Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
Nosso trabalho tem o objetivo de discorrer sobre o que é Cidadania Digital - conceito esse que
ganhou força com o surgimento da internet e que hoje é alvo de estudos e dissertações nas
mais variadas áreas do meio acadêmico, sem esquecer, claro, da importância e do poder que a
mesma possui em nossa vida como um todo. Entendemos que a chegada da internet e dos
equipamentos que facilitam seu uso deram voz e vez a vários segmentos que antes não
conseguiam se fazer ouvir nem representar, permitiu que as pessoas explanem suas opiniões
sobre tudo, questionem governos e o status quo do que antes era visto com naturalidade; não a
toa, a internet hoje enfrenta tentativas de cerceamento e regulações por parte de governos e
sistemas políticos, tendo estes sucesso em alguns casos, e fracassado na maioria das vezes. É
preciso salientar entretanto que, mesmo com o uso da internet aliançado ao surgimento da
globalização, que permitiu encurtar as distâncias da comunicação e informação, ainda temos
um número relevante de pessoas que não têm acesso ao espaço virtual, os chamados
infoexcluídos - portanto, os que não podem ser considerados cidadãos digitais, ainda que a
internet tenha conseguido se tornar um território habitado que transcende os conceitos de
espaço, Nação e geografia, uma vez que é usado por pessoas de diferentes nacionalidades,
etnias, credos, ultrapassando fronteiras do espaço geográfico global. Dessa forma, deixamos
claro que não pretendemos esgotar o assunto, antes, analisar alguns de seus aspectos que serão
apresentados no decorrer do trabalho.
1
Licenciatura em História. Especialização em História do Brasil, com ênfase em História do Ceará. Mestrando
em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail: Dbrando82@gmail.com
2
ABSTRACT
Our work aims to discuss what Digital Citizenship is - a concept that gained strength with the
emergence of the internet and which today is the subject of studies and dissertations in the
most varied areas of academia, without forgetting, of course, the importance and power that it
has in our life as a whole. We understand that the arrival of the internet and the equipment that
facilitate its use gave voice and opportunity to various segments that previously could not be
heard or represented, allowed people to explain their opinions about everything, question
governments and the status quo of what used to be seen naturally; no wonder, the internet
today faces attempts to curtail and regulate by governments and political systems, which
succeed in some cases, and fail most of the time. However, it is necessary to emphasize that,
even with the use of the internet allied to the emergence of globalization, which made it
possible to shorten communication and information distances, we still have a relevant number
of people who do not have access to the virtual space, the so-called infoexcluded - therefore,
those who cannot be considered digital citizens, even though the internet has managed to
become an inhabited territory that transcends the concepts of space, Nation and geography,
since it is used by people of different nationalities, ethnicities, creeds, surpassing the
boundaries of the global geographic space . In this way, we make it clear that we do not intend
to exhaust the subject, rather, to analyze some of its aspects that will be presented in the
course of the work.
1 Introdução
A internet é o meio de comunicação que mais ganhou espaço nessas últimas décadas,
segundo Nunes (2018) devido à eficiência e a agilidade de seus recursos técnicos. A utilização
trabalho, nas mais diversas relações sociais, inclusive em atividades que antes exigiam o
encontro físico ou presencial entre duas pessoas ou mais, como um encontro amoroso ou
jogos desportivos. De fato, a humanidade sempre foi submetida a mudanças estruturais que,
das evoluções tecnológicas emergentes que terminavam por alterar as conformações sociais.
3
Exemplo disso é o que podemos observar na fala de Filho e Ladeira (2021, pág. 71) que
destaca que
Em uma sociedade como a nossa, marcada pela tecnologia e pelos equipamentos que a
acompanha, novos desafios se colocam aos sujeitos que deverão se preparar - ou ser
oportunidades e das transformações produzidas pela tecnologia, podemos citar aqui o fato de
que hoje a sociedade da informação exige que os seus detentores não apenas tenham acesso
apesar de toda essa evolução tecnológica e da globalização, o que deveria significar uma
exclusão social - que reverbera em uma exclusão digital, e do isolamento por que passam
aqueles que, por problemas socioeconômicos ou por quaisquer outras razões não tem
condições ou acesso à tecnologia para usufruir de suas vantagens, o que se pode chamar de
influenciada e permeada pela tecnologia, que emerge o conceito de “cidadania digital - mais
usos variados e mais especificamente das redes sociais, influencia a vida das pessoas
ultrapassando em muitos casos, como já temos testemunhado, limites legais e éticos como as
2018, pág. 16). O fato é que as relações sociais, impulsionadas pelo uso da internet, não
do que a legislação que, teoricamente, deveria zelar pela sua regulação e proteção. Com a
informação, muitos indivíduos e grupos ganharam voz; entendemos que o tema por si só é
muito abrangente e que abarca uma série de reflexões sobre os usos que podem ser feitos da
internet e como esses usos trazem resultados - benéficos ou prejudiciais - para a sociedade
como um todo; não é nossa intenção esgotar esse tema, mesmo por que não haveria tempo
hábil nem espaço para tanto, já que isso iria requerer uma considerável quantidade de
objetivo do nosso trabalho visa trazer a comento o tema da cidadania digital e dos seus usos
sob um aspecto positivo: Abordar a inclusão digital, em perspectivas atuais, como não sendo
apenas uma necessidade de se estar conectado à rede, mas de saber explorá-la e utilizá-la
para fins educativos e qualificativos para o trabalho; além disso, abordar quais os deveres e
direitos são possíveis e permitidos em um ambiente que, por existir para além de uma
fronteira com limites físico-geográficos, pode passar a ideia de “terra sem lei”, o que implica
bibliografias que analisam o tema sob variadas perspectivas, desde a ótica da educação,
por uma nova noção do espaço e do tempo e por uma crescente interatividade entre as pessoas
mediada pela tecnologia. nas palavras de Álvaro (2011, pág, 25) através da internet “o tempo,
uma nova sociabilidade, logo a uma nova concepção de cidadania”. A origem da ideia
participação política dos cidadãos; estes tinham o direito e o dever de participar da vida
política, sendo que só era considerado cidadão àqueles que eram descendentes dos fundadores
cidadãos eram uma minoria que detinha o poder e certos privilégios, inclusive o de ditar os
rumos políticos da pólis. Mulheres, crianças e escravos não eram considerados cidadãos,
portanto não tinham direitos políticos. Na Roma Antiga, o conceito de cidadania era
semelhante; estava ligada fortemente ao Estado e aos direitos políticos, dominados pelos
Patrícios, Elite político-social formada por descendentes dos antigos fundadores de Roma.
Podemos concluir portanto que o conceito de cidadania tem sua origem na Antiguidade
Clássica, onde o cidadão não era somente o que nascia na cidade, mas sobretudo, descendente
daqueles que fundaram a cidade; dessa forma, tinham privilégios sociais e políticos num
século XVIII, como resultados das revoluções americana e francesa que, baseadas nos ideais
de liberdade e igualdade, acabaram por lançar os fundamentos para o que seria o surgimento
Estado-Nação, ou seja, a cidadania, a partir daqui, depende de uma entidade política que
representa um grupo de pessoas (os cidadãos) que constituem uma nação, no caso, “um grupo
de pessoas que partilham uma cultura e um território próprio” (Álvaro, 2011, pág. 26).
como mulheres, crianças e minorias continuam a ser excluídos dos direitos que conferem o
estatuto do cidadão.
descrevem a internet
A internet é o maior espaço público do mundo; somente no Facebook são 2,8 bilhões
de usuários ativos, com receita de 28 bilhões de dólares em 2020 (...), local em que
concentra o terceiro maior número de pessoas, inferior apenas à população da China e
Índia. A internet iniciou um mundo novo, sem fronteiras, mas o crescimento da
internet tem sido acompanhado da tentativa dos Estados de impor sua soberania a este
território, o que, até o momento, se revela ineficaz (Filho & Ladeira, 2021, pág. 74)
informação livre dos modelos tradicionais conferiu poder aos cidadãos que a utilizam
remodelando, nas palavras de Filho e Ladeira, as relações entre direito e democracia (2021,
7
pág. 74). A partir da internet, determinadas instituições formais foram perdendo protagonismo
políticos, sindicatos, igrejas, Ongs - e a preeminência foi assumida por indivíduos anônimos
2010, para citar um exemplo. O ciberespaço sozinho não provoca mudanças, porèm “a
público é o aspecto positivo da internet” ( Filho & Ladeira, 2021, pág. 75). A concepção de
A partir desse entendimento sobre a internet é que podemos inferir que a concepção de
cidadania digital deve ser compreendida como um direito fundamental a que todos possuem
2021, pág. 76). O direito de acesso é o cerne do conceito de cidadania digital, podendo ser
8
compõem todo um sistema que tem por objetivo auxiliar educadores a compreender a
variedade de ambientes que constituem a formação para a cidadania digital e promover uma
maneira organizada para a sua abordagem nas escolas, funcionando como um guia. Uma vez
desafios que se apresentarem. Conforme aponta Carneiro (2020), os nove elementos podem
ser considerados “um ponto de partida para uma visão mais clara desses desafios e de como
melhor abordá-los, para uma convivência cidadã no ambiente virtual, dentro e fora da escola”
direcionando a formação dos jovens dentro da escola, a partir de uma série de diretrizes
escolhidas e trabalhadas. É preciso destacar que nem todos os elementos precisam ou podem
seleção daqueles que lhe apetecem. O ponto principal a ser destacado é “a necessidade de
mostrar aos usuários os porquês do correto e produtivo uso da Internet, dentro e fora da
escola” (Carneiro, 2021, pág.119). Como a educação está no âmago de qualquer sociedade,os
alunos são o alvo no sentido de serem educados no uso da tecnologia de forma responsável,
gerações futuras. Alguns desses aspectos ou elementos estão relacionados à vida dos alunos
fora da escola, enquanto outros são referentes ao modo como eles utilizam a tecnologia no
espaço da sala de aula. Ao discorrermos rapidamente sobre cada elemento, podemos apontar
1. Acesso Digital Embora vivamos em uma era digital, constatamos que nem
todos têm acesso aos recursos tecnológicos. Com os avanços
escolares em escala global, os professores são desafiados a
oferecer aulas que envolvam e motivem os alunos por meio
da inclusão da tecnologia nas mesmas. Cabe também aos
educadores oferecerem alternativas adequadas à realidade de
cada aluno, uma vez que nem todos os alunos têm acesso ou
podem pagar por um computador ou smartphone ou tenha
um plano de acesso à internet.
10
6. Direito Digital Assim como na vida real, no ambiente online existem regras
que todos devem seguir. O direito digital lida com direitos e
as restrições legais que regem o uso da tecnologia. Como
cidadãos digitais, os alunos precisam conhecer as regras
para prevenir qualquer tipo de crime on-line (bullying
cibernético, hackers), sem importar a gravidade.
7. Responsabilidades e O mundo online, assim como no real, tem suas regras e leis.
direitos Digitais Significa dizer que um usuário possui não só direitos quanto
deveres (responsabilidades). Existem políticas que nos
tornam responsáveis pelos nossos atos e ações no mundo
online que devem ser seguidas. As escolas podem e devem
abordar esse tema em sala de aula com o objetivo de
prevenir comportamentos nocivos e denunciar qualquer má
conduta no ambiente virtual.
11
3 Considerações Finais
(descrever como os objetivos foram atendidos e fique atento, pois o ideal é que esse tópico
tenha no máximo 2 (dois) parágrafos e sem citação)
Nosso trabalho teve como objetivo discorrer sobre o que é Cidadania Digital - conceito esse
que ganhou força com o surgimento da internet e que hoje é alvo de estudos e dissertações nas
mais variadas áreas do meio acadêmico - sem esquecer da importância e do poder que a
mesma possui em nossa vida como um todo. Entendemos que a chegada da internet e dos
equipamentos que facilitam seu uso deram voz e vez a vários segmentos que antes não
conseguiam se fazer ouvir nem representar, permitiu que as pessoas explanem suas opiniões
sobre tudo, questionem governos e o status quo do que antes era visto com naturalidade; não a
toa, a internet hoje enfrenta tentativas de cerceamento e regulações por parte de governos e
sistemas políticos, tendo estes sucesso em alguns casos, e fracassado na maioria das vezes. É
preciso salientar entretanto que, mesmo com o uso da internet aliançado ao surgimento da
12
um número relevante de pessoas que não têm acesso ao espaço virtual, os infoexcluídos -
portanto, os que não podem ser considerados cidadãos digitais, ainda que a internet tenha
geografia, uma vez que é usado por pessoas de diferentes nacionalidades, etnias, credos,
ultrapassando fronteiras do espaço geográfico global. Dessa forma, deixamos claro que não
pretendemos esgotar o assunto, antes, analisar alguns de seus aspectos que serão apresentados
no decorrer do trabalho. Nesse sentido, o objetivo do nosso trabalho buscou trazer o tema da
cidadania digital e dos seus usos sob um aspecto positivo: Abordar a inclusão digital, em
perspectivas atuais, como não sendo apenas uma necessidade de se estar conectado à rede,
mas de saber explorá-la e utilizá-la para fins educativos e qualificativos para o trabalho; além
disso, abordar quais os deveres e direitos são possíveis e permitidos em um ambiente que, por
existir para além de uma fronteira com limites físico-geográficos, pode passar a ideia de “terra
4 Referências Bibliográficas
Álvaro, A., M., D. (2011). Cidadania Digital: O papel das TIC no Exercício da Cidadania dos
Filho, M., A., F. & Ladeira, F., O. (2021). Cidadania digital ou Ditadura algorítmica?
Contradições do mundo digitalizado e os desafios da regulação. São Paulo, Brasil.
Nunes, D., H. (2018). Sociedade da informação e Cidadania digital. Ribeirão Preto, SP.
UNAERP, Direito. tese (Doutorado)
Pereira., A., C. (2022). Os Nove elementos da cidadania digital que os seus alunos precisam
conhecer. Disponível em:
www.cypherlearning.com/PT-BR/blog/K-20/os-nove-elementos-da-cidadania-digital.
Acessado em 18 de Julho de 2013.