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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE ENGENHARIA
Departamento de Química
Curso de Licenciatura em Engenharia do Ambiente

Trabalho Prático
para a Disciplina de

POLUIÇÃO E GESTÃO COSTEIRA


Curso Diurno

(4º – Ano)

Relatório Nº 02
Títtulo:
Remobilização do petróleo
Subtítulo:
Drainage; Sediment Tilling; Underwater flushing

Docente:

Engº Alexandre Bartolomeu (MSc)


Direcção Nacional do Ambiente
Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural

Maputo, 06 de Novembro de 2017


Curso de
Licenciatura em Engenharia do Ambiente

Trabalho Prático
para a Disciplina de

POLUIÇÃO E GESTÃO COSTEIRA


Curso Diurno

(4º – Ano)

Relatório Nº 02
Títtulo:
Remobilização do petróleo
Subtítulo:
Drainage; Sediment Tilling; Underwater flushing

Docente:

Engº Alexandre Bartolomeu (MSc)

Grupo nº 06:
1 Da Silva, Erik Arménio Noronha
2 Falume, Núria Judy Imede
3 Gove, Lurdes Manuel

Maputo, 06 de Novembro de 2017


Dedicatória

Dedicamos o presente trabalho a toda nossa família em geral, particularmente aos nossos
pais e aos nossos irmãos.

I
Agradecimentos

A Deus, pela força, saúde, para a realização do presente trabalho.

A nossa família, pelo incentivo.

A todos que directa ou indirectamente contribuíram para a elaboração deste trabalho.

O nosso especial agradecimento é dedicado ao docente da cadeira de Poluição e Gestão


Costeira, Alexandre Bartolomeu que contribuiu significativamente ao longo das aulas.

Não esquecemos de agradecer os nossos colegas da turma em geral.

II
Índice de conteúdos
1. Introdução.......................................................................................................................1

2. Metodologia.....................................................................................................................2

3. Revisão Bibliográfica.......................................................................................................3

4. Estudo de Caso: Remobilização do petróleo..................................................................4

4.1. Drenagem (Drainage)...............................................................................................4

4.1.1. Objectivos e descrição da técnica.....................................................................4

4.1.2. Tipo de linha de costa e poluição aplicável.......................................................4

4.1.3. Requisitos de materiais.....................................................................................5

4.1.4. Impacto ambiental..............................................................................................6

4.1.5. Considerações operacionais.............................................................................6

4.2. Lavragem de sedimentos (Sediment tilling).............................................................6

4.2.1. Objectivos e descrição da técnica.....................................................................6

4.2.2. Tipo de linha costeira e poluição aplicável........................................................7

4.2.3. Requisitos de materiais.....................................................................................8

4.2.4. Impacto ambiental..............................................................................................8

4.2.5. Considerações operacionais.............................................................................9

4.3. Lavagem por baixo da água com pistolas de lavagem (Underwater Flushing).....10

4.3.1. Objectivo e descrição da técnica.....................................................................10

4.3.2. Tipo de linha costeira e poluição aplicável......................................................10

4.3.3. Requisitos de materiais...................................................................................11

4.3.4. Impacto ambiental............................................................................................12

4.3.5. Considerações operacionais...........................................................................12

4.3.6. Geração de resíduos.......................................................................................13

4.4. Requisitos humanos (composição da equipa operacional)...................................13

4.5. Coordenação e fim das operações........................................................................16


III
4.5.1. Reporte............................................................................................................16

4.5.2. Limpeza após as operações............................................................................17

4.5.3. Pedidos de indeminização...............................................................................17

4.6. Planificação, Monitoria e Avaliação de Programas de GIZC.................................18

5. Considerações Finais...................................................................................................19

6. Referências Bibliográficas............................................................................................20

IV
Índice de figuras

Figura 1 – Trincheiras de recuperação do petróleo..............................................................4


Figura 2 – Máquina usada para fazer a lavragem de sedimentos........................................7
Figura 3 – Equipamento mecânico........................................................................................8
Figura 4 – Uma praia depois de lavrada...............................................................................9
Figura 5 – Lavagem por baixo da água...............................................................................10
Figura 6 – Praias de areia fina e grossa..............................................................................11
Figura 7 – Múltiplas armas de descarga.............................................................................11
Figura 8 – Pistolas de descarga individuais........................................................................12
Figura 9 – Área de remobilização isolada...........................................................................13
Figura 10 – Estrutura organizacional do Sistema de Comando de Incidentes (ICS).........15
Figura 11 – Diagrama simplificado de uma estrutura organizacional alternativa...............16
Figura 12 – Limpeza de barreiras........................................................................................17

V
Resumo

Vazamentos de petróleo, provenientes das actividades de exploração, transporte,


distribuição e armazenamento, geram danos ao ambiente e afectam a sociedade. Busca-
se, nas dimensões técnico-científica e jurídica, aprimorar de forma contínua os
instrumentos de resposta a tais episódios. As estatísticas de derrames, especialmente
para os derrames de navios, mostraram um declínio nos últimos anos, mas o estudo de
tais técnicas não deixa de ser importante. O presente trabalho apresenta de forma
sintética o estudo de algumas técnicas que possam minimizar os impactos que advêm
dessas acções. A remobilização do petróleo, que envolve a drenagem, lavagem de
sedimentos e a lavagem por baixo da água com pistolas de lavagem constituem técnicas
para a remoção do petróleo da Costa e são técnicas com poucos impactos sobre o
ambiente, com pouca geração de resíduos e permite recuperar áreas costeiras com certo
nível de eficiência.

Palavras-chave: derrame; petróleo; lavagem.

VI
1. Introdução

Estatísticas demonstram que a maioria dos vazamentos de petróleo de navios ocorrem


perto da costa uma vez que as técnicas para combater o petróleo flutuante no mar são
tipicamente limitadas por tempo, clima ou então outras restrições, acções tomadas para
evitar que o petróleo atinja o litoral são parcialmente bem-sucedidas [ CITATION ITO11 \l
2070 ].

Quando o petróleo atinge o litoral, um esforço considerável pode ser necessário para
limpar as áreas afectadas. É, portanto, essencial que os esforços para a limpeza do litoral
sejam incluídos em planos de contingência[ CITATION ITO11 \l 2070 ].

As técnicas disponíveis para a limpeza do litoral são relativamente directas e


normalmente não requerem equipamentos especializados. No entanto, a utilização de
técnicas inadequadas e a má organização das mesmas podem agravar os danos
causados pelo próprio petróleo[ CITATION ITO11 \l 2070 ].

O presente trabalho tem por objectivo analisar as técnicas de remobilização de petróleo, e


como específicos: descrever cada uma das técnicas de remobilização de petróleo;
determinar o tipo de linha de costa e a poluição aplicável de cada técnica; identificar os
requisitos dos materiais usados e identificar os impactos ambientais de cada técnica.

Este trabalho descreve as técnicas de limpeza do litoral comumente usadas e fornece


informações sobre quais são os mais adequados para a linha de costa em análise.

1
2. Metodologia

O presente trabalho realizou-se com base em artigos científicos e relatórios pesquisados


com auxílio da internet. Incluem artigos e relatórios de organizações como ITOPF e
IPIECA. Foram consultados materiais fornecidos pelo docente da cadeira, que serviram
de apoio para o uso de figuras para o trabalho.

2
3. Revisão Bibliográfica

As estatísticas de derrames, especialmente para os derrames de navios, mostraram um


declínio nos últimos anos, mas as estatísticas globais são de pouco conforto para as
comunidades locais que sofrem um derrame importante [ CITATION Int151 \l 2070 ].

Para a redução ou minimização dos danos ambientais causados pelos derrame de


petróleo, diversos métodos de limpeza são utilizados internacionalmente. A limpeza do
litoral é o elemento mais visível da resposta ao derrame, e é inevitavelmente um foco de
atenção[ CITATION Int151 \l 2070 ].

A opção pelo método a ser empregado vincula-se fortemente ao tipo de ecossistema


impactado, levando-se em conta suas características e sensibilidade. Envolve também o
tipo de petróleo derramado e factores técnicos, tais como acesso e tipo de equipamento
passível de ser utilizado, além do custo da operação. Frisa-se que uma má escolha do
método de limpeza pode maximizar os danos ambientais. Qualquer método de limpeza
deve ser aplicado após o petróleo ter sido, pelo menos em grande parte, retirado das
águas próximas aos locais atingidos[ CITATION Can07 \l 2070 ]

De outra forma, ambientes recéns limpos podem vir a ser novamente contaminados,
implicando na necessidade de re-limpeza e acarretando mais danos à comunidade já
perturbada pelo petróleo e operações antrópicas. As opções mais frequentemente
utilizadas na limpeza dos ambientes costeiros são: limpeza natural, remoção manual, uso
de materiais absorventes, bombeamento a vácuo, “skimmers” (equipamento desenvolvido
para remover o petróleo da superfície da água, utilizando discos giratórios e cordas
absorventes), lavagem com água a diferentes pressões, lavagem com areia, corte de
vegetação, queima in situ, trincheiras, remoção de sedimentos, biorremediação,
remobilização do petróleo e produtos dispersantes [ CITATION Can07 \l 2070 ].

3
4. Estudo de Caso: Remobilização do petróleo

4.1. Drenagem (Drainage)

4.1.1. Objectivos e descrição da técnica

A técnica de drenagem para remobilização do petróleo consiste em cavar canais ou


trincheiras na praia para canalizar a superfície ou então para enterrar o petróleo e
conduzi-lo a uma trincheira a parte inferior da praia, onde poderá ser recuperado. Esta
técnica tem por objectivo a remoção do petróleo no solo[ CITATION Ame01 \l 2070 ].

Figura 1 – Trincheiras de recuperação do petróleo.

4.1.2. Tipo de linha de costa e poluição aplicável

Segundo American Petroleum Institute; National Oceanic and Atmospheric Administration;


U.S. Coast Guard; U.S. Environmental Protection Agency (2001), esta técnica pode ser
aplicada em:

 Praias de areia fina e grossa, não sendo aplicado à praias de gravilha ou cascalho;

4
 Locais onde haja petróleo fluido não pegajoso que está infiltrado na arei ada praia
ou na superfície.

4.1.3. Requisitos de materiais

Segundo American Petroleum Institute; National Oceanic and Atmospheric Administration;


U.S. Coast Guard; U.S. Environmental Protection Agency (2001), os materiais são os
seguintes:

 Para a realização da drenagem os canais podem ser escavados manualmente com


pás ou ainda por motores mecânicos;

 Equipamentos de recuperação como skimmers, bombas e absorventes que devem


ser usados perto da trincheira de recuperação quando se iniciam as operações.

Skimmers: com uma profundidade de água suficiente, podem ser usados skimmers
pequenos ou médios na borda da água para recuperar o petróleo e bombeá-lo para
reservatórios[ CITATION Int151 \l 2070 ].

Bombas: em águas calmas com acesso veicular à costa, o petróleo pode ser bombeado
directamente da área de contenção para tanques de armazenamento temporários ou para
petroleiros que podem ser a vácuo, ou ainda para um camião. O tipo de bomba
seleccionada dependerá da viscosidade do petróleo, e devem ter deslocamentos
necessárias para transferir o petróleo mais viscoso e emulsionado. Muitos petroleiros a
vácuo têm uma porta traseira completamente aberta para permitir a descarga de petróleo
altamente viscoso, mas alguns petroleiros não funcionam bem com óleos viscosos ou
emulsionados. Petróleos com altos pontos de escoamento (isto é, um ponto de
escoamento superior às temperaturas ambiente ou de água do mar) e que estão,
portanto, em um estado semi-sólido, ou os altamente emulsionados que não podem ser
bombeados, às vezes podem ser recuperados com um balde de escavadeira, desde que
seja adequado o acesso para essa maquinaria[ CITATION Int151 \l 2070 ].

5
4.1.4. Impacto ambiental

As escavações das trincheiras não devem levar à erosão da praia [ CITATION Ame01 \l
2070 ].

4.1.5. Considerações operacionais

Segundo American Petroleum Institute; National Oceanic and Atmospheric Administration;


U.S. Coast Guard; U.S. Environmental Protection Agency (2001), as considerações
operacionais que se devem ter em conta são:

 O canal geralmente tem cerca de 50 cm de profundidade. O fundo da trincheira de


recuperação pode ser coberto temporariamente durante as operações para limitar
a infiltração da água contaminada com petróleo na areia;

 A drenagem pode ser enchida pelo uso de descarga de água a temperatura


ambiente e de baixa pressão para transportar o petróleo nas trincheiras;

 No final do processo de drenagem as trincheiras devem ser devidamente


preenchidas com areia pois a acção de retracção das ondas não é suficiente para
o fazer;

 Os motores devem evitar andar nas trincheiras recém-cobertas pois a superfície


geralmente ainda não se encontra firme.

4.2. Lavragem de sedimentos (Sediment tilling)

4.2.1. Objectivos e descrição da técnica

Consiste em retrabalhar o sedimento com máquinas para quebrar o sedimento oleoso e


trazer os sedimentos oleosos enterrados para à superfície. Favorece a degradação
natural do petróleo através da aeração e o aumento da sua área superficial. Os

6
sedimentos oleosos são misturados usando equipamentos mecânicos ou ferramentas
manuais[ CITATION Ame01 \l 2070 ].

Figura 2 – Máquina usada para fazer a lavragem de sedimentos.

4.2.2. Tipo de linha costeira e poluição aplicável

Segundo American Petroleum Institute; National Oceanic and Atmospheric Administration;


U.S. Coast Guard; U.S. Environmental Protection Agency (2001), esta técnica pode ser
aplicada em:
 Praias arenosas bem expostas, suficientemente firmes para maquinas pesadas;
 Petróleo enterrado, fresco ou resistido, em quantidades médias ou residuais;
 Adequado para locais onde o petróleo está encalhado acima da linha de água alta
normal.

7
4.2.3. Requisitos de materiais

Segundo American Petroleum Institute; National Oceanic and Atmospheric Administration;


U.S. Coast Guard; U.S. Environmental Protection Agency (2001), os materiais são os
seguintes:

 Máquinas capazes de misturar o sedimento;


 Ferramentas manuais podem ser usadas, mas por ser um trabalho muito intensivo
é mais desgastante o uso de ferramentas manuais.

Figura 3 – Equipamento mecânico.

4.2.4. Impacto ambiental

 Devido à mistura de petróleo em sedimentos, este método pode expor mais os


organismos que vivem abaixo da camada original de petróleo.

 O retrabalho repetido pode atrasar o restabelecimento desses organismos.

 Esta técnica não deve ser usada em praias mais baixas com exposição média ou
baixa a ondas que possuem uma fauna rica.

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Figura 4 – Uma praia depois de lavrada.

4.2.5. Considerações operacionais

Segundo American Petroleum Institute; National Oceanic and Atmospheric Administration;


U.S. Coast Guard; U.S. Environmental Protection Agency (2001), as considerações
operacionais que se devem ter em conta são:

 Esta técnica é adequada para praias arenosa expostas, com poluição baixa ou
residual e deve ser utilizada em vez da remoção de sedimentos em praias
erodidas;
 Deve-se ter cuidado para garantir que não haja habitats sensíveis perto da praia
que possam ser afectados, como áreas de criação de peixes ou áreas de
observação de aves por causa do potencial de libertação de petróleo e sedimentos
oleosos em corpos de água adjacentes.

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4.3. Lavagem por baixo da água com pistolas de lavagem (Underwater Flushing)

4.3.1. Objectivo e descrição da técnica

Consiste em mobilizar o petróleo enterrado nas praias jorrando água/ar na areia debaixo
da água, com pistolas de descarga especiais [ CITATION Ame01 \l 2070 ]

Figura 5 – Lavagem por baixo da água.

4.3.2. Tipo de linha costeira e poluição aplicável

Esta técnica aplica-se a praias de areia fina e muito grosseira[ CITATION Ame01 \l 2070 ]

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Figura 6 – Praias de areia fina e grossa.

É aplicado quando o petróleo está enterrado até 50 cm de profundidade, fresco ou


levemente resistido[ CITATION Ame01 \l 2070 ].

4.3.3. Requisitos de materiais

Requer sistemas especiais de descarga:

 Um sistema com múltiplas armas de descarga rebocadas para um tractor ou


operado a partir de uma barcaça para longas praias planas;

Figura 7 – Múltiplas armas de descarga.

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 Ou pistolas de descarga individuais especialmente projectadas que espirram uma
mistura de água e ar.

Figura 8 – Pistolas de descarga individuais.

4.3.4. Impacto ambiental

O impacto é menos importante que quando o escoamento de alta pressão é usado


[ CITATION Ame01 \l 2070 ].

4.3.5. Considerações operacionais

A descarga subaquática leva à reflutuação do petróleo, portanto, a zona de descarga


deve tem de ser isolada antes de qualquer operação[ CITATION Ame01 \l 2070 ].

12
Figura 9 – Área de remobilização isolada.

4.3.6. Geração de resíduos

Depende do tipo de poluição e eficiência da remoção dos skimmers[ CITATION Ame01 \l


2070 ].

4.4. Requisitos humanos (composição da equipa operacional)

Uma operação de limpeza efectiva e bem-sucedida não pode ser alcançada sem
gerenciamento eficiente de todos os aspectos da resposta. Nenhuma quantidade de
equipamento especializado pode compensar a má organização. Responder a um
derramamento exige uma estrutura organizacional coerente que abranja toda a resposta,
combinando controle de origem, rastreando o derrame, no ar, operações na água e
limpeza do litoral[ CITATION Int151 \l 2070 ].

As operações em terra dependem de uma organização que suporte a troca rápida de


informações confiáveis. O sistema deve ser capaz de se adaptar a uma situação de

13
mudança contínua, responder aos comentários do litoral e assegurar que toda a logística
necessária esteja em vigor para fornecer materiais, remover os resíduos colectados e
garantir o bem-estar e a motivação da força de trabalho, enquanto ao mesmo tempo que
acompanha os custos e assegura fundos suficientes para financiar a resposta[ CITATION
Int151 \l 2070 ].

Uma característica fundamental da gestão efectiva, é que a capacidade de gerenciamento


deve ser bem adaptada ao número de pessoas que trabalham na costa. É improvável que
o aumento do número de pessoal que operam no litoral melhore os resultados, a menos
que seja devidamente gerido. A implantação inicial de pessoal e equipamentos deve ser
monitorizada e escalada ou diminuída de forma a optimizar eficiência e eficácia. Uma
avaliação realista do progresso e de quaisquer ajustes necessários para conhecer
condições de mudança é necessário, assim como a capacidade de aumentar a
quantidade de pessoal, se necessário, ou reduzir a resposta quando o trabalho atingir a
conclusão. Uma forte supervisão é necessária para garantir a segurança das tripulações
que trabalham na costa e para garantir que as técnicas de limpeza recomendadas e as
práticas de trabalho estão sendo seguidas, de modo a tornar o uso mais efectivo dos
recursos disponíveis[ CITATION Int151 \l 2070 ].

Em diferentes países ao redor do mundo, a gestão da resposta ao derrame é organizada


de várias maneiras, mas uma abordagem amplamente adoptada é o Sistema de
Comando de Incidentes (ICS) empregado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos
(USCG), como mostra a figura abaixo. Uma das principais vantagens do ICS é que o
sistema fornece um modelo para várias organizações diferentes para serem rapidamente
reunidas em uma estrutura coerente, onde a cadeia de comando, as linhas de
comunicação, a terminologia comum e as funções individuais estão claramente
estabelecidas[ CITATION Int151 \l 2070 ].

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Figura 10 – Estrutura organizacional do Sistema de Comando de Incidentes (ICS).

A figura abaixo mostra um diagrama simplificado de uma estrutura organizacional


alternativa, cujas variações são usadas em vários países. Este é frequentemente o caso
em que as responsabilidades são divididas entre respostas na água e na costa. Por
exemplo, uma marinha nacional ou guarda costeira pode ser responsável pela resposta
na água, enquanto que a limpeza do litoral pode ser da responsabilidade de uma agência
ou ministério ambiental ou as autoridades regionais ou locais. Com essa divisão de
responsabilidades, é essencial estabelecer uma estreita ligação entre as organizações
responsáveis pelas operações na água e as que fazem a gestão da limpeza do litoral
[ CITATION Int151 \l 2070 ].

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Figura 11 – Diagrama simplificado de uma estrutura organizacional alternativa.

No caso de um derramamento, muitos funcionários da indústria do petróleo que foram


treinados no ICS encontrar-se-ão trabalhando ao lado de autoridades usando uma
estrutura organizacional alternativa. Esta oportunidade deve ser entendida como forma de
realizar exercícios de derrame de petróleo com essas autoridades para permitir que o
pessoal da indústria e as autoridades governamentais desenvolvam formas de trabalhar
em conjunto e incentivar a integração em uma única estrutura de trabalho[ CITATION
Int151 \l 2070 ].

4.5. Coordenação e fim das operações

4.5.1. Reporte

A gestão da informação é essencial para o controlo da resposta. Funcionários Públicos de


Informação gerem as relações públicas. Todas as questões que ocorrem durante a
resposta devem ser dirigidas para os Funcionários Públicos de Informação delegados.
Qualquer informação dada deve ser clarificada através do Comando do Incidente e de
Comando Unificado [ CITATION ITO11 \l 2070 ].

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4.5.2. Limpeza após as operações

Devem ser realizadas as limpezas, fazer a manutenção e substituição de equipamentos.


Realizar o inventário e armazenamento do equipamento, bem como a operação de
remediação ambiental e/ou monitorização da remediação do local limpo[ CITATION ITO11
\l 2070 ].

Figura 12 – Limpeza de barreiras.

4.5.3. Pedidos de indeminização

Por fim deve-se recorrer ao pedido de reembolso, para tal deve-se manter registos
completos sobre todo o pessoal, equipamento e consumíveis. Deve-se utilizar folhas
uniformizadas[ CITATION ITO11 \l 2070 ].

17
4.6. Planificação, Monitoria e Avaliação de Programas de GIZC

Actividad Objectivo Indicador Acções Duraçã Custo/fon Responsáv Parceir


e es o te el os

Fechar/tap Evitar a Trincheira Mobilizar Curto - INAMAR -


ar as erosão do s cobertas máquinas prazo
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trincheiras solo para o
escavadas encerramen
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remoção trincheiras
do
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Revolver o Aumentar Áreas Lavagem e Curto - INAMAR -


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Eliminar Evitar Quantidad Elaborar Contín - INAMAR -


e/ou tratar problema e de planos ua
MITADER
os s resíduos gestão de
resíduos ambientai resíduos
resultantes s
da limpeza adversos
ao local
limpo

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5. Considerações Finais

Contudo, foi possível alcançar os objectivos do trabalho. Constatou-se que as técnicas de


drenagem e lavagem não geram resíduos durante a sua operação, diferente da lavagem
em baixo da água e para tal podem ser desenvolvidos planos de gestão desses resíduos
gerados durante a remobilização do petróleo. E as três técnicas exigem o uso de
máquinas e equipamentos pesados.

Estas técnicas podem ser aplicadas em praias arenosas, de areia fina e grossa e para o
petróleo que esteja enterrado.

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6. Referências Bibliográficas

 American Petroleum Institute; National Oceanic and Atmospheric Administration;


U.S. Coast Guard; U.S. Environmental Protection Agency. (2001). Characteristics
of Response Strategies: A Guide for Spill Response Planning in Marine
Environments. Washington: U.S. Department of Commerce • National Oceanic and
Atmospheric Administration • National Ocean Service.
 Cantagallo, C., Milanelli, J. C., & Brito, D. D. (2007). Limpeza de ambientes
costeiros brasileiros contaminados por petroleo. Pan-American Journal of aquatic
sciences.
 International Association of Oil & Gas Producers. (2015). A guide to oiled shoreline
clean-up techniques: Good practice guidelines for incident management and
emergency response personnel. London: IPIECA-IOGP.
 ITOPF. (2011). Clean-up of Oil from Shorelines. Canterbury: Impact PR and Design
Limited.

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