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UNIVERSIDADE A POLITÉCNICA

DEPARTAMENTO DE

Disciplina:
Problematica ambiental
Tema: Conservação e uso racional da água / recuros
hídricos

DISCENTE: DOCENTE :
Patrick Humberto Pereira Prof. Bento Cambula

Maputo, 02 setembro de 2020


Recursos hídricos
Recursos hídricos são as águas superficiais ou subterrâneas disponíveis para qualquer
tipo de uso de região ou bacias.
As águas subterrâneas são os principais reservatórios de água doce disponíveis para os
seres humanos (aproximadamente 60% da população mundial tem como principal fonte
de água os lençóis freáticos ou subterrâneos).
No âmbito do desenvolvimento sustentável, o manejo sustentável dos recursos hídricos
compreende as ações que visam garantir os padrões de qualidade e quantidade
da água dentro da sua unidade de conservação, a bacia hidrográfica.
É atualmente aceito o conceito de gestão integrada dos recursos hídricos como
paradigma de gestão da água. Quase todos os países já adotaram uma "legislação das
águas" dentro da disciplina de Direito Ambiental. No Brasil é a Lei 9.433/97 também
denominada Lei das Águas.
procurar este conceito e dar relevância à necessidade de integrar a gestão da água em
função dos seus diferentes tipos de uso: (irrigação, abastecimento, energia hidráulica,
controle de enchentes, piscicultura, lazer e outros) das diferentes dimensões de
conhecimento que estão envolvidas, dos diferentes tipos de instituições. Pressupõe a
valorização da água em função da sua natureza renovável e fluida.
As ações a desenvolver no âmbito da gestão das águas podem ser de diferentes tipos:

 Preventivas ou corretivas;
 Pontuais ou distribuídas;
 Educativas e legislativas.

Águas superficiais:
As águas superficiais são representadas pelas drenagens e rios que coletam as águas
pluviais, originadas pelas chuvas, também denominadas águas freáticas.

Em hidrologia, a ciência que estuda as águas superficiais, é bem conhecida a equação


denominada balanço hídrico. Esta contabilidade representa a quantidade de chuva de
uma determinada região, que representa a disponibilidade hídrica, subtraída das águas
que sofrem infiltração nos solos e/ou evapotranspiração.

As águas que sofrem escoamento superficial, denominado “run off” representam as


reservas hídricas superficiais disponíveis. As águas superficiais das bacias e sub-bacias
hidrográficas, atualmente são gerenciadas pelos comitês de bacias hidrográficas e se
destinam prioritariamente às necessidades do consumo humano, servindo para
finalidades agrícolas e industriais posteriormente.

Conforme as características físicas dos solos e rochas subjacentes da bacia hidrográfica


considerada, temos a interação entre os rios e os lençóis freáticos ou subterrâneos
adjacentes. Considerando principalmente a variável permeabilidade, que é a capacidade
das águas de migrarem em um determinado meio e medida em cm/s, temos os regimes
fluviais.

Em geral, na estação quente as águas migram dos rios para o interior dos solos e das
rochas, caracterizando o regime influente. Dependendo das demais variáveis,
evidentemente.

Nas estações de alta pluviosidade, as águas tendem a realimentar os rios a partir dos
solos e rochas, constituindo o denominado regime efluente.

Este fenômeno comprova mais uma vez a complexidade e a inter-relação de todas as


variáveis dos meios físico, biológico e antrópico, pois a água com suas características de
solvente universal, é o grande promotor das disseminações da poluição, através de
ocorrências conhecidas como plumas de contaminação.

Águas subterrâneas:
As águas subterrâneas: são os principais reservatórios de água doce disponíveis para
os seres humanos (aproximadamente 60% da população mundial tem como principal
fonte de água os lençóis freáticos ou subterrâneos).
Água subterrânea é toda a água que ocorre abaixo da superfície da Terra, preenchendo
os poros ou vazios intergranulares das rochas sedimentares, ou as fraturas, falhas e
fissuras das rochas compactas, e que sendo submetida a duas forças (de adesão e de
gravidade) desempenha um papel essencial na manutenção da umidade do solo, do
fluxo dos rios, lagos e brejos. As águas subterrâneas cumprem uma fase do ciclo
hidrológico, uma vez que constituem uma parcela da água precipitada.

Após a precipitação, parte das águas que atinge o solo se infiltra e percola no interior do
subsolo, durante períodos de tempo extremamente variáveis, decorrentes de muitos
fatores:

 porosidade do subsolo: a presença de argila no solo diminui sua permeabilidade,


não permitindo uma grande infiltração;
 cobertura vegetal: um solo coberto por vegetação é mais permeável do que um
solo desmatado;
 inclinação do terreno: em declividades acentuadas a água corre mais
rapidamente, diminuindo a possibilidade de infiltração;
 tipo de chuva: chuvas intensas saturam rapidamente o solo, ao passo que chuvas
finas e demoradas têm mais tempo para se infiltrarem.

Durante a infiltração, uma parcela da água sob a ação da força de adesão ou de


capilaridade fica retida nas regiões mais próximas da superfície do solo, constituindo a
zona não saturada. Outra parcela, sob a ação da gravidade, atinge as zonas mais
profundas do subsolo, constituindo a zona saturada

A imagem ilustrada abaixo representa a: CARACTERIZAÇÃO ESQUEMÁTICA


DAS ZONAS NÃO SATURADA E SATURADA NO SUBSOLO
Qualidade das Águas subterrâneas
Durante o percurso no qual a água percola entre os poros do subsolo e das rochas,
ocorre a depuração da mesma através de uma série de processos físico-químicos (troca
iônica, decaimento radioativo, remoção de sólidos em suspensão, neutralização de pH
em meio poroso, entre outros) e bacteriológicos (eliminação de micro-organismos
devido à ausência de nutrientes e oxigênio que os viabilizem) que agindo sobre a água,
modificam as suas características adquiridas anteriormente, tornando-a particularmente
mais adequada ao consumo humano.

Conservação da Águas
Preservar o ciclo vital da água é preservar a natureza. Em muitas regiões da terra, o
ciclo natural vem sofrendo muitas alterações.

As principais ações para preservar a água são:

 Proteger os mananciais
 Reflorestar as margens dos rios
 Evitar desperdício
 Utilizar de forma consciente
 Tratar os esgotos

Os intensos desmatamentos fazem com que a água precipitada em forma de chuva


escorra mais rapidamente, reduzindo a infiltração no solo e a sustentação dos cursos
d'água. Isto acaba levando ao desaparecimento no período de estiagem (seca).

A impermeabilização do solo das cidades, intensificada pelo uso do asfalto, cimento e


calçamento, reduz a infiltração da água, deixando também de abastecer os cursos
subterrâneos. Muitas cidades precisam dessa água, retirada com a perfuração de poços
para atender as suas necessidades.
A conservação dos rios é muito importante, pois preserva grande parte da vida. Muitas
cidades são formadas próximas a rios. As águas fluviais servem para abastecimento,
alimento, uso doméstico, irrigação, produção industrial, fonte de energia, e meio de
transporte.

Existem algumas formas de resolver esse problema, entre elas, a construção de represas,
lagos, açudes, canais ou desvios dos cursos dos rios, beneficiando as áreas secas. Existe,
ainda, a possibilidade de transformar água salgada em água doce pelo processo de
dessalinização.

Importância da conservação da água:


A importância da água pode ser demonstrada por:

 Permitir a sobrevivência dos seres vivos


 Equilibrar e conservar a biodiversidade
 Regular o clima do planeta

A importância da água do planeta é de tamanha proporção, posto que é um elemento


essencial para a sobrevivência de animais e vegetais na Terra, além de fazer parte de
inúmeras atividades dos seres humanos.

A água está relacionada não só com o surgimento de vida na Terra, mas também com a
sua evolução.

Quando o planeta é visto do espaço, o azul se sobressai pela enorme quantidade de água
no planeta, já que cerca de 70% da superfície é coberta por água.

Entretanto, a maior parte da água no planeta é salgada. Há apenas 2,7% de água doce e,
desse percentual, apenas 0,1% corresponde à água doce disponível para utilização.

Ciclo da água
Cerca de dois terços da superfície da Terra são cobertos pela água, em estado líquido
(oceanos mares, lagos, rios e água subterrâneas) ou em estado sólido (geleiras e neve).

Uma parcela significativa dessas águas encontram-se em permanente circulação, sob a


ação do calor do sol e dos ventos. Essas águas se transformam em vapor, constituindo o
chamado ciclo da água ou ciclo hidrográfico. A importância do ciclo hidrográfico é
vital para a biosfera, o conjunto dos seres vivos da Terra e os seus habitats.

A imagem ilustrada a baixo representa o: Ciclo hidrológico da água


Poluição da água:
A poluição representa uma ameaça real à qualidade da água, à saúde e ao meio
ambiente.

Produtos químicos tóxicos, como metais pesados, cádmio e mercúrio, empregados nas
indústrias, produzem detritos que são despejados diretamente nos rios, lagos ou águas
costeiras.

Estes detritos podem matar os organismos vivos e se acumular nos tecidos dos peixes e
crustáceos. Estes animais fazem parte da cadeia alimentar humana, e a sua ingestão
pode provocar graves danos à saúde.

Nitratos e pesticidas utilizados na agricultura contaminam o lençol freático e são


associados ao desenvolvimento de vários tipos de doenças.

A poluição térmica, produzida pela água utilizada no sistema de refrigeração das usinas
de energia, também reduz a sustentabilidade de rios e lagos.

Tratamento de Água:
O Tratamento de Água é um longo processo de transformação pelo qual a água passa,
até chegar em condições de uso para abastecer a população, independente da função que
ela terá.

Assim, depois de captada nos rios barragens ou poços, a água é levada para a estação de
tratamento, onde passa por várias etapas, que será mais complexo dependendo das
impurezas existentes na água.
Uso Racional da Água
A falta de água é um somatório de fatores; primeiramente é a questão da distribuição;
em segundo lugar, a concentração de propriedades próximas às nascentes e por último,
o uso de forma inadequada. O gasto de água é elevado e poderia ser reduzidos pela
aplicação de alguns métodos de uso racional.

Como por exemplo: ao se pensar no consumo, é preciso tentar mudar a consciência do


usuário para hábitos simples como na hora do banho, evitar deixar o chuveiro ligado; ao
lavar uma louça não deixar a torneira aberta constantemente.

Racionalizar o uso da água não significa ficar sem ela. Significa usá-la sem
desperdício. Considerá-la uma prioridade social e ambiental, para que a água
tratada e saudável nunca falte em nossas torneiras.

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