Você está na página 1de 5

A globalização do mundo atual:

2.2.1. A mundialização e a globalização

Mundialização:

A sociedade contemporânea é caracterizada por um processo crescente da


mundialização da economia. Mas o que é a mundialização? A mundialização é um
conceito essencialmente económico, que se concretiza nas trocas comerciais à escala
mundial, na livre circulação de capitais, tecnologias e de pessoas e também na existência
de um mercado financeiro global e na concorrência pelo domínio dos mercados e dos
recursos.

O processo de mundialização está associado ao desenvolvimento dos meios e vias de


comunicação, no desenvolvimento das novas tecnologias de informação e comunicação,
na medida que todos estes fatores contribuíram para uma maior facilidade e rapidez de
circulação de bens, serviços e capitais pelo mundo.

Mas a integração das economias também foi um fator bastante importante para a
mundialização, uma vez que a eliminação das barreiras alfandegárias e das fronteiras
físicas conduziu à integração num único espaço: o mundo.

Existe dois tipos de mundialização, a mundialização da cultura e a mundialização da


economia.
A mundialização da cultura é a difusão do modo de vida e dos elementos culturais dos
diferentes lugares em larga escala, o que gera aceleração no mundo atual graças ao
desenvolvidos dos meios de comunicação, principalmente a Internet. Temos o exemplo do
Halloween que é um símbolo dos Estados Unidos, mas que com o passar dos anos se
difundiu para outros países, sendo festejado por todos.

A mundialização da economia está associada diretamente à globalização do sistema


capitalista, esta é caracterizada pela multiplicação das empresas transnacionais e pela
formação de cadeias produtivas globais.

A mundialização tem várias vantagens, como:

- facilidade e rapidez na troca de informação;


- maior circulação de pessoas pelo mundo;

mas também tem as suas desvantagens, como:

- o agravamento dos problemas ambientais, devido à maior exploração dos recursos


naturais.

Globalização:

As transações económicas bens, serviços e capitais entre países estendem-se às


transações sociais e culturais, padrões de consumo e estilos de vida universalizam-se,
atingindo a dimensão global. A globalização é assim o reflexo, no plano social, do
fenómeno da mundialização económica.
Fala-se de Globalização a propósito de diversos factos, contextos e circunstâncias, como
por exemplo:
- da deslocalização de uma empresa;
-da utilização da Internet
- das migrações internacionais
- de problemas ambientais.

Mundialização das trocas

O consumo de bens e serviços, produzidos em várias partes do mundo, mostra que


nenhum país vive isolado dos outros, necessitando de estabelecer troca, de forma a obter
produtos que não produz, ou que não produz em quantidade suficiente. Estabelecem-se
relações de troca que se caracterizam pela interdependência entre as regiões
importadoras ( necessitam de bens que não têm) e países exportadores (necessitam de
vender os bens que produzem em excesso). A interdependência significa que todos
necessitam uns dos outros.

O crescimento da mundialização das trocas na Europa cresceu devido ao processo de


integração económica que se desenvolveu após o final da II Guerra Mundial, com o intuito
de relacionar os países.

Como curiosidade:

Os três países mais exportadores do mundo são:

- A china
- EUA
- Alemanha

Os movimentos internacionais de fatores produtivos:

Os movimentos internacionais de capitais integram vários tipos de investimentos, entre


eles, os investimentos diretos e os investimentos financeiros.

Investimento direto estrangeiros:

Traduz-se na aquisição de empresas e abertura de filiais.


Países desenvolvidos como o Japão, a Alemanha, a Grã-Bretanha e os EUA localizam a
sua atividade produtiva junto das matérias-primas e dos recursos naturais, ou em países
que apresentem baixos custos salariais e ofereçam políticas de apoio ao investimento,
entre outros fatores atrativos, de forma a obterem lucros mais elevados, aumentando
assim a sua competitividade. Constitui assim um fator determinante na competição
internacional.

Temos dois tipos de empresas, as empresas multinacionais e empresas transnacionais.

As Multinacionais são as empresas que operam em dois ou mais países, através da


abertura de filiais. E a sua atividade é centralizada pela empresa sede, localizada no país
de origem. Estas constituem um exemplo da localização dos investimentos diretos em
países e regiões onde os recursos naturais e o trabalho são baratos, através da abertura
de filiais com a finalidade de produzir para exportar.
As maiores empresas multinacionais têm as suas sedes localizadas nos EUA, Europa e
Japão. Todavia, o poder das multinacionais tem sido confrontado com o aparecimento de
novos concorrentes no mercado global, com destaque para as empresas chinesas e
indianas, que aliam o baixo custo do trabalho com elevadas competências a nível da
ciência e tecnologia, o que lhes permite colocar no mercado produtos altamente
competitivos.

Exemplos de empresas multinacionais temos, a Delta cafés sumol+compal

E as Transnacionais são as empresas que produzem produtos globais atribuindo a cada


filial a produção de uma componente do produto final.

Mais recentemente, as multinacionais foram dando lugar a empresas transnacionais, que


se caracterizam pela distribuição das atividades produtivas por vários países, tornando-se
empresas globais.

Investimento de carteira:

O investimento em carteira pertence à balança Financeira e consiste na aquisição de


títulos, como ações e obrigações, por não residentes.
Devido às novas tecnologias de informação e comunicação, este tipo de investimento de
capital internacionalizou-se com a facilidade em comprar e vender títulos em qualquer
país, através dos bancos e das bolsas.

Nos dias de hoje, uma carteira de títulos internacionalizada é, constituída por títulos
adquiridos em vários países, que rapidamente podem ser vendidos a clientes de outros
países, havendo assim uma elevada mobilidade dos capitais.

Um exemplo de investimento de carteira é, por exemplo, a aquisição por um residente de


obrigações do tesouro norte-americano.

2.2.2. A transnacionalização da produção

A transnacionalização da produção é um fenómeno caracterizado pela mudança da


localização dos processos produtivos, em função dos níveis de rentabilidade oferecidos
em cada local. O processo de transnacionalização pode ser realizado pela abertura de
filiais, ou pela subcontração de empresas locais que se especializem na produção de
determinados produtos ou componentes do produto.

O fatores atrativos do investimento estrangeiro são:

- Mão de obra barata;


- redução de custos;
- produtividade acrescida;
- acesso aos mercados;
- infraestruturas de transporte e de comunicação;
- apoio ao investimento e economias de escala.
Prós e contras da transnacionalização da produção:

Prós:
- redução dos custos de produção e aumento do lucro;
- aumento da capacidade de produção e das trocas de informação e de cultura;
- mão de obra especializada e o crescimento económico dos países subdesenvolvidos.

Contras:
- exploração de mão de obra barata e consequentemente desemprego no país de origem.
- violação dos direitos humanos e por vezes exploração infantil.

Numa primeira fase do processo de transnacionalização, com o objetivo de controlar as


fontes de matérias-primas, realizaram-se investimentos diretos no estrangeiro, dando
assim origem às empresas multinacionais. Numa fase posterior, as multinacionais
alargaram os seus interesses à industria e aos serviços, implantando as suas filiais em
países que tivessem fatores atrativos, cuja produção se destina-se não só à exportação,
mas também aos mercados locais.

Uma das características deste fenómeno é a decomposição dos processos produtivos e a


sua implantação em diversos territórios.
Assim o produto final é o resultado da junção tecnológica de produtos parcelares
produzidos em diversos países e regiões consoante as vantagens comparativas que
oferecem, como a existência de mão de obra mais barata, proximidade de matérias
primas/ fontes de energia, facilidade de acesso a centros de investigação ou a existência
de infraestruturas industriais e comerciais.
Dentro do contexto atual da globalização, é muito comum as empresas multinacionais
produzirem cada parte de um produto em países diferentes, com o objetivo de reduzir
custos de produção. É assim que nascem as empresas transnacionais. Nestas empresas
não existem fronteiras, são empresas “do Mundo”, globais e que cada produto que
produzem são denominados produtos “Made in planeta”. As filiais estabelecem-se onde a
mão de obra é mais barata ou onde o processo produtivo se revela mais vantajoso,
produzem para a empresa mãe e fazem circular peças, produtos semi acabados, capital,
informação, comunicação e transportes.

Devido ao afastamento físico das várias empresas o desenvolvimento das tecnologias de


informação e comunicação (TIC) foi crucial para o seu bom funcionamento, fazendo com
que estas funcionem em rede, controlas à distância de forma eficiente através da ajuda
das TIC. Mas, devido à ausência de fronteiras físicas, o controlo desta atividade torna-se
muito difícil, sendo discutido as formas como os Estados poderão proceder com a sua
função reguladora, sendo uma delas a regulamentação através de organizações
supranacionais.

Vantagens:

- criação de emprego;

- transferência de tecnologias;
- aumento das exportações;

- entrada de divisas.

Desvantagens:

- maior dependência face ao exterior;

- transferência dos lucros para o país de localização da sede;

- falência de algumas empresas locais;

- aumento das assimetrias regionais.

Exemplos de empresas transnacionais temos por exemplo, a coca cola, a nestlé e a


vodafone.

Você também pode gostar