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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Surgimento e desenvolvimento dos estados no Mundo

Paulina António Rego - 708213023

Beira, Outubro, 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Surgimento e desenvolvimento dos estados no Mundo

Paulina António Rego - 708213023

Curso: Licenciatura em Administração Pública


Disciplina: Teoria de Estado e Relações
Internacionais
Ano de frequência: 2° Ano
Turma: B

Docente: Dr. Alvaro Dembuenda

Beira, Outubro, 2022


Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
✓ Índice 0.5
✓ Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura ✓ Discussão 0.5
organizacionais
✓ Conclusão 0.5
✓ Bibliografia 0.5
✓ Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução ✓ Descrição dos
1.0
objectivos
✓ Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
✓ Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão ✓ Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
✓ Exploração dos dados 2.5
✓ Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
✓ Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
✓ Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha de Feedback dos tutores:

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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................................... 3
1.2. Objectivos ............................................................................................................................ 4

1.2.1. Objectivo geral ................................................................................................................. 4

1.2.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 4

1.3. Metodologias ....................................................................................................................... 4

1.3.1. A pesquisa bibliográfica ................................................................................................... 4

2. O Estado ................................................................................................................................. 5

2.1. Considerações Iniciais ......................................................................................................... 5

2.2. O surgimento do estado ....................................................................................................... 6

2.3. Desenvolvimento dos estados do mundo............................................................................. 8

Conclusão ................................................................................................................................... 9

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 10


1. Introdução
Desde que a raça humana começou a viver de forma organizada, se entende e aceita a presença
do Estado como agente soberano e regulador de todos, que tem o fito de harmonizar o convívio
social. Foi através desse processo que o homem deixou seu estado natural e outorgou sua
liberdade ao Estado. Com o passar dos anos e desenvolvimento intelectual, muito se questiona
o limite da interferência do Estado na vida da sociedade civil organizada, principalmente no
que diz respeito a questões ligadas a escolhas pessoais. O presente trabalho busca, através de
revisão bibliográfica, elucidar o contexto histórico surgimento e desenvolvimento dos estados
no Mundo.

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1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral


• Conhecer o Surgimento e desenvolvimento dos estados no Mundo.

1.2.2. Objectivos específicos


• Explicar o conceito de estado;
• Discutir sobre o Surgimento e desenvolvimento dos estados no Mundo.

1.3. Metodologias

1.3.1. A pesquisa bibliográfica


Utilizou-se este método com o objectivo de fazer uma sustentação teórica dos assuntos
relacionados com o tema em abordagem. Baseou-se em fontes secundárias, abrangendo toda
bibliografia já tornada pública em relação ao tema do estudo.

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2. O Estado

2.1. Considerações Iniciais

Segundo Moutinho (s/d) refere que o Estado é uma instituição tão antiga quanto a família.
Desde os grandes impérios da Antiguidade até as atuais sociedades industriais e pós-industriais,
a presença do Estado é notável. E é, sem dúvida, um dos principais objetos de estudo das
ciências sociais, especialmente a sociologia e a ciência política.

A palavra “Estado” contém vários significados. O Estado pode ser sinônimo de governo, de
Estado-Nação ou país, de regime político e de sistema econômico. Contudo, afirmamos que o
Estado é um conceito que deve ser compreendido a partir de uma perspectiva histórica.
(Moutinho, s/d).

Assim, o Estado pode ser definido como um poder político centralizado e exercido sobre um
povo localizado em um território delimitado.

Estado possui um poder político-administrativo exercido sobre uma população nacional em um


contexto geográfico delimitado, mas agora é parte da respectiva sociedade, e não algo distinto
dela. A dualidade entre o Estado e a sociedade civil é o diferencial entre os estados absolutistas
e os estados nacionais.

De acordo com Moutinho (s/d) no século XX, o Estado teve um papel crescente no aspecto
econômico dos países. Até a Crise de 1929, era responsável somente pela manutenção da
estabilidade monetária e tinha o equilíbrio fiscal como regra.

Ainda segundo o mesmo autor depois da grande crise, foi necessária a intervenção econômica
do Estado para que se mantivesse a demanda agregada do mercado, realizando obras públicas,
fazendo grandes investimentos e produzindo insumos (ações e petróleo, por exemplo), a
exemplo do que ocorreu nos Estados Unidos com o New Deal do presidente Franklin Delano
Roosevelt.

Entretanto, com o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a economia capitalista


conheceu um período de prosperidade, marcado pela atuação do Welfare State (ou Estado de
Bem-Estar Social). Esse ciclo esgotou-se no início da década de 1970, e desde então se apregoa
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a necessidade de uma reforma do Estado. Essa proposta foi sugerida pelos neoliberais, que
querem o mercado no lugar do Estado, mas é rechaçada pelos vários adeptos do keynesianismo.
(Moutinho, s/d).

Uma alternativa conhecida como Terceira Via afirma que é possível uma reforma do Estado,
cedendo funções e serviços para o mercado e o terceiro setor, mas sem abrir mão do poder de
legislar e tributar e do uso exclusivo da violência (poder de polícia).

2.2. O surgimento do estado

O Estado surgiu de formas diferentes, em momentos diferentes, em sociedade diferentes e com


a necessidade de solucionar os conflitos em qualquer lugar em que esteja instituído.

A palavra estado vem do latim “status”, significa condição, foi utilizada no sec. XVI, na obra
O Príncipe (1532), de Maquiavel, e tinha a ideia de se referir a uma sociedade política
organizada e permanente.

Apesar dos estudiosos tentarem buscar resquícios históricos para se aproximar de uma teoria
do surgimento do Estado, é praticamente impossível precisar, pois desde os primórdios, com o
desenvolvimento intelectual do homem, ele vem se organizando (tentando) de alguma forma.
Por óbvio que nos primórdios da humanidade, o Estado não era da forma como conhecemos
hoje.

Portanto, só conseguiremos ter uma noção aproximada dos fatos, e nunca um relato preciso.

Darcy Azambuja, (2005) nos mostra que o Estado se caracteriza em três elementos: território,
população e governo. As sociedades primitivas, nos relatos mais arcaicos, eram nômades,
constituídas de pessoas com mesmo interesse comum ou famílias. Apesar dessas tribos
possuírem lideranças, em sua maioria religiosa, o constante deslocamento físico os impedia de
constituírem o Estado.

Segundo Azambuja (2005, p. 107) “Quando as sociedades primitivas, compostas já de inúmeras


famílias, possuindo autoridade própria que as dirigia, se fixaram num território determinado,
passaram a constituir um Estado”.

Nicéas (2015) em seu artigo, assim elucidou:

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A hierarquização destes grupos familiares era realizada pelos anciãos por intermédio
dos conselhos tribais; a harmonização social era alicerçada em práticas religiosas,
tendo relações sociais unicamente pessoais.

Findando-se o nomadismo e iniciando as práticas da agropecuária, surge-se a


necessidade das propriedades privadas que desperta o interesse de garantias
sucessórias, nascendo, portanto, as famílias patriarcais com vínculo monogâmico (por
parte da mulher), podendo, todavia, garantir a hereditariedade dos bens privados.

Constatou-se que, a certeza da paternidade com o fito de acautelar a transmissão


hereditária da propriedade privada não era o necessário para garantia da segurança dos
bens.

Portanto, objetivando o resguardo das posses, criou-se uma estrutura política


rudimentar capaz de assegurar os direitos, ora ameaçados por ladrões ora por
invasores; também foi possibilitado a criação de cooperativas para trabalhos conjuntos
onde toda a sociedade ou grande parte dela se beneficiava, como pontes, barragens,
estradas, canais, etc.

Após essa união social institucionalizada, e liderada dentro de uma estrutura política,
pode-se, todavia, identificar a gênese do Estado. Estes tinham como principal
características o poder absoluto teocrático, constituído no monarca que era
considerado divindade.

O próximo relato histórico do Estado foi verificado na Grécia com as chamadas polis
(comunidades organizadas) formadas pelos politikos (cidadãos); cabendo mencionar
dentre elas, as cidades-estados, Atenas, Esparta e Corinto.

É claro que não se pode olvidar, conforme já dito, que essas hipóteses não necessariamente
ocorreram uniformemente em todo local onde o Estado se constituiu.

Azambuja (2005, p.108) pontuou em seu livro:

Só um fato é permanente e dele se promanam outros fatos permanentes: o homem


sempre viveu em sociedade. A sociedade só sobrevive pela organização, que supõe a
autoridade e a liberdade como elementos essenciais; a sociedade que atinge
determinado grau de evolução, passa a constituir um Estado. Para viver fora da
sociedade, o homem precisaria estar abaixo dos homens ou acima dos deuses, como
disse Aristóteles, e vivendo em sociedade ele natural e necessariamente cria a
autoridade e o Estado.

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Infinitas são as teses sobre a formação do Estado e o momento histórico em que isso se deu. No
entanto, podemos tratar do Estado como instituição de Direito a partir da criação de uma
Constituição, já que esse é o principal marco democrático de todos os países e também a
ferramenta que legítima o Estado.

É claro que nem sempre será possível precisar essa data, exceto nos casos de Constituições
escritas, promulgadas por uma Assembleia ou outorgadas por um governo.

2.3. Desenvolvimento dos estados do mundo


Apesar do discurso, não muito incomum, de que o Estado deveria ser administrado como
uma empresa, os objetivos de um e outro são muito distintos: enquanto uma empresa busca o
lucro e sua sobrevivência, o Estado busca, em suma, o bem-estar da sua população. Em conjunto
a esse discurso, é também declarado que “atividade comercial é aceita como força
inovadora enquanto o Estado é projetado como uma força paralisante – necessária para o
“básico”, porém muito grande e pesada para ser o mecanismo dinâmico.” (Mazzucato, 2011, p.
32), o que tem incentivado um desmonte progressivo do Estado. Em um bom “economês”, o
Estado não seria eficiente. O Estado, teria seu papel resumido em intervir somente quando o
retorno social do investimento é maior do que retorno privado – o que reduziria a chance de
investimento do capital privado (Mazzucato, 2011, p. 38).

Contudo, os Estados […], por ter objetivos distintos, como expressado acima, o Estado não
teme maiores riscos como o capital privado e assume se arriscar em empreitadas que podem -
ou não- dar retorno. “Um Estado empreendedor não apenas ‘reduz os riscos’ do setor privado,
como antevê o espaço de risco e opera corajosa e eficientemente dentro desse espaço para fazer
as coisas acontecerem.” (Mazzucato, 2011, p. 43). E, muitas das vezes, oretorno esperado é no
longo prazo –e o setor privado não tem muita paciência em cultivar os lucros.

O Estado pode se resumir, como querem os ortodoxos, a uma máquina burocrática que
não se envolve na economia, exceto para corrigir as falhas de mercado ou –como em todos os
países altamente desenvolvidos, o Estado pode ser uma instituição guia para investimentos do
setor privado, ser empreendedor e iniciar novos projetos assim como criar mercados
(Mazzucato, 2011). Nas próximas seções, ficará claro qual dos moldes estatais resultou em
desenvolvimento e crescimento econômico.

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Conclusão
Concluimos que o Estado surge quando a produção agrícola aumenta o suficiente para ter um
excedente econômico e regular. Uma oligarquia, formada por militares e sacerdotes, assume o
poder e passa a controlar esse excedente. Essa forma de poder se expande, aumenta sua
complexidade, forma impérios.

Com o desenvolvimento do capitalismo e a emergência da burguesia como principal grupo


social, surge, no final da Idade Média, o Estado Moderno. Inicialmente, ele assume a forma de
monarquias absolutistas e à medida que a burguesia ganha força política as monarquias vão
dando lugar para as repúblicas, num processo marcado por lutas, conflitos e revoluções.

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Referências bibliográficas
Azambuja, Darcy. (2005). Teoria Geral do Estado. 44 ed. São Paulo: Editora Globo.
Mazzucato, M. (2014). O Estado Empreendendor: Desmascarando o mito do setor público vs.
setor privado. São Paulo: Portfolio-Penguin.

Moutinho, Wilson Teixeira. (s/d). O que é Estado e sua evolução histórica. Recuperado a 23 de
outubro de 2022 em: https://www.coladaweb.com/politica/estado

Nicéas, G. (2015). Colisão entre a atuação do estado e a vida privada: limites do


intervencionismo. Jusbrasil.com.br. [S.I.] Recuperado a 23 de outubro de 2022 em:
<https://giovaneandreas.jusbrasil.com.br/artigos/144430825/colisao-entre-a-atuacao-do-
estado-e-a-vida-privada-limites-do-intervencionismo>

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