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REPÚBLICA DE ANGOLA

INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE NELSON MANDELA


ITPSNM

IEC

O Diálogo e a Discussão Durante Uma Palestra


de Saúde

GRUPO Nº 02

O PROFESSOR
_________________________

PANGUILA, 2023
INSTITUTO TÉCNICO PRIVADO DE SAÚDE NELSON
MANDELA

O Diálogo e a Discussão Durante Uma Palestra


de Saúde

NOTA NOTA
Nº NOME COMPLETO INDIVIDUAL GERAL DO
DO ALUNO TRABALHO
11 Conceição Ngongo Manuel
12 Cristina Maria Afonso
13 Da Cruz João Paulo
14 Damião João Gasto
15 Difuana Nsoma Tomene Mbemba
16 Domingas Isabel Tondela
17 Domingas Dos Santos
18 Dumilde Rangel Paulo Augusto
19 Elisângela Jorge
20 Esperança Nunda
21 Fernando Alberto João

Grupo nº 02
Classe: 10ª
Curso: Enfermagem
Sala: 11
Turma: D
Período: Manhã

O PROFESSOR
_________________________

PANGUILA, 2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4

Dialogo ......................................................................................................................... 5

Discussão ...................................................................................................................... 6

Palestras ........................................................................................................................ 6

Palestras Sobre Saúde ................................................................................................... 7

Discussão X Diálogo .................................................................................................... 7

Discussão De Aula Dialógica ....................................................................................... 9

Educação Profissional Em Saúde Em Enfermagem ................................................... 10

Algumas considerações do diálogo no movimento de ensino-aprendizagem ............ 10

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 12

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 13


INTRODUÇÃO

Paulo Freire é um dos maiores educadores com influência na educação e na


saúde. A educação e a saúde pressupõem formas humanas de interação, pois as práticas
profissionais são vinculadas intensamente com pessoas, seja no processo pedagógico de
ensinar a ler e escrever, seja no atendimento e acolhimento aos pacientes.

Neste sentido, o diálogo tem papel fundamental porque enriquece a convivência


humana. Pensar a humanização pressupõe analisar as várias interfaces da pessoa
humana, considerando- -a um ser multidimensional.

Esta pluralidade requer ser reconhecida, respeitada e ana- lisada quando se


realiza um processo de ensino e/ou um atendimento. Partimos deste pressuposto, ou
seja, que a prática multidimensional e humana é essencial. As relações são estabelecidas
por e para humanos e este aspecto precisa ser considerado de modo contextualizado.

Este trabalho tem como objetivo principal refletir sobre o diálogo e a discussão
em palaestras sobre a saúde.

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Dialogo

Dialogo é Uma conversa entre duas ou mais pessoas onde deverá sempre ocorrer
uma troca de ideias para se chegar a um bom entendimento; Obra literária ou cientifica
em forma de conversação; Alternância de dois factores complementares um do outro.

Com origem na palavra latina dialŏgus que, por sua vez, provém de um conceito
grego, um diálogo é uma conversa entre duas ou mais pessoas, que manifestam as suas
ideias ou afectos de forma alternativa. Neste sentido, um diálogo é também uma
discussão ou uma troca de impressões com vista a chegar a um entendimento.

Por outro lado, o diálogo é uma obra literária, em prosa ou em verso, em que é
simulada uma conversação ou controvérsia entre dois ou mais personagens. É usado
como tipologia textual na literatura quando surgem dois personagens que adoptam o
discurso diegético e agem como interlocutores.

Ainda que o diálogo se inicie por meio de diferentes pontos de vista, sendo isso
crucial para que o mesmo exista, um bom diálogo é desenvolvido com base num
ambiente de reciprocidade e conscientização. Os primeiros diálogos que se tem
informações são do ano de 1433 no Oriente Médio e Ásia, com disputas na civilização
suméria que foram preservadas em cópias.

Na sua acepção mais habitual, o diálogo é uma modalidade do discurso oral e


escrito através da qual comunicam entre si duas ou mais pessoas. Trata-se de uma troca
de ideias por qualquer meio, direto ou indireto.

O diálogo pode ser tanto uma conversa amável como uma violenta discussão.
Porém, costuma-se falar do diálogo como sendo uma troca de ideias onde se aceitam os
pensamentos do interlocutor e os participantes estão dispostos a mudar os seus próprios
pontos de vista, daí haver um consenso quanto à necessidade de dialogar em
variadíssimas áreas, como a política, por exemplo.

Diz-se que as pessoas sedentas de poder e as autoritárias tendem a excluir o


diálogo por pretenderem que a sua verdade seja a única válida e desacreditarem as
opiniões dos oponentes, com o intuito de fortalecerem o seu domínio.

O diálogo genuíno faz por procurar a verdade e fomentar o conhecimento sem


preconceitos, o que já não acontece com a retórica, que tenta persuadir e convencer ao

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manipular a opinião. O diálogo não pode ser definido como qualquer conversa, já que
para sua progressão são necessárias regras e que as mesmas sejam obedecidas pelos dois
ou mais interlocutores. Sem isso não é possível a existência de um diálogo.

Esse tipo de conversa trata-se da interação entre os dois interlocutores (ou mais)
onde ambos trocam ideias e informações a fim de se chegar a um acordo. E esse acordo
é tanto o fim do diálogo quanto também a condição para que o mesmo se desenvolva,
uma vez que o diálogo só pode acontecer se ambos não fizeram uso de violência e
buscarem atender a premissa da verdade.

Discussão

Discussão é o ato de discutir, debater e provocar uma controvérsia.


Normalmente, uma discussão é formada quando dois lados opostos tentam defender
uma opinião que é contrária a outra.

As discussões podem estar relacionadas com sentimentos de revolta,


caracterizadas pelo tom áspero, injurioso e agressivo da conversação. Neste caso, a
discussão pode ser interpretada como sinônimo de briga.

Porém, também podem ser entendidas como o debate entre duas ou mais partes a
partir de argumentos lógicos, com o intuito de esclarecer determinado assunto, por
exemplo. Deste modo, uma discussão visa elucidar qualquer tipo de conteúdo incerto e
que seja motivo de polêmica.

Como consequência de uma discussão, quando feita com base no respeito


mútuo, os envolvidos poderão experimentar a troca de ideias, informações e aprofundar
os seus conhecimentos nas areas debatidas.

Palestras

Palestra, às vezes chamada conferência, é uma apresentação oral que pretende


apresentar informação ou ensinar pessoas a respeito de um assunto. Um tipo de palestra
muito conhecido é a aula expositiva, dada pelo professor em uma universidade ou
colegial.

Palestras são usadas para transmitir informação de natureza importante,


histórica, prática, teórica e equacional. O discurso de um político, o sermão de um guia

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espiritual e a apresentação de vendas de um negociante também podem assumir forma
similar a uma palestra. Geralmente, o palestrante posta-se em uma posição de destaque
no cômodo e recita informação relevante relativa ao conteúdo da palestra.

Palestras são uma forma de expressar a linguagem humana através de eventos de


interação entre público e interlocutor, abordando temas diversos. Uma palestra pode ter
em média de 60 até 120 minutos de duração, e tem como propósito informar, educar e
estimular transformações nos ouvintes.

Como também as façam sair diferentes de como entraram, é fundamental


organizá-las de forma coerente e isso significa que o tema deve ser pensado com calma
e de acordo com os interesses das pessoas.

Mas além disso, o palestrante também possui um papel essencial na execução da


palestra, pois cabe a ele engajar o público e fazê-lo se sentir interessado pelo tema
abordado.

Elas se diferenciam de workshops e cursos justamente por não ter o objetivo de


treinar ou capacitar as pessoas e sim compartilhar ou ensinar conteúdos de maneira
prática, objetiva e com bom humor.

Palestras Sobre Saúde

As palestras sobre saúde são uma forma de cuidado, afeto e atenção com os seus
colaboradores. Afinal, a qualidade de vida das pessoas no ambiente de trabalho depende
da saúde de cada um. De modo geral, ações com essa temática podem ter vários
assuntos. No entanto, o que elas mais têm em comum é a informação, a conscientização
e a prevenção.

Além disso, as palestras sobre saúde proporcionam diversos benefícios às


organizações. O aumento da satisfação e, consequentemente, da produtividade, são os
mais notáveis. Afinal, é natural que uma empresa que demonstra cuidado às suas
pessoas tenha colaboradores mais engajados e que vestem sua camisa.

Discussão X Diálogo

Numa discussão cada pessoa procura conseguir que sua visão seja aceite pelo
outro. Num diálogo a meta não é vencer mas conseguir que a equipe chegue a um

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entendimento comum. O diálogo explora questões complexas a partir de muitos pontos
de vista e implica uma atitude de ouvir de mente aberta respeitando as crenças dos
outros.

A discussão e o diálogo são exemplos de modos de comunicação. A


comunicação eficaz é um aspecto fundamental do desempenho do trabalho e da eficácia
administrativa.

Para coordenar as diferentes UT a administração precisa de utilizar um sistema


de comunicação. Comunicação é o processo de transferir e receber informações e
significados através da utilização de símbolos partilhados. Informações são dados
organizados que possibilitam a análise de situações e tomadas de decisões.

Desenvolver uma comunidade saudável é um processo que dura toda a vida --


um processo que requer nutrição e persistência constantes. Todos têm um papel a
desempenhar na construção de uma comunidade mais saudável e vibrante.

As escolhas que fazemos em casa, trabalho, escola, diversão e adoração


determinam o que mais cria saúde pessoal e vitalidade comunitária. Em grande parte,
trata-se de como gastamos nosso tempo, dinheiro e talentos. Mas é também sobre como
criamos as configurações em nossas comunidades que ajudam a trazer mudanças
positivas.

Comunidades saudáveis exigem liderança e ação inspiradas de todos os cantos


de nossas comunidades. Hoje, muitas vezes há um abismo entre as conversas que as
pessoas têm na mesa da cozinha e as conversas que temos com nossos líderes. Vemos
batalhas territoriais e fragmentação de esforços com mais recursos sendo gastos nos
sintomas de problemas mais profundos e menos no que gera saúde em primeiro lugar.

Esta seção trata de reunir as vozes e os talentos das comunidades. A informação


destina-se a ajudar a gerar ideias e relacionamentos além das linhas que nos dividem. É
para líderes comunitários de todos os tipos -- qualquer um que possa iniciar uma
conversa -- e oferece uma abordagem flexível que pode ser adaptada aos objetivos de
qualquer grupo.

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Um "diálogo" é uma conversa comunitária que pode assumir várias formas. Pode
envolver cinco pessoas em torno de uma mesa de cozinha, quinhentas pessoas em um
grande ambiente cívico ou qualquer coisa intermediária.

Discussão De Aula Dialógica


As sessões de conversa em sala de aula que visam o pensamento coletivo e a
resolução de problemas precisam se concentrar na discussão e no diálogo, em vez do
padrão tradicional de interação da IRF. A discussão envolve compartilhar informações,
trocar ideias e resolver problemas.

O diálogo envolve a exploração de ideias, o questionamento cumulativo, a


resposta às ideias dos outros e a construção de um entendimento coletivo mais completo
(Alexander, 2008).

Alguém engajado no diálogo deve chegar à palestra preparado para mudar suas
ideias e pensamentos, à medida que o conhecimento do grupo cresce. A discussão e o
diálogo apoiam a aprendizagem (Edward-Groves, Anstey e Bull, 2014).

A exibição de iniciadores de perguntas ou o uso de cartões de sugestão de fala


(Mercer, 2018) pode permitir que os alunos participem de uma discussão em sala de
aula. Exemplos de iniciadores de perguntas incluem:

Construindo, explorando e esclarecendo:

 Você poderia esclarecer o ponto sobre...?


 Você explicaria isso de novo?
 Eu gostaria de desenvolver o que {name} disse
 Eu gostaria de reformular esse ponto
 Podemos voltar ao ponto que {name} levantou?
 Eu concordo/discordo com {nome} porque…?

Comparar e buscar alternativas

 Por que você pensa….?


 O que aconteceria se….?
 Existe outro exemplo de...?
 Como isso é semelhante/diferente de...?

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 O que aconteceria se...?

Refletindo

 O que tornou esta sessão de conversa bem-sucedida?


 Que pensamento eu contribuí para o grupo?
 Como esta sessão de palestra mudou meu pensamento?

Educação Profissional Em Saúde Em Enfermagem

A educação profissional em saúde foi legalmente constituída pela lei n. 4.024, de


1961, influenciada pelo contexto nacional decorrente da necessidade de programas de
saúde e melhoria da organização sanitária, dando sustentação à noção dos recursos
humanos em saúde, o que se repetiu ao final dos anos 1980, com a chamada expansão e
democratização da educação profissional no Brasil, em razão das expectativas de
elaboração de uma nova política pública para o setor, no âmbito de um projeto nacional
de desenvolvimento (Campello e Lima Filho, 2009).

Com relação à educação profissional técnica de nível médio em enfermagem, os


marcos legais foram a regulamentação do curso em 1966 e o reconhecimento em 1986,
com a lei n. 7.498, regulamentada pelo decreto n. 94.406, de 1987, que dispôs sobre o
exercício profissional da enfermagem (Oguisso, 1997; Santos, 2005).

Algumas considerações do diálogo no movimento de ensino-aprendizagem

Alguns aspectos da vulnerabilidade social dos(as) educandos(as) foram


considerados no movimento do curso, evidenciando a necessidade de adequações de sua
metodologia às características sociais, econômicas e de vida dos(as) educandos(as).

O diálogo proporcionou a construção e o estreitamento de vínculos,


contextualizar o conteúdo teórico com referência no território e na leitura de mundo
dos(as) educandos(as), bem como mediou estratégias pedagógicas que fortaleceram o
conhecimento dialógico e plural.

Este estudo mostrou que as educadoras não assumiram o papel de depositárias


de uma formação tecnicista e cartesiana com relação aos educandos, assim como os
educandos perceberam o seu processo de formação como dialógico e participativo,

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destacando as metodologias problematizadoras como importantes estratégias para o
movimento ensino-aprendizagem.

Verificamos elementos importantes que foram ao encontro do ensino-


aprendizagem problematizador, com a valorização de aprendizagens significativas e
diálogo mediado pela diretividade e afeto, apesar de considerar os limites da formação
das enfermeiras no âmbito didático-pedagógico, o que acreditamos ser decorrente de
deficiências que as acompanham desde a graduação até o mundo do trabalho.

Apreendemos que o diálogo, no contexto apresentado, teve um propósito


marcado socialmente, pois atuou em prol da transformação dos(as) educandos(as) e da
construção do seu processo de conscientização, à medida que estimulou a participação
na discussão dos conteúdos programáticos com base em suas vivências e leitura de
mundo, bem como na condução ativa nos momentos de aprendizagem, representada
pela diversificação dos cenários e espaço-tempo pedagógicos.

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CONCLUSÃO

As sessões de conversa em sala de aula ou palestras que visam o pensamento


coletivo e a resolução de problemas precisam se concentrar na discussão e no diálogo,
em vez do padrão tradicional de interação da IRF. A discussão envolve compartilhar
informações, trocar ideias e resolver problemas. O diálogo envolve a exploração de
ideias, o questionamento cumulativo, a resposta às ideias dos outros e a construção de
um entendimento coletivo mais completo.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Rubem. Para quem gosta de ensinar. Campinas, SP: Papirus, 2016.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013a.

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013b.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido.


23. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2016.

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