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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Formação da consciência de pessoa na cultura Moçambicana

Jovita Avelino Thenesse - 708210493

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia


Disciplina: Fundamentos de Teologia Católica
Ano de frequência: 2° Ano
Turma: B

Docente: Pe. Victor Makola

Beira, outubro, 2022


Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha de Feedback dos tutores:

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Índice

1. Introdução...............................................................................................................................3

1.2. Objectivos............................................................................................................................4

1.2.1. Objectivo geral..................................................................................................................4

1.2.2. Objectivos específicos......................................................................................................4

1.3. Metodologias........................................................................................................................4

2. Conceito da consciência..........................................................................................................5

2.1. A Formação da consciência.................................................................................................5

2.2. Consciência cultural.............................................................................................................6

Conclusão....................................................................................................................................8

Referências bibliográficas...........................................................................................................9
1. Introdução
O presente trabalho tem como principal objetivo conhecer a formação da consciência de
pessoa na cultura Moçambicana. Por sua vez, Moçambique é um país de grande diversidade
cultural, devido à variedade de línguas presentes no país, que possuem importância regional,
mas não alcance nacional.

No espaço social e cultural, há regras que possibilitam aos indivíduos viver em comunidade;
nesse entendimento, a cultura perpassa todo o cotidiano dos indivíduos, eles se socializam
devido à cultura. Além disso, toda sociedade humana possui uma cultura. A função da cultura,
dessa forma, é, entre outras coisas, permitir a adaptação do indivíduo ao meio social e natural
em que vive. E é por meio da herança, do patrimônio cultural, que os indivíduos podem se
comunicar uns com os outros, não apenas por meio da linguagem, mas também por formas de
comportamento. Isso significa que as pessoas compreendem os sentimentos e as intenções das
outras porque conhecem as regras culturais de comportamento em sua sociedade.

Este estudo foi elaborado no âmbito de avaliação na disciplina de Fundamentos de Teologia


Católica no Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia (Universidade Católica de
Moçambique.

3
1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral

 Compreender a formação da consciência de pessoa na cultura Moçambicana;

1.2.2. Objectivos específicos

 Conceituar consciência;
 Explicar a formação da consciência de pessoa na cultura Moçambicana.

1.3. Metodologias
A metodologia utilizada na realização deste trabalho foi baseada em pesquisas e
levantamentos de materiais bibliográficos através de uma literatura atualizada e especializada
que forneceu subsídios teóricos e confiáveis, como a utilização de revistas, livros, jornais,
revistas e artigos, mediante aplicação de instrumentos de pesquisa com a finalidade de obter
informações precisas na construção e efetivação do presente trabalho.

4
2. Conceito da consciência
Segundo Sapato, Cunlela e Maria (2014) afirmam que a consciência é o núcleo mais secreto e
o santuário da pessoa. Ela não é uma função, mas é a estrutura do ser humano e pode ser
identificada com a essência do ser humano. Ela revela, de modo admirável, a lei do
imperativo categórico8, que se cumpre pelo amor a Deus e ao próximo (GS, 16).“Na
intimidade da sua consciência, a pessoa humana descobre uma lei que ela não impõe a si
mesma, mas a qual se vê obrigada a obedecer. Chamado a amar o bem e a evitar o mal, a voz
da consciência pode, quando necessário, falar-lhe ao coração mais especificamente: faz isto,
evita aquilo. Isto porque o homem tem no seu coração uma lei escrita por Deus. Obedecer a
ela constitui a verdadeira dignidade da pessoa, que será julgada de acordo com tal lei (Cfr.
Rm. 2,15-16).

2.1. A Formação da consciência


De acordo com Sapato, Cunlela e Maria (2014, p.37) salientam que há uma obrigação
absoluta de obedecer a consciência. Por causa disso é importante a formação da consciência.
A consciência é bem formada quando é recta e verídica, quer dizer, quando formula o seu
juízo segundo o bem estabelecido pela sabedoria do criador. Para os crentes, a formação da
sua consciência deve basear-se no ensino diligente da Sagrada Escritura e na doutrina da
Igreja, pois, por Cristo, a Igreja Católica foi constituída mestra da verdade e, por isso, ela tem
a missão de fazer conhecer e ensinar a verdade que é Cristo. Ademais, pela sua autoridade, ela
declara e confirma os princípios morais que dimanam da natureza humana (Concílio Vaticano
II, D.H.,14).

A recuperação da noção de sujeito como pivô não apenas da vida moral, mas também da vida
social e política coincide com o reconhecimento da consciência enquanto último critério de
valoração da conduta pessoal e o baluarte diante de cada poder de afirmação de referências
próprias1. Uma questão marcante na atual cultura, impondo-se como um desafio
civilizacional, é a redução do sujeito a indivíduo e suas consequências, tais como: a falência
de sentido; a reincidência das ideologias e utopias; o triunfo do individualismo e, enfim, o

1
Cf. PIANA, G. (2002). La coscienza nell’attuale contexto culturale. In: Credere Oggi 22, n.
128, p. 6.
5
aparecimento de novas tecnologias, engendrando um crescimento brutal dos poderes do
homem, sujeito e objeto de suas próprias técnicas2.

De um lado a cultura dos “sujeitos bolhas” se impõe como uma saída no contexto da crise de
sentido (niilista). De outro, impõe-se a necessidade de aliar uma reflexão personalista,
proveniente da tradição cristã que valoriza a consciência, sua formação e a responsabilidade
livre do sujeito cristão, diante das decisões a serem tomadas. Trata-se de assimilar a ideia de
complexidade no pensamento, em que se faz um esforço para conceber e refletir o desafio que
o real lança à mente, ao invés de lançar um apressado juízo moral precedido por uma rigorosa
análise objetal.

2.2. Consciência cultural


O conceito de cultura é uma das fundamentais abordagens nas ciências humanas, a ponto de a
Antropologia se distinguir como ciência. Os antropólogos, desde o século XIX, buscaram
declarar os limites de sua ciência por meio da definição de cultura.

Na verdade, a definição da cultura não é uma tarefa fácil. A cultura lembra proveitos
multidisciplinares, sendo estudada em áreas como Administração, Antropologia, História,
Comunicação, Sociologia, Economia, entre outras.

Nesse sentido, Bosi (1996, p. 73) afirma que:


Cultura é o conjunto de práticas, de técnicas, de símbolos e de valores que devem ser
transmitidos às novas gerações para garantir a convivência social.

Nesse sentido, para haver cultura, é necessário antes que exista também uma consciência de
comportamento cooperativo, a partir da vida cotidiana. Assim sendo, nessa perspectiva,
cultura seria aquilo que um povo ensina aos seus descendentes para garantir sua
sobrevivência.

Para poder valorizar a riqueza de cada cultura, sobretudo quando se lida com culturas
diferentes, é necessário ter consciência cultural e fazer constantemente traduções culturais que
2
Cf. Russ, J. (1999). Pensamento ético contemporâneo. São Paulo: Paulus. p. 10. (Coleção
ética).

6
permitam fazer a interpretação dos significados e dos símbolos referida por Geertz (1983).
Oliveira (2010, p.42) refere-se à consciência cultural como “a base da comunicação [que]
envolve a capacidade de nos afastar[mos] da própria identidade cultural construída e
tomar[mos] consciência dos nossos valores culturais, crenças e percepções”.

O modo de viver cristão é devedor de uma longa tradição de leitura e interpretação do que foi
transmitido oralmente e posteriormente redigido em contextos próprios. A tida ‘moral cristã’,
deste modo, carrega uma longa tradição que se fundamenta na leitura e releitura de textos
bíblicos, sobretudo do Novo Testamento, capazes de indicar os valores essenciais e
necessários para se vivenciar o que foi transmitido como fundamento do modo de ser de Jesus
Cristo.

Na teologia da consciência, encontram-se as convicções para a pessoa viver, à luz do


Evangelho o seu chamado de produzir frutos de caridade no mundo12, alegrando-se antes os
cristãos por poderem exercer todas as suas atividades terrenas unindo numa síntese vital todos
os seus esforços humanos, domésticos, profissionais, científicos ou técnicos com os valores
religiosos, sob os quais tudo se ordena para a glória de Deus3.

A consciência assume uma centralidade na comunidade cristã, devido seu embasamento


bíblico, que determina a ação do sujeito que está disposto a seguir os princípios da fé cristã.
Santo Afonso de Ligório é outra referência acerca do tema da consciência. Dentro do seu
contexto, apresenta uma perspectiva moral em que se opõem a todo tipo de ação autoritária
em direção a consciência, diante dos sistemas morais do seu tempo. Seu objetivo é conseguir
apresentar um modelo moral que respeite as exigências do Evangelho, e ao mesmo tempo os
direitos da pessoa.

3
Cf. GAUDIUM ET SPES. (2001). In: Documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II
(1962- 1965). São Paulo: Paulus. n. 43.
7
Conclusão
O tema da consciência adquiriu na cultura contemporânea uma centralidade e afirma-se
enquanto uma referência pela emancipação e o reconhecimento dos direitos individuais da
pessoa. Se na modernidade a noção de progresso e o domínio da natureza humana se tornaram
uma dimensão revolucionário de um processo sem volta, a consciência humana acompanhou
esse itinerário. Tratar hoje acerca da formação da consciência é apresentar uma veia
humanista que possa dar um horizonte de sentido à complexa vida humana. Atualmente, um
dos desafios que afeta o processo humano é a noção de “sujeitos bolhas”, isto é, pessoas
fechadas e anestesiadas em sua capacidade de empatia, alteridade e relação social.

Do ponto de vista ético, é verdade que a cultura da indiferença e do individualismo se impôs


com toda a sua força, gerando polarizações estéreis, radicalismos fanáticos, ódios inflamados,
guerras sem sentido e muitos novos expectadores (“sujeitas bolhas”) dessa impactante
condição. Ao mesmo tempo que nos sentimos mais próximos de todos, pelo rápido avanço
tecnológico, também precisamos reaprender a nos formarmos para relações reais, duráveis e
autênticas. O cristianismo caracteriza-se, por excelência, como um encontro profundo entre
Deus, por meio do seu Filho – Jesus Cristo – e a humanidade frágil, pecadora e necessitada de
conversão

8
Referências bibliográficas
Bosi, A. (1996). Dialética da colonização. São Paulo, Brasil: Companhia das Letras.

Geertz, C. (1983). Local knowledge, Londres, Fontana Press.


Oliveira, K. F. (2010). Como Cooperar na doença mental nos países em desenvolvimento?
Saúde em tradução e cooperação em Timor-Leste, tese de mestrado, Porto, Universidade
Fernando Pessoa.
Sapato, P. R. B., Cunlela, P. F., Maria, I. E. L. (2014). Manuel de Fundamentos de Teologia
Católica. Beira

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