Você está na página 1de 95

Fundada em 1883

Cenários: sociedade, economia e


agronegócio

Prof. Volnei Krause Kohls


UFPel/FAEM
vkkohls@hotmail.com
Política
• É o processo pelo qual uma sociedade escolhe as regras
que vão governá-la.
Instituições
• São as chamadas “regras do jogo”, que podem ser
restritivas ou de incentivo.
• Instituições políticas, sociais e econômicas INCLUSIVAS
e EXTRATIVISTAS. (Por que as nações fracassam? Ou por que
prosperam?)
Organizações
• São os agentes que atuam em todos os campos da
sociedade (político, social, cultural e econômico), dentro
daquelas regras do jogo.
Alguns pressupostos

• Organizações são coalizões - grupos e


indivíduos
• existem diferenças duradouras - valores, crenças,
informações, interesses e percepções da
realidade
• envolvem alocações de recursos escassos
• metas e decisões emergem de barganhas e
negociações
• estas questões dão ao consenso/conflito um
papel central nas dinâmicas organizacionais
Cenários - Economia e Sociedade
• Momento histórico de intensas transformações;
• Revolução tecnologias de informação e comunicação
(TICs), biotecnologias, nanotecnologias, etc.;
• O ativo principal é o conhecimento;
• A inovação é central p/ obter vantagens competitivas
sustentáveis;
• Mudança e aprendizado contínuo dos indivíduos e das
organizações passam a ser decisivos;
• Aspectos mais avançados da competitividade são
intensamente locais (coo-petição);
• Sociedade se organiza regional e globalmente em redes;
• A rede de relações entre os agentes passa a ser decisiva.
• Segundo o autor de “Mundo Plano” Thomas
Friedman (2007) ... “estamos interligando todos os
centros de conhecimento do planeta e costurando
uma única rede global, o que pode precipitar
(pelo lado positivo) uma era notável de
prosperidade, inovação e colaboração entre
organizações, comunidades e indivíduos”.
Algumas características essenciais do novo paradigma

• A informação relevante é a matéria-prima básica;


• As novas tecnologias permeiam toda a sociedade;
• Estas tecnologias permitem estabelecer uma dinâmica
de redes;
• Oportunidades e flexibilidades em todos os sentidos
(organizacionais e técnicas);
• Convergência tecnológica (digitalização e
integração);
• Consumo e produção globalizados.
1. Considerações iniciais: contextualização
Globalizaçãoe cenários do agronegócio e do
comércio internacional

O termo globalização designa um fenômeno de abertura das


economias, do crescimento das trocas internacionais de mercadorias,
da intensificação dos movimentos de capitais, da circulação de
pessoas, do conhecimento e da informação, proporcionados, quer pelo
desenvolvimento dos transportes e das comunicações, quer pela
crescente abertura das fronteiras ao comércio internacional.

Globalização é um amplo processo de


aprofundamento da integração econômica,
social, cultural, política, que foi
impulsionado pelo barateamento dos
meios de transporte e comunicação
mundiais no final do século XX e início do
século XXI
De 1800 a 2000...
• Expansão das empresas na busca de novos mercados;
• Revolução Industrial;
• Queda nos custos de transporte (motor a vapor e ferrovias);
• Queda nos custos da comunicação (telégrafo, telefonia, satélites,
cabos de fibra ótica e as versões iniciais da World Wide Web);
• Poucas pessoas (ligadas a governos e mundo acadêmico) possuíam
e-mail;
• A questão era: como as empresas se inseriam na concorrência e
oportunidades globais?
A partir de 2000 – Revolução das TICs

• Capacidade dos indivíduos de colaborarem e concorrerem no


âmbito mundial;
• A plataforma é fruto de uma convergência entre computador
pessoal, cabo de fibra ótica e o aumento dos softwares de fluxos de
trabalho;
• Resultado: cada pessoa pode perguntar – como é que eu me insiro
na concorrência global e nas oportunidades que surgem a cada dia e
como eu posso, por minha própria conta, colaborar com outras
pessoas em âmbito global?
• O trabalho irá para onde puder ser feito de maneira mais eficaz.
A plataforma é uma convergência entre ...

• Computador digital;

• Cabo de fibra ótica;

• Aumento dos softwares de fluxo de


trabalho.
Softwares de fluxo de trabalho
• O grande avanço foi o estabelecimento de padrões de
procedimentos na linguagem digital [os protocolos: SMTP
(simple mail transfer protocol) TCP/IP (transfer control
protocol/internet protocol), HTML (hypertext markup
language), HTTP (hypertext transfer protocol), SOAP
(simple object acess protocol), XML (extensible markup
language)];
• Quer dizer, está “pavimentada” a infovia;
• As próximas etapas, já em curso, incluem a integração de
todas as mídias.
Paradigma Tecno-econômico

• É caracterizado por sistemas tecnológicos hegemônicos

que refletem um ciclo longo da economia com origem em

inovações radicais que alteram significativamente os

mercados e a estrutura de produção.

Ex.: Paradigma Tecno-Econômico gerado pelas inovações


oriundas da micro-eletrônica e da informática.
Novo paradigma econômico e tecnológico

• A dinâmica é dada, predominantemente, pela alta


qualificação do trabalho e pelos insumos
informacionais de baixo custo, derivados do avanço
da tecnologia microeletrônica e das comunicações
(Castells, 2000);

• No anterior, a dinâmica econômica era dada por um


paradigma assentado em insumos energéticos de
baixo custo, intensivo trabalho não-qualificado e
em tecnologias eletromecânicas.
Algumas características essenciais do novo paradigma

• A implicação mais evidente deste novo


paradigma, é a diminuição da importância
relativa das economias de escala e a
viabilização das economias de escopo. Isto
quer dizer que a flexibilidade decorrente das
novas tecnologias, viabiliza a produção em
escalas cada vez menores.
Algumas características essenciais do novo paradigma
Mudanças:
Dentro da empresa:
• A mudança ocorre na dinâmica dos projetos; manufatura
(com robótica, instrumentação, sistema de controle, etc.);
marketing; contabilidade e logística (sistemas de
gerenciamento de informações, estoques reduzidos, etc.).
Fora da empresa:
• A mudança centra-se na intensificação do relacionamento
inter-firma, tanto com os aliados, como com fornecedores
e clientes e até concorrentes... “desfronteirização das
empresas”.
Caminhos do processo de internacionalização

• p/ informação, tecnologia e comunicação;

• p/ mercado de produtos e serviços;

• p/ movimento de capital financeiro;

• p/ movimentos migratórios, etc.


Consequência disso tudo...

...intensificação da pressão competitiva,


> velocidade nas mudanças,
criando ambiente de > risco e incerteza.

Atitude ...
“Há os que se queixam do vento,
os que esperam que ele mude,
e os que procuram ajustar as velas.”
(William George Ward)
Sintetizando ...

• As vantagens comparativas (de caráter


estático) vão, rapidamente, sendo
substituídas por vantagens competitivas (de
caráter dinâmico), ou seja, “o acesso à” e
a “capacidade de” incorporar novos
conhecimentos à gestão, aos processos, aos
produtos, aos serviços e aos mercados.
Campo de estudos e pesquisas das Ciências Sociais Aplicadas

• Quais as orientações que as teorias sociais,


econômicas e administrativas podem oferecer
àqueles que tomam decisões, que dependem de uma
compreensão das mudanças na estrutura e nas
formas de operação das empresas e das cadeias
produtivas, e cujo impacto afeta seu curso futuro?
Por que as empresas diferem e qual é a importância disso?
Richard Nelson e Sidney Winter

Os economistas ...
• Tendem a ver as empresas como participantes de um
jogo econômico de múltiplos atores e concentram-se
mais nesse jogo e nos seus resultados, do que na
atuação específica ou no desempenho das firmas
isoladamente;
Os administradores ...
• Estão preocupados com o comportamento e a
performance individual das diversas empresas e
setores econômicos.
Por que as empresas diferem e qual é a importância disso?

• Estudiosos da administração empresarial que têm


documentado persuasivamente a existência de importantes
diferenças entre as empresas de um mesmo ramo quanto a
seus comportamentos e desempenhos, têm proposto que
essas diferenças refletem, em boa medida, as distintas
escolhas feitas pelas empresas.

• Essas diferenças são resultados de diferentes estratégias


usadas para orientar a tomada de decisões em vários níveis
das empresas.
COMPETITIVIDADE

Gasto Produtividade Qualidade Inovação


=
Custo + Perdas
Desafio para as organizações

• No século XXI, a fim de lidar com a complexidade do


desenvolvimento tecnológico, a organização do
processo de inovação requer mais do que um corpo
coerente de estratégias, técnicas e ferramentas de
gestão. O debate da gestão da inovação tecnológica
aponta para o ambiente externo das empresas e
instituições de pesquisa, isto é, para o estabelecimento
de redes de interação para lidar com o volume de
informações e gerar as soluções de valor necessárias
em mercados cada vez mais exigentes e dispersos.
Brasil Linha do Tempo
Linha do tempo Brasil – 1 de 3

Abertura Portos

Proc. República
Descobrimento

Independência

Revolução 30
1500 1808 1822 1889 1930

Colônia Império República

Política Café x Leite

Desenvolvimento dependente – Exp. Bens primários x Imp. Bens industrializados


Ciclos: Plantation (Waibel, L. .......) tipo de sistema agrícola baseado em:
monocultura de exportação, mão-de-obra escrava e o latifúndio.
• Açúcar: séc. XVI - XVIII I Guerra
• Mineração: 1709 - 1789 Mundial
• Café: 1800 - 1930
• Borracha: 1866 - 1933
• Algodão
• Charque: séc. XIX
Linha do tempo Brasil – 2 de 3

Congresso – AI-5
Plano de Metas
Fim II Guerra

Crise Petróleo
Revolução 30

Fechamento
Estado Novo

Golpe Militar
1930 1937 1945 1956 1964 1967 1973

República Est. Novo República Período Militar

SNCR
Política de Substituição de Importações – Bens de consumo / bens intermediários
Criação da CEPAL – Estado coordenando processo desenvolvimentista
Plano Metas: ind. bens de consumo – têxtil, alim., metal mec., quim.
Reformas de Base

Acordo de BRETTON WOODS: sistema de regras, instituições e procedimentos p/


regular a política econômica internacional –
Banco Mundial, FMI e GATT
Grande Depressão – quebra da bolsa de NY em 29/10/1929
II GM CEE / UE / PAC
Linha do tempo Brasil – 3 de 3

Redemocratização

AjustePlano Real

Crise economica
internacional
Plano Cruzado
Crise Petróleo

Constituinte

Queda Muro

Plano Collor

Plano Real
1974 1984 1986 1988 1989 1990 1994 2008 2013
1999

Período Militar República


SNCR
Liberalização econômica
Plano de estabilização da
economia: reformas
Consenso de tributária, previdência,
Pró-Alcool política, etc.
Washington Queda da inflação;
Agenda Combate déficit público;
Estabilidade moeda;
Privatizações;
Crescimento;
Queda Risco País;
Aumento reservas; etc.
GATT 8ª Rodada Uruguai GATT OMC DOHA
UE / PAC
Organismos de Regulação Internacional

• OMC (ex-GATT): regula o comércio internacional;

• Banco Mundial: crescimento e desenvolvimento


dos países;

• FMI: política monetária, inflação, déficits nas


contas públicas, privatizações, etc.
A AGENDA
As dez regras básicas que orientaram os países
signatários dos acordos destes três órgãos
• Disciplina fiscal
• Redução dos gastos públicos
• Reforma tributária
• Juros de mercado
• Câmbio de mercado
• Abertura comercial
• Investimento estrangeiro direto (diminuição de restrições)
• Privatização de estatais
• Desregulamentação (flexibilização das leis econômicas e trabalhistas)
• Ratificação do direito à propriedade
Premissas e contextos das relações entre os países

Conceito de comércio internacional

 É definido como o conjunto de operações realizadas entre


países, onde há intercâmbio de bens e serviços ou movimento
de capitais.

 Intercâmbio, ou seja, uma via de mão dupla. Países exportam e


importam mercadorias.

 Este comércio é regido por regras e normas, resultantes de


acordos negociados, em órgãos internacionais como o GATT /
OMC.
Premissas e contextos das relações entre os países

Os princípios básicos do GATT


(General Agreement on Tariffs and Trade)

a) o comércio deve ser conduzido de forma não discriminatória;


b) deve ser condenado o uso de qualquer restrição quantitativa – eliminação das
quotas de importação;
c) as disputas devem ser resolvidas através de negociações.

8ª Rodada Uruguai do GATT [1986-1994]


• Um dos grandes avanços da Rodada Uruguai foi o Acordo sobre a Agricultura.
As principais iniciativas do acordo foram:
a) redução progressiva dos subsídios domésticos e dos subsídios às exportações do
setor e,
b) a tarifação (conversão em equivalente tarifário) das medidas não-tarifárias de
proteção dos setores produtivos.
O Protecionismo e a Regulação Multilateral - GATT

Três necessidades justificaram a inclusão da


agricultura nas negociações multilaterais:
1. Maior transparência dos mercados agrícolas;
2. Liberalização gradual do comércio pela redução das
barreiras tarifárias e não-tarifárias;
3. Correção das distorções de preços e equiparação das
condições de concorrência, através da redução dos
subsídios domésticos e às exportações.
Acordo sobre Agricultura

• Objetivo de promover uma reforma nas práticas comerciais do


setor agrícola a longo prazo, orientado para o mercado,
compreendendo compromissos específicos para redução e
posterior eliminação da proteção em áreas de subsídios
domésticos, subsídios à exportação e acesso a mercado;
• Considera ainda questões não-comerciais, incluindo segurança
alimentar e do alimento, e a necessidade de proteção ao meio-
ambiente;
• Propõe também tratamento especial e diferenciado aos países em
desenvolvimento, incluindo maior acesso para produtos agrícolas
desses países em mercados desenvolvidos.
Premissas e contextos das relações entre os países

G-20 – coalizão formada em agosto de 2003


O Grupo representa:
• Aproximadamente 60% da população mundial; 70% da
população rural em todo o mundo; 26% das exportações
agrícolas mundiais.

Articulam novas formas de consenso nas negociações multilaterais, buscando


uma nova geometria de interesses nas decisões tomadas por países desenvolvidos
e em desenvolvimento, fazendo um contra-ponto ao quadrilátero das grandes
potências: EUA, União Européia, Canadá e Japão.

5 países da África: África do Sul, Egito, Nigéria, Tanzânia e Zimbábue; 6 da Ásia:


China, Índia, Filipinas, Indonésia, Paquistão e Tailândia; 9 da América: Argentina,
Bolívia, Brasil, Chile, Cuba, Guatemala, México, Paraguai e Venezuela.
Brasil

• Pela sua grande competitividade


agrícola, coloca-se na linha de frente na
liberalização do comércio agrícola
mundial, com interesse claramente
ofensivo no tema;
• Porém reage defensivamente a uma
abertura mais ampla de suas tarifas
industriais e setor de serviços.
1. Considerações iniciais: e
3. Globalização contextualização e cenários do
mercados do agronegócio agronegócio e do
brasileiro
comércio internacional
Exportações do agronegócio brasileiro - Produtos

2002 2012
(US$ 24,8 bi) (US$ 95,8 bi)

Fonte: MAPA.
Elaboração: Fiesp-Deagro.
1. Considerações iniciais: e
3. Globalização contextualização e cenários do
mercados do agronegócio agronegócio e do
brasileiro
comércio internacional
Exportações do agronegócio brasileiro - destinos

2002 2012
(199 mercados) (219 mercados)

55%
30%

Fonte: MAPA. Elaboração: Fiesp-


Deagro.
China

• Agressividade em exportações de produtos


industriais de baixo custo, resultado de um
modelo que combina baixos salários, pesados
investimentos em tecnologia, taxa de câmbio
favorável e forte presença regulatória do
Estado na economia;
• Porém resiste em abrir os setores de alimentos
e de serviços, mas é amplamente favorável a
liberalização dos bens manufaturados.
Índia

• Favorável a abertura em serviços;


• Posição moderada quanto à redução de
tarifas para bens agrícolas e industriais;
• Bastante defensiva em relação ao acesso
ao seu mercado agrícola.
Brasil, Índia e China

• Falam a mesma linguagem quando


defendem um maior disciplinamento dos
subsídios agrícolas;

• Divergem quando o assunto é a


ampliação do grau de acesso aos
mercados agrícolas, industriais e de
serviços.
Segurança do Alimento ou Alimento Seguro (food safety)

• Preocupa-se com a origem dos produtos, a presença de resíduos


tóxicos e patogênicos, o estado de conservação dos alimentos e
está associado ao conceito de rastreabilidade (traceability). É um
conceito qualitativo.

Segurança Alimentar (food security)

• Preocupa-se com o acesso da população de um país, região ou


município aos alimentos. É um conceito quantitativo,
desenvolvido pela FAO no início dos anos 60.
Premissas e contextos das relações entre os países

• Os consumidores exigem, cada vez mais, alimentos


seguros, de qualidade, com origem conhecida e que,
de preferência, tragam alguma certificação que
assegure tais atributos.
• Apesar de valer para todos os países, a exigência afeta
especialmente nações como o Brasil, grande
exportador, mas com uma cultura em segurança dos
alimentos ainda em desenvolvimento.
• Um avanço na certificação de produtos e na
rastreabilidade, permite informações ao consumidor e
redução das barreiras às exportações brasileiras.
Grupos de Interesse na OMC
• Liberal – formado principalmente pelo Grupo de CAIRNS. Esses
países apresentam elevada competitividade agrícola e por isso visam à
efetiva liberalização da agricultura no comércio mundial;
• Liberal (na retórica) – é formado pelos USA que defende, em
reuniões multilaterais, a liberalização para o setor agrícola, mas, adota
políticas protecionistas por ter, na agricultura, um setor politicamente
sensível.
• Protecionistas tradicionais – formado pela União Européia, Japão e a
Coreia do Norte. A agricultura, nesses paises é um setor muito sensível
politicamente e é protegido por tarifas, quotas e barreiras não-tarifárias.
• Tratamento preferencial – é formado por 77 países da África, Caribe
e Pacífico (ACP), ou seja, grupo de ex-colônias dos países da UE.
• Posições oscilantes – formado por países em desenvolvimento que
adotam posições oscilantes, ou seja, as vezes liberais e as vezes
protecionistas. países como a China, Índia, Rússia, Ucrânia estão neste
grupo.
Grandes mudanças institucionais no Brasil e no
mundo a partir da década de 90

1. Abertura comercial;
2. Desregulamentação dos mercados;
3. Formação e consolidação de blocos econômicos;
4. Desregulamentação e privatização dos
setores ligados à infra-estrutura;
6. Estabilização econômica.
Fatores de interdependência econômica entre as nações

• Desigualdades na distribuição geográfica dos


recursos naturais;
• diferenças de clima e solo;
• diferenças de disponibilidade de capital e
trabalho;
• diferenças nos estágios de desenvolvimento
tecnológico.
Interesses dos países
• Obtenção de recursos;
• Geração/aquisição de tecnologia;
• Desenvolvimento social.

Interesses das empresas


• Melhores condições de financiamento;
• Melhoria da imagem da empresa e do produto/serviço;
• Aumento da produtividade;
• Aproveitamento da capacidade ociosa;
• Desenvolvimento de tecnologia.
Argumentos pró integração dos países

• Complementaridade econômica via vantagens


comparativas e/ou competitivas;
• Redução geral de custos e preços;
• Eliminação progressiva de barreiras tarifárias e não-
tarifárias;
• Ampliação das transações comerciais e do número de
consumidores;
• Fortalecimento do poder de barganha frente a terceiros
países e/ou blocos de países;
• Maior intercâmbio cultural, tecnológico, turístico;
• Sinergia de recursos em P & D.
Argumentos pró integração dos países

• o aumento da quantidade e variedade de bens disponíveis


para consumo
• os ganhos de competitividade e a geração de empregos
nos setores domésticos capacitados a competir nos
mercados mundiais;
• a livre alocação dos insumos entre as indústrias;
• a identificação dos setores e insumos mais competitivos;
• a eliminação da distorção em preços relativos;
• o maior acesso a linhas externas de investimento;
• a correção de eventual viés anti-exportação que tenha se
consolidado na estrutura da economia.
Argumentos contrários à integração dos países

• Interpretar a integração como uma política de soma-zero;


• Transformar desvantagens comparativas em vantagens
competitivas (reconversão);
• Risco de inviabilizar setores menos competitivos;
• Perda de autonomia relativa na proposição de políticas de
desenvolvimento;
• O esvaziamento de políticas de cunho nacionalista;
• Maior vulnerabilidade em consequência de crises
internacionais;
• Existência de setores estratégicos;
• Proteção à industria nascente e preservação do emprego.
Estágios sucessivos de integração dos países

1. Área de tarifas preferenciais: lista de produtos;


2. Zona de livre comércio: tarifa zero intra-bloco e
mantém-se tarifas individuais para terceiros países;
3. União aduaneira: tarifa zero intra-bloco e tarifa externa
comum (TEC) extra-bloco e eliminação de barreiras
não-tarifárias;
4. Mercado comum: livre circulação de bens, serviços,
tecnologia, capitais, trabalho e harmonização das
políticas sócio-econômicas;
5. União econômica: coordenação conjunta das políticas
sócio-econômicas.
Acordo (GATT) estabeleceu normas em 4 áreas

1. Acesso a mercados

2. Subsídios às políticas domésticas

3. Subsídios às exportações

4. Regras (zoo) sanitárias e fitossanitárias:


codex alimentarius
1. Acesso a Mercados

• Tarifas: ad valorem, específicas e mistas;


• Quotas Tarifárias – TRQs: restrição quantitativa - tarifa
intra-quota (baixa) e tarifa extra-quota (+ alta);
• Salvaguardas ou cláusulas de escape: são impostas em
casos de prejuízos à setores sensíveis;
• Picos e escaladas tarifárias (aumentam na medida que se
agregue valor aos produtos): seu objetivo é dar maior
proteção aos produtos industrializados;
• Barreiras ñ-tarifárias (sanitárias e técnicas).
BNTs – Barreiras Não Tarifárias

• As barreiras não-tarifárias (BNTs) são restrições à entrada de


mercadorias importadas que possuem como fundamento
requisitos técnicos, sanitários, ambientais, laborais, restrições
quantitativas (quotas e contingenciamento de importação).
• As BNTs visam proteger bens jurídicos importantes para os
países, a proteção do meio ambiente e do consumidor, e
ainda, a saúde dos animais e das plantas.
• O fato de os países aplicarem medidas ou exigências sem que
haja fundamentos nítidos que as justifiquem, dá origem às
barreiras não-tarifárias ao comércio, caracterizando o que se
chama de neoprotecionismo.
Neoprotecionismo
O que seriam as barreiras ñ-tarifárias?
1. Técnicas
– Processos e métodos de produção;
– Embalagens;
– Etiquetas (certificações);
– Rastreabilidade;
2. (Zoo) sanitárias e fitossanitárias;
3. Ambientais;
4. Laborais / trabalhistas.
2 – Apoio Doméstico (Interno)

• Políticas da Caixa Amarela (proibidas – distorcem


preços);
• Políticas da Caixa Azul (permitidas sob restrições);
• Disciplinas para Caixa Verde (sem restrições);

3 – Competição nas Exportações

• Subsídios às Exportações;
• Créditos às Exportações;
• Ajuda Alimentar;
• Empresas Estatais de Comércio.
União Européia (27)

• PIB de aproximadamente U$ 16 trilhões, dos quais:


• Serviços (70,5%);
• Indústria (27,3%) e
• Agricultura (2,2%).
• Habitantes: 457 milhões;
• Renda per capita: U$ 28.100,00.
• No período 2009-2013, as políticas se voltam mais para o
desenvolvimento do “território” e menos para subsídios
específicos, para a produção agrícola e/ou pecuária.
• A PAC gastou entre 46 e 49 bilhões de Euros, anualmente, com
despesas da Agricultura, durante o período de 2009-2013.
Política Agrícola Comum PAC - UE (desde1957)

Três princípios fundamentais:

1. Mercado Unificado: livre circulação de produtos


agrícolas entre os Estados-Membros e mecanismos
comuns;

2. Preferência Comunitária: dos produtos da


comunidade, em relação aos importados;

3. Solidariedade Financeira: suporte do orçamento


comunitário.
Objetivos da PAC - UE

1. Incrementar a produtividade da agricultura via


progresso tecnológico;
2. Assegurar nível equitativo de renda à população
rural;
3. Estabilizar os mercados;
4. Garantir a segurança do abastecimento alimentar;
5. Assegurar preços razoáveis aos consumidores.
Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola
FEOGA
• Seção Orientação: faz parte dos fundos estruturais,
que contribui para reformas estruturais na agricultura
e desenvolvimento das áreas rurais;
• Seção Garantia: financia as despesas relativas à
organização comum dos mercados (ex: a compra e
armazenagem de excedentes e o fomento das
exportações agrícolas);
• A maior parte dos recursos do orçamento da PAC,
são gastos nesta seção. + ou – 40% do orçamento
total da UE.
• Países que mais utilizam: França (20%); Alemanha
(14%); Espanha (13%); Itália (12%); Inglaterra (09%).
Organizações Comuns de Mercado - OCM

Permitem, fundamentalmente:
• Fixar os preços únicos dos produtos agrícolas para
toda a comunidade;
• Conceder ajuda a setores específicos;
• Instaurar mecanismos que permitam o controle da
produção;
• Organizar trocas com países terceiros.

• A PAC mantém uma rígida política de sustentação de


preços, visando à manutenção de rendas.
Mecanismos básicos de sustentação de preços na UE

• Preço alvo ou meta (teórico);


• Preço de entrada ou limiar (referência superior p/ a
cobrança do imposto de importação);
• Preço de mercado na UE (referência superior na
restituição às exportações);
• Preço de intervenção (semelhante ao preço mínimo no
Brasil);
• Preço médio no mercado mundial (referência inferior
na restituição às exportações);
• Menor preço no mercado internacional (referência
inferior p/ o imposto de importação)
Dumping e Antidumping

Dumping: é uma prática de rebaixamento artificial


de preços para eliminar ou prejudicar a produção
local ou concorrência;
Sintetizando, é uma prática de concorrência
desleal entre empresas num mesmo país ou entre
países;
Política Antidumping: são medidas adotadas no
âmbito da política comercial, visando coibir este
tipo de prática no mercado.
Reformas da PAC

Principais argumentos:

1. Superprodução agrícola;
2. Limitação de recursos orçamentários da UE;
3. Pressão de organismos multilaterais pela
abertura do mercado e redução dos subsídios
às exportações;
4. Pressão da sociedade.
Reformas da PAC – novos elementos

1. Pagamento único por exploração, independente da


produção, sujeito ao conceito de “eco-
condicionalidade” – manter todas as superfícies
agrícolas em boas condições agronômicas e
ambientais, segurança dos gêneros alimentícios,
sanidade e bem-estar animal e fitossanidade;
2. Uma política de desenvolvimento rural ampla,
incorporando o conceito de “multifuncionalidade”
Multifuncionalidade
O termo "multifuncionalidade" está compreendido dentro das
chamadas questões não-comerciais (non-trade concerns) da
agricultura nas negociações internacionais. Ele consiste
basicamente na idéia de que a agricultura desempenha outras
funções que vão além da produção de alimentos e fibras, que
trazem externalidades positivas para a sociedade.

Dentre essas funções destacam-se a manutenção do emprego


rural, a ocupação territorial, o equilíbrio das pequenas cidades,
a preservação ambiental e da paisagem rural, a manutenção da
cultura camponesa, entre outros.
Programa de Desenvolvimento Rural da UE

No período 2009-2013, as políticas se voltam mais para o


desenvolvimento do “territótio” e menos para subsídios
específicos, para a produção agrícola e/ou pecuária.
Três áreas: economia agroalimentar; ambiente e economia e
populações rurais.
Quatro eixos:
1. Aumento da competitividade;
2. Melhoria do ambiente e paisagem rural;
3. Qualidade de vida nas zonas rurais; e
4. Diversificação da economia rural.
4. Medidas (zoo) sanitárias e fitossanitárias

• Podem se transformar em ameaças como barreiras ñ-


tarifárias, cujos impactos são, normalmente, imediatos:
- Retomar o status de país livre;
- Custos (contenção da doença, vacinas,
fiscalização, indenizações, etc.);
- Prejuízos aos produtores e exportadores;
- Imagem do produto no exterior;
- Confiança.
Medidas (zoo) sanitárias e fitossanitárias

• Ações:
- conhecer os países importadores (hábitos,
cultura, costumes, etc.) através de missões e
visitas;
- informações atualizadas sobre normas e
padrões, doenças;
- investir em pesquisa e desenvolvimento
de processos e produtos;
- transparência nas medidas aplicadas.
Barreiras Sanitárias e Fitossanitárias
• Visam proteger a vida e a saúde humana e animal, de
riscos oriundos de contaminantes, aditivos, toxinas,
agrotóxicos, doenças, pestes e organismos causadores
de doenças.

• As restrições à importação de carne por causa de


doenças como febre aftosa e influenza aviária, são
exemplos de medidas sanitárias que podem se tornar
restrições ao comércio (barreiras não-tarifárias), caso
não sejam tecnicamente justificadas.
Barreiras Sanitárias e Fitossanitárias
• Um dos problemas de acesso a mercados para o complexo das
carnes é que vários países não aceitam a argumentação do Brasil
de que regiões específicas deveriam ser consideradas como livres
de febre aftosa;
• Para a carne bovina, o Japão e USA não reconhecem a
regionalização e exigem que o país seja livre de febre aftosa.
• A UE reconhece a regionalização para a febre aftosa, mas impõe
cotas e tarifas para a carne bovina. Apesar da UE reconhecer
essa regionalização não reconhece a regionalização para a febre
suína clássica;
• A UE, Japão e USA estão abertos a carne de frango desde que
não ocorra doença de Newcastle no país de origem.
1. Considerações iniciais: e
3. Globalização contextualização e cenários do
mercados do agronegócio agronegócio e do
brasileiro
comércio internacional
A Importância do Agronegócio para o Brasil

PIB (2011)
Distribuição do PIB no Sistema Agroindustrial
Outros Setores
Insumos Agro- Agro- Distribuição
pecuária indústria

22,15% (US$ 549 12% 29% 28% 31%


bi)
Empregos (2007) Exportações (2011)

Outros Setores Outros Setores

37% 36,9% (US$ 94,6 Fontes: CEPEA/USP, CNA, IPEA, MAPA e


MDIC. Elaboração: Fiesp-Deagro.
bi)
Agronegócio participa com aproximdamente 25% do PIB
brasileiro

Insumos e bens Sementes, fertilizantes, rações, 12%


de produção agrotóxicos, máquinas e implementos,
produtos veterinários
Produção Produção animal, lavouras 29%
agropecuária permanentes, lavouras temporárias,
horticultura, silvicultura e extração
vegetal
Processamento e Alimentos e bebidas, fibras e bio- 28%
transformação energia, têxteis e vestuário, madeira,
álcool, papel, fumo, óleos e essências
Distribuição e Restaurantes e hotéis, bares e padarias, 31%
consumo fast-food e self-service, supermercados,
comércio atacadista e exportação
Fonte: Cepea-USP/CNA - 2012
Conceito de commodities
• São produtos relativamente homogêneos de origem
agrícola, mineral ou industrial que são transaciondos
com base em preços estabelecidos no mercado
internacional;
• Assim, os produtores de commodities são “tomadores”
de preço no mercado;
• Por conta disto, normalmente operam com “margens
estreitas” e, por isto, para serem competitivos,
necessitam trabalhar com custos baixos, alta
produtividade e economia de escala;
• Ênfase estratégica em processos.
1. Considerações iniciais: e
3. Globalização contextualização e cenários do
mercados do agronegócio agronegócio e do
brasileiro
comércio internacional
Produção brasileira de grãos (Safras 1990/91 a 2012/13)

Variação %
Produção (MMT)
Safras 1990/91 a 2012/13
Área Plantada (MMha)

Produção: + 220%
Área: + 40%
Produtividade: +
128%

Os sucessivos ganhos de
produtividade
possibilitaram a
economia de 68 MMha.

Fonte: Conab (Jul/2013). Nota: * 10ª Levantamento


1. Considerações iniciais: e
3. Globalização contextualização e cenários do
mercados do agronegócio agronegócio e do
brasileiro
comércio internacional
Produção brasileira de carnes
em milhões de toneladas

Frango (+ 458%)

Bovina (+ 88%)

Suína (+ 238%)

Fontes: CNPC, ABIEC, UBABEF, ABIPECS, USDA.


.
1. Considerações iniciais: e
3. Globalização contextualização e cenários do
mercados do agronegócio agronegócio e do
brasileiro
comércio internacional
Desempenho do Comércio Exterior Brasileiro (US$ bilhões)

Balança Comercial do Agronegócio Saldo Comercial Brasileiro

As exportações do agronegócio foram responsáveis por 42% do total das


vendas externas brasileiras no período de jul./12 a jun./13.
1. Considerações iniciais:
4. Cenários contextualização
e tendências e cenários
mundiais do agronegócio e do
no agronegócio
comércio internacional
Crescimento da População Mundial

Em bilhões de pessoas Destaques


Mundo - Crescimento da população
1950 a 2000: + 3,6 bilhões
2000 a 2050: + 3,2 bilhões
2011 a 2050: + 2,3 bilhões

Crescimento populacional até 2050


África: + 1,1 bilhão
Índia: + 450 milhões
China: + 26 milhões

Part. na população mundial em


2050
África: 24%, com 2,2 bilhões
Índia: 18%, com 1,7 bilhão
China: 14%, com 1,3 bilhão
Fonte: ONU (Abr/2013). Elaboração: Fiesp-Deagro
1. Considerações iniciais:
4. Cenários contextualização
e tendências e cenários
mundiais do agronegócio e do
no agronegócio
comércio internacional

Estoques mundiais - (em dias de consumo)

Fonte: USDA (Jul/2013). Elaboração: GV Agro


1. Considerações iniciais:
4. Cenários contextualização
e tendências e cenários
mundiais do agronegócio e do
no agronegócio
Excedentes e déficits comérciode alimentos em regiões
internacional
selecionadas (milhões de toneladas)

As importações e
exportações mudaram desde
1965

O comércio de alimentos é
crescente e significativo.
Essencialmente, as exportações de
alimentos da América e do Brasil
vão para as grandes cidades da
Ásia e da África.
Fonte: The Economist, May 2012. (Nota: inclui cereais, oleaginosas, farelo, óleos comestíveis e ração – eq. Carne)
1. Considerações iniciais:
4. Cenários contextualização
e tendências e cenários
mundiais do agronegócio e do
no agronegócio
OCDE – projeção da comércio produção de alimentos até 2020
internacional

Mapa da população subnutrida (em % da pop total)


4%
26%

10 / 15%

26%
10 / 15%

40
17
Legenda: %
% de aumento da %
produção

A OCDE projeta que o mundo deverá aumentar em 20% a produção de alimentos para atender o
crescimento demanda até 2020. O Brasil é o país que mais ampliará a produção, com previsão de
aumento de 40% no período. (OCDE, 06.15.2010)
Tendências do agronegócio no sec. XXI
vetores de oferta

• Mudanças climáticas e aquecimento global;


• Disponibilidade cada vez menor de recursos naturais (água, terra, etc.);
• Eclosão de novas doenças: BSE, gripe aviária, ferrugem, etc.);
• Alimentos x Energia: 4 Fs (Food, Fuel, Feed e Fiber) – impacto no
preço de commodities como milho e óleos vegetais;
• Concentração da Agroindústria e do Varejo de Alimentos;
• Aumento da renda rural e urbana (Ásia);
• Crescente presença de empresas multinacionais;
• Coordenação vertical: contratos, parcerias, alianças estratégicas, atuação
em rede;
• Novas Tecnologias: principalmente aquelas que aumentam
produtividade economizando recursos naturais – biotecnologia (OGMs),
mecanização, manejo, gestão, etc.
Tendências do agronegócio no séc. XXI
vetores de demanda
Países ricos – basicamente demanda qualitativa.
• Aspectos de saúde e bem estar: qualidade e segurança do alimento
(food safety), nutrição, produtos verdes e orgânicos longevidade,
redução obesidade, etc.
• Conveniência e preferências: alimentação fora do lar, crescente
diversidade étnica e culinária, praticidade, fast-food, serviços de
alimentação.
• Regulamentações: sanidade vegetal e animal, rastreabilidade,
certificações, denominações de origem, boas práticas ambientais e
laborais, bem-estar animais, ética corporativa, multifuncionalidade, etc.

Países em desenvolvimento – ainda demanda quantitativa


• Crescimento populacional: principalmente mundo mais pobre (África).
• Aumento da renda per capita: principalmente Ásia e Leste Europeu.
• Urbanização: especialmente Ásia e África (hoje 60% no meio rural)
• Mudança de hábitos alimentares: cereais/amido por
carnes/lácteos/frutas
Tendências do agronegócio no séc. XXI
vetores de comércio
Forte expansão do comércio agrícola no longo prazo.
• Eixo da oferta exportadora de commodities dos países emergentes que
dispõem de recursos naturais, tecnologia e sistemas agrícolas eficientes.
Maior potencial para América do Sul e Leste da Europa.
• A velocidade desta mudança depende de duas variáveis: infra-estrutura e
defesa agropecuária (políticas públicas mais urgentes).
• Eixo da demanda por importações muda dos países desenvolvidos para os
emergentes, principalmente Ásia, Leste Europeu e Oriente Médio:
variáveis-chave são preços baixos e complementação da oferta doméstica.
Protecionismo na Agricultura.
• Continuará superior aos demais setores: lobbies, segurança alimentar,
grandes populações rurais, etc.
Preços agropecuários.
• Volatilidade dos mercados tende a aumentar: inelasticidade-preço da
demanda, oferta mais concentrada em regiões específicas.
Tendências em nível macroeconômico

• Crescimento da demanda e maior competitividade nos


mercados;
• Novos produtos e ampliação/diversificação dos mercados;
• Aumento do nº e da importância de países nas relações de troca
no comércio internacional;
• Alteração nos padrões e diversificação do consumo de
alimentos;
• Avanço do processo de reestruturação produtiva;
• Aumento da pressão de organizações sociais;
• Monitoramento e qualificação nos processos produtivos e de
processamento agroalimentar;
• Exigência de comportamento ético no mundo empresarial.
Tendências na área tecnológica

• Progressiva ampliação do uso de produtos derivados da


biotecnologia;

• Crescimento da pesquisa em biofármacos;

• Indústria química mudará seu foco gradualmente;

• Crescimento do mercado de produtos certificados e


orgânicos;

• Aumento da produção de biomassa para fins energéticos;

• Ampliação da agricultura de precisão;


Tendências relacionadas ao meio ambiente

• Preocupações com efeitos negativos dos impactos


ambientais;

• Maior conservação e melhor gerenciamento do uso da


água;

• Florestas e outras vegetações nativas assumirão novas


funções complementares.
Tendências e desafios para o Brasil

• Importância crescente do agronegócio;


• Nova dinâmica do desenvolvimento rural – foco no território;
• Redução do custo Brasil;
• Crescimento do mercado interno;
• Fortalecimento da agricultura familiar;
• > competitividade do agronegócio no mercado internacional;
• Fortalecimento da política de exportação, ocupação de novos mercados e
ampliação da pauta de produtos exportados;
• Ampliação e geração de vantagens competitivas em setores específicos;
• Desenvolvimento de sistemas agroflorestais e cultivo mínimo com enfoque
em produção e serviços ambientais;
• Ampliação do uso sustentável da biodiversidade;
• Novas tendências oriundas da biotecnologia e nanotecnologia;
• Reconfiguração profissional dos agentes do agronegócio.
O que as empresas buscam?

• Competências, além dos conhecimentos técnicos;


• Forma (como?) além do conteúdo (o que?);
• Integração social e cooperação;
• Liderança;
• Inclusão da diversidade (cultura empresarial);
• Empresas globais utilizam o parâmetro do país
mais exigente pata aplicar a toda a sua estrutura;
• cenário ação resultado

Você também pode gostar