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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos.

Jovita Avelino Thenesse - 708210493

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Pedogeografia
Ano de frequência: 1° Ano
Turma: B

Docente: dra. Sidónia José Manuel Albino

Beira, Maio, 2022

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Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Sub
Pontuação Nota do
tota
máxima tutor
l
✓ Índice 0.5
Aspectos ✓ Introdução 0.5
Estrutura organizacion ✓ Discussão 0.5
ais ✓ Conclusão 0.5
✓ Bibliografia 0.5
✓ Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
✓ Descrição dos objectivos 1.0
✓ Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
✓ Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão ✓ Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
✓ Exploração dos dados 2.5
✓ Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
✓ Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Referência Normas APA
✓ Rigor e coerência das
s 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográfi citações e
bibliográficas
cas bibliografia

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Folha de Feedback dos tutores:

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Índice

1. Introdução ............................................................................................................................... 3

1.2. Objectivos ............................................................................................................................ 4

1.2.1. Objectivo geral ................................................................................................................. 4

1.2.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 4

1.3. Metodologias ....................................................................................................................... 4

2. Propriedades físicas dos solos ................................................................................................ 5

2.1. Cor e textura do solo ............................................................................................................ 5

2.2. Estrutura e Consistência do Solo ......................................................................................... 6

2.2. Propriedades e atributos que variam com a textura do solo ................................................ 6

2.1. Potencial hidrogénico (pH) do solo ..................................................................................... 6

2.2. A Retenção e Troca de Iões no Solo.................................................................................... 7

2.3. A matéria orgânica (humus) do solo ................................................................................... 7

3. Conclusão ............................................................................................................................... 9

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 10

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1. Introdução
A cadeira de Pedogeografia é das que fornecem ao estudante os meios necessários que o
possibilitam a interpretar as diferentes camadas que constituem o solo, sua composição e
estrutura dos minerais que fazem parte ou integram os componentes do solo. Assim sendo, o
presente trabalho consiste num estudo sobre a " Propriedades físicas, químicas e biológicas dos
solos".

O solo é um recurso natural imprescindível para o desenvolvimento dos seres vivos e de


inúmeras atividades antrópicas. Ele exerce uma função essencial para a humanidade, em suprir
suas diversas necessidades básicas como alimentação, abrigo, locomoção e lazer (Santana et
al., 1999). Nessa lógica, os principais atributos físico-químicos associados ao solo são: Textura,
cor, plasticidade, adesividade, Densidade, Porosidade, condutividade hidráulica (ou
permeabilidade), estrutura, Resistência à penetração (compactação), Capacidade de água
disponível (reserva hídrica), Matéria Orgânica, teor de Nutrientes, capacidade de troca
catiônica, grau de saturação em bases e soma de bases de troca, entre outras (Costa, 1999).

Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, cuja opção metodológica foi a pesquisa
bibliográfica, que buscou aprofundamento na temática em questão, por meio de leituras,
análises e reflexões da produção de autores diversos que discutem o tema. Espera-se que as
informações obtidas no referencial bibliográfico durante a pesquisa nos permitam desenvolver
e ampliar nossos conhecimentos sobre o tema desenvolvido e que os resultados apontem para
um melhor aproveitamento da leitura em suas diversas possibilidades.

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1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral

• Conhecer as propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos.

1.2.2. Objectivos específicos


• Indicar as propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos;
• Descrever as principais propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.

1.3. Metodologias
Para viabilizar a pesquisa foi feito levantamento em fontes bibliográficas e documentais, tais
como livros, manuais, artigos científicos publicados e disponíveis na Internet, sobre o assunto
em questão, onde faz-se referência dos conceitos e aspectos pertinentes que corporizarão o
trabalho.

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2. Propriedades físicas dos solos

2.1. Cor e textura do solo

De acordo com Luís (s/d) a cor do solo é definida pela presença de diferentes componentes do
solo. Assim é que a cor vermelha ou amarela é devida à presença de óxidos de ferro e a cor
cinza ou preta é devida à presença de matéria orgânica. A cor é uma característica tão importante
que é utilizada na própria nomenclatura dos solos (p.62).

Portanto, pela cor pode-se avaliar no solo: conteúdo de Matéria Orgânica; conteúdo de
compostos de Ferro; conteúdo de Sílica; drenagem.

Segundo Luís (s/d) refere que a cor afecta direitamente a temperatura e desempenha um papel
importante em certos factores importantes no solo como a fertilidade; de maneira geral a matéria
orgânica tende a proporcionar aos solos cores escuras nomeadamente no estado húmido, assim
os solos orgânicos e os horizontes orgânicos de solos minerais são geralmente pardos-escuros
a negros (p.62).

Ainda segundo Luís (s/d) a cor dos solos depende de condições e factores como: quantidade de
matéria orgânica, humidade, textura, materiais de origem, zonas climáticas, natureza dos
minerais (Luís, s/d, p.62).

Já a textura do solo está relacionada com a proporção de tamanho das partículas minerais do
solo. A textura constitui-se no fator mais importante do solo, pois esta característica não pode
ser modificada e determina o valor econômico (Gavande, 1976). A textura do solo é estudada
pela análise granulométrica, a qual permite classificar os componentes sólidos do solo em
classes de acordo com os seus diâmetros, sendo divididos em areia, silte e argila (Kiehl, 1979).
Entretanto, é uma propriedade que interage de forma direta com a retenção e o transporte de
água, estrutura do solo, teor de nutrientes e de matéria orgânica, contribuindo também para os
processos erosivos do solo. (Gomes; Filizola 2006).

Uma das propriedades mais importantes para avaliar a qualidade do solo é a estrutura, que avalia
o arranjo entre sólidos e vazios. A estrutura consiste no arranjo das partículas unitárias de areia,
silte e argila em partículas compostas ou grumos, os quais apresentam características
específicas (Jorge, 1985).
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2.2. Estrutura e Consistência do Solo
A estrutura do solo refere-se à dimensão e disposição das partículas de areia, limo e argila;
poros do solo e a agregação. A atividade da agregação apresenta interação entre os fatores
ambientais relacionados à planta, ao solo e suas propriedades, tais como: composição mineral,
textura, carbono orgânico do solo, processos pedogenéticos, atividade microbiana, capacidade
de troca catiónica, reserva nutricional e disponibilidade de água constantemente apresentada
em situações de estabilidade de agregados (Bronick & Lal, 2005).

Em relação à consistência resistência do solo à penetração, esta normalmente é usada para


avaliar a compactação, pois esse atributo mantém uma relação intrínseca ao crescimento das
plantas. Pode também ser utilizada para avaliar as limitações, desenvolvimento e crescimento
do sistema radicular, mas é possível que ocorram erros em relação à efetiva capacidade das
raízes em exercer a pressão (Araújo et al., 2012).

2.2. Propriedades e atributos que variam com a textura do solo

2.1. Potencial hidrogénico (pH) do solo

O pH do solo, propriedade correlacionada com a acidez, é um importante indicador de suas


condições químicas, pois possui capacidade de interferir na disposição de vários elementos
químicos essenciais ao desenvolvimento vegetal, favorecendo ou não suas liberações (Brandão;
Lima, 2002).

Segundo Luís (s/d) afirma que o pH do solo pode determinar-se em água, colorimetricamente
ou potenciometricamente, agitando-se, para isso, uma porção de solo em água (p.80).

Para esta autor no caso do solo, o pH não constitui um valor constante e característico, sofrendo
inúmeras variações relacionadas, por exemplo, com o teor da água do solo. Portanto, os solos
predominantes nas regiões húmidas são naturalmente ácidos (também podem ser modificados
ou alterados pelo homem). (p.81).

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2.2. A Retenção e Troca de Iões no Solo
Segundo Luís, (s/d) diz que troca iónica é o processo reversível pelo qual iões retidos na
superfície de uma face sólida são permitidos entrar em contacto com outros sem alteração
sensível ou decomposição equivalente de iões em solução de uma face líquida (p.81).

A retenção de iões subforma permutável é uma das propriedades que se verifica em substâncias
que se encontram no estado coloidal. Esta retenção explica-se essencialmente por absorção
electroestática. A partícula coloidal (ião) tem cargas elétricas, o que se comprova pelo
fenómeno de electrofose ou catafose introduzindo os elétrodos ligados a uma bactéria numa
solução coloidal. Idem

Ainda segundo Luís (s/d) descreve que sub influência das correntes eléctricas as partículas
coloidais vão para o eléctrodo negativo ou para o positivo conforme se trate de coloides de
electronegativos e electropositivos respectivamente. Uma parte substancial de argila do solo e
as substâncias únicas propriamente ditas estão em estado coloidal. Solos desenvolvem carga de
um e de outro tipo o que é evidenciado pela propriedade de complexo coloidal de absorver
catiões (cargas positivas) e aniões (cargas negativas) e diminui as cargas positivas de complexos
coloidal do solo, verificando-se o contrário quando o PH diminui.

A troca de catiões e a reação de troca entre quantidade equivalente de catiões absorvidos nas
partículas coloidais do solo e soluções coloidais na água do solo, também há fenómenos de
troca entre os catiões absorvidos das partículas coloidais do solo e catiões das plantas ou catiões
de outras partículas (Luís, s/d, p.81).

2.3. A matéria orgânica (humus) do solo


A matéria orgânica do solo constitui a base fundamental para a produtividade agrícola
sustentável, pois através dos seus efeitos diretos, é capaz de modular as condições químicas,
físicas e biológicas do solo, e consequentemente, a eficiência nutricional, sendo considerada
uma importante indicadora da qualidade do solo. Ela é considerada fonte de nutrientes às
plantas, influencia a infiltração, retenção de água, estruturação e susceptibilidade do solo à
erosão, atua também sobre outros atributos, tais como: capacidade de troca de cátions, ciclagem
de nutrientes, complexação de elementos tóxicos do solo e estimulação da biota do solo
(Conceição et al., 2005; Ungera et al., 1991).

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As influências mais evidentes da materia organica em relação às condições físicas do solo são:
estabilização da temperatura do solo, favorecendo as plantas; aumento da capacidade de
retenção de água no solo, favorecendo o desenvolvimento das raízes, principalmente em regiões
com riscos de veranicos; melhor estabilidade dos agregados e redução do escoamento de água
superficial, diminuindo os riscos de erosão (Conceição et al., 2005). Quanto maior a quantidade
de resíduos orgânicos retornados para o solo, maior a cobertura da superfície do solo e maior a
proteção da estrutura do solo contra perturbações naturais e antropogênicas (Blanco-Canqui &
Lal, 2009).

Segundo Ungera et al. (1991), a cobertura do solo, através da palhada das lavouras, ajuda no
controle da erosão hídrica. Os resíduos na superficie do solo o protegem do impacto direto da
chuva, pois eles dissipam os pingos de chuva, minimizando o desprendimento das partículas de
solo e mantendo, assim, as taxas de infiltração de água favorável, com redução do transporte
das partículas superficiais. A manutenção de resíduos orgânicos na superficie do solo, também
reduz a evaporação e a temperatura do solo, aumentando a infiltração de água no mesmo e
diminuindo o escoamento superficial (Ungera et al., 1991).

A matéria orgânica do solo apresenta capacidade de modificar relações físico-químicas do solo,


alterando a disponibilidade de micronutrientes, aumentando relações entre microrganismos do
solo e sua fauna edáfica Dhaliwal et. al, (2019).

A matéria orgânica do solo é originária de resíduos vegetais e animais que passam por uma
dinâmica de processos físico-químicos. Essa dinâmica resulta em nutrientes que podem ser
absorvidos pelas plantas além de atuar de forma benéfica na estruturação do solo.

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3. Conclusão
Por meio desse trabalho foi possível conhecer as propriedades físico-químicas do solo. Nota-se
também o papel fundamental da matéria orgânica como um indicador de qualidade e seu o seu
controle na erosão do solo. O solo é um recurso natural imprescindível para o desenvolvimento
dos seres vivos e de inúmeras atividades antrópicas.

Portanto, as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo são determinadas pelo processo
geológico de sua formação, origem dos minerais, e sua evolução de acordo com o clima e o
relevo do local, além dos organismos vivos que o habitam.

Contudo, a cor do solo é condicionada pelos seguintes factores: quantidade de matéria orgânica,
humidade, textura, materiais de origem, zonas climáticas, natureza dos minerais.

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Referências bibliográficas
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https://doi.org/10.5777/PAeT.V5.N1.12
Brandão, S. L.; Lima, S. do C. (2002). ph e condutividade elétrica em solução do solo, em áreas
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Bronick, C. J., & Lal, R. (2005). Soil structure and management: A review. Geoderma, 124(1–
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Conceição, P.C.; Amado, T.J.C.; Mielniczuk, J.; Spagnollo, E. (2005). Qualidade do solo em
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Costa, J.B. (2011). Caracterização e Constituição do Solo. Fundação Calouste Gulbenkian
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Dhaliwal et. al. (2019). Dynamics and transformations of micronutrients in agricultural soils as
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Gavande, S. A. (1976). Física del suelos: princípios y aplicaciones. México: Editorial Limusa.
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Gomes, M. A. F., & Filizola, H. F. (2006). INDICADORES FÍSICOS E QUÍMICOS DE
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Jorge, J. A. (1985). Física e manejo dos solos tropicais. Campinas: Instituto Campineiro de
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Kiehl, E. J. (1979). Manual de edafologia. São Paulo: Agronômica Ceres. 262 p. Blanco-
Canqui, H.; LAL, R. (2009). Crop residue removal impacts on soil productivity and
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Luís, António dos Anjos. (s/d). Manual de Curso de licenciatura em Ensino de Geografia – 1o
ano- Pedogeografia. Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino a Distância

10
Santana, D. P., Bahia Filho, A. F. C. (1999). Indicadores de qualidade do solo, Embrapa Milho
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Ungera, P.W.; Stewarta, B.A.; Parrb, J.F.; Singhc, R.P. (1991). Crop residue management and
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