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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA COM HABILIDADES EM


DOCUMENTAÇÃO 1º ANO

CELESTINA ZECA ALVES


LOTE ARMANDO SINGANO

AS FONTES DA HISTÓRIA: UM OLHAR PARA A SUA

IMPORTÂNCIA NO CONTEXTO MOÇAMBICANO

Quelimane
2023
CELESTINA ZECA ALVES
LOTE ARMANDO SINGANO

AS FONTES DA HISTÓRIA: UM OLHAR PARA A SUA IMPORTÂNCIA


NO CONTEXTO MOÇAMBICANO

Projecto aparentado ao curso de Licenciatura de em Ensino


de História da Faculdade de Educação.

Quelimane
2023
Sumário
CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1. Introdução................................................................................................................3

1.1. Delimitação do Tema............................................................................................4

1.2. Problematização...................................................................................................4

1.3. Objectivos.............................................................................................................4

1.3.1. Geral.................................................................................................................. 4

1.3.2. Específicos........................................................................................................ 4

1.4. Hipóteses..............................................................................................................5

1.5. Justificativa........................................................................................................... 5

CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA

2. Contextualização de Conceitos...............................................................................6

2.1. As fontes da História.............................................................................................6

2.2. Tipos de Fontes da História..................................................................................7

2.2.1. Fontes Orais...................................................................................................... 7

2.2.2. Fontes Materiais................................................................................................ 7

2.2.3. Fontes Escritas..................................................................................................7

2.2.4. Fontes Arqueológicas........................................................................................8

2.3. Importância das Fontes da História......................................................................8

CAPITULO III: METODOLOGIA

3. Descrição da área de estudo.................................................................................10

3.1. Tipo de pesquisa................................................................................................ 10

3.1.1. Quanto a natureza...........................................................................................10

3.1.2. Quanto a abordagem.......................................................................................10

3.1.3. Quanto aos objectivos.....................................................................................11

3.1.3.1. Exploratória...................................................................................................11
3.1.4. Quanto aos procedimentos técnicos................................................................11

3.2. Universo Populacional e Participantes...............................................................11

3.2.1. Universo Populacional.....................................................................................11

3.2.2. Participantes....................................................................................................11

3.3. Técnicas de Colecta de Dados...........................................................................12

4. Cronograma de Actividades...................................................................................13

5. Referências bibliográficas......................................................................................14
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CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1. Introdução

O presente estudo tem como objectivo estudar as Fontes da História: Um


olhar para a sua importância no contexto Moçambicano. Porém as fontes das
Histórias são documentos de fundamental importância para a realização do trabalho
do historiador. Esse profissional é o responsável por produzir o conhecimento sobre
o passado humano, sendo que esse trabalho só é possível por meio da análise e do
estudo minucioso das fontes históricas. Esse trabalho de análise das fontes só é
possível mediante métodos que orientam o historiador.

Então os historiadores divergem bastante entre si a respeito do que fazem,


sendo que alguns entendem que o historiador reconstrói o passado, outros afirmam
que ele reconta o passado, enquanto outros entendem que esse profissional
interpreta o passado de acordo com aquilo que ele tem ao seu alcance. Essa
interpretação do passado se dá por meio dos vestígios que permaneceram de
tempos passados até a actualidade. Esses vestígios são o que nós chamamos de
fontes da História ou documentos históricos.

Uma das discussões a levar em conta quando se trata de pesquisa social em


África são a tradição oral e as fontes orais. De modo particular, as sociedades da
África Austral são predominantemente de tradição oral. Em Moçambique, assim
como em outros países da região, tais fontes constituem o principal instrumento de
comunicação e de pesquisa. A escrita á ainda um privilegio dos grandes centros
urbanos, o que não quer dizer que as cidades estejam isentas da tradição oral.

O trabalho apresenta uma estrutura de três (3) capítulos, onde o primeiro


capítulo aborda aspectos relacionados com a introdução do trabalho em estudo, o
segundo capítulo faz-se a revisão de literatura sobre o tema através de consulta
bibliográfica, o terceiro capítulo fala acerca das metodologias que serão usadas para
a efectivação do trabalho.
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1.1. Delimitação do Tema

O presente pesquisa tem como tema “as Fontes da História: Um olhar para a
sua importância no contexto Moçambicano”. A pesquisa será realizada na província
da Zambézia, Cidade de Quelimane. O tema enquadra-se na seguinte linha de
pesquisa: História de Moçambique: história pré-colonial, colonial e pós-colonial.

1.2. Problematização

No continente africano, particularmente Moçambique a história é ainda hoje


um mistério devido as imensas dificuldades que caracteriza a escrita desta história,
optando pela utilização das fontes da história, ainda assim essas fontes da história
pouco são usadas pela nossa sociedade para a construção da nossa história,
desconhecido são os motivos dessa fraca utilização destas fontes mesmo sabendo
que são as mais viáveis para a história de Moçambique. Para a história da luta de
libertação nacional as fontes orais são as que deveriam ser utilizadas, pois os
momentos vivenciados, as práticas e outros aspectos desta, estão na memória dos
combatentes.

Porém não se faz sentir a utilização destas fontes sob forma de extrair certas
informações que ainda estão contidas nas memórias passadas. Dado a esses factos
coloca-se a seguinte questão:

Quais são os impactos das fontes da História na construção da história de


Moçambique?

1.3. Objectivos

1.3.1. Geral

a) Estudar as Fontes da História: Um olhar para a sua importância no contexto


Moçambicano.

1.3.2. Específicos

a) Identificar a utilidade das fontes da história na construção da história de


Moçambique;
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b) Descrever a importância das fontes da história na construção da história de


Moçambique;

c) Traçar estratégias da utilização das fontes da história na construção da


história de Moçambique.

1.4. Hipóteses

H0: Utilizar a fonte da história como técnicas ou estratégias pois são ferramentas e
formas na produção de conhecimento e de construção da História de Moçambique é
positivo.

H1: Utilizar a fonte da história como técnicas ou estratégias pois são ferramentas e
formas na produção de conhecimento e de construção da História de Moçambique é
negativo.

1.5. Justificativa

A escolha deste tema surge pela constatação da fraca utilização das fontes
da história na construção da história de Moçambique. O nosso país tem uma história
muito oculta, que precisa de ser decifrada, com tudo isso este tema irá melhorar a
utilização das fontes da história.

Na sociedade, as fontes da história são importantes para a sociedade porque


permitem que as pessoas compreendam suas origens, identidade e cultura. Elas
ajudam a preservar a memória colectiva e a transmitir conhecimento às gerações
futuras. Além disso, as fontes históricas podem ser usadas para informar políticas
públicas e tomar decisões importantes para o futuro.

Devido a várias situações presenciadas no processo da construção da história


de Moçambique, prendeu-se a necessidade de escolher para compreender “as
fontes da História: um olhar para a sua importância no contexto Moçambicano, pois
este tema poderá trazer o avanço do desenvolvimento político e social do país, sem
se esquecer da estabilidade democrática.
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CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA

2. Contextualização de Conceitos

2.1. As fontes da História

As fontes ou documentos são indispensáveis para a sistematização de todo


conhecimento histórico. O trabalho de identificação, do uso e a interpretação das
fontes são elementos constituintes do carácter e da qualidade da pesquisa histórica.
As fontes não falam por si, como afirmam os positivistas, mas são, de facto, os
vestígios, as testemunhas e manifestam as acções do homem no tempo, por isso
respondem como podem por um número limitado de factos.

De acordo com Saviani (2004), explica que as fontes estão na origem,


constitui o ponto de partida, a base, o ponto de apoio da construção historiográfica
que é a construção, no plano do conhecimento, do objecto histórico estudado.
Assim, as fontes históricas não são a fonte da história, ou seja, não é delas que
brota e flui a história. Elas, enquanto registos, enquanto testemunhos dos actos
históricos, são a fonte do nosso conhecimento histórico, isto é, é delas que brota, e
nelas que se apoia o conhecimento que produzimos a respeito da história.

Segundo Lombardi (2004), diz que, as fontes resultam da acção histórica do


homem e, mesmo que não tenham sido produzidas com a intencionalidade de
registar a sua vida e o seu mundo, acabam testemunhando o mundo dos homens
em suas relações com outros homens e com o mundo circundante, a natureza, de
forma que produza e reproduza as condições de existência e de vida.

Cabe, portanto ao pesquisador a tarefa de localizá-las, seleccioná-las e


interrogá-las. O sucesso da empreitada vai depender da qualidade das perguntas
que forem feitas aos documentos.

Para Ragazzini (2001), afirma que a fonte é uma construção do pesquisador,


isto é, um reconhecimento que se constitui em uma denominação e em uma
atribuição de sentido; é uma parte da operação historiográfica. Por outro lado, a
fonte é o único contacto possível com o passado que permite formas de verificação.
Está inscrita em uma operação teórica produzida no presente, relacionada a
projectos interpretativos que visam confirmar, contestar ou aprofundar o
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conhecimento histórico acumulado. A fonte provém do passado, é o passado, mas


não está mais no passado quando é interrogada. A fonte é uma ponte, um veículo,
uma testemunha, um lugar de verificação, um elemento capaz de propiciar
conhecimentos acertados sobre o passado.

Então para Bloch (2001), salienta que as fontes históricas são então os itens
materiais e imateriais ou mesmo vestígios desses itens (uma vez que muita coisa do
passado sobreviveu ao tempo apenas de maneira parcial) que remetem a um certo
passado humano. É por meio delas que os historiadores reconstituem e interpretam
os acontecimentos do passado. Isso porque, de acordo com o historiador Marc
Bloch, tudo que o homem produziu, material ou imaterial, pode fornecer informações
sobre ele.

2.2. Tipos de Fontes da História

2.2.1. Fontes Orais

As fontes históricas orais referem-se aos materiais que pessoas produziram


de forma oral. São exemplos desse tipo de fonte: entrevistas, gravações, relactos e
histórias que pessoas contam sobre algum acontecimento (Bloch, 2001).

Nesse tipo de fonte, pode-se incluir também as lendas e os mitos, que uma
geração passa para a outra.

2.2.2. Fontes Materiais

As fontes materiais referem-se aos vestígios físicos das actividades de


pessoas humanas. Por exemplo: roupas, móveis, utensílios e ferramentas (Bloch,
2001).

2.2.3. Fontes Escritas

As fontes históricas escritas são todos os vestígios escritos que pessoas


produziram em épocas passadas. Há algum tempo, as fontes histórias escritas
compreendiam apenas os documentos oficiais. Isso significava apenas os
documentos que o Estado ou Governo emitiu (Bloch, 2001).
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No entanto, com o passar do tempo, surgiram outros tipos de documentos


importantes para traduzir a época. É o caso das revistas, dos jornais, das cartas, dos
livros e dos diários. Exemplo: cartas, discursos, leis, livros, entre outros.

2.2.4. Fontes Arqueológicas

Fontes arqueológicas como fonte histórica são aquelas encontradas por


arqueólogos, como restos de objectos, roupas e peças de cerâmica da Antiguidade
e de outros períodos (Bloch, 2001).

2.3. Importância das Fontes da História

Segundo Barros (2013), as fontes históricas são essenciais para o historiador


realizar o seu trabalho. Esse trabalho do historiador nos ajuda a entender um pouco
da nossa realidade e só é possível a partir desses vestígios, que são chamados
de fontes históricas, também conhecidas como documentos históricos.

Para Bloch (2001), as fontes da história são fundamentais para o estudo e


compreensão do passado, pois são por meio delas que podemos ter acesso a
informações sobre os acontecimentos, costumes e comportamentos de determinada
época. As principais fontes históricas são os documentos escritos, como cartas,
diários, registos oficiais, jornais e livros; as fontes materiais, como objectos,
monumentos, edifícios e obras de arte; as fontes orais, como relatos de testemunhas
ouvidas directamente ou registados em áudio ou vídeo; e as fontes audiovisuais,
como filmes, fotografias e gravações sonoras. Cada tipo de fonte tem suas próprias
características e limitações, e é importante que o historiador saiba avaliar
criticamente sua confiabilidade e veracidade para construir uma narrativa histórica
mais precisa e completa.

As fontes da história são essenciais no processo de ensino e aprendizagem,


pois permitem que os alunos tenham contacto directo com o passado e possam
compreender melhor como as sociedades se desenvolveram ao longo do tempo. O
uso de fontes históricas em sala de aula ajuda a tornar o aprendizado mais concreto
e significativo, pois incentiva os alunos a analisarem diferentes tipos de documentos,
objectos e imagens para construir uma interpretação própria sobre determinado
tema ou período histórico (Ragazzini, 2001).
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Além disso, as fontes históricas também contribuem para o desenvolvimento


de habilidades como análise crítica, pesquisa e argumentação, que são
fundamentais para a formação dos estudantes como cidadãos críticos e conscientes
(Ragazzini, 2001).
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CAPITULO III: METODOLOGIA

3. Descrição da área de estudo

A Cidade de Quelimane está situada junto ao rio dos Bons Sinais, a cerca de
20 km do Oceano Índico. É limitada geograficamente pelo distrito de Nicoadala, a
noroeste e Inhassunge a Sul. Dada esta localização geográfica, na zona costeira, a
comercialização marítima e a pesca é uma das suas principais actividades
económicas.

3.1. Tipo de pesquisa

3.1.1. Quanto a natureza

A pesquisa ira se enquadrar na pesquisa básica, pós, como afirma Gil (1999),
este tipo de pesquisa, tem por objectivo “gerar conhecimentos novos, úteis para o
avanço da ciência sem aplicação prática prevista, envolve verdades e interesses
universais.”. Com a pesquisa pretende-se gerar novos conhecimentos científicos,
mas a sua aplicação de ponto de vista prático.

3.1.2. Quanto a abordagem

Quanto a abordagem esta pesquisa é mista. Segundo Creswell (2003), a


abordagem mista é quando dados qualitativos e quantitativos são colectados e
analisados para estudar um fenómeno num único trabalho.

A opção pela abordagem mista surge da preocupação com os problemas de


uso das fontes da história, estando identificada com a característica da pesquisa
qualitativa e quantitativa, que está voltada para os problemas relacionados a História
de Moçambique.

Neste caso, destacam-se as etapas de colecta de dados reais, execução de


experimentos e análises e, posteriormente, interacção com o sistema real, de forma
a interferir no mesmo baseando-se nos resultados obtidos o que significa traduzir em
números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las, com ajuda do
pacote Microsoft Excel que permitira a produção de gráficos dos dados colhidos por
meio de questionário e entrevista.
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3.1.3. Quanto aos objectivos

3.1.3.1. Exploratória

Com este método pretende-se utilizar técnicas padronizadas de colecta de


dados, tal como o questionário que vão auxiliar no levantamento das opiniões dos
participantes do estudo. Pois pretende-se buscar maior familiaridade com o
problema de pesquisa.

3.1.4. Quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos pode-se considerar a pesquisa como


sendo de campo e bibliográfica. Quanto aos seus procedimentos técnicos esta
pesquisa é bibliográfica porque é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos e textos retirados da Internet.

Na pesquisa bibliográfica, é importante que o pesquisador verifique a


veracidade dos dados obtidos, observando as possíveis incoerências ou
contradições que as obras possam apresentar.

3.2. Universo Populacional e Participantes

3.2.1. Universo Populacional

Segundo Gil (1991), universo é "o conjunto de fenómenos, todos os factos


apresentando uma característica comum". Consistira universo da presente pesquisa
40 participantes do estudo.

3.2.2. Participantes

Segundo Gil (1991) "amostra é uma parte do universo escolhida segundo


algum critério de representatividade".

Do universo ira se trabalhar com uma amostra de 20 participantes da


Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN), sendo 5
Funcionários da ACLLN e 15 Filiados da ACLLN.

.
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3.3. Técnicas de Colecta de Dados

Neste âmbito tomando em consideração o tipo de pesquisa, o problema, os


objectivos, as hipóteses, o universo e a população alvo usara-se as seguintes
técnicas de pesquisa:

a) Técnica de Pesquisa bibliográfica: Considerada mãe de toda pesquisa,


fundamenta-se em fontes bibliográficas; ou seja, os dados são obtidos a partir
de fontes escritas, portanto, de uma modalidade específica de documentos,
que são obras escritas, impressas em editoras, comercializadas em livrarias e
classificadas em bibliotecas;

b) Técnica de entrevista: Esta constitui uma técnica para colectar dados não
documentados sobre determinado tema. É uma técnica de interacção social,
uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca obter
dados, e a outra se apresenta como fonte de informação. Onde serão
elaborados dos guiões de entrevista para os funcionários e filiados da ACLLN.
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4. Cronograma de Actividades

Meses/2023
Actividades
Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro
Escolha de
tema
Levantamento
Bibliográfico
Elaboração do
projecto
Entrega do
projecto
Apresentação
nas Jornada
Científicas
Trabalho do
campo
Análise e
interpretação
dedos dados
Entrega do
trabalho final
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5. Referências bibliográficas

Barros, J. D. (2013). Fontes Históricas: revisitando alguns aspectos primordiais para


a Pesquisa Histórica. São Paulo, Brasil.

Bloch, M. (2001). Apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro:


Zahar.

Creswell, F. (2003). Fundamentos de metodologia. 3ª ed. São Paulo: Saraiva.

Gil, A. (1991). Métodos e técnicas de pesquisa social, 5ª ed. atlas editor: São Paulo.

Lombardi, J. C. (2004). Fontes, História e Historiografia da Educação. Campinas:


Autores Associados.

Ragazzini, D. (2001). “Para quem e o que testemunham as fontes da história da


educação?”. In: Educar em revista. n. 18. Curitiba: Editora UFPR.

Saviani, D. (2004). “Breves considerações sobre fontes para a história da educação.


Fontes, História e Historiografia da Educação. Campinas: Autores
Associados.

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