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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Educação

Nome: Agostinho Williamo código:

Curso:

Disciplina: Didática Geral

Ano de frequência

Chimoio, Abril, 2020

1
Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Pontuação Nota
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa
 Índice
Estrutura Aspectos  Introdução
organizacionais  Discussão
 Conclusão
 Bibliografia
 A educação em
Moçambique
Introdução  Geral:
 Especificos:
 Investigativa (pesquisa
bibliograficas)
Conteúdo

Análise e

discussão  Revisão bibliográfica


Nacional e Internacional


Exploração dos dados
Conclusão 
Contributos teóricos
práticos
 Paginação: fim da pagina,
simples. Tipo: Times New
Aspectos Formatação Roman e tamanho de
gerais letra:12, paragrafo,
espaçamento entre linhas:
1,5
Referências Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
edição em citações/referências
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Índice

Folha de Feedback...........................................................................................................2
Introdução........................................................................................................................4
Objetivos.......................................................................................................................... 5
Geral:............................................................................................................................ 5
Específicos:...................................................................................................................5
Educação.......................................................................................................................... 6
1-Educação formal...................................................................................................6
2-Educação não formal............................................................................................6
3-Educação informal................................................................................................6
Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica.................................................... 7
As principais categorias pedagógicas............................................................................ 8
Cientificidade da Pedagogia.........................................................................................13
A especificidade da Didática.........................................................................................13
Didática – suas relações com a Pedagogia e outras ciências......................................23
Processo de ensino-aprendizagem – origem e desenvolvimento histórico...............28
A origem e evolução do PEA........................................................................................ 33
Características do Processo de Ensino-Aprendizagem..............................................34
Carácter educativo do processo de ensino-aprendizagem.........................................36
Relação dialéctica e fundamental do processo de ensino-aprendizagem.................38
As tarefas do professor e do aluno na relação dialéctica entre eles e as razões que
podem ocasionar a desproporção entre o ensinado e o aprendido pelos alunos numa
aula..................................................................................................................................40
Conclusão.......................................................................................................................44
Bibliografia.................................................................................................................... 45

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Introdução
O presente trabalho de pesquisa aborda acerca da Educação. Portanto veremos o conceito da
educação, e com base nas ideias de alguns autores que falam sobre esses termos.

A educação e a arte de ensinar utilizando um conjunto de regras e técnicas de ensino ou


seja, e a ciência de ensinar.

A didática em moçambique usada pelos antepassados, era uma forma de transmitir


conhecimentos aos alunos sempre com o intuito de aplicar conteúdos, fórmulas e receitas,
onde a preocupação dos mestres era de cumprir com conteúdo proposto para mostrar
serviço e manter o seu emprego garantido. Era exigido a qualificação dos docentes pois

era valorizado o conhecimento e a sua competência, o respeito e a capacidade de


transmissão de conteúdos, assim aplicado pelos jesuítas que também era considerados
como educadores do passado. Hoje a educação mudou os docentes estão cada vez mais
preocupados em qualificar-se, fazendo pós-graduações, mestrados,

doutorados e outros. Tudo isso graças as exigências impostas pelas tecnologias


apresentadas pelo mercado internacional. Parte dos professores ainda não estão
conseguindo acompanhar as tecnologias, ou premassem com a mesma maneira de
ensinar de alguns anos atras sempre acomodados e culpando a ma qualidade da
educação por falta de recursos, sendo que deveriam ser mais criativos.

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Objetivos

Geral:

Específicos:

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Educação
A palavra “Educação”, em português, vem de “Educar”, a origem desta, por sua vez, é
do Latim EDUCARE que é uma derivado de EX, que significa “fora” ou “exterior” e
DUCERE, que tem o significado de “guiar”, “instruir”, “conduzir”. Ou seja, em latim,
educação tinha o significado literal de “guiar para fora” e pode ser entendido que se
conduzia tanto para o mundo exterior quanto para fora de si mesmo. ARANHA 1993

Assim, o termo é empregado no sentido de preparar as pessoas para viverem em


sociedade, ou seja, conduzi-las para fora de si mesmas, mostrando as diferenças que
existem no mundo.

Com base nessa definição, pode-se resumir o conceito como a ação pela qual um emissor
transmite conhecimento ao preceptor, com o objetivo de desenvolver suas capacidades
cognitivas e físicas para que possa participar plenamente da sociedade que o rodeia.

Neste contexto, a educação pode ser também definida como a transmissão dos valores e
conhecimentos acumulados de uma sociedade.

Tipos de educação segundo CARLOS BRANDÃO 2008

1-Educação formal

É aquela que e guiada por um currículo regulamentado e leva o aluno a obter uma
credencial reconhecida. Os professores são treinados como profissionais e suas carreiras
também seguem padrões legais.

2-Educação não formal

Possui maior flexibilidade e pode ou não ser guiada por um currículo formal. Esse tipo
de educação pode ser liderado por um professor qualificado, por um tutor ou até por
uma pessoa com mais experiência e não resulta em um grau ou diploma formal.

3-Educação informal

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Não há currículo formal nem credenciamento. O transmissor do conhecimento
geralmente é uma pessoa com mais experiência, como pais, avós ou amigos. Esse tipo
de educação também pode ser adquirido por meio da internet, de livros e de músicas.

Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica

Pedagogia é a ciência que tem como objeto de estudo a educação, o processo de ensino
e a aprendizagem. O sujeito é o ser humano, enquanto educando

A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga e vem das palavras: "paidos" ("da
criança") e "agein" ("conduzir").

Relação entre Pedagogia com a Didática

As duas estão diretamente relacionadas.

A Pedagogia é uma ciência que se encarrega de promover a Educação


(ensino/aprendizagem).

A Didática é o meio desenvolvido pela Pedagogia pra isso, ou seja, são técnicas para
que haja ensino/aprendizagem; a Educação é o processo do qual a Pedagogia se
encarrega, através da Didática.

A didática atua como uma ferramenta crucial para o processo de aprendizagem do


indivíduo.

Os Fundamentos Humanos da Didática

A palavra didática vem da expressão grega (techné didaktiké), que se pode traduzir
como arte ou técnica de ensinar.A didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos
métodos e técnicas de ensino, destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria
pedagógica. A didática estuda os diferentes processos de ensino e aprendizagem.

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O Educador Jan Amos Komenský, mais conhecido por Comenius, é reconhecido como o
pai da didática moderna, e um dos maiores educadores do século XVII. A didática se
configura simultaneamente em ensino e aprendizagem, ela pode ser pensada a partir do
ensino, panejamento e avaliação. Vincula-se a reflexão do modo de ensinar e aprender
situado historicamente.

A didática, segundo Libâneo (2012), tem como objeto de estudo o processo de ensino-
aprendizagem, tendo em vista a apropriação das experiências humanas e sociais e
historicamente desenvolvidas.

A Didática é um ramo da ciência pedagógica que tem como objetivo ensinar métodos e
técnicas que possibilitem a aprendizagem do aluno por parte do professor ou instrutor.

Os elementos da ação didática são:

 O professor
 O aluno
 A disciplina (matéria ou conteúdo)
 O contexto da aprendizagem
 As estratégias metodológicas

As principais categorias pedagógicas

A pedagogia como ciência e técnica de educar o homem, desenvolve com base nas suas
categorias.

As suas manifestações constituem conceitos precisos de acordo com as conformidades


da sua natureza.

Pedagogia e o campo de conhecimento que se ocupado estudo cientifico da educação.

Deste modo podemos destacar as seguintes categorias:

1- Educação

2- Auto- Educação

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3- Instrução

4- Auto- Instrução

5- Ensino

As diferentes categorias pedagógicas.

Educação- o termo educação tem sua origem do latim educare que sigifica alimentar,
criar.

Este verbo expressa, portanto, a ideia de que a educação e algo externo, concedida a
alguém.

A educação, pela sua caraterística fundamental e o desenvolvimento∕ formação de


comportamento, atitude e convicções, isto e, aforação de traços ∕sinais da personalidade.

A educação e um processo que visa o desenvolvimento nos homens nos aspetos morais
intelectual, físico e a sua inserção na sociedade.

Existem três (3) tipos de educação a saber:

 Formal
 Não- formal
 Informal

Educação Formal- estruturada, organizada, planeada intencionalmente, e sistemática.


Ocorre no espaço da escola, são instituições regulamentadas por lei certificadoras,
organizadas segundo diretrizes nacionais. GOHN 2003.

Educação não formal são programas educacionais que não conduzem a obtencao se grau
académico ou ocupacionais, com certo grau de sistematização e estruturação. Realiza-se
fora do sistema escolar, embora por vezes em estipulo escolar.

Educação Informal- corresponde a ações e influencia exercidas pelo meio, pelo


ambiente sociocultural que se desenvolvem, pelo maio das relações dos indivíduos e

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grupos com seu ambiente social, humano, ecológico e físico. E fornecida por grupos
sociais através de experiencias não intencionalmente organizadas.

A educação infantil pode definir-se como tudo que aprendemos mais ou menos
espontaneamente a partir do meio em que vivemos, dos livros que lemos, da televisão
que vemos, da multiplicidade de experiencias que vivemos quotidianamente.

Auto - Educação- e uma tarefa que impõe o desenvolvimento intelectual que lhe
permite usar a razão e o descendimento para distinguir o certo do erro.

Não existe educação sem auto - educação.

Muitas pessoas ficam reclamando da vida, desesperadas, dizendo que são ignorante, que
não entendem nada, isto e, consequência da falta da educação. Não estamos falando da
educação sistemática, profissional, mas de uma qualidade de educação mais normal,
vital que funciona 24 horas. A maioria dos lideres que deixaram uma relação histórica
mais importante não estudaram.

A pessoa mais valorizada pouco estudou nas escolas do sistema, exemplo Jesus Cristo,
então o estudo não esta relacionado apenas como interesse profissional, externa. A
super valorização da educação formal, independente e um erro grave. A educação
interna, a auto- educação são as principais.

Não existe educação sem a auto- educação, sem educação por si próprio, a qualidade de
educação que nos precisamos esta baseada no diálogo, nos relacionamentos, a
experiencia. ela e efetiva, ratica e facil.

A auto- educação e viver, sonhar, dialogar e relacionar-se, ele e muito económico.

A auto- educação e um trabalho individual consiste a sua formação em si. Forma-se


qualidades, traços individuais e formas de comportamento selecionados individualmente.

Exemplo: um aluno quando tem de fazer um seminário independente para o dia seguinte, da
o seu máximo nos estudos porque tem que mostrar as suas qualidades, tem que etar
consciente porque encontra-se sozinho com o dever de convencer o auditório e o docente.

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Instrução- e o processo e o resultado da apropriação pelos alunos, do sistema de
conhecimentos científicos, habilidades, experiencias cognitivas, na base das quais se
formam a concepção do mundo as qualidades morais.

Instrução e a transmição de conhecimentos, capacidades, habilidades, podemos também


defini-la como sendo o processo e o resultado da assimilação de conhecimentos
sistemáticos, assim como das ações e procedimentos inerrantes a eles.

Pela instrução forma-se também forcas criativas e se desenvolvem as qualidades


intelectuais constituindo o especto da educação que compreende os sistemas dos valores
científicos, culturais e acumulados pela humanidade. A instrução não diretamente um
processo educativo.

A instrução deve ser considerada como uma das melhores formas de aperfeiçoar e
otimizar o processo educativo, oque e diferente (Mediação e desenvolvimento das
capacidades e habilidades cognitivas).

Ao falarmos de instrução, no processo de formação humana, estamos nos posicionando


principalmente do lado do desenvolvimento no individuo da instrução que quer dizer,
deixarmos de parte o saber ser (atitudes, valores, convicções) assim como o saber estar
(comportamentos e hábitos) que são também importantes para conseguir o
desenvolvimento integral do homem.

Auto- instrução- pressupõe o trabalho individual ligado a assimilação do saber no


campo de interesse pessoal.

Parte da influência da informação dos meios de ensino do ambiente circundante.

Exemplo: a escolha individual de um ídolo e a imitação das suas características.

Concluindo podemos dizer que o desenvolvimento da pessoa depende de processos


internos e externo, dirigidos e espontâneos.

Este tipo de procedimentos podem ser utlizado para crianças a ter maior controlo sobre
atividades que precisam realizar, assim como podem fornecer a si mesmo, auto-
instrução n sentido de controlar o seu comportamento agressivo.

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Exemplo: um individuo que vai fazer exame na escola de condução sem ter sentado na
cadeira de tal escola para ser instruído, tendo estudado individualmente em casa.

Ensino – e o processo de cooperação aluno-professor, no qual se realiza a instrução, a


educação e o desenvolvimento intelectual da pessoa. Como o processo de cooperação, o
processo passa a se chamar de ensino-aprendizagem.

Ensino e o principal meio e facto da educação. Ensino e o campo principal da instrução


e educação.

Pode se educar em instruir, e instruir se em educar.

Também podemos definir ensino como forma sistemática de transmissão de


conhecimento utilizados pelos homens, com objetivo de instaure educar, geralmente
ocorre em local reconhecidos tais como: escola, creches.

O ensino corresponde a ações, meios e condições para a realização da instrução.

Existem relações de subordinação entre instrução e educação, o processo e o resultado


da instrução são orientados para o desenvolvimento das específicas da personalidade. A
instrução mediante o ensino tem resultados formativos quando confere para o objetivo
educativo, isto e quando os conhecimentos, habilidades e capacidades propiciados pelo

ensino se tornam princípios regulares da ação humana, em convicções e atitudes reais


frente a realidade. Há pois uma unidade entre educação e instrução, embora sejam
processos diferentes, pode se instruir sem educar e educar sem instruir, pós conhecer
conteúdos de uma matéria, conhecer os princípios morais e normas de conduta, não leva

necessariamente a pratica-los, isto e, a transforma-los em convicções e atitudes efetivas


frente aos problemas e desafios da realidade. Ou seja objetivo educativo não e um
resultado natural e colateral do ensino, devendo se supor parte do educador um
propósito intencional e explicito de orientar a instrução e o ensino para objetivos
explicativos. Cumpre acentuar, entretanto que o ensino e o principal meio e fator da
educação-ainda que não e o único e, por isso, destaca-se como campo principal da
instrução e educação pois educação escolar referimo-nos ensino.

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O ensino e que permite como e onde acontece educação e instrução.

Cientificidade da Pedagogia

O objeto de estudo da Pedagogia.

Pedagogia é a ciência que tem como objeto de estudo a educação, o processo de ensino
e aprendizagem. O sujeito é o ser humano enquanto educando.

O objeto de estuda da pedagogia a educação, o processo de ensino e a aprendizagem.

As principais causas da dificuldade imposta a Pedagogia na sua cientificidade

Em relação às dificuldades de aprendizagem, é preciso transformar esses educandos


rotulados como incapazes ou fracassados, em indivíduos motivados, ativos e
participativos com um bom rendimento escolar. Sendo um desafio tanto para a escola
quanto para educadores.

É importante observar no contexto escolar que DA (Dificuldade de Aprendizagem),


vem preocupando e atingindo os educandos de forma a não interferir somente no
processo de aprendizagem, mas em todos os aspetos, especialmente no social, sendo
diagnosticados de maneira tardia.

Os educandos que apresentam dificuldades na aprendizagem, não têm uma


compreensão em relação aos métodos como os demais, de forma que o educador
perceba e utilize metodologias e atividades diferenciadas, possibilitando um melhor
desenvolvimento desse aluno.

No entanto, cada criança apresenta individualidades e aprendem em momentos e formas


diferentes, cabendo ao educador utilizar métodos diferenciados. Braga (2003, p. 69)
entende que: “Educar exige competência, criatividade, audácia, paixão, arte. Espírito
inovador, além do domínio das condições histórico/social, filosófico e psicológico”.

A especificidade da Didática

Objeto de estudo da Didática


O objeto de estudo da Didática é o processo de ensino, que inclui os conteúdos dos

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programas e dos livros didáticos, os métodos e formas organizativos do ensino,
as atividades do professor e dos alunos e as diretrizes que regulam e orientam
esse processo.

A origem etimológica da palavra Didática

A palavra Didática deriva-se da palavra grega didactos, que significa “instrução”. Quer
dizer, visto deste modo, a Didática desenvolveu-se como a teoria de instrução. Em sua
Didática Magna, Coménio (veja no fim da unidade texto complementar sobre vida e
obra de Coménio) qualifica Didática como a “arte de instruir.”

A importância do estudo da Didática na formação de professores

O professor possui uma relevância muito magnífica, pois tem a capacidade de


transformar as vidas dos seus alunos, através da educação. É indispensável que o
docente tenha a disciplina de Didática em sua formação acadêmica, é necessário que o
discente tenha ciência dos diferentes tipos de tendências pedagógicas, que poderá
resultar no processo do bom funcionamento do ensino aprendizagem.

A didática é responsável por estudar os processos de aprendizagem e ensino, através de


técnicas e métodos, o educador constrói o conhecimento, possibilitando o aprendizado
dos alunos.

Evolução histórica da didática

A evolução da didática, a partir dos trabalhos de Ratke e Comênio, foi lenta, se


comparada com outras ciências. Uma causa fundamental, já foi mencionada, era que os
estudos sempre focalizavam, indistintamente, instrução, ensino e educação como se
fossem fenômenos de uma mesma essência.

Assim, a Pedagogia foi ganhando forças como ciência particular, se separando aos poucos
da filosofia e da teologia, e deixando a didática como uma simples disciplina técnica. Foi,
por isso que as histórias da Pedagogia e da Didática se misturam no tempo. Quando se
estuda a História da Filosofia e da Teologia, necessariamente se faz referências a
pedagogos. Quando se estuda a História da Pedagogia se refere a Teólogos e Filósofos,
entre outros. Algo similar acontece, quando contamos a História da Didática.

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No século XVIII, Jean Jacques Rosseau propôs uma concepção de ensino baseada em
um novo conceito de infância. Depois de Ratke e Comênio, Rousseau foi o outro grande
didata que surgiu. Por ser, também, um grande pedagogo, ajudou a revolucionar a
Didática. Não se pode considerar um sistematizador do ensino, mas sua obra dá origem,
de modo marcante, a um novo conceito de infância e sua relação direita com o ensino.

A prática das ideias de Rousseau foi empreendida, entre outros, por Henrique
Pestalozzi, que em seus escritos e atuação dá dimensões sociais à problemática
educacional. O aspeto metódico da Didática encontra-se, sobretudo, em princípios, e
não em regras, transportando-se o foco de atenção às condições para o desenvolvimento
harmônico do discente. Rosseau considerava que a valorização da infância está
carregada de consequências para a pesquisa e a ação didática.

No século XIX, João Frederico Herbart destaca-se no plano didático por defender a idéia da
"educação pela instrução". Como didata estabeleceu quatro passos didáticos, que são
essências no processo de ensino, ainda hoje. Naturalmente que já sofreram variações e
aperfeiçoamento, mas a essência é a mesma desde seu descobrimento. O primeiro passo
é a apresentação da matéria nova. O segundo passo é a associação entre as idéias antigas
e as novas; o terceiro, a sistematização do conhecimento com vista à generalização; e o
último a aplicação do conhecimento.

Para alguns estudiosos, Herbart é o pai da Pedagogia; pois teve por mérito torná-la,
Segundo Castro (2008, p. 17) "o ponto central de um círculo de investigação própria".
Não obstante, contribuiu, e muito, com o desenvolvimento teórico da Didática.

No século XX, por ser o século onde surge a Didática como ciência autônoma, tem
muitos didatas que se destacaram no desenvolvimento do ensino. Do ensino, visto como
isso, como conceito de objeto de estudo da didática e não como um simples articular
dos professores com estudantes ou alunos. Nesse século XX, muitos se
autodenominaram especialistas ou cientistas do currículo. São aqueles que defendem o
Desenho Curricular como uma ciência independente da Didática, senão fosse pelo fato
que não existe ensino sem uma conceição do desenho curricular. É ilógico pensar no
surgimento de uma nova ciência a partir do mesmo objeto de estudo.

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Outro grande didata foi o norte-americano John Dewey (l859 - l952). Foi como a
maioria, muito mais pedagogo que didata, não obstante, foi um destacado representante
de uma das tendências do pragmatismo didático. Na didática, sua maior contribuição
está no ensino laboral e a relação do ensino com a vida

Resumindo essa evolução, se destacam em ordem cronológica:

 Jean Jacques Rousseau (1712-1778) foi um pensador que procurou interpretar


essas aspirações, propondo uma concepção nova do ensino, baseado nas
necessidades e interesses imediatos da criança.
 Henrique Pestalozzi (1746-1827) deu grande importância ao ensino como meio
de educação e desenvolvimento das capacidades humanas.
 Johann Friedrich Herbart (1766-1841) pedagogo alemão com grande
influencia e relevância na didática e na pratica docente. Para ele, o fim da
educação é a moralidade. A instrução é introduzir idéias corretas na mente do
homem.
 A.Diesterweg (1790-1866) didata alemão que trabalho sobre o desenvolvimento
do professor.
 John Dewey (l859 - l952) foi um destacado representante de uma das tendências
do pragmatismo didático. Na didática, sua maior contribuição está no ensino
laboral e a relação do ensino com a vida.

Contemporaneidade

Já no final do século XX, a Didática passou por muitos questionamentos: era disciplina
técnica de outra ciência? Era mesmo ciência? Quais seriam seus métodos de pesquisa?
Algo parecido, também tinha acontecido, anteriormente, com a Biologia, a Física, a
Química, e outras ciências antes do século XIX. Não era uma questão só da Didática.

O grande problema da Didática, ainda até hoje, é estabelecer para a comunidade científica
uma base teórica comum, independente de culturas, com uma única terminologia, para
evitar ambigüidades. Os erros de tradução de um idioma para o outro, quando essas
traduções são feitas por pessoas que sabem o idioma, mas não tem um preparo científico
nessa área e muitas vezes fazem traduções compressíveis ao nível informal, mas com muita
ambigüidade na linguagem científica. A tradução do inglês para o português

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poderia constituir um exemplo, dessa ambigüidade: "instruction" traduzido com ensino,
em vez de instrução. "Teaching" traduzido como instrução. Por só mencionar poucos
exemplos.

Outro problema não só da Didática, mas da Pedagogia, é redimensionar as categorias, as


leis e os princípios partindo de suas verdadeiras essências e não através da imposição de
critérios volitivos sem fundamentação científica da realidade. Este é o caso da falsa unidade
dialética entre ensino e educação. Pois, erroneamente se quer estabelecer como um axioma
que entre ensino e educação existe uma unidade dialética. Isso quer dizer que para que
exista educação tem que existir ensino e para que exista ensino tem que existir

educação. Ou dito de outra forma, não hã ensino sem educação, nem educação sem
ensino. Aqui, cabe perguntar-nós. Existe educação sem ensino? Existe ensino sem
educação?

Você nunca conheceu alguma pessoa com alto grau de instrução como resultado do
processo de ensino, com uma ma ou péssima educação? Conheceu já alguém sem instrução
alguma, com uma adequada educação? O ensino se concretiza através de instrução,
treinamento e formação. Já o processo de educação implica convicção e valores

como parte essencial da formação da personalidade do ser humano. O ensino instrui um


sujeito, a educação forma o ser humano: sua personalidade. Se esta fazendo estas
colocações, pois é aqui onde radica uns dos aspectos que fazem confundir Pedagogia e
Didática e com isto o desenvolvimento das duas ciências.

Voltando ao assunto da origem, é a partir desse século XX, que começa o tratamento da
Didática, como uma ciência particular. Depois de períodos de crises, a Didática dá um
salto qualitativo no seu desenvolvimento. Como ciência particular, com autonomia
científica, está neste momento do século XXI, dando esse salto significativo com
grandes aportes à sociedade.

Claro que, como toda ciência, enriqueceu seus fundamentos, categorias, conceitos, leis,
corolários e princípios a partir da contribuição de cientistas de outras áreas de
conhecimento. Mas não existem dúvidas que a Didática já tem sua autonomia.

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A Didática, como acontece com qualquer outra ciência social, reflete nas suas teorias as
principais tendências, correntes e enfoques da época que se estuda, e como já foi
colocado com a contribuição de outras ciências a fins. È por isso que em algum
momento se evidencia, na base estrutural da fundamentação científica, enfoques
psicológicos desde perspetivas de origem freudiana, correntes neomarxistas, enfoques
humanistas, personológicos entre muitos outros pontos de vistas.

Segundo o Centro de Referência Educacional –CRE (2008) entre as décadas dos anos
20 ao 50, a Didática seguiu os postulados da Escola Nova. Essa forma de ensino
buscava superar os postulados da Escola Tradicional, reformando assim, internamente, a
escola. Nessa perspectiva, afirmava-se a necessidade de partir dos interesses
espontâneos e naturais das crianças.

Do estudante passivo ante os conhecimentos a serem transmitidos pelo professor, passa-


se ao "aprender fazendo", onde cada um se auto-educa ativamente em um processo
natural, sustentado por meio dos interesses concretos dos participantes. A atenção às
diferenças individuais e a utilização de jogos docente-educativos passam a ter um papel
de destaque.

Segundo o CRE (2008), a partir dos anos 60 e 70 se acentuam as críticas a essas


perspetivas didáticas. Seu efeito positivo foi a denúncia da falsa neutralidade pretendida
pelo modelo tecnicista, revelando seus componentes político-sociais e econômicos. A
perspetiva fundamental da prática docente é assumir, por um lado, a
multifuncionalidade do processo de ensino e, por outro lado, a transdisciplinaridade.

Em uma etapa posterior, depois dos anos 80, última década do século XX e a primeira
década deste século XXI, se passou de um enfoque humanista, sustentado desde a
influência psicológica ao enfoque tecno- científico, centrado nos avanços da própria
Didática como ciência autônoma. Naturalmente, que esses câmbios são diferentes nos
distintos países. Isso depende do grau de desenvolvimento desta ciência em cada pais.

O Enfoque Humanista, centrado no processo interpessoal e da afetividade, dado pela forte


presença de estudos psicológicos sobre educação, esta sendo substituído pelo Enfoque

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Tecno-científico que direciona o processo de ensino, como atividade dinâmico-
participativa, como uma ação intencional, sistêmica, sistematizada que tenta organizar as

condições objetivas e subjetivas que facilitem o processo de aprendência. Portanto, se


começa um trabalho diferenciador entre os objetivos instrutivos e os objetivos
educativos. Não se deve confundir este enfoque próprio da Didática, com um enfoque
Pedagógico conhecido como Tecnicismo, que é outra coisa.

Para ir resumindo, se deve partir de algo inquestionável, de algo já axiomático por si: a
Didática tem seu objeto de estudo, o ensino. Esse objeto de estudo tem um sistema de
categorias gerais que estão inter-relacionadas entre si pelas leis gerais didáticas. Essas leis
deram lugar aos princípios e corolários que suportam toda a estrutura base desta área

do conhecimento humano. Tem seus próprios métodos de pesquisas que permitem a


produção sistemática de conhecimentos científicos que enriquecem essa estrutura
sistêmica. Portanto, a Didática é uma ciência autônoma e não se constitui em ramo ou
em disciplina de outra em particular.

Diferente da Pedagogia que tem seu reconhecimento como ciência particular a partir do
século XIX, a Didática em muitos países, ainda não é reconhecida como ciência
autônoma. É considerada, erroneamente, uma disciplina técnica da Pedagogia, ou como
ramo desta. Não obstante, felizmente, são muitas as comunidades científicas que a partir

do século XX, deram luz verde à Didática como ciência particular. Este é um trabalho
mancomunado desenvolvido por muitos. A diferença dos séculos precedentes que se
tinha um didata como referencia numa época determinada, aqui seria muito mais
factível mencionar alguns dos quais fazem a diferencia, como didatas. Aqueles nomes
como Jose Carlos Libâneo, Selma Pimenta, Carlos Alvarez, Ulises Mestre, Homero
Fuentes, entre muitos outros.

Paulo Freire merece comentário aparte. É sem dúvidas um dos maiores Pedagogo do
século XX; mas como aconteceu em outras épocas, grandes Pedagogos se converterem,
também em grades didatas, ou porque não ao avesso, grandes didatas foram, também,
grandes pedagogos.

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A contribuição de cada educador na configuração da didática como área específica de
pesquisa

A didática estuda o processo de ensino no seu conjunto, no qual os objetivos, conteúdos


fazem parte de modo a criar condições que garantem uma aprendizagem significativa
dos alunos. Nessa perspetiva a didática torna-se o principal ramo de estudos da
pedagogia, pios e necessário dominar bem todas as teorias para que haja uma boa
educativa, assim o educador dispõe de recursos teóricos para organizar e articular
processo de ensino e aprendizagem.

Segundo Libâneo, o docente também chamado de atividade pedagógica tem como


objetivos primordiais:

a) Assegurar aos alunos o domínio mais seguro e dourado possível dos conhecimentos
científicos;

b) Criar as condições e os meios para que os alunos desenvolvam capacidades e


habilidades intelectuais de modo que dominem métodos de estudo e trabalho intelectual
visando a sua autonomia no processo de aprendizagem e independência de pensamento;

c) Orientar as tarefas de ensino para o objetivo educativo e formação da personalidade,


isto e, ajudar os alunos a escolherem um caminho na vida, terem atitudes e convicções
que norteiem as suas opções diante dos problemas e situações da vida real.

Alem dos objetivos da disciplina e dos conteúdo, e fundamental que o professor tenha
clareza das finalidades que ela tem em mente, a atividade docente tem a ver diretamente
com para educar, pois a educação se realiza numa sociedade que e formada por grupos
sociais que tem uma visão diferente das finalidades educativas.

Nota-se que a problemática que permeia a educação em torno da didática, consiste na


dificuldade de meditar conhecimento pratico e teórico, na medida em que muitos

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educadores apresentam uma conceção fragmentada e ambígua desta interação, chiando
ao ponto de dissaco cia-las. Essa separação entre a a teria e a pratica impossibilita os

profissionais de educação a articular a teoria em proveito da pratica, pois uma subsidia a


outra. Como resultado dessa separação a pratica educativa tende a reduzir-se ao extremo
do praticíssimo. Nesse sentido a didática visa contribuir para a superação dessa
dificuldade proporcionando ao profissional da educação em baseamento teórico-prático.

Os profissionais da educação precisam ter um pleno domínio das bases teóricas


cientificas e tecnológicas e a sua articulação com as exigências concretas do ensino,
pois e através desse domínio que ele poderá estar revendo, analisando e aprimorando a
sua pratica educativa.

A pratica educativa não pode ocorrer de maneira espontânea, se panejamento, metas e


instrumentos, ela deve estabelecer objetivos, os quais devem ser atingidos utilizando-se
a didática, que certamente facilitara o caminho a ser trilhado segundo meios viáveis e de
acordo com cada realidade educacional, em proveito da ideia de homem que se deseja
formar, de acordo com a sociedade em que este homem esta inserido, pois a didática não
se limita só ao fazer, só ação pratica, mas também se vincula as demais instancias e
aspetos da educação formal.

Os pensamento segundo autores na prática educacional em moçambique

Para se poder compreender a concepção da Educação em Dewey, deve-se partir da ideia


de que a Educação é um fenómeno criado pela e para a sociedade. Dewey, sendo um
educador, o seu pensamento teve muita influência na "Escola Nova". JOHN DEWEY

Para Dewey, a Educação e, em especial, a escola possui uma função de coordenar a vida
mental de cada indivíduo nas diversas influências dentro do meio social onde o indivíduo
vive. Por isso, em Dewey, a Educação ainda que seja uma função social, é uma necessidade
de vida, onde a vida é renovada através da transmissão de um conhecimento

de um indivíduo ao outro e isto diferencia o homem dos seres inanimados, assim, afirma
Dewey que "a mais notável distinção entre os seres vivos e inanimados é que os primeiros
se conservam pela renovação. Ao receber uma pancada, a pedra opõe resistência. Se a

21
resistência for maior do que a força da pancada, ela, exteriormente, não apresentará
mudança; no caso contrário se partirá em fragmentos menores que ela" Dewey (1959,
p.1).

O intuito fundamental da Educação é fazer com que a aprendizagem de todo o


conhecimento leve à prática, e assim posto, ele propôs uma Educação, um método que
tomasse em conta a experiência de cada indivíduo, não como uma atitude isolada do
sujeito com o mundo, mas que este se integre com os outros.

Assim, a Educação em Dewey é um "processo pelo qual uma cultura é transmitida de


geração para geração, acontecendo por meio da comunicação de hábitos, atividades,
pensamentos e sentimentos dos membros mais velhos da cultura aos mais novos"
Ozmon; Craver (2004: 151). E é por este facto que, a Educação não se deverá limitar ao
ensino escolar e formal, mas também como fazendo parte da própria vida.

GOMEZ. A escola do colonialismo, como já sabido estava direcionada a servir seus


interesses económicos e políticos em clara contradição com os valores sociais e
culturais da população moçambicana. Contrariamente, a escola nascida da luta pela
libertação devia formar o moçambicano livre da opressão e livre da alienação coliniais,
capaz de recuperar individual e coletivamente a sua história e dignidade. Nesse
contexto, foi possível o nascimento de uma educação intimamente ligada aos interesses
do povo moçambicano. (GOMEZ 1999: 92)

(1969-1970) Quando a luta armada se transformou em revolução democrática popular.

Mondlane insistia na educação não só para desenvolver a luta de libertação, mas também
para produzir o índice do analfabetismo e criar a consciência da cidadania no seio dos
moçambicanos. Para isso a frelimo lançara um projeto de construção de uma grande escola
para a formação do homem novo, com dois objetivos: contrair os objetivos da

educação, concebendo a educação como único caminho para o povo tomar o poder e
encarar a escola como espaço para renovar a cultura do povo moçambicano e para
construir o estado nacional. (BASILIO, 2015: 111).

22
Desta feita, MAZULA 1995 afirma que a educação desenvolvidas na zona libertada tinha as
seguintes funções: criar, desenvolver e fortificar uma sociedade nova, assente numa
mentalidade nova que oriente atitudes praticas para a construção de um moçambique
unitário, internacionalista, económica, cultural, politica e militarmente autossuficiente

prospero e independente, procurar superar a mentalidade velha, sustentada e alimentada


pelo conservantismo e estatismo tradicional e pela corrupção colonialista, envolver o
povo na lista, envolver o povo na luta pela liberdade;

Edificar uma consciência de responsabilidade e solidariedade coletiva livre de todo o


individualismo e corrupção, incentivar o auto- determinação da mulher, incutir a ideia
da unidade do povo moçambicano, em fim formar o homem novo, isto e, militante
determinado de uma mentalidade nova, capaz de resolver os problemas que lhe são
colocados pela luta de libertação nacional.

Didática – suas relações com a Pedagogia e outras ciências


A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução). No
decurso da história do Ocidente, a Pedagogia firmou-se como correlato da educação
é a ciência do ensino. Entretanto, a prática educativa é um fato social, cuja origem está
ligada à da própria humanidade.

A compreensão do fenômeno educativo e sua intervenção intencional fez surgir


um saber específico que modernamente associa-se ao termo pedagogia.

A didática é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantem relação com a
pedagogia. Mas também vemos que devido a complexidade do processo de ensino e
aprendizagem, de um lado, e, por outro, tendo em conta ao carácter interdisciplinar de
quase todos os ramos de saber, a didática mantem relações com outras ciências.

De facto, a atuação do professor com propósito de ensinar, exige deste um agir tendo em
conta não somente habilidades didáticas, mas também pedagógicas e um certo sentido
psicológico, sociológico, biológico, filosófico, etc, devendo, neste sentido, o professor se

23
municiar de conhecimentos destas disciplinas: o agir didático é ao mesmo tempo
pedagógico, biológico, sociológico, filosófico, etc.

Ao nos propormos nesta lição discutirmos esta questão de relação da didática com
outras disciplinas, esperamos que ao completa-la, você será capaz de:

 Explicar a contribuição das outras ciências (pedagogia, psicologia, biologia,


sociologia, filosofia) para a atividade didática do professor
 Redefinir o campo específico de investigação da didática, tendo em conta as
especificidades de objeto de estudo das outras ciências com as quais tem relação.
 Diferenciar o objeto de estudo da didática Geral daquele das Didáticas
especificas.

Atividades
1.De que forma a didática se relaciona com a pedagógica e outras ciências?
2.Qual é o objeto específico da didática dentro da investigação pedagógica?
3.Diferencie a didática Geral das didáticas Especificas.

Respondendo a primeira questão, com certeza que deve ter pensado que a dependência
da Didáctica em relação à Pedagogia se verifica na impossibilidade de se especificar
objectivos da instrução, das matérias e dos métodos, fora de uma concepção de mundo,
de uma opção metodológica geral e uma concepção de praxis pedagógica, uma vez que

essas tarefas pertencem ao campo do pedagógico. É verdade que a finalidade imediata


do processo didáctico é o ensino de determinadas matérias e de habilidades cognitivas
conexas; todavia, por se tratar de matérias ou temas de ensino, implicando, portanto,
dimensão formativa, a eles se sobrepõem objectivos e tarefas mais amplos determinados

social e pedagogicamente. Dai considerar-se a didáctica como disciplina de intersecção


entre a teoria educacional e as metodologias especificas das matérias que se esclarecem
e se particularizam sob características comuns, básicas, da actividade pedagógica e, em
particular, do processo de ensino e aprendizagem.

24
Em outras palavras, a didáctica opera a interligação entre a teoria e pratica. Ela engloba
um conjunto de conhecimentos que entrelaçam contribuições de diferentes esferas
científicas (teoria da educação, teoria do conhecimento, psicologia, sociologia, etc.),
junto com requisitos de operacionalização.

Noutros termos, a Pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como


processo social, no seio de uma determinada sociedade, bem como as metodologias
apropriadas para a formação dos indivíduos, tendo em vista o seu desenvolvimento
humano para tarefas na vida em sociedade. Quando falamos das finalidades da educação

no seio de uma determinada sociedade, queremos dizer que o entendimento dos


objectivos, conteúdos e métodos da educação se modifica conforme as concepções de
homem e da sociedade que, em cada contexto económico e social de um momento da

historia humana, caracterizam o modo de pensar, o modo de agir e os interesses das


classes e grupos sociais. Portanto, a Pedagogia é sempre uma concepção da direcção do
processo educativo subordinada a uma concepção político-social.

Sendo a educação escolar uma actividade social que, através de instituições próprias, visa a
assimilação dos conhecimentos e experiências humanas acumuladas no decorrer da história,
tendo em vista a formação dos indivíduos enquanto seres sociais, cabe à Pedagogia intervir
nesse processo de assimilação, orientando-o para finalidades sociais e

politicas e criando um conjunto de condições metodológicas e organizativas para


viabilizá-lo no âmbito da escola. Neste sentido, a Didáctica assegura o fazer pedagógico
na escola, na sua dimensão político-social e técnica; é, por isso, uma disciplina
eminentemente pedagógica.

Chegados a este ponto, estamos certos também que foi fácil relembrar a tarefa e o
objecto específicos da didáctica. A didáctica é, pois, uma das disciplinas da Pedagogia
que estuda o processo de ensino através dos seus componentes os conteúdos escolares, o
ensino e a aprendizagem- para, com o embasamento numa teoria da educação, formular
directrizes orientadoras da actividade profissional dos professores.

25
Definindo-se como mediação escolar dos objectivos e conteúdos do ensino, a Didáctica
investiga as condições e formas que vigoram no ensino e, ao mesmo tempo, os factores
reais (sociais, políticos, culturais, psicossociais) condicionantes das relações entre a
docência e a aprendizagem. Ou seja, destacando a instrução e o ensino como elementos

primordiais do processo pedagógico escolar, traduz objectivos sociais e políticos em


objectivos de ensino, selecciona e organiza os conteúdos e métodos e, ao estabelecer as
conexões entre ensino e aprendizagem, indica princípios e directrizes que irão regular a
acção didáctica.

Conforme o esquema acima, a Didáctica Geral estabelece relação com as Didácticas


especiais, ou seja, Metodologias de Ensino de Disciplinas especificas (ex.: Matemática,
Línguas, etc.). De facto, as Metodologias das diferentes disciplinas analisam as questões de
ensino de uma determinada disciplina, enquanto que a Didáctica Geral tem um objecto

de natureza geral: se abstrai das particularidades das distintas disciplinas e generaliza as


manifestações e leis especiais do ensino e aprendizagem nas diferentes disciplinas e
formas de ensino.

26
Assim, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base importante para a
Didáctica Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino
das disciplinas especificas.

Finalmente, no que diz respeito as outras disciplinas, constatamos que a relação da


Didáctica Geral com estas disciplinas se explica da seguinte maneira:

 a. A Psicologia indica à Didáctica as oportunidades que melhor favorecem a


expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor
garantem a efectivação da aprendizagem.
 b. A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos
alunos.
 c. A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a
solidariedade, a liderança, a responsabilidade.
 d. A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base à
Didáctica, coordenando-as numa visão que tem por fim explicar o educando
como um ser completo que necessita de atendimento adequado, personalizado,
de forma que se possam efectivar os propósitos da educação.

A didática Trabalha na sua maioria com maior fundamentação, que podem conduzir à
emergência de um novo campo de conhecimento, que só ganham verdadeira
importância quando as dificuldades começam a acumular-se, Procurando novas
soluções para a resolução de alguns problemas".

A didática é a parte da pedagogia que se ocupa dos métodos e técnicas de ensino,


destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. A didática estuda os
diferentes processos de ensino e aprendizagem. COMENIUS.

Didática Geral, como o próprio nome indica,trata dos princípios gerais da prática em
sala de aula, tais como: processo de ensino e de aprendizagem, avaliação, métodos,
prática de ensino, formulação de objetivos.

27
A Didática é um ramo da ciência pedagógica que tem como objetivos especificos
ensinar métodos e técnicas que possibilitem a aprendizagem do aluno por parte do
professor ou instrutor.

Os elementos da ação didática são: o professor, o aluno ,a disciplina (matéria ou


conteúdo) , o contexto da aprendizagem, as estratégias metodológicas.

Processo de ensino-aprendizagem – origem e desenvolvimento histórico

As particularidades de uma educação com carácter intencional

Educação Intencional A educação intencional é aquela em que há um esforço explícito e


declarado no sentido de ensinar de modo estruturado, planejado e sistemático, por parte de
um agente educativo (indivíduo que deseja ensinar algo, como professores, monitores,
educadores, mediadores), que declara as suas intenções àquele que aprende ou o aprendiz
ou aluno, o qual, por sua vez, deve ter consciência da sua inserção e participação no
processo educativo, realizando, idealmente, um esforço ou mostrando-se disposto a
construir a aprendizagem de forma ativa. Assim sendo, essa modalidade de educação tem
como característica principal o fato de tanto aqueles sujeitos que desejam ensinar quanto

aqueles que aprendem estarem preparados e cientes da participação em um processo de


ensino e aprendizagem. Vinculada a esta modalidade de educação, há um tipo particular
de aprendizagem, que Pozo (2002, p. 57) denominou “aprendizagem explícita, que é
produto de uma atividade deliberada e consciente, que costuma se originar em
atividades socialmente organizadas, que de modo genérico podemos denominar ensino”.

Em função da complexidade crescente das sociedades e do aumento dos contingentes


populacionais, a educação intencional foi sendo gradualmente organizada e passou a
ocupar espaços e tempos específicos na vida das pessoas, além de ser realizada em
instituições voltadas para a difusão, reprodução e apropriação pelos homens e mulheres

dos conhecimentos e práticas sociais e científicas. Ainda, é na modalidade intencional de


educação que se registra o surgimento, formação e profissionalização dos professores,
enquanto categoria ocupacional reconhecida legalmente, social e cientificamente. A
relevância que a educação intencional e seus profissionais assumiram ao longo da história,

28
levou ao seu desdobramento em outras duas modalidades secundárias, mas não menos
relevantes: a educação formal e a educação não formal. Ambas marcadas pela
intencionalidade daqueles que participam do processo de ensino e aprendizagem, sendo
este, o aspecto que as insere no campo da educação intencional. Entretanto, elas
possuem diferenças marcantes, conforme indicar-se-á nos próximos tópicos.

O desenvolvimento Histórico do PEA

Dede a Antiguidade até o início do século XIX, predomina na prática-escolar uma


aprendizagem de tipo passivo e receptivo. Aprender era quase exclusivamente
memorizar. Neste tipo de aprendizagem, a compreensão desempenhava um papel
muito reduzido.

Esta forma de ensino baseava-se na concepção de que o ser humano era semelhante a
um pedaço de cera ou argila úmida que podia ser modelado à vontade. Na antiga Grécia
Aristóteles já professava essa teoria, que foi retomada frequentemente, ao longo dos
séculos, reaparecendo sob novas formas e imagens. A idéia difundida no século XVII,
por exemplo, de que o pensamento humano era como se fosse uma tabua lisa, um papel
em branco sem nada escrito, onde tudo podia ser impresso, é apenas uma variação da
antiga teoria.

Ensinava-se a ler e a escrever da mesma forma que se ensina um oficio manual ou


tocar um instrumento musical. Por meio da repetição de exercícios graduados, ou seja,
cada vez mais difíceis, o discípulo passava a executar certos atos complexos, que aos
poucos iam se tornando hábitos. O estudo dos textos literários, da gramática, da
História, da Geografia, dos teoremas e das ciências físicas e biológicas caracterizou-se,
durante séculos, pela recitação de cor.

Os conhecimentos a serem adquiridos eram, até certo ponto, reduzidos. E para que os
alunos pudessem repetí-los correta e adequadamente, o professor utilizava o
procedimento de perguntas e respostas, tanto em sua forma oral como escrita. Este era
o chamado método catequético, cuja origem remota, pelo menos cultura ocidental, aos
antigos gregos. A palavra catecismo provém do termo grego katechein, que significa
"fazer eco". Este método era usado por todas as disciplinas e consistia na apresentação,

29
pelo professor, de perguntas acompanhadas de suas respostas já prontas.

O importante nessa forma de aprendizagem era que o aluno reproduzisse literalmente as


palavras e frases decoradas. A compreensão do que se falava ou se escrevia ficava
relegada a um segundo plano. Em conseqüência, o aluno repetia as respostas
mecanicamente, e não de forma inteligente, pois ele não participava de sua elaboração
e, em geral, não refletia sobre o assunto estudado.

Embora esse ensino de caráter verbal, baseado na repetição de fórmulas já prontas,


tenha predominado na prática escolar por muito tempo, vários foram os filósofos e
educadores que exortaram os mestres, ao longo dos séculos, a dar mais ênfase à
compreensão do que a memorização. Com isso pretendiam tornar o ensino mais
estimulante e adaptado aos interesses dos alunos e às suas reais condições de
aprendizagem. Surgiram, assim, algumas teorias que tentavam explicar como o ser
humano é capaz de apreender e assimilar o mundo que o circunda. Com base nessas
teorias do conhecimento, alguns princípios didáticos foram formulados.

Alguns filósofos e educadores que refletiram sobre o conhecimento e elaboraram


teorias sobre o ato de conhecer, que repercutiram no âmbito da pedagogia. São eles:

Sócrates (século V a.C.) Para Sócrates a função do mestre, , é apenas ajudar o


discípulo a descobrir, por si mesmo, a verdade.

Sócrates afirmava que os mestres devem ter paciência com os erros e as dúvidas de seus
alunos, pois é a consciência do erro que os leva a progredir na aprendizagem.

João Amos Comenius (1592 – 1670) Segundo Comenius, dentre as obras criadas por
Deus, o ser humano é a mais perfeita. Dada sua formação cristã, Comenius acreditava
que o fim último do homem é a felicidade eterna. Assim, o objetivo da educação é
ajudar o homem atingir essa finalidade transcendente e cósmica, desenvolvendo o
domínio de si mesmo através do conhecimento de si próprio e de todas as coisas.
Segundo ele,

30
Ao ensinar um assunto o professor deve:

 Apresentar o objeto ou idéia diretamente, fazendo demonstração, pois o aluno


aprende através dos sentidos, principalmente vendo e tocando.
 Mostrar a utilidade específica do conhecimento transmitido e a sua aplicação na
vida diária.
 Fazer referência à natureza e origem dos fenômenos estudados, isto é, às suas
causas.
 Explicar primeiramente os princípios gerais e só depois os detalhes.

Passar para o assunto ou tópico seguinte do conteúdo apenas quando o aluno tiver
compreendido o anterior.

Como se pode ver, esses pressupostos da prática docente já era proclamados por
Comenius em pleno século XVII.

Heinrich Pestalozzi (1746 – 1827) Defendendo a doutrina dos naturalistas, em especial a


de Rousseau, Pestalozzi acreditava que o ser humano nascia bom e que o caráter de um
homem era formado pelo ambiente que o rodeia. Sustentava que era preciso tornar esse
ambiente o mais próximo possível das condições naturais, para que o caráter do

individuo se desenvolvesse ou fosse formado positivamente. Para ele, a transformação


da sociedade iria se processar através da educação, que tinha por finalidade o
desenvolvimento natural, progressivo e harmonioso de todas as faculdades e aptidões do
ser humano.

Portanto, para Pestalozzi, a educação era um instrumento de reforma social. Ele pregava a
educação das massas e proclamava que toda criança deveria ter acesso à educação escolar,
por mais pobre que fosse seu meio que suas condições fossem limitadas.

31
Na teoria educacional de Pestalozzi podemos encontrar as sementes da Pedagogia
moderna. Foi ele o primeiro a formular de forma clara e explicita o princípio de que a
educação deveria respeitar o desenvolvimento infantil.

Na concepção de Pestalozzi, o principal objetivo da educação era favorecer o


desenvolvimento físico, intelectual e moral da criança e do jovem, através da vivência
de experiências selecionadas e graduadas, necessárias ao exercício dessas capacidades.

Para Vygotsky (1991:65): A escola tem o papel de fazer a criança avançar em sua
compreensão do mundo a partir do seu desenvolvimento já consolidado e tendo
como meta, etapas posteriores ainda não alcançadas.

John Dewey (1859 – 1952) A concepção que Dewey tinha do homem e da vida, e que
serve de base à sua pedagogia, é de que a ação é inerente à natureza humana. A ação
precede o conhecimento e o pensamento. Antes de existir como ser pensante, o homem
é um ser que age. A teoria resulta da prática. Logo o conhecimento e o ensino devem estar
intimamente relacionados à ação, à vida prática, à experiência. O saber tem caráter
instrumental: é um meio para ajudar o homem na sua existência, na sua vida prática.

Vygotsky diz (1991:67)


Desde o nascimento, as crianças estão em constante interação com os adultos, que
ativamente procuram incorporá-las à sua cultura e à reserva de significados e de modos
de fazer as coisas que se acumulam historicamente. No começo, as respostas que as
crianças dão ao mundo são dominadas pelos processos naturais, especialmente àqueles

proporcionados por sua herança biológica. Mas, através da constante mediação dos
adultos, processos psicológicos instrumentais mais complexos começam a tomar forma.

Embora vários outros filósofos e educadores tenham defendido a necessidade de se


rever os processos de ensino, os educadores aqui apresentados, por sua obra tanto
teórica como prática, tornaram-se verdadeiros marcos do pensamento educacional, e
suas idéias repercutiram diretamente no campo da Didática. Eles não só pregaram a

32
reforma dos métodos de ensino como também aplicaram, em suas práticas educativas,
as idéias que defendiam. Apesar de apresentarem concepções diferentes de educação, os
educadores aqui mencionados tiveram um aspecto em comum: tentaram fazer com que
a reforma do ensino não ficasse restrita a uma elite, mas fosse estendida a parcelas cada

vez maiores da população. Nesse sentido, eles acreditaram na educação popular e


tentaram mostrar que qualidade e quantidade não são termos indissociáveis, e que
podem, num certo momento, andar juntos.

A origem e evolução do PEA

A Grécia clássica pode ser considerada o berço da Pedagogia, pois foi na Grécia que
nasceram as primeiras ideias acerca da acção pedagógica, ponderações que vão
influenciar, por muitos anos, a educação e cultura ocidentais e vincular a imagem do
Pedagogo à formação das crianças.

Na antiga Grécia, eram chamados de pedagogos os escravos que acompanhavam as


crianças que iam para a escola. Como escravo, ele era submisso à criança, mas tinha que
fazer valer sua autoridade quando necessária. Por esse motivo, esses escravos
desenvolveram grande habilidade no trato com as crianças.

Nos séculos XVII e XVIII, inicia-se uma era de debates no campo da educação, tendo,
como foco, a importância de atualizar os processos pedagógicos e rever o próprio conceito
de infância. Nomes importantes deste período são Comenius e Rousseau. No final do século
XIX e princípios do século XX, os debates sobre educação e, principalmente, as

novas pesquisas no campo da psicologia do desenvolvimento e aprendizagem, com ênfase


na criança, levaram a que um grande número de profissionais, de diversos campos,
desenvolvessem reflexões, pesquisas e experiências pedagógicas envolvendo métodos de
ensino, as relações pedagógicas e as possibilidades e limites dos diferentes contextos

educativos, dando corpo a vários movimentos, dentre eles o da Escola Nova e a Pedagogia
Waldorf. No restante do século XX, a pedagogia foi se institucionalizar como campo de
conhecimento científico e profissional e a formação passou a ocorrer nas Universidades

33
em cursos superiores que cuidam dos assuntos relacionados à educação por excelência,
tratando-se, portanto, de uma Licenciatura.

Características do Processo de Ensino-Aprendizagem

As características do PEA

As características do ensino são as diversas categorias que devem ser aprendidas para que
os indivíduos possam ter um desenvolvimento íntegro e harmonioso da sua personalidade.

O ensino tem um carácter triádico (professor – conteúdo – aluno), e o slogan “ensinam-


se crianças, não disciplinas” é, sem dúvida, útil como estratégia contra os que se
esquecem que ensinar é ensinar a alguém, pondo toda a ênfase na estrutura tradicional
daquilo que é ensinado.

Ensino centrado no aluno significa então que o objectivo do professor não é meramente
expor uma matéria, mas sim ajudar alguém a aprender algo. Quaisquer que sejam as
virtudes de uma exposição lógica, ela falha como ensino, se não tiver esse resultado, o
de ajudar alguém a aprender algo.

Deve-se entender o processo de ensino como o conjunto de actividades organizadas do


professor e dos alunos, visando alcançar determinados resultados (saber pensar, saber
fazer e saber ser e estar), tendo como ponto de partida o nível actual de conhecimentos,
experiências e de desenvolvimento mental dos alunos.

O processo de ensino-aprendizagem é uma actividade específica que se distingue pelas


suas características próprias. Assim, de entre outras características, destacam-se as
seguintes:

 O carácter social;
 O carácter educativo;
 O carácter instrucional;
 O desenvolvimento da personalidade;
 O carácter dialéctico;
 O carácter sistemático e planificado;
 O ser regido por leis que se exprimem em regularidades.
34
O significado de cada uma das características do PEA

a descrição detalhada de cada característica do ensino, apresenta- se a tabela a seguir:

Características do Descrição
Ensino

Formação da jovem geração , de acordo com as exigências e


necessidades da sociedade;
Carácter social
Formação visando a socialização e integração de cada membro
da jovem geração.

Relação indissociável e/ou dialéctica entre instrução e educação;

Carácter educativo Aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de valores/


atitudes e formação de qualidades da consciência, isto é, saber
ser e estar.
Desenvolvimento de habilidades, capacidades e experiências
Carácter instrucional
práticas, isto é, o saber fazer.

Processo dinâmico onde ocorrem contradições como forças


motrizes para o desenvolvimento do aluno e do professor, pelas
Carácter dialéctico
contradições entre querer e poder, nível actual e realização das
tarefas de ensino-aprendizagem.
Aquisição e formação de conceitos como processo gradual,
Regido por leis e observância do desenvolvimento ontogénico;

regularidades Observância de leis: psicológicas e de aprendizagem,

sociológicas, políticas, higiénicas, na realização do PEA.

Desenvolvimento da Dimensões do desenvolvimento do aluno, individual,


personalidade comunitária e ecológica.

Carácter sistemático Organização cientifica das actividades.


e planificado

35
O carácter social do PEA

A aprendizagem ocorre em muitas outras situações informais e não-formais, mas uma


situação privilegiada de aprendizagem é o ensino, que é uma forma sistemática de
mediar o saber, utilizada pelos seres humanos para instruir e educar os seus
semelhantes, em determinadas sociedades e para o alcance de objectivos específicos
para o desenvolvimento do saber, do saber fazer e do saber ser e estar.

O processo de ensino não pode ser reduzido a simples transmissão de conhecimentos ou


ao acto de instruir, pois envolve o desenvolvimento de outras particularidades humanas.
Assim, o processo de ensino inclui a instrução (desenvolvimento do saber e do saber
fazer) e a educação (desenvolvimento do saber ser e do saber estar), cumprindo o
carácter instrucional e educativo do PEA.

Este processo deve seguir os paradigmas da pedagogia actual que defende o ensino
centrado no aluno e sensível ao género.

Carácter educativo do processo de ensino-aprendizagem

Diferenciar instrução da educação

Explicação: Instrução é a transmissão/mediação de conhecimento, capacidades ou ainda


é o processo e resultado da assimilação de conhecimentos sistemáticos, assim como das
acções e procedimentos inerentes à eles. ARAÚJO

Educação é o desenvolvimento/formação de comportamento, atitude e convicções,isto


é, a formação de traços/sinais da personalidade.

Os objectivos da educação e da instrução

A sociologia compreende que toda sociedade é formada por indivíduos que possuem uma
gama enorme de “ferramentas” (linguagens, normas, valores etc) que são utilizadas em seus
esforços diários em seus diferentes meios e contextos sociais. Essas ferramentas

36
servem para que o indivíduo consiga se guiar e navegar pelo mar de informações e
significados diferentes com os quais entra em contato a todo momento.

É interessante pensar que realizamos constantemente um complicado malabarismo com


as possíveis interpretações de nossas experiências e ainda levamos em conta a forma
como o outro, aquele com o qual interagimos, receberá as diferentes mensagens que
enviamos por via de nossas inúmeras formas de comunicação.

Não apenas isso! Ainda sabemos como nos portar, quais palavras utilizar em um momento
ou em outro, qual camisa posso usar no trabalho e qual uso em casa, se devo parar na faixa
de pedestre ou se ainda posso jogar lixo no chão. Sabemos, como dizemos por aí, que
“ninguém nasce sabendo”, então de onde tiramos todas essas habilidades?

Quando falamos de instrução, nos referimos ao processo de aquisição de conhecimento


que geralmente leva ao desenvolvimento de habilidades e hábitos na pessoa que os
adquire. Por meio da instrução, treinamento é fornecido para que o indivíduo seja capaz
de realizar um tipo específico de trabalho.

Às vezes nos referimos à instrução e educação como sinônimos, más não são. Educação
é o desenvolvimento de sentimentos, convicções, vontade, caráter, em geral, consciência de
valores e solidariedade. Um analfabeto pode educar, mas não instruir. Da mesma forma, um
indivíduo altamente educado pode não ser educado ou ser capaz de educar.

Além disso, a educação é um processo totalmente transversal que nos torna livres para
decidir com os critérios, valores e particularidades de cada um.

Instruir, é quando o indivíduo incorpora, de memória ou de maneira racional, cada uma


das diferentes disciplinas do conhecimento humano. Estes serão usados no futuro, em
um comércio, em uma profissão ou simplesmente como uma cultura geral.

A unidade entre educação e instrução

objeto de estudo de uma determinada ciência, que como é lógico se expressa com uma
simples palavra, ou uma perífrase. Por exemplo, o termo aula é uma categoria dentro da
terminologia didática, porém não é o objeto de estudo da Ciência Didática. E o objeto de
estudo? O que é o objeto de estudo de qualquer ciência? Pois, dentro do seleto número de

37
categorias de uma ciência em particular sempre tem aquela categoria que abrange as
demais categorias. Essa mega-categoria que contêm dentro si as demais categorias
gerais é o objeto de estudo dessa ciência.

Para concluir com este item introdutório, e facilitar o entendimento do resto do trabalho,
seria de cardinal importância explicitar que toda essa análise é válida só para a ciência
em questão. Aqui mesmo nós referimos às palavras: palavra, termo, categoria e objeto
de estudo como esclarecimento e não como definições lingüísticas de cada uma delas. A

"palavra" objeto de estudo, ainda seja numericamente três palavras, é considerada


perífrase, com valor de uma palavra só. Para finalizar este raciocínio, de só vale dentro
de uma ciência, explicitamos que um termo de uma ciência pode ser também um termo
de outra ciência ou pode ser uma simples palavra, com respeito à outra. O que não é

possível é que o mesmo objeto de estudo seja objeto de estudo de outra ciência. No caso
específico, nesta obra, se abordará o objeto de estudo da Didática, que é o ensino, e este
é sem dúvidas um importante termo dentro da Pedagogia.

Relação dialéctica e fundamental do processo de ensino-aprendizagem

Porquê o ensino deve ser realizado em função do aluno

Segundo VYGOTSKY a relação educador x educando não deve ser uma relação de
imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve
ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção de
conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um
indivíduo mais experiente. Por essa razão cabe ao professor considerar também, o que o
aluno já sabe, sua bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem.

O professor e os colegas formam um conjunto de mediadores da cultura que possibilita


progressos no desenvolvimento da criança. Nessa perspectiva, não cabe analisar
somente a relação professor x aluno, mas também a relação aluno x aluno. Para
Vygotsky, a construção do conhecimento se dará coletivamente, portanto, sem ignorar a
ação intra psíquica do sujeito.

38
Assim, Vygotsky conceituou o desenvolvimento intelectual de cada pessoa em dois
níveis: um real e um potencial. O real é aquele já adquirido ou formado, que determina
o que a criança já é capaz de fazer por si própria, porque já tem um conhecimento
consolidado. Por exemplo, se domina a adição esse é um nível de desenvolvimento. O

potencial é quando a criança ainda não aprendeu tal assunto, mas está próximo de
aprender, e isso se dará principalmente com a ajuda de outras pessoas. Por exemplo,
quando ele já sabe somar, está bem próximo de fazer uma multiplicação simples,
precisa apenas de um "empurrão".

Vai ser na distância desses dois níveis que estará um dos principais conceitos de
Vygotsky: as zonas de desenvolvimento proximal, que é definido por ele como:

A distância entre o nível de desenvolvimento que se costuma determinar através da


solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,
determinando através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou de
companheiros mais capazes.

Esse conceito abre uma nova perspectiva a prática pedagógica colocando a busca do
conhecimento e não de respostas corretas. Ao educador, restitui seu papel fundamental na
aprendizagem, afinal, para o aluno construir novos conhecimentos precisa-se de alguém que
os ajude, eles não o farão sozinhos. Assim, cabe ao professor ver seus alunos

sob outra perspectiva, bem como o trabalho conjunto entre colegas, que favorece
também a ação do outro na ZDP (zona de desenvolvimento proximal). Vygotsky
acreditava que a noção de ZDP já se fazia presente no bom senso do professor quando
este elaborava suas aulas.

O professor seria o suporte, ou "andaime", para que a aprendizagem do educando a um


conhecimento novo seja satisfatória. Para isso, o professor tem que interferir na ZDP do
aluno, utilizando alguma metodologia, e para Vygotky, essa se dava através da
linguagem. Baseado nisso, dois autores Newman, Griffin & Cole, desenvolveram essa

ideia. Para eles é através do diálogo do professor com o aluno que a ZDP se desenvolve na
sala de aula. Com um esquema I-R-F (iniciação – resposta – feedback), que o professor

39
"dando pistas" para o aluno iniciava o processo, assim o aluno teria uma resposta e o
professor dava o feedback a essa resposta.

Nessa perspectiva, a educação não fica à espera do desenvolvimento intelectual da criança.


Ao contrário, sua função é levar o aluno adiante, pois quanto mais ele aprende, mais se
desenvolve mentalmente. Segundo Vygotsky, essa demanda por desenvolvimento
é característica das crianças. Se elas próprias fazem da brincadeira um exercício de ser o
que ainda não são, o professor que se contenta com o que elas já sabem é dispensável.

As tarefas do professor e do aluno na relação dialéctica entre eles e as razões


que podem ocasionar a desproporção entre o ensinado e o aprendido pelos
alunos numa aula.

As tarefas do professor e do aluno na relação dialéctica entre eles

Os professores por muito tempo legitimavam essa prática a partir de umaconcepção de


infância, aprendizagem e língua como algo fora daquele que aprende. Além disso, avisão
também estava apoiada numa concepção linear do conhecimento, partindo das “sílabas
maissimples” para as sílabas mais complexas”. Sobre concepção bancária, Freire nos diz
que: A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização
mecânicado conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”, em
recipientesa serem “enchidos” pelo educador. Quanto mais vá “enchendo” os recipientes
com seus“depósitos”, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente

“encher”,tanto melhores educandos serão.Desta maneira, a educação se torna um ato de


depositar, em que os educandos são osdepositários e o educador o depositante.Em lugar
de comunicar- se, o educador faz “comunicados” e depósitos que os educandos,meras
incidências, recebem pacientemente, memorizam e repetem. Eis aí a

concepção“bancária” da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos


educandos éa de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los. Margem para serem
colecionadoresou fichadores das coisas que arquivam. No fundo, porém, os grandes
arquivados são oshomens, nesta (na melhor das hipóteses) equivocada concepção

“bancária” da educação.Arquivados, porque, fora da busca, fora da práxis, os homens não


podem ser. Educador eeducandos se arquivam na medida em que, nesta destorcida visão

40
da educação, não hácriatividade, não há transformação, não há saber. Só existe saber na
invenção, nareinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens

fazem no mundo,com o mundo e com os outros. Busca esperançosatambém.Na visão


“bancária” da educação, o “saber” é uma doação dos que se julgam sábios aosque
julgam nada saber. Doação que se funda numa das manifestações instrumentais
daideologia da opressão – a absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos
dealienação da ignorância, segundo a qual esta se encontra sempre nooutro. (p.33)

A partir dos anos 80 do século XX, esse quadro começa a tecer movimentos em relação
aoutras concepções de leitura e de escrita. Um dos marcos epistemológicos para essa
mudança foramos estudos sobre a Psicogênese da Língua

As razões que podem ocasionar a desproporção entre o ensinado e o aprendido


pelos alunos numa aula

Os objetivos e métodos educacionais precisam ser repensados à luz de uma visão de


educação como instrumento para a maximização dos potenciais existentes na sala de
aula. Não existe um ser humano perfeito em tudo, mas todos, possuem capacidades de
níveis diversos e forças pessoais. As inteligências se apresentam em tipos e níveis
diferentes, precisamos desenvolvê-las através de metodologias diversas.

Segundo Blim (2005), a didática é o instrumento para estimular a aprendizagem. A


influência dos professores e a didática utilizada por eles interferem na forma como se dá
a aprendizagem dos alunos e de como se comportam em sala de aula. Uma grande
maioria dos alunos considerados com “dificuldades de aprendizagem” teriam seus
problemas diminuídos apenas através do uso, pelo professor, do conhecimento dos
processos associados ao ato de aprender e de uma didática adequada.

Desenvolver espaços educacionais capazes de ensinar a todos os alunos requer uma revisão
do trabalho escolar. A exposição oral não tem lugar, onde o objetivo é ensinar a turma toda
alcançando as diferenças. Atividades abertas, diversificadas, que possam ser abordadas por
diferentes níveis de compreensão e de desempenho são as mais adequadas.

41
Para atender a necessidade de diversificação das situações de aprendizagem, é necessário ao
professor uma compreensão dos tipos de inteligências existentes no ser humano, dos
processos associados ao ato de aprender e de uma prática didática capaz de facilitá-los.

É necessário o reconhecimento da possibilidade que o aluno tem, de partindo do que


sabe desenvolver o seu potencial.

O aprendizado dos alunos evolui na mesma proporção em que o professor reconhece as


suas habilidades, investe nas diferenças, garante a liberdade e a diversidade das
opiniões, confrontando significados e experiências.

Segundo Coll todos os alunos têm necessidades específicas de aprendizagem. Todos os


alunos devem ser objeto de uma adaptação das formas de ensino que lhes permita
1
avançar ao máximo em sua aprendizagem .

O autor sugere a prática do ensino adaptador, onde algumas ações educativas na sala de
aula tornarão minimizadas as diferenças.

1. Atividades de ensino-aprendizagem, materiais didáticos e curriculares


diversificados e diversificáveis.
2. Conjunto de ajudas e apoios variáveis, em quantidade e qualidade, na realização
das atividades.
3. A adaptação curricular significativa de alcance individual e grupal.

A soma de todas estas ações, em harmonia com o trabalho do professor, o apoio da


administração e de recursos oriundos da sociedade, possibilitará o sonho de satisfazer as
necessidades educativas que os alunos possuem.

Percebe-se a importância da associação da eficiência do ensino com a compreensão de


como se processa a aprendizagem, e descobre-se que, sem a aprendizagem, o ensino não
se consuma. Em síntese, o papel do novo professor é o de usar a perspectiva de como se
dá a aprendizagem, para que, usando a ferramenta dos conteúdos postos pelo ambiente e

pelo meio social, estimule as diferentes inteligências de seus alunos e os leve a se


tornarem aptos a resolver problemas ou, quem sabe, criar “produtos” válidos para seu
tempo e sua cultura (MELLO, em fase de elaboração).
42
Investir na diminuição do fracasso escolar, como podemos constatar é responsabilidade
de todos os atores do universo escolar.

Um currículo que respeite os conhecimentos prévios dos alunos, uma didática que
alcancem a diversidade de inteligências presentes em sala de aula, o respeito pela
diversidade cultural e a visão de que o aluno tanto aprende como ensina, são
ingredientes indispensáveis para o sucesso escolar.

43
Conclusão

Esse trabalho foi desenvolvido de forma a analisar o histórico da didática, em


Moçambique e no mundo. As tendências pedagógicas e as posturas do professor em sala
de aula, com as informações obtidas pode se concluir que a educação em moçambique
esta em um processos de transformação, pois no passado não exigia muitos professore
em relação aos conteúdos dando mais enfase a suas vivencias e técnicas adquiridas em
seu cotidiano.

Hoje a educação esta diferente, precisa-se formar profissionais capacitados para o


trabalho, e, ao mesmo tempo formar cidadãos críticos para desenvolver papeis sociais
dentro da sociedade. Dentro da sala de aula o educador precisa ser humanista,
valorizando o afeto, despertando a motivação dos alunos, valorizando seus talentos e
respeitando os limites de cada um. Um dos outros pontos importantes que se analisou ao
decorrer do trabalho e o do Feedback, termo muito aplicado não só em sala de aula mas
em qualquer repartição que envolve trabalho com pessoas. A respeito da avaliação a
mesma deve ser continuada e as vezes repensada, tendo com base os resultados obtidos
no final do teste aplicado.

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Leia mais em Brainly.com.br - https://brainly.com.br/tarefa/3891636#readmore

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