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Introdução

O presente trabalho investigação visa abordar assuntos ligados com a cadeira de ensino de
administração pública, onde ira se abordar assuntos relacionado com o governo electrónico e
globalização.

O método usado para a elaboração deste trabalho foi de pesquisa através de referências
bibliográficas

Para a materialização do objectivo geral seque-se os específicos:

 Explicar o papel do governo electrónico e a globalização;

 Propor diferentes conceitos sobre a globalização e as TICs;

 Caracterizar a relação entre a globalização e as TICs no mundo actual;

O presente trabalho obedece a requinte estrutura organizacional:

Elementos pré-textuais (capa, capa de rosto, índice);

Elementos textuais (introdução, desenvolvimento, conclusão);

Elementos pós-textuais (referencias bibliográficas)

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Conceito de globalização

Globalização é uma força condutora central por trás das rápidas mudanças sociais, políticas e
económicas que estão a remodelar as sociedades modernas e a ordem mundial

A globalização é um fenómeno complexo de muitas repercussões. Não é, por conseguinte,


surpreendente que o termo “globalização” tenha adquirido numerosas conotações emocionais
(...). No limite ela é considerada como uma força irresistível e benéfica que trará a prosperidade
económica a todos os habitantes do mundo. No outro extremo, vê-se nela a fonte de todos os
males contemporâneos.

Segundo Malcom, Waters (1999), “A Globalização pode definir-se como um processo social
através do qual diminuem os constrangimentos geográficos sobre os processos sociais e
culturais, e em que os indivíduos se consciencializam cada vez mais dessa redução”( p. 228)

Podemos ainda definir que:

A Globalização como um processo que tem conduzido ao condicionamento crescente das


políticas económicas nacionais pela esfera mega económica, ao mesmo tempo que se adensam as
relações de interdependência, dominação e dependência entre os actores internacionais e
nacionais, incluindo os próprios governos nacionais que procuram pôr em prática as suas
estratégias no mercado global. (Mário Murteira 2003,p. 226)

Segundo chachin (2004), o governo electrónico como movimento mundial começou após o
lançamento do primeiro browser que permitia uma navegação fácil pela internet, em 1993.
Formalmente, a ideia do governo electrónico foi lançada quando Al Gore, então vice – presidente
dos estados unidos, abriu o primeiro fórum mundial de reinvenção de governo. Desde então,
governos de todo mundo tem investido em novas ferramenta de comunicação a partir de novas
tecnologias electrónicas.

Governo electrónico, ou e-gov, (do inglês electronic government), consiste no uso das
tecnologias de informação, além do conhecimento nos processos interno de governo e na entrega
dos produtos e serviços do estado tanto aos cidadãos como à industrias e no uso de ferramentas
electrónicas e tecnologia da informação para aproximar governo e cidadão. Essa aproximação é
feita para superar obstáculos da comunicação entre as duas esferas.

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Governo electrónico ″… é a contínua optimização da prestação de serviços públicos, da
participação dos cidadãos na governação através da transformação das relações internas e
externas com recurso à tecnologia, internet e novos midia″

As actividades do governo electrónico partem da automatização de processos pré- existentes no


papel e em escritórios. E assim, surgem novas maneiras de debater e decidir estratégias, afazer
transacções, escutar as demandas das comunidades e de organizar e divulgar informações de
interesse publico. O objectivo dessa inovação é fortalecer as relações dos governos e torna-los
mais afectivos aumentando a transparência, a responsabilidade e administração de recursos.

O pesquisador Lemos (2004), defende que o governo electrónico objectiva regenerar o espaço
público, optimizar os serviços prestados à população e estimular a interacção e discussão dos
problemas locais.

Governo electrónico é uma infra-estrutura única de comunicação compartilhada por diferentes


órgãos públicos a partir da qual a tecnologia da informação e da comunicação é usada de forma
intensiva para melhorar gestão pública e o atendimento ao cidadão.

O governo electrónico é uma forma puramente instrumental de administração das funções do


estado (poder executivo, legislativo e poder judiciário) e de realização dos fins estabelecidos ao
estado democráticos de direito que utiliza as novas tecnologia da informação e comunicação
como instrumento de interacção com os cidadão e de prestação dos serviços públicos.

A globalização económica e as TICs

A globalização veio reforçar o carácter cumulativo das vantagens competitivas com Base nas
inovações de grandes empresas internacionais que, apesar disto, estão sujeitas à volatilidade de
suas propriedades, trazendo insegurança para elas e para as pessoas. Vive-se, portanto, um
processo de instabilidade diante das transacções económicas virtuais e imponderáveis. A
dicotomia continua quando observa-se que com a globalização surgem boas oportunidades em
todos os sectores com o alongamento das relações local/presente e distante/presente mas que
também podem ser vistos como problemas podendo gerar ordem ou desordem. Há um processo
desigual na globalização com actuações diferentes para regiões, países, áreas e grupos sociais
assim como há diferentes velocidades nos domínios económicos e sociais. Portanto, a

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globalização, sob o aspecto económico, é um mito pelos seguintes motivos: as
internacionalizações existentes são menos aberta e mais integrada do que a ocorrida na economia
mundial entre 1870 e 1914. As empresas multinacionais são, de fato, transnacionais, com base
em países de forte economia destacando-se os países da Tríade (EUA, Alemanha e Japão), que
concentram os fluxos comerciais, produtivos e tecnológicos. E, por último, o investimento
directo nos países desenvolvidos está deixando os países do Terceiro Mundo à margem dos
grandes investimentos e trocas comerciais.

A globalização se faz no fluxo informacional, particularmente relativo às operações de capital,


na forma industrial e financeira, com a integração da C&T produzindo uma tecnologia própria,
inovada com grande rapidez.

A globalização cultural e as TICs

A comunicação simbólica entre os indivíduos e o relacionamento deles com a natureza forma no


tempo (história) e no espaço (territórios específicos) culturas e identidades culturais. A
tecnologia hoje desempenha um papel de interacção entre identidades biológicas e culturais dos
indivíduos em seus ambientes naturais e sociais. Esta interacção, um processo social, é
estruturada historicamente. As tecnologias acabam por influir na formação da personalidade dos
indivíduos e integram, simbolicamente, uma busca da satisfação de necessidades e desejos
humanos. O uso integrado das TICs vem transformando a organização da vida das pessoas.

Segundo a UNESCO (1996, p.12), os indivíduos temem que, com o uso das TICs, haja a perda
de elementos essenciais de uma cultura tais como, a língua, o folclore, a história oral e a tradição,
entre outras. Mas há quem reconheça que elas colaboram na preservação desta mesma herança
cultural representada por monumentos, manuscritos, artefactos, música, etc

As novas aplicações das TICs têm, portanto, implicações sociais, culturais e éticas. Elas
possibilitam o trânsito de informações através de uma grande infovia parecendo, por este motivo,
serem uma extensão dos tradicionais meios de comunicação. As TICs oferecem flexibilidade,
individualidade e interacção com o usuário em tempo real, com acesso de ponto a ponto por
telecomunicações. Isto ocasiona questões críticas como privacidade e integridade de conteúdos e
direito de acesso. As sociedades, tanto dos países desenvolvidos quanto dos países em
desenvolvimento, buscam o acesso às TICs para a solução de seus problemas. Mas nem sempre

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os problemas críticos pessoais ou públicos requerem soluções técnicas através de um acesso
rápido à informação. O grande desafio é saber dosar o uso das TICs de maneira a poder
proporcionar um mundo melhor.

Divisão do governo electrónico

O governo electrónico pode ser dividido em três (3) categorias:

 G2G, que envolve compras e transacções entre governos;

 G2B caracterizado pela relação entre governo e fornecedores;

 G2C relação entre o governo e cidadão.

Pierre Levy afirma que existe uma expansão do ciberespaços ″aumenta a capacidade de controlo
estratégicos dos centros de poder tradicionais sobre as redes tecnológicas, económicas e humanas
cada vez mais vastas e dispersas″

Levy também aborda que o uso das redes pode ser revertido em benefícios indirectos para as
cidades, ao eliminar a necessidade de deslocamento e de custos relacionados a isso.

O cientista Nye Jr argumenta que os efeitos da terceira revolução industrial sobre os governos
centrais ainda esta num primeiro estágio.

Tipos de serviços prestados pelo governo electrónico

Prestação de contas que consiste na deposição de dados sobre gastos públicos, movimentações,
financeiras, divulgação de orçamentos, licitações, fechamentos e cancelamentos de contratos.
Isso permite que cidadão e empresas tomem conhecimento das actividades do governo e
fiscalizem o uso do dinheiro pública.

Requisições

Ferramentas em que o cidadão pode fazer uma requisição de algum serviço publico, reclamar de
algum que foi malfeito ou não foi cumprido e verificar cronogramas de obras públicas. Essa
ferramenta elimina a necessidade de um intermediário e da sujeição aos seus interesses, como
representantes no poder legislativo.

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Espaço para discussão – fóruns em que cidadão podem opinar, discutir ou propor ideias e
projectos para os poderes executivos, e legislativo, ou do uso do orçamento público. É uma
maneira de abrir discussões que se limitavam à esfera pública para os maiores interessados.
Trata-se de uma maneira democrática e económica de atingir público mais distantes das
discussões de assuntos públicos e mais vez eliminar a necessidade de intermediários.

Cadastro de serviços on-line

Uso de softwares e programas on-line para cadastrar dados ou executar serviços obrigatórios ou
facultativos. Essa ferramenta diminui custos para o cidadão de deslocamento, forca de trabalho e
tempo.

Fases da implementação do governo electrónico

Segundo documento da ONU, os estágios de implementação do governo electrónico


compreendem os seguintes estágios:

 Surgimento- lançamento de wabesites oficiais de órgão públicos contendo informações


básicas e estáticas, links e pouca interacção.

 Aprimoramento-governos apresentam informações sobre políticas públicas.


Apresentação de links com arquivos acessíveis aos cidadãos, como actas, leis, boletins e
regulações.

 Interacção- governos disponibilizam serviços online como o dowload de formulários e


impressão de boletins.

 Transacção – introdução de mecanismos de interacção entre cidadão e governo. Todas


transacções de serviços passam a ser realizadas online.

 Conexão – governos tornam entidades conectadas que respondem as demandas dos


cidadãos através de um escritório de desenvolvimento integrado, participação online e o
engajamento dos cidadãos são estimulados pelos governos no processo de tomada de
decisões

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Governo electrónico e a democracia

As ferramentas do governo electrónico entendem a três preceitos básicos da democracia:

 Transparência e a obrigação dos governos democráticos facilitar o acesso a informações


públicas e aproximar o cidadão do governo. O uso de wabsites para divulgação de
informações de maneira ilimitada é uma ferramenta fundamental para atender a esse
preceito.

 Responsabilidade- trata-se da capacidade de um governo de responder às demandas da


população. As ferramentas de interacção permitem a troca de ideias e informações que
ajudam o governo a moldar suas políticas públicas, orçamento e programas de acordo
com a opinião exposta pelos cidadãos

 Prestação de contas- o acesso à prestação de contas por parte dos governos é necessário
para que os cidadãos formam suas opiniões a seu respeito.

O processo de adaptação à via digital passa necessariamente pela desburocratização: um caminho


a busca da eficiência e da eficácia frente a capacidade de intercomunicação entre os diversos
agentes, superando as diversas barreiras de ordem material, financeira, geográfica ou hierárquica
na prestação de serviços públicos

Necessidade de investir num governo electrónico

A necessidade de investir num governo electrónico é justificada no surgimento de um novo


espaço publica, criado a partir da revolução comunicativa dos meios electrónicos. Dessa esfera
esta o ciberespaço, permeado pela comunicação sem a necessidade da presença do homem, em
que todos os indivíduos estão ligados por meio dos seus relacionamentos.

Pierre Levy, afirma que existe uma expansão da ciberespaço ″aumenta a capacidade de controlo
estratégicos dos centros de poder tradicionais sobre as redes tecnológicas, económicas e humanas
cada vez mais vastas e dispersas″ mas ele argumenta que ainda assim pode haver uma tendência
voluntarista de usar a ciberespaço em favor do desenvolvimento dos grupos desfavorecidos,
explorando ao máximo seu″ potencial de inteligência colectiva″

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Lévy ″aborda que o uso das redes pode ser revertido em benefícios indirectos para as cidades, ao
eliminar a necessidade de deslocamento e consequentemente.

Infra-estrutura tecnológica-Hardware e Software

A infra-estrutura tecnológica é um elemento físico, material, que possibilitara a existência


electrónica dp governo tais como: cabos de fibra óptica, satélites de comunicação, provedores e
periféricos ( modem, hub, roteadores) software.

As novas tecnologia da informação e comunicação, ligada à convergência de um conjunto


dinâmico de equipamentos electrónicos e digitais, e áreas do conhecimento extremamente
avançadas (TAKAHASHI, 2000).

Tecnologia importantes:

 Portais na wab;

 Assinaturas electrónicas e autenticação;

 Comunicação sem fio;

 Videoconferência;

 Ferramenta de trabalho em grupo;

 Gerenciamento electrónicos de documentos;

 Central de relacionamento;

 Leilão electrónico;

 Correio electrónico;

 Inteligência artificial;

 Gestão do conhecimento.

Direitos ao acesso

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Evidentemente, o objectivo final do governo electrónico é a universalização de serviços. Para
isso, o acesso universalizado (TAKAHASHI, 2000) ao governo electrónico é condição
fundamental para a sua realização.

O uso da internet é o mais evidente, mas há as centrais de atendimento telefónico, já muito


utilizadas para sugestões e denuncias.

Benefícios a serem alcançados

De outra maneira, ocorria a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo estado e a
sociedade tornar-se-ia mais ciente de seus direitos e deveres, exemplo:

 Simplificação dos procedimentos e integração das informações com consequente


aperfeiçoamento dos modelos de gestão pública (diminuição da burocracia);

 Integração dos órgãos do governo em todos os seus âmbitos, municipal, estatal e federal;

 Transparência e optimização das acções do governo e dos recursos disponíveis, através


da prestação electrónica de informações, serviços e das contas públicas;

 Desenvolvimento do profissional do serviço pública;

 Avanço da cidadania e da democracia com a promoção do ensino, alfabetização e


educação digital.

Fragilidades, riscos e inseguranças

O aspecto geral que influi no sucesso do governo electrónico diz respeito a sua implementação e
manutenção: devem ser feitos com transparência garantindo-se a credibilidade e confiança
necessária ao sistema. São os mesmos princípios impulsionadores da internet, aberta e
democrática e que podem tomar o governo o que deveria ser, um espaço publico, transparente e
acessível a todas.

Evidentemente, a barbárie sempre é uma possibilidade (ARENDT,2000). Na sociedade da


informação, porem, é mais fácil esta surgir não de uma ditadura que censura, mais de uma
sociedade cuja transparência (BRIN) e cada vez maior.

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A previsão legal é uma exigência do estado democrático de direito que passa pelo debate político
e legislativo sobre as directrizes gerais de implementação do governo electrónico bem como
sobre a definição bem particulares nas mais diversas áreas.

Factores que dificultam a construção do governo

 Falta de determinação e de um esforço coordenado, dificuldades em dar o primeiro passo,


conservadorismo, medo;

 Obstáculos culturais: cultura do curto prazo faz com que se pense que mudanças
importantes podem ocorrer facilmente e rapidamente, dificuldade em adaptação as
mudanças;

 Burocracia representada em estrutura e normas arcaicas;

 Chefias castradoras de novas ideias;

 Duplicidades, fraccionamento de serviços;

 Escassez de recursos;

 A automação dos processos gera desemprego e exige maior escolaridade da mão-de-obra;

 A infra-estrutura da comunicação deve ser objecto de permanente investimento.

Modelo de democracia digital


Segundo Silva (2005) e Marques(2004), para o autor Dahlberg(2001) há três modelos
emergentes de democracia de democraciana sociedade da informação que representam as
diferentes visões e perspectivas sobre a democracia.

Modelo liberal e individualista

Tem suas concepções atreladas à figura do individuo, a legitimidade da democracia esta na


afirmação e na liberdade de possibilitar a predominâncias dos interesses individuais. Essa
abordagem de democracia digital se aproxima da concepção Shumpetariana, que concebe a
democracia como se essa tivesse a mesma lógica do mercado; assim, os cidadãos/clientes
deveriam utilizar o potencial da internet para consumir informações e serviços públicos.

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Modelo comunitarista

Enfatiza que a legitimidade democrática sai da esfera individual para recair sobre o colectivo.
Em outras palavras oque legitimam uma democracia não é a liberdade dos indivíduos de fazer
escolhas, seguindo seus interesses individuais, mas a liberdade de se construir laços sociais
comunitários.

A legitimidade da democracia digital estaria na sua capacidade de ampliar, através do


″compartilhamento comunicacional″, a possibilidade de criação de comunidades virtuais.

segundoHowrd Rheingold(1996), as comunidades virtuais são agregações sociais que emergem


da rede quando existe um numero suficiente de pessoas, em discussões suficientemente longas,
com suficientes emoções humanas, para formar teias de relações pessoais em ambientes virtuais,
alterando de algum modo o eu dos nele participam (Souza, 2006, online).

Modelo deliberacionalista

Esta atrelado a concepção habermalista de esfera pública, a legitimidade da democracia estaria,


neste caso, nem no individuo e nem na comunidade, mas na liberdade do debate aberto e livre.

A democracia digital baseada nos princípios da democracia deliberativa, teria sua legitimidade,
portanto, na ″potencialidade nas TICs para viabilizar maior participação política do cidadão
através da deliberação: tanto no sentido de discussão publica quanto no sentido de tomada de
decisão ″(Silva,2005,p.55).

O governo electrónico e a reforma do sector publico

Government to business (g2b) - envolve o uso das redes globais e fde sistemas de informáticas,
para asa compras e serviços contratados pelo governo, através de processos de licitação, leilões,
e pregões.

A legislação define limites para a actuação dos estados e municípios. Para o governo federal não
há esta delimitação de valores.

Os sistemas electrónicos (quem contabiliza as compras são maquinas) permitem que as


auditorias sejam feitas pelos sistemas sem a necessária intervenção dos agentes governamentais.
Toda aquisição fica registada e disponível na rede, permitindo a comparação de preços pelas

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unidades e interessados. Isto tem permitindo a redução de custos, tanto nos preços das
mercadorias, como a redução dos custos administrativos (papel, telefone e funcionários)

Outra consequência positiva é a transparência das acções dos agentes, bem como a permanente
fiscalização dos fornecedores

Governo electrónico no poder executivo

O acompanhamento e a fiscalização das obras públicas, sistema denominado obrasnet. Feitos


através de um banco de dados com informações sobre preços de mercado, este serviria de
parâmetro para a definições para futuras obras. Tal sistema também facilitaria o
acompanhamento da padronização e qualidade das obras.

Todos sistemas ficam integrados em um portal na internet cujo objectivo seria divulgar os gastos
do governo, colocando à disposição do público todos serviços e informações do governo federal.
O grande trunfo do projecto é a integração com outros portais do legislativo, judiciário, estado,
municípios e distritos federal com os serviços já disponíveis do governo federal, criando-se uma
grande rede.

No ministério da saúde há o datasus que reúne diversos sistemas existentes, englobando


informações hospitalares, ambulatórias, gerenciais de ambiente, programas de prevenção,
estatísticas vitais e de gestão administrativa.

O governo e o comércio electrónico

O desenvolvimento do comércio electrónico depende do avanço do governo electrónico na


medida em que o investimento na infra-estrutura de rede e na segurança dos serviços nela
implantada é fundamental para qualquer acção profissional nesse meio.

É evidente que o desenvolvimento do comércio electrónico depende muito do sector privado.


Isto não quer dizer que o governo não tenha um papel importante, regulando o sector e criando
condições para o seu desenvolvimento.

Iniciativas estimuladoras do comércio electrónico:

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 Aprovação de uma legislação tributaria que incentive as actividades virtuais, com regras
permanentes e universais;

 Redução de impostos e taxas para produtos e serviços que envolvam a adopção da


tecnologia;

 Liberação do mercado de telecomunicações, em todos os níveis (telefonia local e


internacional, transmissão via satélites, cabos);

 Estruturação das contas telefónicas que permita uma redução de gastos para quem usa as
linhas prioritaneamente para a recepção e transmissão de dados;

 Homogeneização da legislação comum aos blocos económicos para o comércio


electrónico;

 Implementação e agilização dos programas de criação do governo electrónico, integrando


os diversos sistemas usados no sector publico, permitindo uma maior divulgação das
acções do governo e estimulando a participação de empresas e do cidadãos;

 Criação de fórum que permita a formação de alianças e parceiras entre fornecedores,


distribuidores consumidores;

 Desenvolvimento de um programa de publicidade que inclua concursos nacionais para as


pequenas e medias empresas que estão desenvolvendo iniciativas mais interessantes na
área do comércio electrónico.

Defesa da privacidade

A privacidade é fundamental do individuo e deve ser protegido, tendo em vista o aumento


exponencial da capacidade de juntar informações sobre os cidadãos, através do governo
electrónico e do comércio electrónico. Dentre essa informações estão aquelas confidenciais como
os dados sobre saúde, financeiros e históricos de trabalho.

É evidente que cidadania e negócios não se antagonizam com a defesa da privacidade, poiso s
mercados e o governo só funcionariam na rede se houver confiança, previsibilidade e
estabilidade.

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Por outro lado há o perigo da espionagem política, industrial e comercial. É o caso do echelon,
um sistema organizado por diversos países do primeiro mundo que consiste numa rede de
grampos em diversos sistemas de comunicações, comandados pela agência nacional de
segurança dos EUA (NSA).

Verifica-se contudo, que num ambiente seguro e de confiança, os próprios cidadãos aceitam e
entregam seus dados. É facto que as novas tecnologias tem permitido um controle
descentralizado e consensual das informações. Dessa forma, a privacidade tende a ser reduzida
apenas ao espaço privado.

Reforma administrativa

A expressão ″nova administração publica ″(NPA) apareceu no inicio dos anos 90, como
resultado de investigações académicas em países anglo-saxões, especialmente reino unidos,
austrália e nova Zelândia, a cerca de novos temas, estilos e padrões inseridos na administração
publica desses países a partir da década 80(Barzelay )

Nova administração publica e definida por Barzelay (2000,p.230) como ″um campo de discussão
profissional de politicas- conduzido internacionalmente sobre assuntos relacionados sobre a
gestão pública, incluindo gestão de politicas publicas, liderança executiva, projecto de
organização programáticas e operações de governo’’.

Quanto ao alinhamento do governo electrónico a iniciativa de reforma da administração publica,


nota-se que as chaces de transformação com sucesso são maiores quando o e-gov faz parte do
contexto maior, enraizado em uma política global de reforma administrativa, tendo em vista que
as ″mudanças sem sistema de informações têm sido sempre uma parte essencial de toda mudança
organizacional no governo’’ ( Heeks, 2002, p.20)

A proposta básica do plano de administração era ″transformar a administração pública brasileira


de burocrática em gerencial ‘‘(Bresser pereira, 1998, p. 22).

Gerecialismo – teria uma de suas características básicas a inovação e seria resultado de uma
reforma do estado que envolveria aspectos políticos, económicos e administrativos.

A reforma administrativa seria capaz de criar, portanto, ″os meios de se obter uma boa
governança ″(Bresser pereira, p. 36).
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Conceito de gestão ou administração

De acordo Henry Fayol, compete a gestão actuar através de actividades de planeamento,


organização, liderança e controlo de forma s atingir os objectivos organizacionais pré-
determinados.

Gestão financeira e uma das tradicionais áreas funcionais da gestão, encontrada em qualquer
organização e a qual cabem as analises, decisões e actuações relacionados com s meios
financeiros necessários à actividade da organização.

A função financeira integra todas as tarefas ligadas à obtenção, utilização e controlo de recursos
financeiros de forma a garantir, a estabilidade das operações da organização e, por outro, a
rentabilidade dos recursos neles aplicados.

Objectivos da gestão financeira:

 Assegurar a rentabilidade dos capitais investidos( quer dos capitais próprios, quer dos
capitais alheios);

 Garantir a estabilidade das operações da organização assegurando a existência dos


capitais financeiros necessários quer a actividade corrente, quer a realização de
investimentos em capital.

Gestão de produção – e uma das tradicionais áreas funcionais da gestão e inclui as funções de
analise, escolha e implementação das tecnologias e processos produtivos (inputs) para obtenção
do máximo de bens e serviços (outputs) quer em termos de qualidade e de quantidade.

Actividades que integram a gestão da produção:

Definição dos objectivos de produção e da estratégia para os atingir;

 A escolha, especificação e implementação do processo produtivo mais adaptado ao


produto a produzir a estratégia de produção definida;

 A definição das funções na área da produção;

 A gestão corrente de todo o processo produtivo;

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 A definição da capacidade produtiva a instalar de acordo com as necessidades de
produção definidas.

Gestão de recursos humanos e uma das funções tradicionais da gestão das organizações e que
tem como missão estabelecer o sistema que rege as relações entre os seus colaboradores, definir
a melhor adequação de cada um deles a função que ira realizar, e estabelecer a integração dos
colaboradores.

A gestão de recursos humanos inclui um conjunto de funções e actividades:

 Planeamento de recursos humanos;

 Recrutamento e selecção;

 Integração dos recursos humanos;

 Análise e descrição de funções;

 Avaliação de desempenho; remuneração e incentivos;

 Higiene e segurança no trabalho;

 Formação profissional e desenvolvimento pessoal;

 Analise, controlo e auditoria de recursos humanos.

Gestão comercial

Gestão comercial é uma das tradicionais áreas funcionais da gestão, encontrada em qualquer
organização e a qual cabem a execução de tarefas de âmbito comercial e de marketing,
nomeadamente:

 O estado da envolve externa e das capacidades da própria organização a fim de realizar


previsões de vendas a fim de determinar as principais ameaças e oportunidades que lhe
presentam a organização e determinar os seus principais pontos fortes e fracos.

 A organização e controlo das acções comerciais e de marketing incluindo a definição das


estratégias comerciais e das políticas de actuação;

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 O relacionamento com os clientes incluindo a definição da forma de angariação, a
definição dos serviços complementares e dos serviços pós- venda e a gestão de
reclamações.

Gestão de recursos electrónicos e o acesso para governo

Arquivos de laboratórios

O laboratório de pesquisa pode ser definido como a unidade central de produção do


conhecimento e inovação, desenvolvendo actividade de pesquisa básica e aplicada, de
desenvolvimento tecnológico, de ensino, de serviços de referência e de manutenção de colecções
científicas.

O laboratório configura-se ainda como uma estrutura organizacional com atribuições executivas
nas áreas de planeamento, orçamento, gestão de recursos humanos, cooperação técnica e
captação de recursos para financiamento à pesquisa.

Os laboratórios possuem características comuns em diferentes campos do conhecimento


científico. São concebido, criados adquirem uma estrutura material, prédios, salas, e
equipamentos, e possuem uma autoridade hierárquica, o chefe ou director.

Nos laboratório das universidades, institutos e centros de pesquisa ocorrem as actividades de


financiamento quotidiano, que se materializam em documentos , como cadernos de protocolo.

Os pesquisadores identificam outros documento que são produzidos em suas actividades e


merecem relatórios de pesquisa . ao lado do caderno do protocolo estas espécies cumprem
função nas diferentes etapas do trabalho científico, que ,de acordo com Helen Sumuels (1995)
podemos dividir em:

 Planeamento e administração de pesquisa;


 Desenvolvimento da pesquisa;
 Comunicação e disseminação.

Arquivo institucional e arquivo pessoal


Características e objectivos

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 Como decorrência dessa orientação, não é recomendável que os pesquisadores
mantenham no laboratório documentos referentes à sua trajectória profissional em outras
instituições;
 Recomenda-se aos pesquisadores que os documentos pessoais integrem um arquivo
pessoal, de preferência localizado em sua residência;
 Nos laboratórios são produzidos documentos que devem estar submetidos a restrições de
acesso;
 A existência de pastas ou dossiês com documentos pessoais dos pesquisadores do
laboratório é uma das exigências da NBR;

Colecções biológicas

Define-se colecção biológica como um conjunto de organismos, ou partes desses organismos,


que são organizados de uma forma técnica adequada, a fim de fornecer informações sobre a
procedência, a colecta, e a identificação de cada um dos espécimes, o que confere um status
científico à colecção.

Os espécimes que constituem uma colecção biológica são a base para consultas e pesquisa, sendo
representativos a biodiversidade e do património genético. As colecções como fontes de recursos
genéticos, são alicerces para pesquisas científicas, actividades educacionais, serviços e podem
presentar valioso material com importância histórica.

As colecções microbiológicas têm como principal função a aquisição, preservação,


armazenamento, identificação, catalogação e distribuição do micro organismos autenticados para
dar suporte à pesquisa científica, epidemiológicos, bem como ao desenvolvimento e produção de
bio produtos para diagnósticos, vacina e medicamentos, actuando como provedores de serviços
especializados.

A importância da implantação de programa de gestão de documentos

A implantação de programa de gestão de documentos e a consequente elaboração e aplicação dos


instrumentos técnicos, como planos de classificação e tabelas de temporalidade e distinção, vem
ocorrendo de forma progressiva em inúmeras instituições públicas do pais.

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A implantação da gestão de documentos requer, em primeiro lugar a elaboração de um
diagnóstico da situação dos arquivos de um sector, laboratórios, departamentos ou instituições.
Esse diagnóstico deve contemplar:

 Levantamento de legislação relativa a criação, missão, funções e actividades sector,


laboratórios, departamentos ou instituição.
 Aplicação dos instrumentos para levantamento dos dados;
 Entrevistas (gravadas) com gestores e profissionais de cada área;
 Registro fotográfico de todas as áreas de trabalho, de guarda e depósitos de documentos;
 Analise dos dados colectados;
 Elaboração de relatório sobre a situação arquivística com plano de acção correctivo dos
problemas identificados, e cronograma de trabalho.

Procedimentos básicos de prevenção de arquivos e documentos

A elaboração de uma sistemática de preservação constituída de medidas estruturais e


rotineiras permitira ao laboratório resultados positivos no armazenamento, acesso e guarda
permanente dos seus documentos de arquivos;

Infra-estrutura

Definição de um local destinado exclusivamente a guarda de documentos;

Aquisição de equipamentos e materiais compatíveis com a guarda e conservação de


documentos de arquivos; recomenda-se consulta às recomendações originadas do conselho
técnico do SIGDA/Fiocruz.

Procedimentos para uso diário

Mantenha as mãos sempre limpas ao manusear os documentos;

Humedecer os documentos os dedos com saliva para folhear documentos;

Evite rasgar, dobrar, furar, maçar, rasgar ou anotar nos documentos. Quando for necessário
use lápis de grafite macio;

Se o documento estiver danificado evite conserta-lo consulte o departamento de arquivos e


documentos da COC para saber como proceder;
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Evite usar fita ou cola nos documentos;

Evite consumir alimentos, próximos das áreas de guarda de documentos, ou quando estiver
manuseando os mesmos;

Evite guardar documentos em locais onde haja variação de humidade e calor;

Gestão e preservação de documento electrónicos;

 As instituições produzem e acumulam em meio digital inúmeros documentos.


 Incapacidade dos actuais sistemas electrónicos de informação em assegurar a
preservação de documentos por um longo prazo;
 Fragilidade intrínseca do armazenamento digital, midias frágeis e de curta duração;
 Alta complexibilidade e custos da preservação digital.
 Manter a midia distante de locais com campo magnético ou sob acção do calor ou de
raios solar;
 Verificar sistemas de software e hardware compatíveis com as midias existentes;
 Fazer cópia de segurança;
 Todos os documentos originais ou expedidos, relacionados com as actividades
específicas dos laboratórios, deverão ser arquivados em suporte papel;
 Os documentos digitais devem ser guardados em pastas por assuntos, que sigam
metodologia do código de classificação de documentos;
 Utilizar no nome do arquivo o estágio da produção do documento, minuta, versão
final;

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Conclusão

Em jeito de conclusão, conclui que a globalização como um processo que tem conduzido ao
condicionamento crescente das políticas económicas nacionais pela esfera mega económica, ao
mesmo tempo que se adensam as relações de interdependência, dominação e dependência entre
os actores internacionais e nacionais, incluindo os próprios governos nacionais que procuram pôr
em prática as suas estratégias no mercado global. (Mário Murteira 2003,p. 226)

As mudanças introduzidas pelo uso das TICs trouxeram muitos pontos positivos à vida dos
indivíduos e às Nações nos dias de hoje. A internacionalização do comércio, o desenvolvimento
de mercado, a automação de trabalhos árduos e prejudiciais à saúde dos homens são alguns
destes pontos. É importante o acesso estabelecido pelas TICs à cultura e à educação, mesmo
distantes.

Ainda, os grandes avanços na área da saúde de interesse social e os serviços governamentais


desenvolvidos a partir das tecnologias, permitindo uma maior e melhor participação comunitária
e política, são outros pontos positivos. A utilização das TICs tem sido bastante ampla na
comunicação de massa. A presença das TICs nas bibliotecas está aumentando a organização, a
armazenagem e a disseminação de informações. Elas estão facilitando a realização de pesquisas
científicas e o monitoramento do meio ambiente.

Governo electrónico é uma infra-estrutura única de comunicação compartilhada por diferentes


órgãos públicos a partir da qual a tecnologia da informação e da comunicação é usada de forma
intensiva para melhorar gestão pública e o atendimento ao cidadão.

O governo electrónico é uma forma puramente instrumental de administração das funções do


estado (poder executivo, legislativo e poder judiciário) e de realização dos fins estabelecidos ao
estado democráticos de direito que utiliza as novas tecnologia da informação e comunicação
como instrumento de interacção com os cidadão e de prestação dos serviços públicos.

A necessidade de investir num governo electrónico é justificada no surgimento de um novo


espaço pública, criado a partir da revolução comunicativa dos meios electrónicos. Dessa esfera
esta o ciberespaço, permeado pela comunicação sem a necessidade da presença do homem, em
que todos os indivíduos estão ligados por meio dos seus relacionamentos.

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Pierre Levy, afirma que existe uma expansão da ciberespaço ″aumenta a capacidade de controlo
estratégicos dos centros de poder tradicionais sobre as redes tecnológicas, económicas e humanas
cada vez mais vastas e dispersas″ mas ele argumenta que ainda assim pode haver uma tendência
voluntarista de usar a ciberespaço em favor do desenvolvimento dos grupos desfavorecidos,
explorando ao máximo seu″ potencial de inteligência colectiva″.

Lévy ″aborda que o uso das redes pode ser revertido em benefícios indirectos para as cidades, ao
eliminar a necessidade de deslocamento e consequentemente.

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Bibliografia

Castells, Manuel (2004) A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. vol. I (A


Sociedade em Rede ). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Castells, Manuel (2004) A Galáxia Internet. Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian

Bresser pereira, L.C et all (organismos) 1999 sociedade e estado em transformação . são Paulo

INE, inquérito a utilização das tecnologias de informação e comunicação pela família (2004).

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