-32ED3 de Ordem 0 a 7
Estado de Falha dos Cartões STD-32ED3 de Ordem 8 a 15
LRC

O comando Estado geral Expandido da UTR é utilizado somente com o programa STD-
R186ED que faz a varredura dos cartões de entrada digital. Este programa é usado no
sub-bastidor escravo ED.

O byte de estado que indica os erros nas entradas digitais (5° byte) possui o seguinte
formato:

Bit Nome Função

0 Sync = 1 indica presença de cartão de sincronismo de relógio IRIB-B ou GPS


1 Eb = 1 indica estouro de buffer de mudança de estado
2
3
4
5
6
7

O flag Sync, quando em nível 1, indica a presença de um cartão gerador de data/hora em


operação. Este cartão pode ser de dois tipos: receptor GPS STD-GPS1 ou o decodificador
IRIG-B STD-IRG1.

O flag Eb (Estouro de buffer) é ativado quando não há mais memória para armazenar os
registros de mudanças nas entradas digitais. Esta situação ocorre somente quando a UTR
fica sem comunicação durante um longo tempo e não pode descarregar os seus registros.

O byte de estado que indica os erros nas entradas analógicas (6° byte) não é utilizado no
sub-bastidor escravo ED:

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 133


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

O 7° byte retorna indicação de falha nos cartões de entradas digitais STD-32ED3 de


ordem 0 a 7 de acordo com a tabela a seguir:

Bit Nome Função

0 F_ED00 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 0


1 F_ED01 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 1
2 F_ED02 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 2
3 F_ED03 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 3
4 F_ED04 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 4
5 F_ED05 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 5
6 F_ED06 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 6
7 F_ED07 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 7

O 8° byte retorna indicação de falha nos cartões de entradas digitais STD-32ED3 de


ordem 8 a 15 de acordo com a tabela a seguir:

Bit Nome Função

0 F_ED08 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 8


1 F_ED09 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 9
2 F_ED10 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 10
3 F_ED11 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 11
4 F_ED12 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 12
5 F_ED13 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 13
6 F_ED14 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 14
7 F_ED15 = 1 indica falha no cartão STD-32ED3 de ordem 15

5.2.4 Descrição da Mensagem Acerto de Calendário

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (07) Código (07)
Tamanho (0C) Tamanho (0D)
Ano (LSB) Estado da UTR
Ano(MSB) Ano (LSB)
Dia (LSB) Ano(MSB)
Dia (MSB) Dia (LSB)
Minutos (LSB) Dia (MSB)
Minutos (MSB) Minutos (LSB)
Milissegundos (LSB) Minutos (MSB)
Milissegundos (MSB) Milissegundos (LSB)
LRC Milissegundos (MSB)
LRC

Os bytes de ano indicam o ano (por exemplo 1994);


Os bytes de dia indicam o número do dia no ano (1 a 365 ou 1 a 366);
Os bytes de minutos indicam os minutos no dia (0 a 1439);
Os bytes de milissegundo indicam os milissegundos do minuto (0 a 59999).

Página 134 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

5.2.5 Descrição da Mensagem Teste de Linha

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (08) Código (08)
Tamanho Tamanho
Byte 1 Byte 1
----- -----
----- -----
Byte n Byte n
LRC LRC

5.2.6 Descrição da Mensagem Pedido do Estado Atual das Ent. Digitais

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (73) Código (73)
Tamanho (06) Tamanho
Número de Grupos a Enviar Estado da UTR
Endereço do Primeiro Grupo Endereço do Primeiro Grupo
LRC Dados do Primeiro Grupo
-----
-----
Dados do enésimo grupo
LRC

A UTR responde com as informações relativas aos pontos de entradas digitais,


independente de variações nestes pontos, sem provocar reset no buffer de mudanças de
estado.

5.2.7 Descrição da Mensagem Pedido de Mudanças nas Ent. Digitais

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (74) Código (74)
Tamanho (04) Tamanho
LRC Estado da UTR
Mudanças Restantes
Ano/Dia AAAA DDDD
Dia/Minuto DDDD DMMM
Minuto MMMM MMMM (LSB)
Milissegundos SSSS SSSS (MSB)
Milissegundos SSSS SSSS (LSB)
Endereço EEEE EEEE (MSB)
Endereço/Estado EEEE EEEX (LSB)
-------
--------
Ano/Dia AAAA DDDD
Dia/Minuto DDDD DMMM
Minuto MMMM MMMM (LSB)
Milissegundos SSSS SSSS (MSB)
Milissegundos SSSS SSSS (LSB)
Endereço EEEE EEEE (MSB)
Endereço/Estado EEEE EEEX (LSB)

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 135


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

A UTR responde com informações relativas aos pontos de entradas digitais que sofreram
alterações informando o estado, a data e a hora com precisão de 1ms do evento.

5.2.8 Descrição da Mensagem Executar Comando Monoestável Desliga

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (96) Código (96)
Tamanho (05) Tamanho (07)
Endereço do Dispositivo Estado da UTR
LRC Endereço do Dispositivo
Resultado da Operação
LRC

É feita uma solicitação à UTR para que acione no modo monoestável a saída digital que
corresponde ao relê de desligamento de um dispositivo. A UTR responde com um código
informando se o comando foi executado ou um código correspondente a um determinado
tipo de erro.

5.2.9 Descrição da Mensagem Executar Comando Monoestável Liga

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (97) Código (97)
Tamanho (05) Tamanho (07)
Endereço do Dispositivo Estado da UTR
LRC Endereço do Dispositivo
Resultado da Operação
LRC

É feita uma solicitação à UTR para que acione no modo monoestável a saída digital que
corresponde ao relê de acionamento de um dispositivo. A UTR responde com um código
informando se o comando foi executado ou um código correspondente a um determinado
tipo de erro.

5.2.10 Mensagem Executar Comando de Bloqueio de Ponto de Entrada


Digital

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (F8) Código (F8)
Tamanho (05) Tamanho (07)
Endereço do Dispositivo (Byte menos sig.) Estado da UTR
Endereço do Dispositivo (Byte mais sig.) Endereço do Dispositivo (Byte menos sig.)
LRC Endereço do Dispositivo (Byte mais sig.)
Resultado da Operação
LRC

É feita uma solicitação à UTR para que bloqueie um ponto de entrada digital. O ponto
bloqueado não mais indica o estado da entrada nem gera eventos de mudanças. A UTR

Página 136 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

responde com um código informando se o comando foi executado.

5.2.11 Mensagem Executar Comando de Desbloqueio de Ponto de de


Entrada Digital

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (F7) Código (F7)
Tamanho (05) Tamanho (07)
Endereço do Dispositivo (Byte menos sig.) Estado da UTR
Endereço do Dispositivo (Byte mais sig.) Endereço do Dispositivo (Byte menos sig.)
LRC Endereço do Dispositivo (Byte mais sig.)
Resultado da Operação
LRC

É feita uma solicitação à UTR para que desbloqueie um ponto de entrada digital. O ponto
desbloqueado passa a indicar o estado da entrada e gerar eventos de mudanças. A UTR
responde com um código informando se o comando foi executado.

5.2.12 Mensagem Pedido dos Valores Analógicos

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (D2) Código (D2)
Tamanho (06) Tamanho
Número de Pontos a Enviar Estado da UTR
Endereço do Primeiro Ponto Endereço do Primeiro Ponto
LRC Valor do Primeiro Ponto (LSB)
Valor do Primeiro Ponto (MSB)
-----
-----
Valor do Enésimo Ponto (LSB)
Valor do Enésimo Ponto (MSB)
LRC

5.2.13 Mensagem Ler Versão

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (F0) Código (F0)
Tamanho (08) Tamanho (1D)
Sub-Código (00) Estado da UTR
Sub-Código (FF) 1° byte da string
Sub-Código (FF) 2° byte da string
Sub-Código (00) -----
LRC 24° byte da string
LRC

A UTR responde com uma string de 24 caracteres onde estão escritos em ASCII o modelo
do equipamento, a versão do software e a data.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 137


5. DEFINIÇÕES DO PROTOCOLO ML7800

5.2.14 Mensagem Ler Calendário

COS ⇒ UTR UTR ⇒ COS


Flags + Endereço Flags + Endereço
Código (F0) Código (F0)
Tamanho (08) Tamanho (0D)
Sub-Código (04) Estado da UTR
Sub-Código (FB) Ano (LSB)
Sub-Código (FB) Ano(MSB)
Sub-Código (04) Dia (LSB)
LRC Dia (MSB)
Minutos (LSB)
Minutos (MSB)
Milissegundos (LSB)
Milissegundos (MSB)
LRC

Página 138 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


6. PROTOCOLO MODBUS RTU

SEÇÃO 6
PROTOCOLO
MODBUS RTU
MULTIMEDIDORES

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 139


6. PROTOCOLO MODBUS RTU

Página 140 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


6. PROTOCOLO MODBUS RTU

6. PROTOCOLO MODBUS RTU

6.1 Introdução

O MODBUS é um protocolo que utiliza o princípio mestre-escravo possuindo dois tipos de


transmissão serial: ASCII e RTU. Este protocolo tem sido usado nas subestações
principalmente em transdutores e relés digitais. Neste projeto, o protocolo MODBUS RTU
inicialmente será utilizado para comunicação com os transdutores digitais Yokogawa
2480D e 2480E responsáveis pelas medidas elétricas nas subestações.

6.2 Formato da mensagem MODBUS RTU

Neste modo é necessário uma pausa de pelo menos 4 caracteres antes de enviar o
primeiro byte (endereço) e uma pausa idêntica depois do último byte (CRC). Um quadro
típico de mensagem é mostrado a seguir:

Endereço Função Dados CRC

8 bits 8 bits N x 8 bits 16 bits

6.3 Mensagem de Ler Registros - Enviada

Endereço Função Dados CRC

Registro Inicial Número de Registros 16 bits


8 bits 03
Byte High Byte Low Byte High Byte Low Byte Low Byte High

6.4 Mensagem de Ler Registros - Recebida

Endereço Função Dados contendo o número de registros solicitado CRC

Registro Inicial Registro Final 16 bits


8 bits 03
Byte High Byte Low Byte High Byte Low Byte Low Byte High

6.5 Mensagem de Escrever em Registro - Enviada

Endereço Função Dados CRC

Número do Registro Dado a escrever 16 bits


8 bits 06
Byte High Byte Low Byte High Byte Low Byte Low Byte High

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 141


6. PROTOCOLO MODBUS RTU

6.6 Mensagem de Escrever em Registro - Recebida

Endereço Função Dados contendo o número de registros solicitado CRC

Número do Registro Dado a escrever 16 bits


8 bits 06
Byte High Byte Low Byte High Byte Low Byte Low Byte High

6.7 Mensagem de Escrever em Múltiplos Registros - Enviada

End Func Dados CRC

Registro Inicial Número de Registros Dados a Escrever 16 bits


8 bits 16
Byte High Byte Low Byte High Byte Low Byte High Byte Low L H

6.8 Mensagem de Escrever em Múltiplos Registros - Recebida

Endereço Função Dados contendo o número de registros solicitado CRC

Número do Registro Número de Registros 16 bits


8 bits 16
Byte High Byte Low Byte High Byte Low Byte Low Byte High

6.9 Mensagem de Diagnóstico

Endereço Função Dados CRC

Código de Erro 16 bits


8 bits *
Byte Low Byte High

6.10 Parâmetros da Comunicação Serial do transdutor 2480D/2480E

taxa de transmissão = 9600


paridade = n (nenhum)
número de bits = 8
bits de parada (stop bit) = 2

Página 142 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


6. PROTOCOLO MODBUS RTU

6.11 Tabela de Registros do Transdutor Yokogawa 2480D/2480E

Registro Conteúdo e Formato Grandeza Tipo Variável

1 Versão 100 x versão + revisão RO Unsig. Int


2 Grandeza 1 -> AC RO Unsig. Int
3 circuito de medição: 1-> 1fase, 2 -> 3f/3W, 3 -> 3f/4W RO Unsig. Int
4 tensão de sinal RO Unsig. Int
5 corrente de sinal RO Unsig. Int
6 medição de energia RO Unsig. Int
11 Código de erro RO Unsig. Int
12 Medição disponível RO Unsig. Int
13 Reset Wh e varh RW Unsig. Int
14 Trigger RW Unsig. Int
15 par de grandezas RW Unsig. Int
16 unidade 2 RW Unsig. Int
17 unidade 1 RW Unsig. Int
18 Config 1, 2 ou 3 RW Unsig. Int
19 Memória pendente RO Unsig. Int
20 V1 100 x V1 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int
21 V2 100 x V1 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int
22 V3 100 x V1 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int
23 I1 1000 x I1 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int
24 I2 1000 x I1 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int
25 I3 1000 x I1 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int
26 polaridade do W 1 (+) ou -1 (-) RO Int
27 W 10 x W (tabela 1) Watt RO Unsig. Int
28 polaridade do var 1 (+) ou -1 (-) RO Int
29 var 10 x var (tabela 1) Var RO Unsig. Int
30 polaridade do FP 1 (+) ou -1 (-) RO Int
31 FP 10000 x FP (tabela 1) FP RO Unsig. Int
32 Hz 100 x Hz (tabela 1) Hz RO Unsig. Int
33 Wh+ KWh RO Unsig. Int
34 Pto dec Wh+ 1, 2, 3 ou 4: (tabela 1) RO Unsig. Int
35 Wh- RO Unsig. Int
36 Pto dec Wh- 1, 2, 3 ou 4 (tabela 1) RO Unsig. Int
37 varh+ kVArh RO Unsig. Int
38 Pto dec varh+ 1, 2, 3 ou 4 (tabela 1) RO Unsig. Int
39 varh- RO Unsig. Int
40 Pto dec varh- 1, 2, 3 ou 4 (tabela 1) RO Unsig. Int
41 polaridade do Wcal. 1 (+) ou -1 (-) RO Unsig. Int
42 W cal. RO Unsig. Int
43 polaridade dovar cal. 1 (+) ou -1 (-) RO Unsig. Int
44 var cal. RO Unsig. Int
73 Reset máx. min. 1 RW Unsig. Int
74 V1 máx. 100 x V1 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int
75 V2 máx. 100 x V2 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int
76 V3 máx. 100 x V3 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int
77 I1 máx. 1000 x I1 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int
78 I2 máx. 1000 x I2 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int
79 I3 máx. 1000 x I3 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int
80 W + máx. 10 x W (tabela 1) 10 x W RO Unsig. Int
81 W - máx. 10 x W (tabela 1) 10 x W RO Unsig. Int
10 x RO
82 var + máx. 10 x var (tabela 1)
var Unsig. Int
10 x RO
83 var - máx. 10 x var (tabela 1)
var Unsig. Int
84 FP + máx. 10000 x FP (tabela 1) RO Unsig. Int
85 FP - máx. 10000 x FP (tabela 1) RO Unsig. Int
86 Hz máx. 100 x Hz (tabela 1) Hertz RO Unsig. Int
87 V1 min. 100 x V1 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int
88 V2 min. 100 x V2 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int
89 V3 min. 100 x V3 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 143


6. PROTOCOLO MODBUS RTU

Registro Conteúdo e Formato Grandeza Tipo Variável

90 I1 min. 1000 x I1 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int


91 I2 min. 1000 x I2 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int
92 I3 min. 1000 x I3 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int
93 W + min.10 x W (tabela 1) Watt RO Unsig. Int
94 W - min. 10 x W (tabela 1) Watt RO Unsig. Int
95 var + min. 10 x var (tabela 1) Var RO Unsig. Int
96 var - min. 10 x var (tabela 1) Var RO Unsig. Int
97 FP + min. 10000 x FP (tabela 1) RO Unsig. Int
98 FP - min. 10000 x FP (tabela 1) RO Unsig. Int
99 Hz min. 100 x Hz (tabela 1) Hertz RO Unsig. Int
109 Qtde de mem. Pendente 1 à 1000 RO Unsig. Int
110 Endereço inicial 1 à 1000 RO Unsig. Int
111 Endereço final 1 à 1000 RO Unsig. Int
112 Tempo sem comunicação 1 à 7200 segundos RW Unsig. Int
113 Cancela Memória pend. 1 RW Unsig. Int
114 Reset memória 1 RW Unsig. Int
115 Trava memória 0= destrava1= trava RW Unsig. Int
116 Time-out destrava 1 à 7200 segundos RW Unsig. Int
117 Tempo aquisição 1 à 7200 segundos RW Unsig. Int
118 página 1 à 1000 RW Unsig. Int
119 Memória pendente 0 = não possui 1 = possui RO Unsig. Int
120 V1 (mem.) 100 x V1 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int
121 V2 (mem.) 100 x V2 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int
122 V3 (mem.) 100 x V3 (tabela 1) Volts RO Unsig. Int
123 I1 (mem.) 1000 x I1 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int
124 I2 (mem.) 1000 x I2 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int
125 I3 (mem.) 1000 x I3 (tabela 1) Amperes RO Unsig. Int
126 Polaridade do W(mem.) 1 (+) ou -1 (-) RO Int
127 W (mem.) 10 x W (tabela 1) Watt RO Unsig. Int
128 Polaridade dovar (mem.) RO Int
129 var (mem.) 10 x var (tabela 1) Var RO Unsig. Int
130 polaridade doFP (mem.) 1 (+) ou -1 (-) RO Int
131 FP (mem.) 10000 x FP (tabela 1) RO Unsig. Int
132 Hz (mem.) 100 x Hz (tabela 1) Hz Hertz RO Unsig. Int
133 Wh+ (mem.) KWh RO Unsig. Int
134 Pto dec Wh+(mem.) 1, 2, 3 ou 4 (tabela 1) RO Unsig. Int
135 Wh- (mem.) KWh RO Unsig. Int
136 Pto dec Wh-(mem.) RO Unsig. Int
137 varh+ (mem.) KVarh RO Unsig. Int
138 Pto dec varh+(mem.) 1, 2, 3 ou 4 (tabela 1) RO Unsig. Int
139 varh- (mem.) KVarh RO Unsig. Int
140 Pto dec varh-(mem.) 1, 2, 3 ou 4 (tabela 1) RO Unsig. Int
150 uso interno YBR RO
151 uso interno YBR RO
152 uso interno YBR RO
153 uso interno YBR RO
154 uso interno YBR RO
155 uso interno YBR RO
156 uso interno YBR RO
157 uso interno YBR RO

Caso todos os bits dos dois bytes de dados sejam de valor 1 (11111111 11111111)
significa que este transdutor não mede esta grandeza.

Página 144 Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100


6. PROTOCOLO MODBUS RTU

A tabela abaixo contém os valores que podem ser escritos nos registros nº : 16 e 17 da
tabela de registros:

Valor Grandeza Descrição

0 V1 tensão 1
1 V2 tensão 2
2 V3 tensão 3
3 I1 corrente 1
4 I2 corrente 2
5 I3 corrente 3
6 W Watt
7 var var
8 FP fator de potência
9 Hz frequência

A tabela abaixo contém os valores que podem ser escritos no registro nº: 15 da tabela de
registros:

Valor Par de Grandezas Descrição

0 V1 I1 Tensão 1 e Corrente 1
1 V2 I2 Tensão 2 e Corrente 2
2 V3 I3 Tensão 3 e Corrente 3
3 W Var Watt e Var
4 FP Hz Fator de potência e Frequência

A tabela abaixo contém os possíveis códigos de erro gerados pelo transdutor e que
podem ser lidos.

Códigos de Erro Descrição do Erro

0 Não ocorreu nenhum erro.


10 Unidade 1 inexistente.
11 Unidade 2 inexistente.
12 Par de unidades inexistente.
20 Config. Inexistente.
60 Falta de trigger.
62 Solicitação de leitura antes de 200ms após Trigger.
98 Estouro do buffer de transmissão.
99 Estouro do buffer de recepção.

OBS: Todos os registros são de 16 bits.

Manual de Operação da Unidade Terminal Remota STD-7100 Página 145

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