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Republica de angola

Ministério da educação

Liceu Kapolo II

Trabalho de geologia

Docente

______________________

Luanda, 22/12/2022
Republica de angola

Ministério da educação

Liceu kapolo II

Trabalho de geologia
Tema: Ação geológica das águas subterrâneas
Nome: kiavoloka António
Curso: Ciências Físicas e Biológicas
12ª classe
Sala:16

Luanda, 22/12/2022
AGRADECIMENTO

Primeiramente agradeço a Deus pela vida e força que me concedeu para poder fazer este
trabalho, agradeço os meus familiares e amigos que têm me apoiado em todos os níveis; por
final agradeço ao senhor professor que tem disponibilizado o seu tempo para poder partilhar
connosco o seu conhecimento, o meu muito obrigado. “Kiavoloka António”
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ………………………………………………………………………………………………01

ACÃO GEOLÓGICA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ………………………………02

AS VANTAGENS DAS AGUAS SUBTERRÂNEA ………………………………………………10

CONCEITOS E PRECONCEITOS …………………………………………………………………………11


TIPOS DE POÇO ………………………………………………………………………………………………12

TIPOS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ……………………………………………………………13

DEFINIÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ……………………………………………………………………13


ORIONDIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ……………………………………………………13

FORMAÇÃO DE AQUÍFEROS ……………………………………………………………………………………15

POROSIDADE E PERMEABILIDADE …………………………………………………………17

TIPOS DE POROSIDADE …………………………………………………………………………………………18

MOVIMENTO DA ÁGUA NA ZONA DE AERAÇÃO ……………………………………………19

MOVIMENTO DA ÁGUA NA ZONA DE SATURAÇÃO …………………………………………………20

CONCLUSÃO ………………………………………………………………………………………21

BIBLIOGRAFIA …………………………………………………………………………………………………………22
5

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo de decretar sobre ação geológicas das águas
subterrâneas. Visto que, pelas pesquisas que fiz encontrei vários subtemas tais como:
definição das águas subterrâneas, sua oriondidade, formação de aquíferos, porosidade
e permeabilidade etc…

Antes de começar a debruçar sobre o tema, primeiramente achei conveniente


definir águas subterrâneas.

Águas subterrâneas: é toda água que ocupa os vazios em formações rochosas ou


no solo.
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ACÇÃO GEOLÓGICA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

A água: é a capacidade de um conjunto de processos que pode causar


modificações nos materiais terrestres, transformando minerais, rochas e feições
terrestres. A água pode ser encontrada em 3 estados físicos: liquido, sólido, vapor.
Vento é causado pelo movimento das massas de ar.

A zona de ocorrência da água subterrânea é principalmente, por meio de


reações de intemperismo químico. Juntamente as águas subterrâneas com as águas
superficiais são principais agentes geomórfico da superfície da terra. Água subterrânea
é provocada por saturação, em água de material inconsolidado devido á subida do
nível freático após chuva intensa.

A água subterrânea participa de um conjunto de processos geológicos que


modificam as matérias terrestres transformando minerais rochas e paisagens.

Ações geomórficas são interações externas do planeta terra onde ocorre a


modificação ou transformação do relevo devido a ação das águas subterrâneas com a
interação obtida por processos de pedogénese, solifluxão e a erosão interna ou
solapamento, rastejamento, escorregamento e deslizamento.

Rastejamento é o movimento mais lento do solo com a velocidade de


deslocamento do solo inferior de 0,3 m/ano, geralmente não há a presença de água, o
vetor principal é a forca de gravidade. Tanto os processos de rastejamento,
escorregamento ou de deslizamento são processos naturais que auxiliam na evolução
das paisagens e na modificação de vertentes. Mais esses processos são capazes de
ocasionarem desastres através de ações naturais ou antrópicas.

Boçorocas ou voçorocas

O significado etimológico do termo boçoroca provem do Tupi-Guarani que


quer dizer terra rasgada ou rompida. Originam-se de ravinas pela erosão linear, são
formadas pela ação erosiva dos escoamentos superficiais concentrados em linhas.

Boçorocas: são sulcos e corte, em forma de U gerados pela erosão linear, é


provocada pela atuação de água subterrânea e pelas alterações ambientais.

Cortes: são instalações de relevo cársico, cavernas condutas freáticos, e


colinas é produzido pela ação da água subterrânea ao dissolver rochas solúveis
fraturadas (calcários, dolomites, mármores. Os sulcos e ravinas, formadas pelo
escoamento de água superficial formam vales fluviais em volume e evoluem, para
boçorocas quando ocorre o afloramento do nível freático no fundo da ravina. Os
processos de solapamento por atuação de água subterrânea instabilizam vertentes e
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provoca o recuo das paredes carregando material em profundidade e formando


vazios no interior do solo.

Ravinas: é a remoção do solo por canais visíveis ou caneletas muito pequenas,


mais bem definidas onde há concentração do fluxo sobre o solo.

Fatores que ocasionam boçorocas na evolução de sulcos:

- Desmatamento generalizado com o retirado da cobertura vegetal.

- Erros no manejo agrícola e pecuário do solo.

- Relação entre a excessiva utilização das águas subterrâneas e as alterações


dos ecossistemas e provavelmente do clima.

A água contaminada, o saneamento desadequado e a falta de condições de


higiene, são apontadas como o grande responsável duma grande parte das doenças
dos países em desenvolvimento (hepatites, cólera...), pela morte de

milhares de crianças por dia, pela degradação da paisagem e pela perturbação dos
ecossistemas.

Esta degradação contribui para cada vez existir mais secas, erosão de solos e
desertificação, com consequências económicas e ambientais. A degradação dos solos,
secas e inundações adicionado à má organização de muitos países, são as principais
causas do flagelo da fome.

As zonas costeiras, onde se concentra a maior parte da população mundial, e


em particular as zonas estuarinas, estão hoje também ameaçadas pelo crescimento
demográfico e pela concentração urbana e industrial nessas zonas.

A sobre exploração de recursos marinhos, os acidentes petroleiros e em centrais


nucleares, com consequente perda da qualidade das águas (devido ao aumento da
concentração dos teores em sais, tóxicos solúveis e contaminantes microbiológicos),
têm afetado a sobrevivência de determinadas espécies, do ecossistema marinho e da
própria atividade pesqueira, não estando assegurada a sustentabilidade do atual ritmo
de pesca mundial.

A utilização excessiva das águas subterrâneas para beber e para efeitos de


irrigação causou descidas do nível das águas da ordem das dezenas de metros,
contribuindo para a diminuição da sua qualidade.

As alterações climáticas globais, intensificadas nas últimas décadas


(principalmente causadas pela atividade humana), irão potenciar a intensidade das
situações de escassez e de carência de água, devido à alteração do padrão de
distribuição da precipitação, quer pela diminuição da quantidade disponível, quer pela
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degradação da qualidade existente, com impactes significativos sobre a agricultura,


entre outras atividades económicas.

As águas subterrâneas são as reservas de água doce mais sensíveis e importantes


de União Europeia, pois são um recurso natural valioso e, sobretudo, a principal fonte
do abastecimento público de água potável.

Há dois séculos atrás as reservas de água potável pareciam inesgotáveis, a nível


das águas superficiais, mas o mais grave é que mesmo as próprias águas subterrâneas
estão em vias de serem contaminadas ou esgotadas em muitos locais da Terra.

Os problemas aparecem quando existe um aumento de população, avanços


tecnológicos que permitem o acesso a elevadas quantidades de água, provocando o
consumo e a poluição dos recursos hídricos, entre outras coisas. Por vezes, parte da
água utilizada para os mais diversos fins (irrigação, indústria, usos domésticos…) é a
água contida em toalhas ou lençóis subterrâneos, havendo uma forte captação de
água subterrânea. Com isto, as águas subterrâneas devem ser protegidas, para uma
utilização de abastecimento de águas destinadas ao consumo do homem.

A água subterrânea tende a ser doce e limpa, porque a circulação subterrânea


tende a purificar a água de partículas e microrganismos contaminantes. No entanto, às
vezes eles atinjam o aquífero pela atividade humana, como a construção de fossas
sépticas ou a agricultura. Por outro lado, a contaminação pode ser devido a fatores
naturais, se os aquíferos são muito ricos em sais dissolvidos ou erosão natural de
certas formações rochosas.

Contaminação das águas subterrâneas pode permanecer por longos períodos de


tempo. Isto é devido à baixa taxa de rotação e tempos de residência longos, como as
águas subterrâneas não é facilmente aplicar os processos de purificação como os
artificiais que pode ser aplicada à superfície de depósitos, por causa da sua
inacessibilidade.

Se as áreas locais de contaminação podem ser realizadas aquífero técnica de


reparação por bombagem e tratamento, que envolve a remoção de água do aquífero,
tratamento químico, e injetadas de novo no aquífero.

Entre as causas antropogénicas (provocadas pelo homem), devido à poluição


são infiltração de nitratos e outros fertilizantes químicos altamente solúveis utilizados
na agricultura. Estes são muitas vezes uma das principais causas da poluição nas
planícies fornece alta produtividade agrícola e densa população.

Outras fontes de poluição são as descargas de fábricas, produtos agrícolas e


produtos químicos utilizados pelas pessoas em suas casas e quintais. Contaminantes
também podem vir de tanques de armazenamento de água, fossas sépticas, sites de
resíduos perigosos e aterros sanitários. Atualmente, poluentes das águas subterrâneas
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de maior preocupação (?) São compostos orgânicos industriais, tais como solventes,
pesticidas, tintas, vernizes, ou combustíveis, como a gasolina.

Quanto aos adubos químicos, os nitratos são de maior preocupação. Estes são
originários de diferentes fontes: a aplicação de fertilizantes, fossas sépticas que não
têm um bom desempenho, as bacias de retenção de resíduos sólidos não
impermeabilizados abaixo e infiltração de águas residuais ou água tratada.

Envenenamento por nitrato é perigoso em crianças. Em níveis elevados podem


limitar a capacidade do sangue para transportar oxigénio, causando asfixia em recém-
nascidos. No trato digestivo é reduzida de nitratos produção de nitritos, que são
cancerígenos.

As águas subterrâneas em zonas costeiras podem ser contaminadas por intrusão


de água salgada (intrusão salina), quando a taxa de extração é muito alta. Isso faz com
que a água do mar para penetrar nos aquíferos de água doce.

Este problema pode ser tratado com as mudanças no local de escavação de


poços ou outras para manter a água longe do sal aquífero de água doce. Em qualquer
caso, enquanto captação exceda recarga por água fresca, água salgada contaminação
permanece uma possibilidade.

Um exemplo de contaminação das águas subterrâneas, é apresentada na parte


inferior do vale do Ganges. Há um caso grave de contaminação por arsênico está
causando dezenas de intoxicações crônica de milhões de pessoas, sem esperança, até
agora dada.

A causa desta poluição é a combinação de um fator antropogénico, a poluição


biológica associada ao aumento da irrigação e um fator natural. A estirpe bacteriana
do solo arsênico lançado anteriormente permaneceu presa na rocha devido às novas
condições.

As áreas de recarga de aquíferos são particularmente sensíveis do ponto de vista


da poluição da água como as substâncias poluentes, uma vez que entra em aquíferos
permanecer ali por períodos muito longos. Algumas atividades humanas são
particularmente implícitas certos perigos da poluição. A tabela a seguir apresenta
algumas atividades perigosas em áreas de recarga.
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AS VANTAGENS DAS AGUAS SUBTERRÂNEA

Cerca de 97% da água doce disponível para uso da humanidade encontra-se no


subsolo, na forma de água subterrânea. No entanto, pelo fato de ser um recurso
invisível, a grande maioria das pessoas, incluindo governantes e políticos, nunca a
levam em consideração quando falam em água.

É comum encontrarmos ambientalistas militantes que, por conhecerem muito


pouco este recurso, têm diminuído sua intervenção social. Na literatura sobre meio
ambiente utilizada no ensino brasileiro, verificamos que a água subterrânea ocupa um
espaço muito pequeno, ficando a ênfase maior com as águas superficiais.

No entanto, grandes cidades brasileiras já são abastecidas, total ou parcialmente,


por água subterrânea. No Estado de São Paulo estima-se que 75% das cidades são
abastecidas por poços.

Ribeirão Preto é um bom exemplo de uma grande cidade onde a água


subterrânea tem sido bem gerenciada, garantindo o abastecimento de toda a
população com uma água de ótima qualidade. Nos Estados do Paraná e Rio Grande do
Sul, 90% das cidades são abastecidas por águas subterrâneas.

Apontamos as seguintes vantagens das águas subterrâneas em relação às águas


superficiais:

 São mais protegidas da poluição;


 O custo de sua captação e distribuição é muito mais barato. A captação pode
ser próxima da área consumidora, o que torna mais barato o processo de
distribuição;
 Em geral não precisam de nenhum tratamento, o que, além de ser uma
grande vantagem econômica, é melhor para a saúde humana;
 Permitem um planeamento modular na oferta de água à população, isto é,
mais poços podem ser perfurados à medida que aumente a necessidade,
dispensando grandes investimentos de capital de uma única vez.

Obviamente que a água subterrânea, apesar de muito importante, não é


suficiente para abastecer grandes centros populacionais, situados em áreas de
aquíferos pobres, como é o caso do Rio de Janeiro. No entanto, é um complemento
importante à água superficial. Poucos sabem, mas, mesmo na cidade do Rio de Janeiro,
há muitas indústrias que só usam água subterrânea.
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Nas duas últimas décadas houve um grande crescimento do uso deste recurso no
Brasil, mas estamos longe dos níveis de uso e gerenciamento alcançados pelos países
da Europa e os Estados Unidos.

CONCEITOS E PRECONCEITOS

Se a água subterrânea é tão importante, por que é tão desconhecida e ignorada?

Como é um recurso que não pode ser visto, só o conhecimento científico de sua
ocorrência pode nos capacitar a formar em nossa mente uma imagem de sua
existência real e de suas características físicas e químicas.

A primeira grande dificuldade com que nos deparamos é com o falso conceito de
que as rochas, por serem sólidas, não conseguem armazenar tanta água. É difícil, num
primeiro momento, acostumar-se à ideia de que estamos sobre uma grande esponja
rochosa cheia de água.

Por isto é muito comum ouvirmos falar em "rios subterrâneos". Nos livros
didáticos, não é raro a água subterrânea ser apresentada como uma massa em fluxo
contínuo como se fosse um rio. Este erro decorre da dificuldade de pensar o fluxo
subterrâneo como sendo em meio poroso ou fraturado.

Para entender a água subterrânea, o primeiro passo é compreender que as


rochas, apesar de sólidas, são mais ou menos porosas ou fraturadas e é aí que se
acumula a água. Imagine um balde cheio de areia seca. Se colocarmos água ela vai
sumir? Não, vai se acumular nos espaços existentes entre os grãos.

O mesmo acontece com as rochas. A água que se infiltra vai se acumular nos
espaços abertos encontrados nas rochas ou nos solos. Apesar das rochas não serem
tão porosas, como a areia solta, grandes volumes de rochas podem armazenar grandes
volumes de água.

A quantidade de água capaz de ser armazenada pelas rochas e pelos materiais


não consolidados em geral (solos e sedimentos) vai depender da porosidade, da
comunicação destes poros entre si, ou da quantidade e tamanho das aberturas de
fraturas existentes.

As rochas e os materiais não consolidados, dependendo de sua origem e


características intrínsecas, podem apresentar porosidades bem distintas, indo do
impermeável até 30%, ou mais, em alguns casos.
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Por fim, duas últimas palavras ___. Os maus governantes não gostam do assunto
água subterrânea, porque no aproveitamento desta não se pode contratar grandes
construtoras para fazer obras faraônicas, que, depois de inauguradas, permanecem
como um monumento à ignorância e capacidade de desperdiçar dinheiro público.

Porém, apresenta as seguintes desvantagens:

 Avaliação E explotação: por estarem no subsolo, é um recurso natural de difícil


acesso e de avaliação complexa;
 Meio ambiente: embora estejam disponíveis técnicas eficientes de remediação
quando ocorre perda de qualidade por poluição antrópica, esses processos são
longos e onerosos;
 Eventos críticos: uma explotação inadequada envolvendo um grande volume
de água bombeada pode causar acomodações, sismos ou até afundamentos do
terreno;
 Limitações de uso: a baixa velocidade de circulação em determinadas rochas
formadas por minerais mais reativos pode elevar bastante o conteúdo salino
dessas águas, o que traz limitações de uso e aumento de custo, em alguns
casos;
 Recursos humanos: há falta de pessoal técnico especializado para atuação no
setor.

TIPOS DE POÇOS

 Poços em rochas cristalinas fraturada (análise de alimentos-fotos-aéreas).


 Poços em rocha sedimentar (análise do nível freático da região).

Nem toda água que esta em baixo da terra é considerada como água subterrânea
por haver uma distinção daquela que ocupa o lençol freático que é chamado de água
do solo, e tem maior interesse para agronomia e botânica. No maciço rochoso ou em
solo argiloso pode servir de leito para as águas subterrâneas, pois permitem que ela se
acumule e elimine todos os espaços vazios.

No geral as águas subterrâneas são armazenadas ou em rochas sedimentares


porosas e permeáveis ou em rochas não porosas, mas fraturadas. As fraturas geram
efeito físico similar ao da permeabilidade no caso menos frequente é o das rochas
calcárias, nas quais até mesmo a baixo acidez das águas da chuva é capaz de abrir
verdadeiros túneis, por onde fluía água subterrânea.

A maior reserva da água doce do mundo se encontra nas «geleiras» quase 70%
seguida pela existente no subsolo. Quase 30% representando esta ultima cerca de 90%
do total de água doce disponível para o consumo humano. Uma das maiores reservas
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de águas subterrâneas do mundo é o famoso «Aquíferos Guarani» que ocupa o


subsolo do nordeste da Argentina.

TIPOS DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

 Freático: é não saturada, fica nas proximidades da superfície e as


águas ficam contaminadas.
 Artesiano: saturado, afastado da superfície.

DEFINIÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

Água subterrânea: é toda água que ocupa os vazios em formações rochosas ou


no solo. Ou seja, é toda aquela água que ocupa todos os espaços vazios de uma
formação geológica, os chamados aquíferos.

ORIONDIDADE DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

É originada predominantemente da infiltração das águas das chuvas.

Muitos dos conhecimentos que se tem sobre as águas subterrâneas resultam do


acumular de observações e experiências feitas ao longo dos séculos. Para os antigos
gregos, há 2500 anos, as águas do mar que se introduzia nas rochas e se dessalinizava.

O arquiteto romano, Marcus Vitrúvio, escreveu um tratado sobre aquedutos e


fornecimento de água, foi o primeiro a admitir que a água subterrânea resultava da
chuva.

A infiltração é o processo mais importante de recarga da água no subsolo.

A recarga depende:

 Tipo de rocha e solo (porosidade e permeabilidade).


 Cobertura vegetal (favorece a infiltração pelas raízes das plantas).
 Topografia (superfícies planas favorecem a infiltração pelas raízes das plantas).
 Precipitação (chuvas, regulares favorecem a infiltração).
 Ocupação do solo (áreas urbanizadas e rurais tem menor infiltração).
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Esta afirmação só foi confirmada numa base quantitativa no século XVII pelo
físico francês Pierre Peralta, que estabeleceu a relação entre a pluviosidade e a água
da bacia do Sena. Hoje todos aceitam que a chuva é a principal fonte das águas
subterrâneas.

A infiltração da água no solo em condições exploráveis pode atingir a


profundidade de 750 metro. Abaixo dessa profundidade a água diminui e a sua
exploração torna-se economicamente difícil. Na península de Kola, cientistas russos
encontraram água á profundidade de 11 km.

Na península de Kola encontram-se as sondas "mais profundas" para estudos da


crosta terrestre voltados a prospeção de petróleo, já na década de 1970 eram iniciadas
perfurações de poços super-profundos que pretendiam profundidades de 15 km,
dentre os quais o Poço Super-profundo de Kola.

Porém essa meta foi abandonada em 12.290 m, ou seja, 40.320 pés, quando a
ponta da perfuratriz entraria em contato com temperaturas superiores a 300 °C, que
fatalmente anulariam a têmpera das brocas.

Têmpera é um processo de tratamento térmico de aços para aumentar a dureza


e a resistência dos mesmos. A têmpera tem duas etapas: aquecimento e esfriamento
rápido. O aquecimento tem como objetivo obter a organização dos cristais do metal,
numa fase chamada austenitização. O esfriamento brusco visa obter a estrutura
martensite.

Quando a água se infiltra no solo passa por várias zonas:

 Zona de evapotranspiração: onde as plantas fixam;


 Zona intermédia: onde os espaços entre os sedimentos ou as fissuras das
rochas podem estar ainda em parte preenchidos de ar;
 Zona capilar: região acima do NA onde a água sobe alguns (cm) por processos
de capilaridade (forca adesiva liquido-solo que impede a água por pequenos
tubos capilares abertos;
 Zona saturada: onde todos os espaços estão preenchidos com água,
constituindo o aquífero;
 Zona não saturada (Varosa ou de aeração): a partir da superfície constituída por
material (solo ou rocha) onde os espaços abertos (poros) são parcialmente
preenchidos por água e parcialmente por ar.

O nível superior da zona de saturação é que constitui o nível freático.


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Nível freático NA (d’água): limite entre a zona não saturada e a saturada. Pode ser
medida por poços que d’água marca o NA.

O NA tende de acompanhar o relevo da superfície.

Já nas zonas de grande pluviosidade os aquíferos estão geralmente a poucos


metros da superfície. A determinação da profundidade do aquífero é significativa, o
limite superior de toda a água utilizável.

FORMAÇÃO DE AQUÍFEROS

São formados quando a água proveniente de precipitações se infiltra no solo e fica


armazenada em camadas de areia. A formação se é dada pela infiltração. Os aquíferos
são um dos diversos tipos de reservatório existentes no planeta, nele estão contidas
cerca de 97% da água própria para o consumo humano. Esse tipo de reservatório deixa
a água livre de impurezas e partículas do solo.

Essa mesma água passa por diversas camadas do solo e pedra antes de ficar
armazenada no aquífero. A água existente nestes reservatórios, a qual retiramos do
subsolo através de poços ou fontes que brotam naturalmente da terra, é chamada de
mineral. Os minerais contidos nessa água são retirados das rochas quando a mesma se
infiltra no solo a grandes profundidades. Sendo assim, a composição da agues
subterrâneas é diferente da água dos rios e lagos.

A água subterrânea que fica no subsolo faz parte da fonte essencial sobre a
umidade do solo. Ele desempenha papel importante na regularização dos fluxos
fluviais, ou seja, atua na manutenção dos rios durante as estiagens mais prolongadas.
Isso nos mostra a relação entre a água subterrânea e a água dos rios.

Aquíferos são reservatórios de água subterrânea. Ou formações geológicas que


armazenam água. As unidades litológicas que apesar de saturadas têm pouca
permeabilidade são os aquíferos.

Ex: de bons aquíferos (sedes inconsolidados, arenitos conglomerados, calcários


cársicos, ígneas e metamórfica com alto grau de facturamento).

Encontramos alguns aquíferos tais como:

 Aquíferos livres.
 Aquíferos suspensos.
 Aquíferos confinados.
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Aquíferos livres: são aqueles cujos topos é demarcado pelo nível freático, estando
em contacto com atmosfera. Normalmente ocorrem com pouco profundidade. Ou
seja, são demarcados por uma camada permeável (acima do nível freático) e por uma
camada impermeável. Deste modo a pressão que a água exerce no nível freático é
igual à pressão atmosférica. Assim a recarga é feita no próprio local, em toda a
extensão da formação recarga direta.

Os aquíferos suspensos são formados por uma base inferior impermeável e uma
base superior permeável ou semipermeável, sem a capacidade de transmitir, acumular
ou receber mais água. Ou seja, são acumulações de água em estrato permeável e
poroso que ocorrem entre dois estratos impermeáveis, aonde a água está sobre a ação
da pressão atmosférica e também da coluna de água localizada no estrato permeável.
Ocorrem em saturações.

As formações geológicas portadoras de água sobrepostas por camadas


impermeáveis são denominadas aquíferos confinados. Assim, a entrada de água no
aquífero é feita, não por cima, mas lateralmente às camadas impermeáveis. Logo, a
pressão exercida pela água na superfície do aquífero vai ser maior que a exercida pela
atmosfera.

O seu reabastecimento ou recarga, através das chuvas, dá-se somente nos locais
onde a formação aflora à superfície. Neles o nível hidrostático encontra-se sob
pressão, causando artesianismo nos poços que captam suas águas. Os aquíferos
confinados têm a chamada recarga indireta.

Se efetuarmos furos nestes dois tipos de aquíferos verificamos que:

No furo do aquífero confinado a água subirá acima do teto do aquífero devido à


pressão exercida pelo peso das camadas confinantes sobrejacentes. A altura a que a
água sobe chama-se nível piezométrico e o furo é artesiano. Se a água atingir a
superfície do terreno sob a forma de repuxo então o furo artesiano é repuxante.

No furo do aquífero livre o nível da água não sobe e corresponde ao nível da


água no aquífero pois a água está à mesma pressão que a pressão atmosférica. O nível
da água designa-se por nível freático.

Se as formações geológicas não são aquíferas então podem ser definidas como:

Aquitardo: Formação geológica que pode armazenar água, mas que a transmite
lentamente não sendo rentável o seu aproveitamento a partir de poços.

Aquicludo: Formação geológica que pode armazenar água, mas não a transmite (a
água não circula).

Aquífugo: Formação geológica impermeável que não armazena nem transmite


água.
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O nível da água nos aquíferos não é estático e varia com:

 A precipitação ocorrida;
 A extração de água subterrânea;
 Os efeitos de maré nos aquíferos costeiros;
 A variação súbita da pressão atmosférica, principalmente no Inverno;
 As alterações do regime de escoamento de rios influentes (que
recarregam os aquíferos);
 A evapotranspiração, etc.

A maior parte da água subterrânea que se encontra até em algumas centenas de


metros de profundidade está em movimento.

Ao contrário dos rios, em que a velocidade é medida em (km/h), a água


subterrânea desloca-se muito lentamente á velocidade de alguns cm por dia o metro
por ano. Para se perceber por que razão o movimento é tão lento, temos de conhecer
a porosidade e a permeabilidade das rochas.

POROSIDADE E PERMEABILIDADE

A porosidade e a permeabilidade são propriedades do máximo interesse, sob o


ponto de vista prático, principalmente quando se pretende explorar um fluido que
preenche os espaços intersticiais de uma rocha.

Estes espaços podem estar preenchidos por gases, água ou petróleo.

Todas as rochas permeáveis podem ser porosas, mas nem todas as rochas
porosas são permeáveis, em virtude de os poros não comunicarem entre si ou de
serem de tamanho tão pequeno que não permitam a passagem do fluido. Por
exemplo, o calcário deixa de ser impermeável à água à medida que são maiores e mais
numerosos os seus poros.

Em prospeção de águas subterrâneas ou de petróleo, o ideal será uma rocha que


tenha grande permeabilidade, pois, assim, o líquido que a impregna pode chegar mais
facilmente ao poço ou tubo de sondagem através dos quais se procura explorar.

A porosidade: corresponde aos espaços vazios existentes no interior da rocha. Ou


seja, é a propriedade física definida pela relação entre o volume de poros e o volume
total de um material. É expressa em percentagem e é traduzida pela relação existente
entre o volume de vazios (poros) e o volume total da rocha considerada.
18

O volume máximo de água que um dado volume de rocha pode conter depende
da porosidade do material. Uma rocha muito porosa pode conter muito mais água que
uma rocha pouco porosa. As rochas sedimentares são geralmente muito porosas,
variando a porosidade entre 20% em algumas areias e cascalhos e 50% em algumas
argilas.

O tamanho das rochas sedimentares, a forma das partículas e a sua capacidade


afetam a porosidade. Se os detritos acabarem por ser consolidados, a porosidade
também é afetada.

Contraste na porosidade dos sedimentos:

A percentagem de 32% é razoável numa rocha deste tipo.

Quando pequenos detritos ocupam os espaços anteriores a porosidade desce


para 15%.

A cimentação dos detritos diminui ainda mais a porosidade.

As rochas magmáticas e metamórficas possuem geralmente baixa porosidade, exceto


quando existem juntas a diáclases.

Na mecânica dos solos a porosidade do solo (n) é expressa em percentagem, e é


definida como o volume dos poros (Vv) dividido pelo volume total (V) de uma amostra
de solo, ou seja:

O volume total (V) é composto pelo volume dos poros Vv e pelo volume dos
sólidos Vs.

O volume dos sólidos (Vs) é obtido através do ensaio de Massa Específica Real
dos Grãos, o volume total da amostra (V) é calculado, por exemplo, pelo Método da
Balança Hidrostática e por consequência, o volume de vazio (Vv) é a diferença entre os
dois.

Os poros dos solos, que apesar de também serem chamados de volume de


vazios, podem estar preenchidos com água (quando solo está saturado), com ar
(quando o solo está totalmente seco) ou com ambos, que é a forma mais comum
encontrada na natureza.

A porosidade tem influência no arrasto e na permeabilidade de solos.


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TIPOS DE POROSIDADE

 Porosidade primária: se desenvolve junto com a formação da rocha típica de


rochas sedimentares.
 Porosidade secundária: se desenvolve após a formação da rocha. Ex:
porosidade por fraturas e cársticas.

Permeabilidade: é a propriedade das matérias que conduzem a água. Ou é uma


medida da capacidade de as rochas se deixarem atravessar pelos fluidos. Uma rocha
de baixa porosidade é também de baixa permeabilidade

A permeabilidade depende dos poros e da conexão entre eles. Esse é o principal


fator que determina a disponibilidade de água subterrânea.

Contudo, os valores da alta porosidade não significam elevada. Permeabilidade


como acontece, por exemplo, com as argilas. A relação entre o tamanho dos poros e a
atração molecular da superfície da rocha desempenham um papel fundamental, é a
atração molecular que permite uma fina película de água que adira a superfície da
rocha e vença a força.

MOVIMENTO DA ÁGUA NA ZONA DE AERAÇÃO

Zona de aeração - geralmente localizada a profundidades reduzidas, em que os


espaços vazios se encontram insaturados com água. A água encontra-se na superfície
dos grãos. Esta zona é essencial para a existência de diversos organismos,
nomeadamente plantas, que realizam trocas gasosas entre as raízes e os gases aí
presentes nesta zona de aeração.

O solo onde cai a água da chuva contém, em geral partículas de argila resultantes
da meteorização das rochas. Podem apresentar cobertura vegetal, pelo que esta zona
pode ser menos permeável que a zona subjacente, parte da água que cai no solo
evapora-se e parte da que se infiltra é captada pelas plantas, libertando-se por
transpiração.

A porção superior da zona da aeração que pode ter de 1 a 3m de espessura


denomina-se zona de evapotranspiração. Uma zona que recebe o excesso de água da
zona de evapotranspiração, quando esta tiver os seus espaços saturados de água.

A água contida nesta zona intermédia deixa de estar disponível para


evapotranspiração, antes de atingir a zona de saturação, limitada superiormente pelo
nível freático, a água infiltrada atravessa uma zona denominada franja capilar ou zona
capilar, cujo teor em água varia entre a saturação e o valor do teor de água na zona
intermédia. Esta zona recebe água por capilaridade da zona de saturação.
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A quantidade de água que ascende por capilaridade depende do tipo de terreno.


É muito pouco significativo nos terrenos arenosos grosseiros e elevada nos terrenos
argilosos.

MOVIMENTO DA ÁGUA NA ZONA DE SATURAÇÃO

Zona de saturação, ou zona freática, é a parte de um aquífero, abaixo do lençol


freático, em que a maioria dos poros e fraturas de encontram saturados com água
(sendo neste sentido o posto à zona vadosa).

A espessura, profundidade e configuração da zona freática variam em função da


recarga e da extração de água, refletindo em geral as variações sazonais na
disponibilidade de água. Nas aplicações dos campos das ciências físico-químicas, a
designação zona de saturação é aplicada às áreas em que determinadas substâncias se
encontram em equilíbrio.

O movimento da água na zona de saturação denomina-se percolação. É


semelhante a corrente que atravessa uma esponja saturada de água quando é
ligeiramente comprimida, a forca de gravidade suplanta a energia de percolação da
água, acabando esta por formar aquíferos em contacto com rochas impermeáveis.
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CONCLUSÃO

Cheguei a conclusão que as águas subterrâneas ocupam os espaços vazios do


subsolo, é de grande benefício para o enriquecimento da crosta terrestre. Conhecer a
água subterrânea será a única forma de termos consciência da importância de sua
preservação. Isto nos capacitará a não permitir que se faça com ela o que tem sido
feito com nossos rios, transformados em esgotos a céu aberto.

Devemos ter muito cuidado com os escavamentos das rochas subterrâneas


porque elas podem prejudicar o meio ambiente.

Recomendamos que devemos ter muitos cuidados com as águas subterrâneas


porque ela nos da vida.
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BIBLIOGRAFIA

ÂNGELO, Moque M., Livro de Geologia da 12ª Classe, Voto Editora, Lisboa, 2005

GOUVEIA, J.; Dias, A. Geologia 12º classe; Areal Editores, Porto. 1995

ANTUNES, J. Geografia, Plátano Editora, Lisboa; 2001

PRESS, Frank; SIEVER, Raymond; GROTZINGER, John; JORDAN, Thomas H. Para


entender a Terra; 4ª ed. Porto Alegre: Bookman. 2006.

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