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1.

INTRODUÇÃO
O nosso trabalho tem como objectivo de decretar-mos sobre acção geológicas das
águas subterrâneas. Visto que, pelas pesquisas que fizemos encontramos vários subtemas
tais como: definição das águas subterrâneas, suaoriondidade, formação de aquíferos,
porosidade e permeabilidade etc. Antes de começarmos a debruçar sobre o nosso tema,
primeiramente achamos conveniente definirmos águas subterrâneas. Águas subterrâneas:
é toda água que ocupa os vazios em formações rochosas ou no solo.

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2. ACÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
A água: é a capacidade de um conjunto de processos que pode causar modificações
nos materiais terrestres, transformando minerais, rochas e feições terrestres. A água pode
ser encontrada em 3 estados físicos: liquido, sólido, vapor. Vento é causado pelo
movimento das massas de ar.
A zona de ocorrência da água subterrânea é principalmente, por meio de reacções
de intemperismo químico. Juntamente as águas subterrâneas com as águas superficiais
são principais agentes geomórfico da superfície da terra. Água subterrânea é provocada
por saturação, em água de material inconsolidado devido á subida do nível freático após
chuva intensa.
A água subterrânea participa de um conjunto de processos geológicos que
modificam os matérias terrestres transformando minerais rochas e paisagens.
Acções geomórficas são interacções externas do planeta terra onde ocorre a
modificação ou transformação do relevo devido a acção das águas subterrâneas com a
interacção obtida por processos de pedogénese, solefluxão e a erosão interna ou
solapamento, rastejamento, escorregamento e deslizamento.
Rastejamento é o movimento mais lento do solo com a velocidade de
deslocamento do solo inferior de 0,3 m/ano, geralmente não há a presença de água, o
vector principal é a forca de gravidade. Tanto os processos de rastejamento,
escorregamento ou de deslizamento são processos naturais que auxiliam na evolução das
paisagens e na modificação de vertentes. Mais esses processos são capazes de
ocasionarem desastres através de acções naturais ou antrópicas.
Boçorocas ou voçorocas
O significado etimológico do termo boçoroca provem do Tupi-Guarani que quer
dizer terra rasgada ou rompida. Originam-se de ravinas pela erosão linear, são formadas
pela acção erosiva dos escoamentos superficiais concentrados em linhas.
Boçorocas: são sulcos e corte, em forma de U gerados pela erosão linear, é
provocada pela actuação de água subterrânea e pelas alterações ambientais.
Cortes: são instalações de relevo cársico, cavernas condutas freáticos, e colinas é
produzido pela acção da água subterrânea ao dissolver rochas solúveis fracturadas
(calcários, dolomites, mármores. Os sulcos e ravinas, formadas pelo escoamento de água
superficial formam vales fluviais em volume e evoluem, para boçorocas quando ocorre o
afloramento do nível freático no fundo da ravina. Os processos de solapamento por
actuação de água subterrânea instabilizam vertentes e provoca o recuo das paredes
carregando material em profundidade e formando vazios no interior do solo.
Ravinas: é a remoção do solo por canais visíveis ou caneletas muito pequenas,
mais bem definidas onde há concentração do fluxo sobre o solo.
Factores que ocasionam boçorocas na evolução de sulcos:
• Desmatamento generalizado com o retirado da cobertura vegetal.
• Erros no manejo agrícola e pecuário do solo.

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• Relação entre a excessiva utilização das águas subterrâneas e as alterações dos
ecossistemas e provavelmente do clima.
A água contaminada, o saneamento desadequado e a falta de condições de higiene,
são apontados como o grande responsável duma grande parte das doenças dos países em
desenvolvimento (hepatites, cólera...), pela morte de milhares de crianças por dia, pela
degradação da paisagem e pela perturbação dos ecossistemas.
Esta degradação contribui para cada vez existir mais secas, erosão de solos e
desertificação, com consequências económicas e ambientais. A degradação dos solos,
secas e inundações adicionado à má organização de muitos países, são as principais
causas do flagelo da fome.
As zonas costeiras, onde se concentra a maior parte da população mundial, e em
particular as zonas estuarinas, estão hoje também ameaçadas pelo crescimento
demográfico e pela concentração urbana e industrial nessas zonas.
A sobre exploração de recursos marinhos, os acidentes petroleiros e em centrais
nucleares, com consequente perda da qualidade das águas (devido ao aumento da
concentração dos teores em sais, tóxicos solúveis e contaminantes microbiológicos), têm
afectado a sobrevivência de determinadas espécies, do ecossistema marinho e da própria
actividade pesqueira, não estando assegurada a sustentabilidade do actual ritmo de pesca
mundial.
A utilização excessiva das águas subterrâneas para beber e para efeitos de irrigação
causou descidas do nível das águas da ordem das dezenas de metros, contribuindo para a
diminuição da sua qualidade.
As alterações climáticas globais, intensificadas nas últimas décadas (principalmente
causadas pela actividade humana), irão potenciar a intensidade das situações de escassez
e de carência de água, devido à alteração do padrão de distribuição da precipitação, quer
pela diminuição da quantidade disponível, quer pela degradação da qualidade existente,
com impactes significativos sobre a agricultura, entre outras actividades económicas.
As águas subterrâneas são as reservas de água doce mais sensíveis e importantes
de União Europeia, pois são um recurso natural valioso e, sobretudo, a principal fonte do
abastecimento público de água potável.
Há dois séculos atrás as reservas de água potável pareciam inesgotáveis, a nível das
águas superficiais, mas o mais grave é que mesmo as próprias águas subterrâneas estão
em vias de serem contaminadas ou esgotadas em muitos locais da Terra.
Os problemas aparecem quando existe um aumento de população, avanços
tecnológicos que permitem o acesso a elevadas quantidades de água, provocando o
consumo e a poluição dos recursos hídricos, entre outras coisas. Por vezes, parte da água
utilizada para os mais diversos fins (irrigação, indústria, usos domésticos…) é a água
contida em toalhas ou lençóis subterrâneas, havendo uma forte captação de água
subterrânea. Com isto, as águas subterrâneas devem ser protegidas, para uma utilização
de abastecimento de águas destinadas ao consumo do homem.

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A água subterrânea tende a ser doce e limpa, porque a circulação subterrânea tende
a purificar a água de partículas e microrganismos contaminantes. No entanto, às vezes
eles atinjam o aquífero pela actividade humana, como a construção de fossas sépticas ou
a agricultura. Por outro lado, a contaminação pode ser devido a fatores naturais, se os
aquíferos são muito ricos em sais dissolvidos ou erosão natural de certas formações
rochosas.
Contaminação das águas subterrâneas pode permanecer por longos períodos de
tempo. Isto é devido à baixa taxa de rotação e tempos de residência longos, como as águas
subterrâneas não é facilmente aplicar os processos de purificação como os artificiais que
pode ser aplicada à superfície de depósitos, por causa da sua inacessibilidade.
Se as áreas locais de contaminação pode ser realizado aquífero técnica de reparação
por bombagem e tratamento, que envolve a remoção de água do aquífero, tratamento
químico, e injectadas de novo no aquífero.
Entre as causas antropogénicas (provocadas pelo homem), devido à poluição são
infiltração de nitratos e outros fertilizantes químicos altamente solúveis utilizados na
agricultura. Estes são muitas vezes uma das principais causas da poluição nas planícies
fornece alta produtividade agrícola e densa população.
Outras fontes de poluição são as descargas de fábricas, produtos agrícolas e
produtos químicos utilizados pelas pessoas em suas casas e quintais. Contaminantes
também podem vir de tanques de armazenamento de água, fossas sépticas, sites de
resíduos perigosos e aterros sanitários. Atualmente, poluentes das águas subterrâneas de
maior preocupação (?) São compostos orgânicos industriais, tais como solventes,
pesticidas, tintas, vernizes, ou combustíveis, como a gasolina.
Quanto aos adubos químicos, os nitratos são de maior preocupação. Estes são
originários de diferentes fontes: a aplicação de fertilizantes, fossas sépticas que não têm
um bom desempenho, as bacias de retenção de resíduos sólidos não impermeabilizados
abaixo e infiltração de águas residuais ou água tratada.
Envenenamento por nitrato é perigoso em crianças. Em níveis elevados podem
limitar a capacidade do sangue para transportar oxigénio, causando asfixia em recém-
nascidos. No trato digestivo é reduzida de nitratos produção de nitritos, que são
cancerígenos.
As águas subterrâneas em zonas costeiras podem ser contaminados por intrusão
de água salgada (intrusão salina), quando a taxa de extração é muito alto. Isso faz com
que a água do mar para penetrar nos aquíferos de água doce.
Este problema pode ser tratado com as mudanças no local de escavação de poços
ou outras para manter a água longe do sal aquífero de água doce. Em qualquer caso,
enquanto captação exceda recarga por água fresca, água salgada contaminação permanece
uma possibilidade.

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Um exemplo de contaminação das águas subterrâneas, é apresentada na parte
inferior do vale do Ganges. Há um caso grave de contaminação por arsênico está causando
dezenas de intoxicações crônica de milhões de pessoas, sem esperança, até agora dada.
A causa desta poluição é a combinação de um factor antropogénico, a poluição
biológica associada ao aumento da irrigação e um factor natural. A estirpe bacteriana do
solo arsênico lançado anteriormente permaneceu presa na rocha devido às novas
condições.
As áreas de recarga de aquíferos são particularmente sensíveis do ponto de vista da
poluição da água como as substâncias poluentes, uma vez que entra em aquíferos
permanecer ali por períodos muito longos. Algumas actividades humanas são
particularmente implícitos certos perigos da poluição. A tabela a seguir apresenta algumas
atividades perigosas em áreas de recarga.

2.1 AS VANTAGENS DAS AGUAS SUBTERRÂNEA


Cerca de 97% da água doce disponível para uso da humanidade encontra-se no
subsolo, na forma de água subterrânea. No entanto, pelo fato de ser um recurso invisível,
a grande maioria das pessoas, incluindo governantes e políticos, nunca a levam em
consideração quando falam em água.
É comum encontrarmos ambientalistas militantes que, por conhecerem muito
pouco este recurso, têm diminuído sua intervenção social. Na literatura sobre meio
ambiente utilizada no ensino brasileiro, verificamos que a água subterrânea ocupa um
espaço muito pequeno, ficando a ênfase maior com as águas superficiais.
No entanto, grandes cidades brasileiras já são abastecidas, total ou parcialmente,
por água subterrânea. No Estado de São Paulo estima-se que 75% das cidades são
abastecidas por poços.
Ribeirão Preto é um bom exemplo de uma grande cidade onde a água subterrânea
tem sido bem gerenciada, garantindo o abastecimento de toda a população com uma água
de ótima qualidade. Nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul, 90% das cidades são
abastecidas por águas subterrâneas.
Apontamos as seguintes vantagens das águas subterrâneas em relação às águas
superficiais:
• São mais protegidas da poluição;
• O custo de sua captação e distribuição é muito mais barato. A captação pode ser
próxima da área consumidora, o que torna mais barato o processo de distribuição;
• Em geral não precisam de nenhum tratamento, o que, além de ser uma grande
vantagem econômica, é melhor para a saúde humana;
• Permitem um planeamento modular na oferta de água à população, isto é, mais
poços podem ser perfurados à medida que aumente a necessidade, dispensando
grandes investimentos de capital de uma única vez.

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Obviamente que a água subterrânea, apesar de muito importante, não é suficiente para
abastecer grandes centros populacionais, situados em áreas de aquíferos pobres, como é
o caso do Rio de Janeiro. No entanto, é um complemento importante à água superficial.
Poucos sabem, mas, mesmo na cidade do Rio de Janeiro, há muitas indústrias que só usam
água subterrânea.
Nas duas últimas décadas houve um grande crescimento do uso deste recurso no
Brasil, mas estamos longe dos níveis de uso e gerenciamento alcançados pelos países da
Europa e os Estados Unidos.

2.2 CONCEITOS E PRECONCEITOS


Se a água subterrânea é tão importante, por que é tão desconhecida e ignorada?
Como é um recurso que não pode ser visto, só o conhecimento científico de sua
ocorrência pode nos capacitar a formar em nossa mente uma imagem de sua existência
real e de suas características físicas e químicas.
A primeira grande dificuldade com que nos deparamos é com o falso conceito de
que as rochas, por serem sólidas, não conseguem armazenar tanta água. É difícil, num
primeiro momento, acostumar-se à idéia de que estamos sobre uma grande esponja
rochosa cheia de água.
Por isto é muito comum ouvirmos falar em "rios subterrâneos". Nos livros
didáticos, não é raro a água subterrânea ser apresentada como uma massa em fluxo
contínuo como se fosse um rio. Este erro decorre da dificuldade de pensar o fluxo
subterrâneo como sendo em meio poroso ou fraturado.
Para entender a água subterrânea, o primeiro passo é compreender que as rochas,
apesar de sólidas, são mais ou menos porosas ou fraturadas e é aí que se acumula a água.
Imagine um balde cheio de areia seca. Se colocarmos água ela vai sumir? Não, vai se
acumular nos espaços existentes entre os grãos.
O mesmo acontece com as rochas. A água que se infiltra vai se acumular nos
espaços abertos encontrados nas rochas ou nos solos. Apesar das rochas não serem tão
porosas, como a areia solta, grandes volumes de rochas podem armazenar grandes
volumes de água.
A quantidade de água capaz de ser armazenada pelas rochas e pelos materiais não
consolidados em geral (solos e sedimentos) vai depender da porosidade, da comunicação
destes poros entre si, ou da quantidade e tamanho das aberturas de fraturas existentes.
As rochas e os materiais não consolidados, dependendo de sua origem e
características intrínsecas, podem apresentar porosidades bem distintas, indo do
impermeável até 30%, ou mais, em alguns casos.
Porém, apresenta as seguintes desvantagens:
- Avaliação e explotação: por estarem no subsolo, é um recurso natural de difícil acesso
e de avaliação complexa;

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- Meio ambiente: embora estejam disponíveis técnicas eficientes de remediação quando
ocorre perda de qualidade por poluição antrópica, esses processos são longos e onerosos;
- Eventos críticos: uma explotação inadequada envolvendo um grande volume de água
bombeada pode causar acomodações, sismos ou até afundamentos do terreno;
- Limitações de uso: a baixa velocidade de circulação em determinadas rochas formadas
por minerais mais reativos pode elevar bastante o conteúdo salino dessas águas, o que
traz limitações de uso e aumento de custo, em alguns casos;
- Recursos humanos: há falta de pessoal técnico especializado para atuação no setor.

2.3 TIPOS DE POÇOS


Poços em rochas cristalinas fracturada (análise de alimentos-fotos-aéreas).
Poços em rocha sedimentar (análise do nível freático da região).
Nem toda água que esta em baixo da terra é considerada como água subterrânea
por haver uma distinção daquela que ocupa o lençol freático que é chamado de água do
solo, e tem maior interesse para agronomia e botânica. No maciço rochoso ou em solo
argiloso pode servir de leito para as águas subterrâneas, pois permitem que ela se acumule
e elimine todos os espaços vazios.
No geral as águas subterrâneas são armazenadas ou em rochas sedimentares
porosas e permeáveis ou em rochas não porosas mas fracturadas. As fracturas geram
efeito físico similar ao da permeabilidade no caso menos frequente é o das rochas
calcárias, nas quais até mesmo a baixo acidez das águas da chuva é capaz de abrir
verdadeiros túneis, por onde fluía água subterrânea.
A maior reserva da água doce do mundo se encontra nas «geleiras» quase 70%
seguida pela existente no subsolo. Quase 30% representando esta ultima cerca de 90% do
total de água doce disponível para o consumo humano. Uma das maiores reservas de
águas subterrâneas do mundo é o famoso «Aquíferos Guarani» que ocupa o subsolo do
nordeste da Argentina.
2.4 TIPOS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
Freático: é não saturada, fica nas proximidades da superfície e as águas ficam
contaminadas. Artesiano: saturado, afastado da superfície.
2.4.2 ORIONDIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
É originada predominantemente da infiltração das águas das chuvas.
Muitos dos conhecimentos que se tem sobre as águas subterrâneas resultam do
acumular de observações e experiências feitas ao longo dos séculos. Para os antigos
gregos, há 2500 anos, as águas do mar que se introduzia nas rochas e se dessalinizava.
O arquiteto romano, Marcus vitruvius, escreveu um tratado sobre aquedutos e
fornecimento de água, foi o primeiro a admitir que a água subterrânea resultava da chuva.

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A infiltração é o processo mais importante de recarga da água no subsolo.A
recarga depende:
• Tipo de rocha e solo (porosidade e permeabilidade).
• Cobertura vegetal (favorece a infiltração pelas raízes das plantas).
• Topografia (superfícies planas favorecem a infiltração pelas raízes das plantas).
• Precipitação (chuvas, regulares favorecem a infiltração).
• Ocupação do solo (áreas urbanizadas e rurais tem menor infiltração).
Esta afirmação só foi confirmada numa base quantitativa no século XVII pelo físico
francês Pierre Peralta, que estabeleceu a relação entre a pluviosidade e a água da bacia do
Sena. Hoje todos aceitam que a chuva é a principal fonte das águas subterrâneas.
A infiltração da água no solo em condições exploráveis pode atingir a profundidade
de 750 metro. Abaixo dessa profundidade a água diminui e a sua exploração torna-se
economicamente difícil. Na península de Kola, cientistas russos encontraram água á
profundidade de 11 km.

2.4.3 FORMAÇÃO DE AQUÍFEROS


São formados quando a água proveniente de precipitações infiltra-se no solo e fica
armazenada em camadas de areia. A formação se é dada pela infiltração. Os aquíferos são
um dos diversos tipos de reservatório existentes no planeta, nele estão contidas cerca de
97% da água própria para o consumo humano. Esse tipo de reservatório deixa a água livre
de impurezas e partículas do solo.
Essa mesma água passa por diversas camadas do solo e pedra antes de ficar
armazenada no aquífero. A água existente nestes reservatórios, a qual retiramos do
subsolo através de poços ou fontes que brotam naturalmente da terra, é chamada de
mineral. Os minerais contidos nessa água são retirados das rochas quando a mesma se
infiltra no solo a grandes profundidades. Sendo assim, a composição da agues
subterrâneas é diferente da água dos rios e lagos.
A água subterrânea que fica no subsolo faz parte da fonte essencial sobre a
umidade do solo. Ele desempenha papel importante na regularização dos fluxos fluviais,
ou seja, atua na manutenção dos rios durante as estiagens mais prolongadas. Isso nos
mostra a relação entre a água subterrânea e a água dos rios.
Aquíferos são reservatórios de água subterrânea. Ou formações geológicas que
armazenam água. As unidades litológicas que apesar de saturadas têm pouca
permeabilidade são os aquíferos.

Ex: de bons aquíferos (sedes inconsolidados, arenitos conglomerados, calcários cársicos,


ígneas e metamórfica com alto grau de facturamento).
Encontramos alguns aquíferos tais como:
• Aquíferos livres.

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• Aquíferos suspensos.
• Aquíferos confinados.
Aquíferos livres: são aqueles cujo topo é demarcado pelo nível freático, estando em
contacto com atmosfera. Normalmente ocorrem com pouco profundidade.
Ou seja, são demarcados por uma camada permeável (acima do nível freático) e
por uma camada impermeável. Deste modo a pressão que a água exerce no nível freático
é igual à pressão atmosférica. Assim a recarga é feita no próprio local, em toda a extensão
da formação – recarga directa.
As formações geológicas portadoras de água sobrepostas por camadas
impermeáveis são denominadas aquíferos confinados. Assim, a entrada de água no
aquífero é feita, não por cima, mas lateralmente às camadas impermeáveis. Logo, a
pressão exercida pela água na superfície do aquífero vai ser maior que a exercida pela
atmosfera.
O seu reabastecimento ou recarga, através das chuvas, dá-se somente nos locais
onde a formação aflora à superfície. Neles o nível hidrostático encontra-se sob pressão,
causando artesianismo nos poços que captam suas águas. Os aquíferos confinados têm a
chamada recarga indirecta.
Se efectuarmos furos nestes dois tipos de aquíferos verificamos que:
No furo do aquífero confinado a água subirá acima do teto do aquífero devido à pressão
exercida pelo peso das camadas confinantes sobrejacentes. A altura a que a água sobe
chama-se nível piezométrico e o furo é artesiano. Se a água atingir a superfície do
terreno sob a forma de repuxo então o furo artesiano é repuxante.
No furo do aquífero livre o nível da água não sobe e corresponde ao nível da água no
aquífero pois a água está à mesma pressão que a pressão atmosférica. O nível da água
designa-se por nível freático.
Se as formações geológicas não são aquíferas então podem ser definidas como:

Aquitardo: Formação geológica que pode armazenar água mas que a transmite
lentamente não sendo rentável o seu aproveitamento a partir de poços.
Aquicludo: Formação geológica que pode armazenar água, mas não a transmite (a
água não circula).
Aquífugo: Formação geológica impermeável que não armazena nem transmite água

O nível da água nos aquíferos não é estático e varia com:


· A precipitação ocorrida;
· A extracção de água subterrânea;
· Os efeitos de maré nos aquíferos costeiros;
· A variação súbita da pressão atmosférica, principalmente no Inverno;

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· As alterações do regime de escoamento de rios influentes (que recarregam os
aquíferos);
· A evapotranspiração, etc.

2.4.4 Porosidade e Permeabilidade


A porosidade e a permeabilidade são propriedades do máximo interesse, sob o
ponto de vista prático, principalmente quando se pretende explorar um fluido que
preenche os espaços intersticiais de uma rocha.
Estes espaços podem estar preenchidos por gases, água ou petróleo.
Todas as rochas permeáveis podem ser porosas, mas nem todas as rochas porosas
são permeáveis, em virtude de os poros não comunicarem entre si ou de serem de tamanho
tão pequeno que não permitam a passagem do fluido. Por exemplo, o calcário deixa de
ser impermeável à água à medida que são maiores e mais numerosos os seus poros.
Em prospeção de águas subterrâneas ou de petróleo, o ideal será uma rocha que
tenha grande permeabilidade, pois, assim, o líquido que a impregna pode chegar mais
facilmente ao poço ou tubo de sondagem através dos quais se procura explorar.
A porosidade: corresponde aos espaços vazios existentes no interior da rocha. Ou
seja, é a propriedade física definida pela relação entre o volume de poros e o volume total
de um material. É expressa em percentagem e é traduzida pela relação existente entre o
volume de vazios (poros) e o volume total da rocha considerada.
O volume máximo de água que um dado volume de rocha pode conter depende da
porosidade do material. Uma rocha muito porosa pode conter muito mais água que uma
rocha pouco porosa. As rochas sedimentares são geralmente muito porosas, variando a
porosidade entre 20% em algumas areias e cascalhos e 50% em algumas argilas.
O tamanho das rochas sedimentares, a forma das partículas e a sua capacidade
afectam a porosidade. Se os detritos acabarem por ser consolidados, a porosidade também
é afectada.
Contraste na porosidade dos sedimentos:
• A percentagem de 32% é razoável numa rocha deste tipo.
• Quando pequenos detritos ocupam os espaços anteriores a porosidade desce para
15%.
• A cimentação dos detritos diminui ainda mais a porosidade.
2.6 MOVIMENTO DA ÁGUA NA ZONA DE AERAÇÃO
Zona de aeração - geralmente localizada a profundidades reduzidas, em que os
espaços vazios se encontram insaturados com água. A água encontra-se na superfície dos
grãos. Esta zona é essencial para a existência de diversos organismos, nomeadamente
plantas, que realizam trocas gasosas entre as raízes e os gases aí presentes nesta zona de
aeração.
O solo onde cai a água da chuva contém, em geral partículas de argila resultantes
da meteorização das rochas. Podem apresentar cobertura vegetal, pelo que esta zona pode

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ser menos permeável que a zona subjacente, parte da água que cai no solo evapora-se e
parte da que se infiltra é captada pelas plantas, libertando-se por transpiração.
A porção superior da zona da aeração que pode ter de 1 a 3m de espessura
denomina-se zona de evapotranspiração. Uma zona que recebe o excesso de água da zona
de evapotranspiração, quando esta tiver os seus espaços saturados de água.
A água contida nesta zona intermédia deixa de estar disponível para
evapotranspiração, antes de atingir a zona de saturação, limitada superiormente pelo nível
freático, a água infiltrada atravessa uma zona denominada franja capilar ou zona capilar,
cujo teor em água varia entre a saturação e o valor do teor de água na zona intermédia.
Esta zona recebe água por capilaridade da zona de saturação.
A quantidade de água que ascende por capilaridade depende do tipo de terreno. É
muito pouco significativo nos terrenos arenosos grosseiros e elevada nos terrenos
argilosos.
2.6.1 MOVIMENTO DA ÁGUA NA ZONA DE SATURAÇÃO
Zona de saturação, ou zona freática, é a parte de um aquífero, abaixo do lençol
freático, em que a maioria dos poros e fracturas de encontram saturados com água (sendo
neste sentido o posto à zona vadosa).
A espessura, profundidade e configuração da zona freática variam em função da
recarga e da extracção de água, reflectindo em geral as variações sazonais na
disponibilidade de água. Nas aplicações dos campos das ciências físico-químicas, a
designação zona de saturação é aplicada às áreas em que determinadas substâncias se
encontram em equilíbrio.
O movimento da água na zona de saturação denomina-se percolação. É
semelhante a corrente que atravessa uma esponja saturada de água quando é ligeiramente
comprimida, a forca de gravidade suplanta a energia de percolação da água, acabando
esta por formar aquíferos em contacto com rochas impermeáveis.
MODELADO CÁRSICO
O tipo de paisagem a que em geologia se chama “modelado cársico” refere-se a
uma região onde a rocha predominante (pelo menos no caso do nosso país) é o calcário.
Nestas regiões, a água da chuva reage com o calcário, dissolve-o e acaba por esculpir
formações que podem ser de grande beleza, como as grutas, por exemplo. Vejamos como.
O calcário, como já estudaste aquando da formação das rochas sedimentares, é
uma rocha constituída por calcite, um mineral que é muito susceptível a reagir
quimicamente com os ácidos. Em dias de chuva, a água pode combinar-se com o dióxido
de carbono da atmosfera e forma-se ácido carbónico, que acaba por tornar a água da chuva
ligeiramente ácida.

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A àgua à medida que vai caindo vai dissolvendo a rocha e abre fendas. Quanto
mais as fendas se desenvolvem, mais fundo a água vai chegando e mais dissolve. Com o
tempo, podem formar-se grutas subterrâneas e grandes poços por onde podem
desaparecer rios inteiros.

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3.CONCLUSÃO
Chegamos a conclusão que as águas subterrâneas ocupam os espaços vazios do
subsolo, e é de grande benefício para o enriquecimento da crosta terrestre. Conhecer a
água subterrânea será a única forma de termos consciência da importância de sua
preservação. Isto nos capacitará a não permitir que se faça com ela o que tem sido feito
com nossos rios, transformados em esgotos a céu aberto.

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4.BIBLIOGRAFIA
ÂNGELO, Moque M., Livro de Geologia da 12ª Classe, Voto Editora, Lisboa,
2005
GOUVEIA, J.; Dias, A. Geologia 12º ano; Areal Editores, Porto. 1995
ANTUNES, J. Geografia, Plátano Editora, Lisboa; 2001
PRESS, Frank; SIEVER, Raymond; GROTZINGER, John; JORDAN, Thomas H.
Para entender a Terra; 4ª ed. Porto Alegre: Bookman. 2006.

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