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Recursos do subsolo

Agrupamento de Escolas Frei Gonçalo de Azevedo

Nome: Sofia T., Vera R. e Verónica G.

Turma e nº: 10ºC

nº26;nº29;nº30

Disciplina: Geografia

Ano letivo:2022/23

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Índice

Pág. 1- Capa

Pág. 2- Índice

Pág. 3- Capítulo I: Glossário

Pág. 6- Capítulo II: Mapas

Pág. 9- Capítulo III: Seleção de informação

Pág. 14- Conclusão

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Capítulo I: Glossário
● Água da nascente: Águas de origem subterrânea, cujas características naturais e de pureza estão adequadas
ao consumo humano. Ex: Água do caramulo.

● Água mineral: Águas com características específicas, físicas e químicas, que resultam do contacto com as
rochas do subsolo. Ex: Água Luso.

● Águas subterrâneas: Água que se acumula ou circula no subsolo Ex: Água da nascente.

● Bacias sedimentares: Área Plana que ainda não sofreu enrugamentos, boa para a agricultura mas pobres em
recursos do subsolo. Ex: Bacia do Tejo.

● Energia eólica: Energia gerada pela ação do vento.

● Energia fóssil: É produzida a partir da combustão de combustíveis fósseis, ou seja, combustíveis que são
formados a partir de processos de decomposição de organismos.

● Energia Geotérmica: Energia resultante do aproveitamento energético do calor interior da terra.

● Energia hidroelétrica: Eletricidade produzida nas centrais hidroelétricas ou em pequenas barragens (mini-
hídricas), aproveitando a energia dos cursos de água.

● Energia renovável: É uma modalidade de energia obtida a partir de recursos que não são limitados, como o
petróleo e o gás natural, mas são naturalmente reabastecidos, como o sol, o vento, as marés e a energia
térmica.

● Energia Termoelétrica: Eletricidade produzida nas centrais térmicas a partir de combustíveis fósseis.

● Filão: Modo de jazida de rochas eruptivas, plutónicas, que se apresentam com pouca espessura em relação
ao seu comprimento, e que se dispõem de vários modos relativamente aos estratos.

● Indústria extrativa: indústria que extrai produtos diretamente da natureza, que vão servir de matérias-
primas a outras indústrias ou ser utilizados como fontes energéticas. Ex: Indústria mineira.

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● Jazidas minerais: Áreas do subsolo com uma concentração significativa de um ou mais minerais.

● Maciço hespérico ou antigo: É a unidade geomorfológica mais antiga e tem grande diversidade de rochas
plutónicas (granito, xisto, etc…) e recursos hídricos.

● Mina: Local onde se extraem minerais podendo encontrar-se em profundidade ou a céu aberto. Ex: Mina do
cabo mondego, mina de s. domingos, …

● Minerais energéticos: Mineral utilizado para a produção de energia. Ex: Urânio.

● Minerais industriais: Rochas e minerais, inclusive os sintéticos, que, devido a suas propriedades físicas ou
químicas, costumam ser usados como matérias primas, insumo, ou aditivos em processos industriais. Sendo
assim, na indústria mineral, há uma divisão em três classes: metálicos, não metálicos e energéticos. Ex:
Caulino.

● Minerais metálicos: Mineral de cuja constituição fazem parte substâncias metálicas. Ex: Cobre.

● Minerais não metálicos: Mineral constituído por substâncias não metálicas. Ex:Quartzo.

● Minerais para construção: Constituem matérias-primas essenciais na construção civil e nas obras públicas.
A sua exploração é feita em pedreiras cuja distribuição geográfica evidencia as características geológicas do
território. Ex:Basalto.

● Orlas Sedimentares: É uma unidade geomorfológica. Existem duas, a ocidental e a meridional, nestas
dominam as rochas sedimentares (calcário, argila, etc..).

● Recursos geológicos: São os bens naturais existentes na crosta terrestre e que face às suas concentrações
num determinado local podem ser extraídos e utilizados em benefício do Homem. Ex: Recursos energéticos,
matérias-primas (como minerais metálicos), …

● Recursos Hídricos: Toda água proveniente da superfície ou subsolo da Terra que pode ser usada para um
determinado fim/atividade (consumo, agricultura, etc…) podendo também passar a ser um bem económico.
Ex: água mineral natural, águas termais, ...

● Recursos Naturais: Materiais ou substâncias encontradas na natureza, que podem ser usados para fins
económicos e são úteis à humanidade. Ex: água, petróleo, ouro, etc...

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● Unidades Geomorfológicas: Áreas de relevo e constituição geológica semelhantes e da mesma era de
formação. Ex: Maciço antigo, orla sedimentar,...

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Capítulo II: Mapas
Mapa 1- Unidades geomorfológicas de Portugal

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Mapa 2- Minerais metálicos e não-metálicos

Mapa 3- Águas

Mapa 4- Possíveis jazidas

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Em Portugal, a distribuição dos recursos de subsolo é facilmente analisada recorrendo às unidades
geomorfológicas. São estas o maciço antigo/hespérico, as orlas sedimentares ocidental e meridional e a
bacia sedimentar do Tejo-Sado. O maciço antigo tem uma grande diversidade de rochas plutónicas (como
o granito, o xisto e o mármore), tem também os minérios metálicos (como o cobre e o zinco), minérios
energéticos (urânio) e a maioria das nascentes de águas termais e minerais. Tanto a orla sedimentar
ocidental como a meridional são constituídas por argila, sal-gema, caulino, etc... Ou seja, rochas
sedimentares e minerais industriais como o quartzo, feldspato e o talco. Nestas regiões também há pedra
britada, calcários para cimento e cal que correspondem a minerais para construção. Já na bacia do Tejo-
Sado, por ser mais recente, as rochas sedimentares detríticas. Isto é, a areia, o arenito e a argila são muito
comuns. No entanto, aqui também são encontradas rochas industriais e minerais para construção .

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Capítulo III: Seleção de informação
EXTRAÇÃO
A extração de recursos do subsolo em minas, pedreiras e o engarrafamento de águas minerais e nascentes é feita pela
indústria extrativa. As substâncias extrativas têm diferentes fins como a produção industrial, construção civil,
produção de energia e, no caso, das águas, aproveitamento termal e consumo.
UNIDADES GEOMORFOLÓGICAS
A diversidade e a distribuição dos recursos minerais dependem da geomorfologia do território. Podemos assim
distinguir os dois arquipélagos de origem vulcânica onde predominam as rochas magmáticas (basaltos e pedra-
pomes), o continente está dividido em três unidades geomorfológicas que se associam ao relevo. O maciço
hespérico, que ocupa maior parte do território português, a bacia do Tejo e Sado nos vales inferiores desses rios e as
orlas sedimentares ocidental e meridional.
MINERAIS METÁLICOS E INDUSTRIAIS
A ocorrência de minérios metálicos está associada ao maciço antigo e encontram-se, geralmente, agregados a rochas
plutónicas. A produção de minérios metálicos (cobre, zinco, etc…) ocorre no norte, centro interior e baixo Alentejo.
A produção de minerais industriais das rochas sedimentares ocorre no centro litoral e Algarve (argilas, calcários,
etc…) e das rochas plutónicas ocorre no interior Norte e Centro (feldspato, quartzo, etc…).
MINERAIS PARA CONSTRUÇÃO
Estes constituem as matérias primas essenciais na construção civil e obras públicas. Nas regiões autónomas
produzem-se basaltos e pedras-pomes. Nas orlas sedimentares, extraem-se calcários para cimento e cal, areias, etc…
No maciço antigo há mármores e uma grande diversidade de granitos, xisto e ardósias dependendo da região.
HIDROMINERAIS
Em Portugal Continental, há grande diversidade de hidrominerais. Distinguem-se as águas termais (que também
ocorrem nos Açores) e as águas minerais naturais e de nascente (principalmente a Norte do Tejo).
MINERAIS ENERGÉTICOS
Portugal é pobre neste tipo de minerais, no que toca a combustíveis fósseis, o carvão esgotou-se e não há nem gás
nem petróleo. O urânio não é explorado. A geotermia tem algumas potencialidades no continente e é usada para a
produção de eletricidade nos Açores.
LIMITAÇÕES E RISCOS
Portugal tem grandes reservas de alguns recursos minerais, mas há limitações e riscos (ambientais, económicos e
populacionais) que dificultam a sua exploração. Por exemplo, a localização (relevo acidentado, profundidade, etc…),
o ambiente (contaminação, degradação, …) e a fraca competitividade no mercado internacional.
VALORIZAÇÃO DOS RECURSOS GEOLÓGICOS
A valorização dos recursos geológicos gera riqueza, emprego, permite o aproveitamento de recursos endógenos e
contribui para o bem-estar da população, pois os contratos de exploração implicam aplicar 25% dos royalties em
projetos da comunidade. No entanto, para isso é preciso promover um aproveitamento sustentável dos recursos do
subsolo.
PLANEAR E ORDENAR PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A importância da indústria extrativa, como produtora de matéria-prima e fator de desenvolvimento regional, exige
que a exploração mineral se faça de forma sustentável, em equilíbrio com o território, com todos os seus elementos
naturais e humanos e integrando os seus efeitos multiplicadores.

“A Mina de Neves-Corvo é uma exploração subterrânea de cobre, chumbo e zinco, situada no concelho de Castro
Verde, no distrito de Beja.
A mina explora um jazigo de cobre e estanho, situado nos concelhos de Castro Verde e Almodôvar, que foi
classificado como um dos mais ricos do mundo. Este jazigo está integrado na margem Sul da Faixa Piritosa Ibérica,
uma área de grandes potencialidades mineiras, situada na região Sudoeste da Península Ibérica, sensivelmente entre
Alcácer do Sal, em Portugal, e Sevilha, em Espanha.
Em 2020, os principais produtos da mina de Neves-Corvo eram concentrados de cobre, zinco e chumbo. O minério
era processado no mesmo local da mina, sendo os concentrados de chumbo enviados por via rodoviária, enquanto
que o cobre e zinco eram expedidos por caminho de ferro.”
Adaptado de: Mina de Neves-Corvo
Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mina_de_Neves-Corvo

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“As Minas de Aljustrel, também conhecidas como Complexo Mineiro de Aljustrel, consistem num conjunto de
explorações mineiras, encerradas ou em funcionamento, e num conjunto industrial que lhe está associado, situados
nas imediações da vila de Aljustrel, na região do Baixo Alentejo, em Portugal. A exploração mineira em Aljustrel é
muito antiga, datando possivelmente do calcolítico, no terceiro milénio, tendo conhecido um grande incremento
durante o período romano, com a fundação de um novo povoado, conhecido como Vipasca. O concelho de Aljustrel
está situado na Faixa Piritosa Ibérica, uma área rica em minerais, principalmente cobre e ferro, que se estende desde
Alcácer do Sal até Sevilha, e que é considerada como uma das maiores concentrações de jazigos de sulfuretos
maciços a nível mundial, tendo esta designação por serem compostas por sulfuretos de ferro. As duas únicas minas
em funcionamento nesta faixa em Portugal são as de Aljustrel e Neves-Corvo.
As minas de Aljustrel produzem principalmente cobre, zinco e chumbo, tendo no passado produzido igualmente uma
quantidade considerável de enxofre, que era extraído das pirites. Os depósitos de Aljustrel são principalmente
compostos por pirite, esfalerite e calcopirite, sendo consideradas as jazidas de maiores dimensões dentro da Faixa
Piritosa Ibérica, tendo o recurso original sido computado em mais de 200.000.000 toneladas”
Adaptado de: Minas de Aljustrel
Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Minas_de_Aljustrel

“Minas da Panasqueira ou Mina da Panasqueira é o nome genérico para o conjunto de explorações mineiras, entre o
Cabeço do Pião (concelho do Fundão) e a aldeia da Panasqueira (concelho da Covilhã), que funcionaram de forma
tecnicamente integrada e contínua praticamente desde a sua descoberta. Mais tarde deu-se a sua aglomeração numa
só entidade administrativa chamada Couto Mineiro da Panasqueira que teve o seu último auto de demarcação a 9 de
Março de 1971 e mais tarde na actual Concessão de Exploração C18 (16/12/1992). É uma mina que labora há 120
anos de maneira praticamente ininterrupta, com forte impacto na identidade, história e sociedade actual da Beira
Interior. É também uma referência no sector do volfrâmio à escala mundial, não só pela qualidade e volume Os
principais minérios lá explorados são o cobre e o volfrâmio. A mina da Panasqueira é uma referência também para o
colecionismo de que são notáveis pelo seu tamanho, excelente cristalização e variedade. Nos filões da Mina da
Panasqueira encontram-se quase todos os silicatos identificados até hoje e dois minerais que até à data atual foram
apenas identificados na Mina da Panasqueira. São eles a Panasqueiraite e a Thadeuite. Quase todas as melhores
coleções de minerais a nível mundial incluem minerais da Panasqueira onde se destacam as volframites, na variedade
de ferberite e as fluorapatite.”
Adaptado de: Mina da Panasqueira
Disponível em: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mina_da_Panasqueira

“Arocal - Extracção E Transformação De Pedra De Calcário, Lda – calcário


Rei Do Calcário, Lda – mármore
Superbritas - Sociedade De Basalto E Calcário, Lda granito
Agregados Calcários Das Sesmarias, Lda – areia e pedra britada”
Disponível em: https://empresite.jornaldenegocios.pt/Actividade/CALCARIO/

“APRESENTAÇÃO - SUPERBRITAS - SOCIEDADE DE BASALTO E CALCÁRIO, LDA.


Extração de granito ornamental e rochas similares
Extração e comercialização de britas e produtos afins de basalto e calcario, exploração de pedreiras.”
Disponível em: https://pt.kompass.com/c/superbritas-sociedade-de-basalto-e-calcario-lda/pt088574/

“A estratégia de exploração do lítio em Portugal tem sido fortemente criticada por motivos ambientais e sociais, mas
também pelas dúvidas em relação à viabilidade económica. O Governo mantém, no entanto, o plano de colocar o
país a liderar a produção do lítio na Europa.
Há quem lhe chame o petróleo de Portugal e a energia do futuro, capaz transportar o país para a vanguarda da
produção de baterias, sobretudo para carros elétricos, computadores e telemóveis e, assim, alavancar a economia
através das exportações.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos não tem dúvidas: dos 39 milhões de toneladas de lítio que se estimam na
terra, Portugal tem a maior reserva da Europa e a sexta do mundo, com cerca de 60 mil toneladas, atrás do Chile,
Argentina e Bolívia, o chamado “triângulo do lítio”. (…) Pode ser uma das chaves para abrir a transição energética

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da Europa e, em simultâneo, captar novos investimentos e postos de trabalho.
Mas na primeira linha da contestação estão as associações ambientalistas e as populações. Alertam para os prejuízos
ambientais e sociais. Temem, sobretudo, os danos provocados nas paisagens, a contaminação dos solos e da
qualidade do ar e manifestam dúvidas sobre a viabilidade económica dos planos do Governo, receios que o
Ministério do Ambiente afasta, lembrando que a extração do lítio – um metal que flutua, de consistência macia -,
capaz por exemplo de ser cortado com uma faca, não será diferente de uma pedreira normal. Há cinco dezenas em
Portugal.”
Adaptado de: 02.02.2022/Exploração de lítio em Portugal: porque é que tem sido criticada?/Sic Notícias
Disponível em: https://sicnoticias.pt/economia/2022-02-02-exploracao-de-litio-em-portugal-porque-e-que-tem-sido-
criticada-

“A Câmara da Covilhã promete uma "luta persistente e continuada" contra uma nova prospeção de lítio no concelho
e exige ter uma palavra a dizer no processo, afirmou hoje o vereador com o pelouro do ambiente naquele município.
"Não podemos de modo algum permitir uma prospeção ou qualquer outra atividade exploratória no subsolo,
precisamente nas duas freguesias onde temos os solos agrícolas mais ricos e a produção agrícola mais rica do
concelho", afirmou José Armando Serra dos Reis.
Segundo explicou, a autarquia ainda não foi notificada pela tutela, mas os dados tornados públicos mostram que, no
concelho da Covilhã, a prospeção deve abranger as freguesias do Ferro e de Peraboa.
Alertando que a prospeção é o "primeiro passo" para uma futura exploração, o autarca reiterou os riscos que uma
mina acarreta ao nível do ambiente, da atividade agrícola, da qualidade da água e da qualidade de vida das pessoas.”
Adaptado de: Lusa/04.02.2022/Câmara da Covilhã promete luta "persistente e continuada" contra prospeção
de lítio/RTP
Disponível em: https://www.rtp.pt/noticias/economia/camara-da-covilha-promete-luta-persistente-e-continuada-
contra-prospecao-de-litio_n1382198

“O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, considera que o lítio é essencial para a
transição energética e que há condições para avançar com concursos de prospeção. Na SIC, refere que pode criar
dezenas de milhares de postos de trabalho. Sobre a seca em Portugal, garante que o abastecimento de água não está
em causa.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática refere que Portugal não tem projetos de fomento mineiro,
considerando-o um “projeto industrial” que quer aproveitar o lítio que existe em Portugal”
Adaptado de: 02.02.2022/Governo não quer “explorar lítio a todo o custo”, mas diz que é “essencial para
transição energética”/Sic notícias
Disponível em: https://sicnoticias.pt/economia/2022-02-02-governo-nao-quer-explorar-litio-a-todo-o-custo-mas-diz-
que-e-essencial-para-transicao-energetica

“Em 2015, existiam sete empresas e um total de 18 concessões a pesquisar petróleo e gás natural em Portugal: a
Australis na Batalha e Pombal; a Kosmos Energy ao largo da costa do Alentejo e Algarve; a Portfuel, do empresário
Sousa Cintra, no Algarve; a Repsol/Partex ao largo da costa do Algarve; a ENI/Galp ao largo da costa do Alentejo e
Algarve; a Repsol/Kosmos/Galp/Partex ao largo de toda a costa entre Lisboa e o Porto.
Todas estas empresas foram desistindo gradualmente da pesquisa de hidrocarbonetos no país. Por diversas razões,
incluindo uma opinião pública cada vez mais crítica destes investimentos devido ao aumento da consciência
ambiental dos cidadãos. A concessão que gerou mais polémica foi a da Portfuel no Algarve, detida pelo empresário
Sousa Cintra, que acabou por ser cancelada.”
Adaptado de: CABRITA-MENDES, André/07.09.2020/Portugal fecha de vez a porta à exploração de petróleo
e gás/Jornal Económico
Disponível em: https://jornaleconomico.pt/noticias/portugal-fecha-de-vez-a-porta-a-exploracao-de-petroleo-e-gas-
633076

“(…) a desistência hoje conhecida por parte da Australis Oil & Gas Portugal de efetuar a prospeção de gás natural
nas duas áreas que lhe foram concessionadas em 2015 na Batalha e Pombal*, põe um ponto final na possibilidade de
se vir a explorar combustíveis fósseis em Portugal. (…) Este é o fim de um conjunto de processos que em 2015
envolvia 15 contratos de concessão para pesquisa e exploração de petróleo e gás natural, do Algarve à Figueira da

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Foz para além de zonas marinhas e onde progressivamente as empresas (entre elas ENI/GALP, REPSOL, PARTEX,
PORTFUEL e agora Australis Oil & Gas Portugal) foram desistindo com diferentes argumentos, mas onde as
comunidades locais e os movimentos ambientalistas tiveram um papel determinante no abandono desta opção
retrógrada e completamente contrária às medidas necessárias num contexto de emergência climática.
A ZERO sempre considerou que mais do que técnica, o fim da eventual exploração de hidrocarbonetos em Portugal
era uma questão política.”
Adaptado de: 04.09.2020/FIM DA POSSIBILIDADE DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS EM
PORTUGAL É GRANDE VITÓRIA PARA O AMBIENTE/ZERO - ASSOCIAÇÃO SISTEMA
TERRESTRE SUSTENTÁVEL
Disponível em: https://zero.ong/fim-da-possibilidade-de-exploracao-de-petroleo-e-gas-em-portugal-e-grande-
vitoria-para-o-ambiente/

“A dependência energética nacional face ao exterior é elevada. O País não explora nem produz carvão, petróleo bruto
ou gás natural.
Até 2009, e durante várias décadas, Portugal apresentou uma dependência energética entre 70% e 93%. Os dados
constam da edição de 2022 do relatório anual Energia em Números, publicado pela Direção Geral de Energia e
Geologia (DGEG) e pela ADENE - Agência para a Energia.
No entanto, o nosso país tem apostado cada vez mais no desenvolvimento de energias renováveis e na eficiência
energética, o que permitiu que em 2020, atingisse um valor de dependência energética historicamente reduzido,
situando-se nos 65,8%.
De acordo com o relatório, este valor “artificialmente baixo” ficou-se a dever à quebra do consumo final de energia
devido ao impacto da pandemia na economia e comportamentos sociais, o fim da importação de carvão para
produção de eletricidade, e o aumento da produção doméstica de energia a partir de fontes renováveis.
Em Portugal o aprovisionamento de todas as fontes de energia fósseis, como o petróleo, o carvão, ou o gás natural, é
feito exclusivamente através da importação de países terceiros.
Segundo a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), Brasil, Nigéria, Angola e Arábia Saudita são alguns dos
países dos quais importamos petróleo bruto. A sua principal aplicação é para a produção de gasolina, gasóleo e
jetfuel que se destina à aviação. Em 2020, importamos um total de 10,7 milhões de toneladas de petróleo, enquanto
em 2000 esse valor era de 11,5 milhões de toneladas.
Já no que concerne ao carvão, em 2020, foram importadas apenas 15,5 mil toneladas, provenientes de Espanha e da
Austrália, enquanto há 20 anos, esse número ascendia a 6,4 milhões de toneladas.”
Adaptado de: 18.07.2022/Como está Portugal em termos de dependência energética?/Caixa Geral de
Depósitos, SA.
Disponível em: https://www.cgd.pt/Site/Saldo-Positivo/Sustentabilidade/Pages/dependencia-energetica.aspx

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Conclusão:
Ao ler e resumir a informação do manual, juntamente com a pesquisa na internet sobre os tópicos indicados no
enunciado, conseguimos tirar várias conclusões sobre o tema principal do trabalho. Aprendemos como e onde se
extraem os minerais, quais as suas finalidades, que tipo de minerais existem em Portugal, como estão distribuídos e a
forma como o país se divide a nível geomorfológico. A extração de minerais é feita pela indústria extrativa, ou seja,
as minas e as pedreiras. Portugal tem três minas principais, são estas Neves Corvo e Aljustrel, que se situam na
região do Baixo Alentejo, as duas extraem (principalmente) cobre e zinco. A terceira principal mina é a mina da
Panasqueira, localiza-se no distrito de Castelo Branco e explora principalmente cobre e volfrâmio. Também
chegamos à conclusão de que a finalidade dos minerais depende do seu tipo. Isto é, minerais não metálicos são
frequentemente usados em construção, minerais metálicos variam de acordo com o mineral (o cobre é usado em
cabos elétricos, por exemplo), minerais energéticos são usados na produção de energia, etc… A distribuição dos
minerais pelo território é melhor compreendida através das unidades geomorfológicas. São estas o maciço antigo, as
orlas sedimentares e a bacia sedimentar. O maciço hespérico como se formou há mais tempo, possui uma maior
diversidade de recursos de subsolo. Para além disso, vimos que não podemos abordar a exploração de recursos de
subsolo sem analisar o seu impacto na sociedade e na natureza. É um tema controverso com riscos ambientais e
limitações/obstáculos sociais. Portugal tentou explorar algumas das suas outras reservas e foi parado por movimentos
de ativismo ambiental e a força da opinião pública. Estas reservas são de minerais muito valiosos como o petróleo
(no Algarve) e o lítio (em Montalegre). A exploração de petróleo no Algarve, para além de implicar riscos
ambientais severos no caso de haver um derrame, poderia ter também um grande impacto na paisagem (mesmo
sendo feita offshore) que resultaria numa redução brutal do turismo balnear no Algarve que é, uma das, se não a
principal fonte de rendimento desta região. Já em Montalegre, a exploração de lítio traria, tal como a de petróleo,
riscos a nível ambiental e impacto na paisagem natural de Montalegre. Apesar do lítio ser um mineral cada vez mais
valioso devido ao seu uso na produção de baterias e apesar de a criação de uma mina ser também a criação de postos
de trabalho, iria requerer um planeamento extenso, minucioso e sustentável que tivesse em conta múltiplos fatores e
leis. Por esses e outros motivos, Portugal não conseguiria competir com os outros países que têm mão de obra barata
e pouca legislação na exploração.

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