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Classificação
Nota
Categoria Indicadores Padrões Pontuação do Subtotal
máxima tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura organizacion Discussão 0.5
ais Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
Introdução Descrição dos 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e domínio
do discurso
académico (expressão 2.0
escrita, cuidada,
Conteúdos coerência/coesão
textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão nacional e
internacional 2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
gerais Formatação parágrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas
Normas APA Rigor e coerência das
Referência 6ª edição em citações/referências
s citações e bibliográficas 4.0
bibliográfi bibliografia
ca
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Recomendações de melhoria
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Índice
Introdução .................................................................................................................................... 5
Metodologia ................................................................................................................................. 5
Conceitos operatórios................................................................................................................... 9
Fonologia ..................................................................................................................................... 9
Morfologia ................................................................................................................................. 11
Conclusão................................................................................................................................... 12
Bibliografia ................................................................................................................................ 13
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Introdução
O presente trabalho que abordará sobre a Reduplicação verbal nas línguas moçambicanas, insere-
se no processo de avaliação curricular para a cadeira de Linguística Bantu, enquadrada no Curso
de Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa e ministrado pela Universidade Católica de
Moçambique, através do Instituto de Ensino a Distância, Centro de Recursos de Pemba.
Objectivo geral
Objectivos específicos
Para alcançar os objectivos gerais acima apresentados, são definidos os seguintes objectivos
específicos:
Metodologia
Para elaboração deste trabalho recorreu-se ao método bibliográfico que consistiu na consulta de
obras bibliográficas e internet, alicerçando-se ao método descritivo que consistiu na descrição de
informações recolhidas nas diferentes obras onde cada autor está devidamente referenciada no
final do trabalho. Como afirma Almeida et all (2016)
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Fundamentação teórica
Os pressupostos teóricos fundamentais que estão na base da pesquisa e fornecer uma revisão
bibliográfica de reduplicação são perspectivados por vários autores nas diferentes línguas.
Dentre vários aspectos estudados pelos investigadores da língua Emakhuwa, a ortografia constitui
um dos pontos de discordância, pois, segundo Ngunga (1997) há uma tenência por parte dos
autores cujas línguas primeiras não são africanas de adaptar a ortografia das suas línguas nativas.
O sistema ortográfico aqui seguido está de acordo com Sitoe e Ngunga (2000) por consideramos
ser aquele que reúne mais consenso por ter sido proposto e discutido em seminários com
participação de varias sensibilidades entre religiosas, trabalhadores de informação, linguísticas e
outros.
Entre vários domínios essenciais da investigação das línguas bantu, o verbo tem merecido um
lugar de destaque devido a sua complexidade que se manifesta através da concentração de
morfemas que constituem a sua estrutura altamente aglutinante (Ngunga 2007:87) que pode
representar como se segue:
De acordo com Ngunga (2000) o verbo nas línguas bantu apresenta a seguinte estrutura:
Verbo
Tema inflexional
Tema derivacional
O esquema acima apresentado pressupõe uma divisão binária do verbo: pré–tema e macro- tema.
Estas duas entradas apresentam, por sua vez, as suas subdivisões.
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Na mesma senda, Liphola (2001), propõe uma estrutura do verbo, considerando duas entradas
também: a dos prefixos flexionais e a do macro-tema. Onde a entrada do macro-tema comporta o
prefixo de objecto e o tema. O tema, por sua vez, comporta o radical, as extensões e a vogal final.
Onde: Tema-F representa o tema flexionado; Tema D, o tema derivado; PI- Pré-inicial; PS- Pós-
sujeito. O PI e PS incluem as marcas de tempo, aspecto, modo e negação. MS significa marca de
sujeito; MO- marca de objecto; Ext.- Extensão; VF- vogal final.
Discute-se a estrutura verbal em bantu porque o tema do nosso trabalho tem a ver com a
reduplicação verbal e para tal é crucial falar desta estrutura em línguas bantu.
Desta forma, o verbo bantu tem uma posição "Pre-Stem" que pode ser ocupada por uma serie de
prefixos com diferentes funções gramaticais tais como: tempo, modo, negação e sujeito; uma
posição " Macro-Stem", inclui uma marca de objecto opcional que se pode afixar ao radical, mais
os sufixos derivacionais e flexionais incluindo uma vogal final.
Para Ngunga (1997), apesar de a estrutura do verbo representa na figura (1) ser a forma comum
encontrada nas lingues bantu, ela requer modificações quando aplicada a línguas particulares. Tal
será o caso em Eshirima, nossa variante de trabalho a qual deverá ajustar-se, devido á sua
especificidade. Observamos os exemplos que se seguem no infinitivo:
Exemplo (1):
Omana Bater
Osuka Guardar
Orapa Banhar-se
Oteka Construir
Como se pode observar em Eshirima a marca do infinitivo é realizada por morfema o̵.
No entanto, nas línguas bantu gera, esta marca é representada pelo prefixo ku̵. A seguir,
apresentamos alguns exemplos da língua xichangana no infinitivo.
Exemplo (2):
kufa Morrer
kufamba Andar
kuluma Morder
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kuteka buscar
kuthira trabalhar
kuvona Ver
Os exemplos (2) mostram verbos em Xichagana a ocorrerem como o prefixo do infinitivo ku̵.
Isto, legitima a ideia de que a estrutura do verbo em banto requerer modificações quando aplicada
a línguas particulares Ngunga (1997). Importa referir, contudo, que neste trabalho inclui-se este
morfema por que a nossa intenção é descrever a totalidade dos verbos no infinitivo.
O verbo em bantu pode ser reduplicado, através da repetição de uma das partes que constituem,
geralmente, o tema como se verá adiante.
De um modo geral, podemos dizer que o verbo é constituído, basicamente, pelos seguintes
elementos:
i. Raiz, definida por Bauer (2003) como sendo um morfe desprovido de qualquer afixo, e que não
se analisa em constituintes. Definição esta que vai ao encontro da de de Katamba e Stonham
(2006), pois estes consideram a raiz como núcleo da palavra, irredutível, desprovido de qualquer
acréscimo”.
ii. Radical “é uma base à qual os afixos podem ser adicionados” (Bauer 1988: 253). Ngunga
(2004:103) considera radical “a parte invariável da palavra”. Ou ainda, “o núcleo desprovido de
afixos flexionais” (Ngunga op.cit:152).
Os radicais podem ser simples ou extensos. Serão simples os radicais desprovidos de quaisquer
morfemas derivacionais, também chamados radicais não extensos (Miti 2006).
Os radicais extensos, derivados (Ngunga 2004) são “novos radicais formados com a adição de um
sufixo derivacional” (Ngunga 2004:153).
O que significa dizer que o radical extenso, comporta um ou mais morfemas derivacionais
chamados extensões, e é constituído pela raiz mais os afixos derivacionais.
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iii. O Tema, é definido por Ngunga (2004: 151) como “parte do verbo que inclui, para além do
radical, os sufixos flexionais”. Isto mostra-nos que o tema, para além de afixos flexionais, inclui
os afixos derivacionais.
iv. Os afixos, são definidos por Katamba e Stonham (2006) como morfemas que “ocorrem
quando agregados a outros morfemas como à raiz, ao radical ou à base”. Os afixos podem ser:
prefixos (quando ocorrem à esquerda da raiz), sufixos (quando ocorrem à direita da raiz) e infixos
(quando ocorrem no interior da raiz). A estes Ngunga (2004:103) acrescenta os suprafixos que
“são morfemas suprassegmentais que se acrescentam ao radical ou ao tema, como é o caso do
tom”. Esta última classificação trazida por Ngunga (2004) mostra-se de especial interesse para o
nosso trabalho pois, constatámos que, de alguma forma, eles marcam a gramática da língua
Emakhuwa.
Conceitos operatórios
Fonologia
Katamba (1989:60) define fonologia como “o ramo da linguística que estuda os meios pelos quais
os sons da fala são usados sistematicamente para formar palavras ou enunciados” e acrescenta que
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para se entender a fonologia é importante que se tenha uma noção dos conceitos básicos da
fonética que se define como “o estudo dos sons da fala, sua percepção e propriedades acústicas”.
Para entender a fonologia é necessário que se tenha conhecimento sobre fonética, definida como
“estudo do inventário de todos os sons da fala que os humanos são capazes de produzir”
(Katamba 1989:1). É preciso que se entenda a fonética pois, os dois domínios estão interligados,
na medida em que ambos procuram estudar os sons, embora de forma diferente.
Por sua vez, Hyman (1975) define fonologia como “o estudo dos sistemas de som da língua, isto
é, o estudo de como os sons da fala se estruturam e funcionam nas línguas”.
Como podemos notar, as definições dos dois autores são convergentes, o que nos leva a constatar
que a fonologia se preocupa com o papel dos sons na comunicação entre os falantes de uma
mesma língua olhando para as diferentes formas de realização de um mesmo fonema pelos
diferentes usuários da língua e procurando explicar os fenómenos ligados à ocorrência de cada
fonema, ajudando na descodificação de mensagens.
A fonologia, contrariamente à fonética, não se preocupa com os sons como fenómenos físicos
apenas, preocupa-se, também, com a sua estrutura, as regras que regem a sua combinação no
sistema e a sua função na comunicação (Ngunga 2004).
Bruce (2009:1) define a fonologia como uma ciência experimental que procura “entender o
sistema de regras que os falantes usam na apreensão e manipulação de sons da sua língua” e
considera que essas regras podem resultar: (i) da variação de sons; (ii) da sequência e distribuição
e (iii) da interface com outros elementos da gramática, particularmente com a morfologia e a
sintaxe.
As razões apontadas por Bruce (op. cit.) para a aplicação de regras fonológicas parecem constituir
verdade, pois é o que se constata nas línguas bantu, em geral, e em copi, em particular.
Tal é o caso do Changana que encontra como uma das razões para a aplicação das regras
fonológicas a interacção entre a fonologia e a sintaxe e a morfologia. A título de exemplo, serve o
trabalho de Langa (2013).
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Morfologia
Anderson (1994:7) define morfologia como “estudo da estrutura das palavras e a forma como as
suas estruturas reflectem a relação com outras palavras”, relação essa que se vai estabelecer
dentro de uma mesma construção frásica.
Por sua vez, Ngunga (2004:99) diz que a morfologia é “o estudo dos morfemas, das regras que
regem a sua combinação na formação da palavra, e da sua função no sintagma e na frase”.
Portanto, o objecto de análise morfológica, segundo Ngunga (2004) é o morfema, definido como
“a menor unidade da língua portadora de sentido (lexical ou gramatical), na hierarquia da palavra”
(Ngunga 2004:99).
O fenómeno da reduplicação tem sido objecto de estudo por vários estudiosos sob diferentes
perspectivas (Matthews 1974, Bybee 1985, Baver 1988, Katamba 1993, Ngunga 1997, 1998,
Liphola 2000…) que o definem como processo dee repetição de uma parte do tema ou de todo o
verbo.
Tipos de reduplicação
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Conclusão
Conclui se que a língua portuguesa em Moçambique tem o estatuto de língua oficial, segundo a
Constituição da República de Moçambique (2004, p.3). No artigo 9, do documento nota-se que “o
Estado valoriza as línguas nacionais como património cultural e educacional e promove o seu
desenvolvimento e utilização crescente como línguas veiculares”. Esta valorização não passa de
um reconhecimento que não dá nenhum prestígio às línguas bantu. As línguas bantu
moçambicanas não têm nenhuma utilidade oficial sendo usadas nas comunidades onde elas
ocorrem.
Nas línguas moçambicanas, há partículas simples, mas muito produtivas, usadas para a formação
de novos verbos a partir dos já existentes. Essas partículas são denominadas extensões verbais. Os
verbos formados a partir das extensões, embora o seu campo semântico seja o mesmo do
do verbo mãe, têm significados diferentes do sentido inicial.
Algumas dessas extensões são comuns em quase todas as línguas moçambicanas, mas outras são
menos frequentes, ocorrendo em algumas destas línguas. Ademais, estas extensões podem co-
ocorrer na mesma estrutura verbal, formando um novo verbo, com sentido diferente do verbo de
base.
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Bibliografia
Hyman, L. (1975). Phonology: Theory and Analysis. San Francisco: Holt, Rinehart and Wiston.
Katamba, F. & Stonham, J. (2006). Morphology. 2a edição. New York: Palgrave Macmillan.
Mateus et al. (1989). Gramática da Língua Portuguesa. 2ª Edição. Lisboa: Editorial Caminho.
Prata, A.P. (1960). Gramatica da língua macua e os seus dialectos. Cucujaes. Sociedade
portuguesa das missoes católicas. Lisboa.
Sitoe. B & Ngunga A. (2000). Relatório do II seminário de padronização de ortografia das línguas
Moçambicanas Maputo.
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