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TRABALHO DE CAMPO
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Índice
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
Objectivos: ........................................................................................................................ 4
Metodologias .................................................................................................................... 4
Conclusões ...................................................................................................................... 14
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INTRODUÇÃO
Nesse artigo aborda sobre os recursos minerais de moçambique, que também visa dar
uma panorâmica geral sobre a geologia de Moçambique e dos recursos minerais e
geológicos associados às diversas unidades geológicas.
Objectivos:
Objectivos gerais:
Falar dos recursos minerais em Moçambique.
Objectivos específicos:
Identificar os tipos de recursos existentes em Moçambique;
Caracterizar os recursos existentes;
Mencionar as regiões de ocorrência.
Metodologias
Para a realização deste trabalho só foi possível através dos métodos abaixo
mencionados.
Método Hipotético Dedutivo
Foi através dos temas abordados na sala de aula e nas leituras feitas que tornaram
possível a sua compreensão na execução deste trabalho.
Método de Observação Indirecta
Baseou-se na consulta das cartas topográficas, na qual permitiram analisar os tipos de
solos predominante no nosso país e sua distribuição espacial.
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Método de Pesquisa Bibliográfica
É óbvio a realização de um trabalho científico sem o uso do método bibliográficos. É
apartir deste que tornou possível a realização deste trabalho, na qual baseou-se na
consulta de obras relacionados com o tema em estudo, cujo obras vem mencionados na
referência bibliográfica deste trabalho.
Recursos minerais
São substâncias naturais formadas por processos geológicos que, ocorrendo na
crosta terrestre com uma concentração superior à média, podem ser economicamente
exploráveis. Esses recursos podem ser:
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economicamente viável. Os minérios são amplamente utilizados como matéria-prima
para a elaboração de diversos bens, desde aviões até electrodomésticos (Vasconcelos,
2010).
Apesar da guerra que vem assolando a província de Cabo Delgado, vários investidores
internacionais tem apostado no projecto de exploração do gás mineral.
Por sua vez a zona centro detém, na província de Zambézia – Areias pesadas no Distrito
de Pebane e Chinde, Pedras preciosas, Tantalite no Distrito do Ile e Alto Molocué, água
mineral;
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E na região sul, onde encontramos a capital do país, Maputo, com calcário e
Água Mineral;
Com um território com cerca de 800.000 km2 de área emersa, e uma complexa geologia
estendendo-se ao longo de praticamente todos os períodos da história geológica, o país é
rico em recursos geológicos. O extenso e intenso trabalho de cartografia geológica entre
2002 e 2007, financiado por várias instituições nacionais e estrangeiras proporcionou
um grande avanço no conhecimento destes recursos, do que surgiram cartas geológicas
à escala 1:250.000 abrangendo todo o território, e ainda 30 cartas à escala 1:50.000 em
zonas mais promissoras sob o ponto de vista dos mesmos. Foram ainda cobertos 75% do
território com levantamento aerogeofísico regional e de alta densidade (Grantham et al,
2011).
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Os blocos E e W estão separados por um limite N-S, e estes estão separados do bloco S
respectivamente pelo Cinturão do Lúrio (LTB - Lúrio Tectonic Belt) e pela Zona de
Cisalhamento de Sanângoè (SSZ – Sanângoè Shear Zone). Os terrenos fanerozóicos
dividem-se em Supergrupo do Karoo (SGK) e Sistema do Rift Este-Africano (SREA)
(Vasconcelos & Jamal, 2010) (Fig. 1).
Fig. 2. As grandes divisões geológicas de Moçambique (elaborado por Gerson Guerreiro, a partir dos
shapefiles do mapa geológico de Moçambique, 1:1.000.000).
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As formações arcaicas pertencem ao Cratão do Zimbabwe e estendem-se por cerca de
350 km (Fig. 1) ao longo da fronteira com aquele País, sendo-lhe atribuída uma idade>
2500 M.a., podendo subdividir-se em formações do soco cristalino granitóide e
formações de cinturões de rochas verdes supracrustais. As formações Pale proterozóicas
distribuem-se em três regiões geográficas do país (Fig. 1), extremamente distantes umas
das outras: (i) em Manica, ao longo da fronteira com o Zimbabwe, bordejando as
formações arcaicas; (ii) em Tete, em duas manchas isoladas perto do Songo e uma perto
de Moatize; e (iii) no extremo NW do Niassa, junto ao Lago Niassa. As formações
mesoproterozóicas constituem a maioria da zona norte e grande parte da zona centro
(Fig. 1), ocorrendo nos três blocos gondwânicos atrás referidos, todos eles com
complexos intrusivos e grupos supracrustais. As formações neoproterozóicas, à
semelhança das mesoproterozóicas, também ocorrem nos três blocos gondwânicos (Fig.
1), contendo grupos supracrustais, complexos vários e o complexo alóctone de Ocua do
Cinturão do Lúrio.
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Fig. 3. Terrenos precâmbricos de Moçambique. 1. Falha; 2. Falha normal; 3. Limites entre terrenos; 4.
Cavalgamento; 5. Zona de cisalhamento; a. Cratão; b. Gondwana Este; c. Gondwana Oeste; d.
Gondwana Sul; LTB. Cinturão do Lúrio; SSZ. Zona de Cisalhamento de Sanângoè; NMS. Cisalhamento
de Namama; TS. Suite de Tete (adaptado de Westerhof et al., 2008).
O ouro ocorre também na forma aluvionar. O ferro e o titânio ocorrem associados a três
importantes grupos, a saber:
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turmalinas e berilos vários, espodumenas, granadas e topázio. Referência especial deve
ser feita às turmalinas-paraíba de descoberta recente em Nampula.
Em vários locais do país há ocorrência de oil seeps. Finalmente, referência deve ainda
ser feita às águas termais e minerais associadas com limites de rifts, zonas marginais e
elementos tectónicos reactivados de depressões que assentam sobre cinturões móveis,
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zonas de vulcanismo do SGK e zonas de blocos proterozóicos reactivados por tectónica
de falhas (Lächelt, 2004). Feita esta breve descrição das principais ocorrências de
recursos geológicos de Moçambique, importa agora ter uma ideia geral sobre as áreas
prioritárias para trabalhos de prospecção e pesquisa (segundo Lächelt, 2004).
Assim, o Arcaico tem um alto potencial para Au, Cu, Ni, Fe e asbestos, bem como
buxito (como produto de alteração de várias rochas ígneas – GTK, 2006).
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Fig. 4. Mapa com as principais ocorrências minerais de Moçambique (adaptado de vários mapas em
Lächelt, 2004).
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Conclusões
Apesar dos grandes avanços no conhecimento dos recursos minerais e geológicos do
país, em resultado do programa de cartografia levado a cabo entre 2002 e 2007, e dos
trabalhos de prospecção e pesquisa conduzidos pelas várias empresas nacionais e
estrangeiras, muitos recursos há ainda por descobrir. Torna-se ainda necessário uma
cartografia de detalhe do território, em especial das zonas que à partida apresentam
maior potencial.
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Referências bibliograficas
Grantham, G.H., Marques, J.M., Wilson, M.G.C., Manhiça, V., Hartzer, F.J. (Compil.),
2011.
Lächelt, S., 2004. Geology and Mineral Resources of Mozambique. Ministério dos
Recursos Minerais e Energia, Direcção Nacional de Geologia, Maputo, Moçambique.
515 p.
Vasconcelos, L., Jamal, D., 2010. A nova geologia de Moçambique. In: D. Flores, M.
Marques, (Eds). X Congresso de Geoquímica dos Países de Língua Portuguesa,
Universidade do Porto, Porto, Portugal.
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