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Resumo Geografia

Geografia A (Ensino Médio - Portugal)

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Geografia A
Resumos Globais 10/11ºano

10º
Portugal na Europa e no Mundo

Distritos de Portugal – Nut I, II & III

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Geografia A
Resumos Globais 10/11ºano
Escalas – serve para calcular distâncias entre dois lugares e é um dos elementos fundamentais
num mapa, junto com a legenda, o título e a orientação. As escalas podem ser numéricas ou
gráficas.

Corresponde a

Uma escala é tanto maior, quanto menor for o denominador, isto é, significa dizer que
a realidade foi reduzida menor vezes, e aparece com maior pormenor.

Km, Hm, Dam, M, Dc, Cm, MM

A localização relativa e localização absoluta - Coordenadas terrestres

N – Norte ou Setentrião;

S – Sul ou Meridião;

E – Este, Leste, Oriente ou Nascente;

O – Oeste, Ocidente, Ocaso ou Poente;

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Recursos do Subsolo
Jazida - Local onde existe uma concentração de minerais, permitindo assim a sua exploração
(acumulação de minerais de interesse económico).

Os recursos minerais, são de acordo com as suas características, habitualmente classificados


da seguinte forma:

o Minerais metálicos, aqueles em cuja constituição se encontram substâncias metálicas


(ferro, cobre, chumbo, zinco, estanho, ouro, platina e prata).
o Minerais não metálicos, aqueles em cuja constituição se encontram substâncias não
metálicas (sal-gema, quartzo e o caulino).
o Minerais energéticos, minerais que podem ser utilizados como fontes de energia
(carvão, petróleo, gás natural e urânio).
o Rochas industriais, que se destinam à transformação industrial e à construção civil e
obras públicas (calcário e as margas).
o Rochas ornamentais, que são muito utilizadas na decoração dos edifícios e ruas, bem
como no mobiliário e nos objectos decorativos (mármore e granito)
o Águas minerais, águas subterrâneas com propriedades terapêuticas ou com benefícios
para a saúde.
o Águas de nascente, águas subterrâneas consideradas próprias para consumo.
o Águas termais,agua que visa o tratamento e a prevenção de algumas patologias (A
nível regional o termalismo é um factor de dinamismo e de desenvolvimento –
reflecte-se no turismo, permite o aproveitamento de recursos naturais e ainda
redução das assimetrias regionais).

Tipos de rochas:

Magmáticas –formam-se por consolidação do magma.

Sedimentares – formadas por acumulação de sedimentos de outras rochas (calcário, argilas)

Metamórficas – formam-se pela transformação de rochas pré-existentes sujeitas a elevadas


temperaturas (xisto)

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Unidades Geomorfologicas de Portugal

Portugal, tem uma elevada diversidade e quantidade de recursos


minerais, que, no território continental, se distribuem ao longo das
três unidades geomorfologicas:

o Maciço Antigo;
o Orlas Mesocenózoicas Ocidental e Meridional;
o Bacia Sedimentar do Tejo-Sado;

Maciço Antigo

o Unidade geomorfologica mais antiga e extensa, que ocupa cerca de 7 décimos do


território nacional;
o É constituído por uma grande diversidade geológica, assente em rochas muito antigas
e com um grau de dureza elevado, como o granito e o xisto;
o É no maciço antigo que se localiza uma boa parte das jazidas minerais, principalmente
nas áreas de contacto entre formações geológicas diferentes, tendo maior importância
as jazidas de minérios metálicos e energéticos e as de rochas ornamentais cristalinas.
Orlas Mesocenózoicas Ocidental e Meridional

Ocidental

o Formou-se no período secundário;


o Estende-se ao longo do litoral, de Espinho à Serra da Arrábida;
o Separa-se do Maciço Antigo por um acidente complexo, a falha de Coimbra.
Meridional

o Ocupa a faixa litoral do Algarve, entre a serra e o mar e nela sobressaem algumas
colinas calcárias, altas e enrugadas.
Bacias do Tejo e Sado

o Unidade geomorfologica mais recente;


o Formou-se por deposição de sedimentos marinhos em áreas deprimidas (planícies de
aluvião), antes invadidas pelo mar, que, ao emergirem, deram origem às planícies dos
Tejo e do Sado;
o Nesta unidade geomorfologica, predominam rochas sedimentares, como as areias, o
cascalho, a argila e algum calcário.

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A Industria Extractiva – ramo da industria que se dedica á extracção de produtos directamente
da Natureza, no estado bruto.

o A Industria extractiva nacional, conheceu no final do século XX (entre 1989 e 1998),


uma alteração provocada no subsector, devido:
Ao arranque de projectos como o da mina de neves corvo;
o A partir de meados da década de 90, a tendência verificada sofre uma alteração,
assistindo-se assim a um decréscimo no subsector das minas, devido:
Á diminuição da produção;
Regressão que se verificou no minérios metálicos preciosos e energéticos –
encerramento de minas (diminuição das cotações).
o Entre 2000 – 2004, manteve-se a tendência de regressão dos minerais energéticos e
metálicos. Contudo neste período, verificou-se que até 2002, o subsector das rochas
industriais e ornamentais, conheceu um aumento de produção devido:
Aumento da competitividade das empresas;
Melhoria dos padrões de qualidade;
Maior agressividade nos mercados internacionais;
Maior absorção destas matérias-primas pela construção civil – sobretudo
rochas industrias e ornamentais.
o No ano de 2004, dá-se uma inversão nos minérios metálicos, contudo o cobre
manteve-se o mais produzido. Neste ano verificou-se ainda uma viragem na evolução
da indústria extractiva, uma vez que o valor da produção aumentou significativamente
em relação a 2003.
Minerais Metálicos Minerais não metálicos Rochas Industriais/ornamentais Recursos Hidrominerais

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Os minérios com mais Os minérios não metálicos em As rochas industriais, que em Os recursos minerais
importância são o cobre, Portugal sofreram, no período de 2002, representava cerca de englobam as águas: minerais,
estanho e o ferro. Este 1999-2004, um aumento da sua 50% da produção e em 2004 de nascente e termais. As
subsector, nos últimos anos, produção, apesar de se verificar 41%, constituíram o subsector aguas minerais e as aguas de
atravessou um período crítico a pequenas oscilações verificadas em mais importante no sector nascente pertencem ao sector
nível da produção e alguns subsectores, como é caso da mineiro. As rochas industriais das aguas engarrafadas.
consecutivamente da diminuição da produção de mais exploradas são as areias Em 2005 as vendas deste
exploração, devido: feldspato e de quartzo. Em comuns, o calcário sedimentar
sector cresceram ainda que
o Falta de Portugal os minérios não metálicos e as argilas comuns.
ligeiramente em relação a
competitividade do de maior importância são o sal-
2004. A evolução positiva
mercado; gema, o feldspato, o quartzo, o As rochas ornamentais
deste sector deve-se:
o Encerramento de talco e as areias feldspáticas. subdividem-se em:
algumas minas; Rochas carbonatadas – o Crescimento das
mármores, calcário vendas de aguas
(sedimentar e microcristalino) engarrafadas;
e brecha; o Aumento do
Rochas Siliciosas – granito, consumo de aguas
sienito e diorito; engarrafadas por
habitante, que
Ardósias e xistos ardosiferos; passou de 56 para 87
litros/ano.

Recursos Energéticos

Os recursos energéticos são


agrupados em não
renováveis, os que se
esgotam (tem um elevado
consumo e que por isso, não
se renovam em tempo útil
para suprimir as
necessidades do homem); e
os renováveis que não se
esgotam (renovam-se
permanentemente na
natureza a um tempo igual
ou superior ao do seu
consumo pelo homem).

Renovável ou não, a utilização


dos recursos energéticos tem
como objectivo a produção de
energia.

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Impactes ambientais no Sector Energético

O modelo energético actual (baseado na química de combustíveis fósseis e na energia nuclear)


apresenta inúmeros problemas:

o Poluição e degradação do meio ambiente;


o Esgotamento de reservas de petróleo, carvão, e gás natural;
o Produção de resíduos radioactivos e possibilidade de acidentes nucleares;
o Dependência do exterior por parte dos países não produtores de energias fósseis.
Recursos Energéticos Não Renováveis

o Carvão – é um combustível fóssil, e um recurso que se caracteriza por: ser não


renovável; muito poluente; pesado e volumoso; aumentar a dependência de Portugal.
o Petróleo – é um óleo mineral, não renovável e muito poluente em todas as fazes
nomeadamente: durante a extracção; durante o transporte; durante a refinação;
durante a combustão.
o Gás Natural – é utilizado como combustível para reduzir a dependência do petróleo,
sendo por isso considerado uma energia uma energia alternativa. Em Portugal a
introdução do gás natural em Portugal, reflectiu uma opção de politica energética que
visou: diversificação das fontes de energia; redução da dependência em relação ao
petróleo; preservação ambiental; desenvolvimento regional.
o Urânio – minério radioactivo utilizado na produção de energia nuclear. Este minério
tem riscos como acidentes; poluição radioactiva …
Recursos Energéticos Renováveis

o Energia solar – gratuita, inesgotável, não poluente -


o Energia eólica – gratuita, inesgotável, não poluente, resulta da conversão da energia
do vento em electricidade.
o Energia geotérmica – resulta do aproveitamento energético do calor da terra,
sobretudo de áreas vulcânicas ou sísmicas – obtenção de água ou vapor.
o Biomassa – resíduos naturais da actividade humana, produtos de agricultura, de
pecuária, que são aproveitados para a produção de calor ou electricidade,
biocombustiveis (etanol e metanol).
o
Dependência Externa –no que diz respeito aos
combustíveis fosseis, a dependência de Portugal é
máxima, isto porque importamos a totalidade do
carvão, do petróleo e do gás natural que
consumimos. O país depende do abastecimento
externo ficando assim vulnerável à oscilação dos
preços. Esta situação insere-se num contexto
comunitário pois a U.E constitui também um
espaço de dependência energética, sobretudo em
relação aos combustíveis fosseis.

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Humidade absoluta: quantidade de vapor de agua


3
que existe num 1m de ar

20 gr.
> A humidade absoluta varia na razão directa
Mni9i
da temperatura, quanto maior for a
temperatura, maior é a humidade absoluta.
> A estação do ano c/ maiores valores de
humidade absoluta é o verão. 1 m3

Humidade relativa: razão entre a quantidade de


vapor de água que determinado volume de ar contem
e a quantidade máxima de vapor de agua que esse
volume de ar pode conter à mesma temperatura –
exprime-se em %

> Varia na razão inversa da temperatura.

Ponto de saturação: quantidade máxima de vapor de água que um determinado volume de ar pode conter a uma
3
dada temperatura = gr/m . O ponto de saturação varia na razão directa da temperatura, isto é, quanto maior for a
temperatura mais alto é o ponto de saturação. O ponto de saturação é mais alto no verão, do que no inverno.

A Pressão Atmosférica –é a força que o ar atmosférico exerce sobre Linhas Isóbaras ou isobáricas - linhas que
os corpos à superfície. Esta varia com a altitude, a temperatura, e a unem pontos com a mesma pressão atmosférica.
densidade do ar, isto é:

> À medida que aumenta a altitude, a pressão diminui (e vice-versa);


> À medida que a temperatura aumenta, a pressão diminui (e vice-
versa);
> Quanto maior a densidade do ar, maior a pressão (e vice-versa).

A pressão atmosférica varia no tempo e no espaço devida às variações


de temperatura, à densidade do ar e aos movimentos da atmosfera.
Os movimentos de ar na atmosfera podem ser verticais ou horizontais:

> Os movimentos verticais do ar (de convecção) são ascendentes


> Os movimentos horizontais (de advecção) são convergentesou
divergentes.

76cm hg = 1013 mb

+1013mb – pressão elevada;

-1013 mb – pressão baixa;

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Centros Barométricos
Se a pressão for superior a 1013mb, é uma alta pressão (A); Se for
inferior a este valor designa-se de baixa pressão (B).

Após a pressão atmosférica ser reduzida ao nível médio do mar, é


possível unir pontos c/ o mesmo valor de pressão – ISOBÁRAS.
Destas surgem configurações são chamados centros barométricos.

Os centros barométricos resultantes, são:

> Alta pressão ou anticiclones – quando a pressão atmosf. é


superior a 1013mb.
> Baixa pressão ou depressões – quando a pressão atmosf. é
inferior a 1013mb

 Organismo isobárico
fechado;
 Organismo isobárico
 A pressão aumenta da
fechado;
periferia para o centro;
 A pressão diminui da
 A pressão é mais elevada no
periferia para o centro;
centro
 A pressão é mais baixa no
centro.

Centros Barométricos: circulação do ar

Nos centros barométricos, sopram sempre das altas para as baixas pressões,
perpendicularmente às isóbaras, num movimento em espiral. Dá origem ao
gradiente barométrico.

Os ventos são normalmente desviados para a direita, no hemisfério norte e


para a esquerda no hemisfério sul – Força de Coriolis, que resulta do
movimento de rotação da terra. Contudo, se a distância for grande, o vento
tenderá a soprar paralelamente ou obliquamente às isóbaras.

Movimentos horizontais do ar nos


anticiclones e nas depressões
barométricas.
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Origem e Estados de tempo associados aos centros barométricos

Os centros barométricos podem ter uma origem térmica (temperatura do


ar), ou dinâmica (movimento do ar na atmosfera).

Anticiclone de origem dinâmica:

> Resultam de subsidência do ar. O ar, ao descer em altitude,


comprime-se tornando-se mais denso, o que provoca o aumento
da pressão. (ex.: o anticiclone subtropical dos Açores).
> Como surgem devido aos movimentos do ar na atmosfera, são
permanentes, contudo ao longo do ano podem sofrer algumas
oscilações em latitude ou diminuírem de intensidade consoante a
época do ano, uma vez estes mecanismos acompanharem o
movimento anual aparente do sol.

Anticiclone de origem térmica:

> Resultam do intenso arrefecimento do ar em contacto com o solo


mais frio. Ao arrefecer, o ar comprime-se e torna-se mais denso, o
que leva ao aumento da pressão. Devido às diferenças térmicas
entre os oceanos e os continentes, formam-se com frequência
sobre os continentes no inverno e sobre os oceanos no verão –
efémeros.

Depressões de origem dinâmica:

> Estão associadas ao movimento ascendente do ar. O ar converge, e


ao convergir, sofre uma inflexão, sendo por isso obrigado a
ascender, fazendo diminuir a pressão à superfície. Tal como
acontece nos anticiclones são permanentes.

Depressões de origem térmica:

> Formam-se devido ao intenso aquecimento do ar em contacto


com uma superfície mais quente do que as áreas envolventes.
Assim, ao aquecer o ar dilata-se, tornando-se mais leve, o que
diminui a pressão. São por isso efémeras, pois formam-sesobre os
continentes no verão e sobre os oceanos no inverno.

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Distribuição dos centros barométricos

Baixas pressões:

> Junto ao equador, as baixas pressões equatoriais, que têm uma


origem sobretudo dinâmica, devido à convergência dos ventos
alísios vindos dos anticiclones subtropicais; às elevadas
temperaturas, que provocam a dilatação do ar e o tornam mais
leve.
> Nas médias e altas altitudes, nas proximidades dos círculos
polares, as células de baixa pressão subpolares que tem origem na
convergência de ar quente dos anticiclones e do ar frio das altas
pressões polares.

Altas pressões:

> À cintura de altas pressões subtropicais, onde se inclui o


importante anticiclone dos Açores, sensivelmente a 30º de
latitude, nas proximidades dos trópicos de câncer e de Capricórnio
– tem origem dinâmica.
> As altas pressões polares, que são de origem térmica, pois
resultam do intenso arrefecimento do ar em contacto com o solo
gelado.

A distribuição dos principais centros


barométricos dá origem à formação de
determinados ventos:

> Os alísios, que sopram de nordeste no


hemisfério Norte, e de sudoeste no
hemisfério sul, das altas pressões
subtropicais para as baixas pressões
equatoriais;
> Os ventos de oeste, que se deslocam
das altas pressões subtropicais para as
baixas pressões subpolares;
> Os ventos de leste, que se deslocam das
altas pressões polares para as baixas
pressões subpolares.

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Devido à sua latitude, Portugal sofre uma influência mais directa de 2


As massas de ar massas de ar:
Porção de troposfera em que todos os  Massa de ar frio polar – que se forma nas altas latitudes,
pontos têm características idênticas de junto aos pólos ou nas regiões subpolares;
temperatura e humidade. As massas de ar,  Massa de ar quente tropical – cuja formação se dá junto ao
adquirem características das regiões sobre equador ou nas regiões tropicais e sub-trop.
as quais se formam.

> Dependendo da área de origem, é As características das massas de ar, são inconstantes e esta
possível designar as massas de ar
acaba por se modificar ao deslocar-se e afastar-se da região de
equatorial, tropical, polar, árctica e
origem, acabando assim por adquirir, ao fim de alguns dias,
antárctica bem como, classifica-las
características dos ares envolventes. Ex:
de acordo com a humidade,
temperatura e densidade. → Uma Massa de ar fria, ao passar por uma superfície
> Uma massa de ar, formada sobre um mais quente, aquece, assim como se uma massa de ar
oceano designa-se de massa de ar
quente passar por uma superfície fria, arrefece.
marítima ; uma massa de ar,
→ Uma massa de ar marítimo, ao permanecer vários dias
formada sobre um continente,
sobre um continente, vai perdendo humidade e acaba
designa-se de massa de ar
por se tornar mais seca, bem como uma que se forme
continental. Do mesmo modo a
em superfície continental, ao passar por oceanos,
massa de ar, pode ser fria ou
quente. adquire gradualmente humidade.

Perturbações frontais

Frente Fria – a massa de ar frio a convergir com a de ar quente, obriga-a a subir.


Ao subir, o ar quente encontra temperaturas baixas, a h.r aumenta, atinge-se o
ponto de saturação e dá-se a condensação do vapor de agua, formando nuvens e
chuva. As nuvens são de desenvolvimento vertical, surfem aguaceiros c/ aberta e
descida de temperatura.

Frente quente – o ar quente desloca-se lentamente sobre o ar frio, onde se


formam nuvens de fraco desenvolvimento vertical e precipitação sob forma de
chuvisco (chuva “miudinha).

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Precipitação

Ponto de saturação:

> Quantidade máxima de vapor


de agua que o ar pode conter a
uma determinada temperatura.

Humidade absoluta:

> Massa de vapor de água por


unidade de volume de ar. É
3
geralmente expressa em g/m

Humidade relativa:

> Relação entre a massa de vapor


de água existente num
determinado volume de ar e a
massa de vapor de água
necessária para saturar esse
mesmo ar, sem variação da
temperatura. Exprime-se em
percentagem e varia no sentido
contrário à temperatura.

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Os estados de tempo e o clima de Portugal (situações meteorológicas mais frequentes)

Inverno: Verão:

“Mau tempo” “Bom tempo”


> Céu muito nublado; > Céu limpo ou pouco nublado;
> Precipitação elevada; > Precipitação escassa;
> Vento moderado ou forte; > Vento fraco;
> Temperatura relat. baixa; > Temperatura elevada;

Portugal no inverno é atingido com grande frequência pelas Portugal, no verão, é influenciado pelo anticiclone dos açores.
baixas pressões subpolares e pelas perturbações da frente polar. Os mecanismos associados ao mau tempo, ñ afectam o país, ou
A baixa temperatura,deve-se ao menor ângulo de incidência dos se fazem é muito esporadicamente, por estarem muito
raios solares e á menor duração do dia. deslocados para norte e por a faixa de anticiclones subtropicais
constituir uma barreira à passagem destes para sul. A
temperatura elevada deve-se ao maior incidência dos raios
solares, à maior duração do dia e à influência da massa de ar
quente tropical que atinge o território.

Clima de Portugal

O clima português, caracteriza-se pela sua feição


Divisão climática de Portugal
mediterrânea, que é mais acentuada no sul do país. Assim,
o clima é temperado mediterrâneo. No entanto, é possível A. Clima temperado mediterrâneo de influência
identificar alguns conjuntos climáticos resultantes da atlântica(oceânica) – norte litoral:
influência: , > Verões mais frescos e invernos amenos;
> Fraca amplitude térmica anual;
> Do atlântico no litoral, sobretudo no litoral norte;
> Precipitação elevada ao longo de todo o
> Do continente no interior;
ano, concentrando-se no Outono e no
> Da altitude nas áreas de montanha;
Inverno.
> Dois meses secos
B. Clima temperado mediterrâneo de influência
continental – norte interior:
> Verões muito quentes (com temperatura
elevada) e invernos muito frios (com
temperaturas relativ. baixas);
> Elevada amplitude térmica;
> Precipitação fraca;
> Estação seca com uma duração entre os
dois e os quatro meses;
C. Clima temperado mediterrâneo de influência
continental – centro/sul:
> Verões quentes, longos e secos;
> Invernos suaves e curtos;
> Precipitação irregular e fraca;
> Estação seca entre quatro a seis meses;

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Águas Superficiais

A rede hidrográfica – conjunto formado pelo rio principal e pelos seus


afluentes e subafluentes.

Na rede hidrográfica nacional,destacam-se:


> Rio Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana – rios cuja
nascente localiza-se em Espanha (rios internacionais);
> Rio Vouga, Sado e Mondego – rios que nascem em
território nacional;
A rede hidrográfica de Portugal continental, acompanha a inclinação
geral da topografia da península ibéria, indo portanto desaguar
oceano atlântico, com excepção do rio Sado e Guadiana.

No norte:
> A rede hidrografia é mais densa e os rios apresentam maior
declive ao longo do percurso.
No sul:
> O relevo mais aplanado faz com que os cursos de água
tenham percursos com menor declive e escoem em vales
mais largos.

As bacias hidrográficas – são uma área definida topograficamente, drenada


por um curso de água, ou por um sistema de cursos de água, em que todas as
águas são drenadas para uma única saída – a foz. A maioria das bacias
hidrográficas portuguesas localiza-se totalmente em território nacional, mas
as mais extensas são internacionais, as bacias hidrográficas luso-espanholas,
nomeadamente:

Minho;
Lima;
Douro – a mais extensa, considerando a área ocupada nos dois
países;
Tejo – a mais extensa, ocupando apenas território nacional;
Guadiana;
Nas bacias hidrográficas internacionais, as disponibilidades hídricas, tem uma
forte dependência face a Espanha, embora em território espanhol o
escoamento anual médio seja inferior ao de Portugal continental.

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Caudal –é o volume total de água que passa numa dada secção de


3/
um rio por unidade tempo (m s).
Variação do caudal dos rios

As disponibilidades hídricas das bacias hidrográficas portuguesas são fortemente influenciadas pela
irregularidade temporal e espacial da precipitação, que confere ao escoamento uma acentuada
sazonalidade.

Apesar de mais acentuados no sul, Portugal caracteriza-se pelos seus cursos de água terem um regime
irregular, e mesmo torrencial, pois os caudais são:

No inverno, muito elevados, devido à chuva e às menores temperaturas – leva ao aumento da


evaporação;
No verão, os caudais são quase nulos, devido aos menores quantitativos pluviométricos e às
temperaturas mais elevadas – favorece o aumento da evaporação.
No norte:

Os rios apresentam um caudal mais elevado e o seu regime caracteriza-se pela ocorrência de
cheias pouco frequente no inverno e na primavera e pelo decréscimo acentuado dos caudais do
período de verão, havendo mesmo rios sem escoamento.

A acção do homem também influência o regime hídrico, por exemplo, da construção de barragens, que
permitem regularizar os caudais durante o ano. Na época em que os quantitativos pluviométricos, são
muito elevado, há retenção de água nas albufeiras, visando atenuar as cheias. Na época em que a
precipitação é escassa, estação seca estival, impedem que deixe de haver escoamento, isto é, que os
rios sequem totalmente, uma vez que a água armazenada permite manter um escoamento mínimo
(caudal ecológico).

As Aguas Subterrâneas
Formação geológica que permite a circulação e o armazenamento de aguas no seus
Os aquíferos
espaços vazios, possibilitando o aproveitamento desta pelo homem.

Uma parte da precipitação infiltra-se nos solos, alimentando as


reservas de água subterrânea. Assim, a precipitação é a principal
fonte de abastecimento das toalhas freáticas (lençóis de água
subterrânea que circulam ou se acumulam em aquíferos).
Contudo, quando o solo fica saturado, não existe infiltração e
começa a haver escoamento superficial.
As águas subterrâneas incluem as águas minerais naturais e de
nascente, e as águas termais, com fins terapêuticos.

Os aquíferos são importantes reservatórios de água subterrânea, que,


relação às águas superficiais tem a vantagem de:

Melhor qualidade da água;


Não se reduzirem devido à deposição de detritos;
Não sofrerem evaporação;
Não exigirem encargos de conservação;

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A gestão da água

Importância de planear a utilização dos recursos hídricos

Sendo a agua um recurso indispensável á vida, importa fazer uma gestão adequada da
sua utilização, satisfazendo as necessidade crescentes e garantindo a sustentabilidade
dos recursos hídricos.
O planeamento dos recursos hídricos, é cada vez mais importante, pois a pressão
sobre a água tem aumentado, devido ao seu maior consumo – explica-se pela
melhoria das condições de vida, e pelo desenvolvimento dos sistemas de captação e
distribuição da água.

Principal Problemas na utilização da água

A poluição

O elevado consumo de água a nível mundial, em geral, e de Portugal, em particular,


está a levantar sérios problemas ao nível da sua utilização de forma sustentável, mas
também da sua qualidade, colocando assim em risco gerações futuras. Contudo,
outros problemas surgem, como o da poluição da água, devido:

> Aos efluentes domésticos, essencialmente constituídos por sais minerais, matéria
orgânica, restos decompostos, que não são biodegradáveis e com elevada quantidade
e diversidade de bactérias e vírus;
> Aos efluentes industriais, que podem provocar contaminação a partir dos produtos
químicos (resultantes do processo de lavagem e arrefecimento, que são lançado para
os recursos hídricos em grandes quantidades;
> Aos efluentes agropecuários, cuja poluição se faz sentir em solos sobre tudo de
natureza permeável, devido a utilização inadequada de pesticidas e fertilizantes.

Existem também outros processos responsáveis pelos problemas que se colocam hoje
em dia aos recursos hídricos, é o caso:

> Salinização, que ocorre sobretudo em áreas calcárias da orla costeira, onde os
aquíferos estão em contacto com o mar.
> Eutrofização, que surgem e se tem agravado devido ao lançamento para rios e lagos
de efluente com detritos orgânicos, que levam ao crescimento de algas e outras
espécies vegetais que consomem o oxigénio das águas extinção da fauna.
> Desflorestação, que conduz a um aumento do escoamento superficial, e a um
decréscimo da infiltração = compromete a “alimentação” dos aquíferos.

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Problema do consumo e do abastecimento de água

O abastecimento de água à população é um domínio que subsistem alguns problemas, uma vez
que, apesar do consumo por habitante ter aumentado, nem toda a população tem acesso a
esse serviço, embora se verifique uma evolução positiva.
A nível nacional, verificam-se assimetrias, quando se comparam os consumos e as necessidades
de água nas diferentes bacias hidrográficas.

Redução do desperdício – medidas de racionalização do consumo de água

A gestão planeada dos recursos


hídricos, quer a nível nacional, quer
internacional, permitirá que haja uma
racionalização dos consumos, um
controlo da qualidade da água,o
tratamento das água residuais e o
aumento da capacidade de
aprovisionamento de água, para que o
abastecimento deste recurso possa
ser sempre garantido.

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As Características da linha da costa

Embora de grande extensão, a costa


portuguesa apresenta uma configuração
linear e pouco recortada. O aspecto da linha
da costa depende sobretudo, das
características das formações rochosas que
se encontram em contacto com o mar, e da
intensidade da erosão marinha.
No litoral português, verifica-se uma
predominância da costa de arriba, talhada
nos afloramentos rochosos de maior dureza
que se apresenta ora alta e escarpada, ora
mais baixa.

A acção do mar sobre a linha de costa

O mar, sendo um poderoso agente erosivo, exerce sobre a linha da costa uma acção
que envolve os processos de desgaste, transporte e acumulaçãode materiais rochosos,
designada por erosão marinha.
O desgaste é provocado pela força das ondas que, com o seu movimento, provocam a
fragmentação das rochas.
Esta acção, é reforçada pela areia e por fragmentos rochosos, arrancados às rochas do
litoral ou transportados pelas correntes marítimas ou pelos rios até ao mar.

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Estes materiais, pela acção das ondas, são projectados contra as formações rochosas
do litoral que sofrem, uma intensa erosão mecânica, à qual se dá o nome de abrasão
marinha esta continua acção de desgaste, é intensa na base das arribas,
fazendo com que a parte superior fique sem apoio e se desmorone, conduzindo ao seu
progressivo recuo

«Rias» de Aveiro e Faro

A ria de Aveiro é uma laguna – uma extensão de água, mais ou menos salobra
separada do mar por uma espessa restinga – cordão arenoso – que resultou da
acumulação de sedimentos transportados pelas correntes marítimas e pelo rio Vouga.
É por vezes, denominada half-delta, pois o rio desagua na laguna, formando um delta
interior ramificado em quatro braços principais – Ovar, Murtosa, Vagos e Mira, com
uma barra artificial.

A ria de Faro, ou ria formosa, resultou também da acumulação de materiais,


transportados pela deriva litoral – corrente resultante da aproximação oblíqua das
ondas relativamente à praia – que corre predominantemente de oeste para leste.
É também uma área lagunar que se situa na parte mais proeminente do litoral
algarvio, que se encontra igualmente separada do mar por uma restinga.

Estas duas áreas assumem grande parte importância no litoral português, pela riqueza e
variedade de recursos disponíveis, pelas actividades que ai se desenvolve e pela
diversidade e ecossistema que servem de suporte a variadas espécies da fauna e da
flora.

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Configuração geral da costa e a localização dos principais


portos

O tipo da costa característico português, está


directamente relacionado com os tipos de rocha
constituintes.
> Assim sendo, em áreas que as rochas
apresentam um grau de dureza elevado –
norte de espinho; entre Nazaré e a foz do
Tejo; entre o cabo espichel e a foz do Sado;
entre sagre e Quarteira – como o xisto, o
granito e o calcário, a costa é de arriba;
> Nas áreas de rochas mais brandas –
espinho e a Nazaré; estuário do Tejo; a foz
do Sado e o cabo de Sines; Quarteira e V.R.
de santo António – como o arenito e a
argila, a costa é de praia.

Os estuários do Tejo e Sado

Estuários: áreas da foz dos rios, que desaguam directamente no mar, e onde a influência das
correntes e das marés é importante.

A foz dos rios Tejo e Sado, constituem os únicos recortes verdadeiramente


acentuados no litoral português, razão pela qual deram origem a dois importantes
complexos portuários.
Outros acidentes do litoral:

→ Concha de são Martinho do Porto;


→ Tômbolo de Peniche,

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Principais Factores que influenciam os recursos piscatórios

A abundância de peixe é influenciada pelas condições de temperatura, iluminação,


salinidade e oxigenação das águas de que depende a existência de maior ou menor
quantidade de plâncton – organismos microscópicos vegetais (fitoplâncton) ou
animais (zooplâncton) –, dos quais muitas espécies de peixes se alimentam.

A plataforma Continental – é uma unidade morfológica submersa, contígua ao continente,


ligeiramente inclinada, que se estende até uma profundidade de 200m.

Na plataforma continental, existem vários factores favoráveis á abundância de


recursos piscatórios. As suas águas:
> São pouco profundas, o que permite uma maior penetração de luz;
> São mais agitadas e por isso, mais ricas em oxigénio;
> Possuem menor teor de sal, devido á agitação e ao facto de receberem as
águas continentais dos rios que nela desaguam.
> São mais ricas em nutrientes, pois existem boas condições de luz e oxigénio
para a formação de plâncton e recebem os resíduos orgânicos transportados
pelos rios.
Deste modo, a quantidade e a diversidade de fauna marinha são maiores nas áreas da
plataforma continental.
Esta é relativamente estreita ao longo de todo o litoral português. A plataforma
continental, corresponde a cerca de 1% da ZEE de Portugal. É uma das limitações de
pesca portuguesa, que se traduz numa menor abundância de pescado.

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Correntes Marítimas – deslocações de grandes massas de água individualizadas pelas suas
características de temperatura e densidade.

As correntes marítimas são favoráveis á abundância de pescado, principalmente na


área de confluência de uma corrente fria e de uma corrente quente. As aguas agitadas
proporcionam a renovação da água e do plâncton e em consequência, a renovação de
stocks – reservas piscícolas.
A corrente quente do golfo, atinge a Europa através da sua derivado Atlântico Norte.
Portugal é afectado por uma ramificação desta deriva, já em deslocação para sul, que
atinge a costa portuguesa, onde toma a designação de corrente de Portugal. A
sudoeste do território, esta corrente encontra-se com a corrente fria das Canárias =
favorecendo a existência de pescado.
UPWELLING

É uma corrente de compensação de águas frias, ou


seja, as correntes ascendentes (do fundo para a
superfície) compensam as correntes descendentes
(da superfície para o fundo).
A sua intensidade, está directamente relacionada
com os ventos do norte (noroeste e nordeste), pois
quanto mais fortes e constantes forem estes ventos,
maior será a sua intensidade.
Este fenómeno, nos meses de verão, é responsável
pelas maiores quantidades de espécies (sardinha,
carapau…). Na costa meridional, o upwelling
raramente acontece.

Zona Económica Exclusiva (ZEE)

Mar territorial ou águas territoriais: águas que se encontram até 12 milhas dos limites
exteriores da costa e sobre os quais o estado detém soberania
Zona contígua: zona de mar alto entre 12 a 24 milhas marítimas, sobre a qual o estado
pode exercer fiscalização para prevenir ou reprimir infracções às suas leis.
ZEE: estabelece o poder dos estados costeiros de proteger e gerir os recursos
marítimos, até uma distância de 200 milhas náuticos. Aqui o estado tem direitos de
exploração, investigação, conservação e gestão dos recursos naturais
Repartida por 3 áreas, continente e ilhas (madeira e açores), a ZEE conta com uma
extensão de 1 731 000 k, é a maior de entre os países da U.E, e a 5ª maior do mundo.

No entanto existem problemas na sua gestão:

> Sobreexploração dos oceanos;


> Poluição marinha;
> Pressão urbanística sobre o litoral;

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Actividade Piscatória

A frota de pesca

A frota de pesca portuguesa subdivide-se em dois grandes grupos de embarcações:


> As que operam nas aguas nacionais e adjacentes, normalmente identificadas
por embarcações da frota local e costeira;
> As que actuam em pesqueiros longínquos, ou seja, em aguas internacionais ou
de países terceiros, e que são identificadas por embarcações da pesca do largo

Tipos de embarcações
Embarcações de pequena pesca Embarcações da pesca costeira Embarcações da pesca de largo
Apresentam pequenas dimensões; Desenvolvem a sua actividade para Têm grandes dimensões;
São constituídas maioritariamente lá das 6 milhas; Actuam para lá das 12 milhas
em madeira; Podem operar em áreas mais da linha da costa;
Actuam em águas interiores, ou afastadas, mesmo alem da ZEE Detêm condições de autonomia
perto da costa (+/- 6 milhas); nacional; que permitem a permanência
Utilizam artes de pesca Detêm meios de conservação do no mar durante longos
diversificadas; pescado; períodos de tempo;
Têm maior potencia e autonomia do Utilizam técnicas de captura e
Desenvolvem a actividade em
que as embarcações da frota local; detecção de cardumes,
curtos períodos de tempo;
bastante avançados (sondas,
Capturam sobretudo espécies de As de maior dimensão podem atingir
satélites)
alto valor comercial; 2 a 3 semanas de actividade;
Encontram-se equipadas com
São responsáveis por um grande nº tecnologias que permitem a
dos postos de trabalho neste transformação e congelação do
sector. pescado a bordo.

As artes de pesca utilizadas, neste tipo de frota subdivide-se em:


A rentabilização do litoral e dos recursos marítimos
> Polivalente – utiliza diversas técnicas;
> De arrasto – utiliza redes em forma de saco que são puxada muito rapidamente, impedindo a fuga do peixe;
> De cerco – a rede é colocado em volta de um cardume e o cabo profundo pode ser puxado ate formar um saco onde
os peixes ficam aprisionados;

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A partir das avaliações científicas dos recursos, que são realizadas anualmente, a U.E,
toma diversas medidas para gerir, controlar e proteger os recursos marinhos:
> Estabelecimento de quotas de pesca;
> Fixação de malhagens mínimas;
> Controlo e vigilância relativamente às capturas autorizadas e ao numero de
navios que podem exercer a sua actividade.

Formas de potencialização do uso do espaço marítimo

Modernização do sector das pescas;


A reestruturação da indústria transformadora;
O desenvolvimento da aquicultura;
A exploração das algas;
A exploração de recursos minerais;
O aproveitamento turístico do mar, com respeito pelas áreas protegidas e pelos planos
de ordenamento das orlas costeiras.

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As áreas rurais em mudança


11º
A fragilidade dos sistemas agrários

A agricultura tem vindo a perder importância


na ocupação da população activa e na
economia portuguesa. Apesar da
modernização de alguns sistemas de
produção, sobretudo após a adesão à EU, a
agricultura continua a enfrentar problemas,
relativos essencialmente às estruturas
fundiárias, os níveis de rendimento e
produtividade, a qualificação profissional dos
agricultores e a adequação dos usos do solo às
suas aptidões naturais.

A fragilidade dos espaços rurais


A agricultura em Portugal, é a actividade económica cuja
contribuição para a criação da riqueza, expressa, por exemplo, no
PIB e no VAB, tem vindo a decrescer. Esta tendência de diminuição,
deve-se sobretudo ao desenvolvimento das actividades dos
sectores secundário e terciário, cuja participação aumentou muito
e tende a crescer, sobretudo a do sector terciário.
O sector agrícola, no entanto, mantem algum peso na criação de emprego e detém
uma grande importância na ocupação do espaço e na preservação da paisagem,
constituído mesmo a base económica, essencial em algumas áreas rurais do País.

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Principais factores condicionantes da agricultura – físicos e humanos


A agricultura portuguesa é influenciada, tanto por factores naturais, como por factores
humanos (de ordem histórica, cultural e politica).

o No nosso país, o clima é um dos factores que mais condiciona a produção


agrícola, pela temperatura e pela irregularidade de precipitação.
o A existência dos recursos hídricos é fundamental para a agricultura, pois
esta torna-se mais fácil e abundante, nas áreas onde a precipitação é mais
regular. Em locais onde a precipitação é menor, é necessário recorrer a
sistemas de rega artificial.
o A fertilidade do solo (natural e criada pelo homem), influência
directamente a produção em quantidade e em qualidade. Em Portugal,
predominam solos de fertilidade média ou baixa, um condicionante para a
agricultura.
o O relevo, quando plano, a fertilidade dos solos é geralmente maior, assim
como a possibilidade de modernização das explorações. Se este é mais
acidentado, a fertilidade dos solos torna-se mais fraca, e há maior
limitação no uso da tecnologia agrícola e no aproveitamento/organização do espaço.

o O passado histórico é um dos factores que permite compreender a actual ocupação e


organização do solo. Aspectos como a maior ou menor densidade populacional e
acontecimentos ou processos históricos reflectem-se, ainda hoje, nas
estruturas fundiárias (dimensão e forma das propriedades rurais).

o O objectivo da produção é outro factor que influencia a ocupação do solo.


Quando a produção se destina ao autoconsumo, as explorações são
geralmente de menor dimensão e, muitas vezes, continuam a utilizar
técnicas artesanais. Se a produção se destina ao mercado, as explorações
tendem em ser maiores, utilizam tecnologia moderna (máquinas, sistemas
de rega, estufas, etc) e são mais especializadas em determinados produtos
– o que contribui para uma maior produtividade do trabalho.

o As políticas agrícolas – orientações e medidas legislativas –, quer nacionais


quer comunitárias (U.E), são actualmente factores de grande importância,
uma vez que influenciam as opções dos agricultores relativamente aos produtos cultivados,
regulamentam práticas, como a utilização de produtos químicos, incentivos financeiros,
apoiam a modernização das explorações, etc.

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As paisagens agrárias –espaço rural, sistema de culturas e


morfologia agrária.
O espaço rural ocupa uma parte significativa do
território português e nele se desenvolvem as
actividades agrícolas, mas também outras como o
turismo, a produção de energias renováveis, etc.
Dentro do espaço rural, destaca-se:
o O espaço agrário – áreas ocupadas com a produção
agrícola, pastagens e florestas, habitações dos
agricultores e ainda infra-estruturas, e
equipamentos associados à actividade agrícola;
o O espaço agrícola – área utilizada para a produção
vegetal e/ou animal;
o A superfície agrícola utilizada (SAU) – área do
espaço agrícola ocupada com culturas.

No espaço rural, as diferentes culturas, a forma e o


arranjo dos campos, a malha dos caminhos e o tipo
de povoamento dão origem a diferentes paisagens agrárias.

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Os sistemas de cultura, conjunto de plantas cultivadas, forma como esta se associam e


técnicas utilizadas no seu cultivo – são diferentes de região para região, devido,
essencialmente, a factores relacionados com o relevo, o clima e os solos.

o Nos sistemas intensivos, o solo é total e continuamente ocupado, e é comum a


policultura – mistura de culturas no mesmo campo e colheitas que se sucedem umas as
outras. São sistemas utilizados em áreas de solos férteis e de abundancia de água
(regadio).Estes sistemas predominam, nas regiões agrarias do Litoral norte, na

Madeira e algumas ilhas dos Açores.


o Nos sistemas extensivos, dominantes tradicionalmente em Trás-os-Montes e no
Alentejo, não há uma ocupação permanente e contínua do solo. Pratica-se
habitualmente a rotação de culturas (a superfície é dividida em folhas) e muitas
vezes utiliza-se o pousio. Este sistema tradicional é praticado em solos mais
pobres e secos, associando-se à monocultura – cultivo de um só produto no mesmo
campo – e às culturas de sequeiro – com pouca necessidade de água.

As paisagens agrárias são tao bem caracterizadas pela morfologia – aspecto dos campos no
que respeita à forma e dimensão das parcelas e à rede de caminhos.

o Nas regiões de Entre Douro e Minho, Beira Litoral, Algarve, Madeira e em


algumas ilhas dos Açores, predominam as explorações de pequena dimensão
(minifúndios) constituídas por varias parcelas de forma irregular e quase sempre
vedadas, com muros, arvores/arbustos, que delimitam a propriedade e protegem
as culturas do vento e da invasão do gado.
o No Alentejo no Ribatejo e Oeste, predominam as explorações de média e grande
dimensão (latifúndios), e vastas parcelas de forma regular, sem qualquer vedação.

A diversidade das paisagens agrárias resulta também


das diferentes formas de povoamento, que variam
desde a aglomeração total, á dispersão.

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Características das explorações agrícolas


No Norte de Portugal Continental,
especialmente nas regiões agrárias da Beira
Litoral e de Entre Douro e Minho, predominam
explorações de pequena dimensão –
minifúndios (B).
No sul, especialmente no Alentejo,
predominam as explorações de grande
dimensão que, outrora, constituíam vastos
latifúndios (A). Daí o Alentejo apresente um
reduzido número de explorações, apesar da sua
vasta área agrícola.
Nas regiões autónomas, domina a pequena
dimensão de explorações.

O grande número de pequenas explorações condiciona o desenvolvimento da agricultura, uma vez


que limita a mecanização e a modernização dos sistemas de produção – reflectem-se na sua
dimensão económica.

Distribuição e Estrutura das explorações agrícolas


A dimensão da superfície agrícola utilizada (SAU) está associada à extensão das
explorações, pelo que apresenta também uma distribuição regional marcada pela
desigualdade, salientando-se no Alentejo com cerca de metade da SAU nacional.
o A desigual distribuição da SAU deve-se, às características do relevo
e da ocupação humana, ou seja, o relevo aplanado, a fraca
densidade populacional e o povoamento concentrado permitem a
existência de vastas extensões de áreas cultivadas no Alentejo. Nas
regiões onde o relevo mais acidentado, maior densidade
populacional e onde o povoamento é mais disperso, a área
ocupada pela SAU é menor.

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o A SAU utilizada engloba:
Terras aráveis, com culturas temporárias e com os campos em
pousio;
Culturas permanentes, com plantações que ocupam as terras
duramente um período mais longo;
Pastagens permanentes, onde são semeadas espécies por um
período superior a 5 anos, destinadas ao pasto do gado;
Horta familiar, superfície ocupada com produtos hortícolas ou frutos
destinados a autoconsumo.

Formas de exploração da SAU


Na Beira Litoral, as terras aráveis ocupam mais de metade da SAU, seguidas das culturas
permanentes. Estas, tem maior importância no Algarve e na Madeira, onde a produção de
frutas e vinho é importante. As pastagens permanentes ocupam quase a totalidade da SAU, nos
Açores onde as condições climáticas favorecem a formação de prados naturais e a criação de
gado bovino. No Alentejo, onde o aumento das pastagens permanentes reflecte o investimento
na criação de prados artificiais, com recursos a modernos sistemas de rega.

O agricultor nem sempre é o proprietário das terras que explora, pelo que se podem considerar
2 formas de exploração da SAU:
o Conta própria – o produtor é também o proprietário;
o Arrendamento – o produtor paga um valor ao proprietário da terra pela sua utilização;
A exploração por conta própria predomina em todo o país (Trás-os-Montes e na Madeira,
principalmente). Nos Açores, o arrendamento é mais comum, representando cerca de metade
do total.

A exploração por conta própriaé mais vantajoso pois o proprietário procura obter o melhor resultado
possível da terra, mas como está a tratar do que é seu procura preservar os solos e investe em
melhoramentos fundiários, como a construção de redes de drenagem, colocação de sistemas de rega, etc.
Os proprietários podem ter um papel importante na comunidade rural, com a prevenção de fogos
florestais, preservação da paisagem, etc.
Ao contrário, o arrendamento pode ser desvantajoso, pois os arrendatários nem sempre se interessam
pela valorização e preservação das terras, mas sim, procuram tirar mais partido dela, o máximo proveito

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durante a vigência do contrato. Contudo o arrendamento, evita o abandono das terras, no caso de os
proprietários não poderem ou não quererem explora-las.

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