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Exploração sustentada de recursos geológicos

Recursos naturais- bens naturais existentes na crosta terrestre que, face às suas concentrações num determinado local,
podem ser extraídos e utilizados em benefício do Homem.

Muitos dos recursos são limitados, pelo que o consumo excessivo nas últimas décadas tem causado graves problemas ao nível
das reservas disponíveis.

Recursos renováveis- recursos que são


repostos naturalmente a um ritmo superior
ao seu consumo.
 Energia solar;
 Energia geotérmica.

Recursos não renováveis- recursos cujos


processos de formação são mais lentos do
que as taxas de consumo pelo Homem,
sendo considerados recursos finitos.
 Combustíveis fósseis;
 Energia nuclear;
 Recursos minerais.
Reservas- constituídas por todos os depósitos minerais e rochosos que já
foram descobertos e que podem ser atualmente explorados de uma forma
economicamente rentável.

Recursos- constituem todas as acumulações de um dado material ou


composto. Incluem as reservas exploráveis e todos os depósitos que
podem vir a ser explorado no futuro (podem vir a constituir reservas), e
que atualmente não o são porque o preço da matéria-prima não cobre os
custos de exploração ou a tecnologia existente não permite o seu
aproveitamento.

A mudança do contexto tecnológico, social e económico pode permitir


transformar depósitos, que eram considerados apenas recursos, em
reservas.

A maioria dos recursos geologicos é não renovável, oque justifica a opção de se recorrer a recursos renováveis,
principalmente ao nivel das fontes de energia.

Exploração de minérios: produção de metais preciosos (ouro, prata e platina) e não preciosos (cobre e ferro);

Argilas. Produção de barro;

Águas termais: utilizadas para fins medicinais.

A grande maioria dos materiais que usamos dependem dos recursos geológicos:
 Calcário- matéria-prima para a produção de cimento;
 Carvão e petróleo- essenciais para a produção de energia;
 Petróleo- base da produção de combustíveis usados nos transportes;
 Uranio- usado para produzir energia em centrais nucleares.

Recursos geológicos

Materiais de
Recurso metálicos e
Fontes de energia cosntrução e Recursos hidricos
não metálicos
ornameitais

Fontes de energia: combustíveis fosseis (carvões, petróleo, gás natural), a energia geotérmica e nuclear. - a produção de
energia tem elevados impactes ambientais.

Recursos metálicos e não metálicos: jazigos (depósitos) minerais que podem ser explorados sob o ponto de vista económico. -
são de extrema importância, com elevado impacto social, económico e ambiental associado à exploração mineira.

Materiais de construção e ornamentais: rochas que são usadas como materiais de construção ou como material ornamental.

Recurso hídricos: a água tem vindo a ser explorada e contaminada ambientalmente.


Recursos hídricos
Recursos
geológicos

Recurso Materiais de
Fontes de Recursos
metálicos e construção e
energia hidricos
não metálicos ornameitais

Hidrogeologia- ramo da geologia que estuda as águas subterrâneas, quanto ao seu movimento, volume e distribuição.

A água é um dos principais agentes de meteorização química e física das rochas, modelando o relevo. Para além disso, a água
também participa na formação da maioria das rochas e de muitos depósitos minerais.
A água presente na Terra movimenta-se ciclicamente entre diversos reservatórios: oceanos, atmosfera e crusta.
A maioria da água encontra-se armazenada nos oceanos, sob a forma de água salgada.
Uma pequena fração da água é doce e encontra-se sob a forma de gelo, nas calores polares e glaciares e nos reservatórios subterrâneos.
A água que se encontra em lagos e rios constitui a fração mais reduzida do volume total.

A água está a ser explorada a níveis muito elevados e é usada para diversos fins: agricultura, indústria, uso doméstico e recreativo.
O aumento populacional, a poluição e a redução das reservas disponíveis de água potável têm gerado problemas ao nível do
abastecimento de água, obrigando ao incremento da prospeção dos recursos hídricos, nomeadamente subterrâneos.

Todos os reservatórios de água existentes no planeta encontram-se sujeitos ao efeito da poluição de origem antrópica. Embora
os recursos hidrológicos e subterrâneos sejam os menos suscetíveis à poluição, encontram-se ameaçados pela intensa
exploração.

Reservatórios subterrâneos- resultam da acumulação de água que se infiltrou na superfície.

AQUÍFERO- formação geológica subterrânea capaz de armazenar água, em poros e fissuras, que pode ser explorada ou
captada de forma economicamente rentável e sem impactes ambientais negativos.
 Armazena água em quantidades suficientes para ser explorada.
 Nas regiões cársicas (composição carbonatada), a água pode circular em cavernas, formando por vezes pequenos lagos e
cursos de água subterrâneos.
 A água subterrânea circula nos espaços vazios que correspondem aos poros e fraturas das rochas.

Constituição dos Aquíferos:

 Zona de aeração:
 localiza-se entre a superfície do terreno e o nível freático (profundidades reduzidas);
 os poros são ocupados por ar e água- os espaços vazios encontram-se insaturados com água e esta encontra-se
na superfície dos grãos;
 existência de seres vivos - plantas, que realizam trocas gasosas entre as raízes e os gases presentes nesta zona de
aeração.
 Nível hidrostático-
 profundidade a partir da qual aparece a água.
 nível da água em aquíferos que se encontram em repouso hidrodinâmico (não influenciado por bombagem).
 Nos aquíferos livres coincide com o nível freático.
 Zona de saturação/saturada
 tem como limite superior o nível freático- localizada por baixo da zona de aeração;
 todos os poros da rocha encontram-se saturados
com água.
 .A água da precipitação desloca-se sob o efeito da
gravidade desde o solo até à zona saturada.
 Zona de recarga- zona onde o aquífero é alimentado.
Variação do nível freático

Tipos de aquíferos
1a) O aquífero cativo é limitado por 2 camadas
impermeáveis e o aquífero livre não é delimitado
superiormente por uma camada impermeável.

1b) No aquífero livre a pressão a que se encontra a água


é mais baixa que a do aquífero cativo.

1c) No aquífero livre a recarga processa-se numa área


grande e no aquífero cativo processa-se numa zona local,
mais restrita.

2. Na captação artesiana repuxante.

3. Emissão de gases, uso de adubos, exploração de


minério, pecuária, poluição industrial e do solo.

4. O aquífero livre.

Numa situação normal tende a existir no solo um teor elevado de água.

A água circula, tanto nos aquíferos livres como nos aquíferos cativos, de acordo com a pressão hidrostática.

Aquífero livre
 Não são limitados superiormente por uma camada impermeável- não são
confinados;
 Zona de recarga - zona superficial;
 O facto de não estarem limitados superiormente por uma camada
impermeável faz com que a água esteja à pressão atmosférica- Todas as
captações de água necessitam de sistemas de bombeamento.

Aquíferos cativos/confinados
 Limitados no topo (teto) e na base (muro) por camadas impermeáveis- estando o movimento da água confinado a
camadas permeáveis;
 Zona de recarga- zona limitada que se encontra em contacto com a superfície- se a zona de recarga corresponder a uma
região de cota elevada a água infiltrada movimenta-se no sentido descendente, sob o efeito da gravidade;
 A água encontra-se a pressões superiores à pressão atmosférica- permitem a prospeção de furos artesianos e repuxantes-
se for perfurado num ponto em que a cota da superfície topográfica é inferior à cota do nível piezométrico, a água irá fluir
espontaneamente, sem necessidade de ser bombeada. As
perfurações com estas características designam-se por furos
com artesianismo repuxante.
 O nível hidrostático encontra-se acima do respetivo teto.
 Nestes aquíferos, o nível hidrostático coincide com o nível
piezométrico.

Fatores que condicionam a formação de aquíferos


Porosidade- espaços vazios entre os grãos e os cristais que constituem as
rochas.
 Depende:
 Dimensão e forma dos grãos
 do modo como os grãos estão empacotados.
 Determina a capacidade de uma rocha armazenar água.
 Quanto mais afastados estiverem os grãos maior é o espaço entre eles,
sendo a rocha mais porosa.
 Rochas sedimentares- (argilas, arenitos e calcários) são as mais porosas.
(calcários- quando se encontram fraturados ou com fendas de dissolução);
 Rochas metamórficas e magmáticas- possuem menor porosidade, se não
estiverem alteradas ou fraturadas. Por vezes ocorre acumulação de água
nas fendas.

Permeabilidade- maior ou menor facilidade com que uma formação rochosa se


deixa atravessar pela água- A água desloca-se pelos poros e fraturas.
 Depende da dimensão dos poros e da forma como se estabelece a
comunicação entre eles.
o Geralmente, quanto menor for a porosidade, menor é a permeabilidade das rochas, pois a água possui maior
dificuldade em se deslocar numa rocha com poucos poros/fraturas. – (Ex de exceção: basaltos vacuolares- tem uma
porosidade elevada e uma permeabilidade muito baixa, porque não há interconexão entre os poros).
 Na exploração dos aquíferos a permeabilidade é importante, pois indica a facilidade em extrair a água subterrânea.

Uma rocha com elevada porosidade, mas com baixa permeabilidade, pode reter grandes volumes de água, mas o fluxo
reduzido dificulta a sua extração- argilas.
Um bom aquífero: tem que ser poroso e permeável- areias e arenitos, calcários fraturados e conglomerados

As propriedades da água variam de acordo com a composição química e mineralógica em que movimentam.

Poluição dos recursos hídricos: física, química e bacteriológica


A poluição pode tornar a água imprópria, com perigos para a saúde humana, se for consumida. A água possui reduzidas quantidades de
elementos dissolvidos (gases, iões) que lhe conferem distintos sabores. A atividade humana pode afetar as propriedades físico-químicas da
água, principalmente devido:

 Poluição industrial: onde se produzem compostos


químicos que podem ser derramados no solo ou cursos de
água, infiltrando-se, afetando assim a qualidade da água
dos aquíferos;

 Poluição urbana: descarga de resíduos urbanos


(sólidos e líquidos) que são lixiviados pelas
águas de escorrência e transportados para o
subsolo;

 Poluição Agrícola: Ao uso excessivo de fertilizantes,


herbicidas e pesticidas que poluem as águas
superficiais e os reservatórios subterrâneos;
 Poluição mineira: A desastres ambientais como os
derrames de combustíveis fosseis ou compostos
químicos perigosos;

 À poluição a partir de fossas séticas, que ainda são comuns em Portugal e que poderão a estar perto das captações
de água.

Sobre-Exploração dos Aquíferos


Consequências:
 Abaixamento do nível hidrostático- Esta situação tem implicado a prospeção dos recursos hídricos a profundidades
superiores.
 Necessidade de realizar furos cada vez mais profundos- a extração da água a partir de um poço/furo forma,
temporariamente, um cone de depressão.
 Redução do fornecimento de água para usos diversos;
 Invasão de água salgada (intrusão salina) nas regiões costeiras- devido à intensa extração. Nesta situação, ocorre
contaminação do aquífero de água doce, que deixa de ser potável e pode impossibilitar o seu uso para outros fins, como
a agricultura.
Minerais e rochas (materiais de construção e ornamentais)

Recursos
geológicos

Recurso Materiais de
Fontes de Recursos
metálicos e construção e
energia hidricos
não metálicos ornamentais

Os minerais são recursos não renováveis.

O aumento populacional da espécie humana e a melhoria das condições de vida das populações têm conduzido a um maior
consumo de recursos. Por exemplo, as novas tecnologias (PCs, painéis solares) estão muito dependentes de elementos cujas
reservas são atualmente reduzidas.

Diversos minerais, contendo elementos raros, têm sido intensamente explorados nas últimas décadas- antimónio, prata.

Até os elementos mais comuns podem se vir a esgotar, como fósforo, que é um elemento muito consumido e usado na
produção de fertilizantes para a agricultura.

Recursos minerais metálicos ------------------------


Muitas rochas e minerais são essenciais ao desenvolvimento da nossa sociedade, sendo usados como matérias-primas.

Clarke- concentração média de um elemento da crosta terrestres (ppm ou g/t), que relaciona o teor de um elemento num
dado deposito relativamente ao seu teor médio na crusta terrestre.

Minério- (mineral aproveitado) minerais que contém elementos químicos uteis e suscetíveis de exploração com
rentabilidade.
-Explorado para um fim e tende a ser constituído por uma mistura do mineral desejado com minerais não desejados
(sem interesse económico).
Ganga/estéril – parte não aproveitável (sem valor económico-não tem aplicações) que acompanha o minério, sendo tratados
como resíduos.

O tratamento para separar os minerais de interesse da ganga, de forma a concentrar o produto desejado, envolve o uso de
fluidos, principalmente água, e tende a estar associado a impactes ambientais grandes.

O tratamento usado para separar o minério de interesse da ganga também recorre a tecnologias poluentes.

Escombreira- depósitos superficiais de ganga.

 Poluição visual;
 Risco de ocorrência de movimentos terrenos;
 Poluição do solo e da água (degradação/ meteorização química dos materiais)

Jazigo mineral- local onde uma determinada substância existe numa concentração muito superior ao seu clarke, sendo a sua
exploração economicamente rentável- acumulações/concentrações suficientemente elevadas que permitem a exploração
económica, onde é explorado o minério.
 Primários- formado durante a génese da rocha onde se encontra;
 Secundários- resultante de processos de meteorização.

Formação dos jazigos metálicos secundários:

1º Água sobreaquecida/fluidos hidrotermais (em profundidade);

2º Meteorização das rochas;

3º Os iões dissolvidos são transportados para locais mais superficiais;

4º Arrefecimento da água/fluidos;

5º Precipitação e acumulação de iões;

6º Minério.
Exploração mineira

Valorização das explorações mineiras:


 Criação de postos de trabalho;
 Desenvolvimento tecnológico, económico e social;
 Melhoria das acessibilidades;
 Aumento do valor dos terrenos;
 Diminuição das importações de minério no país

Medidas implementadas para minimizar os impactes do consumo de elementos, com especial destaque para metais raros:
 Política da redução, reutilização e reciclagem das matérias-primas: permitem combater os impactes negativos da
atividade mineira de extração, que é muito poluente, movimentando quantidades extremamente elevadas de
materiais. A sua acumulação tende a provocar profundos impactes ambientais.

Recursos minerais não metálicos ------------------------


Para além dos minerais metálicos, muitos outros minerais são explorados para fins industriais, como as argilas e outros
minerais comuns, como o quartzo e os feldspatos.
Principais aplicações das rochas:
 Materiais de construção- as rochas e minerais são essenciais como materiais de construção:
 Rochas magmáticas- Granitos;
 Rochas metamórficas- xistos, ardósias e mármores;
 Rochas sedimentares- sedimentos (areias e argilas) e as rochas carbonatadas (calcários- usados na produção do
cimento).
 Material ornamental- as rochas podem ser utilizadas para a produção de estatuas, sendo essenciais na arquitetura e
arte.
 Alentejo- mármores;
 Lisboa- rochas calcárias.
Estas rochas são trabalhadas mais facilmente do que os granitos ou basaltos.

A maioria das rochas é caracterizada pela sua durabilidade e resistência, porem é frequente ocorrer a alteração destas, quando
sujeitas a diversos agentes, condicionados pela composição química da rocha e textura e pelas condições climatológicas locais.
A porosidade e permeabilidade das rochas são essenciais no estudo do seu padrão de degradação, pois controlam a
circulação da água e compostos dissolvidos pelos poros da rocha.
A poluição atmosférica (aumento da acidez, elevada concentração de compostos corrosivos), a circulação da água com sais e a
ação dos organismos intensificam a alteração das rochas. Existe, então a necessidade de conservação e restauro de muitas
secções de edifícios ou estatuas.

Recursos energéticos

Recursos Fontes de
geológicos energia

Recurso Materiais de
Fontes de Recursos
metálicos e não cosntrução e
energia hidricos Renováveis Não renováveis
metálicos ornameitais

Recursos energéticos:
 Fundamentais para diversas atividades humanas;
 Aumento do consume de energia;
 Maior parte da energia consumida é proveniente dos combusiveis fósseis.
O consumo dos diferentes combustiveis fósseis varia entre os paises, em função do seu desenvolvimento social, económico e
recursos que possuem.

O aumento da eficiencia na produção, transporte e gastos de energia permitiram reduzir o consumo de combustiveis fósseis.

Recursos energeticos não renovaveis …………..


Recursos energeticos não-renovaveis- a sua regeneração pelos processos naturais é muito mais lenta do que o seu consumo.

 Energia fóssil (combustíveis fosseis)- petroleo, carvão e gas natural.


o Petóleo e gas natural- formam-se em condições muito especificas (ambientes sedimentares) e ao longo de
um periodo de tempo elevado;
o Gás natural- as suas reservas são semelhantes às do petróleo, mas devido a um menor consumo, estas
reservas podem durar mais tempo.
o Carvão- combustível fossil mais abundante. O aumento do preço do petróleo, apartir da decada de 70,
provocou um retorno ao carvão, como fonte de energia.
 Problemas ambientais:
 Libertação de gases com efeito de estufa;
 Degelo das calotes polares e dos glaciares;
 Libertação de partículas causadoras de chuvas ácidas;
 Aquecimento global;
 Poluição do solo e da água;
 Perturbação dos ecossistemas .

Os combustiveis fosseis, formados a apartir da materia orgânica de restos de organismos que sofreram
diagenese, são muito ricos em C. Assim, a sua combustão libertará elevadas quantidades de CO2 para a
atmosfera, causando chuvas acidas e o aumento do efeito de estufa.


Os graves impactes causados pelo consumo de combustiveis fósseis, os limites na emissão de gases com efeito de estufa e a
escalada do preço dos combustiveis fósseis têm aumentado a exploração de fontes de energia alternativas.

 Energia nuclear- urânio: a sua fissão controlada permite a libertação de elevadas


quantidades de energia calorífica, e constitui atualmente, a principal reserva
energetica do nosso planta. Pode ser encontrado em perquenas quantidades nas
rochas magmáticas, principalmente, em veios e filões.

Com o desenvolvimento das tecnologias nucleares, instalaram-se diversas centrais de produção


de energia a apartir da fissão do isotopo 235U (elemento radioativo, raro na crusta), que liberta
elevadas quantidades de energia. Todavia, este modo de produção de energia apresenta
desvantagens:
 Risco de acidentes com fuga de radiações- Perigo de ocorrência de desastres
ambientais (Chernoby);
 Elevados custos na construção e manutenção das centrais;
 Necessário elevadas quantidades de água para arrefecer os reactores,
aumentando a poluição termica dos rios e lagos;
 Produção de resíduos radioativos que necessitam de ser tratados e
armazenados por longos periodo;
 Poluição térmica de rios e lagos, originada pela descarga da água usada no
arrefecimento de reatores.
Vantagens:
 Não emite gases com efeito de estufa;
 Ausência de poluição atmosférica;
 Muito rentável;
 Reservas de urânio abundantes.

Recursos energéticos renovaveis ………………..

As fontes de energia renováveis têm surgido como alternativa ao uso de combustiveis


fósseis e de energia nuclear.

Recursos energeticos renováveis- as fontes de energia renovam-se a um


ritmo superior ou igual à taxa de consumo.
 Energia geotermica, hidroeletrica, solar, aeolica;
 Biomassa.
A produção de energia a apartir de fontes renováveis tem aumentado significativamente
em Portugal, principalmente ao nivel da energia eólica.

A energia obtida a partir da biomassa também se tem desenvolvido, devido à construção


de centrais de recolha e combustão da biomassa.

Contudo, a principal fonte de energia renovável em Portugal corresponde à hídrica, em resultado da instalação
de diversas barragens para a produção de energia e abastecimento de água para ussos diversos (doméstico,
agrícola, industrial).

 Energia geotérmica

O decaimento radioativo e a energia acumulada durante a acreção que se verificou no início da formação do planeta Terra
são fontes de energia geotérmica, considerada inesgotável.
Energia geotérmica- energia que tem origem no calor presente nas camadas que constituem o interior da Terra. O calor é
transferido para a água circulante, aquecendo-a, sendo esta energia calorífica aproveitada à superfície para gerar energia
ou aquecimento.

 Calor interno da Terra;


 A água aquecida pode ser aproveitada na produção de energia;
 Não é poluente;
 Apenas pode ser aproveitada em determinados locais.

Todas as regiões da Terra possuem potencial para produzir energia geotérmica, mas as zonas com elevado gradiente são mais
rentáveis, pois permitem obter maiores quantidades de energia a menos profundidades.

A energia geotérmica é obtida quando o calor das camadas rochosas mais profundas é transferido para a água, que aquece
ao circular em contacto com as rochas. A água quente é transportada para a superfície por furos produzidos para o efeito.

Na maioria das situações a água que circula em profundidade infiltrou-se ao longo de fraturas, mas em muitas explorações
pode ser injetada artificialmente por um furo e recuperada posteriormente.

Fontes de energia
geotérmica

Alta entalpia (alta T) Baixa entalpia (baixa T)

Alta entalpia (alta T) – (produz energia elétrica) o fluido circulante é aquecido a T superiores a 150ºC; associado a regiões com
atividade vulcânica, sísmica ou magmática; Ex: Açores- apresentam um elevado gradiente geotérmico.

Baixa entalpia (baixa temperatura) – (uso termal e aquecimento de infraestruturas) o fluido circulante encontra-se a um T
inferior a 150ºC; na maioria das situações estão associadas à deslocação de água ao longo de fraturas profundas ou água
presente em rochas porosas a grande profundidade. Ex: Portugal continental

A energia geotérmica é renovável, na medida em que a quantidade de calor presente na Terra permite
classifica-la como fonte inesgotável e produz-se continuamente por decaimento radioativo.

É pouco poluente, não emitindo gases com efeito de estufa e pode ser instada na maioria das regiões.
Uso de permutadores de calor geotérmico- aplicação da geotermia que permite o aquecimento de ambientes (habitações).
Nesta tecnologia, são instalados permutadores de calor no subsolo (profundidades que podem atingir as dezenas de metros)
que permitem o aquecimento da água circulante.

As utilizações dos recursos geotérmicos dependem:


 Caudal de água disponível;
 Da temperatura;
 Da qualidade da água- águas quimicamente ricas sem sais são corrosivas, dificultando o seu aproveitamento
energético.

 Energia solar

A energia presente nos combustíveis fósseis provem da energia luminosa solar, convertida em
energia química por processos fotossintéticos. Todavia, apesar de possuir um elevado
potencial de aproveitamento, por ser uma fonte inesgotável de energia, o uso da radiação
sólar como fonte energética ainda é pouco significativo.

Pode ser aproveitada para a produção de energia elétrica fotovoltaica ou térmica, usada no
aquecimento de águas e espaços físicos.
A produção de energia fotovoltaica não causa poluição, pois não ocorre a libertação de gases
ou outros poluentes nocivos para o ambiente. Contudo, a conversão de energia solar em
elétrica é pouco rentável obrigando à aquisição de equipamentos dispendiosos e ocupando
por vezes grandes áreas com painéis solares, podendo apresentar assim impactes ambientais
paralelos.

 Energia eólica

Corresponde, em certa medida, a uma forma de energia solar.


Quando o sol aquece as massas de ar estas modificam a sua T e P. A presença
de massas de ar com diferentes pressões provoca a sua deslocação, originando
o vento.

A energia eólica é uma fonte inesgotável de energia, pois depende apenas da


energia solar (inesgotável).
Não produz gases com efeito de estufa nem resíduos.
A instalação de parques eólicos permite manter o uso original do solo,

Desvantagens:
 Ruido gerado pelas pás;
 Impacto visual dos aerogeradores que tendem a localizar-se nos cumes montanhosos;
 Aumento do número de aves e morcegos mortos, que chocam com as pás giratórias

Para minimizar estes impactes, contruíram-se parques eólicos fora das rotas migratórias e optou-se pela instalação de
tecnologias mais recentes que permitem aumentar a eficiência de produção de energia e diminuir o ruido.

 Energia hídrica
Depende do sol e provoca o aquecimento da água e a sua evaporação, formando, massas de ar húmido que se deslocam.

Por efeito da gravidade ocorre a precipitação sob a forma de chuva ou neve.


A água que escoa ao longo dos cursos de água pode ser aproveitada para produzir
energia. A energia hídrica é renovável pois depende apenas do ciclo hidrológico.

As barragens criam reservas de água, que é turbinada quando transportada para


cotas inferiores. Este processo permite converter a energia gerada na deslocação
em energia elétrica.

Esta forma de produção de energia não produz gases com efeito de estufa e permite
aumentar a independência energética do país.

Impactes ambientais: afetam a dinâmica dos rios, impedindo:


 A migração de muitas espécies fluviais;
 O transporte de sedimentos.

 Energia da Biomassa

Biomassa- todo o material orgânico cuja combustão permite produzir calor que
pode ser convertido em energia. Inclui produtos:
 Sólidos- formados a partir dos resíduos animais e vegetais recolhidos da
agricultura ou obtidos em ambientes naturais como as florestas;
 Líquidos- incluem o etanol (obtido por fermentação de resíduos de biomassa
muito ricos em hidratos de carbono como a cana-de-açúcar) e o metano;
 Gasosos- originam-se a partir das águas residuais (agropecuárias, industriais e
urbanas) e nos aterros dos resíduos sólidos urbanos, em que o material é
decomposto por microrganismos que produzem gases (principalmente metano)
que podem ser queimados e usados para a produção de energia.

A produção de energia a partir da biomassa liberta gases com efeito de estufa, porem esta emissão é particamente nula, devido ao
facto da biomassa que foi queimada ser novamente reposta pelo processo fotossintético, nos ecossistemas naturais.

Contudo, quando grandes áreas naturais são desflorestadas para produzir biomassa, afeta o ciclo de carbono.

O uso da biomassa tem permitido aproveitar recursos energéticos que eram desperdiçados. No entanto o crescimento das áreas
agrícolas especificamente destinadas ao cultivo de plantas para a produção de combustíveis (etanol e biodiesel) levou a um aumento do preço das
matérias primas, por exemplo o milho, pois é uma planta essencial para a produção de muitos géneros alimentares e alimentação de vários
animais.

Impacte do Homem no clima global


A emissão de gases resultantes da queima de combustiveis fosseis tem vindo a provocar o aumento da T média global, em
resultado da intensificação do efeito de estufa.

Exploração dos recursos e desenvolvimento sustentável

O conceito de desenvolvimento sustentável está associado à exploração sustentada dos recursos. Estes conceitos foram
criados com o objetivo de assegurar uma melhor qualidade de vida para todos os indivíduos, das atuais e futuras gerações.

Exploração sustentada – exploração equilibrada de recursos geológicos de acordo com as melhores praticas ambientais,
procurando reduzir a quantidade de recursos explorados e de resíduos produzidos.
Para alcançar o desenvolvimento sustentável:

 Permitir um crescimento económico que assegure prosperidade e


acesso as bens e produtos diversificados;
 Assegurar uma justiça social que assegure a melhoria global da
qualidade de vida;
 Respeitar os valores ambientais e proteger os ecossistemas, numa
ótica de sustentabilidade.

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