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GLOBALIZAÇÃO

Globalização

Podemos dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países
e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam
ideias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos
do planeta.

O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma
rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e
econômicas de forma rápida e eficiente.

Origens da Globalização e suas Características

Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as Grandes
Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou em contato
com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização
efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Sovi-
ética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização
econômica.

Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos
mercados consumidores, principalmente dos países recém-saídos do socialismo. A concorrência fez
com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e tam-
bém para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto,
entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc.

Outra característica importante da globalização é a busca pelo barateamento do processo produtivo


pelas indústrias. Muitas delas produzem suas mercadorias em vários países com o objetivo de reduzir
os custos.

Optam por países onde a mão-de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por
exemplo, pode ser projetado nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do Brasil, e
comercializado em diversos países do mundo.

Para facilitar as relações econômicas, as instituições financeiras


(bancos, casas de câmbio, financeiras) criaram um sistema rápido e
eficiente para favorecer a transferência de capital e comercialização
de ações em nível mundial.

Investimentos, pagamentos e transferências bancárias, podem ser


feitos em questões de segundos através da Internet ou de telefone
celular.
Bolsa de valores: tecnologia
e negociações em nível
mundial

Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coreia do Sul) são países que souberam usufruir
dos benefícios da globalização. Investiram muito em tecnologia e educação nas décadas de 1980 e
1990. Como resultado, conseguiram baratear custos de produção e agregar tecnologias aos produtos.
Atualmente, são grandes exportadores e apresentam ótimos índices de desenvolvimento econômico e
social.

Blocos Econômicos e Globalização

Dentro deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram blocos econômicos, cujo
objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros. Neste contexto, surgiram
a União Europeia, o Mercosul, a Comecom, o NAFTA, o Pacto Andino e a Apec. Estes blocos se forta-
lecem cada vez mais e já se relacionam entre si. Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco
econômico, consegue mais força nas relações comerciais internacionais.

Internet, Aldeia Global e a Língua Inglesa

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Como dissemos, a globalização extrapola as relações comerciais e financeiras. As pessoas estão cada
vez mais descobrindo na Internet uma maneira rápida e eficiente de entrar em contato com pessoas de
outros países ou, até mesmo, de conhecer aspectos culturais e sociais de várias partes do planeta.

Junto com a televisão, a rede mundial de computadores quebra barreiras e vai, cada vez mais, ligando
as pessoas e espalhando as ideias, formando assim uma grande Aldeia Global. Saber ler, falar e en-
tender a língua inglesa torna-se fundamental dentro deste contexto, pois é o idioma universal e o ins-
trumento pelo qual as pessoas podem se comunicar.

A globalização é um assunto que se encontra em destaque nos meios de comunicação e, principal-


mente, nos livros de Geografia. No entanto, muitas análises relacionadas ao tema são pouco esclare-
cedoras e acabam gerando certa dificuldade de compreensão acerca do assunto.

O processo de globalização é um fenômeno do modelo econômico capitalista, o qual consiste na mun-


dialização do espaço geográfico por meio da interligação econômica, política, social e cultural em âm-
bito planetário.

Porém, esse processo ocorre em diferentes escalas e possui consequências distintas entre os países,
sendo as nações ricas as principais beneficiadas pela globalização, pois, entre outros fatores, elas
expandem seu mercado consumidor por intermédio de suas empresas transnacionais.

O desenvolvimento e a expansão dos sistemas de comunicação por satélite, informática, transportes e


telefonia proporcionaram o aparato técnico e estrutural para a intensificação das relações socioeconô-
micas em âmbito mundial.

Esse processo é uma consequência da Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revo-
lução Técnico-Científico-Informacional, uma vez que, por meio dos avanços tecnológicos obtidos, foi
possível promover maior integração econômica e cultural entre regiões e países de diferentes pontos
do planeta.

As principais beneficiadas pela globalização são as empresas transnacionais, haja vista que esse fe-
nômeno faz com que elas continuem com suas matrizes em um país (desenvolvido), mas atuem com
filiais em outros (em desenvolvimento), expandindo seu mercado consumidor.

Elas se aproveitam da mão de obra barata, além de benefícios (isenção de imposto, doação de terreno,
etc.) proporcionados pelos governos dos países em desenvolvimento, visando ao aumento da lucrati-
vidade.

Além de fatores econômicos e sociais, a globalização também interfere nos aspectos culturais de uma
determinada população.

O grande fluxo de informações obtidas por meio de programas televisivos e, principalmente, pela Inter-
net, exerce influência em alguns hábitos humanos. A instalação de redes de fast food é outro elemento
que pode promover uma mudança nos costumes locais. Entretanto, elementos da cultura local perdu-
ram em meio à população, promovendo, assim, a diferenciação entre as culturas existentes.

A globalização pode ser compreendida como a fase de expansão que o capitalismo atingiu na atuali-
dade, impactando a economia, a política, a cultura e o espaço geográfico. Se no capitalismo comercial
iniciado no final do século XV, com as grandes navegações e o colonialismo, diferentes partes do
mundo passaram a estabelecer maiores relações, nos séculos seguintes essas relações se intensifica-
ram conforme as novas tecnologias possibilitaram o avanço da produção industrial e do comércio mun-
dial.

A globalização é, sobretudo, econômica, e caracteriza-se pelo conjunto de mudanças no processo de


produção de riquezas, nas relações de trabalho, no papel do Estado, nas formas de dominação socio-
cultural e pela facilitação dos fluxos de pessoas, capitais e informações ao redor do mundo.

A base estrutural que possibilitou o aumento dos fluxos de informações nas últimas décadas é o avanço
das telecomunicações (satélites artificiais, centrais telefônicas, cabos de fibra óptica e telefonia celular)
e da informática. A evolução das tecnologias para computadores e internet permite um volume e rapidez
cada vez maiores na transmissão de dados, voz, texto e imagem em todo o planeta, tornando-o cada
vez mais conectado e integrado. Além das telecomunicações e informática, também houve avanços da

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robótica, biotecnologia e dos meios de transporte, na etapa do desenvolvimento industrial conhecida


como Terceira Revolução Industrial, quando ciência, técnica e produção adquiriram maiores vínculos.

A revolução tecnológica dos meios de informação e comunicação intensificou-se, possibilitando uma


disputa cada vez maior entre países e empresas a partir da facilidade de circulação do capital de um
país para outro, seja para a venda de mercadorias, para a instalação de filiais de empresas ou para
aplicações financeiras.

O aumento da capacidade produtiva das empresas, das infraestruturas e da utilização de sistemas


informatizados nas variadas atividades econômicas (indústria, agropecuária, comércio e serviços) fez
com que a técnica, a ciência e a informação se tornassem mais presentes no espaço geográfico. Essa
presença é, porém, desigual.

Concentra-se nos países desenvolvidos, distribui-se de modo irregular nos subdesenvolvidos industri-
alizados e é ainda escassa em países subdesenvolvidos de economia primária. Portanto, a globaliza-
ção não integra o mundo todo da mesma forma. A maioria dos usuários de internet no mundo, por
exemplo, concentra-se em países como EUA, Japão, China e Alemanha.

A derrocada do bloco socialista pós-Guerra Fria (1989) iniciou a chamada nova ordem mundial, levando
o capitalismo ao mundo todo e impulsionando o processo de globalização. Novos mercados consumi-
dores se abriram, ao passo que governos e grandes empresas intensificaram medidas e políticas neo-
liberais (que favorecem a iniciativa privada), ampliando a circulação de capitais entre os países.

Com a economia mundial globalizada, as empresas multinacionais se destacaram, espalhando suas


atividades ao redor do mundo através de complexas redes de produção, distribuição, divulgação e
comercialização. Seus lucros são maximizados ao dividirem as etapas de produção e demais atividades
em diferentes países.

Os investimentos são direcionados conforme as vantagens que o país (geralmente subdesenvolvido)


fornece, como: mão-de-obra barata e qualificada, matéria-prima abundante, baixo custo para instalação
de filiais, redução ou mesmo isenção de impostos. Já os centros administrativos, científicos e tecnoló-
gicos são mantidos em suas sedes, nos países de origem. Dessa forma, diversas marcas de todos os
tipos de produtos, redes de fast food, supermercados, bancos e serviços em geral, tornam-se cada vez
mais presentes em diversos países.

Atualmente, mercados mundiais importantes são dominados por um pequeno número de corporações
multinacionais ou transnacionais, que concentraram capitais através de fusões e/ou aquisições.

A popularização do acesso à internet e comunicação instantânea através de celulares e computadores


é um fato representativo dos níveis de desenvolvimento que o processo de globalização vem atingindo
no século XXI.

A ideia de uma globalização designa o processo de integração em escala mundial da economia de


mercado, das relações e interações humanas, relações econômicas, políticas e culturais entre nações,
como consequência da velocidade sempre crescente dos meios de transporte e comunicação sendo,
neste último caso, principalmente através das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC’s).

A globalização não é apenas um fenômeno de natureza econômica, mas política, tecnológica, cultural.
Os diferentes aspectos do processo de globalização são analisados por Santos (2002): a globalização
econômica e o neoliberalismo, a globalização social e as desigualdades, a globalização política e o
Estado-nação, a globalização cultural ou cultura global, globalização hegemônica e contra hegemônica,
os graus de intensidade da globalização além de uma perspectiva do futuro da globalização. A ideia de
globalização evoca a noção de um mundo único, uma aldeia global, um mundo sem fronteiras, de
integração da economia mundial, de onde resultam expressões como: cultura mundial, civilização mun-
dial, governança mundial, economia mundial, cidadania global.

Os protestos de rua de um país são vistos com facilidade pelos telespectadores de outro país. “Globa-
lizaram-se as instituições, os princípios jurídico-políticos, os padrões socioculturais e os ideais que
constituem as condições e produtos civilizatórios do capitalismo” (IANNI, 1995, p.47-8 apud VICENTE,
2009, p. 128). Anthony Giddens fala de um mundo em transformação, que afeta tudo o que fazemos, e
que estamos sendo empurrados para uma ordem global cujos efeitos se fazem sentir, mas que ainda
não compreendemos na sua totalidade.

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E neste processo de transformação a globalização está por trás, inclusive, da expansão da democracia:
“[...] vivemos numa época em que a democracia está a estender-se a todo o mundo [...] Temos de
democratizar ainda mais as estruturas já existentes e de o fazer de forma a responder às exigências
da era global” (2006, p. 17).

Do ponto de vista do expansionismo econômico a globalização não é algo novo. Na História verificamos
processos semelhantes como na fase do colonialismo com a hegemonia de Espanha e Portugal na era
das grandes descobertas dos séculos XVI ao XVIII, ou o imperialismo do fim do século XIX e início do
século XX com a hegemonia da Inglaterra e dos Estados Unidos até chegar aos processos de transna-
cionalização e globalização do final do século XX.

Nos dias atuais podemos mencionar a criação de organizações internacionais como a ONU (Organiza-
ção das Nações Unidas), Banco Mundial, FMI (Fundo Monetário Internacional) e a UE (União Européia)
como um resultado direto desse processo de globalização.

De mogo geral vemos como a aceleração e ampliação do processo de expansão do capitalismo de


forma globalizada vem se desenvolvendo há séculos (SUNKEL, 1999).

A situação presente, todavia, possui um ingrediente extra que é a revolução tecnológica contemporâ-
nea. É certo que os períodos de grande expansão econômica internacional também foram sempre
precedidos de grandes transformações tecnológicas, o que não é diferente no presente processo. A
atual globalização, entre outros fatores, foi fortemente impulsionada pela revolução nas comunicações,
em especial na constante evolução tecnológica da computação (PEREIRA NETO, 2003, p. 58-59).

Anthony Giddens (2006) destaca como hoje o processo de globalização é marcado pela informação
digital, inclusive financeiramente. Um dinheiro que não raro só existe como informação digital e que
serve de base às transações econômicas que são operadas no mercado financeiro de vários países.
Milhões e bilhões de dólares são movimentados diariamente.

Um volume de transações financeiras inabitual para o mercado comum: “É um aumento maciço em


relação aos finais da década de 1980, sem falarmos de anos mais distantes. O valor do dinheiro que
temos no bolso, ou nas nossas contas bancárias, muda de momento a momento, de acordo com as
flutuações registadas nestes mercados” (2006, p. 22).

Vivemos hoje em dia a era da mundialização do capital, usando o termo francês para globalização
(mondialisation): um processo de internacionalização do capital produtivo como um conjunto dos pro-
cessos que tecem relações de interdependência entre as economias nacionais, incluindo aí as impor-
tações e exportações de bens e serviços, entradas e saídas de investimentos do capital financeiro ou,
ainda, de mundialização das operações do capital (CHESNAIS, 1994 e 1995).

Em vez de usar o termo “globalização” e, portanto, de fazer referência à “economia” de modo vago e
impreciso, parece então desde já preferível falar em “globalização do capital”, sob a forma tanto do
capital produtivo aplicado na indústria e nos serviços quanto do capital concentrado que se valoriza
conservando a forma dinheiro. Pode-se então dar mais um passo, aquele que consiste em falar de
“mundialização” em vez de “globalização” (CHESNAIS, 1995, p. 5).

Milton Santos (2000) destaca que as atividades hegemônicas do mundo globalizado estão todas fun-
dadas na técnica e na tecnociência. Há 150 anos era usado o Código Morse como meio de comunica-
ção. Hoje esse sistema foi substituído pela tecnologia dos satélites que permite localizar qualquer pes-
soa, usando um GPS, por exemplo.

A globalização foi favorecida pelo casamento entre a ciência e a técnica, mas um casamento que é
condicionado pelo mercado: a ciência e a técnica passam a produzir aquilo que interessa ao mercado
e não a humanidade em geral.

O mundo da técnica promoveu uma maior fluidez e rapidez nas relações sociais. Mas uma fluidez que
não é para todos, mas para os agentes que têm a possibilidade de utilizá-la. E a “compartimentação
dos territórios ganham esse novo ingrediente [...] tudo hoje está compartimentado; incluindo toda a
superfície do planeta” (SANTOS, 2000, p. 84). É dessa forma que se potencializa a força das grandes
empresas em detrimento de outras, que são forçadas em suas formas “de ser e agir” a adaptar-se ao
“epicentro” das empresas hegemônicas. “Com a globalização, o uso das técnicas disponíveis permite

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a instalação de um dinheiro fluido, relativamente invisível, praticamente abstrato” (SANTOS, 2000, p.


100).

Do ponto de vista econômico se fala hoje em dia em uma economia mundial ou de uma economia
globalizada, onde as economias nacionais são rearticuladas no seio de um sistema de transações e
processos que operam em nível internacional. Transformações importantes ocorridas a partir da dé-
cada de 1970 na conjuntura política, econômica e social propiciaram o avanço da globalização com a
expansão de empresas transnacionais:

A chamada transnacionalização. Uma nova economia se afirmas estimualda pela ideia de um mercado
livre global onde “as empresas, corporações e conglomerados transnacionais adquiriram preeminência
sobre as economias nacionais” (IANNI, 1995, p.46 apud VICENTE, 2009, p. 127). “A globalização é, de
certa forma, o ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista” (SANTOS, 2000, p. 23).
Passamos do micro para a macroeconomia, das regras de gestão privada para o estabelecimento de
políticas econômicas que são definidas e redefinidas por instituições internacionais.

Naturalmente há os defensores e opositores do fenômeno da globalização. Dentre seus defensores,


Thomas Friedman acredita que “a globalização representa a substituição natural de um sistema deca-
dente implantado no transcorrer dos anos em que o mundo viveu a polarização estabelecida entre
o capitalismo e o socialismo” (apud VICENTE, 2009, p. 128). Um avanço que tende a ganhar força com
o desenvolvimento de novas tecnologias do sistema produtivo, seja através da computação, da internet,
da fibra ótica, por exemplo.

O processo de globalização facilitou a afirmação de um conjunto de ideias neoliberais (REIS, 1997;


VICENTE, 2009). O neoliberalismo ganhou força com o modelo de uma nova economia de mercado
global ou, mais exatamente, um mercado livre global, onde as empresas e corporações transnacionais
ganham proeminência sobre as economias nacionais.

Ganha força a recomendação de redução do Estado no desempenho de certas funções que é um


componente central da ideologia neoliberal e procura se tornar hegemônica, baseado na necessidade
de conceber e operar a máquina do Estado tornando-a simultaneamente mais eficiente e menos one-
rosa. Thomas Friedman estabelece como alicerces do processo de globalização, do seu ponto de vista,
nos seguintes itens:

a) Defesa parcial da noção Estado-nação, uma vez que no processo de implantação da globalização
ainda é necessária a presença do Estado.

b) A relação entre Estado-nação e mercados globais tende a restringir as ações dos Estados, com a
consequente delimitação de sua atuação, pois os centros econômicos mundiais adotam medidas que
têm de ser incorporadas pelos países defensores desse processo da globalização. A propensão, por-
tanto, seria chegar ao fim dos Estados nacionais.

c) A tendência caminha no sentido de estabelecer o equilíbrio entre o poder dos Estados e as liberdades
individuais, ou, se preferir, colocar no mesmo patamar o individualismo e o poder coletivo. Aqui, Fried-
man apela, mais uma vez, para as novas tecnologias e as facilidades de mobilização social criadas
(apud VICENTE, 2009, p. 130-131)

Existem também as críticas a esse modelo e visão de mundo, que consideram a ideia de globalização
como a fonte de inúmeros problemas, e não leva em consideração questões como a heterogeneidade,
a fragmentação, a desigualdade, a exclusão, a dominação, a exploração, as diferenças ideológicas e
das relações humanas, entre outras.

Os oponentes da globalização estimam que a globalização seria antes geradora de inquietações, de


desgaste do meio ambiente, de uma competitividade desumana.

Entre os seus críticos, estão aqueles que apontam para o fato de que a globalização tende a aumentar
ainda mais as desigualdades sociais, fazendo com que a concentração da riqueza mundial esteja cada
vez mais nas mãos de poucos, aumentando a situação de pobreza e miséria social.

A dinâmica tecnológica e econômica que se afirmar como parte das tendências novas da globalização
não autoriza qualquer otimismo no que se refere à sua eventual contribuição para melhorar esse quadro
de desigualdade.

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Ao contrário, o que temos com ela, mesmo nos países economicamente mais avançados, são o au-
mento da desigualdade social, níveis inéditos de desemprego, a "nova pobreza", o aumento da violên-
cia urbana (REIS, 1997, p. 49).

Vive-se o imperativo do mercado globalizado. A globalização conduz a uma nova espécie de darwi-
nismo econômico e social, no qual cada ser humano é chamado a mostrar suas competências e onde
sobrevivem apenas os mais fortes, por meio de uma seleção natural. O mercado é intransigente com
os que não são competitivos: caso não consigam se adaptar ao meio, sofrerão a marginalização e a
exclusão social.

Dentre os críticos do processo de globalização podemos destacar Milton Santos, autor da obra: Por
uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. O livro do Milton Santos tem
como objetivo principal discutir o atual processo de globalização, abordando questões que trata da
constituição da globalização: quais indivíduos de fato está atual globalização beneficia?

É possível dar novos rumos a atual história social no período da globalização? Milton Santos entende
a globalização como algo perversa na forma como está: “fundada na tirania da informação e do dinheiro,
na competitividade, na confusão dos espíritos e na violência estrutural, acarretando o desfalecimento
da política feita pelo Estado e a imposição de uma política comandada pelas empresas” (2000, p. 15).

A obra de Milton Santos é bastante extensa e merece uma reflexão mais detalhada sobre as questões
analisadas pelo autor. Veja a este respeito o texto em nosso website: Uma outra globalização é possí-
vel?

Utilizando os conceitos de monocultura da escala dominante e monocultura do produtivíssimo capita-


lista Boaventura de Sousa Santos (2007) critica a ideia de que tudo se torna global e homogêneo em
função de uma escala dominante, representada hoje pela globalização, criando a ausência do particular
e do local e de que o que vale nesse processo é o crescimento econômico e a lógica produtivista do
sistema capitalista.

Propondo como alternativa o que ele chama de ecologia da “transescala”, defende que é preciso ir além
da escala dominante trabalhando entre as escalas locais, globais e nacionais; e a ecologia das produ-
tividades que busca recuperar e valorizar sistemas alternativos de produção como as cooperativas
operárias, a economia solidária, entre outras, que a ortodoxia capitalista desacreditou ou ocultou.

O Fim Do Socialismo

A criação do socialismo como regime político-econômico visava sufocar e extinguir o sistema que vigo-
rava no final do século XIX, o capitalismo. As ideias socialistas almejavam implantar uma sociedade
mais justa e igualitária.

Os principais idealizadores do socialismo foram os alemães Karl Marx e Friedrich Engels, após uma
profunda análise no sistema capitalista eles proporão a estruturação de uma sociedade alicerçada no
regime socialista.

A partir daí as ideias do regime socialista se espalharam pelo mundo e muitos países as implantaram.
No entanto, tais nações não instituíram o socialismo aos moldes propostos por Karl Marx e Friedrich
Engels. Desse modo, o socialismo aplicado em diversas nacionalidades recebeu o nome pelos estudi-
osos de “socialismo real”, ou seja, aquele que realmente foi colocado em prática.

Na União Soviética e todo Leste Europeu foi instaurado o socialismo real, marcado principalmente pela
enorme participação do Estado. Esse fato fez emergir, de certa forma, um sistema um tanto quanto
ditatorial, tendo em vista que as decisões políticas não tinham a participação popular. A liberdade de
expressão era reprimida pelos dirigentes, que concentravam o poder em suas mãos.

Com o excesso de centralização do poder, a classe de dirigentes, bem como os funcionários de alto
escalão do governo, passaram a desfrutar de privilégios que não faziam parte do cotidiano da maioria
da população; o que era bastante contraditório, pois o socialismo buscava a construção de uma socie-
dade igualitária.

Em todo o transcorrer da década de 80, a União Soviética enfrentou uma profunda crise, atingindo a
política e a economia. Tal instabilidade foi resultado de diversos fatores, dentre os quais podemos

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destacar o baixo nível tecnológico em relação aos outros países. Isso porque o país investiu somente
na indústria bélica, deixando de lado a produção de bens de consumo. Além, da diminuição drástica da
produção agropecuária e industrial.

Diante dos problemas apresentados, a população soviética ficava cada vez mais descontente com o
sistema socialista. A insatisfação popular reforçava o anseio de surgir uma abertura política e econô-
mica no país para buscar melhorias sociais. O desejo de implantar um governo democrático na União
Soviética consolidou a queda do socialismo no país. Fato que ligeiramente atingiu o Leste Europeu,
que buscou se integrar ao mundo capitalista.

Hoje, praticamente não existem países essencialmente socialistas, salvo Cuba. São ainda considera-
dos socialistas: China, Vietnã e Coréia do Norte. Às poucas essas nações dão sinais de declínio quanto
ao sistema de governo, promovendo gradativamente abertura política e econômica.

O colapso da União Soviética foi para o Ocidente como um brinde ao triunfo da superioridade do capi-
talismo sobre o socialismo. A Guerra Fria, que havia pairado sobre a bipolaridade das superpotências
desde o fim da II Guerra Mundial, havia finalmente dissipado alegrando os Estados Unidos com o seu
inimigo formidável trazido a seus joelhos e abrindo canteiros para introduzir a nova ordem mundial.
Conclusões e rupturas configuram novos rumos para a retomada da Globalização.

É comum confundirmos a derrota do socialismo com o desaparecimento da União Soviética, como


elucidado por Paulo Roberto de Almeida. Em seguida, ele discorre sobre os fracassos do planejamento
econômico da União Soviética que não conseguiu atender às necessidades do Estado, e um evidente
declínio gradual desencadeou-se. Finalmente, a ideologia do comunismo, que o governo soviético tra-
balhou para incutir nos corações e mentes de sua população, nunca criou raízes firmes.

Com o tempo, os bancos evoluíram consideravelmente fornecendo as tendências e perspectivas para


o futuro. Em 2000, novos padrões foram surgindo com bancos norte-americanos afirmando-se no mer-
cado global, formando o G7 (EUA, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Japão). Todavia,
o mundo viveu também uma era de grande crise econômica, o que acelerou a nova ordem mundial.

Essas premissas indicam uma dificuldade na construção de uma ordem mundial que enfrentam novos
e velhos problemas complexos para a agenda internacional, relativos às questões universais dos direi-
tos humanos, desarmamento, população, saúde, segurança, educação, trabalho, meio ambiente, ter-
rorismo político e uma série de outros desequilíbrios regionais e socais.

Percebeu-se também uma grande mudança no tratamento dos países após o fim da Guerra Fria, como
a criação do conceito “Terceiro Mundo”, conjunto de países que enfrentam problemas sociais e econô-
micos, substituindo o antigo “Norte-Sul”. Houve também uma queda na coesão entre os Estados Uni-
dos, Europa e Japão que passaram a ser mais nacionalistas e terem em mira os seus próprios interes-
ses. Os EUA, com o intuito de não arcar com a ordem mundial sozinho, convidou a Rússia para fazer
parte do principal grupo econômico mundial, o G-8.

A Rússia por sua vez, após o fim da URSS, abriu seu mercado principalmente para o ocidente e en-
frentou dificuldades em seu próprio terreno como as migrações, escassez de recursos naturais, entre
outros. O que levou o país a tomar decisões administrativas objetivando-se ao seu lançamento como
potência mundial.

No mundo atual, é difícil pensar em uma única ordem mundial, pois, partindo dos conceitos de alguns
estudiosos, o que há no mundo hoje é uma multipolarização, em outras palavras, uma hierarquia flexível
que desponta a ascensão de diversos países a cada momento.

A Crise da Globalização

Os mesmos analistas que afirmavam ser o fim da União Soviética a comprovação de que os ideais de
uma sociedade igualitária não são viáveis na prática agora têm que admitir que a globalização econô-
mica pautada na livre concorrência, além de gerar milhões de excluídos em todo o planeta (fator que
por si só já é controverso), também não traz benefícios concretos para boa parte dos habitantes dos
países desenvolvidos.

Nas últimas décadas do século passado, a palavra globalização ultrapassou os muros da universidade
para invadir os mais diversos âmbitos da sociedade.

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A partir dos avanços dos meios de comunicação e transporte, parecia que finalmente o “mundo era um
só”. O filósofo Marshall McLuhan falava em “Aldeia Global”.

Não havia mais obstáculos para a livre circulação de serviços e mercadorias. Com o colapso do socia-
lismo no Leste Europeu, o capitalismo despontaria como sistema econômico hegemônico.

As utopias estavam mortas. Era o “Fim da História” preconizado pelo cientista político Francis Fuku-
yama. Enfim, a economia de mercado era confirmada como a derradeira etapa da história da humani-
dade.

Tudo ia bem para os ideólogos da globalização até que surgiu a crise econômica de 2008, iniciada no
setor financeiro dos Estados Unidos e posteriormente espalhada para praticamente todo o planeta.

Quebra de bancos, queda da produtividade industrial, falência de empresas e desemprego em massa


foram algumas das consequências mais visíveis da crise econômica. Não demorou muito para esses
efeitos refletirem na esfera política.

O resultado da derrocada financeira foi a ascensão de políticos e medidas estatais nitidamente antiglo-
balização.

É fato que na periferia capitalista, sobretudo na América Latina, a chegada ao poder de governos de
esquerda, antes de 2008, já representava o repúdio das populações desses países ao neoliberalismo,
um dos principais pilares da globalização.

Todavia, essa questão se tornou ainda mais complexa quando as populações das nações desenvolvi-
das também começaram a rejeitar os preceitos da globalização, como são os casos da eleição do
protecionista Donald Trump nos Estados Unidos e do processo de saída do Reino Unido da União
Europeia após consulta popular.

Desse modo, os mesmos analistas que afirmavam ser o fim da União Soviética a comprovação de que
os ideais de uma sociedade igualitária não são viáveis na prática agora têm que admitir que a globali-
zação econômica pautada na livre concorrência, além de gerar milhões de excluídos em todo o planeta
(fator que por si só já é controverso), também não traz benefícios concretos para boa parte dos habi-
tantes dos países desenvolvidos.

Exceção feita, é claro, para aquele 1% da população que ganha astronômicas somas monetárias ex-
plorando o trabalho alheio ou especulando em bolsas de valores mundo afora.

Em uma época de crise como a atual, em que a esquerda está perdida, levantando bandeiras secun-
dárias aos interesses do proletariado, ironicamente a extrema-direita é quem tem seduzido as massas
trabalhadoras, a partir de seus discursos com soluções simplistas para questões complexas.

Não obstante, as preposições xenófobas dos políticos conservadoras, que culpam imigrantes pelo cres-
cimento dos índices de desemprego, são extremamente perigosas.

A última grande combinação entre crise econômica e ascensão de ideias extremistas não traz boas
lembranças para a humanidade. Infelizmente, o fascismo é um fantasma que insiste em não nos deixar.

Capitalismo e socialismo são dois conhecidos sistemas político-econômicos que são opostos.

O socialismo consiste em uma teoria, doutrina ou prática social que propõe a apropriação pública dos
meios de produção e a supressão das diferenças entre as classes sociais. Este sistema sugere uma
reforma gradual da sociedade capitalista, distinguindo-se do comunismo, que era mais radical e defen-
dia o fim do sistema capitalista e queda da burguesia através de uma revolução armada.

O socialismo científico, também conhecido como marxismo, tinha como um dos seus objetivos a com-
preensão das origens do capitalismo, e anunciava o fim desse sistema. A luta proletária encorajada
pelo socialismo científico foi revestida do mesmo caráter internacional do capitalismo e necessitava de
uma organização partidária, centralizadora e coesa.

No final do século XIX, todos os partidos socialistas tinham como objetivo a luta por uma sociedade
sem classes e acreditavam na substituição do capitalismo pelo socialismo.

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No entanto, surgiram duas tendências entre os partidos: uma revolucionária, que defendia o princípio
da luta de classes e a ação revolucionária, sem aceitar a colaboração com governos burgueses; e a
reformista, que aceitava integrar coligações governamentais (social-democracia).

De acordo com a teoria marxista-leninista, a construção do socialismo corresponde ao período transi-


tório que vem depois da queda do capitalismo e que precede o estabelecimento do comunismo.

Por outro lado, o capitalismo tem como objetivo o aumento de rendimentos e obtenção de lucro. Muitas
críticas foram feitas em relação a este sistema, pois a concentração e distribuição dos rendimentos
capitalistas dependem muito das condições particulares de cada sociedade.

No seu início, o capitalismo foi responsável por graves deformações e conflitos sociais, já que a indús-
tria, pouco desenvolvida, não foi capaz de incorporar organicamente os assalariados, assim como tam-
bém não foi capaz de minorar a sua insegurança econômica. Só mais tarde, quando houve um incre-
mento na produção de bens, é que se verificou uma elevação significativa no nível de vida dos traba-
lhadores.

A dinâmica resultante da luta pelo aumento de salários e pela participação de todos os agentes de
produção no processo do próprio capitalismo é a principal característica econômica do século XX e
originou várias posições. Entre elas está o comunismo radical (com a nacionalização de todos os meios
de produção) e a concentração social pelo acordo para a distribuição dos rendimentos entre gestores,
capitalistas, operários e serviços.

No fim do século XVIII, vários pensadores denunciaram as deficiências do sistema capitalista, criticando
as injustiças sociais inerentes. As críticas surgiram juntamente com soluções alternativas por parte
desses reformadores sociais que se denominavam socialistas utópicos. Foi proposta uma ordem labo-
ral e social mais justa, onde os homens poderiam desenvolver a sua inata tendência à solidariedade e
à vida associativa.

Diferenças

Estes dois sistemas apresentam muitas diferenças, porque são contrários. Enquanto no capitalismo o
governo intervém pouco na economia, no socialismo há uma grande intervenção do governo. O capi-
talismo favorece quem tem dinheiro, e dá liberdade para criação de empresas por parte dos indivíduos,
mas cria classes sociais muito distintas e consequentes desigualdades sociais.

O socialismo tem como visão o bem comum de todos os indivíduos da sociedade, sendo que o governo
providencia o que é necessário para os cidadãos.

Uma desvantagem desse sistema é que é difícil estabelecer negócios quando tudo é controlado e limi-
tado pelo governo. Outra limitação do socialismo é que a sua implementação é muito complicada, e em
vários países socialistas de hoje, as pessoas são exploradas pelos seus governos.

Guerra Fria

A Guerra Fria foi o conflito de países que representavam o capitalismo e o socialismo e que procuravam
dominar o mundo. Os dois principais intervenientes foram os Estados Unidos (capitalismo) e URSS
(União Soviética, atual Rússia). A designação "fria" foi dada porque não houve ataques diretos, apesar
do incrível poder bélico dos intervenientes. Um conflito bélico poderia ter consequências catastróficas,
podendo mesmo significar a destruição da Terra.

A Guerra Fria terminou no início da década de 90, com a vitória dos Estados Unidos e do capitalismo,
o que explica a predominância desse sistema político nos dias de hoje.

O que é Socialismo:

Socialismo é uma doutrina política e econômica que surgiu no final do século XVIII e se caracteriza
pela ideia de transformação da sociedade através da distribuição equilibrada de riquezas e proprieda-
des, diminuindo a distância entre ricos e pobres.

Noël Babeuf foi o primeiro pensador que apresentou propostas socialistas sem fundamentação teoló-
gica e utópica como alternativa política.

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Karl Marx, um dos principais filósofos do movimento, afirmava que o socialismo seria alcançado a partir
de uma reforma social, com luta de classes e revolução do proletariado, pois no sistema socialista não
deveria haver classes sociais nem propriedade privada.

Todos os bens e propriedades particulares seriam de todas as pessoas e haveria repartição do trabalho
comum e dos objetos de consumo, eliminando as diferenças econômicas entre os indivíduos.

O sistema socialista é oposto ao capitalismo, cujo sistema se baseia na propriedade privada dos meios
de produção e no mercado liberal, concentrando a riqueza em poucos.

A origem do socialismo tem raízes intelectuais e surgiu como resposta aos movimentos políticos da
classe trabalhadora e às críticas aos efeitos da Revolução Industrial (capitalismo industrial). Na teoria
marxista, o socialismo representava a fase intermediária entre o fim do capitalismo e a implantação do
comunismo.

O socialismo sugeria uma reforma gradual da sociedade capitalista, demarcando-se do comunismo,


que era mais radical e defendia o fim do sistema capitalista e queda da burguesia através de uma
revolução armada.

Socialismo Utópico

O socialismo utópico foi uma corrente de pensamento criada por Robert Owen, Saint-Simon e Charles
Fourier. De acordo com os socialistas utópicos, o sistema socialista se instalaria de forma branda e
gradativa.

O nome socialismo utópico surgiu graças à obra "Utopia" de Thomas More, sendo que a utopia é refe-
rente a algo que não existe ou não pode ser alcançado. Os primeiros socialistas, que foram os utópicos,
tinham em mente a construção de uma sociedade ideal, através de meios pacíficos e da boa vontade
da burguesia.

Karl Marx se distanciou do conceito de socialismo utópico, visto que de acordo com essa corrente a
fórmula para alcançar a igualdade na sociedade não era discutida.

O oposto do socialismo utópico é o socialismo científico, que criticava o utópico porque este não tinha
em conta as raízes do capitalismo. Karl Marx classificava os métodos dos utópicos de "burgueses",
porque eles se baseavam na transformação súbita na consciência dos indivíduos das classes domi-
nantes, acreditando que só assim se alcançaria o objetivo do socialismo.

Socialismo Científico

O socialismo científico, criado por Karl Marx e Friedrich Engels, era um sistema ou teoria que tinha
como base a análise crítica e científica do capitalismo.

O socialismo científico, também conhecido como marxismo, se opunha ao socialismo utópico, porque
não tinha a intenção de criar uma sociedade ideal. Tinha sim o propósito de entender o capitalismo e
suas origens, o acumular prévio de capital, a consolidação da produção capitalista e as contradições
existentes no capitalismo. Os marxistas anunciaram que o capitalismo eventualmente seria ultrapas-
sado e chegaria ao fim.

O socialismo marxista tinha como fundamento teórico a luta de classes, a revolução proletária, o mate-
rialismo dialético e histórico, a teoria da evolução socialista e a doutrina da mais-valia. Ao contrário do
socialismo utópico e sua pacificidade, o socialismo científico previa melhores condições de trabalho e
de vida para os trabalhadores através de uma revolução proletária e da luta armada.

De acordo com o marxismo, uma sociedade baseada no capitalismo era dividida em duas classes
sociais: os exploradores (donos dos meios de produção, das fábricas, das terras), pertencentes à bur-
guesia, ou seja, os burgueses; e os explorados (aqueles que não tinham posses e tinha que se sujeitar
aos outros). Esse duelo entre as classes, é aquilo que transforma e propele a história.

Socialismo Real

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Socialismo real é uma expressão que designa os países socialistas que preconizam a titularidade pú-
blica dos meios de produção.

No século XX, as ideias socialistas foram adotadas por alguns países, como: União Soviética (atual
Rússia), China, Cuba e Alemanha Oriental.

Porém, em alguns casos, revelou-se um sistema comunista constituído por regimes autoritários e ex-
tremamente violentos. Esse socialismo é também conhecido como socialismo real - um socialismo co-
locado em prática, que causou uma deturpação semântica do "socialismo", levando assim a esses
regimes que demonstraram desrespeito pela vida humana.

O que é Capitalismo:

Capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade


privada e com fins lucrativos. Decisões sobre oferta demandam, preço, distribuição e investimentos não
são feitos pelo governo e os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas e
os salários são pagos aos trabalhadores pelas empresas. O capitalismo é dominante no mundo oci-
dental desde o final do feudalismo.

O capitalismo é o sistema sócio-econômico baseado no reconhecimento dos direitos individuais, em


que toda propriedade é privada e o governo existe para banir a iniciação de violência humana. Em uma
sociedade capitalista, o governo tem três órgãos: a polícia, o exército e as cortes de lei.

Na lógica do capitalismo está o aumento de rendimentos. Estes tanto podem ser concentrados como
distribuídos, sem que isso nada tenha a ver com a essência do sistema. Concentração e distribuição
dos rendimentos capitalistas dependem muito mais das condições particulares de cada sociedade.

O capitalismo só pode funcionar quando há meios tecnológicos e sociais para garantir o consumo e
acumular capitais. Quando assim sucede, tem conservado e até aumenta a capacidade econômica de
produzir riqueza.

Dentro do capitalismo existem diversos tipos, como o capitalismo financeiro (também conhecido como
capitalismo monopolista), que corresponde a um tipo de economia capitalista em que o grande comér-
cio e a grande indústria são controlados pelo poderio econômico dos bancos comerciais e outras insti-
tuições financeiras.

O capitalismo é caracterizado por várias fases, sendo a sua primeira fase designada como capitalismo
comercial, marcado pela busca de riquezas por parte da burguesia e nobreza durante a expansão
marítima, nos séculos XV e XVI.

Capitalismo Industrial e Informacional

Juntamente com o capitalismo financeiro, surgiu o capitalismo industrial, que é quando as empresas
evoluíram de manufatureiras para mecanizadas. Outro tipo foi o capitalismo informacional, que tem a
tecnologia de informação como o paradigma das mudanças sociais que reestruturaram o modo de
produção capitalista.

Capitalismo e Globalização

Um dos fenômenos do capitalismo é a globalização, que é um dos processos de aprofundamento da


integração econômica, social, cultural, política, impulsionado pelo barateamento dos meios de trans-
porte e comunicação dos países do mundo no final do século XX. A globalização é gerada pela neces-
sidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os
países centrais.

Comunismo e Socialismo

Muitas vezes as expressões comunismo e socialismo são usadas como sinônimos, o que não é correto.

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No entanto, os dois conceitos representam ideologias com algumas semelhanças, pois representam
uma forma de protesto ou uma alternativa ao capitalismo. Muitos autores a favor do comunismo des-
crevem o socialismo como uma etapa para se chegar ao comunismo, que organizaria a sociedade de
forma diferente, eliminando as classes sociais e extinguindo o Estado opressor.

A forma de atuação do comunismo e do socialismo também é diferente. Enquanto o socialismo prevê


uma mudança gradual da sociedade e um afastamento do capitalismo, o comunismo pretendia uma
diferenciação mais brusca e muitas vezes usando o conflito armado como método de atuação.

Comunismo Primitivo

De acordo com alguns autores, o comunismo primitivo consiste na forma de vida que se verificava
desde a Pré-História. Quando foram formadas as primeiras tribos, as propriedades eram partilhadas
por todos os elementos, assim como os meios de produção e de distribuição. As atividades para ob-
tenção de comida eram feitas em comum.

Desta forma, o comunismo primitivo foi essencial para o desenvolvimento da sociedade humana, cri-
ando laços na comunidade e facilitando a sobrevivência, que era essencial graças às condições adver-
sas existentes.

Além disso, o comunitarismo cristão da Igreja Primitiva (revelado na Bíblia no livro de Atos dos Após-
tolos) é por vezes visto como uma forma de comunismo, por apresentar alguns dos mesmos princípios,
como o desinteresse pelos bens materiais e um amor generalizado pelo próximo.

Comunismo no Brasil

O Partido Comunista do Brasil, fundado no Rio de Janeiro em Março de 1922, foi de grande importância
para o Brasil, pois dele surgiram vários partidos que potenciaram a política brasileira. No seu princípio
e mais ou menos até 1935, o Partido Comunista teve que lutar contra o anarquismo pela liderança
sindical.

Durante muito tempo o Partido Comunista foi proibido de funcionar e por isso teve que funcionar de
forma clandestina. Por esse motivo, o Bloco Operário Camponês foi criado, com o objetivo de participar
nas eleições.

Globalização da Informação

A sociedade vem passando por inúmeras mudanças em todas as áreas do conhecimento. Os impactos
produzidos na sociedade através dos meios de comunicação altamente sofisticados como a Tv, satélite,
internet, têm provocado modificação no estilo de conduta, atitudes, costumes e tendências das popu-
lações mundiais, principalmente no Brasil.

É importante ressaltar que essas mudanças só ocorrem por causa do avanço das tecnologias, sobre-
tudo no ramo das telecomunicações. Isto é percebido diariamente em todos os países do mundo, prin-
cipalmente os mais evoluídos, pois os mesmos produzem tecnologia de forma acelerada e com uma
eficiência singular.

O aumento das tecnologias da comunicação e informação impulsiona ainda mais o processo de mu-
dança comportamental no Brasil e no mundo, isso acontece porque todos os envolvidos com essas,
tem que se adaptar a elas para se estabelecerem no mercado ou na vida de um modo geral.

A globalização tem aumentado na mesma velocidade em que os meios de comunicação vêm se aper-
feiçoando e expandindo suas fronteiras. Internet, MSN, GPS, guerras em tempo real (CNN na Guerra
do Golfo), mostram que da vez mais a informação chega mais rápido e com mais voracidade, e quem
não estiver preparado para saber como aproveitar o momento certo, poderá ficar para trás e deixar a
concorrência passar à frente.

Nova Tecnologia da Informação

As novas tecnologias da informação estão integrando o mundo em redes globais de comunicação. A


tendência social e política característica da década de 90 é a construção é a construção de um mundo
cada vez mais globalizado, integrado mutuamente com tudo e com todos.

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A mudança histórica das tecnologias mecânicas para a tecnologia da informação ajuda a desmistificar
a idéia de soberania e auto-suficiência promovida no passado. Sem dúvida, desde o início da década
de 70, a inovação tecnológica tem sido conduzida pelo mercado, provocando uma difusão mais rápida
dessa inovação.

Na realidade, a inovação descentralizada estimulada por uma cultura de criatividade tecnológica e por
modelos tecnológicos de sucesso é que as tecnologias prosperam. Países como China e Índia onde
até pouco tempo atrás eram países fechados à nova ordem mundial do capitalismo, começaram a abrir
se para o mundo e a aproveitar essa onda nas mudanças da tecnologia da informação.

Hoje mais da metade dos computadores do mundo são produzidos na China, mas até pouco tempo a
trás o acesso a internet era quase que proibido a população. Hoje o número de internautas alcançou
137 milhões ou 10% da população total do país. Ainda está longe dos quase 20% do Brasil, mas cami-
nha a passos largos para de tornar uma nação poderosa em termos de tecnologia da informação.

As Mudanças na Sociedade e na Informação

A revolução Industrial começou na Inglaterra, quando a máquina a vapor foi inventada, na metade do
século XVIII. Logo surgiram as ferrovias e indústrias. As pessoas trocaram o campo pela cidade. As
mudanças tecnológicas praticamente cessaram no século XIX, quando surgiram várias inovações: mo-
tor de combustão interna, eletricidade, etc. que alteram a economia mundial. Essas, por sua vez geram
uma nova classe de trabalhadores, aumentou o número de pessoas com acesso a educação e que
tinham dinheiro. Começaram os problemas de desemprego, surgiu o materialismo e a decadência das
famílias acelerou.

Mudanças No Século XX

A partir da década de 70 as novas tecnologias da informação já se apresentavam em âmbito internaci-


onal, substituindo as tecnologias intensivas em material e energia de massa, características do ciclo do
petróleo. Nesse cenário marcado por mudanças cruciais a necessidade de informação sobre futuros
desenvolvimento tornou-se ainda mais vital.

O acesso a uma base de informações e conhecimento cientifico e tecnológico, que se constitua numa
vantagem no passado passou-se uma necessidade fundamental no presente. A acelerada disponibili-
zação das novas tecnologias aponta para uma era de crescente globalização, inclusive tecnológica.
Isso acontece dado ao caráter do processo de geração, transmissão e difusão das tecnologias. Mas
nada disso funciona ou funcionará bem se as pessoas não participarem dessa tecnologia.

Para Ribeiro (1994, p. 112): Os empresários muitas vezes perdem milhões ou até a própria empresa
por esquecer um princípio simples que rege as leis de convivências: as coisas só acontecem, na em-
presa, na escola de samba, no partido comunista, no governo ou em qualquer grupo, se as pessoas
envolvidas quiserem que aconteça.

As mudanças em curso podem gerar impactos e efeitos na economia mundial, tanto para os mercados
internos e externos, já que a difusão das novas tecnologias acontece em escala mundial. Nesse caso,
os principais movimentos que caracterizam as novas tecnologias são fortemente centrados nos países
mais desenvolvidos que marginalizam os menos desenvolvidos inclusive o Brasil.

Na revolução das novas tecnologias da informação e comunicação, o conhecimento tecnológico, ao se


constituir num dos principais meios da globalização, permanece, restrito ao âmbito daqueles que detém
o conhecimento.

O poder da informação no mundo globalizado é praticamente incalculável. Enquanto no século XVIII


uma mensagem demorava meses de navio para chegar ao seu destino, hoje com um simples “EN-
VIAR”, você pode mandar e-mails para milhares de pessoas no mundo inteiro. Ou uma bolsa de valores
pode cair vários pontos por alguma confusão que está acontecendo a milhares de quilometro dali.

O principal desafio da era da informação globalizada é criar instrumentos para filtrar os milhares de
informações que circulam na internet e TV’s do mundo todo, pois uma informação falsa ou mal inter-
pretado pode acabar em grande confusão e desentendimento.

As Redes de Comunicação no Mundo Globalizado

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A integração econômica e cultural entre os países, conhecida como Globalização, só foi possível a
partir da criação e popularização de diversas tecnologias que adquiriram um papel fundamental tanto
para o desenvolvimento da economia mundial quanto para a sociedade que se tornou cada vez mais
dependente da tecnologia.

As redes de comunicação nesse mundo globalizado, cada vez mais rápidas e eficientes, permitiram a
comunicação e o acesso rápido a qualquer parte do globo de forma instantânea. Contribuindo assim,
para:

O desenvolvimento do comércio internacional, visto que a interligação entre as bolsas de valores, dos
bancos e das grandes corretoras de diversos países através de uma vasta rede de computadores au-
menta a velocidade das transações e possibilita aos investidores movimentar instantaneamente suas
aplicações financeiras;

O crescimento de empresas multinacionais, que podem ser controladas de qualquer lugar do mundo;

A circulação de capitais que pode ser realizada de qualquer lugar do mundo, com o uso de computa-
dores e até smartphones;

A circulação de informações, que atualmente acontece instantaneamente;

A comunicação em massa, na qual as pessoas podem se comunicar instantaneamente com qualquer


pessoa do mundo;

A transformação da paisagem que vai sendo alterada para incorporar as diversas redes de comunica-
ção por satélite artificial, de cabos de fibra óptica, de antenas para celulares etc.

Porém, apesar de se tornarem cada vez mais necessárias e utilizadas no mundo, tanto nas relações
comerciais quanto no cotidiano das pessoas que vivem nesse mundo globalizado, o uso das redes de
comunicação não diminui as diferenças sociais.

Isso por que, assim como os efeitos da globalização não atingem a todos da mesma maneira, muitas
vezes o uso das novas tecnologias não ocasionam grandes revoluções na realidade socioespacial. E,
embora o acesso a essas redes atinja cada vez mais pessoas, a forma com que usam essas tecnolo-
gias e as consequências do seu uso muitas vezes não é um fator determinante na modificação de sua
condição social.

Informações em Tempo de Globalização

Mantenha um fluxo de informação nos dois sentidos. Quanto mais filtros na informação, mas ela se
distorce e gera um delay (atraso). [...]. Vocês como líderes têm de fazer a informação circular nos dois
sentidos, como a circulação sanguínea, sem filtros e simultânea. (Ram Charan apud TTCA Consultoria
Empresarial, 2005).

É comum hoje termos como: Ipod, Mp3 Players – ver figura 1 e 2 respectivamente –, Telefones Celu-
lares com Conectividade, Acesso à Internet Banda Larga, Newsletter, Televisão Digital, etc. Mas uma
parcela enorme da sociedade vive a margem de tudo isto, da mesma forma que o rio Amazonas com
seu leito avantajado confunde-se com um mar dentro de uma floresta (há locais que não se podendo
ver a outra margem), muitas pessoas ainda navegam como que possuidoras apenas de uma jangada
na imensidão da informação, não vendo o início, não se encontrando no meio e culminando em não
saber o final.

Somos conhecedores que a informação está diante de todos, entretanto falta a comunicação pois se
recebe a informação sem poder sinalizar a compreensão da mesma. Virtualmente todos ao recebem
informações, as processam sintetizando o que aparentemente decidem que é importante, passando a
integrar sua consciência intelectual, servido de apoio a necessidades que surgem no dia-a-dia, mas
nem sempre é assim. Somos privados do direito de ao receber a informação, sinalizar que entendemos
ou contribuir para novos envios de informação. Caminhemos juntos tentando compreender o aspecto
desta comunicação.

Os Meios Pela Qual Viaja a Informação

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Há uma diversidade de mídias, todas visando passar informações a uma determinada fatia da socie-
dade, e hoje nesta sociedade globalizada não somente passa-se a informação, mas a passamos em
uma velocidade quase que inacreditável, são tantos links pra isso, links pra aquilo, é rádio, televisão,
revista, etc.; todos já possuem seus elos, suas ligações mais avançadas. Mídia de um modo geral são
todas as formas e recursos que temos para nos fazer entender (comunicação).

Mídia Impressa

Categoria que se exemplifica por toda forma escrita de passar informação, até mesmo um simples
bilhete se escrito está incluído nesta categoria, temos ainda, folders, panfletos, jornal, revistas, mala-
direta, fotografias, etc. Continua sendo desde os fundamentos da impressão a mídia mais utilizada para
atingir as grandes massas.

Pode-se atingir e contagiar milhares de pessoas; se existir uma informação que comunique; o psicoló-
gico responde rapidamente, fazendo que cidades, países e/ou todo o mundo seja contagiado ou a fazer
ou a pensar na idéia que vem impressa nesta mídia. Infelizmente o papel aceita qualquer palavra,
fazendo que muitas vezes boatos, lendas, e mentiras vaguem por muitos lugares causando mais de-
sastres que muito furacões.

Mídia Eletrônica

Temos aqui toda a forma de passar informação que utilize recursos no meio eletrônico compreendido
assim: televisão, rádio, trio-életrico, carro e moto-som, cinema, etc. Partindo que as maiorias das pes-
soas possuem rádio e como os carros e motos-som bombardeiam constantemente uma parcela signi-
ficativa da sociedade, também este meio propaga de uma forma muito rápida as informações que se
fizerem necessárias transmitir.

Mídia Digital

Continua a galgar espaços cada vez maiores pela facilidade de armazenamento, transporte, e divulga-
ção das informações, usam toda a forma de tecnologia digital, internet, televisão digital, mídia para
gravação de informações, cds, pendrives, gravadores e tocadores de música, e-mails. Paulatinamente
vem mesclando-se com as demais formas de mídias existentes, pela diversidade da instrumentação
adotada.

Os Meios Justificam Os Fins?

Como se pode notar há inúmeras formas de enviar ou receber informação, na maioria das ocasiões à
abordagem mescla uma mídia com outra, fazendo que o receptor da informação receba em um intervalo
muito curto de tempo um grande contingente de informação, contudo muitas vezes não compreende o
que está recendo.

É necessário salientar que a globalização faz com que a informação alcance em pouco tempo mais da
metade da população do planeta, e muitos são envoltos de uma forma ou outra por um dos meios que
foi explanado nas sessões anteriores. Uma pergunta é precisa fazer:

- Tenho contribuído para o envio destas ou de novas informações? Um conceito sugerido para quem
recebe informação pode ser de receptáculo e não receptor, as pessoas em um modo geral tem sido
um depósito da carga criativa de outras pessoas, e estas informações na maioria das vezes não tem
estimulado a massa receptora, estes receptores não têm adquirido o desejo de passarem suas experi-
mentações para outros, apenas ouvem e geralmente nem entendem o que ouviram e sem serem esti-
muladas não conseguem sanar suas dúvidas sobre a informação recebida.

Quando abordados por mensagens publicitárias, dificilmente perguntaram-nos antes o que gostaríamos
que estivesse sendo colocados em promoção ou liquidação, da mesma forma ninguém nos indagou o
que era importante colocar em promoção no supermercado este fim de semana, no entanto, carros de
som, panfletagem, inserções na televisão, rádio, internet, etc., não cansam em comunicar-nos que a
cerveja, que o vinho, e a picanha estão com preços imbatíveis como se fossem itens comuns na cesta
básica de todos.

É pouco provável que nas empresas de: vestuário, prestação de serviços, lazer, alimentação, etc., têm
feito algum tipo de enquete para saber como satisfazer os anseios de seus clientes. Logicamente que

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já é percebido nas empresas prestadoras de serviços, pequenos questionários (algo muito recente),
solicitando ao cliente antes de deixar o estabelecimento, comunicarem o que mais ou menos lhe agra-
dou ou enquanto utilizou-se dos serviços disponíveis no estabelecimento.

Na convergência de meus argumentos temos o legislativo da esfera municipal à federativa, os políticos


eleitos formulam as leis que estarão prejudicando ou beneficiando uma ou outra parcela da sociedade,
a informação flui livremente por todas as mídias existentes, somos bombardeados constantemente,
como exemplo temos os boletins, através de canal de televisão próprio da casa legislativa que está
promovendo a lei ou leis ou através de canais pagos ou não de televisão.

Quase sempre, somos conhecedores dos resultados sobre nós, mas como que anestesiados com al-
gum medicamento de forte ação, não conseguimos estimulação necessário para intervir, para contri-
buir, para modificar, somos apenas um receptáculo das ideias criativas de outros, que têm a capacidade
de gerir sobre a informação e recursos de fazê-la chegar quando, como, a quem, e da melhor maneira,
assim a massa que recebe, ouvindo não compreenda, não compreendendo não seja estimulada, não
sendo estimulada não contribua para novos envios de informação, e sem a resposta do receptor ao
transmissor há uma falha na comunicação.

Antes mesmo de tomar conhecimento sobre a informação, faz-se necessário desenvolver junto aos
receptores, condições que possam estes passar de simples depósitos, para transmissores de informa-
ção.

Com a rapidez que a informação circula, o simples saber ouvir não é o suficiente, obstante saber inter-
pretar, e fazer circular, saber comunicar e ser comunicador, não só um transmissor, é o importante.

Atingir os pontos necessários em quem recebe a informação, a estimulação eficaz, para que aquele
que se contenta em apenas guardar a informação, passe a interpretar, observando prós e contras da
informação que recebe, transformando a bem de sua necessidade a informação recebida e comuni-
cando a outros que também possam ser por ele estimulados, a modificação da informação que rece-
beram, é que demonstra que está havendo compreensão, e contribuindo para que não somente, uma
parcela seja beneficiada, mas todos que tiverem contato com a informação, por ela sejam beneficiados.

Neste ponto é perceptível que a distância e a velocidade que a informação atravessa demonstram que
se todos forem estimulados, paulatinamente haverá modificações visíveis, necessárias e de grande
impacto em todas as áreas da sociedade, independente da raça, credo, formação, idade, condição
financeira, etc.

É necessário porém que no tocante o que cada um pode fazer que faça, para a informação ao circular
o globo encontre os meios necessários para torná-la comunicação eficaz, atraente e estimulante a
quem recebe.

Diferenças Regionais

O Brasil é um dos maiores países do mundo em extensão territorial, com aproximadamente 8.547.403
km2. Somente quatro países são maiores que o Brasil: Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. Al-
guns estados brasileiros possuem um tamanho equivalente ao de vários países europeus reunidos.
Essa é uma das razões que contribuem para explicar as grandes diferenças regionais do Brasil.

A distribuição da população e o tamanho da superfície são exemplos dos diversos contrastes existentes
entre as regiões brasileiras.

No aspecto físico ou natural, encontramos diversos tipos de clima, relevo, solo e vegetação. Existem
também as diferenças criadas pelo homem e suas diversas formas de se relacionar com a natureza,
modificando-a e produzindo variados ambientes.

No Brasil, predominam climas quentes e úmidos. Constituem exceções o sertão nordestino, onde há
pouca umidade, e o Sul do país, onde as temperaturas são mais baixas no inverno.

A população brasileira é fruto da miscigenação (mistura) de várias etnias e grupos de imigrantes, sendo
heterogenia, nos seus traços e feições.

Não existem no Brasil rivalidades entre os povos, como em outros países.

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As diversidades regionais de um país das são decorrentes de sua formação histórica, Algumas diferen-
ças têm origem na própria natureza, mas os grandes contrastes são de ordem humana (econômica,
cultural e política) determinados pela história de cada país.

O fato de o Brasil ter sido colônia de Portugal, voltada exclusivamente para o enriquecimento da me-
trópole (Portugal), deixou marcas que até hoje podem ser observadas, como por exemplo a distribuição
da população brasileira no espaço: as maiores concentrações demográficas ocorrem na porção oriental
do país.

No período colonial, a população se concentrava no litoral, porque o litoral era o ponto de ligação com
a metrópole (Portugal). Ainda hoje as regiões litorâneas são muito valorizadas, porque a economia
brasileira continua dependente das grandes potências capitalistas

Uma economia do tipo colonial é voltada especialmente para a exportação de mercadorias baratas,
produzidas por mão-de-obra mal remunerada. Os melhores produtos são destinados ao mercado ex-
terno. Isso leva a uma valorização dos portos e de suas áreas vizinhas.

O Nordeste brasileiro é a região onde mais se percebem os traços da colonização. Foi a primeira área
de povoamento europeu e, durante cerca de três séculos, foi a principal região do Brasil Colônia.

O Nordeste foi colonizado com base na economia canavieira: a cana-de-açúcar era cultivada em gran-
des propriedades monocultoras e utilizava o trabalho escravo. Cultivavam também o algodão, com
importância menor que a cana-de-açúcar. Até hoje os melhores solos são destinados aos canaviais.

Essa ocupação colonial deixou características marcantes no Nordeste: pouca vegetação original, que
foi derrubada desde o século XVI, e a presença da etnia negra na população, resultante do uso da
mão-de-obra escrava até o final do século XIX.

As regiões Nordeste e Norte ainda apresentam os piores indicadores socieconômicos do país, eviden-
ciando um desenvolvimento territorial desigual no Brasil.

O Centro-Sul se desenvolveu economicamente depois do Nordeste. Sendo a área mais industrializada,


a mão-de-obra escrava foi menos utilizada e aí se fixaram os maiores contingentes de imigrantes, com
presença marcante de povos de etnia branca.

No século XIII, Portugal passa a ocupar a Amazônia, apesar de ser ainda um território espanhol. Nesse
período, a principal atividade econômica era o extrativismo vegetal (Drogas do sertão) do qual os eu-
ropeus tinham grande interesse nas especiarias amazônicas.

A construção de fortes e missões jesuídicas, ao longo do curso do rio Amazonas, serviu para o povoa-
mento da região e assegurar a atividade econômica da Região.

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A Amazônia é a área menos povoada do Brasil, embora nos últimos anos sua população venha cres-
cendo bastante.

Hoje a Amazônia vem sendo intensamente ocupada e suas matas estão sendo destruídas.

Desigualdades Regionais

No Brasil, existem vários tipos de desigualdades sociais, no entanto, as desigualdades não se limitam
apenas a fatores como cor, posição social e raça, ainda convivemos com as desigualdades regio-
nais, que se referem às desigualdades entre as regiões, entre estados e entre cidades.

Podemos tomar como exemplo, levando em conta o panorama da pobreza nos estados, a região Nor-
deste, nessa região se encontra os estados que possuem maior concentração de pessoas com rendi-
mento de até meio salário. Outra disparidade marcante entre o Centro-sul e o Nordeste está no desen-
volvimento humano.

O desenvolvimento humano avalia a qualidade de vida de uma população, em nível nacional, estadual
e municipal. Tal avaliação requer estudos e cruzamentos de dados estatísticos. Isso pode ser realizado
por vários órgãos, públicos ou privados, dependendo do interesse ou abordagem, embora o órgão ofi-
cial brasileiro seja o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O primeiro passo é coletar os
dados através do censo nacional e, a partir daí, pode-se estabelecer comparações entre os estados.

Fazendo uma classificação, baseada no IDH das regiões brasileiras, teremos a seguinte hierarquia:

Primeiro lugar: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo
e Mato Grosso do Sul;

Segundo lugar: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Roraima e Amapá;

Terceiro lugar: Acre, Pará e Sergipe.

Por último, estão os estados do Nordeste, com exceção de Sergipe.

Lembrando que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) significa como a população de um deter-
minado lugar está vivendo, segundo a qualidade de vida, renda per capita, mortalidade infantil, taxa de
analfabetismo, expectativa de vida, qualidade dos serviços públicos (saúde, educação e infraestrutura
em geral).

A partir desses fatos, verifica-se que dentro de um país pode haver vários tipos de desigualdades
que podem ser decorrentes de vários fatores (históricos, econômicos, sociais etc.).

Pará como Lugar no/do Mundo

O estado do Pará está localizado na Região Norte do Brasil, apresenta o segundo maior território do
país, sendo menor apenas que o Amazonas. Conforme dados da Fundação Nacional do Índio (FUNAI),
o território do Pará concentra 31 etnias indígenas espalhadas em 298 povoações, totalizando mais de
27 mil índios. Também possui comunidades negras remanescentes de antigos quilombos.

A extensão territorial é de 1.247.950,003 quilômetros quadrados, conforme contagem realizada em


2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado totaliza 7.581.051 habitantes,
que estão distribuídos em 143 municípios.

Apresenta baixa densidade demográfica, com aproximadamente 6 hab./km². A população é bem mis-
cigenada, sendo formada por indígenas, negros, europeus, ribeirinhos e asiáticos.

O relevo do Pará apresenta planície amazônica a norte, depressões e pequenos planaltos. O ponto
mais elevado é a serra do Acari, com 1906 metros de altitude. A vegetação é caracterizada por man-
gues no litoral, campos na ilha de Marajó, cerrado ao sul e floresta amazônica. O Pará altera regiões
de planícies alagáveis como a ilha de Marajó, com a floresta Amazônica, na porção oeste, e campos
de pastagens em regiões desmatadas na porção leste. O clima é equatorial, a temperatura média anual
é de 27°C.

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A capital do estado é a cidade de Belém, outras cidades importantes são: Ananindeua, Santarém, Ma-
rabá, Castanhal, Abaetetuba, Cametá, Bragança, Itaituba, Marituba.

Os rios de maior importância são: Amazonas, Jari, Pará, Tapajós, Tocantins, Tromberas, Xingu.

Bandeira do Pará

Significado da bandeira: a faixa branca representa a linha do Equador e o rio Amazonas. O vermelho
significa a força da população paraense. A estrela azul simboliza o estado do Pará.

A economia paraense tem no extrativismo mineral sua principal atividade econômica (ferro, bauxita,
manganês, calcário, ouro, estanho), o alumínio e o minério de ferro são os principais produtos de ex-
portação. O extrativismo vegetal se mantém importante, porém, nem sempre de forma sustentável.
Outras atividades são: agricultura, pecuária, o setor de serviços se destaca nas maiores cidades, as
indústrias e, de forma lenta, o turismo vem se destacando.

O garimpo manual de Serra Pelada, que na década de 1980 atraiu aproximadamente 100 mil garim-
peiros, esgotou-se. Hoje ele integra o projeto Ouro Serra Leste, da Companhia Vale do Rio Doce, que
retira o minério de jazidas profundas.

O Pará é o maior produtor de pimenta do reino do Brasil e está entre os primeiros na produção de coco
da Bahia e banana. São Félix do Xingu é o município com maior produção de banana do País.
A indústria concentra-se mais na região metropolitana de Belém, encabeçada pelos distritos industriais
de Icoaraci e Ananindeua, e nos municípios de Marabá e Barcarena.

O Produto Interno Bruto (PIB) do estado é de 58.519 bilhões.

As manifestações culturais são bem diversificadas, no segundo domingo de outubro a cidade de Belém
recebe devotos de todo o Brasil na procissão do Círio de Nazaré, em homenagem a Nossa Senhora
de Nazaré. Cerca de 20 milhões de pessoas participam de uma das maiores festas católicas do país.

As danças típicas como o carimbó e o lundu representam bem a identidade do povo paraense. O arte-
sanato é marcado por peças inspiradas nas milenares civilizações indígenas e joias produzidas com
matérias primas encontradas na própria natureza.

O Pará eterniza personagens de lendas amazônicas como o Uirapuru e o Boto, por meio de apresen-
tações culturais que ocorrem em diferentes localidades do estado.

A culinária tem a influência indígena, portuguesa e africana, nela destacam-se os peixes, os molhos
apimentados, a maniçoba (espécie de cozido preparado com carne de porco e o sumo das folhas tenras
da mandioca), o pato no tucupi, no qual a ave é servida com molho de mandioca e ervas, açaí, bacaba,
castanha do pará, bacuri, entre outros.

Entre os problemas sociais no Pará, o uso da terra é um dos principais, pois o estado é dominado pelo
latifúndio – 1% das propriedades ocupa mais da metade de sua extensão territorial. Por essa razão, o
estado enfrenta graves problemas pela disputa da terra.

O Pará também tem registros de trabalho escravo. Na área de saúde, a malária ainda preocupa por
sua alta incidência. A taxa de mortalidade infantil é de 23 para cada mil nascidos vivos.

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Localização do Pará no mapa do Brasil

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