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Introdução
O presente trabalho da cadeira de Ciência Política salienta que o principal ponto positivo da
globalização tem os avanços tecnológicos que facilitam o fluxo de informação e de capitais
mediante inovações nas áreas das Telecomunicações e da Informática. A Globalização fez
surgir a Geração, a primeira que está vivendo num mundo híper conectado e com menos
barreiras comerciais e culturais. Portanto a razão da Ciência Política tem uma importante
contribuição a oferecer ao administrador público em todos os níveis. No entanto, o campo de
estudo da Ciência Política é muito vasto, não só porque as relações entre Estado e sociedade
têm múltiplos aspectos, como também porque as relações de poder permeiam todas as
interacções dos indivíduos e grupos na sociedade.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
As principais beneficiadas pela globalização são as empresas transnacionais, haja vista que
esse fenómeno faz com que elas continuem com suas matrizes em um país (desenvolvido),
mas atuem com filiais em outros (em desenvolvimento), expandindo seu mercado
consumidor. Elas se aproveitam da mão-de-obra barata, além de benefícios (isenção de
imposto, doação de terreno, etc.) proporcionados pelos governos dos países em
desenvolvimento, visando ao aumento da lucratividade.
Económicas
Políticas
Comunicações
A marca mais visível da globalização talvez seja no campo dos meios de comunicação.
Televisão e o telefone já cumpriam este objectivo, mas com o advento da Internet e dos
celulares inteligentes, este papel foi ampliado. Por isso, vemos como a informação agora é
instantânea e próxima, se estamos conectados a uma rede.
O autor WEBER (1994), As causas da globalização várias têm sido as explicações dadas para
as causas da globalização. Para uns, os avanços tecnológicos seriam o motor da globalização;
para outros, os marcos regulatórios é que teriam um papel de primazia na promoção da
globalização. Scholte, por sua vez, partindo de uma perspectiva estruturacionista, afirma que a
supraterritorialidade decorre, basicamente, da combinação dos seguintes aspectos – que não
possuem primazia ontológica um sobre o outro mas que mantém entre si uma relação de co-
dependência:
A emergência de uma consciência global, como um produto do conhecimento
racionalista;
Mudanças no desenvolvimento do sistema capitalista de produção;
Inovações tecnológicas, em especial aquelas ligadas às comunicações e ao
processamento de dados;
A construção de marcos regulatórios, especialmente através dos Estados e de
instituições supraestatais (Scholte, 2000).
Vantagens Globalização:
A extensão da comunicação
O autor WEBER (1994), diz se há um aspecto em que a globalização se tornou visível é o das
tecnologias de comunicação. A irrupção e consolidação das redes sociais e a possibilidade de
contactar em tempo real com qualquer parte do planeta têm sido duas das suas chaves.
Intercâmbio cultural
A livre circulação de bens e capitais gerou alguns aspectos positivos para a economia global,
embora nem sempre se tenham reflectido na população. O facto de os mesmos produtos, com
as mesmas características, poderem ser consumidos em diferentes países é um dos símbolos
da globalização comercial.
Intercâmbio linguístico
A permeabilidade cultural favorecida pelas redes sociais é um dos factores que favorecem o
intercâmbio linguístico em todo o planeta. Outra é o surgimento de plataformas online que
oferecem séries de TV, que se tornaram fenómenos culturais globais.
Extensão dos direitos humanos
A divulgação dos valores e direitos contidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos
da Organização das Nações Unidas (ONU) também não para de crescer.
Desvantagens da Globalização:
Intervencionismo estrangeiro
Entre os problemas que alguns vêem no processo de globalização está uma certa diminuição
da soberania nacional. Como os países estão tão inter-relacionados, económica, social,
política e culturalmente, qualquer desvio das directrizes gerais é visto com desconfiança.
Para as línguas minoritárias, foi detectado um risco real de desaparecimento, ou, pelo menos,
de perda de influência nos seus territórios. Ao longo da vida de uma pessoa isso pode ser
quase imperceptível, mas ao longo de várias gerações pode haver um desaparecimento
gradual de muitas línguas em todo o planeta.
Segundo HOBBES (1979), A ciência política é o campo das ciências sociais que estuda as
estruturas que moldam as regras de convívio entre as pessoas em agrupamentos. A ciência
política dedica-se a entender e moldar as noções de Estado, governo e organização política, e
pode estudar também outras instituições que interferem directa ou indirectamente na
organização política, como ONGs, Igreja, empresas etc. Alguns teóricos restringem o objecto
de estudo da ciência política ao Estado, outros defendem que o seu objecto é mais amplo,
sendo o poder, em geral, aquilo que deve ser estudado por essa área.
Existe uma grande área de estudos dentro das ciências humanas denominada ciências sociais.
As ciências sociais são compostas pela sociologia, antropologia, psicologia social, economia e
ciência política. A ciência política é a parte das ciências sociais que se dedica a tentar
entender, exclusivamente, as formações políticas estruturais que o ser humano criou para
garantir o convívio pacífico em grandes sociedades, (HOBBES,1979.p.7).
Conforme LOCKE (1983), Ciência política é de extrema importância para o avanço do estudo
dos mecanismos de poder. A actuação de políticos, sejam do poder Executivo, sejam do poder
Legislativo, de juristas e de economistas ou pessoas ligadas ao grande mercado financeiro está
directamente ligada ao poder. Entender o poder é necessário para que haja avanço nas
instituições políticas e para que se evitem os abusos de poder perpetrados pelo Estado, por
governos ou por instituições financeiras. Para que os avanços nesse campo sejam efectivos,
existem quatro conceitos básicos:
Cidade: são as primeiras instituições políticas que agruparam seres humanos por meio
de uma estrutura jurídica bem definida. Com o nascimento da polis (cidade-estado), na
Grécia Antiga, surge a preocupação com a política.
Cidadania: é de extrema importância, enquanto noção, para a ciência política, e ela
existe em qualquer formação política, variando apenas a abrangência do poder
permitido por esse dispositivo. Na aristocracia, a cidadania é garantida a uma minoria
escolhida supostamente por suas qualidades; na oligarquia, a um grupo maior que o
aristocrático, escolhido pelo poder financeiro. No absolutismo, a cidadania restringe-
se à figura do monarca. Na democracia, ela é distribuída entre todos que podem
participar do sistema político.
Direitos: (civis e políticos) são objectos de estudos da ciência política em conjunto
com a ciência jurídica (direito).
Estado: uma das mais importantes noções da ciência política, pois é ela que tenta
entender as formas e estruturas políticas mais notáveis do tratamento político social.
Todos esses conceitos estão directamente ligados à noção fundamental da ciência política de
poder.
Partindo dessa ideia de que política implica autoridade ou governo, vários cientistas políticos
buscaram definir Ciência Política como uma disciplina que se dedicaria ao estudo da
formação e da divisão do poder (DAHL, 1970).
Ainda de acordo com Bobbio (1987), na Filosofia Política o problema do poder foi tratado a
partir de três teorias: a substancialista, a subjectivista e a relacional.
Teoria substancialista: o poder é concebido como algo que se tem, uma posse, e que se usa
como um outro bem qualquer, (BOBBIO, 1987, p. 77). Tais meios podem ser os mais
diversos, desde a inteligência até a riqueza.
Teoria subjectivista: o filósofo John Locke (1694) definiu o “poder” não como bem ou
posse, mas como a capa- cidade do sujeito de obter certos efeitos através de sua vontade
(BOBBIO, 1987, p. 77).
Teoria relacional: o poder dependerá da relação entre dois sujeitos, na qual um indivíduo –
que possui o poder, obtém do segundo – que não possui poder –, um comportamento que, não
fosse por essa condição, não ocorreria, (BOBBIO, 1987). Para Anthony Giddens (2005, p.
342), afirma que o poder consiste na habilidade de os indivíduos ou grupos fazerem valer os
próprios interesses ou as próprias preocupações, mesmo diante das resistências de outras
pessoas.
3. Consideração final
Chegando ao fim do trabalho considera-se que A globalização também interfere nos aspectos
culturais de uma determinada população. O grande fluxo de informações obtidas por meio de
programas televisivos e, principalmente, pela Internet, exerce influência em alguns hábitos
humanos. A importância do estudo da Ciência Política para o estudante de Direito, em linhas
simples, consiste em fornecer conhecimento sobre as instituições e os problemas da sociedade
contemporânea, trazendo compreensão sobre o papel do Estado como grande influenciador
desta, e fornecendo instrumentos e técnicas requeridas para a solução de tais problemas, na
medida do possível, por meio da aplicação do Direito.
4. Referências bibliográficas
BOBBIO, Noberto. A Teoria das formas de governo. Brasília: Ed. UNB,. Estado, governo e
sociedade: para uma teoria geral da política. 4. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Trad.
João Paulo Ponteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo. Trad. Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro. 3. ed.
São Paulo: Abril Cultural, 1983.