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1.

Introdução
O presente trabalho aborda sobre a biodiversidade de Chimnimani e sua importância ecológica.
Importa referir que a biodiversidade diz respeito à variedade de formas vivas que existem no
nosso planeta, desde micro-organismos até grandes plantas e animais. Está relacionada também
com a variedade genética encontrada e com os ecossistemas que nos rodeiam. A biodiversidade é
extremamente vasta e essencial para o equilíbrio do ambiente em que vivemos, entretanto, apesar
de conhecermos sua importância, somos também responsáveis por sua destruição.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


 Conhecer a Biodiversidade de Chimanimani e sua importância ecologia

1.1.2. Objectivos específicos


 Definir a biodiversidade
 Descrever a biodiversidade de Chimanimani
 Explicar a importância ecológica da biodiversidade de Chimanimani

1.2. Metodologia

Para a efectivação do presente trabalho usou-se a pesquisa bibliográfica, que segundo Gil (2010),
é aquela feita a partir de materiais ou manuais já publicados, artigos e actualmente pela internet.
2. Biodiversidade de Chimanimani e sua importância ecológica
Biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de seres vivos existentes em determinada
região. A biodiversidade varia de acordo com o ecossistema terrestre, sendo bem maior em
regiões tropicais do que em regiões temperadas. Também chamada de diversidade biológica,
a biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e
pela estabilidade dos ecossistemas.

2.1. Biodivesidade de Chimanimani


Localizado no distrito de Sussundenga, na Província de Manica, o Parque Nacional de
Chimanimani abrange o Monte Binga, o ponto mais alto do país, junto à fronteira com o
Zimbabwe. Criada em 2000, possui um ecossistema rico, especialmente nas zonas montanhosas,
de paisagens rochosas e espécies únicas de plantas, aves, répteis e borboletas. A comunidade
local preserva também pinturas rupestres, crenças e tradições ancestrais que adicionam ao Parque
um interesse cultural. 231 Espécies de aves e 42 de mamíferos, incluindo um morcego
desconhecido em Moçambique,  estavam entre as espécies encontradas num período de duas
semanas.

Mais de 1.000 espécies de animais e plantas foram descobertas por investigadores numa secção
da Área de Conservação de Chimanimani, incluindo várias espécies novas em Moçambique e
várias espécies potencialmente novas para a ciência.

As descobertas seguiram-se a um levantamento de biodiversidade de duas semanas que decorreu


nos finais de 2018 na ainda pouco estudada Área de Conservação de Chimanimani, na província
de Manica, e destacam a importância de proteger a rica biodiversidade desta paisagem contra
ameaças como a mineração, aumento demográfico e a extracção de madeira.

Para além das espécies de aves e mamíferos acima referidas, a equipa (composta por
especialistas visitantes e estudantes do programa de Mestrado em Biologia da Conservação da
Gorongosa) encontrou 22 espécies de anfíbios, 45 de répteis, mais de 450 de insectos e 176 de
plantas. Acredita-se que uma espécie de morcego seja nova em Moçambique e que uma rã, um
lagarto e um grilo do mato sejam novos para a ciência. Várias espécies de animais foram
registadas pela primeira vez em Moçambique.

Em Chimanimani, a combinação única de diferentes altitudes, solos, chuva e fogo resultou num
alto nível de endemismo, especialmente na flora. Esta Área de Conservação como um todo tem
um papel crítico a desempenhar no funcionamento dos ecossistemas, mas enfrenta pressões de
conversão do uso da terra na sua zona-tampão. Como resultado, os esforços da sua administração
estão focados na prevenção de invasões e na segurança da integridade da área.

“Os resultados demonstram a importância de Chimanimani para a biodiversidade em


Moçambique e para a ciência da conservação global. É fundamental que as ameaças à paisagem,
incluindo mineração ilegal, bem como a caça ilegal, a exploração madeireira e as práticas
agrícolas prejudiciais sejam combatidas, para que possamos proteger esta paisagem única para as
próximas gerações”, disse Lionel Macicane, administrador da Reserva Nacional de
Chimanimani.

Verificou-se que uma área dentro da Reserva Florestal de Moribane, na zona tampão da Reserva
Nacional de Chimanimani, abriga uma série de espécies únicas, uma descoberta que reforça
ainda mais a importância de proteger o que resta da floresta perene de baixa altitude no país.

A Reserva Nacional de Chimanimani desempenha um papel vital na cultura das comunidades


locais. As suas montanhas são habitadas há séculos e contêm importantes locais históricos,
incluindo pinturas rupestres da Idade da Pedra e ruínas que datam da era do Grande Zimbábue
dos séculos XIV e XV. Juntamente com o Parque Nacional de Chimanimani, no Zimbábue, a
Reserva Nacional de Chimanimani constitui uma área protegida transfronteiriça, cobrindo cerca
de 1.000 km².

2.2. Ameaças à biodiversidade de Chimanimani


Actualmente o planeta sofre com a grande perda de biodiversidade. Esse grave problema está
relacionado, entre outros factores, com a acção do homem tais como:
2.2.1. Poluição
Na biodiversidade de Chimanimani a poluição desencadeia uma série de modificações no
ambiente, as quais podem dificultar o desenvolvimento de alguns organismos naquele local.
A poluição da água, por exemplo, pode desencadear a morte de várias espécies de peixes, plantas
aquáticas, algas e outras espécies, reduzindo, portanto, a biodiversidade local.

2.2.2. Introdução de espécies exóticas


Espécies exóticas são aquelas que estão se desenvolvendo em uma região que não é a sua área de
ocorrência natural. A introdução de novas espécies pode ser altamente prejudicial, uma vez que,
ao achar um ambiente adequado, sem predadores naturais, por exemplo, elas podem multiplicar-
se de maneira exagerada e competir com as espécies nativas, prejudicando o desenvolvimento
destas e podendo levá-las, inclusive, à extinção.

2.2.3. Desmatamento
O desmatamento provoca a destruição do habitat de inúmeras espécies. No caso dos animais, por
exemplo, eles podem tentar colonizar outras áreas, porém nem sempre encontram um local
adequado para o seu desenvolvimento.

2.2.4. Exploração excessiva dos recursos naturais


A sociedade actual destaca-se pelo seu grande consumismo, o que leva a uma exploração
excessiva de recursos naturais. De acordo com a WWW, “dados recentes demonstram que
estamos utilizando cerca de 50% a mais do que o que temos disponível em recursos naturais, ou
seja, precisamos de um planeta e meio para sustentar nosso estilo de vida actual”.

2.2.5. Mudanças climáticas


Também atingem de maneira negativa os seres vivos e ecossistemas do nosso planeta. Alterações
nos regimes de chuva, intensificação de alguns eventos climáticos, como tempestades, furacões e
secas intensas, são alguns dos problemas desencadeados pelas mudanças climáticas e que
afectam negativa e directamente todos os seres vivos do planeta.
2.3. Importância ecologia da biodiversidade de Chimanimai
A biodiversidade apresenta importância ambiental, económica, social e até mesmo cultural. No
que diz respeito às funções ambientais, não podemos nos esquecer de que ela é essencial para
o funcionamento e equilíbrio de todos os ecossistemas do planeta. Como se sabe, todos os seres
vivos participam de alguma forma da cadeia alimentar, e a retirada de um organismo pode
desencadear desequilíbrio ecológico. Além disso, outras relações entre os seres vivos são
importantes. Sem polinizadores, por exemplo, muitas espécies deixariam de existir.

A biodiversidade apresenta também um papel importante para o homem, uma vez que a
utilizamos como fonte de alimento, de energia e como matéria-prima para a construção de vários
objectos, como a fabricação de roupas, medicamentos, cosméticos e vários outros produtos. Não
podemos nos esquecer ainda de que a biodiversidade é frequentemente explorada para lazer e
turismo.
3. Conclusão
4. Referências Bibliográficas
 Bell-Cross, G. (1973). Fish from the 'Chimanimani Mountains, letter. (Quoted in Dutton
& Dutton)
 Benjamin Celestino Jone (2003), Áreas de Conservação Transfronteiras e Seu Impacto
junto às Comunidades Locais, O Caso de Chimanimani, Distrto de Sussundenga, Manica,
Dissertação de licenciatura em História, U Maputo.
 Broadley, D.G., Blake, D. (1973). Checklist of the Reptiles and Amphibians of the
Chimanimani Mountains. Registos do museu rodésina Registos não publicados.
 GIL. A. Metodologia de investigação científica. São Paulo, 2010.

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