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I Aula

segunda-feira, 21 de março de 2022 14:17

Objetivo: compreender os determinantes dos processos de desenvolvimento a partir das seguintes dimensões:
a. Condicionantes das etapas específicas do capitalismo (originário, concorrencial, oligopolista)
b. As diferentes leituras teóricas a partir dos anos 1950
- desen/to equilibrado
- desen/to desequilibrado
- economia dual / oferta ilimitada de mão de obra
- cópia dos padrões de consumo
A relação centro/periferia e o subdesen /to
c. Políticas e estratégias de desen/to em processos específicos
- industrializações atrasadas
- industrializações tardias
- elementos centrais de análise
1. crítica ao monoeconomismo – elemtos hist., geo, cult, dit – não há perspectiva natural, naturalização de
fenômenos sociais – não universal nem atemporal
2. desenvolvimento como processo
3. não convergência – sem tendência natural – consenso de Washington – preços corretos – mercado livre,
remover falhas de mercado; instituições corretas – democracia representativa, propriedade intelectual,
direito à propriedade, instâncias fiscais | não há processos naturais de convergência, aumento da
divergência, especialização, mobilidade fatores de produção
4. comércio internacional não necessariamente benéfico – liberalização comercial e especialização das
regiões não leva necessariamente a convergência, “ganha-ganha” – CEPAL: DIT rígida e hierárquica,
deterioração termos de troca, frutos progresso técnico p centro, inviabilizar eficiência dinâmica – crise dos
pagamentos.
5. centralidade das políticas de desenvolvimento – desen/to não espontâneo ou natural
6. centralidade da configuração da estrutura produtiva – base material como elemento inicial, dinâmica de
acumulação – fundamental mas não suficiente – dar llimites
*ver última página

Avaliações:
P1 – 40%
P2 – 45%
Seminários – 15%
Sub/Exame

Desenvolvimento: processo, não estanque – desequilíbrios – Shumpeter: teoria do desenvolvimento econômico – de


dado ponto para outro – destruição criadora – inovação – mudança estrut. Viabilizado por Geração e acumulação de
excedentes, seu investimento associado a progresso tecnológico – reorganização economia – fomentar maior
produtividade, melhores condições de emprego, maiores capacidades de acumulação. Associado à redução da
heterogeneidade estrutural.

Heterogeneidade estrutural: produtiva, socioeconômica, regional/locacional


Concentração: Processos se realimentam
Dimensões trabalhadas de maneira concomitante

Mudança estrutural – transitar para atividades mais nobres – não saída, complexificação
Eficiência dinâmica – define atividades mais nobres

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Processo – transformação estrutural – redução heterogeneidade estrutural – Schumpeter, Marx, Furtado, etc
Eficiência dinâmica
- Keynesiana - atividades de maior elasticidade renda da demanda – depende de nível de renda – crescer mais
que proporcionalmente
- Schumpeteriana – destruição criadora, fomentar com maior capacidade de produção, transformação,
permanentemente

O arcabouço inicial
Convergência

Página 2 de 2022 03 16 I Aula


Desenvolvimento - II aula
segunda-feira, 21 de março de 2022 13:55

Aula anterior:
- Definição de desenvolvimento
- Crítica ao monoeconomismo
Refs: Bastos & Britto (2010)
Oliveira (2003) introdução

Os fundamentos da convergência
A.
- Smith --> trabalho --> produtividade --> especialização --> troca --> divisão do trabalho e
tamanho do mercado --> comex/benefícios mútuos
- Determinação da especialização: vantagens absolutas (produtividade, técnica)/mão
invisível
B.
- Ricardo e as vantagens comparativas relativas
- Plena mobilidade de capital e trabalho, potencializadas pela especialização e comex
impulsionariam a convergência
Críticas iniciais à convergência
- Não observÂncia histórica pós revol industrial
- List (1841) e alguns fundamentos:
1. Divisão do trabalho, especialização e comex não deveriam ser os objetos centrais
para se compreender as causas da riqueza
2. Elemento central deveria ser a criação e destruição das forças produtivas
Logo:
- Livre cambismo é benéfico aos avançados
- Industrialização é instrumento central
- Espaço para poucos estados
- Protecionismo e políticas desenvolvimentistas seriam necessários
- Países aprisionados às especializações/chutar a escada
Por que estrutura produtiva é central?
1. Maior elasticidade Y da demanda
- Crescimento
- Estrangulamento BP
2. Geração de progresso técnico
3. Transmissão dos ganhos do progresso técnico
Por que política de desenvolvimento produtivo importa?
1. Economias externas (retorno social > privado)
2. Indivisibilidades de escala
3. Tech não é exógena
4. Tech não é de prateleira (difusão assimétrica)
5. Investimentos exigem complementaridades

---------------------------------------

Desenvolvimento: alterações estruturais


Shumpeter: fluxo circular, equilíbrio - cresc quantitativo - =/= desenvolvimento
Rompimento estágio de equilibrio - invoações - recombinação de fatores, reconfig
processos produtivos

Crítica a monoeconomismo -
List x Smith - não há como entender fenômenos sociais a partir de perspectiva de naturalização
Fenômeno social e violentamente construído - troca
Monoeconomismo - abstração desse elemento
Condicionantes históricos, geográficos, diferentes formas da DIT, condições prod e teconológica

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Condicionantes históricos, geográficos, diferentes formas da DIT, condições prod e teconológica
e estágios de evolução do capitalismo
Transformações permanente
Relações e dinâmica de acumulação mudam - políticas devem mudar

Aumento produtividade - divisão do trabalho - especialização: condicionante - tamanho do


mercado [pequeno - possibilidade de especialização menor]
Divisão do trabalho - tamanho do mercado, e vice versa!
Troca - entendida como benéfica
Egoísmo, mas bem estar da sociedade
Maior produtividade, maior prod
Maior prod, maior mercado

Determinação da produção - vantagens absolutas - custo de prod, det pela produtividade


Troca comex - mutuamente benéfica - superioridade manufatureira?

Especialização determinada pela base técnica -Ricardo: vantagens comparativas relativas - custo
de oportunidade - onde cada país pode aumentar prod e riqueza comaprando sua base técnica
com outros países
Dotação relativa de fatores - capital, terra, trabalho
Pode levar À convergência - troca, especialização entre nações, plena mobilidade capital e
trabalho - mais abertolivre, maior tendência de convergência
Capital flui de reg abundância para escassez
Capital migra levando tecnologia e processos produtivos - difusão tecnológica - bases do
processo de convergência
"receituário" - abertura

Divergência do nível de desenvolvimento


Revol ind atrasada - fase concorrencial do capitalismo - janela de oportunidade para
convergência
Pós fase oligopolista - mais dificultado, escala complexidade barreiras internacionais, dit

Desde smith, obj central da análise - troca e equilibrio


List: não principal objeto - forças produtivas como obj central de análise, e susas transformações
Da nação - ref central - unific alema
Partir de ideia de sist instável, desequilibraod, disputa entre nações, posições hierárquicas de
dominação e submissão =/= smith e ricardo
Benéfico para países ricos - desnível gde de desenvolv histórico
Empurrar paíes pouco desenvolvidos para especialização em commodities - resevar posição
subordinada
Jogo internacional desequilibrado - estratégias de "chutar a escada"
Protecionismo não estático/estanque - essencial ao desenvolvimento

Leis de Kaldor
Manufatura - especial - hierarquicamente superior
Produtos manufaturados > elasticidade renda da demanda [depende do patamar de renda]
Maior potencial de crescimento
Estrangulamento do balanço de pagamentos - dificuldade de crescer, instabilidades
Progresso tecnológico - locus: indústria e associados
Transmissão do progresso tec pela ind é elevada - cadeias produtivas grandes - integração entre
setores
Espraiar frutos do progresso técnico - transversal

Políticas de desenvolv ind


Economias externas positivas - retorno sociedade maiores que beneficios percebidos ind pelos
invest
Efeitos de transbordamento
Investimentos individuais insuficientes

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Investimentos individuais insuficientes
Invest que exigem complementaridades

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III Aula - 2022 03 23
quarta-feira, 23 de março de 2022 13:56

Aula Anterior
- Convergência
- Críticas e centralidade da estrutura produtiva
- Centralidade das políticas públicas
○ Eco externas
○ Indivisibilidades
▪ Oferta
▪ Demanda
▪ poupança

Desenvolvimento equilibrado

- Tecnologia não é exógena/de prateleira


- Difusão assimétrica do progresso técnico

Críticas iniciais à relação entre comércio internacional e desenvolvimento


- Interpretação histórico-estruturalista cepalina
- Divisão internacional do trabalho rígida/hierárquica
- Sistema centro-periferia

DTT

Crises BP
SUB
Incapacidade
de revolução da Transferência dos frutos do progresso técnico
estrutura
produtiva

Periferia: concentração em commodities


- Baixos salários/oferta ilimitada de mão de obra
- Oferta pulverizada
- Demanda concentrada
- Baixa autonomia na fixação de preços
- Baixa elasticidade Y da demanda
- Alta elasticidade preço da oferta
- Ciclos longos de produção

Grandes diferenças nas elasticidades Y da demanda das Xs e das Ms


Tendência de deterioração dos termos de troca/secular
Transferência dos frutos do progresso técnico
Excedente não revoluciona estrutura produtiva
--------------------------------------------------------------------------
Indivisibilidades - escalas mínimas de eficiência - avanço em saltos, não em passos infinitesimais
Economias externas

Indivisibilidade + economias externas --> justificar teoricamente necessidade de políticas públicas

Página 6 de 2022 03 23 III Aula


Indivisibilidade + economias externas --> justificar teoricamente necessidade de políticas públicas
desenvolvimento
Rosenstein - desenvolvimento equilibrado

Indivisibilidade de poupanças - concentração de recursos escassos na periferia - 1951 BNDES


Pressuposto implícito teorias clássicas: tecnologias de prateleira - se tem recursos, tem acesso - por trás
da convergência; bem como qualquer outro
Perspectiva crítica: tec não exógena - processo de aprendizado cumulativo complexo
Disputa geopolítica - difusão lenta e irregular das tecnologias - convergência não se verifica

Incompatibilidade de cópia de padrões de consumo e bases materiais de produção


Necessidade de concentrar renda

Tendência secular de deterioração termos de troca - preços/valores relativos de prod expor periferia em
comparação a valores relativos de prod importados - cada vez maior qte de exportados para importar
mesma qte de prod países centrais
Commodity: produto padronizado, preço definido no mercado internacional, concorrência via preços -
produto pouco diferenciados

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2022 03 28 IV Aula
segunda-feira, 28 de março de 2022 13:57

Revoluções industriais e estratégias de desenvolvimento


Ref: Arend (2012)
Ideia central: Rev --> Paradigmas --> ondas longas --> fases das ondas --> possibilidades/estratégias
de desenvolvimento
- Definição de revolução: ubiquidade, techs (GPT), destruição criadora/destrutiva
○ Novo paradigma técnico-econômico: padrões de atuação (agentes, instituições)-->
dimensões tech, organizacional, produtiva, científica, etc.
○ Difusão da revolução e tecnologias sociais
- Formas organizacionais, tipo de padrão de consumo, organização da divisão do trabalho,
escolhas tech, dinâmica de acumulação e apropriação do excedente, etc.
- Exigência de transformações institucionais (lock-in e dificuldades na transição)

Ondas Longas - Carlota Perez

Irrupção: K ocioso, novas técnicas, junção entre financeiro e produtivo


Frenesi: bolhas financeiras e tecnológicas, crises financeiras/pressões produtivistas/recomposição
institucional
Bonança: cresc. % Estado, espraiamento produtivo, grande cresc. da produtividade

Possibilidades de desenvolvimento segundo fases:


Fases iniciais/estratégia autônoma:
- Pré-requisitos: capacitações/aprendizado; agentes, fomento à inovação
Fases finais/estratégia dependente:
- Esgotamento no centro, IDE, MNC, e Dependência futura
- Inserção dependente e crise no BP

Perez: schumpeteriana - destruição criadora por meio de desequilíbrios


Cinco grandes revoluções tecnológicas - surgimento de paradigmas
- Paradigmas: padrões, modelos de comportamento tech prod financ - n dimensões da

Página 8 de 2022 03 28 IV Aula


- Paradigmas: padrões, modelos de comportamento tech prod financ - n dimensões da
sociedade - tecno-econômico - padrão de solução de problemas, senso comum de questões
tecnológicas e produtivas colocadas - divisão do trabalho, padrão de acumulação e
distribuição
○ Diferentes possibilidades de trajetórias
- (paradigmas assoc a) Ondas longas de desenvolv. - correm em paralelo
○ Implementação
○ Acomodação
○ Difusão
○ Crise
- Diferentes fases das ondas: diferentes possibilidades - diferentes estratégias

Diferentes possibilidades assoc a paradigma técnico-econômico: assoc a transformações ubíquas em


diferentes dimensões - exigir tecnologias sociais
- Escolha de maneiras de materializar transformações - elementos técnicos colocados a partir
de dado ponto - como utilizá-los e colocá-los - instrumentos institucionais e programas,
técnicas, implicações profundas - ex: segmentação das tarefas de trabalho, divisão do trabalho
no molde fordista - especialização. Aumento da produtividade - remuneração, organização de
mercado de massas
- Tecnologia social: potencializar ou não onda longa/ver - deve ser adequada, potencializar
dinâmica de crescimento, acumulação - ex: mercado de massa baseado no consumo de
transporte individual, EUA
- Formas organizacionais<-->tecnologias sociais | escolhas das tecnologias, apropriação do
excedente
- Revol tecnol, atreladas às tecnol soc, amparadas por instituições - permanentemente em
transformação e adequadas aos desafios colocados por tecnológicas e sociais; modificando-se
e potencializando ou não desenvolvimento
- 1951: BNDES - poupança compulsória, capital concentrado - necessidade de instituição - ex,
futuramente petrobrás
- Instituições, tecnologias produtivas e sociais devem caminhar juntas - amálgama, alvo não fixo
mas sim em movimento - transformar permanentemente inst, pol, tech
- Certa vantagem em atraso: lock-in institucional - ex lock-in do carbono - conhecimento
acumulado, org pol, prod, rede de suporte - lock-in menor na dimensão tecnológica, mas
outras questões de aprisionamento. Por estar menos consolidado, maior chance de
atualização

- Fases iniciais da onda: possibilidade de fomentar inserção autônoma - mais difícil - gerar
conhecimento local
- Fases finais: facilitada mas dependente

Fases das ondas


- Irrupção: onda anterior razoavelmente decadente - tendência de cresc menor em tecnol
instaladas, esgotamento padrão tecnol - capital ocioso - capital financeiro junto com
produtivo. Fiancia desenvolv tecnológico em formação}
- Frenesi: bolhas financ e tecnol - colapso, crise } ideias liberais predominam
- Acomodação - readequação institucional às transformações - aumento participação do Estado
na economia, mais qualitativamente que quantitativamente - ex redistrib renda, dimensão
prod no centro, barrar capital financ
- Sinergia, transição, bonança: grande cresc, aumento prod

Formatação de políticas - o que se precisa em cada fase?


- Fases iniciais: padrões não consolidados - oportunidades interessantes - ruptura, transição de
paradigmas, desde que construídas capacitações para tal - estrateg de desenvolv autônomo
○ Irrupção: disputa tecnológica e de organização
○ Janela de oportunidade, tudo ainda por consolidar
○ Buscar inserção internacional autônoma passa pela construção de conhecimento, que
ainda não está tão protegido
Preparação prévia necessária - desenvolvimento de capacidades de aprendizado, sist

Página 9 de 2022 03 28 IV Aula


○ Preparação prévia necessária - desenvolvimento de capacidades de aprendizado, sist
nacional de inovação, competências em áreas chaves
○ Empresas nacionais, em alguns casos estatais - capacitações construídas ao longo do
tempo - alvo móvel
○ Possibilidade de formatar políticas e instituições e estratégias, tendo em vista fase
futura das ondas
- Fases finais: estratégia dependente - época de bonança
○ Ex: JK - onda já caminhando para fim em países centrais
○ Capital ocioso nos países do centro --> IDE (invest dir ext) - modernização conservadora
(Furtado)
○ Transbordamento, difusão de padrão central - esgotamento e sobrevida na periferia -
ter como veículo as empresas multinacionais - armadilhas para dependência futura
○ Inibição de capacitações locais, com MNC (multinacional company) - contratar
dependência no próx ciclo
▪ P&D no exterior, que gera a próxima onda
▪ Distorção de preços relativos - positivo no curto prazo - acesso consumo da pop
local
▪ Autônomo =/= autossuficiente
▪ Captação de tecnologias de MNC, aprender com
▪ Distorção de preços relativos - dificultar surgimento de empresas nacionais em
áreas mais "nobres"

Página 10 de 2022 03 28 IV Aula


2022 03 20 - V Aula
segunda-feira, 4 de abril de 2022 14:00

Catching up, forging ahead and falling behind - Moses Abramovitz


Convergência
Hipóteses:
- As taxas de crescimento da produtividade tendem a variar inversamente com os níveis de
produtividade
- Os níveis de produtividade dos países tendem a convergir
- Catching up
- Países do ocidente industrializado foram capazes de trazer à produção um grande acúmulo de
tecnologia inexplorada
Contexto histórico:
- Surto de crescimento da produtividade pós II Guerra
- Acúmulo de tecnologia (métodos de produção e de org. industrial e comercial j´s em uso nos
EUA)
- EUA - país líder/demais países - seguidores
Países seguidores
- Distantes da fronteira tecnológica
- Seriam capazes de avançar mais rapidamente na fronteira
- Convergência (emparelhamento):
○ Processo natural
○ Retornos marginais decrescentes
○ Movimento autolimitado
Críticas e qualificações de Abramovitz
- Questões internas
- Convergência: fenômeno histórico
○ Específico
○ Não natural
○ Qualificações são necessárias
○ Limitado
○ Não é uma tendência
- 1º o processo de catching up depende da social capability (capacidade social)
○ Conjunto de transformações sociais, modificação da sociedade e de sua organização
○ Ponto central: modificação permanente, das estruturas sociais e adequação ao estágio
de desenvolvimento, ao paradigma técnico-econômico
○ Dificuldade de replicação, reorganização constante, adequação às etapas do
capitalismo, divisão do trabalho...
- 2º a ideia do processo ser autolimitado
○ Retornos marginais decrescentes
○ Não se verifica na maior parte das curvas de produção dos países
○ Ao contrário, o progresso tecnológico tende a se espalhar para todas as áreas
○ Ganhos de produtividade, retornos crescentes
○ Amplia a divergência
- 3º Possibilidades de transferência de tecnologia
○ Se existem, quais os canais?
○ IED e/ou comércio internacional?
○ Transferências instáveis
○ Qual a vantagem da transferência?
○ Qual a capacidade de absorção?
○ Qual a estrutura de empregos?
- 4º capacidade de transformação da estrutura produtiva
○ É necessário viabilizar o processo de transformação estrutural e reorientar a estrutura
produtiva
○ Não é processo automático
Elementos de economia política da política industrial

Página 11 de 2022 03 30 V Aula


○ Elementos de economia política da política industrial
○ Ex: readequação da estrutura tributária
- 5º políticas macroeconômicas
○ Fomentar o investimento produtivo e o crescimento da demanda
○ Câmbio, juros, inflação, taxa de emprego...
- 6º a convergência acontece em um número restrito de países, em um período histórico
específico, em países com social capability existentes
○ Convergência influenciada pelo paradigma técnico econômico
▪ Escala de produção, intensiva em capitais e recursos naturais
▪ Características aderentes
▪ Convergência difícil ou impossível de ocorrer
- O processo quando ocorre não é harmônico
- Não é autolimitado
- Não é um jogo que todos ganham
○ Ex: China e o processo atual
- Para avançar precisa de fluxos de capitais
○ Não estão disponíveis em volume ou condições suficientes
○ São instáveis
○ Acesso à poupança (ou financiamento externo)
○ Países líderes impõem desafios para os seguidores
○ Os líderes são questionados pelos seguidores que alcançam
○ Processo de catching up é instável

Políticas de desenvolvimento em perspectiva histórica: parte I e II


- CHANG, Ha-Joon , Chutando a escada: a estratégia de desenvolvimento em perspectiva
histórica, São Paulo, Ed. Unesp 2004 ( Caps. 1, 2 e 4).
- Desenvolvimento e industrialização em perspectiva histórica
- Elementos comuns - estratégia e política de desenvolvimento
- Investigação histórica sobre os padrões de industrialização
Críticas
- Não vigência da convergência
- Críticas ao monoeconomismo
- Falhas de mercado/informação assimétricas, bens públicos
- Preços e instituições corretas

- Hamilton, List e Alice Amsden


- Centralidade da política industrial para o desenvolvimento
- Todos os processos de desenvolvimento basearam-se em preços incorretos e instituições
incorretas
- Distorção dos preços relativos
- Necessidade de preços distorcidos, tendo em vista a assimetria e a concorrência
- Proteção da indústria nascente
○ As atividades industriais têm retornos positivos de escala
○ Elevação de produtividade/escala e aprendizagem

- Os países atualmente desenvolvidos


○ Políticas de desenvolvimento adequadas: preços e instituições corretas
- Retórica (chutando a escada)
- Fomento à indústria nascente: investimento, acumulação, aprendizagem = aumento de
produtividade e competitividade; habilitassem para a concorrência internacional
- Políticas antiliberais com foco na política industrial
- Preços e instituições erradas
Leituras históricas
- 1º bloco: conjunto de medidas que viabilizaram a estratégia de desenvolvimento originária
- 2º bloco: barrar o avanço
- 3º bloco: os países contornando as barreiras
4º bloco: como os países desenvolvidos reagem

Página 12 de 2022 03 30 V Aula


- 4º bloco: como os países desenvolvidos reagem

- Questão tarifária
- Conjunto de medidas: supremacia Inglaterra
○ Atração de mdo especializada
○ Abrindo mercados
○ Proibição de exportação de produtos não acabados e matérias-primas
○ Incentivos para importação de insumos
○ Subsídios para importação de produtos manufaturados
○ O imperialismo do livre comércio

Página 13 de 2022 03 30 V Aula


2022 04 04 VI Aula
segunda-feira, 4 de abril de 2022 14:00

Aula anterior
Qualificações sobre a convergência
- Social capabilities
- Não emergência de retornos decrescentes
- Canais de transferência de tech
- Fomento às transformações estruturais
- Políticas macro
- Convergência restrita
- Processo não estável entre nações
- Fluxos de capitais
- Caracs. Do paradigma

List e as críticas ao monoeconomismo


Crítica ao liberalismo e à economia cosmopolítica
Críticas a Smith e derivações de sua interpretação
1. Método de análise
Cosmopolítica/monoeconomismo/bem estar geral
Abstração da centralidade da nação
Liberalismo e estratégia de se ´chutar a escada`
Livre comércio é benéfico entre nações com níveis semelhantes de desenvolvimento
Indústria nascente e o protecionismo (temporário e seletivo[setores mais nobres])
2. Smith confunde riqueza com força produtiva
Desenvolvimento e transformações das forças produtivas é que deve ser o objeto (escala,
renda, tech) e a infraestrutura
Relação de manufatura com ciência e desenvolvimento intelectual
3. Confusão na compreensão sobre a divisão do trabalho
Especialização intrafirma e diversificação na estrutura, inclusive de comex
Impactos de encadeamento na agricultura
4. Não-intervenção do Estado
Centralidade da nação
Planejamento L.P./força militar
Disputas no sistema internacional
Ceticismo sobre as possibilidades de desenvolvimento baseadas em commodities

Aula anterior: Abramovitz - qualificação da convergência


Catching up/emparelhamento - "crítica de dentro"
Teoricamente, não impossível: diferenças de produtividade; à medida que países têm acesso a
formas de produção na fronteira (que se move mais vagarosamente), possibilidade de saltos
Para que ocorra convergência: complexificações.
Criação de social capabilities - elemento fundamental para convergência - aprendizado,
dynamic capabilities [Mazzucato] - junto com desenvolv de forças produtivas, capacidades de
permanentemente entender e transformar organizações, instituições para atuação de
readequação constante feitas necessárias pelos desafios desenvolvimento, viabilizam dinâmica
de acumulação - não estático, alvo em movimento
Lock-in: travamento - das social capabilities, mais intenso que de locomoção - superação
constante complexa, desafios constantemente recolocados
Abramovitz - necessidade
Retornos decrescentes
Convergência para equilíbrio, junto com mão invisível
A.: dimensão produtivo, retornos decresc., mas como sempre há transf produtivas, operar na
parte de retornos de escala positivo => quem está à frente, sempre reforça sua posição,
dificultando atingir equilíbrio
Transf tech
Depender canais de transf tech - difusão lenta e irregular progresso tech

Página 14 de 2022 04 04 VI Aula


Depender canais de transf tech - difusão lenta e irregular progresso tech
Elemento de difusão: IDE, multinac - transf tech factível? Ou refém de multinacionais?
Políticas públicas que fomentam difusão de tech - contrapartidas, espraiamento
conhecimento - p/ desenvolv autônomo próx onda
Fomento Às transf estrut
Convergência =/= cresc - reconfig estrur - processo dinâmico que envolve desequilíbrios,
interferir em interesses consolidados
Políticas macro
Incentivo invest prod e demanda - i baixa, cred fácil, câmbio competitivo, mercado interno -
políticas de cresc, invest (transformador!)- transf estrut
Fluxos de capital
Depender de financiamento ext - fluxos não necessariamente estáveis, oscilações, seja
comércio ou financeiros
Processo não estável entre nações
Reações dos fronteiriços - conflitos geopolíticos, reafirmação hegemonia - reduzir capacidade
de competição com países centrais
Caracts do paradigma
Diferentes exigências em diferentes momentos - ex escala e recursos naturais

List: dimensão política

-------------------------------------
List - 1841
Contato com Hamilton - report on manufactures - 1o sec tesouro eua - diversificação estrut
produtiva, industrialização, desenvolv forças produtivas - infraestrutura, integração territorial
Anti-liberal
Instabilidade sist pol internac - competição nações - em oposição a Smith
Jogo de soma zero, poucas posições de destaque, nações sem espaço autônomo pela especialização
em commodities - competição entre nações
Comex não necessariamente instrumento de convergência
Crítica econo cosmopol/monoeconomismo - sem princípios universais, equilíbrio de preços -
naturalizar fenômenos sociais
Disputas - exemplos históricos
- Método de análise smith - monoeconomismo, mão invisível, convergência -> corolário de
política liberal de livre comércio; fundamentos teóricos
○ Ideia da nação como objeto central da análise eusente em smith - central pq leva a tais
políticas que levam a isso - naturalização do social
○ Nações desenvolvidas sugerindo liberalismo como estratégia política de chutar a
escada - nações sugerem medidas que não fizeram [políticas desenvolvimentistas] -
estratégia deliberada
○ Livre comércio benéfico para países semelhantes em nível de desenvolvimento -
concorrência[enfrentamento de capitais em busca de valorização] - assoc a desenvolv
tech - comex: papel positivo, desde que ocorrendo em nações semelhantes
○ Curva de aprendizado com retornos de escala positivos - mais que proporcionais - mais
competitivo
○ Ind nascente - protegida - ganhos de escala, acúmulo conhecimento, capital, volume,
capacidade de competir - proteger com contrapartidas, objetivos, não ad infinitum;
- Confusão riqueza vs forças produtivas - dimensões estática vs dinâmica
○ Como permanentemente se transformar
- Divisão do trabalho
○ Intrafirma - ok
- Crítica à mão invisível
○ Abstração da ideia da nação
○ Políticas de desenvolvimento nacional é central

Página 15 de 2022 04 04 VI Aula


VII Aula - 2022 04 11
segunda-feira, 11 de abril de 2022 13:55

Transformações estruturais e padrões de desenvolvimento em perspectiva histórica


Refs.: OLIVEIRA (2003), p 173-258
MAZZUCHELLI (2009), cap. 1
Ideia central: Características das fases do capitalismo condicionam os padrões de desenvolvimento
A. Capitalismo originário
Pré-requisitos:
Excedente (terra e propriedade em capital, trabalho em mercadoria) <-> técnicas <->
especialização <-> cresc. Mercados <-> centralização política
Características:
1. Eco baseada em troca
2. MDO assalariada
a. Proletarização/separação dos meios de produção
3. Equivalente geral
a. Monetização/troca/separação dos meios de produção
4. Competição e compensações variáveis
a. Reestruturação social
5. Coordenação e alocação via mercado
a. Sistema de preços (equivalente, mercado, troca)
O circuito lógico do capitalismo originário:
Mercado externo/acumulação primitiva <-> aumento mercantilização e aumento produção <->
aumento mercado interno <-> integração campo/revol. Agrícola/cidade <-> reação produtiva e
transformações sociais/políticas <-> revolução industrial e DIT forjada e comandada pela
Inglaterra
B. Capitalismos retardatários/revol. Industriais atrasadas
Capitalismo concorrencial
Pré-requisitos:
- Conhecimento tácito
- Estrutura pouco complexa
- Pequenas empresas, técnicas rudimentares de gestão
- Baixo volume de capital
- Baixa escala mínima de eficiência, baixa importância do crédito como elemento da
concorrência
- Versus originária e tardia
- Espraiamento do dinamismo
Características:
1. Dissociação entre ciência e tecnologia
2. Associação entre gestão e propriedade
3. Separação entre capital industrial e bancário
4. Baixa centralização do capital
5. "Menor" participação dos Estados
6. "Relativa" contribuição da DIT
O circuito lógico das revoluções industriais atrasadas:
Viabilizadores externos: capitalismo concorrencial, DIT, fluxos imigratórios
Viabilizadores internos: estrutura social e econômica semelhante à Inglaterra pré-
revolucionária
Incapacidade têxtil de revolucionar
Ferrovias (do DI para DII)
Problemas de financiamento
○ Estado
○ Bancos de investimento
○ Capitais externos
○ S.A.s
--------------------------------------------------
Desenvolvimento como processo - acumulação de excedente, investimento e reestruturação

Página 16 de 2022 04 11 VII Aula


Desenvolvimento como processo - acumulação de excedente, investimento e reestruturação
Instrumento fund: transf estrut prod
Complexo econômico industrial da saúde - não há desenvolvimento abstraindo dimensões produtiva
e social, que devem estar casadas
Revoluções ind atrasadas - etapa concorrencial do capitalismo - 1850 até 1890 - eur ocidental e eua
Revol ind originária: ING - 1750, 70 a 1859
Caract das fases do capitalismo condicionam padrões e estratégias do desenvolv
Morfologia da prod e acumul, dit, como condiciona possibilidades e sugere aplicação mais efetiva
Revol ind originária - transição para economia baseada na troca (construção histórica e política)
Anteriormente: excedente, capacidade de gerá-lo
Para isso, revoluções técnicas de formas de prod - campo [cercamentos, canais de irrigação
técs de manejo] - possibilitar geração de excedente e acumulação de MDO
Especialização - caract sociais e tamanho de mercado, int e ext
Determinação que se autorreforça
Processo de centralização política - navegações, formação terr nac
Transf terra e propr em capital - instrumento da valorização em escala ampliada - não apenas
em valor de uso
Trabalho - transf em mercadoria
Transição mão de obra assalariada - assalariamento: expropriação, proletarização - privar
acesso meios de prod
Equivalente geral: moeda - reserva de valor, unidade de conta, meio de pagamento, facilitador
de trocas - funções - lastro político Estatal - moeda anterior aos mercados, construção política
Avanço monetização, integração mercado
Sistema de competição e compensações "livres"
Quebra de tradições

Página 17 de 2022 04 11 VII Aula


2022 04 13 VIII Aula
quarta-feira, 13 de abril de 2022 14:01

Industrializações atrasadas (~1850-1890)


Condicionantes:
- Capitalismo concorrencial
- Externos
- Internos
A lógica: incapacidade de DII, centralidade de DI e políticas públicas
Ferrovias: aço, ferro, mineração, construção civil
- Linkages, salários, integração territorial
Salto para DI e problemas de financiamento dadas as condições de acumulação
Especificidades
- EUA
○ Diferentes dinâmicas regionais
○ Exploração intensa de recursos nacionais
○ Pujante "indústria" agrícola (fazendas bonanza)
○ Formas superiores de organização/gestão e rápida transnacionalização
- Alemanha
○ Articulação estreita entre bancos e indústria
○ Centralização dos capitais
○ Precoce base técnico-científica (química, bk)
- França
○ Menor capacidade de revolucionar as estruturas produtivas
○ Coexistência de diversas formas de organização
○ Menor poder político dos agentes da transformação, maior resistência camponesa
Transição para o capitalismo oligopolista
Padrões de políticas segundo Gerchenkron:
1. Descontínua, com grandes surtos e ritmos elevados de crescimento - certo "benefício do
atraso" - =/= olhar pra ing/eua e replicar. Fronteira dada; catching-up, não se necessita criar
algo novo; referência já dada = saltos
2. Prioridade a fábricas de grande porte - concorrência forte, esquemas de proteção -
necessidade de bens de consumo TAMBÉM; como subordinar grandes grupos?
3. Ênfase do DI, em detrimento de bens de consumo - impacto transversal, vetor do progresso
técnico - espraiar benefícios para atividades menores
4. Forte pressão para conter níveis de consumo - supertaxação, menos diversificação
5. Intervenção estatal no financiamento a novas indústrias - escalas, volumes, direta
indiretamente - bancos
6. Agricultura não desempenharia papel ativo como mercado para a produção industrial ou zona
de elevação da produtividade - articulação ao desenvolvimento - elemento para gerar
excedente exportador, menos integrada a dinâmica de revol ind
Gradativamente, indústrias migrariam para o padrão ocidental
[[[Acirramento de concorrência intercapitalista]

-------------------------------------------------------------------------
2a onda - transição p kismo oligopolista - japão e rússia
rev ind tardias - fase consolidada do kismo oligopolista - brasil, coreia, china

A partir caract etapa concorrencial + especificidades dit forjada pela ing --> cenário que
viabilizou/impulsionou espraiamento revol ind p conjunto específico de países com caract
socioeconomicas e políticas parecidas com ing pré revol - social capabilities
- Internamente: caract razoavelmente semelhantes à ing pré kista
○ Fim da servidão
○ Proletarização pop
○ Revol agrícola - permite geração de excedente, viabilizando econo baseada na troca e
monetarizada
Expulsão de campo, crescentemente subordinado a lógica urbana e de mercantilização

Página 18 de 2022 04 13 VIII Aula


○ Expulsão de campo, crescentemente subordinado a lógica urbana e de mercantilização
da terra e do trabalho - responsividade a estímulos da dit e políticas
○ Avanço na divisão social do trabalho, políticas públicas que incentivem transição,
complexificação relações econômicas e sociais --> em geral associada a desconcentração
de propriedade rural - maior divisão social do trabalho, diversificação de mercadorias e
transbordamentos, interligação, complexificação de relações - transformação
instituições
○ Lógica de acumulação capitalista e subordinação a mercado internacional
○ Centralização política e projeto de desenvolvimento: fundamentais
- Externamente: aptidão a receber impulsos internac - internamente - infl DIT -
complementaridade restrita; "vazamento" de capitais, migrações, transf tech] - consolidação
ing como workshop of the world
○ Transferência de tech, migrações, capitais de ing para outras regiões
○ Não-originária: referência clara para revol ind
▪ Com elementos internos -> viabilizar
- vigência Capitalismo concorrencial: processo facilitado
○ Separação entre ciência e tecnologia - dimensão estrutural e tecnológica - favorecer
espraiamento das técnicas, difusão facilitada - prescindir de conhecimento científico
○ Baixas escalas de produção, consolidação ind pesada - financiamento menores
necessitados
○ Complexidade gestão menor - indústria têxtil
- Pol publicas
○ Construção de canais, ferrovias
○ Subsidios a ind nascente
○ infraestrut
- Ind têxtil incapaz de implementar revol ind sozinha; ao contrário da ING - originária, nova
lógica acumulação, escala e volume suficientes
○ Necessidade de escala maior
○ Processos mais lentos, heterogêneos e complexos

- Esquemas departamentais kaleckianos: três departamentos - dinâmica macroeconômica


○ D1 - produtor de meios de produção (máquinas e equipamentos) - bens de capital e
insumos do processo produtivo [definição de insumo - não é estanque]
○ D2 - produtor bens de consumo dos capitalistas [detentores meios de produção] - em
geral, mais luxo, consumo conspícuo
○ D3 - produtor de bens de consumo para trabalhadores, bens-salários
○ Como departamentos se relacionam em dinâmica capitalista virtuosa? Exceto ing
▪ Iniciar com D1 - única decisão autônoma - gasto: consumo/investimento - início
dinâmica eco
▪ D3: Consumo dependente da renda, "os trabalhadores gastam o que ganham"-
pouca capacidade de poupança, variável pouco relevante para a dinâmica
capitalista, residual - sem grandes transformações, a não ser inicialmente por
choque de crédito
▪ D2: capitalistas "ganham o que gastam" - decisão de investimento, mover
esquema departamental, voltar em forma de lucro -
○ Sair do d1 - primeiro impulso, decisão autônoma de investimento [não gasto - trab,
kista]
▪ Linkages, transbordamentos - construção, contratação de insumos, massa salarial
▪ Efeitos multiplicadores
○ Bater no d3 - decisão de gasto autônomo -> contratação de trabalhadores
▪ Geração de renda, monetização, consumo de bens salários
○ Bater indiretamente no d2
▪ Aumento de consumo dos kistas, pelo aumento de lucros --> pode vazar para
exterior na contemporaneidade
▪ Acumulação aumenta -> teoricamente e idealmente: aumento D1
○ Problemas: como financiar investimento D1?
▪ Estado: primeiro empurrão
□ Financiamento externo - possibilidade de endividamento

Página 19 de 2022 04 13 VIII Aula


□ Financiamento externo - possibilidade de endividamento
□ Investimento doméstico
○ Escalas de acumulação incompatíveis: d2 insuficiente e necessidade de transitar p d1 -
problemas de financiamento
▪ Idealmente, só ing sai de d2 e entra em d1
▪ D1 - superior em termos hierárquicos na dinâmica de acumulação kista
□ Progresso técnico - fronteira da transformação estrutural - núcleos
endógenos
□ Determinar trajetória de desenvolvimento
□ Ferrovias - linkage, integração, efeito multiplicador - impulso para ind
atrasada
▪ Hirshmann - desenvolv desequilibrado - como escolher caminhos? Mais efeitos
completivos/encadeamentos
▪ Dinâmica de acumulação insuficiente = problemas de financiamento para
ferrovias, d1; ainda transitando para indústria => estado como agente central
□ Crédito
□ Coordenação
□ Subsídios
□ Garantia de rentabilidade
□ Sem burguesia forte, capital privado relapso? Estatal
▪ Capital externo
▪ Exportação de máquinas, equipamentos
▪ Bancos de desenvolvimento locais - crédito longo prazo
▪ Novas formas de organização empresariais - Sas - centralização de recursos
□ Jap, rus - ind já nasce com centralização financeira

Padrões, políticas e estratégias de desenvolv

- Eua: diferentes caract geograf condicionam formas de integração mercado int e integração
mercado ext
○ N: semelhança, não complementariedade - ind têxtil
○ S: formas complementares à prod da metrópole - caract que impedem desenvolvimento
econômico no sentido industrial - enclaves exportadores
○ Capital bancário reg ne - coordenar exploração reg s: fonte de divisas, capital ext,
controlado a partir de dentro [benefício do comércio triangular - possibilitar
acumulação]
○ Expansão O - lógica de fronteira aberta
○ Três dinâmicas distintas - favorecer ind
○ Escala, volume, dinamismo
○ Fordismo como forma de gestão - novas formas de organização - multidivisional,
hierarquia vertical, segmentação processo produtivo - não necessariamente forte base
científica, mas melhores formas de org - marketing, soft power
○ Forte internacionalização. Não pioneiras nisso, mas grandes
- ALE: articulação entre bancos e ind
○ Formação do capital financeiro - bancos juntos de ind - criador de crédito não a partir de
poupança, agente estratégico na decisão de investimento e concorrência
○ Centralização capitais
○ Química, bens k - ciência em prol de desenvolv tecnol
- FRA: agentes da transf com menos poder - burguesia, bancos de desenvolv - coexistência de
diferentes formas org - heterogeneidade

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2022 04 18 IX Aula
segunda-feira, 18 de abril de 2022 13:58

Industrializações atrasadas - 2ª onda


JPN e RUS
- Transição oligopolista
- Reorganização DIT
- Pré-condições menos desenvolvidas
- Industrializações como projetos de Estado/elementos militares
○ JPN
▪ Restauração Meiji e fim da servidão, mercantilização da terra, centralização
tributária
▪ Criação de bancos e empresas estatais
○ RUS
▪ Ferrovias
▪ Centralização tributária
▪ 1º em mineração e recursos naturais
▪ Atração de I.D.E. [investimento direto externo]
- Financiamento: sobretaxação agrícola, Estado e avanço da conglomeração
- Incentivo à articulação exportadora agrícola
- Resultados:
○ Grandes saltos
○ Estruturas heterogêneas
- JPN:
○ Zaibatsu
○ centralidade dos bancos
○ estrutura monopolista
- RUS:
- grande importância do IDE em áreas tecnologicamente superiores
- elevado endividamento externo
- Estruturas cartelizadas
Padrões/regularidades - TARDIAS
- Descontinuidade
- Gde porte
- DI
- Queda níveis de consumo
- Estado e finan/to
- Baixa importância da agricultura

Políticas de desenvolvimento produtivo (em perspectiva): uma síntese


Ref: Suzigan (1997)

Neoclássicas Schumpeterianas e desenvolvimentistas


Passivas
Falhas de mercado Eco externas, EME, Inds nascente
Horizontalidade Seletividade
Principal instrumento: preços Sistêmica
Eficiência estática Dinâmica
Livre mercado internacional Inserção autônoma
Educação, segurança institucional e bens públicos Transformação estrutural
Referência: conc. Perfeita Oligopolista
Monoeconomista Não mono.

Página 21 de 2022 04 18 IX Aula


------------------------------------------
JPN e RUS - entrada em momento de concorrência, acirramento tensões no sist internac - pré 1ªgm -
estratégias tecnonacionalistas de disputa
ING - dimensão financeira e violenta x eua
Condições para vácuo de hegemonia

Pré req p ind, elementos internos semelhantes e dit que viabilizou indiretamente, não sem conflitos,
espraiamento ind eua, ale fra - caract que vão se perdendo
Capitalismo concorrencial já não mais bem colocado
Esforço maior e com outras características

JPN RUS - processo capitaneado pelo Estado


Ind nasce como projeto estatal
Fortemente infl por questões militares, militarização - vetor nas inds bélicas
Rus - mineração, siderurgia, ferrovias
Jpn - marinha
Reaglutinação forças políticas para capitanear industrialização
Não apenas Circuito de reprod integrada interna, mas lógica capaz de excedentes e reservas
internacionais
Centralização tributária - contornar necessidades de financiamento - transição do cap concorrencial
para oligopolista
Fianciamento: sobretaxação aos camponeses - expropriação direta do estado,
internacionalização = proletarização; conflitos e tensões, sist tribut concentrado em meios de
consumo/regressivo
Captação do excedente a partir export agrícolas - agricultura e desenvolvimento - instrumento ao
desenvolvimento, acessória à industrialização, não nucleada na agricultura: gerar excedente,
matéria prima barata para a indústria [agricult não locus de acumulação], mdo, mercado para prods
industriais finais/alimentos baratos, não necessariamente finais

JPN - bancos e ind estatais, em conglomerados


RUS - ferrovia
Participação grande do capital extr - estratégia: atrair ide (investimento produtivo[=/= invest
financeiro internac] - green field) de mn - plantas produtivas no seu país
Brownfield compra de capacidade prod, não do zero
IDE inicialmente mais simples
Ide para áreas mais nobres - não dominar

Rus - conglomeração empresarial como instrumento para avanço industrialização


Saltos a partir de estrut heterogêneas - alto grau endividamento ext, renda per capita baixa, estrut
cartelizada, domínio ide nas áreas mais nobres --> mercados concentrados em alto grau

JPN - estrutura organizacional superior - capitanear por número pequeno número de


conglomerados - capital comercial financeiro se sobrepõem - capitaneado por capital bancário -
nascem do Estado, campeões nacionais, coord por bancos
Bancos surgem antes do avanço setor produtivo - convencionalmente: bancos passivos, captar
excesso de poupança, transf para quem demanda - agente da transf, nasc e junto do Estado -
antecipam demanda desenvolv industrial - gde conc recursos desde agricultura, ter em mente planos
de transformação estrut produtiva, forma superior de org, risco militar
Grandes grupos, gde diversificação para atividades correlatas - maior potencial de cresc e tecnol -
modelo asiático
Alto endividamento e alavancagem, retendo e reinvestindo lucros
Altamente concentrado, evitar concorrência excessiva - concentrar esforços
"capitalismo de compadrio", pessoas próx do Estado - estado como incubador e parteiro da
burguesia - poder arbitral do Estado

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2022 04 20 X Aula
quarta-feira, 20 de abril de 2022 14:04

Políticas e Desenvolvimento em perspectiva histórica: parte I e II


- CHANG, Ha-Joon , Chutando a escada: a estratégia de desenvolvimento em perspectiva
histórica, São Paulo, Ed. Unesp 2004 ( Caps.
1, 2 e 4).
- Desenvolvimento e Industrialização em perspectiva histórica.
- Elementos comuns – Estratégia e política de Desenvolvimento.
- Investigação histórica sobre os padrões de industrialização;
Críticas
- Não vigência da convergência;
- Críticas ao Monoeconomismo;
- Falhas de Mercado/ Informação Assimétricas, Bens Público;
- Preços e instituições corretas;

- Hamilton, List e Alice Amsden;


- Centralidade da Política Industrial para o Desenvolvimento;
- Todos os processos de desenvolvimento basearam-se em preços incorretos e instituições
incorretas;
- Distorção dos preços relativos;

- Necessidade de preços distorcidos, tendo em vista a assimetria e a concorrência;


- Proteção da indústria nascente;
○ As atividades industriais tem retornos positivos de escala;
○ Elevação da produtividade/ Escala e Aprendizagem

- Os países atualmente desenvolvidos:


○ Políticas de Desenvolvimento adequadas:
○ Preços e Instituições correta;
- Retórica (Chutando a escada);
- FOMENTO A INDÚSTRIA NASCENTE: Investimento, acumulação, aprendizagem = aumento de
produtividade e competitividade; habilitassem para a concorrência internacional;
- Políticas antiliberias com foco na política industrial;
- Preços e instituições erradas;

Leituras históricas:
- PRIMEIRO BLOCO: CONJUNTO DE MEDIDAS QUE VIABILIZARAM A ESTRATÉGIA DE
DESENVOLVIMENTO ORIGINÁRIA ;
- SEGUNDO BLOCO: BARRAR O AVANÇO;
- TERCEIRO: OS PAÍSES CONTORNANDO AS BARREIRAS;
- BLOCO: COMOS OS PAÍSES REAGEM.

- QUESTÃO TARIFÁRIA
- CONJUNTO DE MEDIDAS: SUPREMACIA INGLATERRA,
○ ATRAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA ESPECIALIZADA;
○ ABRINDO MERCADOS;
○ PROIBIÇÃO DE EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS NÃO ACABADOS E MATÉRIAS-PRIMAS;
○ INCENTIVOS PARA IMPORTAÇÃO DE INSUMOS;
○ SUBSÍDIOS PARA IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS MANUFATURADOS;
○ O IMPERIALISMO DO LIVRE COMÉRCIO;

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2022 04 25 XI Aula
segunda-feira, 25 de abril de 2022 13:58

História, instituições e desenvolvimento


Quem influenciou mais? Adam Smith ou Mercantilistas/Hamilton/List?
- Smith admitia 1) que há maior ganho de produtividade industrial do que agrícola, e que 2)
Inglaterra tinha recorrido ao protecionismo industrial, mas criticava a insistência no
protecionismo tanto na Inglaterra quanto
nos outros países
○ Seu argumento é que a perda de renda provocada pela proteção reduziria poupança e
investimento no longo prazo
- List, por sua vez, respondia que países precisavam se proteger, e que liberalismo inglês era, na
verdade, um nacionalismo mascarado, pois Inglaterra necessariamente venceria a livre
concorrência industrial
○ Perda de renda inicial seria compensada pelo aumento da produtividade
- Ha-Joon Chang: os países bem sucedidos seguiram o liberalismo ou o nacionalismo? Ora,
mesmo onde empresas e bancos foram mais importantes, Estado teve papel central na
industrialização
Todos os processos de industrialização contaram com promoção estatal
- Inglaterra: superar dependência da exportação de lã para Países Baixos
○ Eduardo III (1327-77) proibiu importar tecidos de lã, usou roupas nacionais, atraiu
artesãos dos Países Baixos e centralizou exportações de lã bruta
○ Henrique VII (1485-1509) criou missões reais para identificar local apropriado para
manufaturas de lã; atraiu artesãos dos Países Baixos; elevou taxas para exportação de lã
e roupas inacabadas, banindo exportações delas em 1489 (depois liberando dada
incapacidade de processamento total)
○ Em 1578, Elizabeth I (1558-1603) pode banir exportações e levou à ruína competidores
nos Países Baixos, enviando missões para divulgar tecidos ingleses
Auge do mercantilismo com primeiro-ministro Robert Walpole (1721-1742)
- Além de manter domínio de rotas (Leis de Navegação) e controle colonial, Walpole
sistematizou política comercial e industrial:
○ “É evidente que nada contribui mais para promover o bem-estar público do que a
exportação de produtos manufaturados e a importação de matérias primas
estrangeiras” (Mensagem Parlamentar, 1721)
○ Aumento significativo de tarifas de importação de manufaturas
○ Redução ou abolição de tarifas de importação de matérias primas
○ Subsídios e outras formas de apoio às exportações (drawback, missões)
○ Regulação de padrões de qualidade, especialmente de produtos têxteis
- Em 1820, tarifas ainda eram de 45-55% (Países Baixos: 6-8%; Alemanha e Suíça: 8-12%; França:
20%)
Chutar a escada de novos competidores
- Em 1699, foi proibida exportação de produtos de lã das colônias, arruinando a superior
indústria irlandesa
- 1700: barrou-se importação de produtos de algodão da Índia (morim, ‘calicoes’) e em 1813 a
proteção indiana foi eliminada (até 1917)
- Walpole proibiu novas usinas de laminação e corte de aço na América (forçando especialização
em lingotes e barras de ferro), e exportação de chapéus; ofereceu subsídios à exportação e
aboliu tarifas para colônias (como cânhamo, madeiras e vigas); mesma lógica justificou a
abolição das Leis dos Cereais (em 1846), segundo Cobden
- 1719, 1750: proibição de emigração e exportação de máquinas
Imperialismo de livre-comércio
- Uma vez mais competitiva, Inglaterra passou a divulgar ou impor os benefícios do livre
comércio, inclusive com tratados desiguais, abrindo mercados à força:
- Oferta de tratados com países fortes vs. imposição aos fracos
○ Origens: Portugal e Brasil (1641; 1703; 1808; 1810; 1827)
○ Índia (1813; 1833); Sião (1824; 1855); Pérsia (1836; 1857); Império Otomano (1838;
1861); China (1842; 1860); Argentina (1849); Japão (1854; 1858; 1863); Egito (1843;

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1861); China (1842; 1860); Argentina (1849); Japão (1854; 1858; 1863); Egito (1843;
1876; 1882)
○ Anexações: Nova Zelândia (1840); Hong-Kong (1842); Natal (1843); Transvaal (1877)
- Incentivos à entrada no padrão ouro para facilitar exportações de capital desde Londres
Industrialismo dos EUA
- Alexander Hamilton (1791) e argumento da indústria nascente:
○ Proteção tarifária e proteção de importações; liberalização de importação de matérias
primas; patentes para invenções; controle de qualidade; infraestrutura de
financiamento e transporte
- Guerra de 1812 dobrou tarifas (25%) e fortaleceu industriais, elevadas para 35% em 1816 e
acima de 40% em 1820
- Em 1832, tarifa média foi mantida em 40%, maior para lã (45%) e roupas (50%), gerando
Nullification Crisis com Carolina do Sul
Guerra Civil e depois
- Formação do Partido Republicano combinou protecionismo do Partido Whig com distribuição
de terra desejada no Oeste, podendo tolerar escravidão se necessário para a União (abolida
em 1862)
- Lincoln era um protecionista seguidor de Henry Clay, elevou tarifas e passou Homestead Act
em 1862 como temido pelo Sul
- Tarifas permaneceram na faixa entre 40-50% até 1913, caindo e votando a subir para 37% em
1925 e 48% em 1930 (Smoot-Hawley)
- Pós-Guerra, política foi deslocada para promoção do P&D, variando entre 50-70% do total
contra 20% em Japão e Coréia do Sul
○ Em 1973, contudo, tarifa média industrial (12%) ainda é superior a Alemanha e Holanda
(7%), CEE (8%), Japão (10%) e Áustria (11%)
Outros países recorreram a outros mecanismos de promoção industrial
- Entre 1821 e 1875, França tinha tarifas inferiores à Grã-Bretanha; entre 1920 e 1950, não
passaram de 30%, chegando a 39% (1959)
○ Pós-guerra, planejamento indicativo, banco estatal e empresas estatais (Renault, Alcatel,
St Gobain, Usinor, Thomson, Thales, Elf Aquitaine, Rhone-Poulenc)
- Na Alemanha, até 1914, tarifas entre 5-15%, indo para 20% depois
○ Prússia (Frederico Guilherme, 1713-1740, Frederico, 1740-1786) criaram estatais desde
o século XVIII (ferro e aço, armamentos, linho, seda, porcelana e açúcar); Alemanha
dispõe de bancos estatais até hoje
- Áustria, Itália, Suécia, Finlândia e Noruega: Estados desenvolvimentistas
- Suíça, Holanda: indústria precoce, ausência de proteção de patentes
Estado “desenvolvimentista” oriental
- Japão foi forçado a tarifas de 5% até 1911, indo até 30% depois, compensando com tradição
de intervenção direta como alemã
○ Estatais em mineração, aço, estalagem, ferrovias, armamentos e têxteis
○ Bancos estatais e licenças para bancos privados
○ Licenciamento da entrada e negociação de saída de ramos industriais; proibição de livre
entrada de filiais estrangeiras
○ Protecionismo focado e subsídios à exportação
○ Incentivos ao desenvolvimento tecnológico com laboratórios públicos e subsídios ao
setor privado
- Coréia e Taiwan: geopolítica: autonomia burocrática e concessões externas; licenciamento
tecnológico e joint venture; regulação da conglomeração de mercado com licenças e crédito
público
Estados procuram chutar a escada de novos competidores com neoliberalismo
- Década de 1970: convergência; internacionalização; revolução técnica
- Preocupação dos PDs: medo de que inovações sejam transferidas e apropriadas para filiais
e/ou empresas estrangeiras
- Como política nacional, preservar áreas core da empresa nas matrizes, sobretudo com
revolução industrial, e, na normatização internacional, evitar “caronas” nas empresas de
países periféricos
○ Aumentar gasto em sistemas nacionais de inovação e estimular P&D; normativamente,
limitar transferência de tecnologias para países periféricos (Trips) e limitar a capacidade

Página 26 de 2022 04 25 XI Aula


limitar transferência de tecnologias para países periféricos (Trips) e limitar a capacidade
de atração de filiais pelos países periféricos (subsídios e Trims); difundir neoliberalismo
Conclusão
- Nenhum país se industrializou sem apoio estatal. No entanto, nem todos os países que
tentaram se industrializar com apoio estatal conseguiram.
○ Política industrializante é condição necessária mas não suficiente para industrialização.
- Nenhum país se industrializou com política de apoio à livre concorrência internacional.
○ Política liberal não é condição necessária nem suficiente para a industrialização,
provavelmente é condição impeditiva.
- Liberalismo prega as vantagens da especialização “espontânea”, industrial ou não. O problema
é que industrialização nunca é natural nem espontânea.

Políticas de desenvolvimento em perspectiva histórica partes III e IV


LIÇÕES PARA O PRESENTE CAPÍTULO IV – CHUTANDO A ESCADA - HA-JOON-CHANG
Repensando políticas econômica para o desenvolvimento
- POLÍTICAS APLICADAS PELOS PAÍSES ATUALMENTE DESENVOLVIDOS (PADS) NO SEU PERÍODO
DE DESENVOLVIMENTO, DESDE A INGLATERRRA DO SÉCULO XIV ATÉ OS NPIS ASIÁTICOS DO
FIM DO SÉC. XX);
- CONFIRMA GRANDE PARTE DA OBSERVAÇÃO FEITA POR LIST;
- EMERGE UM PADRÃO CONSISTENTE, NO QUAL TODAS AS ECONOMIAS EM CATCHING-UP
USAM POLÍTICAS INDUSTRIAL, COMERCIAL E TECNOLÓGICA (ICT):
○ NÃO SIMPLESMENTE A PROTEÇÃO TARIFÁRIA;
- OS INSTRUMENTOS POLÍTICOS ENVOLVIDOS EM TAL ESFORÇO PROMOCIONAL TORNARAM-SE
MAIS VARIADOS, COMPLEXOS E EFETIVOS, MAS O PADRÃO GERAL PERMANECEU
NOTAVELMENTE FIEL A SI MESMO.
- OBSERVAÇÃO: O PROBLEMA COMUM ENFRETADO POR TODAS AS ECONOMIAS EM CATCH-UP
É QUE A PASSAGEM PARA ATIVIDADES DE MAIOR VALOR AGREGADO, QUE CONSTITUI A
CHAVE DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, NÃO SE DÁ “NATURALMENTE”.
- HÁ DISCREPÂNCIAS ENTRE O RETORNO SOCIAL E O INDIVIDUAL DE INVESTIMENTOS NAS
ATIVIDADES DE ALTO VALOR AGREGADO- OU INDÚSTRIAS NASCENTES- NAS ECONOMIAS EM
CATCH-UP.
- NECESSIDADE DE ESTABELECER MECANISMOS PARA SOCIALIZAR O RISCO ENVOLVIDO NESSES
INVESTIMENTOS; NÃO NECESSARIAMENTO PROTEÇÃO TARIFÁRIA E SUBSÍDIOS; É POSSÍVEL
POR MEIO DE INSTITUIÇÕES
- INSTITUIÇÕES TEM LIMITAÇÕES:
○ 1ª. SÃO, POR NATUREZA, ENCARNAÇÕES DE REGRAS GERAIS E, POR ISSO, PODEM NÃO
TER EFICÁCIA AO LIDAR COM PROBLEMAS RELATIVOS A INDÚSTRIAS ISOLADAS;
○ 2ª. IMPLANTAR NOVAS INSTITUIÇÕES COSTUMA LEVAR TEMPO, E ISSO TENDE A
LIMITAR A CAPACIDADE DE REAÇÃO AS NOVAS MUDANÇAS;
- EM MUITOS CASOS, UMA POLÍTICA DE INTERVENÇÃO MAIS ENFOCADA E ÁGIL PODE SER
PREFERÍVEL A SOLUÇÕES INSTITUCIONAIS.
- O FATO DE A INTERVENÇÃO DIRETA DO ESTADO, SOBRETUDO NA FORMA DE POLÍTICAS ICT,
SER FREQUENTEMENTE NECESSÁRIA PARA SOCIALIZAR OS RISCOS ENVOLVIDOS NO
DESENVOLVIMENTO DE INDÚSTRIAS NASCENTES NÃO SIGNIFICA, CONTUDO, QUE SÓ HAJA
UM MODO DE FAZÊ-LO;
- HÁ UMA GRANDE MULTIPLICIDADE DE INSTRUMENTOS POLÍTICOS; DEPENDE DO RELATIVO
ATRASO TECNOLÓGICO, NA SITUAÇÃO INTERNACIONAL, NA DISPONIBILIDADE DE RECURSOS
HUMANOS ETC.
- O FOCO DA PROMOÇÃO PODE – ALIÁS, DEVE- EVOLUIR COM O TEMPO, DE ACORDO COM AS
MUDANÇAS DA SITUAÇÃO INTERNA E INTERNACIONAL; CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO
- EVIDENTEMENTE, O FATO DE O USO DE POLÍTICAS ICT ATIVISTAS SER NECESSÁRIO NÃO
IMPLICA QUE TODOS OS PAÍSES QUE AS USAM ESTEJAM COM O SUCESSO ECONÔMICO
GARANTIDO;
- PELA EXPERIÊNCIA HISTÓRICA, O SUCESSO É BASICAMENTE DETERMINADO, POR UM LADO,
PELAS FORMAS DETALHADAS DESSAS POLÍTICAS E, POR OUTRO, PELA DISPOSIÇÃO E
CAPACIDADE DO ESTADO DE IMPLEMENTÁ-LAS;
- O QUADRO RESULTANTE DO NOSSO APANHADO HISTÓRICO PARECE SUFICIENTEMENTE

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- O QUADRO RESULTANTE DO NOSSO APANHADO HISTÓRICO PARECE SUFICIENTEMENTE
CLARO: NA TENTATIVA DE ALCANÇAR AS ECONOMIAS DE FRONTEIRA, OS PADS RECORRERAM
A POLÍTICAS INDUSTRIAL, COMERCIAL E TECNOLÓGICA NTERVENCIONISTAS A FIM DE
PROMOVER AS INDÚSTRIAS NASCENTES;
- AS FORMAS E A ÊNFASE DESSAS POLÍTICAS PODEM TER VARIADO DE PAÍS PARA PAÍS, MAS É
INEGÁVEL, QUE TODOS AS APLICARAM ATIVAMENTE.
- OS PAÍSES MAIS AVANÇADOS PROTEGERAM SUAS INDÚSTRIAS COM MUITO MAIS VIGOR DO
QUE OS ATUAIS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO;
- O PACOTE DE “BOAS POLÍTICAS” ATUALMENTE RECOMENDADO, QUE ENFATIZA OS
BENEFÍCIOS DO LIVRE-COMÉRCIO E DE OUTRAS POLÍTICAS ICT DO LAISSEZ-FAIRE, PARECE
CONFLITAR COM A EXPERIÊNCIA HISTÓRICA;
- COM UMA OU DUAS EXCEÇÕES (HOLANDA E SUIÇA), OS PADS NÃO TIVERAM SUCESSO COM
BASE NESSE PACOTE DE POLÍTICAS;
- QUER DIZER QUE OS PAÍSES DESENVOLVIDOS E O ESTABLISHMENT INTERNACIONAL DE
POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO (EIPD), POR ELES CONTROLADO, RECOMENDAM POLÍTICAS
QUE OS BENEFICIAM, MAS NÃO OS PAÍSES EM DESENVOLVIENTO?
- HAVERÁ ALGUM PARALELO ENTRE ISSO E A PRESSÃO EXERCIDA PELA GR×BRETANHA, NO
SÉC. XIX, EM PROL DO LIVRE-COMÉRCIO E CONTRA AS POLÍTICAS PROTECIONISTAS DO EUA E
DE OUTOS PADS QUE ESTAVAM TENTANDO AVANÇAR POR MEIO DELAS?
- SERÁ JUSTO AFIRMAR QUE O ACORDO DA OMC, QUE RESTRINGE A CAPACIDADE DOS PAÍSES
EM DESENVOLVIMENTO DE PÔR EM PRÁTICA POLÍTICAS ICT ATIVISTAS, NÃO PASSA DE UMA
VERSÃO MODERNA, MULTILATREAL, DOS “TRATADOS DESIGUAIS” QUE A INGLATERRA E
OUTROS PADS COSTUMAVAM IMPOR AOS PAÍSES SEMI-INDEPENDENTES? RESPOSTA: SIM!
- O ÍNFIMO CRESCIMENTO ECONÔMICO VERIFICADO NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, NAS
ÚLTIMAS DUAS DÉCADAS, SUGERE QUE ESSA LINHA DE DEFESA É SIMPLESMENTE
INSUSTENTÁVEL;
- A MAIORIA DOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO PASSOU POR “REFORMAS POLÍTICAS” E
IMPLEMENTOU “POLÍTICAS BOAS” OU PELO MENOS “MELHORES” – QUE DEVIAM TER
PROMOVIDO O CRESCIMENTO; O RESULTADO FOI UMA GRANDE DECEPÇÃO
- O FATO PATENTE É QUE AS “REFORMAS POLÍTICAS” NEOLIBERAIS SE MOSTRARAM INCAPAZES
DE CUMPRIR A SUA GRANDE PROMESSA: O CRESCIMENTO ECONÔMICO;
- QUANDO DA SUA IMPLEMENTAÇÃO, GARANTIRAM-NOS QUE, EMBORA ESSAS “REFORMAS”
TALVEZ AUMENTASSEM A DESIGUALDADE A CURTO E, POSSIVELMENTE, TAMBÉM A LONGO
PRAZO, ELAS GERARIAM UM CRESCIMENTO MAIS RÁPIDO, E ENFIM, ALÇARIAM A TODOS MAIS
EFETIMANETE DO QUE AS POLÍTICAS INTERVENCIONISTAS DO IMEDIATO PÓS-GUERRA;
- A DESIGUALDADE DA RENDA AUMENTOU TAL COMO SE PREVIU, MAS A PROMETIDA
ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO NÃO SE VERIFICOU.
- EM COMPARAÇÃO COM O PERÍODO 1960-1980, NO QUAL PREDOMINARAM AS POLÍTICAS
“RUINS”, O CRESCIMENTO SE DESACELEROU ACENTUADAMENTE NAS ÚLTIMAS DUAS
DÉCADAS, SOBRETUDO NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO.
- TODOS OS PAÍSES, MAS PRINCIPALMENTE OS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, RESCERAM
MUITO MAIS RAPIDAMENTE NO PERÍODO EM QUE APLICARAM POLÍTICAS “RUINS”, ENTRE
1960-1980, DO QUE NAS DUAS DÉCADAS SEGUINTES, QUANDO PASSARAM A ADOTAR AS
“BOAS”;
- RESPOSTA ÓBVIA PARA TAL PARADOXO É RECONHECER QUE AS POLÍTICAS UPOSTAMENTE
“BOAS” NADA TÊM DE BENÉFICO PARA OS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, PELO CONTRÁRIO,
NA VERDADE É PROVÁVEL QUE AS POLÍTICAS “RUINS” LHES FAÇAM BEM QUANDO
EFETIVAMENTE IMPLEMENTADAS
- Agora, o mais interessante é que essas políticas “ruins” são basicamente as que os PADs
aplicaram quando eram países em desenvolvimento. Diante disso, só podemos concluir que,
ao recomendar as tão proclamadas políticas “boas”, os PADs estão, efetivamente, “chutando a
escada” pela qual subiram ao topo
Repensando o desenvolvimento institucional
- O processo de desenvolvimento institucional, assim como o papel que ele tem no
desenvolvimento econômico em geral, é uma questão ainda pouco compreendida
- A maioria das instituições atualmente recomendadas aos países em desenvolvimento como
parte do pacote de “boa governança” foram, na verdade, resultados, e não causas, do
desenvolvimento econômico dos PADs;

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desenvolvimento econômico dos PADs;
- Além do mais, ainda que concordemos que certas instituições são “boas" ou mesmo
“necessárias”, é preciso ter cautela ao especificar os seus formatos exatos;
- Além do mais, ainda que concordemos que certas instituições são “boas" ou mesmo
“necessárias”, é preciso ter cautela ao especificar os seus formatos exatos
- NO CAPÍTULO 3, MOSTREI QUE, PARA PRATICAMENTE TODAS AS INSTITUIÇÕES, HÁ UM
DEBATE ACERCA DO EXATO FORMATO QUE ELA DEVE TER;
- QUE TIPO DE BUROCRACIA É BOA PARA O DESENVOLVIMENTO? ATÉ QUE PONTO OS REGIMES
DE DIREITOS DE PROPRIEDADE DEVEM PROTEGER OS DIREITOS DE PROPRIEDADE EXISTENTES?
ATÉ QUE PONTO CONVÉM QUE UMA LEI DE FALÊNCIA FAVOREÇA O DEVEDOR? ATÉ QUE
PONTO O BANCO CENTRAL HÁ DE SER INDEPENDENTE?
- A ATUAL VISÃO DOMINANTE, SEGUNDO A QUAL NÃO HÁ SENÃO UM ÚNICO CONJUNTO DE
INSTITUIÇÕES “DA MELHOR PRÁTICA” (O QUE GERALMENTE SIGNIFICA INSTITUIÇÕES ANGLO-
AMERICANAS) A SER ADOTADO POR TODOS, É ALTAMENTE PROBLEMÁTICA
- Não obstante, o argumento segundo o qual muitas das instituições atualmente recomendadas
pelo discurso da “boa governança” podem não ser necessárias ou nem mesmo benéficas para
os países em desenvolvimento não deve ser entendido como afirmar que as instituições não
têm importância ou que os países em desenvolvimento não precisam aperfeiçoar as suas;
- Pelo contrário, o aprimoramento da qualidade das instituições parece estar historicamente
associado ao melhor desempenho de crescimento, observação esta que se apoia facilmente na
evidência histórica e na contemporânea
- Dado que os PADs tiveram um desenvolvimento institucional significativo a partir da metade
do século XIX (ver a seção 3.3.1), é muito plausível que pelo menos uma parte dessa
aceleração do crescimento tenha ocorrido em razão do aprimoramento da qualidade das
instituições;
- O desempenho econômico imensamente superior dos PADs, na chamada “Idade de Ouro do
Capitalismo” (1950-1973), em comparação com os períodos anterior e posterior, também
realça a importância das instituições na geração do crescimento econômico e da estabilidade
- Em sua maior parte, os comentaristas atribuem a Idade de Ouro dos PADs à introdução de
melhores instituições depois da Segunda Guerra Mundial, como as instituições orçamentárias
ativistas (keynesianas), os welfare States plenamente amadurecidos, as regulamentações mais
rigorosas do mercado financeiro, as instituições corporativistas de negociação salarial, as
instituições de coordenação de investimento e, em certos casos, as indústrias nacionalizadas
(especialmente na França e na Áustria).;
- Aceita-se amplamente que essas instituições ajudaram os PADs a crescer rapidamente,
proporcionando-lhes maior estabilidade macroeconômica e financeira, melhor alocação de
recursos e mais paz social (Marglin & Schor, 1990; Armstrong et ah, 1991; Cairncross &
Cairncross, 1992)
- A comparação entre o crescimento dos PADs nos primeiros tempos com o dos países em
desenvolvimento no período do pós- guerra também nos fornece alguns insights importantes
sobre a relação entre as políticas, as instituições e o crescimento econômico
- Eu diria que os países em desenvolvimento conseguiram crescer mais rapidamente, no
período do pós-guerra (1960-1980), do que os PADs quando estavam em estágios comparáveis
de desenvolvimento, em parte porque contavam com instituições muito melhores que estes
(ver seção 3.3.3 do Capítulo 3)

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- A TABELA 4.2 MOSTRA QUE, DURANTE O PERÍODO 1960-1980, OS PAÍSES EM
DESENVOLVIMENTO CRESCERAM APROXIMADAMENTE 3% A. A., EM TERMOS PER CAPITA, É
UM DESEMPENHO MUITO SUPERIOR AO OBTIDO PELOS PADS NO SEU “SÉCULO DE
DESENVOLVIMENTO” (1820-1913), COMO MOSTRA A TABELA 4.1, CUJOS ÍNDICES MÉDIOS DE
CRESCIMENTO FICARAM, EM TORNO DE 1%-1,5% A. A;
- ESSES NÚMEROS SUGEREM QUE A TAREFA DE MELHORAR A QUALIDADE DAS INSTITUIÇÕES É
IMPORTANTE PARA OS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO DISPOSTOS A ACELERAR O
CRESCIMENTO ECONÔMICO E O PROGRESSO
- MAS É PRECISO FAZER DUAS IMPORTANTES RESSALVAS.
- EM PRIMEIRO LUGAR, AO PRECONIZAR O APRIMORAMENTO INSTITUCIONAL NOS PAÍSES EM
DESENVOLVIMENTO, DEVEMOS COMPREENDER QUE O PROCESSO É DEMORADO E TRATAR DE
SER MAIS PACIENTES;
- A SEGUNDA RESTRIÇÃO QUE EU GOSTARIA DE FAZER É QUE AS INSTITUIÇÕES “BOAS” SÓ
PRODUZEM CRESCIMENTO QUANDO ASSOCIADAS A POLÍTICAS IGUALMENTE “BOAS”. CUSTOS
DAS INSTITUIÇÕES

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Possíveis objeções
- A primeira - e mais óbvia - é o raciocínio segundo o qual os países em desenvolvimento,
queiram ou não, têm de adotar as políticas e instituições recomendadas pelos desenvolvidos,
porque o mundo é assim mesmo: os fortes mandam e os fracos obedecem
- A SEGUNDA POSSÍVEL OBJEÇÃO CONSISTE EM ALEGAR QUE AS POLÍTICAS E INSTITUIÇÕES
RECOMENDADAS PELO EIPD AOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO TÊM DE SER ADOTADAS
PORQUE É ESSA A VONTADE DOS INVESTIDORES INTERNACIONAIS.
○ EM PRIMEIRO LUGAR, NÃO É TÃO EVIDENTE ASSIM QUE OS INVESTIDORES
INTERNACIONAIS ESTÃO NECESSARIAMENTE PREOCUPADOS COM AS POLÍTICAS E AS
INSTITUIÇÕES PRECONIZADAS PELO EIPD.
○ SEGUNDO, MESMO QUE A CONFORMIDADE COM OS PADRÕES INTERNACIONAIS DE
POLÍTICAS E INSTITUIÇÕES GERE O AUMENTO DOS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS, NA
MAIORIA DOS PAÍSES, ESTES NÃO SÃO O ELEMENTO-CHAVE DO MECANISMO DE
CRESCIMENTO
○ EM TERCEIRO LUGAR, ESPECIFICAMENTE NO QUE SE REFERE ÀS INSTITUIÇÕES, EU
ARGUMENTARIA QUE, MESMO SE FOREM IMPLANTADAS POR CAUSA DA PRESSÃO
INTERNACIONAL, ALGUMAS INSTITUIÇÕES “BOAS” NÃO PRODUZIRÃO O EFEITO
ESPERADO SE NÃO PUDEREM SER EFETIVAMENTE APLICADAS.;
- QUARTO, JÁ QUE O ESTABLISHMENT INTERNACIONAL DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO É
CAPAZ DE INFLUENCIAR A MANEIRA COMO AS “BOAS POLÍTICAS” E AS “BOAS INSTITUIÇÕES”
SÃO DEFINIDAS, INTERPRETADAS E PROMOVIDAS, AINDA É CONVENIENTE DISCUTIR QUE
POLÍTICAS E INSTITUIÇÕES SE DEVE PEDIR A CADA PAÍS EM DESENVOLVIMENTO
- A TERCEIRA POSSÍVEL OBJEÇÃO À MINHA ARGUMENTAÇÃO, QUE DIZ RESPEITO
PARTICULARMENTE À QUESTÃO DO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL, É QUE AS
INSTITUIÇÕES “PADRÃO MUNDIAL” SURGIRAM NO SÉCULO PASSADO, DE MODO QUE OS
ATUAIS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO NÃO DEVEM TOMAR COMO MODELO OS PADS DE
CEM OU 150 ANOS ATRÁS
Considerações finais
- SEJA QUAL FOR A INTENÇÃO POR TRÁS DESSE “CHUTAR A ESCADA”, O FATO É QUE AS
POLÍTICAS E INSTITUIÇÕES SUPOSTAMENTE “BOAS” NÃO CONSEGUIRAM GERAR O
PROMETIDO DINAMISMO DO CRESCIMENTO, NOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO, NAS
ÚLTIMAS DUAS DÉCADAS EM QUE FORAM TÃO VIGOROSAMENTE PROMOVIDAS PELO EIPD.
PELO CONTRÁRIO, EM MUITOS DESSES PAÍSES, O CRESCIMENTO SIMPLESMENTE

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PELO CONTRÁRIO, EM MUITOS DESSES PAÍSES, O CRESCIMENTO SIMPLESMENTE
DESAPARECEU;
- QUE FAZER ENTÃO? CONQUANTO ESCAPE DO ALCANCE DESTE LIVRO ESTABELECER UM
DETALHADO PLANO DE AÇÃO, PODEM-SE MANIFESTAR AS SEGUINTES IDEIAS
- PARA COMEÇAR, DEVIAM-SE DIVULGAR MAIS OS FATOS HISTÓRICOS LIGADOS AO PROCESSO
DE DESENVOLVIMENTO DOS PAÍSES DESENVOLVIDOS. NÃO SE TRATA APENAS DE “ENTENDER
BEM A HISTÓRIA”, MAS TAMBÉM, DE PERMITIR AOS PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO FAZER
ESCOLHAS INFORMADAS QUANTO ÀS POLÍTICAS E INSTITUIÇÕES QUE TALVEZ LHES SEJAM
MAIS CONVENIENTES.
- É NECESSÁRIO MAIS ESFORÇO INTELECTUAL PARA MELHOR COMPREENDER O PAPEL DAS
POLÍTICAS E DAS INSTITUIÇÕES - SOBRETUDO O DESTAS ÚLTIMAS - NO DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO, REMOVENDO OS MITOS HISTÓRICOS E AS TEORIAS EXCESSIVAMENTE
ABSTRATAS QUE OFUSCAM MUITOS TEÓRICOS E ESTRATEGISTAS
- MAIS ESPECIFICAMENTE, AS POLÍTICAS “RUINS”, QUE A MAIORIA DOS PADS APLICOU COM
TANTA EFICIÊNCIA QUANDO ESTAVA SE DESENVOLVENDO, DEVIAM SER PERMITIDAS E ATÉ
MESMO ESTIMULADAS PELO PAÍSES DESENVOLVIDOS E PELO EIPD QUE ELES CONTROLAM.;
- EMBORA SEJA VERDADE QUE AS POLÍTICAS ICT ATIVISTAS PODEM DEGENERAR NUMA REDE
DE BUROCRATISMO E CORRUPÇÃO, ISSO NÃO SIGNIFICA QUE TAIS POLÍTICAS JAMAIS DEVAM
SER USADAS.
- CONCLUSÃO É QUE PRECISAMOS DE UMA ABORDAGEM DA ELABORAÇÃO INTERNACIONAL DE
POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO MUITO DIFERENTE DA ADOTADA PELOS PAÍSES
DESENVOLVIDOS E PELO ESTABLISHMENT INTERNACIONAL DA POLÍTICA DE
DESENVOLVIMENTO
- Em termos de políticas, eu advogaria, antes de tudo, uma mudança radical nas
condicionalidades vinculadas à ajuda financeira do FMI e do Banco Mundial ou dos governos
dos países desenvolvidos.;
- Tais condicionalidades deviam se apoiar no reconhecimento de que muitas políticas
consideradas “ruins” não o são na verdade e de que não pode existir uma política da “melhor
prática”, à qual todos devem aderir;
- Em segundo lugar, é preciso reescrever as regras da OMC e de outros acordos multilaterais de
comércio de modo a permitir um uso mais ativo dos instrumentos de promoção da indústria
nascente (por exemplo, as tarifas e os subsídios)
- Deve-se estimular o aprimoramento institucional, sobretudo diante do enorme potencial de
crescimento que uma combinação de (verdadeiramente) boas políticas e boas instituições
pode gerar. Todavia, isso não se deve confundir com a imposição de um conjunto fixo de
instituições anglo-americanas a todos os países;
- Também são necessárias tentativas mais sérias, tanto no âmbito acadêmico quanto no prático,
de investigar exatamente quais instituições são necessárias ou benéficas para que tipo de país,
tendo em conta o estágio de desenvolvimento e as condições econômicas, políticas e até
culturais específicos.
- Deve-se tomar um cuidado muito especial para não se exigir um upgrading excessivamente
rápido das instituições dos países em desenvolvimento, principalmente porque eles já fizeram
muito, em comparação com os PADs em estágios equivalentes de desenvolvimento, e porque
a implantação de novas instituições é muito custosa.;
- Isso há de beneficiar não só os países em desenvolvimento, mas, a longo prazo, também os
desenvolvidos, à medida que aumentará o comércio e as oportunidades de investimento.

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2022 05 02 Aula XII
segunda-feira, 2 de maio de 2022 14:09

O desenvolvimento equilibrado
Ref: Rosenstein-Rodan (1943)
Pioneiro
Trajetórias
Tempo
Diferentes equilíbrios
Formação de capital e industrializações como bases
Big Push: empurrão, planejamento, coordenação, construção simultânea, interdependência (T.I.E.O.)
- Modelo russo
- Modelo alternativo
Objetivo: emprego em ecos. Deprimidas ou atrasadas
Oligopólios e estação estatal
Economias externas:
- Tecnológicas: MDO e escalas mínimas
- Pecuniárias:
▪ Horizontal
▪ Vertical
Financiamento externo: > viabilidade com TIEO
Infra. E inds. Leves: x para fechar BP
Críticas
- Decisão de I. e forças políticas
- Deseconomias externas
- Desincentivo à inovação

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CHANG
Estratégias desenvolvimento PADs -políticas consideradas desde os anos 70 inadequadas, pelas
instituições multilaterais e próprios PADs
Desde revol ind originária e países que seguiram - PADs seguiram conjunto de políticas baseadas em
preços errados (Amsden) - distorcem os sistemas de alocação relativa
Preços corretos: basicamente determinados por oferta e demanda

Historicamente, estratégia de desenvolv pads contrárias a essas ideias - preços errados - distorcer
sistemas de preços relativos (termos de percepção liberal - não neutralidade da ciência) - estratégias de
desenvolvimento não para caminhada para vocações naturais, mas redirecionamento para
desenvolvimento, que inclui novo desenho de estrutura produtiva
Estratégias:
- Protecionismo
- Proibição export recursos naturais - desincentivar expor de insumos, para export de
manufatura/processos domésticos
- Atração de tecnologia
- Imperialismo do livre comércio: tratados desiguais
Institucionalidade que proíbe ou desincentiva fortemente desenvolvimento - chutar a escada
Corolário do desenvolvimento por inst multilaterais: inst de padrão anglo-saxão - democracia
representativa, banco central independente - diminuir a margem de políticas para o desenvolvimento
Instituições não causadoras de desenvolvimento, tem importância, mas transf na estrut produtiva e
dinâmica de acumulação que levam às instituições
Estados desenvolvimentistas asiáticos - forte coordenação do estado, forte orientação export, pol ind
bem feita com metas elevadas e mecanismos de coerção fortes - Estado como parteiro e incubador da
burguesia na Ásia - Adams: Autonomia embebida/imersa - correlação de forças políticas, proximidade
mas distanciamento - estados autoritários com grupos restritos, núcleo decisório e de coerção-
compadrio - top down, estrutura de distribuição de renda homogênea prévia, forças do atraso
extirpadas, grande invest em educação, evitar excesso de competição - concentrar investimentos
Impossibilidade de replicação, mas possibilidade de inspiração

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Impossibilidade de replicação, mas possibilidade de inspiração
evidências históricas - preços e instituições erradas prevaleciam: países cresciam mais, maior
distribuição dos frutos do progresso técninco

Rosenstein-Rodan 1943
Crítica ao monoeconomismo - processos e trajetórias, possibilidades - diferentes estruturas produtivas -
inserir tempo - estrut prod e de acumulação associadas
Diferentes equilíbrios - instrumento: acumulação capital, aumento poupança, industrialização
Qual a estratégia mais adequada?
Grande coordenação de investimentos como elemento capaz de levar transf estrutural de forma
coordenada - desenvolvimento equilibrado entre setores
Economias capitalistas - recorrência - vigência de economias externas (+ que externalidades) - retorno
social, produto marginal social do investimento > retorno privado - padrão em economias capitalistas
Ex: invest em infraestruturas
Economias externas - principalmente em atividades de investimento
Se produto marginal social é maior que o retorno privado - investimento, se apenas nas mãos privadas,
menor que o ótimo - retorno marginal = custo marginal; retorno marginal social maior que o privado - p
conjunto da d=sociedade, abaixo do ótimo. Mas, se coordenação ou investimento estado, maior
investimento
Trust internacional da europa oriental - complementaridade de economias ext
- Tecnológicas:
○ MDO: avanço para desenvolvimento e geração de emprego - para transição de setor
agrícola para industrial, necessidade de capacitação, por ex. Treino conjunto de trabalhador,
benefício de todos da indústria - arranjo produtivo local - externalidade tecnológica - mdo
circula
○ Escalas mínimas de eficiência: metas, entrelaçamento de setores da economia -
complementaridade, efeitos transbordam, beneficiam todos se bem coordenados
- Pecuniárias:
○ Horizontais: emprego e renda que podem gerar demandas para outros setores -
combinação de externalidade com efeito multiplicador e acelerador de Keynes
○ Verticais: montadora - demandar peças, que demandam matérias primas - demanda
intersetorial
- Necessidade de coordenação do investimento se torna patente
- Dado que econo ext existem, necessidade de big push para desenvolver
- "construir todos os andares do prédio ao mesmo tempo" - interdependência, economias externas,
escalas mínimas de eficiência, mdo treinada,
- Com capital nacional próprio - maior lentidão
- Modelo alt: constituir d1 plenamente =, podendo usar capital externo -cresc mais rápido
○ Centralização recurso, segurar consumo
○ Maior ênfase em setores mais leves - excedente exportável em termos de salários
- Modelo russo: perturbação da DIT: ind completa, aguerrir disputa no sist econômico internac -
- Viabilidade de big push, investimentos complemnentares - potencializar e viabilizar o que sozinho
não surgiria

Crísticas: Kirschman - desenvolv desequilibrado


- Em economia atrasada, decisão de invest complexa
- Sem escassez de recursos - lacuna da habilidade de invest - sem correlação de forças pol pró
invest que levem à transformação
- Desincentivo à inovação

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2022 05 04 - Aula XIII
quarta-feira, 4 de maio de 2022 14:01

Prova 11/05: até esse texto


O desenvolvimento desequilibrado
Ref: Hirschman (1958), cap. II e IV
- Críticas ao monoeconomismo (organismos multilaterais)
- Não necessariamente haveria reciprocidade nas relações de troca internacionais
- Cooperação internacional/capital externo poderia ter participação positiva no processo
- Visão complementar à cepalina, porém sem ter o sistema centro-periferia como objeto central
da análise
- Grandes descontinuidades entre as evoluções dos parques produtivos das nações
- Elemento central: encadeamentos (linkages) para trás e para frente seriam os indutores do
desen/to
- Por quê?
○ Críticas ao desenvolvimento equilibrado
○ Aprendizados ao longo do processo
- Como os linkages funcionam?
○ Físico-produtivos
▪ Interiores: novas atividades
▪ Exteriores: novos atores
○ De consumo
○ Fiscais
Linkages a montante (para frente) e a jusante (para trás)
A estratégia
- Diagnóstico:
○ subutilização/escassez disfarçada de recursos para o desen/to
○ Dificuldade de se desencadear o I. Falta de "habilidade para o investimento"
- Crítica à acumulação infinitesimal
- I e efeitos completivos (investimento adicional a partir dos desequilíbrios)
○ Qual o melhor caminho?
▪ Sequência eficiente seria a com maiores efeitos completivos
▪ Em sub. Os encadeamentos para trás são maiores (buscar o balanço)
○ Efeito túnel
▪ Desigualdade temporária funcional e temporária
▪ Implicações antagônicas devido à alteração estrutural

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Contraposição ao desenvolvimento equilibrado (rosenstein-rodan), mas ainda em contexto de crítica
a monoeconomismo
- Economias externas positivas como pressuposto de Rodan - mas H. aponta a vigência de
deseconomias externas
- Investimento: retorno social maior que o privado
- Processo de desenvolvimento: implicações antagônicas - exacerbação contradições,
recondicionar acumulação (capitalistas entre si, capitalistas e trabalhadores - tensões)
- Pode levar a deseconomias - avanço na transf estrut - destruição criadora (schumpeter) -
processos marcados por grandes descontinuidades - não necessariamente possível planejar,
articular todas as ações - tensões antagônicas, reorganizar, arbitrar entre atores
- Não planejado tudo a priori
- Importantes implicações negativas
- Pensar todo o desenvolvimento equilibradamente - completude da matriz insumo-produto,
quase sinônimo industrialização - cortar espaços para a inovação
○ Avanços em investimento como incorporação progresso técnico - planejada a priori -
mas desenvolv articulado em bloco único, se há mudanças de paradigma, como
incorporar? Sem espaço ou força para refazer
○ Possibilidade de ficar preso ou estanque em processo dinâmico de transformação
- Dificuldade de empreender, capitanear processo de desenvolvimento em bloco - Que estado é

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- Dificuldade de empreender, capitanear processo de desenvolvimento em bloco - Que estado é
esse? Capacidade de investir, coordenar, com força política - ex ausência de burguesia
nacional em países atrasados - que agentes?
○ Usar como horizonte de análise, mas caminho não tão frutífero o do desenvolv
equilibrado
▪ Processo é descontínuo - diferentes níveis, necessidade de dar saltos, de acordo
com tamanho do atraso e configuração do paradigma naquele momento
□ Desenvolv eq tbm fala em descontinuidade - debater com autores de
crescimento
▪ Impossibilidade de planejamento total
▪ Impossibilidade de acúmulo lento de capital, processo espontâneo e linear de
desenvolvimento sem intervenção estatal
▪ Mudanças na composição orgânica do capital - relação capital e produto
▪ ausência de identidade entre invest e poupança, como diriam os neoclássicos
▪ Sem "passo-a-passo", descontinuidades
○ Estratégias de desenvolvimento: fluxos contínuos que levam a diferentes saltos a partir
de certo patamar
▪ Indivisibilidades e estratégia concorrencial
- Além crítica monoeconomismo, crítica a instituições multilaterais - one size fits all, políticas
mesmo com sequência lógica de implementação e passo a passo, partem de erro de
diagnóstico
○ Estratégia que passa pelo equilíbrio, pelo marginal - não encontrar o fundamental:
habilidade para o i.
○ Crítico da reciprocidade de trocas internacionais, mas algumas são - crença na
cooperação internacional, capitais ou novo modelo - possibilidade de contradição?
Ajustes nas políticas, altivez, "tatear"
- Diálogo com a cepal
○ Contexto hist, nacional, pol, geog - pensar melhor caminhos a partir daí
○ Não pensar sistema centro-periferia como objeto central da análise - papel positivo do
capital internacional
▪ Cepal: rígida, hierárquica
▪ Hirshman: olhar p cada nação e estratégias
- Elemento central para desenvolv deseq: linkages
○ Rr. - planejar, fazer tudo de uma vez - complementaridades
○ Hirschman - impossibilidade
▪ Desequilíbrios, encadeamentos
▪ Linkages - demanda p produto --> investimento para responder, efeito
completivo - saltos e rupturas, desequilíbrios
▪ Seria a única maneira
▪ Falta de habilidade do investimento - não escassez de capital, mas recursos
subutilizados
▪ Necessidade de start, novas atividades criando novas transformações
▪ Caminho mais adequado: o que gera mais desequilíbrios, mais encadeamentos,
efeitos completivos - maior empurrão para frente
□ Olhando para matriz de subproduto
□ Possibilidade de tolerância de desigualdade por curto período
- Start - reorganização, desequilibrios - novas demandas - novos investimentos - novos
problemas
- Avanço via desequilíbrios
- Elemento central: linkages - encadeamentos para trás e frente - coeficientes técnicos da matriz
insumo produto
○ Gerar encadeamentos
▪ A jusante - para frente na cadeia
▪ A montante- para trás na cadeia - quase sempre maiores nas economias
periféricas
- Funcionamento linkages (para trás/frente)
○ Tomar decisão de invest, ativar --> linkages entram em ação
Físicos e produtivos

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○ Físicos e produtivos
▪ Interiores: à própria cadeia - incorp novas atividades ao processo
▪ Exteriores: atração de novos agentes
○ De consumo
▪ Investimento vem antes da demanda --> gerar emprego e renda - compras e
trocas - efeitos multiplicadores, encadeamentos de consumo
○ Fiscais
▪ Aumento de arrecadação do estado a partir de renda - giro de processo
○ Vetores, instrumentos para a transmissão, sustentar a transformação
- Diagnóstico: não há escassez de recursos em países atrasados, especialmente de capitais, que
os impeça de estrat de fianciamento - subutilizados
○ Não é processo fácil
○ deficiência principal: dificuldade de desencadear investimento
○ Escassez de poupança deixa de ser obj central
○ ausência de grupo social/político para direcionar esforços
○ Impossibilidade de avanços
○ Escolha de linhas, estratégias e caminhos onde se consiga ativar investimento inicial
○ Investimento inicial vai puxar outros, por causar desequilíbrios
○ Encadeamentos a montante mais fáceis: demanda por bens importados já presente
(demanda prévia) - começar pelo bem final - demandar insumos, escassez,
desequilíbrio -> resolver o problema, empurrar
- Planejamento total funciona bem para economias já desenvolvidas em crise ou depressão
- Começar do final: maior possibilidade de gerar desequilíbrios; começar de trás: sem garantia
de demanda, enquanto da frente há já demanda - qual final, qual área? Provedores de insumo
- Export bens agrícolas: linkages de consumo e fiscais
- agentes internacionais: dificuldade de acreditar em fornecedores de insumos locais -->
necessidade de atuação de Estado - capital internacional é receoso - necessidade também de
planejamento
- Efeitos completivos: novos investimentos, novos desequilíbrios - via linkages
- Melhor caminho: sequência eficiente com mais efeitos completivos
- Desequilibrado: relações, estratégias, não fiscal ou monetária
- Buscar balanço
- Processo: reações antagônicas
- Efeito túnel - situação desconfortável em vias de objetivo melhor, avanço - tolerar em certo
nível
○ Desigualdade temporária: funcional ao desenvolvimento - concentração de recursos
para start no processo
○ X "fazer o bolo crescer p depois dividir"
○ Necessidade de celeridade - eficiência, tolerância temporária - start e encaminhar
- Todo processo de desenvolv: implicações antagônicas - reorganização, destruição do velho -
aumento desigualdade

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2022 05 09 - Aula XIV - Estudo coletivo
segunda-feira, 9 de maio de 2022 14:01

Desenvolvimento: processo de transformação estrutural que envolve geração de excedente,


acumulação e investimento associado a progresso técnico com objetivo de aumentar eficiência
dinâmica (shumpeteriana e keynesiana), e reduzir a heterogeneidade estrutural, social regional e
produtiva. [Furtado, Shumpeter, Keynes]

1. Monoeconomismo: caracterização e crítica


- Surgimento com Smith
- Principais críticas em List
- Análise econômica abstraindo a noção de nação, o que List denominaria de visão
cosmopolítica
- O monoeconomismo articula-se a e fundamenta visões liberais, com a defesa do livre
comércio internacional, fim de barreiras tarifárias
- Fundamenta a noção de convergência, segundo a qual os países naturalmente convergiriam a
um estado de desenvolvimento, caso seguissem o receituário liberal do laissez faire

- Críticas: visão naturalizante de fenômenos sociais


- Nação não utilizada como categoria de análise
- Foco em trocas e suposto equilíbrio, não forças produtivas e sua caracterização

11. Caracterize a estratégia de desenvolvimento desequilibrado a partir de Hirschman


- Não há escassez absoluta de recursos para o investimento: há, no lugar, uma "escassez
disfarçada", uma dificuldade de decisão de investimento
-

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2022 05 16 - XV Aula
segunda-feira, 16 de maio de 2022 14:09

O desenvolvimento com oferta ilimitada de mão de obra


Ref.: Lewis (1954)
- Planejamento e acumulação
- Contraposição à escassez --> implicações na especialização
- Limites do keynesianismo
- Excesso de m.d.o.: remuneração de subsistência
- Produtividade ínfima
O modelo:
Sistema dual
- Setor capitalista/ilhas
- Setor de subsistência
Dinâmica
- Acúmulo de KA. Migração para setor capitalista
- Aumento excedente (W kte.)
- Reinvestimento
○ Aumento ka.
○ Aumento progresso técnico
- Poupança (s) deve alcançar 10% a 12% do PIB
- Aumento s: aumento transferência m.d.o. com w kte (direcionamento para lucros)
Barreiras
- Setor capitalista muito pequeno
- Desigualdade em favor dos lucros e não da renda da terra
- Classe dominante capitalista/reinvestimento
Como acelerar o processo?
- Crédito - inflação - investimento
Limites em eco. Fechada: w e acumulação (IDE, imigração e progresso técnico)
Proteção à indústria nascente (Lei de custos comparativos)
- Erros dos modelos neoclássicos (escassez)
- Limites da X de commodities (aumento p.t. vai para queda preços)
- Lucro no centro
- Solução diversificação e I. voltado ao consumo doméstico
Caracts. Subs.
- ᴓ NEPT
- Baixa poupança
- Dificuldades institucionais de fomentar o I reprodutível

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Economista caribenho radicado na ING, pós 2ªGM
Crítica ao monoeconomismo, limites de pol neoclássicas
Luta emancipatória não levariam necessariamente ao desenvolvimento

Há, em países sub, excedente de mdo, oferta ilimitada nos setores de subsistência, remuneração
prox subsist e produtividade muito baixa
Ilhas capitalistas - capital reprodutível, dinâmica de acumulação
Lógica dual

Filiação ortodoxa
Estratégia de desenvolvimento - transição do excedente de mdo de subsistência para capitalista
Transição --> aumento acumulação, excedente --> aumento poupança --> aumento I
Gradativamente - aumento proporção setor capitalista, produtividade, lógica capitalista
Reduzir a dualidade na economia
Heterogeneidade no seu limite, muito pronunciada
Fomentar transição

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Pensamento em lógica de poupança determinando invest
Países em nível de I precisam aumentar participação da poupança na renda, lucros na renda

Contrapor-se à ideia neoclássica da escassez - definição ortodoxa de economia - problema: excesso


relativo de mdo (clássicos), plena otimização dos fatores (neoclássicos) - retorno marginais decresc,
equilíbrio
Escassez não vale na economia como um todo - remuneração (=/= salário - kista) próx subsistência,
muitos excluídos em dualidade
Disposição de trabalho a nível de subsistência - possibilidade de incorporação total hipotética e
escassez posterior - manter remuneração, agora salário, baixíssimo - c. 30% superior de
remuneração
Salário não sobe: exército industrial de reserva - tendências que puxam salários para baixo
A partir de ausência de escassez - prod marginal =/= retorno marginal (salário)
Implicações na especialização - não levarão à convergência, distribuição igual dos frutos de
progresso técnico - commodities: favorecer países centrais
Construção metodológica ortodoxa - escassez. Ret ,mg decres não valem, salário =/= produto mg -
necessidade de legislação trabalhista

Keynesianismo - limites - "longa nota de rodapé no neoclassicismo" em parte da curva que leva em
consideração que não há pleno emprego dos fatores, como se fosse possível e desejado

Lewis - não olhar para emprego, mas economia dual como preocupação, nem incorporação a lógica
capitalista
Se pleno emprego, lógica não dual - salários definidos pela produtividade marginal - retorno
ortodoxia

Necessidade de planejamento - I, incentivar acumulação e reprod. K


Mdo em produtividade próx de zero - configurações pré capitalistas
Movimento - retirada de setor de subsistência, levar p setor/ilhas kistas - aumento produtividade do
trabalhador
Salário ainda kte ou com pouco aumento - oferta ilimitada mdo puxa salário para baixo
Prod aumenta, salários se mantêm -> acumulação cresce
>participação lucros na economia, poupança, i

Lógica do capital cresc em lógica ampliada, buscando lucro - aumento prod na economia
Migraçaõ para setor kista --> tendÊncia acúmulo capitais e excedentes (w ktes)
Aumento acumulação - lógica de concorrência - enfrentamento de blocos de k em busca de
valorização - caráter positivo forças materiais (levar a progresso técnico)
Transição subsist a kismo - assoc a passo posterior - fomento ao reinvestimento produtivo [evitar
rentismo, invest imobiliário, terras etc]
Estado e instituições p fomento de i produtivo
Necessidade de classe ligada a capitalismo produtivo, não rentismo

Viabilizado pelo progresso técnico e expansão contínua - encaixe de duas dimensões


Transição subsistência p kismo - aumento lucros, produtividade com w ctes - aumento acumulação -
aumento desigualdade com diminuição dualidade, mas renda mais elevada
Concentração de renda em estágios iniciais de deesenvolv - muitas vezes funcional

Países em geral poupança 4-5% pib, necessidade de salto 10-12%


Aumentar dinâmica de acumulação, lucro endógeno e progresso técnico - tornar permanente
acumulação aumentada, em direção ao lucro
Possibilidade de análise da China como sistema dual - argumento convencional - baixos salários,
possibilidade de poupança e investimento, seguido de acumulação

Transição: não é fácil, barreiras


Setor k peq
Oferta ilimitada mdo - transição não trivial

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Oferta ilimitada mdo - transição não trivial
Tamanho suficiente setor k para transição - dificuldade aumento de escala, participação
Dinâmica desse processo - aumento desigualdades - deve aumentar em favor de k produtivo, não
renda da terra --> necessita de config pol específicas - mas dificuldade de efetivar invest (Hirschman)
Config forças pol - setor de subsist- preponderância de forças pol ligadas a atraso, k não reprod,
consumo conspícuo
Config pol - não é trivial
Assoc a reinvest
Lewis - planejar, direcionar

Como acelerar processo?


Transição - complexa, setor k peq
Aumento participação poupança renda
Relação crédito, inflação e invest
Estado: criar crédito, o que pode criar inflação (aumento base monetária descolada da poupança) -
direcionar crédito p/ aumento das bases produtivas - inflação como fenômeno temporário -
aumento p/ alem "lastro", mas aumento de capcaidade prod, aumento oferta, contornar inflação -
Estado investindo e direcionando setor privado - p isso, atividades de retorno rápido

Limites da transição - sist dual. Mas e quando acabar ofeta mdo ilimitada? - pressões p aumentos
salariais - patamar que pode barrar ou desacelerar acumulação
Em econo fechada: mudar dinâmica
Em econo aberta: atrair migrantes, salários baixos; ide - capital nacional em outros países -
acumulação ampliada
Progresso técnico - alargar limites, aumenta o excedente capturado pelo kista, aumento
produtividade acima w

Lei de custos comparativos - prot. Ind nasc - especialização em commodities não traz benefícios que
leituras convencionais trazem - produzir com custos baixos, voltado a export - manter pressões
permanentes p abaixar salários
Quem se apropia maior parte exced - k internac - pagar baixos salários, aumento prod = diminuição
custo de prod
Transf recursos p ext., centro
Erro modelo neocláss - não leva à convergência
Diversificação - I agrícola p/ prod doméstica, fugir de discussão de custos comparativos internac
dinÂmica mais prod

Países sub: contornar limitações


Baixas poupanças
Ausêmcia nucleo endógeno de progresso técnico
Caract inst que fomentem transição em direção a prod, lucro, reinvestimento

Crítica à ideia de escassez em cenário de mdo abundante e prod prox zero, econo dual - transicionar
p setor kista, mantendo w subsist, reinvestimento, correlação de forças pol e formatação inst a favor
reinvest prod
Aceleração: crédito, inflação, invest
Transitar, fim dualidade - ide, migração
Tudo com planejamento do estado

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2022 05 18 XVI Aula
quarta-feira, 18 de maio de 2022 14:05

As etapas do desenvolvimento econômico


Ref.: Rostow (1956)

- Contexto Guerra Fria e formas de barrar o avanço do socialismo: "Assistência Técnica e Cooperação Internacional"
- Limites políticos das abordagens da convergência/livre comércio
- Interpretações neoclássicas isoladas na academia
- Pretensões menos teóricas e mais no sentido de se encontrar regularidades
- Ênfase na percepção do desen/to a partir da dimensão tecnológica/referencial a partir dos
desenvolvidos/aplicação
Etapas generalistas
1. Sociedade tradicional
- Baixo potencial de produção per capita
- Limites no desen/to da técnica
- Baixa monetização
- Baixa mercantilização
- Baixa proletarização
- Baixa urbanização
- Baixa articulação campo-cidade
- Organização política e institucional incompatível com o desen/to capitalista
2. Pré condições para a decolagem
- Aumento produtividade agrícola Aumento recursos financeiros para o setor moderno
- Aumento produção de alimentos Aumento divisas para m de b.k.
- Urbanização
- Proletarização
- Aumento mercados
- Maior progresso técnico
- Investimento maior que crescimento demográfico
3. Decolagem
- Liderada pelo Estado (nacionalismo)
- Aumento investimento em infraestrutura
- Transformações institucionais e políticas
- Setores líderes com elevado dinamismo e reinvestimento
4. Marcha para a maturidade
- Transformação industrial relevante
- Heterogeneidade
5. Era do consumo de massa
- Transição dos problemas da produção para o bem estar

Críticas:
- Etapista
- Teleológico
- Vs. Cepal (centro-periferia)

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As etapas do desenvolvimento econômico
Pol ext eua, contexto guerra fria
Poucas contribuições teóricas, pretensões de perspectiva histórica em contexto geopol vigente, formas de espraiar
desenvolv em momento de ameaça expansão do socialismo
Desprendimento parcial da teoria tradicional

Convergência não se verifica; ameaça socialista; ações que mostram eficiência planejamento econômico (guerras, crise
de 1929)
Exp. Soviética de industrialização rápida
Percepção de que derivações de políticas do monoeconomismo --> convergência não se aplica; ameaça comunista mas
livre mercado como "ideia fora de lugar"; ainda ortodoxo e conservador
Subtítulo: "um manifesto anti-comunista"

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Subtítulo: "um manifesto anti-comunista"
Regularidades e padrões do desenvolvimento

Certa regularidade, mas sem automatismos - avanços no monopolismo do capital, extroversão do capital eua,
concorrência interestatal e capitalista ampliada
Estratégias dependem de contexto geopol e formas de org do k

Ponto principal: binômio assistência técnica e cooperação internacional


Desen/to: fundamentalmente, países não desenvolvidos utilizarem as melhores tecnologias disponíveis [alocar, não
criar], aplicá-las eficientemente nas forças produtivas - olhar a partir de países centrais, apenas em forças produtivas
Benefícios do late comer - referência dada para quem vem depois. "trajetória vencedora" facilmente selecionada
Partes negativas poderiam ser superadas pelo binômio assist técn e coop. Internac.

Ordem internacional harmônica, missões de assist técnica - contornar barreiras p generalização formas de produção
Etapas colocadas cronologicamente, então pouca influência de saltos e desequilíbrios

Interpretação em plano lógico pode ser útil, enquanto a literal é limitada


1. Alguns limites - baixo desenvol técn prod - dificuldade de elevada produtividade
Menor capacidade de geração de excedente e acumulação, para invest
Rompimento com ciclo vicioso
Para gerar excedente - revolução técnicas prod - tecnologia - invest ou ciência
Momento de consolidação kismo oligopolista - dificuldades e limitações

2. Acúmulo de pré-req para decolagem


Principais elementos: maior progresso técnico e cresc invest maior que cresc demográfico
Complacência com níveis de desigualdade, por parte de autores
Concentração de recursos é necessária, fase muito prévia da acumulação primitiva
Progresso técnico subjugado à formas de organização capitalista - vide sistema científico, organização voltada para
a acumulação de capitais

3. Com recursos p import b de k - recursos para capitar transiçao


- Desenvolvimento: deixar para trás estrutura anterior
- Ameaça externa - nacionalismo necessário, certa ameaça int/ext
- Leitores líderes: dinamismo, reinvestimento, linkages em outro setor

4. Transf estrut com heterogeneidade - não especifica seu papel, funcionamento ou possibilidades de eliminação
Planejo estatal, "empurrão" e desenvolvimento

5. Desenvolv sociedade e forças produtivas - era do consumo de massa


Libertar-se de problemas da produção, questão da reprod material, acumulação excedente e investimento
Pensar em bem-estar (depois de todas as etapas!)

CHANG - desenvolvimento sem reprodução


- Conceito tornado muito abstrato
- Discussão "chapa-branca"
- Importância da base material

Críticas a Rowstow
- Etapista - cepal: subdesenvolvimento não significa não ter passado por diferentes etapas, mas penetração das
estruturas capitalistas do centro em estrut não capitalistas da periferia - se reproduz, coexistência
- Teleológico - caminho definido

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XVII Aula - 2022 05 23
segunda-feira, 23 de maio de 2022 14:10

Problemas de formação de capital em países subdesenvolvidos


Ref.: Nurkse (1951), conferências 1 e 3
Ideia central: "Gaiola de ferro"/círculo vicioso da pobreza: "um país é pobre porque é pobre"
Objeto: Formação de capital
Dinâmica: aumento KA --> aumento produtividade -->deslocamento MDO --> aumento intensidade
KA/trabalhador
Progresso técnico: plano secundário associado a I
Limitações:
1. Baixo incentivo para o I (baixa demanda de S)
Mercado pequeno (escala mínima para incorporar KA)
Dificuldade de direcionamento produtivo (consumo, imóveis, luxo etc.)
Ciclo vicioso: mercado pequeno pq Y baixa
Y baixa pq produtividade baixa
Produtividade baixa pq I baixo
I baixo pq mercado pequeno
2. Dificuldade de se disponibilizar recursos para I (baixa oferta de S)
Baixa propensão a poupar (Y baixa)
"Efeito demonstração"
Novo círculo vicioso
Como contornar o círculo?
Crescimento equilibrado
Planejamento, eco. Externas, Lei de Say, blocos de I, complementaridades produtivas
Críticas a Keynes e Schumpeter
Instrumento: "Projetos de capital"
Ressalvas ao KA. Externo
Diversificação produtiva como instrumento para aumento comex.
KA externo deveria ser direcionado para viabilizar BK voltados ao mercado interno
Como viabilizar fontes internas de KA?
1. Países superpopulosos
Desemprego disfarçado
Baixa produtividade agrícola
Deslocamento e blocos de I
Taxação
M de BK simples
2. Países com população esparsa
Melhoria técnicas agrícolas
Taxação e empréstimos forçados/inflação
Contorno de efeito demonstração
Ressalvas ao KA externo
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---------------------------
Nurkse: ciclo vicioso que prende países à condição de subdesenvolvimento - "um país é pobre
porque é pobre", preso dentro de "gaiola de ferro"
Problemas de formação de k
1a geração de economistas do desenvolvimento, princeton, columbia eua - origem estoniana
Críticas de Furtado como sua estreia intelectual
Rompimento do ciclo: planejamento estatal e crescimento equilibrado
Evitar desvio de recursos do potencial investimento p consumo, atividades não produtivas, evitar
efeito demonstração, balizando estratégias de acordo com contingente populacional

Círculo vicioso da pobreza - obj central de raízes da pobreza - dificuldade engendrar processo de
formação de capital
Aumentar participação poupança na renda - aderência de Nurkse à lei de Say
Relação entre formação de k e gaiola de ferro - demanda por poupança e oferta de poupança -

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Relação entre formação de k e gaiola de ferro - demanda por poupança e oferta de poupança -
ambas baixas
Dinâmica de superação/desenvolvimento: formação de k (possibilidade de aumento I, direcionar
para I e não consumo; aumentar intensidade k por trabalhador), aumento produtividade -->
aumentar Y (salários, lucros) e/ou reduzir preços - combinação. Viabilizar deslocamento MDO para
estrut manufatureira, aumentar ainda mais intensidade k/trabalhador --> aumentando acumulação

Rowstow: difusão de formas de produção por toda a sociedade - fronteira como elemento central
Furtado: cópia de padrão de consumo
Nurkse: países de nível de desenvolv muito baixo - viabilizar quebra do ciclo pela acumulação k e I,
tecnologia viria a reboque, secundária, quase como exógena
Dotação k per capita: baixa. Se aumenta, maior intensidade k/trabalhador - investimento puxa
progresso tecnológico, tecnologia já dada, sem grandes barreiras
Críticas: e continuidade de processo de desenvolvimento? SNI, dependência capital internac,
em níveis superiores? Estrangulamento BP
Diferentes aproximações de teorias a diferentes estágios e situações

Limitações:
1. Baixa demanda por poupança/incentivo para investir --> mercado peq - dificuldade de
oportunidades de I que viabilizem/compatíveis com aumento k por trab e tamanho de
mercado p romper gaiola de ferro
Mercado peq - ciclo vicioso [renda baixa, produtividade baixa, investimento baixo, mercado
baixo][raízes ortodoxas - produtividade determinando renda]
2. Baixa oferta de poupança --> guiado pela lei de Say, propensão baixa a poupar, pois renda
baixa [elites: maior capacidade de poupança - vetor p invest prod e processo de desenvol;
entretanto, efeito demonstração - dependência cultural, emulação padrões de consumo
centrais - dificuldade de formação e direcionamento k]

Novo ciclo vicioso - y peq = baixa s/ alta y = efeito demonstração


Apenas mercado não consegue quebrar ciclo
Desenvolvimento como projeto - atravessar sociedade
Resolução passa por identificação e comprometimento
Cresc equilibrado = atuar em duas pontas, demanda e oferta de s
- Planejamento com blocos de invest para gerar eco externas
- Crítica Keynes - não há insuficiência de demanda - pol monetária expansionista não
necessariamente resolveria questão do invest
- Lei de Say, não princípio da demanda efetiva
- I via economias externas - ativa processo e gera própria demanda
- Crítica Schumpeter - empresário schumpeteriano - necessidade planejamento, coordenação,
inventar a arte de inventar
- Necessidade de setor privado mas com atuação de Estado, direcionamento
- Instrumento: projetos de capital ~invest em infraestrut.
- Ressalvas do k ext - se livre, export commodities - diferenças elasticidade renda da demanda
de export manufat e commodities - não deve ser vetor de processo - possível deterioração
termos de troca
- Diversificação estrut produtiva - pode levar depois a aumento livre comércio
- Ressalvas ao protecionismo - pol desenvolv não tradicional latam (substituição de invest,
import bk, proteção ind nascente) - progresso téc em plano inferior de análise; nível de k por
trab muito baixo; em traj de mais longo prazo não se sustenta
- Ainda assim, críticas ao k ext
- Viabilizar prod bk voltadas ao mercado int
- Marcado por ambiguidades e fragilidades

Países superpopulosos
- Transição de mdo agrícola para viabilizar novos processos de k
- Desemprego disfarçado - contingente pop em atividades agrícolas muto alto, produtividade
baixa
- Potencial de poupança latente - muita mdo, prod muito baixa - se deslocar parcela

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- Potencial de poupança latente - muita mdo, prod muito baixa - se deslocar parcela
contingente pop para projetos de k --> aumento potencial de acumulação agrícola, aumento
oferta de poupança - diálogo com Lewis
- Deslocamento deve vir acompanhado de blocos de invest
- Taxação - potencial de acumulação
- Import bk - equipamentos simples - mas e continuidade, após quebra da gaiola de ferro?
Países com pop. Esparça
- Evitar efeito demonstração - taxação, assimilação pela sociedade, implicações de importar
padrões de consumo externos
- Aumentar meio circulante p gerar crédito por exp monteária - gerar inflação mas conc
recursos no setor com maior capacidade de invest pela inflação
- Institucionalidade que condicione condicionamento de recursos por empréstimos forçados
- Concentrar recursos nos estado, direcionando para projetos de capital

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2022 06 06 - XVIII Aula
segunda-feira, 6 de junho de 2022 14:04

CEPAL - Desenvolvimento
Ref.: Bieschowsky - 50 anos de pensamento da CEPAL
Anos 50: industrialização/modelo voltado para dentro
- O que é sub?
- Para fora/para dentro
- ISI <-> estrangulamento externo, inflação estrutural, escassez de S e divisas

Escola de Campinas: decisões de acumulação internas, financiamento keynesiano do I

Anos 60: redistribuir para crescer


Limitações da industrialização
- Tendência à estagnação
- Heterogeneidade estrutural
- Dependência externa
Solução: reformas estruturais

Anos 70: estilos de desenvolvimento


Reorientar industrialização (divisas, competitividade)
Contornar dependência (tech, financeira)
|| estilo perverso
Reorientar para problemas da heterogeneidade

Anos 80: ajuste com crescimento


- Crise, estatização da dívida, inflação inercial
- Falhas nas inds: ausência de n.e.p.t. e de crescimento com distribuição
- Críticas ao ajuste convencional

Anos 90: transformação produtiva com equidade


Neoestruturalismo
Debates influenciados pela globalização
- Competitividade sistêmica
- Integração produtiva
- Requalificação do papel do Estado

-------------
Ler texto, ver aulas gravadas
Percepção dos limites das estratégias de desenvolvimento, recolocados por momentos de cresc,
decresc

Pensamento cepalino em 5 grandes recortes - desafios ao desenvolv e subdesenvolv - cepal formula


corolários de política

Anos 50
O que é subdesenvolv? - deve ser compreendido como fenômeno específico - conjunto de análises
permeados por método histórico estruturalista - diagnóstico específico e sugestões de políticas para
superação
Sugestões reformistas - não socialistas!
Baseadas em "desenvolvimentismo" - filosofia/sistema de política econômica, br/latam anos 20
1. promover industrialização para superar subdesenvolv
a. Por meio da atuação estatal
b. Com protecionismo
c. Com vertente nacionalista
Noção positivista - desenvolv como estágio superior; objetivo da nação - confundido com o
progresso, especialmente material - para tal, necessidade de um método - científico, voltado à ação

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progresso, especialmente material - para tal, necessidade de um método - científico, voltado à ação
CEPAL - em contexto mais amplo - teoria do subdesenvolvimento bem-feita, compreensão da
realidade, planejamento, atuação setorial, reformas - superar [compreensão a partir dos termos
centro-periferia] - ciência no panteão, se bem aplicado, motor do progresso - posteriormente
autocrítica
Subdesenvolvimento:
- não é país ainda não desenvolvido
- não é natural, necessariamente gradativo, automático
- Não é estágio pelo qual países hoje desenvolvidos passaram
- Nasce com países desenvolvidos - só há subdesenvolv pq há desenvolv
- Resultado de processo histórico de penetração de empresas capitalistas em economias
arcaicas - extroversão econômica europeia, gerando economias duais, marcadas pela
heterogeneidade - Furtado
- Desenvolv: 1a revol ind - extroversão do capital a economias arcaicas, penetração estrut
capitalista gerando dualidade, heterogeneidade estrutural - condição inclusive de reprodução
do desenvolvimento - mediado por sistema centro-periferia hierárquico
- Necessidade de corpo teórico específico para compreensão subdesenvolv
- Economia dual: ilhas dinâmicas, modernas, progresso técnico, capacidade de acumulação,
ligadas ao mercado ext - dinamismo circunscrito, ef multiplic peq, - heterogeneidade:
produtividade baixa, pouco dinamismo etc
- Lógica positivista - superação: planejamento, reformas
- Migrar de cresc voltado para fora par um voltado para dentro
○ Dinamismo ext, cresc voltado para fora, adequação, absorção de tec
○ Deterioração dos termos de troca, transf frutos progresso téc, acúmulo p fora e crise
sistÊmica balanço de pgto
○ Solução: industrializar
○ Centro dinâmico deve ser interno
- Crise de 30: políticas pré-keynes que ativam circuito de gasto-renda, dadas caract br, eixo
dinâmico passa a ser interno =/= controle excedente, núcleo endógeno de progresso internos -
a partir de dentro mas não orientado para
- Orientação: Ind por subst importações como modelo
- O que empurra esse cresc: país desenvolv - nucleo endógeno de progresso técnico - subs:
demanda prévia - reprimida [estágio superior de subdes - eixo interno, certo avanço ind -
avanço deve substituir importações]
- ind latam se dá por choques adversos - choque ext => redução capacidade import - choque
físico, crises cambiais, ambos, escassez de divisas - incapacidade de avançar nas import
- Choque e reação ao choque - ex: 30s - estado como gastador de última instância,a tivar
circuito gasto renda - crise internac - continuidade demanda doméstica, paralização import -
redirecionamento capital em termos relativos - novas atividades produtivas - parte do capital
vaza para ind - maior rentabilidade produtos

- Problema: industrialização por subst import - nome ruim - ideia de redução das importações,
quando não necessariamente se está - reconfig de pauta de import, requalificação - máquinas
e insumos, não bens de consumo - sair de bens finais simples, para complexos, e
intermediários e matérias primas - subst. Import =/= reduzir volume total de import - romper
sist centro periferia e autonomia? Industrialização por subst import significa redução relativa
de import - avanço na ind=reconfig pauta import
- ISI vem de choques adversos mas também gera estrangulamentos BP - repor, recolocar
estrangulamento
○ Por isso MCT coloca a necessidade do big push
- Processo de ind marcado por 2 hiatos -inflação estrut e escassez de poupança
○ Isi esbarra nisso a todo momento - escalas crescentes de I necessários - problemas de
financiamento
○ Escassez de divisas - recolocada, enquanto não se completa, recolocados - reflexos na
inflação de natureza não monetária, mas com resultado de expansão monetária, e não
de demanda, mas estrutural - decorre de desequilíbrios estrut produtiva = escassez de
alimentos (avanço urbanização, estrut latifundiária não orientada para prod alimentos),
problemas energéticos, de transporte, infraestruturais - desquilíbrios setoriais conforme

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problemas energéticos, de transporte, infraestruturais - desquilíbrios setoriais conforme
se recoloca ind - pressões para desvalorizações cambiais <-> inflação ---> concentração
renda, favorecendo I

Escola de Campinas
MCT - sem escassez de poupança, mas natureza do financiamento - não poupança prévia, mas
condições de direcionar estoque de riqueza para atividades de produção - aceleração e
multiplicação - crédito
- Dificuldade de financiamento, reorientação riqueza financeira pra atividades prod, transf
estrut, mecanismos de financiamento e políticas que os suportem
- Desde fim escravidão, mecanismos principais devem ser vistos a partir de decisões internas, a
partir de lógica de reprod capitalismo, não apenas centro-periferia.

Anos 60
Redistribuir p crescer
Limitações industrialização - problemas que se supunha que seriam superados foram repostos
- Heterogeneidade estrutural - avanço ind em paralelo ao da heterogeneidade, acentuada -
produtiva, regional e social, ligadas. Avanço ind - não de maneira revolucionária, mas
concentrada, com consequências na distribuição de renda - se reproduz
○ Também como resultado da lógica de cresc de atendimento da demanda prévia
reprimida - que vem da cópia de padrões de consumo externos - resultado e resulta em
processo de modernização conservadora - reprod padrões de consumo do centro,
buscando orientar ind assim, com nível de renda per capita fracionario da do centro =
conservadora, por não responder anseio dos/para os nacionais - reprod estrut prod
centro - estrut po=rod replicada tem impactos na heterogeneidade - pensada para
realidade no centro - nível de renda, dotação de capital, trabalho no centro, lógicas de
concorrência, formação de k humano
○ Voltar-se não para não progresso, questionar modelo de desenvolvimento
○ Heterogeneidade reflexo pol; result dinâmica produtiva e de acumulação - estrut
condiciona limites política
- Heterogeneidade -> estagnação
○ Modelo sem cresc de longo prazo - cópia padrões de consumo, atender demanda prévia,
modernização conservadora - técnicas intensivas em capital e poupadoras de mdo -
avanço: áreas mais intensivas em k por trabalhador, mais produtividade, técnicas mais
poupadoras de mdo -> não contornar oferta ilimitada de mdo, dificuldade de gerar
consumo de massa, concentração de renda, sem inclusão da massa - consumo pensado
para massas mas sem incluí-la - problemas - redução papel trabalho na renda, redução
da taxa de lucro - menos dinamismo, demanda, e aumento de capital - tendência à
estagnação circular (?)
- Modelo de modernização conservadora = inadequado
- Reformas estruturais, de base
○ Ref agrária - liberar potencial de acumulação campo, fim latifúndio, prod alimentos,
prop familiar
○ Ref urbana
○ Ref educacional
○ Ref eleitoral
○ Ref financeira
○ Resultado: golpe de 64
○ Reforma na relação com grande capital internacional, dependência externa, de capital e
tecnologia - ide
- Redistribuir para crescer

MCT - erro de furtado

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2022 06 08 - XIX Aula
quarta-feira, 8 de junho de 2022 14:05

Anos 60: redistribuir para crescer


- Recolocação heterogeneidade
- Controle da forma de inserção, recolocação da dependência
Anos 70: estilos de desenvolvimento
- Reorientar o cresc para desenvolv - resolver problemas sociais e incorporar massa
- Limites do modelo anterior- dependência, incorporação trabalhadores, controle do excedente
- Dependência financeira e tecnológica - repensar projetos
- Modernização conservadora
- Endividamento externo - acoplagem a ciclos de liquidez internacional
Anos 80: ajuste com crescimento
- "Casillero vacio" - não combinar cresc com redistrib renda - emulação estrut prod centro
- Sem NEPT (núcleo endógeno de progresso técnico)
- Excedente social controlado e subjugado pela dependência cultural = subdesenvolvimento,
decisão e políticas de controle do excedente
- Crise da dívida externa - inflação inercial, enfraquecimento estatais
Anos 90: transformação produtiva com equidade
- Neoestruturalismo, distanciamento método histórico estruturalista
- Auge neoliberalismo - globalização
- Verniz de convergência
- Elemento da competitividade, redução de heterogeneidade - de dimensão acumulação a
individual

Furtado e elementos de uma teoria do subdesenvolvimento


Ref.: Furtado (61), cap 4
Características do subdesenvolvimento:
- Definição/dualidade/processo histórico
- W definido pela subsistência
- Núcleo decisório de utilização do excedente é externo
- Crises recorrentes BP: inds. Por choques adversos (em estruturas sub. Mais complexas)
- "Elemento dinâmico" é a demanda prévia e não o progresso técnico
- Etapa superior do sub.: núcleo industrial é capaz de produzir parte dos equipamentos
necessários à sua expansão
Síntese de algumas contribuições de Furtado:
- Teoria do subdesenvolvimento
- Socialização das perdas
- Deslocamento do centro dinâmico
- Industrialização por choques adversos
- Modernização conservadora e cópia dos padrões de consumo
- Debate sobre estagnação nos anos 60
○ Tendência de estagnação secular latam - heterogeneidade, estrutura típica do centro ->
quanto mais sucesso, maior intensidade de k por trabalhador - dado que tecnologias são
gestadas no centro = não romper com dualidade da economia, excluir parte pop - não
consumo de massa, mas pensado para isso
○ Não romper com condição fundamental subdesenvolv
○ Aumentando intensidade k/trab, concentração de renda, complexificação de escalas -
sem cresc a partir de certo ponto - taxa de lucro cai = lucro/capital acumulado -
potencial de acumulação, que leva ao investimento, diminui
○ Sem integração de massa
○ Quanto mais sucesso nesse processo, mais dois fatores se retroalimentam - estagnação
○ Necessidade de reformas estruturais, de base

- MCT, José Serra - além da Estagnação


○ Não necessariamente essa dinâmica de acumulação leva à estagnação
"Aumento da intensidade de k por trabalhador em paralelo com a taxa de lucro", mas

Página 50 de 2022 06 08 - XIX Aula


○ "Aumento da intensidade de k por trabalhador em paralelo com a taxa de lucro", mas
em argumentação neoclássica - aumento da produtividade não levado em
consideração - atua na contramão da queda taxas de lucro - resposta teórica
○ Resposta histórica: golpe - concentração de renda - dobrar a aposta - regime de cresc
mais cruel
▪ Rebaixar custo de trabalho, criação de mecanismos de concentração maior de
renda
○ Cresc, dinamismo - de forma ou outra, aumento da massa salarial (=/= salário médio)

------------------------
Desenvolvimento - internacionalização progresso técnico, endógeno à dinâmica de acumulação
Progrresso tecnico instrumentalizado pra acumulação
Subdesenvolv não como estágio de desenvolv, mas processo histórico
Fases
1. Oferta ilimitada de mão de obra
2. Incorporação mdo com w subsist, acumulação - setor de bens de capital lidera; transf
endogenamente nept - aumento produtividade, potencial acumulação, redução custos
relativos

Subdesenvolv
Processo histórico resultado da extroversão do capital de paises industrializados
Salários definidos pela subsistência
Pouca flutuação no nível de emprego
Margem elevada de acumulação capitalista
Dificuldades de criar dinamicamente ciclo virtuoso
Núcleo decisório de utilização excedente = externo
Crises recorrentes de BP
Demanda prévia - elemento viabilizador do I
Alocação do excedente voltada para fora
Crise bp recolocada pela ISI - redução coeficiente relativo importações, mas não necessariamente
volume - condições de estrangulamento repostas
Ausência NEPT - inviabiliza utilização excedente p transf estrut

Choques adversos como vetores ind - redução capacidade importação, demanda prévia existente
Em subs. Em etapa superior - efeitos multiplicadores na renda - massa assalariada, diversificação,
demanda parcialmente internalizada - rentabilidade de produtos aumenta - parte do capital vaza
Deslocamento do centro dinâmico - núcleo decisório ext, mas eixo dinâmico int - políticas
keynesianas de defesa emprego e renda - socialização das perdas - anos 30, café - privatizar lucros e
socializar perdas - deslocamento centro dinâmico - isi, recolocar crises bp

Sub - elemento dinâmico é demanda prévia reprimida e não prg técnico


Modernização conservadora: conc renda e cópia padrões de consumo --> estagnação

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2022 06 13 - XX Aula
segunda-feira, 13 de junho de 2022 14:08

Apresentação grupo 2

relatório grupo 2

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Página 53 de 2022 06 13 - XX Aula
Página 54 de 2022 06 13 - XX Aula
Página 55 de 2022 06 13 - XX Aula
Acesso a divisas, ind b k, contraposição ao Japão - evitar competição excessiva

Página 56 de 2022 06 13 - XX Aula


Acesso a divisas, ind b k, contraposição ao Japão - evitar competição excessiva
Estado como parteiro e incubador da burguesia
Rent-seeking: lobbys, extrair recursos do estado - mas também estado criar rendas, voltadas à
transformação estrutural

relatório grupo 4

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Página 58 de 2022 06 13 - XX Aula
Página 59 de 2022 06 13 - XX Aula
Página 60 de 2022 06 13 - XX Aula
Página 61 de 2022 06 13 - XX Aula
2022 06 15 - XXI Aula
quarta-feira, 15 de junho de 2022 14:09

Apresentação grupos 3 e 4

relatório grupo 3

Página 62 de 2022 06 15 - XXI Aula


Página 63 de 2022 06 15 - XXI Aula
Página 64 de 2022 06 15 - XXI Aula
Página 65 de 2022 06 15 - XXI Aula
Página 66 de 2022 06 15 - XXI Aula
2022 06 20 - XXII Aula
segunda-feira, 20 de junho de 2022 14:27

relatório grupo 5

Página 67 de 2022 06 20 - XXII Aula


Página 68 de 2022 06 20 - XXII Aula
Página 69 de 2022 06 20 - XXII Aula
Página 70 de 2022 06 20 - XXII Aula
Página 71 de 2022 06 20 - XXII Aula
relatório grupo 6

Página 72 de 2022 06 20 - XXII Aula


Página 73 de 2022 06 20 - XXII Aula
Página 74 de 2022 06 20 - XXII Aula
Página 75 de 2022 06 20 - XXII Aula
Página 76 de 2022 06 20 - XXII Aula
2022 06 22 - XXIII Aula
quarta-feira, 22 de junho de 2022 14:13

Apresentação grupos 7 e 8

relatório grupo 7

Página 77 de 2022 06 22 - XXIII Aula


Página 78 de 2022 06 22 - XXIII Aula
Página 79 de 2022 06 22 - XXIII Aula
Página 80 de 2022 06 22 - XXIII Aula
Página 81 de 2022 06 22 - XXIII Aula
relatório grupo 8

Página 82 de 2022 06 22 - XXIII Aula


Página 83 de 2022 06 22 - XXIII Aula
Página 84 de 2022 06 22 - XXIII Aula
Página 85 de 2022 06 22 - XXIII Aula
Página 86 de 2022 06 22 - XXIII Aula

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